unesp2014 1fase prova

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Questões de 01 a 90 Confira seus dados impressos neste caderno. Esta prova contém 90 questões objetivas e terá duração total de 4h30. Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa. Com caneta de tinta azul ou preta, assine a folha de respostas e marque a alternativa que julgar correta. Encontra-se neste caderno a Classificação Periódica, a qual, a critério do candidato, poderá ser útil para a resolução de questões. O candidato somente poderá entregar a folha de respostas e sair do prédio depois de transcorridas 3h30, contadas a partir do início da prova. VESTIBULAR 2014 001. PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS 17.11.2013

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  • Questes de 01 a 90

    Confira seus dados impressos neste caderno.

    Esta prova contm 90 questes objetivas e ter durao total de 4h30.

    Para cada questo, o candidato dever assinalar apenas uma alternativa.

    Com caneta de tinta azul ou preta, assine a folha de respostas e marque a alternativa que julgar correta.

    Encontra-se neste caderno a Classificao Peridica, a qual, a critrio do candidato, poder ser til para a resoluo de questes.

    O candidato somente poder entregar a folha de respostas e sair do prdio depois de transcorridas 3h30, contadas a partir do incio da prova.

    VESTIBULAR 2014

    001. PRoVA dEConhECImEnToS gERAIS

    17.11.2013

  • VNSP1308/001-CG-ProvaObjetiva 2

  • 3 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    As questes de nmeros 01 a 05 focalizam uma passagem do romance gua-Me, de Jos Lins do Rego (1901-1957).

    gua-Me

    Jogava com toda a alma, no podia compreender como um jogador se encostava, no se entusiasmava com a bola nos ps. Atirava-se, no temia a violncia e com a sua agi-lidade espantosa, fugia das entradas, dos pontaps. Quando aquele back1, num jogo de subrbio, atirou-se contra ele, recuou para derrub-lo, e com tamanha sorte que o bruto se estendeu no cho, como um fardo. E foi assim crescendo a sua fama. Aos poucos se foi adaptando ao novo Joca que se formara nos campos do Rio. Dormia no clube, mas a sua vida era cada vez mais agitada. Onde quer que estivesse, era reconhecido e aplaudido. Os garons no queriam cobrar as despesas que ele fazia e at mesmo nos nibus, quando ia descer, o motorista lhe dizia sempre:

    Joca, voc aqui no paga.Quando entrava no cinema era reconhecido. Vinham

    logo meninos para perto dele. Sabia que agradava muito. No clube tinha amigos. Havia porm o antigo center-forward2 que se sentiu roubado com a sua chegada. No tinha razo. Ele fora chamado. No se oferecera. E o homem se enfu-receu com Joca. Era um jogador de fama, que fora grande nos campos da Europa e por isso pouco ligava aos que no tinham o seu cartaz. A entrada de Joca, o sucesso rpido, a maravilha de agilidade e de oportunismo, que caracterizava o jogo do novato, irritava-o at ao dio. No dia em que ti-vera que ceder a posio, a um menino do Cabo Frio, fora para ele como se tivesse perdido as duas pernas. Viram-no chorando, e por isso concentrou em Joca toda a sua raiva. No entanto, Joca sempre o procurava. Tinha sido a sua admirao, o seu heri.

    1 Beque, ou seja, o zagueiro de hoje.2 Centroavante.

    (gua-Me, 1974.)

    Questo 01

    Com a expresso fugia das entradas, no primeiro pargrafo, o narrador sugere que o jogador Joca manifestava em campo:

    (A) preguia.

    (B) covardia.

    (C) despreparo.

    (D) esperteza.

    (E) ingenuidade.

    Questo 02

    No primeiro pargrafo, predominam verbos empregados no

    (A) pretrito perfeito do modo indicativo.

    (B) pretrito imperfeito do modo indicativo.

    (C) presente do modo indicativo.

    (D) presente do modo subjuntivo.

    (E) pretrito mais-que-perfeito do modo indicativo.

    Questo 03

    Quando entrava no cinema era reconhecido.

    A lngua portuguesa aceita muitas variaes na ordem dos termos na orao e no perodo, desde que no causem a desestruturao sinttica e a perturbao ou quebra do senti-do. Assinale a alternativa em que a reordenao dos elemen-tos no altera a estrutura do perodo em destaque e mantm o mesmo sentido.

    (A) Quando era no reconhecido cinema entrava.

    (B) Era reconhecido quando entrava no cinema.

    (C) Entrava quando no cinema era reconhecido.

    (D) Quando era reconhecido entrava no cinema.

    (E) Entrava reconhecido quando era no cinema.

    Questo 04

    Atitude que, no ltimo pargrafo, melhor sintetiza a reao do antigo center-forward ao sucesso de Joca:

    (A) rancor.

    (B) cavalheirismo.

    (C) colaborao.

    (D) admirao.

    (E) indiferena.

    Questo 05

    No dia em que tivera que ceder a posio, a um menino do Cabo Frio, fora para ele como se tivesse perdido as duas pernas.

    Segundo o contexto, a imagem como se tivesse perdido as duas pernas revela, com grande expressividade e fora emo-cional,

    (A) sensao de estar sendo injustiado pela torcida.

    (B) certeza de que ainda era melhor jogador que o novato.

    (C) sentimento de impotncia ante a situao.

    (D) vontade de trocar o futebol por outra profisso.

    (E) receio de sofrer novas contuses e ficar incapacitado.

  • 4VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 06

    Segundo o autor, desde o final do sculo 20, as novas tecno-logias e softwares voltados para a msica beneficiaram

    (A) as lojas especializadas na venda de discos de vinil e di-gitais.

    (B) os distribuidores de discos de vinil no mercado interna-cional.

    (C) as grandes gravadoras e produtoras nacionais de discos.

    (D) as grandes redes de supermercados e shoppings.

    (E) os usurios interessados em compartilhar msicas.

    Questo 07

    Numerosas palavras da lngua inglesa so adotadas no mun-do todo em jornais, revistas e livros especializados, por terem sido incorporadas aos vocabulrios da indstria, do comr-cio, da tecnologia e de muitas outras atividades. Levando em considerao o contexto do artigo, assinale a alternativa em que a palavra da lngua inglesa empregada para designar algo ou algum que caiu no gosto do pblico, com vasta dis-seminao pela mdia:

    (A) majors.

    (B) mainstream.

    (C) torrents.

    (D) sites.

    (E) business.

    Questo 08

    No primeiro pargrafo, o termo tudo, por sua relao sint-tica e semntica com a sequncia que o precede, representa

    (A) uma forte redundncia devida a um lapso do escritor.

    (B) a negao do que foi dito pelos termos antes enumerados.

    (C) uma circunstncia de tempo acrescentada enumerao.

    (D) o elemento que encerra uma enumerao, resumindo-a.

    (E) toda a engrenagem tradicional do mercado musical.

    As questes de nmeros 06 a 10 tomam por base uma pas-sagem do artigo Os operrios da msica livre, de Ronaldo Evangelista.

    Desde o final do sculo 20, toda a engrenagem indus-trial do mercado musical passa por intensas transformaes, como o surgimento e disseminao de novas tecnologias, em grande parte gratuitas, como os arquivos MP3s, as redes de compartilhamento destes arquivos, mecanismos torrents, sites de armazenamento de contedo, ferramentas de publi-cao on-line tudo disposio de quem quisesse dividir com os outros suas canes e discos favoritos. A era ps- industrial atingiu toda a indstria do entretenimento, mas o brao da msica foi quem mais sofreu, especialmente as grandes gravadoras multinacionais, as chamadas majors, que sofreram um declnio em todas as etapas de seu antigo negcio, ao mesmo tempo em que rapidamente se aperfeioavam ferramentas baratas e caseiras de produo que diminuam a distncia entre amadores e profissionais.

    A era digital tambm chamada de ps-industrial por-que confronta o modelo de produo que dominava at o final do sculo 20. Esse modelo industrial baseado na repetio, em formatar e embalar. Por trs disso, a ideia obter a mxima produo o que, para produtos em geral, funciona muito bem. Quando esses parmetros so aplicados arte, a venda do produto (por exemplo, o disco) depen-de do contedo (a cano). A cano que vai resultar nessa produo mxima buscada por meio de um equilbrio entre criatividade e uma frmula de sucesso que desperte o interesse do pblico. Como estudos ainda no conseguiram decifrar como direcionar a criatividade de uma maneira que certamente despertar esse interesse (e maximizar a produ-o), a opo normalmente costuma ser pela soluo mais simples.

    Cada um tem descoberto suas frmulas e possibilida-des, pois tudo tende a ser cada vez menos homogneo, opi-na o baiano Lucas Santtana, que realizou seus discos recen-tes s prprias custas.Claro que ainda existe uma distncia em relao aos artistas chamados mainstream, continua. Mas voc muda o tamanho da escala e j est tudo igual em termos de business. A pergunta se essa gerao faz uma msica para esse grande mercado ou se ela est formando um novo pblico. Outra pergunta se o grande mercado na verdade no passa de uma imposio de uma mfia que dita o que vai ser popular.

    (Galileu, maro de 2013. Adaptado.)

  • 5 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Para responder s questes de nmeros 11 a 15, leia o frag-mento de um texto publicado em 1867 no semanrio Cabrio.

    So Paulo, 10 de maro de 1867.

    Estamos em plena quaresma.A populao paulista azafama-se a preparar-se para a

    lavagem geral das conscincias nas guas lustrais do con-fessionrio e do jejum.

    A cambuquira* e o bacalhau afidalgam-se no mercado.A carne, msera condenada pelos santos conclios, fica

    reduzida aos pouqussimos dentes acatlicos da populao, e desce quase a zero na pauta dos preos.

    O que no sobe nem desce na escala dos fatos normais a vilania, a usura, o egosmo, a estatstica dos crimes e o monto de fatos vergonhosos, perversos, ruins e feios que pre-cedem todas as contries oficiais do confessionrio, e que depois delas continuam com imperturbvel regularidade.

    o caso de desejar-se mais obras e menos palavras.E se no, de que que serve o jejum, as maceraes,

    o arrependimento, a contrio e quejandas religiosidades?O que a religio sem o aperfeioamento moral da

    conscincia?O que vale a perturbao das funes gastronmicas do

    estmago sem conscincia livre, ilustrada, honesta e virtuosa?Seja como for, o fato que a quaresma toma as rdeas do

    governo social, e tudo entristece, e tudo esfria com o exerc-cio de seus msticos preceitos de silncio e meditao.

    De que que vale a meditao por ofcio, a meditao hipcrita e obrigada, que consiste unicamente na aparncia?

    Pois o que que constitui a virtude? a forma ou o fundo? a inteno do ato, ou sua feio ostensiva?

    Neste sentido, aconselhamos aos bons leitores que co-mutem sem o menor escrpulo os jejuns, as confisses e re-zas em boas e santas aes, em esmolas aos pobres.

    (ngelo Agostini, Amrico de Campos e Antnio Manoel dos Reis. Cabrio, 10.03.1867. Adaptado.)

    * Iguaria constituda de brotos de abbora guisados, geralmente ser-vida como acompanhamento de assados.

    Questo 11

    Pelo seu tema e desenvolvimento argumentativo, o texto pode ser classificado como

    (A) crtico.

