tubos com aço patinável
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1. CORROSÃO ATMOSFÉRICA DOS AÇOS
Ensaios:Ensaio de pressão hidrostática:
Salvo acordo em contrário os tubos devem ser submetidos ao ensaio de pressão hidrostática igual
a um mínimo de 150% da pressão de trabalho, calculada pela seguinte fórmula:
Nota: O valor da pressão de ensaio não deve ultrapassar a 21,1 Mpa em nenhuma hipótese. Os tubos
devem ser mantidos na pressão de ensaio durante um tempo mínimo de cinco segundos.
Ensaio não destrutivo:
Pela norma NBR 5622 não há necessidade de execução de teste não destrutivos desde que sejam
elaborados testes hidrostáticos em 100% do processo.
É um processo resultante de reações químicas ou eletroquímicas , através das quais o material se
deteriora, quando submetido à ação climática.
O resultado observado é a geração de produtos de corrosão, conhecido como “ferrugem”, a partir de
reações como:
P= pressão hidrostática em Pa
&= tensão admissível para aço
e= espessura de parede especí'ca em mm
D= diâmetro externo especí'co em mm
Onde:
P=D
Fe - > Fe ++ + 2 e-
2H+ + 2e - > H2
O2 + 4H+ - > H
2O
O2 + 2H
2O - > 4OH
Fe - > Fe ++ + 2 e-
2H+ + 2e - > H2
O2 + 4H+ - > H
2O
O2 + 2H
2O - > 4OH
AÇOS CSN- COR 420 E COR 500 “AÇOS ESTRUTURAIS RESISTENTES A CORROSÃO ATMOSFÉRICA” (ASPECTOS GERAIS)
CONSIDERAÇÕES SOBRE CORROSÃO DOS AÇOS
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Só no Brasil, a perda por corrosão é estimada em aproximadamente 3,5% do PIB. Essas perdas podem
ser classi'cadas em:
Direta: Estão ligadas às corrosões cuja as medidas corretivas são a substituição de equipamentos,
estruturas ou tubulações corroídas ou ações preventivas: revestimentos, inibidores de corrosão
(pintura, metalização, etc.).
Indireta: Estão ligadas à interrupção de atividade ou à perda de produtos por vazamentos em
tubulações, etc.
Têm in7uência o tipo de atmosfera e os fatores climáticos.
Tipo de Atmosfera:O ar atmosférico é composto basicamente de Oxigênio,
Nitrogênio e Vapor d`água. Porém o ar pode conter,
outros constituintes como gases e partículas,
devido às atividades humanas e/ou fenômenos naturais,
chamados “poluentes atmosféricos”.
Classi'ca-se os diversos tipos de atmosfera, da seguinte forma:
Atmosfera Rural: Caracterizada por baixas concentrações
de poluentes. Os principais são compostos de Silício (poeira)
e CO 2 (proveniente principalmente de queimadas).
Atmosfera Urbana: Caracterizada pela presença de compostos de Enxofre
(SO2) e CO2, em função da queima de combustíveis nos veículos automotores.
Atmosfera Marinha: Caracterizada pela presença de Cloretos, que variam em concentração em
função da proximidade do mar.
Atmosfera Industrial: Caracterizada pela presença de altas concentrações de diversos compostos,
sendo os principais: Sulfetos (SO2 , H 2 S), Cloretos, Amônias, CO2 , etc. A concentração destes
componentes está ligada à existência de industrias na região.
Atmosfera Mista: Comumente têm-se atmosferas onde se misturam os formadores de agentes
contaminantes, tais como: industrial – urbana, marinha – urbana, etc.
2. A IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA CORROSÃO
3. FATORES QUE INFLUENCIAM A CORROSÃO ATMOSFÉRICA
CORRA CORR2. A IMPORTÂNCIA ECONÔMICANÔMICA DA CORA COR CORROSÃO
3. FATORES QUE INFLUENCIAM A CORROSÃO ATMOSFSFÉRICA
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A taxa de corrosão dos aços, depende fundamentalmente da interação dos fatores climáticos como
os poluentes atmosféricos. Dentre os fatores climáticos a umidade atmosférica é considerada a mais
importante, visto que, a quantidade de vapor d`água existente na atmosfera reinante é determinante
na taxa de corrosão. Outros fatores, que in7uenciam na corrosão dos aços são:
Umidade Relativa (UR): A quantidade de vapor d`água na atmosfera, depende das condições
climáticas e geográ'cas (proximidade dos rios, mares, desertos, etc). A UR é a relação percentual entre
a quantidade de vapor d`água existente na atmosfera e a quantidade máxima que a atmosfera pode
conter nessa temperatura. Dessa forma, para cada temperatura existe um valor máximo de vapor
que a atmosfera pode reter. Sendo assim, uma peça metálica em presença de atmosfera saturada
apresenta condensação em sua superfície, porque o metal resfria mais rapidamente que o ar.
