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Um cenário de crises e incertezas Crise do Capital. Novas relações de produção. Desemprego estrutural em decorrência da automação e robotização da produção. Precariedade nas relações trabalhistas. Naturalização do mercado. Retorno das utopias religiosas e políticas. Crise da Cultura. A cultura de caráter universal está sendo posta em questão, mostrando o potencial das culturas locais e sua visibilidade . Surgimento, com a globalização, do fenômeno da migração dos trabalhadores, da diáspora, de tradução cultural Renovação das identidades. Revolução das Tecnicidades. Crise da Ciência. Divisão do conhecimento em campos distintos, especializados; Críticas à racionalidade científica. Visão fragmentada do homem e da natureza. Esgotamento da epistemologia da verdade única . Ênfase nos aspectos mensuráveis. Crise do Sujeito. A pós-modernidade representa uma ruptura não apenas no âmbito da política e da economia mas, sobretudo, no pensamento das pessoas ( Boaventura Santos, 1986, p.71) . As TIC intensificam dos processos de subjetividade. O reconhecimento de novas formas de identificação.

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Um cenário de crises e incertezas

√ Crise do Capital. Novas relações de produção. Desemprego estrutural

em decorrência da automação e robotização da produção. Precariedade

nas relações trabalhistas. Naturalização do mercado. Retorno das utopias

religiosas e políticas.

√ Crise da Cultura. A cultura de caráter universal está sendo posta em

questão, mostrando o potencial das culturas locais e sua visibilidade.

Surgimento, com a globalização, do fenômeno da migração dos

trabalhadores, da diáspora, de tradução cultural Renovação das

identidades. Revolução das Tecnicidades.

√ Crise da Ciência. Divisão do conhecimento em campos distintos,

especializados; Críticas à racionalidade científica. Visão fragmentada do

homem e da natureza. Esgotamento da epistemologia da verdade única.

Ênfase nos aspectos mensuráveis.

√ Crise do Sujeito. A pós-modernidade representa uma ruptura não

apenas no âmbito da política e da economia mas, sobretudo, no

pensamento das pessoas ( Boaventura Santos, 1986, p.71) . As TIC

intensificam dos processos de subjetividade. O reconhecimento de novas

formas de identificação.

Ecossistema Comunicacional

• Por renovação das identidades, o autor concebe a forma como as tecnologias estão mudando a cultura local, como afetam a percepção que as pessoas têm de si mesmas, apresentando modos alternativos de construir suas identidades

• Por revolução das tecnicidades, mostra as possibilidades trazidas pelas TICs de apropriação de novos saberes e linguagens pelos atores sociais sobretudo pelos jovens que, cada vez mais, incorporam a tecnologia no seu cotidiano.

Martín-Barbero, 2002, p.10.

• Expansão da economia global: progressos substanciais em tele-comunicações e informática (CASTELLS, 2003);

• A emergência dos países asiáticos como potências econômicas e as consequências culturais desse desenvolvimento econômico (PRYSTHON);

• O crescente isolamento cultural de alguns países muçulmanos; as guerras advindas de embates étnicos e religiosos (PRYSTHON);

• A diáspora dos intelectuais da periferia para o “Primeiro Mundo” (PRYSTHON);

• Os desafios de formas alternativas de vida postos pela sociedade em rede (CASTELLS, 2003);

• As possibilidades de reconstrução da sociedade pelos movimentos sociais . A tecnologia sob o controle das necessidades e desejos do homem (CASTELLS).

Características de um novo tempo: Modernidade tardia?Pós-modernidade?

Desmistificando algumas narrativas mestras

• Impossível poder identificar a modernidade apenas com uma forma de discurso ou aparato ideológico. O conceito de discurso é bakthiniano. Cada momento histórico é singular, engendrando um modo peculiar de reprodução e produção social que caracterizam cada momento.