    (B) lrico.

    (C) narrativo.

    (D) histrico.

    (E) pico.

    Questo 09

    Em seu depoimento no artigo, o msico Lucas Santtana su-gere que o grande mercado talvez no passe da imposio de uma mfia. O termo mfia, nesse caso, foi empregado no sentido de

    (A) domnio dos partidos polticos sobre o mercado musi-cal, privilegiando tudo o que interesse apenas ao poder pblico.

    (B) organizao criminosa com origem na Itlia, com pode-rosas ramificaes pelo mundo inteiro.

    (C) sindicato de grandes msicos brasileiros que visa impe-dir a ascenso e o sucesso de msicos mais jovens.

    (D) grupos anarquistas constitudos para tumultuar e desmo-ralizar os msicos mais jovens e a msica popular bra-sileira.

    (E) organizao que emprega mtodos imorais e ilegais para impor seus interesses em determinada atividade.

    Questo 10

    Como estudos ainda no conseguiram decifrar como di-recionar a criatividade de uma maneira que certamente des-pertar esse interesse (e maximizar a produo), a opo normalmente costuma ser pela soluo mais simples.

    O perodo em destaque apresenta muitos ecos (coincidncias de sons de finais de palavras). Uma das formas de evit-los e tornar a sequncia mais fluente seria colocar conduzir, tal, quantidade produzida em lugar de, respectivamente,

    (A) direcionar, esse, produo.

    (B) decifrar, esse, soluo.

    (C) direcionar, interesse, produo.

    (D) conseguiram, que, opo.

    (E) decifrar, interesse, maximizar.

  • 6VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 15

    Pois o que que constitui a virtude? a forma ou o fundo? a inteno do ato, ou sua feio ostensiva?

    Marque a alternativa cuja passagem responde questo le-vantada pelos autores no trecho em destaque.

    (A) A carne [...] desce quase a zero na pauta dos preos.

    (B) [...] tudo esfria com o exerccio de seus msticos precei-tos de silncio e meditao.

    (C) A populao paulista azafama-se a preparar-se para a lavagem geral das conscincias [...].

    (D) o caso de desejar-se mais obras e menos palavras.

    (E) [...] a quaresma toma as rdeas do governo social [...].

    As questes de nmeros 16 a 20 abordam um poema de Raul de Leoni (1895-1926).

    A alma das cousas somos ns...

    Dentro do eterno giro universalDas cousas, tudo vai e volta alma da gente,Mas, se nesse vaivm tudo parece igualNada mais, na verdade,

    05 Nunca mais se repete exatamente...

    Sim, as cousas so sempre as mesmas na correnteQue no-las leva e traz, num crculo fatal;O que varia o esprito que as senteQue imperceptivelmente desigual,

    10 Que sempre as vive diferentemente,E, assim, a vida sempre indita, afinal...

    Estado de alma em fuga pelas horas,Tons esquivos e trmulos, nuanasSuscetveis, sutis, que fogem no ris

    15 Da sensibilidade furta-cor...E a nossa alma a expresso fugitiva das cousasE a vida somos ns, que sempre somos outros!...Homem inquieto e vo que no repousas!Para e escuta:

    20 Se as cousas tm esprito, ns somosEsse esprito efmero das cousas,Volvel e diverso,Variando, instante a instante, intimamente,E eternamente,

    25 Dentro da indiferena do Universo!...(Luz mediterrnea, 1965.)

    Questo 12

    A cambuquira e o bacalhau afidalgam-se no mercado.

    Ao empregar o verbo afidalgar-se (tornar-se fidalgo, eno-brecer; assumir ares de fidalgo, tornar-se distinto), os autores do texto sugerem, com bom humor, que a cambuquira e o bacalhau

    (A) so muito pouco encontrados no comrcio para compra.

    (B) so alimentos venerados e honrados por sua reconhecida fidalguia.

    (C) tornam-se no perodo produtos de grande procura e pre-os elevados.

    (D) no podem ser consumidos pela populao plebeia.

    (E) so considerados iguarias que agradam ao imperador e nobreza.

    Questo 13

    [...] fica reduzida aos pouqussimos dentes acatlicos da populao.

    Na expresso dentes acatlicos, a palavra dentes emprega-da em lugar de pessoas, segundo uma relao semntica de

    (A) smbolo pela coisa significada.

    (B) parte pelo todo.

    (C) continente pelo contedo.

    (D) causa pelo efeito.

    (E) todo pela parte.

    Questo 14

    Segundo os autores, os pecados declarados no confessionrio

    (A) representam uma autorizao para voltar a pecar.

    (B) no tornam a ser cometidos pelos crentes.

    (C) deixam de ser pecados nas prximas vezes.

    (D) no so to graves que meream confisso.

    (E) voltam a ser cometidos como sempre.

  • 7 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 20

    No ltimo verso do poema, o eu lrico conclui que

    (A) os espritos mostram-se insensveis ao volvel Universo.

    (B) o Universo acompanha de perto a alma ou esprito.

    (C) o Universo indiferente relao entre o esprito e as coisas.

    (D) a variao das coisas indiferente ao esprito que as sente.

    (E) as coisas tm esprito, mas o Universo no tem.

    Questo 21

    Examine o quadrinho.

    How do I know your companys

    environmentally friendly?

    The wording, the

    typeface, the pictures

    of nature in

    the brochure.

    (http://s1.hubimg.com)

    O homem responde que a empresa

    (A) utiliza prticas de conservao ambiental e de recicla-gem de papel.

    (B) tem uma publicao que pretende parecer ambiental-mente correta.

    (C) trabalha somente com matrias-primas naturais de fontes renovveis.

    (D) esclarece todas as dvidas sobre o meio ambiente em seu livreto.

    (E) utiliza imagens de seus produtos que comprovam sua responsabilidade ambiental.

    Questo 16

    Uma leitura atenta do poema permite concluir que seu ttulo representa

    (A) a negao dos argumentos defendidos pelo eu lrico.

    (B) a confirmao do estado de alma disfrico do eu lrico.

    (C) a sntese das ideias desenvolvidas pelo eu lrico.

    (D) o reconhecimento da supremacia do homem no mundo.

    (E) uma afirmao prvia da incapacidade do homem.

    Questo 17

    Considerando o eixo temtico do poema e o modo como desenvolvido, verifica-se que nele se faz uma reflexo de fundo

    (A) esttico.

    (B) poltico.

    (C) religioso.

    (D) filosfico.

    (E) cientfico.

    Questo 18

    Embora parea constitudo de versos livres modernistas, o poema em questo ainda segue a versificao medida, com-binando versos de diferentes extenses, com predomnio dos de doze e dez slabas mtricas. Assinale a alternativa que indica, na primeira estrofe, pela ordem em que surgem, os versos de dez slabas mtricas, denominados decasslabos.

    (A) 1 e 5.

    (B) 3 e 4.

    (C) 1, 2 e 3.

    (D) 2 e 3.

    (E) 1, 3 e 5.

    Questo 19

    Indique o verso em que ocorre um adjetivo antes e outro de-pois de um substantivo:

    (A) O que varia o esprito que as sente

    (B) Mas, se nesse vaivm tudo parece igual

    (C) Tons esquivos e trmulos, nuanas

    (D) Homem inquieto e vo que no repousas!

    (E) Dentro do eterno giro universal

  • 8VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    employees about the real information on their companys environmental commitment. Also, look for labels that show if a given offering has been inspected by a reliable third-party. For example, the U.S. Department of Agricultures Certified Organic label can only go on products that meet the federal governments organic standard. Just because a label says made with organic ingredients or all-natural does not mean the product qualifies as Certified Organic, so be sure to look beyond the hype.

    (www.scientificamerican.com. Adaptado.)

    Questo 22

    No texto, o termo greenwashing tem o sentido de

    (A) convencimento de consumidores a darem preferncia a produtos que no agridam a natureza.

    (B) prticas de empresas que se colocam ficticiamente como protetoras do meio ambiente.

    (C) adaptao dos produtos de uma empresa legislao am-biental em vigor.

    (D) contribuio para as ONGs que defendem a responsabi-lidade ambiental e social.

    (E) incentivo reutilizao e reciclagem de produtos, em-balagens e servios.

    Questo 23

    O objetivo do texto

    (A) denunciar as empresas que no utilizam matrias-primas naturais.

    (B) esclarecer os leitores sobre o que e como ocorre o greenwashing.

    (C) defender as organizaes Greenpeace e CorpWatch de ataques sua idoneidade.

    (D) promover campanhas de educao ambiental e de consu-mo sustentvel.

    (E) criar o hbito de consumo de alimentos orgnicos e ver-dadeiramente naturais.

    Questo 24

    According to the text, Greenpeace

    (A) fights against greenwashing practices.

    (B) blames the average citizen for their environmental difficulties.

    (C) states that most companies are environmentally unsustainable.

    (D) defends that greenwashing should be real instead of a lie.

    (E) criticizes environmental programs that fail to reach their targets.

    Leia o texto para responder s questes de nmeros 22 a 29.

    How can consumers find out if a corporation is greenwashing environmentally unsavory practices?

    June 29, 2013

    In essence, greenwashing involves falsely conveying to consumers that a given product, service, company or institution factors environmental responsibility into its offerings and/or operations. CorpWatch, a non-profit organization dedicated to keeping tabs on the social responsibility (or lack thereof) of U.S.-based companies, characterizes greenwashing as the phenomena of socially and environmentally destructive corporations, attempting to preserve and expand their markets or power by posing as friends of the environment.

    One of the groups leading the charge against greenwashing is Greenpeace. Corporations are falling all over themselves, reports the group, to demonstrate that they are environmentally conscious. The average citizen is finding it more and more difficult to tell the difference between those companies genuinely dedicated to making a difference and those that are using a green curtain to conceal dark motives.

    Greenpeace launched its Stop Greenwash campaign in 2009 to call out bad actors and help consumers make better choices. The most common greenwashing strategy, the group says, is when a company touts an environmental program or product while its core business is inherently polluting or unsustainable.

    Another involves what Greenpeace calls ad bluster: using targeted advertising or public relations to exaggerate a green achievement so as to divert attention from actual environmental problems or spending more money bragging about green behavior than on actual deeds. In some cases, companies may boast about corporate green commitments while lobbying behind the scenes against environmental laws.

    Greenpeace also urges vigilance about green claims that brag about something the law already requires: For example, if an industry or company has been forced to change a product, clean up its pollution or protect an endangered species, then uses Public Relations campaigns to make such action look proactive or voluntary.

    For consumers, the best way to avoid getting greenwashed is to be educated about who is truly green and who is just trying to look that way to make more money. Look beyond advertising claims, read ingredient lists or ask

  • 9 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 28

    O trecho do ltimo pargrafo Look beyond advertising claims, read ingredient lists or ask employees about the real information on their companys environmental commitment. Also, look for labels that show if a given offering has been inspected by a reliable third-party. apresenta

    (A) recomendaes para o consumidor no ser enganado em relao a produtos e empresas supostamente verdes.

    (B) exigncias que devem ser feitas s empresas pelos con-sumidores conscientes da necessidade de preservar o ambiente.

    (C) assuntos que devem ser discutidos tanto por empresas como por consumidores em geral.

    (D) encaminhamentos a serem feitos ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

    (E) comportamentos a serem adotados por uma pessoa adep-ta do greenwashing.

