um novo professor para uma nova aprendizagem

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Um Novo Professor para uma Nova Aprendizagem George Júnior Soares Dantas 1 . O mundo e as sociedades que o compõe vem se transformando de maneira muito acelerada, especialmente pelo advento de novas tecnologias, em diversas áreas. Estas por sua vez, produzem grande impacto nos diversos setores da atividade humana, no cotidiano das pessoas e das organizações, em geral. Todo esse contexto de mudança também chega as instituições de educação, sejam elas ofertantes de Educação Básica ou de Educação Profissional. Nesse contexto em que o acesso a informação é rápido, se imprime ao profissional de educação, especialmente ao professor, figura basilar no processo de ensino aprendizagem, a necessidade de ressignificar a sua prática. A este cabe compreender que ensinar exige segurança e competência profissional e uma dose de generosidade. Esses fatores tornam a nossa prática cotidiana relevante. Atualmente o docente tem sido chamado a buscar novas formas de tratar o conhecimento, especialmente para salas presenciais, nas quais os alunos já se mostram por demais antenados com os temas do cotidiano, que são trazidas, especialmente, pelas chamadas redes sociais. Isso é um reflexo da sociedade do conhecimento. As redes representam a formação de grupos que possuem interesses comuns, que se encontram em determinado lugar para poderem compartilhar suas informações, objetivos pessoais que se ligam aos do coletivo. Promovem interligações que fomentam conexões entre participantes ou deles com outras redes. Esse modo de se estabelecer relações e trocar conhecimento, de maneira geral, tem modificado vertiginosamente a forma como as pessoas se comportam e interagem com as outras. A sala de aula, que é um ambiente privilegiado, tem sido alvo de reclamações dos alunos. Estes não aguentam mais a nossa forma de ministrar aula. Falam do tédio de ficar ouvindo um professor falando por horas na frente e da distância, galáctica, entre os conteúdos das aulas e a vida real. Isso fica aparente a cada geração de alunos que chegam às escolas. Em resposta a essas reclamações tratamos, quando conseguimos e acessamos, de colocar nas escolas tecnologias, que geralmente nos fazem repetir o que fazíamos antes. Assim, elas ilustram muito mais do que criam ou ajudam a criar novos desafios. Por que será? Ensinar e aprender tem sido, nos últimos tempos, desafiados mais do que nunca, especialmente pela proliferação de informações, pelas múltiplas fontes e diferentes visões de mundo. O primeiro desafio está em entender e aceitar de maneira crítica o advento da nova tecnologia, a fim de que se promovam mudanças significativas na educação que fazemos. Ainda há resistência por parte de alguns professores, talvez pelo receio de serem substituídos pelas novas tecnologias, ou pelo simples fato de não estarem disponíveis para mudança. Contudo, entendemos que esse fenômeno prioriza modificar a forma de ensinar para que se atenda aos anseios de quem estuda. Portanto, ao professor precisa aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e buscando inovar. Precisa gerenciar atividades a distância, flexibilizando o tempo de estada em sala de aula, buscando utilizar outros espaços e tempos de aprendizagem. Mas, acima de tudo, precisa comprometer-se com o seu fazer. Um fazer que deve ser cercado de muita competência. 1 George Jr. Soares Dantas. Pedagogo. Esp. em Docência no Ensino Médio. Professor/Coordenador da Educação Básica e Superior. Pedagogo na Gerência de Diretrizes Educacionais da Direção de Educação Profissional no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC/RN.

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Um Novo Professor para uma Nova Aprendizagem

George Júnior Soares Dantas1.

O mundo e as sociedades que o compõe vem se transformando de maneira muito acelerada, especialmente pelo advento de novas tecnologias, em diversas áreas. Estas por sua vez, produzem grande impacto nos diversos setores da atividade humana, no cotidiano das pessoas e das organizações, em geral. Todo esse contexto de mudança também chega as instituições de educação, sejam elas ofertantes de Educação Básica ou de Educação Profissional.

Nesse contexto em que o acesso a informação é rápido, se imprime ao profissional de educação, especialmente ao professor, figura basilar no processo de ensino aprendizagem, a necessidade de ressignificar a sua prática. A este cabe compreender que ensinar exige segurança e competência profissional e uma dose de generosidade. Esses fatores tornam a nossa prática cotidiana relevante.

Atualmente o docente tem sido chamado a buscar novas formas de tratar o conhecimento, especialmente para salas presenciais, nas quais os alunos já se mostram por demais antenados com os temas do cotidiano, que são trazidas, especialmente, pelas chamadas redes sociais. Isso é um reflexo da sociedade do conhecimento. As redes representam a formação de grupos que possuem interesses comuns, que se encontram em determinado lugar para poderem compartilhar suas informações, objetivos pessoais que se ligam aos do coletivo. Promovem interligações que fomentam conexões entre participantes ou deles com outras redes. Esse modo de se estabelecer relações e trocar conhecimento, de maneira geral, tem modificado vertiginosamente a forma como as pessoas se comportam e interagem com as outras.

A sala de aula, que é um ambiente privilegiado, tem sido alvo de reclamações dos alunos. Estes não aguentam mais a nossa forma de ministrar aula. Falam do tédio de ficar ouvindo um professor falando por horas na frente e da distância, galáctica, entre os conteúdos das aulas e a vida real. Isso fica aparente a cada geração de alunos que chegam às escolas. Em resposta a essas reclamações tratamos, quando conseguimos e acessamos, de colocar nas escolas tecnologias, que geralmente nos fazem repetir o que fazíamos antes. Assim, elas ilustram muito mais do que criam ou ajudam a criar novos desafios. Por que será?

Ensinar e aprender tem sido, nos últimos tempos, desafiados mais do que nunca, especialmente pela proliferação de informações, pelas múltiplas fontes e diferentes visões de mundo. O primeiro desafio está em entender e aceitar de maneira crítica o advento da nova tecnologia, a fim de que se promovam mudanças significativas na educação que fazemos. Ainda há resistência por parte de alguns professores, talvez pelo receio de serem substituídos pelas novas tecnologias, ou pelo simples fato de não estarem disponíveis para mudança. Contudo, entendemos que esse fenômeno prioriza modificar a forma de ensinar para que se atenda aos anseios de quem estuda.

Portanto, ao professor precisa aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e buscando inovar. Precisa gerenciar atividades a distância, flexibilizando o tempo de estada em sala de aula, buscando utilizar outros espaços e tempos de aprendizagem. Mas, acima de tudo, precisa comprometer-se com o seu fazer. Um fazer que deve ser cercado de muita competência.

1 George Jr. Soares Dantas. Pedagogo. Esp. em Docência no Ensino Médio. Professor/Coordenador da Educação Básica e Superior. Pedagogo na Gerência de Diretrizes Educacionais da Direção de Educação Profissional no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC/RN.