• A pós-modernidade nega a história? A história tem mostrado o poder camaleônico do capital. Não se trata de que as escolhas sejam ditadas pelo espetáculo das novas tecnologias nem de um ‘semioticismo linguístico”, mas do discurso na perspectiva bakthiniana ‘O centro organizador de toda enunciação, de toda expressão, não é interior, mas exterior: situado no meio social que envolve o indivíduo”.

• É necessário impedir a manifestação das classes populares e a tendência de socialização dos mercados e meios de produção: falsa imputação aos teóricos pós-modernos.

Peter MacLaren: relativizando discussões ( radicais) sobre a pós-modernidade

• Não é possível identificar a modernidade apenas com uma forma de discurso ou aparato ideológico. Desconstruir o discurso

não é destruí-lo, nem mostrar como foi construído, mas pôr a nu o

não dito por trás do que foi dito, buscar o silenciado (reprimido)

sob o que foi falado”( BoaventuraSantos, 1986, p.41-42).

• Nada existe fora da língua, do texto ou do discurso. Para MacLaren: [ ] a luta de classes é também um jogo de linguagem; e um jogo que, de um modo fundamental, comanda todos os outros jogos de linguagem. Todos os jogos de linguagem e sistemas simbólicos são acentuados pelo poder de classe [ ]. (Entrevista com McLaren. Fúria e Esperança: A Pedagogia Revolucionária de Peter McLaren. In: Currículo sem Fronteiras, v.1, n.2, pp. 171-188, Jul/Dez 2001, p. 171

Identidade: conceito - chave para a Educação

• O Ocidente passa por uma crise de centralidade. Tal crise é uma das pedras de toque da teoria latino-americana contemporânea, que tem buscado repensar a identidade, o hibridismo e a diferença cultural da região a partir do des-

centramento pós-moderno( BHABHA, p. 3-4- 5-6). McLaren: “eu acho que seja realmente importante analisar as determinações objetivas que têm dado origem ao complexo conjunto das identidades deslocadas e dispersas que encontramos nas necrópoles pós-modernas contemporâneas – hibridizadas e mestiçadas que têm resultado do desigual e combinado caráter do desenvolvimento capitalista”(2001 p.179).

Identidade: Conceito -chave para a Educação

• A teoria pós-moderna tem ajudado educadores a compreender como a formação de identidades é construída dentro das várias formações sociais e institucionais na sociedade de consumo capitalista. Entretanto, muitos destes trabalhos situam o poder no discurso e na “representação”, e não nas relações sociais. [ ] O problema em compreender os discursos como epistemologias de opressão, o que é de singular importância para o educador crítico não é a ligação formal desses discursos ao eurocentrismo, mas o modo como eles têm sido usados pelos capitalistas para explorar o mundo objetivo (e não o universo léxico) das classes trabalhadoras. Basta dizer que a construção de identidade é um processo que não pode ser ignorado por nós que estamos envolvidos em educação. De fato, é um desafio-chave (McLaren,

2001, p.180).

A mídia e a modernidade

John B. Thompson

Uma teoria social da mídia

12 12 ª Edição

Cap. 1, 2, 4

Capitulo 1: Comunicação e contexto social

Ação , poder e comunicação

O poder é um fenômeno social característicos de diversos tipos de ação ou encontros.. ( 2009, p. 38). Os indivíduos exercem o poder através de diferentes posições ocupadas nos campos de interação. O poder político é apenas mais uma forma especializada de poder.

Os tipos de poder (MANN, apud THOMPSON,2011)

econômico: oriundo de atividades produtivas

político: coordenação e regulamentação das atividades

coercitivo uso ou ameaça da força física interna/externa

simbólico nasce na atividade de produção e recepção

de formas simbólicas

Formas de poder ( Thompson, 2009, p.43)

Formas de poder Recursos Instituições paradigmáticas

Poder econômico Materiais e financeiros Instituições econômicas ( ex: Empresas comerciais)

Poder político Autoridade Instituições políticas ( estados)

Poder Coersivo Força física e armada Instituições coercitivas ( militares, polícia, inst. carcerárias, etc)

