unindo geraÇÕes nº27

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27 P [4] P [5] P [5] P [6] Cantar as Janeiras 2014 Festa da Padroeira e São Pedro 2014 Passeios ao exterior A Nossa centenária CONGREGAÇÃO DE Nª SRª DA CARIDADE VIANA DO CASTELO Gerações Unindo ANO X | Nº 27 | OUTUBRO 2014 VISITE O NOSSO SITE www.caridade-viana.com

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Cantar as Janeiras 2014

Festa da Padroeira e São Pedro 2014

Passeios ao exterior

A Nossa centenária

CoNgregAção de Nª Srª dA CAridAde ViANA do CASTeLo

geraçõesUnindo

ANo X | Nº 27 | oUTUBro 2014

ViSiTe o NoSSo SiTewww.caridade-viana.com

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Pepe era uma pessoa que tu desejarias ser. Estava sempre de bom humor e sempre tinha algo positivo para dizer. Quando alguém lhe perguntava como ia, ele respondia:- “Melhor, impossível”.Tinha mudado várias vezes de trabalho e vários dos seus cola-boradores seguiram-no em todas as mudanças. A razão para o seguirem era a sua atitude: era um motivador nato.Se um empregado tinha um dia mau, Pepe estava lá para dizer ao empregado como ver o lado positivo da situação.Um dia fui procurar Pepe e perguntei-lhe:- Eu não te entendo… não é possível uma pessoa ser positiva todo o tempo. Como fazes isso…?Pepe respondeu:- “Cada manhã, eu desperto e digo para mim mesmo; Pepe, tens duas opções hoje: escolher estar de bom ou de mau hu-mor. Escolho estar de bom humor. Cada vez que acontece algo mal, posso escolher entre ser uma vitima ou aprender com ele. Escolho aprender com ele. Cada vez que alguém vem até mim para se queixar, posso aceitar a sua queixa ou posso indicar-lhe o lado positivo da vida. Escolho indicar-lhe o lado positivo da vida”.- Sim, claro, mas não é assim tão fácil, - protestei.- “Sim, é”, disse Pepe. “Tudo na vida é feito de escolhas. Quan-do ao deitar fora tudo o que está a mais, cada situação é uma escolha. Tu escolhes como reagir ante cada situação, escolhes como as pessoas afetarão o seu humor, escolhes estar de bom ou de mau humor. Em resumo: tu escolhes como viver a vida”.Eu refleti no que o Pepe me disse… Por questões de residência perdemos o contacto, mas com fre-quência pensava no Pepe quando tinha que fazer uma escolha na vida, em vez de reagir contra ela.Várias anos mais tarde, soube que o Pepe fez algo que nunca devia fazer num negócio; deixou a porta dos fundos aberta e, uma manhã, foi assaltado por três ladrões armados.Enquanto tentava abrir o cofre, a sua mão, tremendo de ner-voso, errou a combinação. Os assaltantes sentiram pânico e dispararam. Pepe foi rapidamente encontrado e levado de emergência para uma clínica. Após oito horas de cirurgia e se-manas de tratamento intensivo, Pepe teve alta, mas ainda com fragmentos de bala no corpo.

Encontrei-me com Pepe seis meses depois do acidente e quan-do lhe perguntei como estava, respondeu-me:- “Melhor, impossível”.Perguntei o que lhe passou pela mente no momento do as-salto.Respondeu:- “Quando eu estava deitado no chão, lembrei-me que tinha duas opções: podia escolher viver ou podia escolher morrer. Es-colhi viver”.- Não sentiste medo? – perguntei.Pepe continuou:- “Os médicos foram geniais. Não deixavam de me dizer que eu ia ficar bom. Mas quando me levaram para a sala de operações e vi as expressões das caras dos médicos e das enfermeiras, re-almente, assustei-me. Podia ler nos seus olhos: és um homem morto! Então, eu sabia que tinha que tomar uma decisão”.- Que fizeste? – perguntei.Pepe disse:- “Bom, um dos médicos perguntou-me se eu era alérgico a al-guma coisa e eu, respirando fundo, gritei:- sim, às balas! En-quanto eles riam, eu disse-lhes:- estou escolhendo viver, ope-rem-me como se eu estivesse vivo, não morto”.Pepe viveu por causa da perícia dos médicos, mas, sobretudo, pela sua atitude espetacular. Eu aprendi que a cada dia, temos a escolha de viver plenamente. A ATITUDE, final-mente, é tudo.No final, a decisão de:… como és… como te vês… como te sentes… como vivesÉ TUA!Só se frustram aqueles que deixam de ver a parte positiva dos seus resultados e da vida…