Para valores UR menores que 60%, o processo de corrosão é considerado lento e, para valores
superiores a 70%, o processo torna-se mais rápido.
Temperatura: Geralmente, o aumento de temperatura acelera as reações responsáveis pela corrosão.
Em contrapartida, ajuda a eliminar umidade da superfície di'cultando a reação eletroquímica.
Ventos: A velocidade e a direção dos ventos dominantes têm in7uência marcante sobre a taxa de
corrosão. Se por um lado favorece a secagem da superfície metálica, por outro, pode causar
aceleração de corrosão por carregarem poluentes para regiões não agressivas.
Chuvas: Como nos casos da temperatura e dos ventos, as chuvas tanto podem aumentar quanto
podem reduzir a taxa de corrosão. Aumenta por molhar a superfície e reduz, no caso da chuva torrencial,
por “lavar” a superfície, retirando as partículas corrosivas.
Como a corrosão é um processo espontâneo, devendo ser minimizada ou inibida, sob o risco de
destruição total dos materiais. Os principais métodos utilizados são:
Revestimentos Metálicos: Isolam a superfície do metal do meio corrosivo, através de revestimento com metais
mais resistentes à corrosão. Como exemplo deste processo tem-se o estanhamento, a zincagem, etc.
Revestimentos Orgânicos: Situação semelhante a anterior em que o revestimento é realizado através
da aplicação de tinta ou outra substância orgânica na superfície metálica.
Revestimentos Inorgânicos: Situação semelhante às anteriores em que o revestimento é realizado
através da aplicação de uma película não metálica inorgânica na superfície metálica. Como exemplos
podemos citar: cromatização, fosfatização, anodização, a observação de fácil acesso às áreas suscetíveis
à corrosão e a prevenção com solda bem acabada.
4. FATORES CLIMÁTICOS
5. PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO
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Adição de elementos de liga ao material metálico: Alguns metais, particularmente o aço, tornam-se
mais resistentes à corrosão pela adição de determinados elementos de liga. Este é o caso dos aços
aclimáveis ou patináveis.
Modificação do meio corrosivo: Ações que visam modi'car a agressividade do meio corrosivo, através
de alterações nas suas características físicas ou químicas, ou através de adição de determinados
compostos ao meio corrosivo. Dentre estes métodos pode-se citar a diminuição da umidade relativa,
controle de pH, redução da temperatura, etc.
Prática de Projetos: Consiste na utilização de práticas, reconhecidas como e'cazes, na proteção
anticorrosiva de equipamentos e instalações industriais, como por exemplo: evitar cantos vivos,
prever fácil acesso às áreas suscetíveis à corrosão, prever solda bem acabada, etc.
São aqueles que recebem em sua composição química pequenas adições de elementos de liga como:
cobre, cromo, níquel e fósforo. Estes elementos favorecem a formação de uma camada compacta
e aderente, na superfície da chapa, que di'culta a penetração de elemento oxidante, retardando a
corrosão do metal. Essa camada é conhecida como “Pátina”.
