soldagem tig de tubos de aÇo inox aisi 316 • para

163
SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 PARA VARETAS COMBUSTÍVEIS de. TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.) EM ENGENHARIA METALÚRGICA E DE MATERIAIS. Aprovada por: igã Sergio de Carvalho Perdigão (Presidente) João MarfcAs Alcoforado Rebello Tito LuiT^á Silveira lorge/Ternandez dos Santos RIO DE JANEIRO, RJ - B R A S 1 L MARÇO DE 1985

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Page 1: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316

• PARA VARETAS COMBUSTÍVEIS

de.

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE

PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO

DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.) EM ENGENHARIA METALÚRGICA

E DE MATERIAIS.

Aprovada por:

igãSergio de Carvalho Perdigão(Presidente)

João MarfcAs Alcoforado Rebello

T i to Lu iT^á S i lve i ra

lorge/Ternandez dos Santos

RIO DE JANEIRO, RJ - B R A S 1 L

MARÇO DE 1985

Page 2: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

ii

BITTENCOURT, MARCELO DE SIQUEIRA QUEIROZ.

Soldagem TIG.de Tubos de Aço Inox AISI 316 para

Varetas CombustTveis (Rio de Janeiro) 1985.

X, 153p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenha-

ria Metalúrgica e de Materiais, 1985).

Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro,

CÓPPE.

1. Soldagem I. COPPE/UFRJ II. Titulo

(série).

Page 3: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

i i i

A Eplianlo e Wanda

Page 4: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

iv

AGRADECIMENTOS

Ao Instituto de Engenharia Nuclear nas pessoas do Dr.

Ennio Goulart de Andrade e Hugo Tagnin Neves, pela autorização

^para a realização deste trabalho.

Ao Dr. Sergio de Carvalho Perdigão pela orientação.

A Claúdemiro Bolfarini pelo Incentivo, discussão e stuges .

toes apresentadas no decorrer do trabalho.

Aos Drs. Tito Luiz da Silveira e João Marcos Alcoforado

Rebel Io pelas sugestões. .

A Francisco Canindé Nunes pelo suporte técnico fornecido

ha execução da parte experimental da tese.\i

A Regina Menezes pelo apoio e dedicação.

Aos amigos do departamento de materials do IEN pelo Incejn

tivo, em especial a Carlos Alfredo Lamy e Luiz Fernando Passos

Barreto.

Ao Grupo de Raios-X e fotografia do IEN pela ajuda.

A FTESM, CEPEL e PUC, pela utilização de seus laboratórios

Page 5: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

Resumo da Tese apresentada a COPPE/UFRJ como parte dos requisi-

tos necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências

(M.Sc.).

SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316

PARA VARETAS COMBUSTÍVEIS

\ • -

- Uaictlo de. Slqutixa. Que.lA.oz Bltttncount

MARÇO 1985

Orientador: Sergio de Carvalho Perdigão

Programa: Engenharia Metalúrgica e de Materiais

Foi realizado um estudo da selagem de tubos de aço inoxj^

davei austenítico AISI 316, 20% deformado a frio, a pinos de roa_

terial similar, pelo processo de soldagem TIG autõgeno, visando

sua utilização como vareta de combustível para reatores nuclea-

res. .

Inicialmente foram executadas soidas preliminares, empre

gando-se dois projetos de pioo tampão, que permitiram a seleção

de uma solda considerada ideal. A seguir prõtedeu-se ã confec-

ção de corpos de prova soldados, com os parâmetros escolhidos,a

fim de se averiguar o comportamento mecânico do componente. Foi

também realizado um tratamento térmico na temperatura de servi-

ço em corpos de prova soldado* visando examinar o efeito causa-

do no componente em serviço através de observações microestrutu

raise do comportamento mecânico. Este componente foi compara-

do ao como soldado.