Pesquisa deCarlos Barbosa

eespaço da direção

“ ”

2 Unindo gerações

A história do pepe

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ccreche beija-flor

Unindo gerações 3

Ao longo deste ano, de acordo com o programado e no âmbito das temáticas abor-dadas nas diferentes salas de aula, em conjunto com o Jardim de Infância de Nossa Senhora de Fátima e o Lar de Idosos da Congregação de Nossa Senhora da Caridade, foram realizadas diversas atividades e um conjunto de festividades alusivas ao Dia da Mãe, Dia da Família, Dia Mundial da Criança e outras, como a seguir se indica:

Janeiro – recebemos a visita dos idosos do Lar da Caridade, que cantaram as Janeiras;

Fevereiro – realizámos um Baile de Máscaras;

Março – comemorámos o Dia Mundial do Teatro, efetuando uma visita à ACEP e o Dia do Pai, com um jogo de futebol;

Abril – efetuámos uma campanha de sensibilização sobre a leitura, solicitando a cada família um livro antigo, para troca;

– organizámos uma exposição de ovos de Páscoa, preparados pelos pais, em parceria com o Jardim de Infância de Nossa Senhora de Fátima;

– comemorámos o Dia do Livro, assistindo a uma dramatização com fantoches, pe-los idosos do Lar da Caridade;

Maio – comemorámos o Dia da Mãe, com uma aula de Zumba, o dia da Família e o dia Mundial da Criança com diversas atividades

– montámos uma exposição fotográfica na Creche, intitulada “Ser Criança”, em par-ceria com o Jardim de Infância de Nossa Senhora de Fátima;

Junho – comemorámos os Santos Populares com uma marcha na Congregação de Nossa Senhora da Caridade;

Julho – realizámos um passeio de final de ano à Quinta Pedagógica “O Moinho”, em Braga, com as crianças da Creche e seus familiares;

Por fim, no dia 19, realizámos, no centro Pastoral Paulo VI, em Darque, a Festa de Final de Ano, tendo as crianças de cada sala apresentado uma dança. No final, houve um lanche convívio entre as crianças e seus familiares.

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aatividades

São várias as atividades realizadas ao longo do ano. Tentámos sempre diver-sificar e disponibilizar novas atividades.

Tendo presente as necessidades dos nos-sos residentes, queremos ir ao encontro dos seus gostos/interesses.

AtividadesSocioculturais

O objetivo principal é proporcionar qua-lidade de vida, valorizar capacidades, competências, saberes e cultura de cada idoso, aumentando a sua autoestima e autoconfiança.

Aqui ficam algumas das atividades rea-lizadas:

Peça de Teatro – Festa de Natal 2013

Cantar as Janeiras 2014

Baile de Carnaval 2014

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Cantar as Janeiras - Visita do grupo do Senhor do Socorro

Grupo de Dança – Festa da Padroeira e São Pedro 2014

Atividade dinamizada por alunos da Escola de MonserrateBaile em Lanheses

Passeio Peregrinação ao Santuário de Fátima

Passeios ao exterior

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6 Unindo gerações

Em 8 de Junho, tivemos a alegria de festejar o centenário da nossa Residente Maria Madalena Gomes Barreto.Para ela e família, muitos parabéns!

A nossa centenária

Ateliê “ Saquinho de Cheiro” no Horto Municipal – Projeto Cultura da Idade

Sessão de Esclarecimento sobre Algas no CMIA - Projeto Cultura da Idade

Apresentação de uma peça de teatro “Amália” na Biblioteca Municipal

Dia dos Avós – Parque do Carvalhal em S. Martinho da Gandra

Idas à Praia Norte

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momento dos residentes

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Unindo gerações 7

Viagem de Lisboa- Japão e China no navio Moçâmedes 15/6/1973 a 4/12/1973

Fizemos várias viagens entre Angola e Moçambique, até se arranjar viagem para a China, que era o destino do navio para a sucata, com várias paragens por avaria na máquina, em virtude dos anos de trabalho, desde os anos da Guerra. Por aqui já se vê o estado do navio.