    Questo 29

    No trecho final do ltimo pargrafo all-natural does not mean the product qualifies as Certified Organic, so be sure to look beyond the hype. , a conjuno so pode ser substituda, sem alterao de sentido, por

    (A) however.

    (B) furthermore.

    (C) because.

    (D) although.

    (E) therefore.

    Questo 25

    Segundo o texto, uma das estratgias usadas pelas empresas para praticar greenwashing

    (A) o uso de atores de televiso e de pessoas famosas para promover seus produtos.

    (B) a alegao de que seus produtos so saudveis e fazem a diferena.

    (C) a reduo das atividades poluidoras com investimentos em energia de fontes renovveis.

    (D) a divulgao de que esto contribuindo para o meio am-biente ao apenas cumprir a lei.

    (E) a utilizao da cor verde nas embalagens de seus produ-tos para simbolizar a natureza.

    Questo 26

    No trecho do quarto pargrafo Another involves what Greenpeace calls ad bluster , a palavra another refere-se a

    (A) Stop Greenwash.

    (B) environmental program.

    (C) greenwashing strategy.

    (D) environmental laws.

    (E) core business.

    Questo 27

    No trecho do quarto pargrafo to exaggerate a green achievement so as to divert attention , a expresso so as equivale, em portugus, a

    (A) tanto quanto.

    (B) assim como.

    (C) mesmo que.

    (D) de modo a.

    (E) por causa de.

  • 10VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Leia o texto para responder s questes de nmeros 31 e 32.

    Apesar de no ter sido to complexo quanto os gover-nos modernos, o Imprio [Romano] tambm precisava pagar custos muito altos. Alm de seus funcionrios, da manuten-o das estradas e da realizao de obras, precisava man-ter um grande exrcito distribudo por toda a sua extenso. A cobrana de impostos que permitia ao governo continuar funcionando e pagando seus gastos.

    (Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu imprio, 2004.)

    Questo 31

    Sobre o recolhimento de impostos e os gastos pblicos no Imprio Romano, correto afirmar que

    (A) os patrcios e os proprietrios de terras no pagavam tri-butos, uma vez que estes eram de responsabilidade ex-clusiva de arrendatrios e escravos.

    (B) o desenvolvimento da engenharia civil foi essencial para integrar o Imprio e facilitar o deslocamento dos exr-citos.

    (C) as obras financiadas com recursos pblicos foram apenas as de funo religiosa, como altares ou templos.

    (D) a desvalorizao da moeda foi uma das formas utilizadas pelos governantes para aliviar o peso dos impostos sobre a populao despossuda.

    (E) os tributos eram cobrados por coletores enviados direta-mente de Roma, no havendo qualquer intermediao ou interveno de autoridades locais.

    Questo 32

    Os gastos militares intensificaram-se a partir dos sculos III e IV d.C., devido

    (A) ao esforo romano de expandir suas fronteiras para o centro da frica.

    (B) s perseguies contra os cristos, que, bem sucedidas, permitiram o pleno retorno ao politesmo.

    (C) necessidade de defesa diante de ataques simultneos de brbaros em vrias partes da fronteira.

    (D) aos anseios expansionistas, que levaram os romanos a buscar o controle armado e comercial do mar Mediter-rneo.

    (E) guerra contra Cartago pelo controle de terras no norte da frica e na Pennsula Ibrica.

    Questo 30

    Examine a tira.

    We replaced our styrofoamcups with paper cups, butit's not so clear that ithelps the planet

    We didn't do it to help theplanet. We did it to looklike the sort of companythat cares about thatsort of thing.

    Oh. Inthat

    case it'sworkinggreat.

    As soonas youstop

    whining.

    (http://generationgreen.org)

    No segundo quadrinho da tira, a expresso that sort of thing refere-se a

    (A) working great.

    (B) styrofoam cups.

    (C) paper cups.

    (D) the sort of company.

    (E) help the planet.

  • 11 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 34

    mar salgado, quanto do teu salSo lgrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mes choraram,Quantos filhos em vo rezaram!Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, mar!

    Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma no pequena.Quem quer passar alm do BojadorTem que passar alm da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele que espelhou o cu.

    (Fernando Pessoa. Mar Portugus. Obra potica, 1960. Adaptado.)

    Entre outros aspectos da expanso martima portuguesa a partir do sculo XV, o poema menciona

    (A) o sucesso da empreitada, que transformou Portugal na principal potncia europeia por quatro sculos.

    (B) o reconhecimento do papel determinante da Coroa no estmulo s navegaes e no apoio financeiro aos fami-liares dos navegadores.

    (C) a crena religiosa como principal motor das navegaes, o que justifica o reconhecimento da grandeza da alma dos portugueses.

    (D) a percepo das perdas e dos ganhos individuais e coleti-vos provocados pelas navegaes e pelos riscos que elas comportavam.

    (E) a dificuldade dos navegadores de reconhecer as diferen-as entre os oceanos, que os levou a confundir a Amrica com as ndias.

    Questo 33

    Mais ou menos a partir do sculo XI, os cristos or-ganizaram expedies em comum contra os muulmanos, na Palestina, para reconquistar os lugares santos onde Cristo tinha morrido e ressuscitado. So as cruzadas [...]. Os homens e as mulheres da Idade Mdia tiveram ento o sentimento de pertencer a um mesmo grupo de instituies, de crenas e de hbitos: a cristandade.

    (Jacques Le Goff. A Idade Mdia explicada aos meus filhos, 2007.)

    Segundo o texto, as cruzadas

    (A) contriburam para a construo da unidade interna do cristianismo, o que reforou o poder da Igreja Catlica Romana e do Papa.

    (B) resultaram na conquista definitiva da Palestina pelos cristos e na decorrente derrota e submisso dos muul-manos.

    (C) determinaram o aumento do poder dos reis e dos impe-radores, uma vez que a derrota dos cristos debilitou o poder poltico do Papa.

    (D) estabeleceram o carter monotesta do cristianismo me-dieval, o que ajudou a reduzir a influncia judaica e mu-ulmana na Palestina.

    (E) definiram a separao oficial entre Igreja e Estado, esti-pulando funes e papis diferentes para os lderes pol-ticos e religiosos.

  • 12VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 37

    A proclamao da Repblica no um ato fortuito, nem obra do acaso, como chegaram a insinuar os monarquistas; no tampouco o fruto inesperado de uma parada militar. Os militares no foram meros instrumentos dos civis, nem foi um ato de indisciplina que os levou a liderar o movimento da manh de 15 de novembro, como tem sido dito s vezes. Alguns deles tinham slidas convices republicanas e j vi-nham conspirando h algum tempo [...]. Imbudos de ideias republicanas, estavam convencidos de que resolveriam os problemas brasileiros liquidando a Monarquia e instalando a Repblica.

    (Emlia Viotti da Costa. Da monarquia repblica, 1987.)

    O texto identifica a proclamao da Repblica como resul-tado

    (A) da unidade dos militares, que agiram de forma coerente e constante na luta contra o poder civil que prevalecia durante o Imprio.

    (B) da fragilidade do comando exercido pelo Imperador fren-te s rebelies republicanas que agitaram o pas nas lti-mas dcadas do Imprio.

    (C) de um projeto militar de assumir o comando do Estado brasileiro e implantar uma ditadura armada, afastando os civis da vida poltica.

    (D) da disseminao de ideais republicanos e salvacionistas nos meios militares, que articularam a ao de derrubada da Monarquia.

    (E) de uma conspirao de civis, que recorreram aos milita-res para derrubar a Monarquia e assumir o controle do Estado brasileiro.

    Questo 35

    O comrcio foi de fato o nervo da colonizao do Antigo Regime, isto , para incrementar as atividades mercantis pro-cessava-se a ocupao, povoamento e valorizao das novas reas. E aqui ressalta de novo o sentido da colonizao da poca Moderna; indo em curso na Europa a expanso da economia de mercado, com a mercantilizao crescente dos vrios setores produtivos antes margem da circulao de mercadorias a produo colonial era uma produo mer-cantil, ligada s grandes linhas do trfico internacional.

    (Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808), 1981. Adaptado.)

    O mecanismo principal da colonizao foi o comrcio entre colnia e metrpole, fato que se manifesta

    (A) na ampliao do movimento de integrao econmica europeia por meio do amplo acesso de outras potncias aos mercados coloniais.

    (B) na ausncia de preocupaes capitalistas por parte dos colonos, que preferiam manter o modelo feudal e a hege-monia dos senhores de terras.

    (C) nas crticas das autoridades metropolitanas persistn-cia do escravismo, que impedia a ampliao do mercado consumidor na colnia.

    (D) no desinteresse metropolitano de ocupar as novas terras conquistadas, limitando-se explorao imediatista das riquezas encontradas.

    (E) no condicionamento poltico, demogrfico e econmico dos espaos coloniais, que deveriam gerar lucros para as economias metropolitanas.

    Questo 36

    Entre as diferenas polticas que levaram o Norte e o Sul dos Estados Unidos Guerra Civil, em 1861, podemos citar

    (A) a disputa pelo mercado consumidor europeu de matrias- primas e pelo mercado consumidor latino-americano de manufaturados.

    (B) a disputa em relao s terras do Oeste, que vinham sen-do conquistadas e gradualmente incorporadas Unio.

    (C) o apoio nortista s lutas pela independncia de Cuba e a rejeio sulista s emancipaes polticas no Caribe.

    (D) a anexao de terras do Mxico por estados do Norte e a defesa sulista da autonomia e da soberania territorial mexicana.

    (E) o esforo de expanso para o Sul e o consequente es-tabelecimento de hegemonia norte-americana sobre a Amrica Latina.

  • 13 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Analise o cartaz da campanha presidencial do Marechal Hen-rique Teixeira Lott para responder s questes de nmeros 39 e 40.

    Questo 39

    O cartaz, que foi empregado na campanha para a Presidncia da Repblica em 1960,

    (A) confirma a presena de Vargas como principal articula-dor da candidatura de Lott e relembra as dificuldades na construo da nova Capital.

    (B) demonstra a aliana do conjunto das classes sociais bra-sileiras com Lott e defende a necessidade de unidade po-ltica na busca pelo progresso do pas.

    (C) celebra o desenvolvimentismo dos governos anteriores e alerta para o risco iminente de golpe militar.

    (D) ressalta a aliana partidria construda em torno do nome de Lott e destaca a continuidade poltica que sua candi-datura representa.

    (E) apresenta a candidatura de Lott presidncia como ex-presso do populismo e do esforo de incorporar os seto-res trabalhadores poltica.

    Questo 40

    A forma como Juscelino Kubitschek representado no cartaz

    (A) associa a construo de Braslia ao desbravamento do in-terior do pas e sugere um projeto de integrao nacional.

    (B) expressa o esforo para que ele seja aceito pelo eleito-rado, que sempre o rejeitou por ser descendente de imi-grantes.

    (C) questiona o autoritarismo de seu governo e a impopulari-dade do projeto de transferncia da Capital para Braslia.

    (D) caracteriza a inaugurao da nova Capital como estra-tgia de afastar o poder federal dos principais centros econmicos do pas.

    (E) uma crtica ao arcasmo de suas aes polticas e uma defesa da modernizao econmica e poltica do pas.