Concluiu-se que a recristaiízação causada pela soldagem

diminuiu as propriedades mecânicas do componente. 0 tratamento

Page 6: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

vi

térmico aumentou as propriedades mecânica-, mas diminuiu o tempo de vida do componente quanto ã ruptura.

\

\

Page 7: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

vil

Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as partial ful-

fillment of the requirements for de degree of Master of

Science (M.Sc.)

TI6 WELDING OF STAINLESS STEEL AISI 316

TUBES FOR FUEL RODS •

UajLce.1.0 an SA.que.JJia dazVtoz BÁjtttncouJit

MARCH 1985

Chairman: Dr. Sergio de Carvalho Perdigão

Department: Metallurgical Engineering and Materials

The author studied the welding of austenitic stainless

steel AISI-316 tubes (20% cold worked) to rods of similar

material, for their utilization as fuel rods for nuclear

reactors. It was used the autogeneous TIG welding process.

As a starting point, preliminary welding was undertaken

using two types of end-cap rods, for the selection of the most

appropriate welding for the project. As a next step, welded

specimens were prepared with selected parameters, in order to

verify the mechanical performance of the component. It was

also undertaken a thermical treatment, at the temperature in

operating conditions, of the welded specimens to examine the

effect in the specimen at work, through microstructurai .

observations and mechanical performance.- This specimen was

compared with another specimen as welded.

It was observed 'that the recrystaiiization caused by

welding decreased the mechanical properties of the component.

The thermical treatment increased the mechanical properties

Page 8: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

viii

but decreased the component's lifetime in relation to its

rupture.

\ .

Page 9: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

1x

ÍNDICE

Pag.

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO .......... ,# * 1

CAPITULO II - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3

II.1 Introdução . . 3

^ - II.2 Danos por Irradiação . . . 5

11.3 J»roc.esso de Soldagem TIG 10

11.4 Soldabilidade de Aços Inoxidáveis AustenT

ticos 14

11.5 Instabilidades Microestruturais 16

11.6 Mecanismos de Deformação, e Fratura ... 20

CAPITULO III - MATERIAIS E MÉTODOS ; . . . . 26

... III.1 Materiais . . . . . . . . . . 26

111.2 Ensaios Preliminares . .N 27

111.3 Seleção dos Parâmetros Ideais . . . . . 28

111.4 Preparação de Corpos de Prova . . . . . 30

111.5 Técnicas de Microscopia ..-. .'. . . . . 31

111.6 Ensaios Mecânicos . . . . . ;-. . . . . 32

CAPITULO IV - RESULTADOS , 34

IV.1 Ensaios Preliminares e Seleção dos Parâine

tros . 34

IV.2 Preparação de Corpos de Prova 35

IV.3 Análise Metalogrãfica . . . . . . . . . . 36

IV.4 Ensaios Mecânicas . 37

IV.5 Local e Modo de Fratura 39

CAPITULO V - DISCUSSÃO ,., 41

Y.l Procedimento de Soldagem e Seleção de Para

metros 41

Page 10: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

Pag.

V.2 Comportamento Mecânico, Análise Metalogrã-

fica e Fratografia do Componente Soldado . 46

V.3 Considerações Finais 57

CAPITULO VI - CONCLUSÕES . . ' 60

BIBLIOGRAFIA 63

TABELAS ' • 74

FIGURAS 78

ANEXO.I - ATAQUES HETALOGRAFICOS = 139

ANEXO II - PARÂMETROS DAS SOLDAS EFETUADAS E DEFEITOS

APRESENTADOS 141

Page 11: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

CAPITULO I

INTRODUÇÃO

Os Reatores Regeneradores Rápidos Refrigerados a Metal

Liquido (LNFBRS) vim se desenvolvendo nas últimas três décadas

e cada dia é maior o interesse despertado por este tipo de rea-

tor nuclear, uma vez que a etapa de enriquecimento do combustí-

vel, processo difícil e oneroso, pode ser eliminada e que vantj»

gens energéticas mostram-se superiores em relação aos reatores

mais utilizados, os PWR (Pressurized Water Reactor). Assim sen

do, usinas protótipo encontram-se em operação em diversos países

do mundo, como Inglaterra, França, União Soviética, Japão .-. e

EUA. \. í *.