Foi pena não ter arranjado a data do navio. Desde que vim para a companhia, quan-do fui para o navio, estava este nas docas-secas, nos estaleiros de Almada, no outro lado de Lisboa. Depois de limpar o fundo do navio, viemos para Lisboa, carregamos carga-geral para Angola e Moçambique e vise-versa até aparecer o carregamento de carvão de Durban – Africa do Sul para o Japão.

Depois de descarregar seguimos para a China (Ilha Formosa) até arranjar lugares no avião, o que era difícil, por ser perto do Natal. Ainda nos deu alguns dias para visitar o porto de mar, onde estavam navios de guerra da marinha americana, pa-quetes portugueses- Santa Maria, Vera Cruz, Principe Perfeito- que só os conhecia pela parte da proa e parte da ponte/comando, que é onde se fazem as manobras para atracar ao cais, com auxílio de rebocadores que são barcos pequenos com muita potencia (5 e 4 mil cavalos). Estivemos por lá 8 dias.

As raparigas de lá iam pedir para o nosso navio. Tinham aprendido com navios que tinham estado lá antes de nós a dizer algumas palavras em português. Pediam man-tas, comida e nós davamos tudo o que podiamos. Só a noite é que nos lembravanos das mantas para dormir…

No Japão a vida foi outra, era tudo muito diferente e mais bonito. O nosso serviço era de 24 horas seguidas de 48 horas de folga, o que dava para nos distrairmos. O tempo que lá es-tivemos, visitamos bares, é nor-mal dos homens do mar, visita-mos também “pagodes” religio-sos, vários palácios da cidade e tantas outras coisas bonitas que cá só se veem nos cimenas! As raparigas eram muito calmas; algumas em quimono em dias de festa… É tão diferente o Japão da Europa, que nos sentiamos pequeninos e estranhos!

Sr. FernAndo noBreResidente da Congregação de

Nossa Senhora da Caridade

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espaço dos colaboradores

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8 Unindo gerações

noVoS reSidenTeS:Laura de Jesus- 09-10-2013José Martins Vieira- 06-11-2013Zulmira Dulce Pereira Garcês- 01-01-2014Maria Ivete Jesus Agnelo Oliveira Pegado- 01-02-2014João Xavier Ferreira- 07-02-2014José da Costa Santos- 12-03-2014Bernardo Afonso de Cruz Soares de Freitas- 17-03-2014Rosa de Sousa Sarramalho- 21-05-2014Tereza Costa Correia- 30-05-2014Maria Teresa Jesus Ferreira Rocha- 19-06-2014Gonçalo Maria Loureiro Bacelar- 19-06-2014Lúcia de Jesus Sá da Costa Bacelar- 19-06-2014Maria Celeste Rodrigues Morais- 10-07-2014Aurora Gonçalves- 15-07-2014Maria Assunção Martins Almeida- 16-07-2014 Marta Casimira da Silva- 17-07-2014António Jorge de Magalhães- 22-07-2014Maria Correia Novais Magalhães- 22-07-2014

reSidenTeS FALeCidoS:Manuel José Faria Soares- 03-10-2013Maria Arminda Barbosa- 04-12-2013Alcide Augusto de Figueiredo Serrano- 24-01-2014Maria Isménia Fornelos da Cruz- 10-01-2014Porfírio Fernandes de Miranda- 25-02-2014José Augusto Viana Lopes- 18-03-2014Maria Celeste Martins Melo- 19-04-2014Manuel Dias- 29-04-2014Amadeu Meira de Sá- 19-05-2014Manuel Emílio Silva- 31-05-2014Zulmira Dulce Pereira Garcês- 06-05-2014Maria Patrocínio Rodrigues Cruz- 08-06-2014José Martins Vieira- 09-06-2014Sara Ferreira- 10-06-2014Rosa Martins Barros- 21-06-2014Maria Gonçalves Cerqueira- 23-06-2014Alzira Maria de Miranda- 25-06-2014Madalena Martins Sá Barbosa – 05-07-2014