A CSN foi a pioneira no Brasil na produção deste tipo de aço, com a fabricação do aço CORTEM, depois
substituído pelo NICOR. Atualmente, produz, além deste aço, também os aços: CSN-COR-420 e
CSN-COR-500, que apresentam as seguintes características principais:
Composição Química:
A composição química dos aços patináveis da CSN, em % , pode ser vista no quadro que se segue:
Quadro 1: Garantia de composição química para os aços patináveis produzidos pela CSN
Quadro 2: Propriedades mecânicas garantidas para os aços patináveis produzidos pela CSN
Propriedades Mecânicas:
6. AÇOS PATINÁVEIS OU ACLIMÁVEIS
7. AÇOS PATINÁVEIS NA COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL (CSN)
6. AÇOS PATINÁVEIS OU ACLIMÁVEIS
IONA NACIONAL (CSN)7. AÇOS PATINÁVEIS NA COMPANHIA SIDERÚRERÚRGICA NA IONAL (CSN)
COR 420
COR 500
COR 480
0.17
0.17
0.12
1.00
1.20
0.70
0.025
0.100
0.150
0.025
0.025
0.025
0.35
0.35
0.50
0.070
0.070
0.0070
0.20 - 0.50
0.20 - 0.50
0.20 - 0.40
0.55 - 0.80
0.55 - 0.80
0.65 - 0.90
-
0.040
0.040
Aço C. máx Mn. máx P. máx P. máx S. máx Al máx Cu Cr Nb máx
COR 420
COR 500
COR 480
300
380
345
420
500
485
20
18
21
18
16
19
1,5 x e
1,5 x e
2,0 x e
27
27
27
88
90
90
Aço L. E(Mpa) min.
L. R(Mpa) min.
along. (%)
50 mm 200 mmDobramento
CHARPI (Jcm2)mín a -20º C
Dureza(HRB)
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Quadro 3: Eletrodos recomendados pela AWS D1. 1-94 (parte 4 ) para soldagem de aços patináveis, nos diversos processos. Para informações mais detalhadas sobre os consumíveis a serem empregados, consultar tabelas 4.1 e 4.2 da AWS D1. 1-94.
Soldagem:
Tal como os aços estruturais convencionais, como por exemplo, o ASTM-A 36, os aços patináveis são
facilmente soldáveis.
Por se tratar de aço resistente à corrosão, o eletrodo a ser utilizado na soldagem também deverá
apresentar esta característica. Para soldagem de múltiplos passes, pode-se utilizar este tipo de eletrodo
somente nos dois últimos 'letes que 'cam efetivamente em contato com a atmosfera. No quadro
3, são instalados os eletrodos recomendados para os diversos processos de solda, de acordo com
AWS D1 1-94 ( parte 4).
Conformabilidade:
Os aços patináveis da CSN (CSN-COR 420, CSN-COR 500 e CSN-COR 480) podem ser conformados
semelhantes aos aços carbono estruturais. É muito importante lembrar que, para o trabalho a frio
deve ser considerado o nível de resistência mecânica apresentado pelo material.
Em contrapartida, nesses casos pode-se utilizar espessuras mais 'nas para compensar esse efeito,
principalmente nos graus mais elevados.
Enferrujado? Não, muito bem protegido!
O aço CSN-COR 420 possui características de resistência à corrosão
no mínimo quatro vezes superior ao aço comum. Recebe em
sua composição química elementos de liga que formam na
superfície do aço exposto à atmosfera, uma camada de
óxidos compacta e aderente denominada “Pátina”.
Esses aços “aclimados” ou “patináveis” formam uma
camada protetora que proporciona um belo aspecto
visual e com muito mais economia, pois dispensam
operações de jateamento e pintura que normalmente
são utilizados para retardar os efeitos da oxidação em aços
estruturais comuns.
Eletrodo Revestido
Arco
Submerso
Mig Mag
Arame Tubular
E 70XX ou E 70 XX - X
F 7X - E XXX ou
F 7X - E XX - XX
E R 70 S - X
E 70 TX - X
E 7018 - W
F 7AX - EXX - W
E R 80 S - Nil
E 8 X T 1 - W
Processo de Soldagem Simples Passe Multi Passe
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Corrosão:
Os aços patináveis apresentam resistência à corrosão atmosférica
bem superior a dos aços estruturais normais. Os grá'cos de 1 a 4,
apresentam a comparação entre estes aços, em atmosfera: rural,
urbana, industrial severa e marítima, por um período de exposição
de aproximadamente três anos.
Para os três anos de exposição, pode ser observado
nos grá'cos abaixo que, na atmosfera rural,
foi pouco sensível a superioridade do aço
patinável sobre o estrutural comum. Na
atmosfera urbana, essa superioridade já
se torna perceptível. Já nas atmosferas
industriais severas e marítimas, 'ca patente
esta superiodade no que tange à resistência
à corrosão atmosférica.