No Brasil, o setor nuclear ainda não entrou na era dos

LMFBR mas ha interesse por parte das instituições de pesquisa no

estudo dos materiais usados nos mesmos, visto que a especifica-

ção e desempenho destes torna-se cada vez mais exigente devido

as condições mais severas, sendo uma das regiões mais solicita-

das o núcleo. • #

0 presente trabalho visa estudar a sol da gem de tubos de

aço'Inoxidável austenítico AISI 316 com encruamento em torno de

20%, de dimensões próximas a dos empregados como revestimento do

combustível em reatores rápidos refrigerados a metal liquido, a

Page 12: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

pinos tampão, de material similar, sendo testados dois projetos

de pino, pelo processo de soldagem TIG autogeno, com utilização

de um sistema para a automatização da soldagem. Através da uti,

lização de uma gama de parâmetros buscou-se informações a, res-

peito da variação destes nesti,' tipo de soldagem e, baseados em

critério determinado, selecionou-se aqueles considerados ideais.

A seguir confeccionou-se corpos* de prova soldados, com

os parâmetros escolhidos, e examinou-se o comportamento do com-

ponente soldado quando submetido a um esforço uniaxiai em tra-

ção e fluincia, sendo observados o local e o modo de fratura.Fi.

nalmente, foi averiguado o efeito da temperatura de serviço por

1000 h neste componente soldaJo.v • • •

' . \

Page 13: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

3 *

CAPITULO II

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

II. 1 INTRODUÇÃO

Sendo o objetivo do presente estudo a soldagem de vare-,

tas para elementos combustíveis de reatores nucleares, com enfo

que preferencialmente nos do tipo LMFBR, uma pequena introdução

sobre estes reatores, bem como do componente em questão faz-se

mister. Da mesma forma e feito também um tópico referente a

danos por Irradiação. _

. ' ' V ••• • • .I

Os reatores do tipo LMFBR's, utilizam como combustível

uma mistura de oxido misto de urânio e plutÕnio, e trabalham com

neutrons de alta energia, na faixa de 0,1 e 1,0 MeV, não se fa-

zendo necessário o uso de elementos moderadores, empregados em

reatores térmicos para abaixar o nível de energia na faixa ca-

paz de desencadear a reação em cadeia (1). Estes reatores são

ditos regeneradores porque produzem mais material fissil do que

consomem, pela transformação do U23* em plutõnio. Devido as suas

características de transferencia de calor, o sódio é o refrige>

rante empregado nestes reatores. Circulando por canais de refr[

geração, ele entra em contato com o elemento combustível aque-

cendo-se e trradiando-se, desta forma, através de trocadores de

calor, ele aquece outro sistema de sódio que, por sua vez, vapo

.rizarã água num gerador de vapor, fornecendo movimentação ãs

turbinas geradoras de energia ele^ica (1,2).

Page 14: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

Existem duas filosofias para os reatores rápidos em de-

senvolvimento no mundo, o sistema, "pool" e o "Loop?*. No primei-

ro, todos os componentes do circuito estão inseridos, juntamen-

te com o sódio, no vaso de contenção. Tal sistema garante a ini

tegridade deste contra vazamentos com a vantagem de, em condi-

ções normais de operação, ter os choques térmicos reduztdos pe-

la grande massa de sódio. 0 segundo apresenta as bombas prima-

rias e os trocadores de calor intermediários em vasos separados,

proporcionando uma seqüência de construção mais racional alem

de facilitar a manutenção. Os dois sistemas podem ser vistos

esquematicamente na Figura II.1.