Acolhimento

Os serviços administrativos da Instituição, para além das tarefas rotineiras e diárias que executam e que são do conhecimento geral, preocupam-se cada vez mais em aprimorar a informação financeira e contabilística que produzem. Pretendem que essa informação tenha qualidade e ao mesmo tempo seja compreensível, credível, fiável e atempada, ou não fossem essas algumas das suas principais características. A sua actuação vai muito para além dos aspectos administrativos e burocráticos que todos os dias lhe são solicitados e a que, cada vez em maior número, têm de dar resposta. Todos os seus elementos, sem excepção, estão vivamente empenhados em serem um importante instrumento de gestão e em ajudarem a Direcção a tomar as decisões certas e atempadas nas situações e desafios que diariamente lhe são colo-cados e em contribuírem com o seu trabalho e dedicação para a tão desejada susten-tabilidade financeira da Instituição e para o reconhecimento público dos serviços de excelência que diariamente presta aos seus utentes.

Serviços Administrativos

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Unindo gerações 9Unindo gerações 9

Cuidados a ter com o sol nos idosos

saúde e bem-estar

s

Pois é, chegou a altura da praia, do sol, dos passeios à beira-mar. Contudo, não nos podemos esquecer de ter alguns cui-dados e de prevenir potenciais perigos. Antes de passarmos para os perigos e para a prevenção, é necessário salientar a importância do sol e o benefício que este impute nos idosos. O sol permite a reposição de vitamina D, responsável pela suplementação do cálcio, dimi-nuindo ou aliviando, também, os sinto-mas de depressão.

De seguida passamos para as altera-ções que o calor provoca nos idosos aos quais devemos estar sempre atentos. A desidratação é o sinal mais comum, es-tando quase sempre ligada a quadros de quebra de tensão arterial, tonturas e até perdas de consciência. Podemos ainda encontrar modificações de comporta-mento, fraqueza ou fadiga, diarreias e vómitos.

Perante estes sintomas existe sempre um grande “super herói” para resolver o problema, a Água! Nada mais, nada menos! Vários copos de água ao longo do dia, previnem os idosos de todos es-tes sintomas. Como sabemos, raros são os idosos que nos pedem um copo de água ou que nos dizem que têm sede, logo será necessário termos o cuidado de fornecer vários copos de água, du-

rante o dia, aos nossos idosos. Dizem os estudos que 8 copos de água por dia serão suficientes. Mas são necessários mais cuidados, como por exemplo lavar muito bem frutas e legumes, optar por fazer passeios em locais à sombra, não realizar atividades físicas intensas, fre-quentar ambientes frescos. Em relação ao vestuário, devem ser usadas peças frescas e soltas, de cores claras e de al-godão. Devem ser evitadas as bebidas alcoólicas, o café, que contribuem para a desidratação.

A ida à praia é aconselhada fora do horá-rio de risco (11h-16h),e sempre acompa-nhada com o protetor solar.

Se sentir cansaço, náuseas, tonturas, deve sair imediatamente do sol, procu-rando abrigar-se numa sombra e beber bastante água.

É importante reter que uma dieta rica em fruta e hortícolas pode ajudar a pre-venir a desidratação nos idosos, sendo sempre acompanhada com a ingestão apropriada de água.

E seguindo todos estes passos, temos os nossos idosos em segurança para pode-rem disfrutar do Verão, como bem me-recem!

João GonçALVeS Enfermeiro na Congregação de Nossa Senhora da Caridade

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10 Unindo gerações

momento dos colaboradores

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Adriana, Cláudia, Mélanie e Verónica, alunas da Escola de Lanheses, no nosso primeiro ano de estágio, tiveram a opor-tunidade e o prazer de estagiar na Con-gregação da Nossa Senhora da Caridade.