Poder simbólico Meios de informação e comunicação

Instituições culturais ( a Igreja, escolas, universidades, as indústrias de mídias)

Fonte: Thompson, Tabela 1.1

Capítulo 1: Os usos dos Meios de

Comunicação • Os meios técnicos estão presentes nos processos de

intercambio simbólico e são utilizados pelos indivíduos na produção de formas simbólicas . Possuem diferentes atributos quanto: a) às formas de fixação, para preservar-se em um determinado meio; b) mecanismos de armazenamento

de informações; c) grau maior ou menor de capacidade de reprodutividade, gozando de mais ou menos status; d) diferentes graus de distanciamento espaçotemporal, permitindo novas maneiras de controle, alterando as condições sob as quais os indivíduos exercem o poder.

• O uso dos meios técnicos exige habilidades e competências.

Conhecimento

COMPETÊNCIAS

Competências nos Processos de Formação online

FUJITA( 2010); FERRÉS( 2008)

Linguagens; Tecnologia; Ideologia

Conhecimentos específicos na àrea

Características da comunicação de massa • Concepções errôneas sobre os meios de comunicação de massa: nem sempre grandes “massas” passivas, com impactos apenas negativos na vida social. A comunicação face a face é dialógica. A “comunicação mediada” é um processo comunicativo que é assimétrico porém não totalmente monológico; • Características da comunicação de massa: 1.Envolve meios técnicos e institucionais de produção e difusão; 2.Implica na mercantilização, passando por um processo de valorização econômica (semelhante ao das obras de arte); 3. Existência de uma dissociação entre o contexto de produção do contexto de recepção, onde os produtores são privados do contínuo do contato face a face, sendo parceiros desiguais no processo de intercambio simbólico; 4. extensão da disponibilidade das formas simbólicas no tempo e espaço público.

A reorganização do tempo e do espaço

• A partir do século XIX o desenvolvimento da tecnologia da telecomunicação propiciou uma disjunção entre tempo e espaço, pois o distanciamento espacial foi aumentando enquanto que o temporal foi virtualmente diminuindo.

• A experiência de si separou-se do seu condicionamento espacial. Tornou-se possível experimentar eventos simultâneos em lugares distintos. Tempo e espaço foram reorganizados com o desenvolvimento dos serviços postais, a introdução do horário padronizado nas rodovias e a adoção do GMT ( Greenwich Mean Time/ Inglaterra ) e posteriormente um sistema global de organização do tempo( p. 59).

A mídia e seu papel na autoformação do indivíduo

• Nas pesquisas sobre mídia, pesquisadores, apesar de produzirem material interessante, focando os receptores, neglicenciam o caráter mundano da atividade receptiva. É importante ver o sentido que os receptores dão às mensagens da mídia e dependem da formação e das condições sociais de cada pessoa, que reelaboram esses produtos de forma alheia às intenções dos seus produtores. É uma atividade de rotina, pois é parte integrante das atividades constitutivas da vida diária. É uma realização especializada que depende de habilidades e competências diversas, variáveis de grupo para grupo, contexto, etc. É um processo hermenêutico porque seus receptores estão envolvidos num processo de interpretação, de caráter pessoal ou social, através do qual essas mensagens adquirem sentido (THOMPSON, 2009, p. 64-72).

Capítulo 2: As mídias e o desenvolvimento das sociedades modernas

• O autor faz uma retrospectiva sobre a economia medieval, que era agrária, mas a partir do século XI o comércio começa sua expansão até concretizar com uma expansão geográfica e de produtividade. A revolução industrial do século XVIII aconteceu num contexto de sistema econômico capitalista já existente na Europa. • A Emergência das sociedades modernas implicou numa série de mudanças econômicas e políticas (p.75). Tais transformações foram alavancadas por inovações técnicas sem precedentes ligadas à invenção da imprensa, que introduziram uma nova fase na Europa do sec. XVIII, onde as formas simbólicas foram produzidas, distribuídas em escalas sem precedentes (p. 77).