    Questo 38

    No final da primavera de 1921, um grande artigo de Lenin define o que ser a NEP [Nova poltica econmica]: supresso das requisies, impostos em gneros (para os camponeses); liberdade de comrcio; liberdade de produo artesanal; concesses aos capitalistas estrangeiros; liberda-de de empresa verdade que restrita para os cidados soviticos. [...] Ao mesmo tempo, recusa qualquer liberdade poltica ao pas: Os mencheviques continuaro presos, e anuncia uma depurao do partido, dirigida contra os revo-lucionrios oriundos de outros partidos, isto , no imbudos da mentalidade bolchevique.

    (Victor Serge. Memrias de um revolucionrio, 1987.)

    O texto identifica duas caractersticas do processo de consti-tuio da Unio Sovitica:

    (A) a reconciliao entre as principais faces social-demo-cratas e a implantao de um sistema poltico que atri-bua todo poder aos sovietes de soldados, operrios e camponeses.

    (B) o reconhecimento do fracasso poltico e social dos ideais comunistas e o restabelecimento do capitalismo liberal como modo de produo hegemnico no pas.

    (C) a estatizao das empresas e dos capitais estrangeiros in-vestidos no pas e a nacionalizao de todos os meios de produo, com a implantao do chamado comunismo de guerra.

    (D) a aguda centralizao do poder nas mos do partido go-vernante e o restabelecimento temporrio de algumas prticas capitalistas, que visavam acelerao do cres-cimento econmico do pas.

    (E) o fim da participao russa na Guerra Mundial, defendi-da pelas principais lideranas do Exrcito Vermelho, e a legalizao de todos os partidos socialistas.

  • 14VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 43

    Analise o mapa.

    Correntes martimas e temperatura na superfcie dos oceanos

    gua do mar congelada (em mdia) abaixo de 2 C

    correntes quentes

    correntes frias

    calotas de gelo (abaixo de 0 C)

    Legenda

    guas ocenicas 2 a 0 C

    0 a 10 C

    10 a 20 C

    20 a 30 C

    (Antonio Guerra et al. Atlas geogrfico mundial, 2007. Adaptado.)

    Considerando as relaes existentes entre zonas climticas, sistema de circulao atmosfrica e correntes martimas de superfcie, correto afirmar que

    (A) as correntes quentes predominam nas zonas intertropi-cais e o sentido de seu deslocamento est associado aos ventos de oeste predominantes na regio.

    (B) as correntes frias predominam na zona equatorial e o sentido de seu deslocamento est associado aos ventos de leste predominantes na regio.

    (C) as correntes quentes predominam na zona equatorial e o sentido de seu deslocamento est associado aos ventos de leste predominantes na regio.

    (D) as correntes quentes predominam nas zonas subtropicais e o sentido de seu deslocamento est associado aos ven-tos de leste predominantes na regio.

    (E) as correntes frias predominam nas zonas intertropicais e o sentido de seu deslocamento est associado aos ventos de oeste predominantes na regio.

    Questo 41

    A Revoluo dos Cravos aconteceu em Portugal, no dia 25 de abril de 1974. Esse movimento

    (A) permitiu o restabelecimento do controle poltico portu-gus sobre as colnias africanas, que haviam acabado de conquistar sua independncia.

    (B) instalou uma ditadura militar em Portugal, encerrando cinco dcadas de Estado democrtico e popular.

    (C) iniciou o processo de democratizao do pas, encerran-do o longo regime autoritrio que marcou parte do sculo XX portugus.

    (D) impediu a continuidade do processo de modernizao da economia portuguesa, implantado ao final da Segunda Guerra Mundial.

    (E) contestou o ingresso de Portugal na Comunidade Euro-peia e defendeu a aproximao do pas com os pases socialistas do Leste Europeu.

    Questo 42

    Com que roupa?

    (Chico Caruso. Jornal do Brasil, 20.07.1979.)

    A charge de 1979, ano em que Joo Figueiredo assumiu a Presidncia da Repblica. Sua dvida em relao roupa uma aluso

    (A) ao estilo de vida de um homem, formado em quartis mi-litares e habituado formalidade das cerimnias oficiais.

    (B) oscilao, caracterstica de seu governo, entre a defesa de posies ideolgicas de direita e de esquerda.

    (C) deciso de renunciar ao cargo, em meio ao conflito pelo poder entre distintos setores das Foras Armadas.

    (D) s denncias de risco de golpe de esquerda, que atraves-savam o pas aps o fim do regime militar.

    (E) s dificuldades da abertura poltica, cuja forma e ritmo provocavam tenses e divergncias entre civis e militares.

  • 15 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 46

    A populao de Londres, com 12% da populao total do Reino Unido, exige uma pegada ecolgica de 21 milhes de hectares ou, simplesmente, toda a terra produtiva do Reino Unido. Em Vancouver, no Canad, constatou-se que a rea exigida para manter o nvel de vida da populao corresponde a 174 vezes a rea de sua prpria jurisdio. Um habitante de uma cidade tpica da Amrica do Norte tem uma pegada ecolgica de 461 hectares, enquanto na ndia a pegada ecolgica per capita de 45 hectares. Assim, o planeta sofre um impacto dez vezes maior quando nasce um beb no primeiro mundo do que quando nasce um beb na ndia, na China ou no Paquisto. Um malthusianismo cego, ainda hegemnico nas lides ambientalistas, est infelizmente muito mais preocupado com o controle da populao na n-dia do que com a injustia ambiental que sustenta a injusta ordem de poder mundial.

    (Rogrio Haesbaert da Costa e Carlos Walter Porto-Gonalves. A nova des-ordem mundial, 2005. Adaptado.)

    No texto, os autores fazem uma crtica abordagem malthu-siana, que tende a considerar o tamanho da populao como o fator principal do impacto sobre os recursos naturais exis-tentes no planeta. Dessa forma, para se entender a atual crise ambiental, outros fatores, tambm importantes, devem ser levados em considerao, a saber,

    (A) o tamanho dos territrios de cada pas e a falta de conhe-cimento sobre a quantidade de recursos naturais que cada populao dispe.

    (B) o baixo nvel de renda das populaes dos pases desen-volvidos e seu reduzido grau de desenvolvimento tecno-lgico.

    (C) o modelo de desenvolvimento econmico adotado pelos pases e os padres de consumo difundidos em escala mundial.

    (D) o tamanho das populaes dos pases subdesenvolvidos e seu baixo nvel de escolaridade.

    (E) o baixo desenvolvimento tcnico-cientfico dos pases e a ausncia de conhecimentos sobre a finitude dos recur-sos naturais existentes no planeta.

    Questo 44

    Leia as notcias.

    As fortes chuvas na regio litornea do Nordeste cau-sam problemas a moradores de pelo menos quatro capitais. Macei, Recife e Joo Pessoa sofrem com transtornos e ruas alagadas nesta quarta-feira [03.07.2013]. Natal ainda se re-cupera da maior chuva do ano, registrada nessa tera-feira.

    (http://noticias.uol.com.br)

    As fortes chuvas que atingem Salvador desde a madru-gada provocaram alagamentos em diversas ruas da capital baiana nesta quarta-feira [03.07.2013]. Segundo a Defesa Civil do municpio, da meia-noite at o meio-dia foram regis-tradas 31 solicitaes de emergncia, incluindo 14 desliza-mentos de terra. [...] De acordo com a Climatempo, entre 1h e 8h, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou quase 37 milmetros de chuva acumulados em Salvador, com rajadas de vento atingindo 40 km/h.

    (http://noticias.terra.com.br)

    A maior incidncia de chuvas entre os meses de maio e julho no Nordeste brasileiro pode ser explicada pela ocorrncia de alguns fenmenos atmosfricos, como

    (A) a atuao dos ventos alsios e a formao de reas de alta presso atmosfrica.

    (B) a atuao dos ventos alsios e a ao de frentes frias.

    (C) a atuao de frentes frias e a formao de tornados.

    (D) a atuao da zona de convergncia do Atlntico Norte e a formao de tornados.

    (E) a atuao da zona de convergncia do Atlntico Norte e a formao de reas de alta presso atmosfrica.

    Questo 45

    A extrao de madeira, especialmente do pau-brasil, os ciclos do acar e caf e o desmatamento para instalao de indstrias so eventos de nossa histria que contriburam para a degradao desse bioma.

    (www.eco.ib.usp.br)

    O texto refere-se ao bioma

    (A) Mata Atlntica.

    (B) Caatinga.

    (C) Cerrado.

    (D) Pantanal.

    (E) Floresta Amaznica.

  • 16VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 49

    Aps os atentados de 11 de setembro de 2001, o governo dos Estados Unidos da Amrica aprovou uma srie de me-didas com o objetivo de proteger os cidados americanos da ameaa representada pelo terrorismo internacional. Entre as medidas adotadas pelo governo norte-americano esto

    (A) a realizao de acordos de cooperao militar e tecno-lgica com pases aliados no combate ao terrorismo in-ternacional; e a priso imediata de rabes e muulmanos que residissem nos Estados Unidos.

    (B) a realizao de ataques preventivos a pases suspeitos de sediarem grupos terroristas; e a restrio da liberdade e dos direitos civis de suspeitos de associao com o ter-rorismo.

    (C) a concesso de apoio logstico e financeiro a pases que, autonomamente, pudessem combater grupos terroristas em seus territrios; e a preservao dos direitos civis de suspeitos de associao com o terrorismo, que residis-sem dentro ou fora dos Estados Unidos.

    (D) a realizao de ataques preventivos a pases suspeitos de sediarem grupos terroristas; e a flexibilizao do ingres-so nos Estados Unidos de pessoas oriundas de qualquer regio do mundo.

    (E) a realizao de acordos de cooperao militar e tecnol-gica com pases suspeitos de sediarem grupos terroristas; e a preservao dos princpios de liberdade individual e autonomia dos povos.

    Questo 47

    O processo de mundializao do sistema capitalista sempre esteve apoiado na difuso de polticas econmicas e na cons-tituio de determinadas lgicas geopolticas e geoeconmi-cas de organizao do espao mundial. Constituem-se em poltica econmica e em lgica capitalista de ordenamento do espao mundial no perodo atual:

    (A) o keynesianismo e o colonialismo.

    (B) o desenvolvimentismo e o neocolonialismo.

    (C) o neoliberalismo e a globalizao.

    (D) o mercantilismo e a descolonizao.

    (E) o liberalismo e o imperialismo.

    Questo 48

    Coreia do Norte anuncia estado de guerra com a Coreia do Sul

    A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira [29.03.2013] o "estado de guerra" com a Coreia do Sul e que negociar qualquer questo entre os dois pases sob esta base. "A partir de agora, as relaes intercoreanas esto em estado de guerra e todas as questes entre as duas Co-reias sero tratadas sob o protocolo de guerra", declara um comunicado atribudo a todos os rgos do governo norte- coreano.

    (http://noticias.uol.com.br. Adaptado.)

    A tenso observada entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul est associada a

    (A) divergncias polticas e comerciais, sendo que sua ori-gem se deu aps a emergncia Nova Ordem Mundial.

    (B) divergncias comerciais e econmicas, sendo que sua origem remete ao perodo da Guerra Fria.