A Instituição surgiu em 1779, para ser-vir os mais carenciados da sociedade lo-cal. Está enquadrada dentro da resposta social de Lar Residencial para Idosos e tem por missão principal a promoção da qualidade de vida das pessoas da 3ª ida-de e das respetivas famílias, ajudando-as a encontrarem soluções adequadas às si-tuações de grande dificuldade, quer no aspeto biopsicossocial quer no aspeto económico-financeiro.

Enquanto estagiárias, tivemos o gosto de fazer parte desta Instituição durante as 3 semanas da formação em contexto de trabalho. Tivemos sempre o apoio e ajuda da nossa orientadora de está-gio, a Dr.ª Diana Pereira, para corrigir-mos alguns dos nossos erros. Desde já agradecemos por todo o trabalho que teve connosco em tentar ajudar-nos a adotar comportamentos que estavam menos bem e também as dicas que nos

deu para fazermos um trabalho melhor, não só a maneira como nos devemos re-lacionar com os idosos, mas também a forma como temos de encarar a situação do trabalho de todos os outros funcio-nários. Essas dicas serão muito úteis no futuro. A oportunidade que tivemos em poder conviver e ver com os nossos pró-prios olhos uma geração completamen-te diferente da nossa, foi absolutamente gratificante. Aprendemos imenso com eles, a ver a vida de outra maneira e a dar valor ao que realmente é importante. Esperamos que a Instituição continue a funcionar por muitos mais anos pois é uma mais-valia para a cidade de Viana do Castelo.

As estagiáriasVerónica MatosMélanie amorimCláudia MartinsAdriana Gonçalves

estágio do Curso Profissional Técnico de Apoio Psicossocial (eBS de Arga e Lima)

estágios

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Unindo gerações 11

Ao longo destes últimos meses realizámos o nosso estágio curricular no Lar da Congregação de Nossa Senhora da Caridade. Quer a Instituição como os seus clientes, tiveram uma grande importância, no que diz respeito à forma como nos acolheram e, rapidamente, fizeram com que nos sentíssemos integradas no organismo. Queremos, por isso, agradecer por todo o carinho, toda a compreensão, toda a disponibilidade e toda a ajuda que nos foi dada, quer por parte dos colaboradores, como também pelos clientes. Foi sem dúvida uma experiência muito gratificante, não somente do ponto de vista profissional, mas, sobretudo, pessoal, sendo que aquilo que os clientes nos ofereceram foi muito mais do que aquilo que nós lhes oferecemos. Sem dúvida crescemos, e em muito, graças à ótima Instituição e a toda a sua dinâmica, por isso o nosso muito OBRIGADA!

Alexandra Teixeira e Susana Madeira

Somos alunas do Curso Profissional de Animador Sociocultural da Escola Secundária de Monserrate. Encontramo-nos no último ano do curso. Para completar o ultimo ano de estágio, decidimos realizar a Formação em contexto de trabalho, no Lar da Congregação da Nossa Senhora da Caridade.Ao longo das seis semanas que estagiamos no Lar, aprendemos várias coisas com os idosos, tal como eles também aprenderam connosco. Em todas as atividades que implementamos, os idosos davam-nos conselhos e também faziam com que nos sentíssemos mais a vontade. Todas as pessoas envolvidas na Instituição foram muito importantes para nós, como a D.ª Diana, que sempre nos ajudou em tudo o que nós precisamos e a quem estaremos sempre gratas, bem como à D.ª Arlete e às ajudantes de ação direta, entre outros.Ficámos muito satisfeitas com a escolha que fizemos para o último ano de FCT. O balanço que fazemos de todo o período que estivemos a estagiar é positivo e contribuiu para o nosso desenvolvimento quer a nível pessoal, social e profissional.

As estagiáriasMarisa Montes e Bianca Costa

estágio do curso profissional de animação Sociocultural da escola Secundária de Monserrate

estágio curricular da licenciatura em educação Social e gerontológica da escola Superior de educação

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Morreu o nosso querido poeta e escri-tor, Sr. Porfírio Miranda, e ficámos to-dos mais pobres de palavras, contos e sabedorias, que os seus 97 anos iam re-gistando cheios de inteligência e de veia literária.

Para tudo havia um escrito, um poema, uma dedicatória rimando, que punham a claro o seu pensamento.