Capítulo 2: • Thompson coloca os quatro tipos de redes de comunicação

anteriores à imprensa: a) rede estabelecidas e controladas pela Igreja;b) redes estabelecidas pelas autoridades políticas dos estados e principados; c) redes ligadas à expansão das atividades comerciais fornecendo aos clientes informações comerciais; d) redes de difusão de notícias por mascates; comerciantes, etc.

• O desenvolvimento das primeiras máquinas impressoras e da industria gráfica representou o surgimento de centros e redes de poder simbólico escapando do controle da igreja e do Estado.

• Impressores e editores tinham interesse na mercantilização das formas simbólicas, porém suas relações com autoridades políticas e religiosas eram conflituosas

Capítulo 2

• A organização social do poder simbólico muda no XVI com o advento das sociedades modernas: na Europa medieval, a Igreja Católica era a instituição central do poder simbólico, quando seu poder foi abalado pelo protestantismo e pela gradual expansão de sistemas de conhecimento e de instrução secularizados e pelo desenvolvimento da astronomia, botânica e medicina (p.83). • Nos séculos XV e XVI, dialetos de tradição oral e raramente usados na impressa perderam suas bases institucionais e ficaram subordinados à língua oficial. A convergência do capitalismo, a tecnologia da imprensa e a diversidade de línguas apressaram a erosão da comunidade sagrada da cristandade e a emergência das comunidades imaginadas e posteriormente as bases para a formação da consciência nacional (ANDERSON, apud THOMPSON p.95). Essas compartilham valores, símbolos e crenças em uma língua comum, apesar de estarem fisicamente separadas

Comunidade Nacional imaginada

• Dialetos de tradição oral e raramente usados na impressa perderam suas bases institucionais e ficaram subordinados à língua oficial. A convergência do capitalismo, a tecnologia de imprensa e a diversidade de línguas da Europa nos séculos XV e XVI apressaram a erosão da comunidade sagrada da cristandade e a emergências das comunidades imaginadas, bases para a formação da consciência nacional ( ANDERSON, apud THOMPSON, p. 95). Essas compartilham valores, símbolos e crenças em uma língua comum apesar de estarem fisicamente separadas.

Capítulo 2 - A luta por se fazer ouvir e ver (e impedir que os outros o façam) adquiriu uma importância muito grande na vida sociopolítica das sociedades desse final do século XX; - A criação do estado forte sempre esteve ligada ao desenvolvimento dos meios de comunicação permitindo que ideias e símbolos fossem expressos e difusos numa linguagem comum. - A criação do Estado foi precedida de um sentimento de identidade nacional, importante para os governantes políticos, favorecendo a consolidação do estado nacional e fazendo oposição à tendências separatistas (2009, p.82).

Capítulo 2 e 6: a nova ancoragem da Tradição

• Com o desenvolvimento das sociedades modernas a tradição cessa sua importância e deixa de desempenhar papel na vida cotidiana dos indivíduos? Existe um declínio na vida? • Thompson (2009) coloca que os teóricos do social procuram em lugar errado os sinais de mudanças culturais. Uma das teses desse autor é a de que o declínio das modernas sociedades industriais não se fez acompanhar pelo declínio do papel e da relevância das crenças religiosas. • Marx considera as crenças e as tradições seriam desmistificadas pelo modo capitalista de produção que encobrem as relações sociais tradicionais e ocultam a sua verdadeira natureza. Enxergava que no modo capitalista de produção haveria uma dinâmica que rasgaria a tradicional textura da vida social, preparando os indivíduos para a revolução ( p.76 e 235-236).

• Alguns problemas: Porque certas tradições ainda tem continuam a ter significado hoje em dia?( regressão apego irracional?