    (C) divergncias polticas e ideolgicas, sendo que sua ori-gem se deu aps a emergncia da Nova Ordem Mundial.

    (D) divergncias polticas e ideolgicas, sendo que sua ori-gem remete ao perodo da Guerra Fria.

    (E) um incidente diplomtico ocasional, que no correspon-de grande tradio pacifista existente entre as Coreias.

  • 17 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 52

    Considere o mapa das bacias hidrogrficas brasileiras e ana-lise o grfico das condies hdricas de uma dessas bacias.

    Bacias hidrogrficas brasileiras

    Bacia hidrogrfica X *

    * Situao atual da bacia hidrogrfica X, avaliada a partir das con-dies hdricas (demanda/disponibilidade) apresentadas por cada trecho da malha fluvial.

    (http://conjuntura.ana.gov.br. Adaptado.)

    Considerando conhecimentos sobre a situao atual de uso, ocupao demogrfica, disponibilidade hdrica e degradao das bacias hidrogrficas brasileiras, correto afirmar que a bacia X se refere

    (A) bacia do Paraguai.

    (B) bacia Amaznica.

    (C) bacia Tocantins-Araguaia.

    (D) bacia Atlntico Nordeste Oriental.

    (E) bacia do Uruguai.

    Leia a notcia para responder s questes de nmeros 50 e 51.

    Em dia de maior mobilizao, protestos levam mais de 1 milho de pessoas s ruas no Brasil

    Mais de 1 milho de pessoas participaram de protestos em vrias cidades do Brasil nesta quinta-feira [20.06.2013]. Os protestos ocorreram em vrias capitais e centenas de ci-dades nas cinco regies do pas. Ao todo, 388 cidades tive-ram manifestaes, incluindo 22 capitais.

    (http://noticias.uol.com.br. Adaptado.)

    Questo 50

    Os protestos que tomaram as ruas do Brasil durante o ms de junho de 2013 foram originalmente motivados por problema que aflige grande parte da populao que vive nas grandes cidades do pas, a saber,

    (A) o aumento do desemprego e a precarizao do trabalho.

    (B) o alto custo e a m qualidade do sistema pblico de sade.

    (C) o aumento da violncia urbana e o alto custo da segurana pblica.

    (D) a falta de vagas na educao bsica e a precarizao do sistema pblico de ensino.

    (E) o alto custo e a m qualidade do sistema pblico de trans-porte.

    Questo 51

    Ao se espalharem pelo territrio brasileiro, esses protestos evidenciaram caractersticas do espao geogrfico prprias do atual perodo histrico da globalizao. Entre essas ca-ractersticas pode-se mencionar

    (A) uma frgil articulao entre os lugares, resultante do uso corporativo das redes tcnicas de comunicao por gran-des empresas, o que inviabilizou a ocorrncia de mani-festaes simultneas pelo pas.

    (B) uma estreita articulao entre os lugares, possibilitada pela presena de redes tcnicas de comunicao que, por sua vez, viabilizaram a ocorrncia de manifestaes si-multneas por todo o pas, em razo da circulao orga-nizada de informaes.

    (C) uma frgil articulao entre os lugares, devido a redes tcnicas de comunicao e de transporte ainda problem-ticas, o que inviabilizou a ocorrncia de manifestaes simultneas por todo o pas.

    (D) um relativo isolamento entre os lugares, devido ausn-cia de redes tcnicas de comunicao, o que inviabilizou a ocorrncia de manifestaes simultneas pelo pas.

    (E) uma estreita articulao entre os lugares, possibilitada pela presena de redes tcnicas de transporte que, por sua vez, viabilizaram o deslocamento do mesmo grupo de manifestantes por todo o pas em um intervalo curto de tempo.

  • 18VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 54

    Leia a notcia.

    Um grupo de indgenas que protestava contra a mu-dana no processo de demarcao de terras cercou nesta quinta-feira [18.04.2013] o Palcio do Planalto. De acordo com um dos representantes do movimento, Neguinho Tuk, a populao indgena no foi ouvida durante o processo de elaborao da PEC 215 e teme perder suas terras com as mudanas. ndio sem terra no tem vida, declarou o coordenador das Organizaes Indgenas da Amaznia Bra-sileira, Marcos Apurin. No aceitamos e no vamos acei-tar mais esse genocdio. O grupo o mesmo que, na ltima tera-feira, 16, invadiu o plenrio da Cmara dos Deputa-dos em protesto contra a PEC 215, que transfere do Poder Executivo para o Congresso Nacional a deciso final sobre a demarcao de terras indgenas no Brasil.

    (http://ultimosegundo.ig.com.br. Adaptado.)

    So processos que vm contribuindo para o acirramento da tenso social envolvendo a populao indgena no campo brasileiro:

    (A) o avano das atividades agrcolas, mineradoras e pecu-rias de grande porte; a instalao de usinas hidreltricas em terras indgenas; e a permanncia da concentrao de terras no pas.

    (B) a expanso da reforma agrria; o aumento do desempre-go no campo; e a ausncia de polticas de assistncia so-cial destinada populao indgena.

    (C) o avano das atividades agrcolas, mineradoras e pecu-rias de grande porte; a expanso da reforma agrria; e a reivindicao da populao indgena de direitos no pre-vistos na Constituio Federal.

    (D) a expanso da reforma agrria e da agricultura familiar; a instalao de usinas hidreltricas em terras indgenas; e a permanncia da concentrao de terras no pas.

    (E) a expanso da agricultura familiar no pas; o aumento do desemprego no campo; e a ausncia de polticas de assistncia social destinada populao indgena.

    Questo 53

    Observe as imagens.

    Copacabana, incio do sculo XX

    (oglobo.globo.com/rio)

    Copacabana, incio do sculo XXI

    (www.rio-dejaneiro.org)

    As imagens apresentam, em momentos histricos distintos, uma das paisagens mais conhecidas do Brasil: a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A partir da anlise das pai-sagens, pode-se notar o intenso processo de adensamento e verticalizao das edificaes ocorrido na regio ao longo do ltimo sculo.

    Considerando a dinmica da formao do espao urbano no Brasil contemporneo, correto afirmar que o processo de verticalizao observado no bairro de Copacabana se deve, especialmente,

    (A) constante valorizao do solo urbano em uma regio da cidade bastante cobiada pela elite econmica, intensa-mente explorada pelo mercado imobilirio.

    (B) ao interesse do poder pblico e do mercado imobilirio em instalar condomnios populares nessa regio da cida-de, ao longo do ltimo sculo.

    (C) s condies oferecidas pelo meio fsico que, por apre-sentar um relevo bastante acidentado, limitou o nmero de reas aptas ocupao humana na cidade.

    (D) poltica de planejamento urbano, que teve como obje-tivo concentrar a oferta de habitaes e servios bsicos em apenas alguns lugares da cidade.

    (E) poltica de planejamento urbano, que privilegiou a ocu-pao de plancies e encostas com o objetivo de preser-var a paisagem natural e estimular o turismo na cidade.

  • 19 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 56

    "Religio sempre foi um negcio lucrativo." Assim co-mea uma reportagem da revista americana Forbes sobre os milionrios bispos fundadores das maiores igrejas evangli-cas do Brasil. A revista fez um ranking com os lderes mais ricos. No topo da lista, est o bispo Edir Macedo, que tem uma fortuna estimada em R$ 2 bilhes, segundo a revista. Em seguida, vem Valdemiro Santiago, com R$ 400 milhes; Silas Malafaia, com R$ 300 milhes; R. R. Soares, com R$ 250 milhes, e Estevan Hernandes Filho e a bispa Snia, com R$ 120 milhes juntos. A Forbes tambm destaca o cres-cimento dos evanglicos no Brasil de 15,4% para 22,2% da populao na ltima dcada , em detrimento dos catlicos. Hoje, os catlicos romanos somam 64,6% da populao, ou 123 milhes de brasileiros. Os evanglicos, por sua vez, j somam 42 milhes, em uma populao total de 191 milhes de pessoas.

    (Forbes lista os seis lderes milionrios evanglicos no Brasil. uol.com.br, 19.01.2013. Adaptado.)

    Os fatos descritos na reportagem so compatveis filosofica-mente com uma concepo

    (A) teolgico-protestante, baseada na valorizao do sacrif-cio pessoal e da prosperidade material.

    (B) kantiana, que preconiza a possibilidade de se atingir a maioridade intelectual.

    (C) cartesiana, que pressupe a existncia de Deus como condio essencial para o conhecimento racional.

    (D) dialtico-materialista, baseada na necessidade de supera-o do trabalho alienado.

    (E) teolgico-catlica, defensora da caridade e idealizadora de virtudes associadas pobreza.

    Questo 55

    A China a segunda maior economia do mundo. Quer garantir a hegemonia no seu quintal, como fizeram os Esta-dos Unidos no Caribe depois da guerra civil. As Filipinas temem por um atol de rochas desabitado que disputam com a China. O Japo est de planto por umas ilhotas de pedra e vento, que a China diz que lhe pertencem. Mesmo o Vietn desconfia mais da China do que dos Estados Unidos. As au-toridades de Hani gostam de lembrar que o gigante ameri-cano invadiu o Mxico uma vez. O gigante chins invadiu o Vietn dezessete.

    (Andr Petry. O Sculo do Pacfico. Veja, 24.04.2013. Adaptado.)

    A persistncia histrica dos conflitos geopolticos descritos na reportagem pode ser filosoficamente compreendida pela teoria

    (A) iluminista, que preconiza a possibilidade de um estado de emancipao racional da humanidade.

    (B) maquiavlica, que postula o encontro da virtude com a fortuna como princpios bsicos da geopoltica.

    (C) poltica de Rousseau, para quem a submisso vontade geral condio para experincias de liberdade.

    (D) teolgica de Santo Agostinho, que considera que o pro-cesso de iluminao divina afasta os homens do pecado.

    (E) poltica de Hobbes, que conceitua a competio e a des-confiana como condies bsicas da natureza humana.

  • 20VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 58

    Governos que se metem na vida dos outros so gover-nos autoritrios. Na histria temos dois grandes exemplos: o fascismo e o comunismo. Em nossa poca existe uma outra tentao totalitria, aparentemente mais invisvel e, por isso mesmo, talvez, mais perigosa: o "totalitarismo do bem". A sade sempre foi um dos substantivos preferidos das almas e dos governos autoritrios. Quem estudar os governos autori-trios ver que a "vida cientificamente saudvel" sempre foi uma das suas maiores paixes. E, aqui, o advrbio "cientifi-camente" quase vago porque o que vem primeiro mesmo o desejo de higienizao de toda forma de vcio, sujeira, enfim, de humanidade no correta. Nosso maior pecado contempo-rneo no reconhecer que a humanidade do humano est alm do modo "correto" de viver. E vamos pagar caro por isso porque um mundo s de gente "saudvel" um mundo sem Eros.

    (Luiz Felipe Pond. Gosto que cada um sente na boca no da conta do governo. Folha de S.Paulo, 14.03.2012. Adaptado.)

    Na concepo do autor, o totalitarismo

    (A) um sistema poltico exclusivamente relacionado com o fascismo e o comunismo.

    (B) inexiste sob a gide de regimes polticos institucional-mente democrticos e liberais.

    (C) depende necessariamente de controles de natureza poli-cial e repressiva dos comportamentos.