Eram versos que agradeciam, versos que contavam, versos que gracejavam, por vezes até ligeiramente brejeiros, mas sempre cheios de sentido e excelente-mente desenhados.

Entrou para cá há 9 anos na companhia da mulher, a D. Alzira, e ao fim de um ano, teve a dor de a ver adoecer e ficar to-talmente dependente de terceiros, ape-sar de ser bem mais nova que ele.

Todos os dias, pelas 11:00 horas da ma-nhã, lá passava o Sr. Porfírio em direção à enfermaria do Lar para se encontrar com a senhora. Sentava-se junto ao seu cadeirão e tocando-lhe nas mãos, fala-va e sorria para ela. A D. Alzira olhava muitas vezes para o vazio e não sei até que ponto se apercebia da presença do marido. Certo é que, quando ele partiu, a senhora viveu apenas 4 meses. Sentiu a perda? Sentiu a falta daquele sorriso e daqueles afetos? Não sabemos. Tudo isto é um enigma!

São situações que nos perturbam e nos fazem pensar.

Será que as pessoas, parecendo tão alheias do mundo que as rodeia, se apercebem daquilo que lhe fazemos e transmitimos? Não se expressam, não se mexem e estão totalmente dependentes dos cuidados que lhes prestam. Bebem se lhes dermos de beber. Comem se lhes levarmos a comida à boca. Lavam-se se as lavarmos. Viram-se na cama se as virarmos. Sozinhas estariam irremedia-velmente condenadas!

Não sabendo com total conhecimento sobre o que se passa a nível cerebral com a maioria dos dependentes, resta-nos apenas uma certeza: - essas pessoas precisam da nossa atenção e dos nos-sos cuidados. Tratá-los com dignida-de, amor e respeito é obrigatório e muito importante.

É certo que cuidar de pessoas nessas circunstâncias é uma tarefa difícil e des-gastante, mas se o fizermos com o ver-dadeiro sentido de humanismo, tudo se torna mais fácil. As rotinas são necessá-rias, embora se tenha que observar al-guns cuidados, pois podem levar a certa insensibilidade e à repetição impensada de atos, não diferenciando critérios de atuação sempre que a situação o exija.

Tocar com respeito, olhar nos olhos, conversar mesmo sem obter resposta e levantar o corpo permitindo que a pes-soa olhe o mundo na posição vertical, são momentos especiais que os presta-dores de cuidados devem proporcionar. no ato de cuidar só deve existir a pes-soa cuidada e o cuidador.

Não temos feedback de cada procedi-mento adotado, mas dar às pessoas o privilégio de se sentirem únicas, centro da nossa atuação, mesmo que seja por alguns momentos, é fundamental e co-mum a todos os casos.

Um simples exercício mental pode oti-mizar procedimentos, enquanto de prestam cuidados.

Senão, experimente olhar para a pessoa e imaginar por um momento, que tro-cou de posição com ela. A projeção do seu próprio corpo, deitado inerte numa cama, à mercê de um qualquer cuidador, fará refletir sobre a forma como gosta-ria de ser tratado. Esta reflexão poderá ajudar a entender melhor a situação do outro e a tomar consciência da impor-tância de um tratamento personalizado, executado com o mais elevado sentido de respeito e que atenda adequadamen-te às necessidades de cada um.

Arlete CortezDiretora do Lar

dmomento da diretora

FiChA TéCNiCA

12 Unindo gerações

designRui Carvalho

Tiragem250 exemplares

impressãoTipografia Viúva José de Sousa, Filhos, Lda

directorAntónio José Morgado

Unindo GeraçõesANO IX | Nº 27 | Outubro de 2014

Propriedade e AdministraçãoCongregação de Nª Srª da Caridade Viana do Castelo

Rua dos Bombeiros | 4900-533 Viana do CasteloTel. 258 808 010 | Fax 258 808 019E-mail:[email protected]

Tratá-los com dignidade, amor e respeito é obrigatório e muito importante.“ ”

estimados SóciosConstitui para esta Instituição uma grande ajuda o pagamento das vossas quotas.Por favor, não se esqueçam!