Na presença de quantidades muito elevadas
de SO2 (superior a 115 mg/m3), a camada de ferrugem
formada na superfície dos aços patináveis não
é suficiente para protegê-lo adequadamente do
ataque da corrosão, reduzindo substan-
cialmente sua característica protetora.
Entretanto, mesmo nessas condições, eles
são muitos superiores aos aços estruturais
normais, apresentando redução da taxa
de corrosão de até 10 vezes. Mesmo assim,
recomenda-se a utilização de proteção adi-
cional que, via de regra, é feita através de
pintura.
40 Ambiente Rural
35
30Aço Carbono
Tempo dias
CSN COR25
20
15
10
100
Gráfico1 - Perda de espessura do aço carbono e do aço aclimável em função do tempo de ex-posição em ambiente rural, zona rural de Sorocaba (SP)
300 500 700 900 1100
5
0
Red
uçã
o d
e Es
pes
sura
um
11
60
50
40
30
20
10
Tempo dias
100
Gráfico 2 - Perda de espessura do aço carbono e do aço aclimável em função do tempo de exposição em ambiente urbano, centro da cidade de São Paulo.
300 500 700 900 1100
0
Red
uçã
o d
e Es
pes
sura
um
Ambiente Urbano
Gráfico 3 - Perda de espessura do aço e do aço aclimável em função do tempo de exposição em ambiente Industrial Cubatão (SP)
800
700
600
500
400
300
200
100
Tempo dias
100 300 500 700 900 1100
0
Red
uçã
o d
e Es
pes
sura
um
Ambiente Urbano
Gráfico 4 - Perda de espessura do aço e do aço aclimável em função do tempo de exposição em ambiente marinho, Praia Grande (SP), distante 1Km do mar.
1200
1000
800
600
400
200
100 300 500 700 900 1100
0
Ambiente Urbano
Red
uçã
o d
e Es
pes
sura
um
CSN COR
Aço Carbono
Tempo dias
12
Os aços patináveis são amplamente utilizados para 'ns estruturais que exigem, além da resistência mecânica,
boa soldabilidade e resistência à corrosão atmosférica.
Neste contexto, destacam-se segmentos e aplicações como:
Construção Civil: Estrutura de prédio, shoppings, escolas, armazéns, galpões, torres, grades, portas, etc.
Pontes: Estruturas de pontes, viadutos, passarelas, etc.
Containers: Silos, tanques de armazenamento, etc.
Máquinas e Equipamentos agrícolas: Tratores, máquinas, caçambas colheitadeiras, etc.
Transportes: Vagões, caçambas, rampas, caminhões basculantes, etc.
Eletrificação: Postes, torres para linhas de transmissão, etc.
Outras: Tubos, tanques de ar, dormentes, peças para veículos, etc.
Referências Bibliográ�cas:
1. Panossian, Z., Corrosão e preteção contra corrosão em equipamentos e estruturas metálicas, vols. 1 e 2, IPT, S. P., 19932. Panossian, Z. et alli, Corrosão atmosférica de metais no estado de São Paulo, IPT, S.P. 19913. Nunes, Laerce de Paula, Corrosão e proteção anticorrosiva, Petrobrás, mar/19824. ASME - Speci'cation for low alloy steel covered arc welding electrodes, SFA - 5.5, 19925.ASME - Speci'cation for low alloy steel electrodes and 7uxes for submerged arc welding, SFA - 5.23, 19926. Nunes, Laerce de Paula, Lobo, A. C. O., Pinutra industrial na preoteção anticorrosiva, LTC 1990.
DLAM/GPD
Autores:
Carlos Roberto Guinâncio CarvalhoGerência de Pesquisa e Desenvolvimento da CSN
Israel Carlos da Silva
Gerência de Pesquisa e Desenvolvimento da CSN
8. APLICAÇÃO DOS AÇOS PATINÁVEIS OU ACLIMÁVEIS8. APLICAÇÃO DOS AÇOS PATINÁVEIS OU8. APLICAÇÃO DOS AÇOS PATINÁVEIS OU8. APLICAÇÃO DOS AÇOS PATI8. APLICAÇÃO DOS AÇOS PATINÁVEIS OU8. APLICAÇÃO DOS AÇOS PATINÁVEIS OU8. AP8. APLICAÇÃO DOS AÇOS PATINÁVEIS OU ACLIMÁVEIS
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