    (D) mobiliza a cincia para estabelecer critrios de natureza biopoltica sobre a vida.

    (E) estabelece regras de comportamento subordinadas au-tonomia dos indivduos.

    Questo 57

    Segundo Franz Boas, as pessoas diferem porque suas culturas diferem. De fato, assim que deveramos nos referir a elas: a cultura esquim ou a cultura judaica, e no a raa esquim ou a raa judaica. Apesar de toda a nfase que deu cultura, Boas no era um relativista que acreditava que todas as culturas eram equivalentes, nem um empirista que acreditava na tbula rasa. Ele considerava a civilizao eu-ropeia superior s culturas tribais, insistindo apenas em que todos os povos eram capazes de atingi-la. No negava que devia existir uma natureza humana universal ou que pode-ria haver diferenas entre as pessoas de um mesmo grupo tnico. O que importava para ele era a ideia de que todos os grupos tnicos so dotados das mesmas capacidades mentais bsicas.

    (Steven Pinker. Tbula rasa: a negao contempornea da natureza humana, 2004. Adaptado.)

    Considerando o texto, correto afirmar que, de acordo com o antroplogo Franz Boas,

    (A) os critrios para comparao entre as culturas so intei-ramente relativos.

    (B) a vida em estado de natureza superior vida civilizada.

    (C) as diferenas culturais podem ser avaliadas por critrios universalistas.

    (D) as diferenas entre as culturas so biologicamente con-dicionadas.

    (E) o progresso cultural uma iluso etnocntrica europeia.

  • 21 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 60

    A poderosa American Psychiatric Association (Asso-ciao Americana de Psiquiatria APA) lanou neste final de semana a nova edio do que conhecido como a B-blia da Psiquiatria: o DSM-5. E, de imediato, virei doente mental. No estou sozinha. Est cada vez mais difcil no se encaixar em uma ou vrias doenas do manual. Se uma pes-quisa j mostrou que quase metade dos adultos americanos teve pelo menos um transtorno psiquitrico durante a vida, alguns crticos renomados desta quinta edio do manual tm afirmado que agora o nmero de pessoas com doenas mentais vai se multiplicar. E assim poderemos chegar a um impasse muito, mas muito fascinante, mas tambm muito pe-rigoso: a psiquiatria conseguiria a faanha de transformar a normalidade em anormalidade. O normal seria ser anormal. D-se assim a um grupo de psiquiatras o poder incomensurvel de definir o que ser normal. E as-sim interferir direta e indiretamente na vida de todos, assim como nas polticas governamentais de sade pblica, com consequncias e implicaes que ainda precisam ser muito melhor analisadas e compreendidas. Sem esquecer, em ne-nhum momento sequer, que a definio das doenas mentais est intrinsecamente ligada a uma das indstrias mais lucra-tivas do mundo atual.

    (Eliane Brum. Acordei doente mental. poca, 20.05.2013. Adaptado.)

    No entender da autora do artigo, no mbito psiquitrico, a distino entre comportamentos normais e anormais

    (A) apresenta independncia frente a condicionamentos de natureza material, histrica ou social.

    (B) pressupe o poder absoluto da cincia, em detrimento da relativizao dos critrios de normalidade.

    (C) deriva sua autoridade e legitimidade cientfica de crit-rios empricos e universais.

    (D) busca valorizar a necessidade de autonomia individual no que se refere sade mental.

    (E) estabelece normas essenciais para o progresso e aperfei-oamento da espcie humana.

    Questo 59

    No somente os tipos das canes de sucesso, os astros, as novelas ressurgem ciclicamente como invariantes fixos, mas o contedo especfico do espetculo s varia na aparn-cia. O fracasso temporrio do heri, que ele sabe suportar como bom esportista que ; a boa palmada que a namorada recebe da mo forte do astro, so, como todos os detalhes, clichs prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali e completamente definidos pela finalidade que lhes cabe no esquema. Desde o comeo do filme j se sabe como ele termina, quem recompensado, e, ao escutar a msica ligeira, o ouvido treinado perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto. O nmero mdio de palavras algo em que no se pode mexer. Sua produo administrada por especialistas, e sua peque-na diversidade permite reparti-las facilmente no escritrio.

    (Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. A indstria cultural como mistificao das massas. In: Dialtica do esclarecimento, 1947. Adaptado.)

    O tema abordado pelo texto refere-se

    (A) ao contedo intelectualmente complexo das produes culturais de massa.

    (B) hegemonia da cultura americana nos meios de comu-nicao de massa.

    (C) ao monoplio da informao e da cultura por ministrios estatais.

    (D) ao aspecto positivo da democratizao da cultura na so-ciedade de consumo.

    (E) aos procedimentos de transformao da cultura em meio de entretenimento.

  • 22VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 62

    A figura mostra o encontro de duas clulas, um espermato-zoide e um ovcito humano, momentos antes da fecundao.

    (http://epoca.com)

    Considerando as divises celulares que deram origem a essas clulas, correto afirmar que o sexo da criana que ser gerada foi definido na

    (A) metfase I da gametognese feminina.

    (B) diacinese da gametognese masculina.

    (C) anfase II da gametognese feminina.

    (D) anfase I da gametognese masculina.

    (E) telfase II da gametognese masculina.

    Questo 63

    Trs consumidores, A, B e C, compraram, cada um deles, uma bebida em embalagem longa vida, adequada s suas res-pectivas dietas. As tabelas abaixo trazem informaes nutri-cionais sobre cada uma dessas trs bebidas.

    poro: 100 mL % VD

    Valor energtico

    Carboidratos

    Protenas

    Gorduras totais

    Gorduras saturadas

    Gorduras trans

    Fibra alimentar

    Sdio

    86,3 kcal

    21,3 g

    0,0 g

    0,0 g

    0,0 g

    0,0 g

    0,0 g

    12,1 mg

    4 %

    7 %

    0 %

    0 %

    0 %

    0 %

    1 %

    T 1ABELA

    Questo 61

    A figura apresenta os esquemas de duas clulas.

    (http://macanicacelular.webnode.com.br. Adaptado.)

    Porm, o ilustrador cometeu um engano ao identificar as es-truturas celulares. correto afirmar que

    (A) II uma clula vegetal e o engano est na identificao do complexo golgiense nesta clula, uma vez que este ocorre em clulas animais, mas no em clulas vegetais.

    (B) II uma clula animal e o engano est na identificao do vacolo em ambas as clulas, alm de este ser carac-terstico de clulas vegetais, mas no de clulas animais.

    (C) II uma clula animal e o engano est na identificao dos centrolos nesta clula, uma vez que estes so carac-tersticos de clulas vegetais, mas no de clulas animais.

    (D) I uma clula animal e o engano est na identificao das mitocndrias em ambas as clulas, alm de estas ocorrerem em clulas animais, mas no em clulas ve-getais.

    (E) I uma clula vegetal e o engano est na identificao da membrana plasmtica nesta clula, uma vez que esta ocorre em clulas animais, mas no em clulas vegetais.

  • 23 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 64

    No dia 16 de fevereiro de 2013 terminou o horrio brasileiro de vero. meia-noite, os relgios foram atrasados em uma hora.

    (http://portalegrenoticias.blogspot.com)

    Considerando a intensidade da luz solar e os perodos de cla-ro e escuro no intervalo de 24 horas, correto afirmar que, para as plantas do jardim de uma casa na cidade de So Paulo,

    (A) ao longo dos 3 meses seguintes, os perodos com luz se tornaram progressivamente mais longos, o que implicou em maior eficincia fotossinttica e crescimento dessas plantas.

    (B) ao longo dos 4 meses seguintes, os perodos com luz se tornaram progressivamente mais curtos, o que contribuiu para perda de eficincia fotossinttica e menor produo de matria orgnica.

    (C) j no dia 17 de fevereiro, a noite foi mais curta que o dia e, portanto, essas plantas teriam respirado por um menor nmero de horas e realizado fotossntese por um maior nmero de horas que no dia anterior.

    (D) ao longo dos 12 meses seguintes, os perodos claros, du-rante os quais as plantas fazem fotossntese, se equivale-ro aos perodos escuros, durante os quais as plantas res-piram, e ao final de um ano essas plantas tero atingido seu ponto de compensao ftica.

    (E) j no dia 17 de fevereiro, a noite foi mais longa que o dia e, portanto, essas plantas teriam respirado por um maior nmero de horas e realizado fotossntese por um menor nmero de horas que no dia anterior.

    (www.tabelanutricional.com.br)

    Sabendo-se que o consumidor A tinha intolerncia lactose, o consumidor B era diabtico e o consumidor C tinha altos nveis de colesterol, e que as bebidas compradas foram suco nctar de pssego, bebida pura de soja e iogurte integral na-tural, assinale a alternativa que associa corretamente a bebi-da comprada com a respectiva tabela e o consumidor que a adquiriu.

    (A) Suco nctar de pssego, tabela 1, consumidor A.

    (B) Iogurte integral natural, tabela 2, consumidor C.

    (C) Iogurte integral natural, tabela 1, consumidor B.

    (D) Bebida pura de soja, tabela 2, consumidor A.

    (E) Suco nctar de pssego, tabela 3, consumidor B.

  • 24VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 66

    Alguns chefs de cozinha sugerem que o peru no deve ser preparado inteiro, pois a carne do peito e a da coxa tm carac-tersticas diferentes, que exigem preparos diferentes. A carne do peito branca e macia, e pode ressecar dependendo do modo como preparada. A carne da coxa, mais escura, mais densa e suculenta e deve ser preparada separadamente.

    Embora os perus comercializados em supermercados venham de criaes em confinamento, o que pode alterar o desenvol-vimento da musculatura, eles ainda mantm as caractersticas das populaes selvagens, nas quais a textura e a colorao da carne do peito e da coxa decorrem da composio de suas fibras musculares e da adequao dessas musculaturas s funes que exercem. Considerando as funes desses ms-culos nessas aves, correto afirmar que a carne

    (A) do peito formada por fibras musculares de contra-o lenta, pobres em mitocndrias e em mioglobina, e eficientes na realizao de esforo moderado e pro-longado.

    (B) do peito rica em fibras musculares de contrao rpida, ricas em mitocndrias e em mioglobina, e eficientes na realizao de esforo intenso de curta durao.

    (C) da coxa formada por fibras musculares de contrao lenta, ricas em mitocndrias e em mioglobina, e eficien-tes na realizao de esforo moderado e prolongado.

    (D) da coxa formada por fibras musculares de contrao rpida, pobres em mitocndrias e em mioglobina, e efi-cientes na realizao de esforo intenso de curta durao.

    (E) do peito rica em fibras musculares de contrao lenta, ricas em mitocndrias e em mioglobina, e eficientes na realizao de esforo moderado e prolongado.

    Questo 65

    A complexa organizao social das formigas pode ser ex-plicada pelas relaes de parentesco gentico entre os indi-vduos da colnia. geneticamente mais vantajoso para as operrias cuidarem das suas irms que terem seus prprios filhos e filhas.

    No formigueiro, uma nica fmea, a rainha, que diploide, pe ovos que, quando fertilizados, se desenvolvem em ope-rrias tambm diploides. Os ovos no fertilizados do origem aos machos da colnia. Esses machos, chamados de bitus, iro fertilizar novas rainhas para a formao de novos formi-gueiros. Como esses machos so haploides, transmitem inte-gralmente para suas filhas seu material gentico. As rainhas transmitem para suas filhas e filhos apenas metade de seu material gentico.