• Segundo problema: Nas versões/ análises contemporâneas não se dá importância ao impacto da mídia na permanência da tradição(p.238)

• Aspectos da tradição hermenêutico

normativo

legitimador

identificador

A transformação da visibilidade

4

Capítulo 4 : A transformação da visibilidade

• Na Grécia antiga, os cidadãos tinham direitos de manifestarem suas opiniões. Nos debates filosóficos os gregos se reuniam em lugares públicos para discutirem os problemas da polis. Na Idade média, em monarquias e no início da Idade Moderna, as questões eram restritas aos círculos da corte, invisível à maioria da população. • Por volta dos séculos XVIII e XIX quando acontece a distinção entre Estado e Sociedade civil, o poder público se torna cada vez mais institucionalizado e as atividades econômicas cada vez mais fogem do domínio do poder público (p. 163).

Capítulo 4: Esfera Pública X Privada

• O que é público? E Privado? Existem algumas dicotomias do ponto de vista semântico: público é tudo que é aberto, acessível, privado o que é feito na privacidade ou se restringe à um círculo restrito de pessoas. Qual os impactos da mídia, na natureza da publicidade e na relação entre poder e visibilidade?

• A transformação da natureza da esfera pública trouxe riscos e oportunidades para os políticos. Administrar a visibilidade através da mídia é hoje um aspecto inevitável da política moderna(p.181). A comunicação medida, não mais separada da partilha de um lugar comum e dissociada da comunicação face a face, fornece meios para que muitos possam ter informações sobre poucos.

Capítulo 4: Falta de controle da visibilidade diante da mídia

• Thompson destaca 04 tipos de ocorrências

• A) gafe: falta de domínio de comportamento, ações e expressões

• B) “acesso explosivo”: outro comportamento que evidencia falta de controle;

• C) Desempenho de efeito contrário:resultante de uma apressada avaliação de como suas ações podem ser recebidas ou entendidas pelas pessoas; piora quando há divergências de interesses entre produtores e receptores;

• D) Vazamento

• E) Escândalo

Capítulo 4: Política, Poder e Visibilidade

• Foucault argumentando sobre a organização do poder na

sociedade moderna enfatiza que o exercício do poder era

ligado à força e superioridade do soberano. O poder está ligado

ao espetáculo.

• Mas a partir do sec. XVI tal manifestação cedeu lugar a outras

formas de controle social ( p.175).

• O Panóptico (...) permite aperfeiçoar o exercício do poder, porque pode reduzir o número dos que o exercem, ao mesmo tempo que multiplica o número daqueles sobre os quais é exercido (...) (FOUCAULT 1997, pág: 170).

• Segundo Thompson (2009, p. 176) a ideia de visibilidade contida no Panopticon de Foucault está dissociada da comunicação face a face; fornece meios para que muitos possam ter informações sobre poucos. Aqueles que exercem o poder são submetidos a um certo tipo de visibilidade e têm que se preocupar com as audiências que não estão presentes (id, ibdem, p 177-179).

Thompson: críticas a Habermas

Na Teoria da ação comunicativa sobre a transformação da esfera pública

ou esvaziamento da ética da vida pública, Habermas acreditava que as opiniões dos indivíduos podem evoluir através de um processo de debate crítico racional aberto a todos e livre de qualquer dominação ( THOMPSON, p. 324). Há dúvidas de que se possa construir uma teoria política e moral na base do consenso racional. (p.325).

Críticas à Habermas: a teoria é espacial e dialógica. No mundo atual, os homens não se reúnem mais em locais compartilhados e dialogam em condições de igualdade face a face (p.107 e 326). Temos que tratar outros assuntos referentes às condições do planeta e da natureza. Nossa responsabilidade vai além da esfera de proximidade das nossas relações cotidianas.

Habermas interpretou o impacto do radio, imprensa e TV de forma negativa, ao ter como referencial o intercambio nos cafés, vendo-os através de lentes tradicionais sem perceber que a publicidade se separou da conversação dialógica em espaços compartilhados e se ligou a um outro tipo de visibilidade produzida pela mídia.

Obrigada!