    Suponha um formigueiro onde todos os indivduos so filhos de uma mesma rainha e de um mesmo bitu. Sobre as relaes de parentesco gentico entre os indivduos da colnia, cor-reto afirmar que

    (A) as operrias compartilham com os seus irmos, os bitus, em mdia, 50% de alelos em comum, o mesmo que com-partilhariam com seus filhos machos ou fmeas, caso tivessem filhos.

    (B) as operrias so geneticamente idnticas entre si, mas no seriam geneticamente idnticas aos filhos e filhas que poderiam ter.

    (C) as operrias compartilham entre si, em mdia, 75% de alelos em comum; caso tivessem filhos, transmitiriam a eles apenas 50% de seus alelos.

    (D) os bitus so geneticamente idnticos entre si, mas no so geneticamente idnticos aos seus filhos e filhas.

    (E) a rainha tem maior parentesco gentico com as operrias que com os seus filhos bitus.

  • 25 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 68

    A figura mostra uma antiga rea de cultivo em processo de recuperao ambiental.

    (www.google.com.br)

    J os grficos representam alteraes que ocorrem nessa rea durante o processo de recuperao.

    Durante o processo de sucesso secundria da rea, em dire-o ao estabelecimento de uma comunidade clmax florestal, os grficos que representam o nmero de espcies de gra-mneas, a biomassa, o nmero de espcies de arbustos e a diversidade de espcies so, respectivamente,

    (A) II, III, III e II.

    (B) III, I, III e II.

    (C) II, I, III e II.

    (D) I, III, II e I.

    (E) I, III, I e III.

    Questo 67

    A ema (Rhea americana), o avestruz (Struthio camelus) e o emu (Dromaius novaehollandiae) so aves que no voam e que compartilham entre si um ancestral comum mais recente que aquele que compartilham com outros grupos de aves. Es-sas trs espcies ocupam hbitats semelhantes, contudo apre-sentam rea de distribuio bastante distinta. A ema ocorre no sul da Amrica do Sul, o avestruz africano e o emu ocor-re na Austrlia.

    ema

    avestruz emu

    (www.google.com.br)

    Segundo a explicao mais plausvel da biologia moderna, a distribuio geogrfica dessas aves consequncia da

    (A) fragmentao de uma populao ancestral que se distri-bua por uma nica massa de terra, um supercontinente. Em razo da deriva continental, as populaes resultan-tes, ainda que em hbitats semelhantes, teriam sofrido divergncia gentica, resultando na formao das esp-cies atuais.

    (B) migrao de indivduos de uma populao ancestral, pro-vavelmente da frica, para a Amrica do Sul e a Aus-trlia, utilizando faixas de terra existentes em pocas de mares rasos. Nos novos hbitats, as populaes migran-tes divergiram e formaram as espcies atuais.

    (C) origem independente de trs espcies no aparentadas, na Amrica do Sul, na frica e na Austrlia, que, mesmo vivendo em locais diferentes, desenvolveram caracters-ticas adaptativas semelhantes, resultando nas espcies atuais.

    (D) migrao de ancestrais dessas aves, os quais, embora no aparentados entre si, tinham capacidade de voo e, por-tanto, puderam se distribuir pela Amrica do Sul, pela frica e pela Austrlia. Em cada um desses lugares, te-riam ocorrido mutaes diferentes que teriam adaptado as populaes aos seus respectivos hbitats, resultando nas espcies atuais.

    (E) ao do homem em razo da captura, transporte e soltu-ra de aves em locais onde anteriormente no ocorriam. Uma vez estabelecidas nesses novos locais, a seleo natural teria favorecido caractersticas especficas para cada um desses hbitats, resultando nas espcies atuais.

  • 26VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 71

    Trs substncias puras, X, Y e Z, tiveram suas condutivida-des eltricas testadas, tanto no estado slido como no estado lquido, e os dados obtidos encontram-se resumidos na tabela.

    SubstnciaConduz corrente eltrica no estado

    slido? lquido?X Sim SimY No SimZ No No

    Com base nessas informaes, correto classificar como substncia(s) inica(s)

    (A) Y e Z, apenas.

    (B) X, Y e Z.

    (C) X e Y, apenas.

    (D) Y, apenas.

    (E) X, apenas.

    Questo 72

    Para a produo de energia, os mamferos oxidam compostos de carbono nos tecidos, produzindo dixido de carbono ga-soso, CO2 (g), como principal subproduto. O principal meio de remoo do CO2 (g) gerado nos tecidos envolve sua dis-soluo em gua, seguida da reao do gs dissolvido com a gua, sob a ao de um catalisador biolgico, a enzima ani-drase carbnica, como representado a seguir.

    A respeito desse processo, correto afirmar que

    (A) a reao de formao de HCO3 (aq) na etapa 2 s ocorre

    na presena do catalisador biolgico.

    (B) a concentrao de CO2 (aq) no influi na acidez do meio.

    (C) a concentrao de H+ (aq) aumenta com a elevao da temperatura.

    (D) a concentrao de H+ (aq) no varia com a elevao da temperatura.

    (E) o aumento da concentrao de CO2 (aq) aumenta a aci-dez do meio.

    Questo 69

    Em 2013 comemora-se o centenrio do modelo atmico pro-posto pelo fsico dinamarqus Niels Bohr para o tomo de hidrognio, o qual incorporou o conceito de quantizao da energia, possibilitando a explicao de algumas propriedades observadas experimentalmente. Embora o modelo atmico atual seja diferente, em muitos aspectos, daquele proposto por Bohr, a incorporao do conceito de quantizao foi fun-damental para o seu desenvolvimento. Com respeito ao mo-delo atmico para o tomo de hidrognio proposto por Bohr em 1913, correto afirmar que

    (A) o espectro de emisso do tomo de H explicado por meio da emisso de energia pelo eltron em seu movi-mento dentro de cada rbita estvel ao redor do ncleo do tomo.

    (B) o movimento do eltron ao redor do ncleo do tomo descrito por meio de nveis e subnveis eletrnicos.

    (C) o eltron se move com velocidade constante em cada uma das rbitas circulares permitidas ao redor do ncleo do tomo.

    (D) a regra do octeto um dos conceitos fundamentais para ocupao, pelo eltron, das rbitas ao redor do ncleo do tomo.

    (E) a velocidade do eltron varivel em seu movimento em uma rbita elptica ao redor do ncleo do tomo.

    Questo 70

    O soro fisiolgico uma das solues mais utilizadas na rea de sade. Consiste em uma soluo aquosa de cloreto de s-dio NaC 0,9% em massa por volume, que equivale con-centrao 0,15 mol L1. Dispondo de uma soluo estoque de NaC 0,50 mol L1, o volume necessrio dessa soluo, em mL, para preparar 250 mL de soro fisiolgico ser igual a

    (A) 15.

    (B) 100.

    (C) 25.

    (D) 75.

    (E) 50.

  • 27 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 75

    Em poca de aumento de incidncia de dengue, comum o uso de extratos vegetais para repelir o mosquito responsvel pela propagao da doena. Um dos extratos mais usados o leo de citronela. A substncia responsvel pela ao repe-lente do leo de citronela conhecida como citronelal, cuja frmula estrutural fornecida a seguir.

    CH3

    CH3H3C

    C = O

    H

    citronelal

    Com relao ao citronelal, correto afirmar que

    (A) apresenta isomeria tica.

    (B) tem frmula molecular C10H20O.

    (C) apresenta duplas ligaes conjugadas.

    (D) no sofre reao de hidrogenao.

    (E) apresenta a funo cetona.

    Questo 76

    Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS), atual-mente cerca de 5% da populao mundial sofre de depresso. Uma das substncias envolvidas nesses distrbios o neuro-transmissor serotonina, produzido no metabolismo humano a partir do triptofano. O processo metablico responsvel pela formao de serotonina envolve a reao qumica global re-presentada pela equao no balanceada fornecida a seguir.

    A reao de converso de triptofano em serotonina ocorre em duas etapas metablicas distintas. Com relao a essas duas substncias e ao processo metablico em que elas esto envolvidas, correto afirmar que

    (A) uma das etapas da converso do triptofano em serotonina envolve a eliminao de um grupo amina.

    (B) a serotonina apresenta funo lcool.

    (C) uma das etapas da converso do triptofano em serotonina envolve a eliminao de um grupo carboxlico.

    (D) por apresentarem ligaes C = C em suas estruturas, as duas substncias formam ismeros geomtricos.

    (E) apenas a serotonina apresenta anel aromtico.

    Leia o texto para responder s questes de nmeros 73 e 74.

    Insumo essencial na indstria de tintas, o dixido de titnio slido puro (TiO2) pode ser obtido a partir de minrios com teor aproximado de 70% em TiO2 que, aps moagem, sub-metido seguinte sequncia de etapas:

    I. aquecimento com carvo slido

    TiO ( ) + C ( ) Ti ( ) + CO ( ) H = +550 kJ mol2 2 reaos s s g1

    II. reao do titnio metlico com cloro molecular gasoso

    Ti ( ) + 2 C ( ) TiC ( ) H = 804 kJ mols s 2 4 reao 1

    III. reao do cloreto de titnio lquido com oxignio mole-cular gasoso

    TiC ( ) + O ( ) TiO ( ) + 2 C ( ) H = 140 kJ mol 4 2 2 2 reaog s g 1

    Questo 73

    No processo global de purificao de TiO2, com relao aos compostos de titnio envolvidos no processo, correto afir-mar que ocorre

    (A) oxidao do titnio apenas nas etapas I e II.

    (B) reduo do titnio apenas na etapa I.

    (C) reduo do titnio apenas nas etapas II e III.

    (D) reduo do titnio em todas as etapas.

    (E) oxidao do titnio em todas as etapas.

    Questo 74

    Considerando as etapas I e II do processo, correto afirmar que a reao para produo de 1 mol de TiC4 () a partir de TiO2 (s)

    (A) exotrmica, ocorrendo liberao de 1 354 kJ.

    (B) exotrmica, ocorrendo liberao de 254 kJ.

    (C) endotrmica, ocorrendo absoro de 254 kJ.

    (D) endotrmica, ocorrendo absoro de 1 354 kJ.

    (E) exotrmica, ocorrendo liberao de 804 kJ.

  • 28VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 78

    Um motorista dirigia por uma estrada plana e retilnea quando, por causa de obras, foi obrigado a desacelerar seu veculo, reduzindo sua velocidade de 90 km/h (25 m/s) para 54 km/h (15 m/s). Depois de passado o trecho em obras, re-tornou velocidade inicial de 90 km/h. O grfico representa como variou a velocidade escalar do veculo em funo do tempo, enquanto ele passou por esse trecho da rodovia.

    25

    15

    0 10 20 30 40 50 60 70 80

    v (m/s)

    t (s)

    Caso no tivesse reduzido a velocidade devido s obras, mas mantido sua velocidade constante de 90 km/h durante os 80 s representados no grfico, a distncia adicional que teria per-corrido nessa estrada seria, em metros, de

    (A) 1 650.

    (B) 800.

    (C) 950.

    (D) 1 250.

    (E) 350.

    Questo 77

    O fluxo () representa o volume de sangue que atravessa uma sesso transversal de um vaso sanguneo em um deter-minado intervalo de tempo. Esse fluxo pode ser calculado pela razo entre a diferena de presso do sangue nas duas extremidades do vaso (P1 e P2), tambm chamada de gradien-te de presso, e a resistncia vascular (R), que a medida da dificuldade de escoamento do fluxo sanguneo, decorrente, principalmente, da viscosidade do sangue ao longo do vaso. A figura ilustra o fenmeno descrito.

    gradientede presso

    resistncia

    P1 P2 fluxosanguneo

    (John E. Hall e Arthur C. Guyton. Tratado de fisiologia mdica, 2011. Adaptado.)

    Assim, o fluxo sanguneo pode ser calculado pela seguinte frmula, chamada de lei de Ohm:

    R

    )PP(21

    Considerando a expresso dada, a unidade de medida da re-sistncia vascular (R), no Sistema Internacional de Unidades, est corretamente indicada na alternativa

    (A)

    (B)

    (C)

    (D)

    (E)

    5m

    skg

    s

    mkg4

    m

    skg2

    sm

    kg

    4

    2

    52

    s

    mkg

  • 29 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 80

    Em um show de patinao no gelo, duas garotas de massas iguais giram em movimento circular uniforme em torno de uma haste vertical fixa, perpendicular ao plano horizontal. Duas fitas, F1 e F2, inextensveis, de massas desprezveis e mantidas na horizontal, ligam uma garota outra, e uma de-las haste. Enquanto as garotas patinam, as fitas, a haste e os centros de massa das garotas mantm-se num mesmo plano perpendicular ao piso plano e horizontal.

    F1 F2

    R

    2 R

    hastevertical

    Considerando as informaes indicadas na figura, que o m-dulo da fora de trao na fita F1 igual a 120 N e despre-zando o atrito e a resistncia do ar, correto afirmar que o mdulo da fora de trao, em newtons, na fita F2 igual a

    (A) 120.

    (B) 240.

    (C) 60.

    (D) 210.

    (E) 180.

    Questo 79

    O bungee jump um esporte radical no qual uma pessoa salta no ar amarrada pelos tornozelos ou pela cintura a uma corda elstica.

    Considere que a corda elstica tenha comprimento natural (no deformada) de 10 m. Depois de saltar, no instante em que a pessoa passa pela posio A, a corda est totalmente na vertical e com seu comprimento natural. A partir da, a corda alongada, isto , tem seu comprimento crescente at que a pessoa atinja a posio B, onde para instantaneamente, com a corda deformada ao mximo.

    A

    10 m

    V = 0 B

    Desprezando a resistncia do ar, correto afirmar que, en-quanto a pessoa est descendo pela primeira vez depois de saltar, ela

    (A) atinge sua mxima velocidade escalar quando passa pela posio A.

    (B) desenvolve um movimento retardado desde a posio A at a posio B.

    (C) movimenta-se entre A e B com acelerao, em mdulo, igual da gravidade local.

    (D) tem acelerao nula na posio B.

    (E) atinge sua mxima velocidade escalar numa posio entre A e B.

  • 30VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    A figura que melhor representa a configurao da corda nesse mesmo trecho devido formao da onda estacionria, no

    instante 4

    3T , est representada na alternativa

    (A)

    (B)

    (C)

    (D)

    (E)

    A E

    B

    C

    D

    A E

    B

    C

    D

    C

    B D

    A E

    A EB C D

    C

    B D

    A E

    Questo 81

    Uma pessoa est parada numa calada plana e horizontal diante de um espelho plano vertical E pendurado na fachada de uma loja. A figura representa a viso de cima da regio.

    Olhando para o espelho, a pessoa pode ver a imagem de um motociclista e de sua motocicleta que passam pela rua com velocidade constante V = 0,8 m/s, em uma trajetria retilnea paralela calada, conforme indica a linha tracejada. Con-siderando que o ponto O na figura represente a posio dos olhos da pessoa parada na calada, correto afirmar que ela poder ver a imagem por inteiro do motociclista e de sua mo-tocicleta refletida no espelho durante um intervalo de tempo, em segundos, igual a

    (A) 2.

    (B) 3.

    (C) 4.

    (D) 5.

    (E) 1.

    Questo 82

    Duas ondas mecnicas transversais e idnticas, I e II, propa-gam-se em sentidos opostos por uma corda elstica traciona-da. A figura 1 representa as deformaes que a onda I, que se propaga para direita, provocaria em um trecho da corda nos

    instantes t = 0 e 4

    Tt , em que T o perodo de oscilao

    das duas ondas. A figura 2 representa as deformaes que a onda II, que se propaga para esquerda, provocaria no mesmo trecho da corda, nos mesmos instantes relacionados na figura 1. Ao se cruzarem, essas ondas produzem uma figura de interferncia e, devido a esse fenmeno, estabelece-se uma onda estacionria na corda. A figura 3 representa a con-figurao da corda resultante da interferncia dessas duas

    ondas, nos mesmos instantes t = 0 e 4

    Tt .

  • 31 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 84

    Em ocasies de concentrao popular, frequentemente lemos ou escutamos informaes desencontradas a respeito do n-mero de participantes. Exemplo disso foram as informaes divulgadas sobre a quantidade de manifestantes em um dos protestos na capital paulista, em junho passado. Enquanto a Polcia Militar apontava a participao de 30 mil pessoas, o Datafolha afirmava que havia, ao menos, 65 mil.

    (www.folha.com.br)

    Tomando como base a foto, admita que:

    (1) a extenso da rua plana e linear tomada pela populao seja de 500 metros;

    (2) o grfico fornea o nmero mdio de pessoas por metro quadrado nas diferentes sesses transversais da rua;

    5

    4

    3

    2

    1

    0calada

    esquerda(1,5 m)

    ladoesquerdoda via detrfego(2 m)

    centro davia detrfego(3 m)

    ladodireito da

    via detrfego(2 m)

    caladadireita(1,5 m)

    pes

    soas

    /m2

    (3) a distribuio de pessoas por m2 em cada sesso trans-versal da rua tenha sido uniforme em toda a extenso da manifestao.

    Nessas condies, o nmero estimado de pessoas na foto seria de

    (A) 19 250.

    (B) 5 500.

    (C) 7 250.

    (D) 38 500.

    (E) 9 250.

    Questo 83

    A figura o esquema simplificado de um disjuntor ter-momagntico utilizado para a proteo de instalaes eltri-cas residenciais. O circuito formado por um resistor de bai-xa resistncia R; uma lmina bimetlica L, composta pelos metais X e Y; um eletrom E; e um par de contatos C. Esse par de contatos tende a abrir pela ao da mola M2 , mas o brao atuador A impede, com ajuda da mola M1 . O eletrom E dimensionado para atrair a extremidade do atuador A somente em caso de corrente muito alta (curto circuito) e, nessa situao, A gira no sentido indicado, liberando a aber-tura do par de contatos C pela ao de M2 .

    XY

    E

    R

    A

    C

    L

    M2

    M1

    corrente

    eltrica

    esquerda direita

    De forma similar, R e L so dimensionados para que esta ltima no toque a extremidade de A quando o circuito per-corrido por uma corrente at o valor nominal do disjuntor. Acima desta, o aquecimento leva o bimetal a tocar o atuador A, interrompendo o circuito de forma idntica do eletrom.

    (www.mspc.eng.br. Adaptado.)

    Na condio de uma corrente elevada percorrer o disjuntor no sentido indicado na figura, sendo aX e aY os coeficientes de dilatao linear dos metais X e Y, para que o contato C seja desfeito, deve valer a relao e, nesse caso, o vetor que representa o campo magntico criado ao longo do eixo do eletrom apontar para a .

    Os termos que preenchem as lacunas esto indicados correta e respectivamente na alternativa

    (A) aX > aY esquerda.

    (B) aX < aY esquerda.

    (C) aX > aY direita.

    (D) aX = aY direita.

    (E) aX < aY direita.

  • 32VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 87

    Considere a equao matricial A + BX = X + 2C, cuja incgnita a matriz X e todas as matrizes so quadradas de ordem n. A condio necessria e suficiente para que esta equao tenha soluo nica que:

    (A) B I O, onde I a matriz identidade de ordem n e O a matriz nula de ordem n.

    (B) B seja invertvel.

    (C) B O, onde O a matriz nula de ordem n.

    (D) B I seja invertvel, onde I a matriz identidade de ordem n.

    (E) A e C sejam invertveis.

    Questo 88

    Sabe-se que, na equao x3 + 4x2 + x 6 = 0, uma das razes igual soma das outras duas. O conjunto soluo (S) desta equao

    (A) S = { 3, 2, 1}

    (B) S = { 3, 2, + 1}

    (C) S = {+ 1, + 2, + 3}

    (D) S = { 1, + 2, + 3}

    (E) S = { 2, + 1, + 3}

    Questo 89

    Semanalmente, o apresentador de um programa televisivo reparte uma mesma quantia em dinheiro igualmente entre os vencedores de um concurso. Na semana passada, cada um dos 15 vencedores recebeu R$ 720,00. Nesta semana, houve 24 vencedores; portanto, a quantia recebida por cada um deles, em reais, foi de

    (A) 675,00.

    (B) 600,00.

    (C) 450,00.

    (D) 540,00.

    (E) 400,00.

    Questo 85

    O conjunto soluo (S) para a inequao 2cos2x + cos(2x) > 2, em que 0 < x < , dado por:

    (A)

    (B)

    (C)

    (D)

    (E)

    Questo 86

    Em um condomnio residencial, h 120 casas e 230 terrenos sem edificaes. Em um determinado ms, entre as casas, 20% dos proprietrios associados a cada casa esto com as ta-xas de condomnio atrasadas, enquanto que, entre os proprie-trios associados a cada terreno, esse percentual de 10%. De posse de todos os boletos individuais de cobrana das taxas em atraso do ms, o administrador do empreendimento esco-lhe um boleto ao acaso. A probabilidade de que o boleto esco-lhido seja de um proprietrio de terreno sem edificao de

    (A)

    (B)

    (C)

    (D)

    (E)

    x5oux0(0,xS

    2x(0,xS

    x2oux0(0,xS

    }(0,x{S

    350

    24

    47

    24

    350

    47

    350

    23

    47

    23

  • 33 VNSP1308 | 001-CG-ProvaObjetiva

    Questo 90

    O que era impresso virou estatstica: a cidade de So Paulo est cada dia mais lenta. Quem mostra a prpria CET (Companhia de Engenharia de Trfego), que concluiu um estudo anual sobre o trnsito paulistano.Os dados de 2012 apontam que a velocidade mdia nos prin-cipais corredores virios da cidade foi de 22,1 km/h no pico da manh e de 18,5 km/h no pico da tarde. Uma piora de 5% e 10% em relao a 2008, respectivamente.

    (www.folha.com.br)

    Caso a velocidade mdia do trnsito nos principais corre-dores virios paulistanos continue decaindo nos mesmos percentuais pelos prximos anos e sabendo que ln 2 0,69, ln 3 1,10, ln 5 1,61 e ln 19 2,94, os anos aproximados em que as velocidades mdias nos picos da ma