i

Em um reator, o combustível encontra-se sob a forma de

pastilhas que, encapsuiadas em tubos, são chamados varetas com-

bustíveis. 0 conjunto destas, forma o elemento combustível que,

juntamente com as barras de controle, constituem o núcleo do

reator nuclear. As dimensões das varetas bem como seu número,

variam de reator para reator, de acordo com as necessidades do

projeto. Por exemplo, quanto maior o nTvei de potência deseja-

da, mais varetas são empregadas. Nos reatores, rápidos em fun-

cionamento, a média destas varetas varia entre 100 e 300, com

diâmetro externo de 5 a 9 mm, espessura da parede de 0,4 a 0,8

mm e comprimento de 2 a 3 m (1,3}.

As varetas combustíveis, como' mencionado acima, são tu-

bos que contendo em seu interior o combustível são seladas

nas extremidades por um processo de soidagem. Elas estão em

contato interno com o U02/Pu02 e externamente ficam expostas ao

Page 15: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

sódio trabalhando sob gradientes de temperatura que variam de

400 a 700°C, em presença de um fluxo de neutrons da ordem de

7xl0ls nêutrons/cm2»s (3,4). Essas condições severas de meio

ambiente, e a necessidade de garantia da estabilidade dimerísio-

nal e integridade estrutural das varetas, torna importante a

seleção e o estudo de materiais -para essa aplicação. Tais ca-

racterísticas fizeram com que a escolha do material recaTsse num

aço tnox.comercial.. Atualmente mostra-se evidente a preferên-

cia pelo tipo AISI 316, na condição de 20% deformado a frio (4,

5,6), o que torna mais resistente a problemas devido a irradia-

ção. Apesar de ser atualmente o material mais utilizado, reco-

nhece-se que o efeito de danos por irradiação neste, limitam a

performance do componente em usinas mais avançadas (4).

• \

Y

Embora o Zircaioy seja o material utilizado como o revés

timento do combustível para reatores tipo PWR, devido a sua me-

lhor economia de neutrons, apôs o acidente do reator de "three

Mile Island", o aço inox passa a ser encarado, sob o ponto de

vista de segurança, como uma opção para estes reatores (7).

II.2 DANOS POR IRRADIAÇÃO

Os materiais estruturais empregados no núcleo dos reat£

res ficam submetidos a um meio agressivo e condições de tempera

tura e pressão multas vezes severas. Além disto, esses mate-

riais são expostos ã Irradiação que os afeta de forma bastante

Intensa, podendo causar diversos danos, dos quais os mais sé-

rios serão abordados nesta revisão. Para o entendimento dos

danos por Irradiação, é necessário o conhecimento dos mecanis-

Page 16: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

nos que ocorrem em uma estrutura irradiada. Durante p processo

de fissão em um reator, ocorre emissão de neutrons e fragmentos

de fissão» ambos com muita energia e altas velocidades (8). Es_

tas partículas penetram através do solido colidindo com os áto-

mos da rede cristalina do material, dissipando e transferindo,

para os átomos da rede, energia por ionização e por colisões do

tipo "bola de bilhar", causando, desta forma, defeitos na estru

tura, tais còrao os- defeitos de Frenkel, seja pares de lacunas e

interstícios, que são resultados do choque de um neutron com

um átomo da rede, que e deslocado de sua posição deixando' uma

lacuna e indo se alojar intersticialmente em outra posição (8,

9). Este tipo de defeito de ponto pode vir a se aglomerar, fo£

mando um defeito de linha como a discordância. Outros defeitos

são as chamadas zonas empobrecidas, que são areas de alta densi^

dade de vazios, circundadas por uns poucos defeitos intersticiais

próximos e grande número de defeitos intersticiais distantes,que

foram separados das lacunas pelo mecanismo de "crowdion"; a Fi-

gura II.2 esquematiza estes fenômenos. Um outro efeito da irra

diação, capaz de causar dano ao material, é* a absorção de neu-

trons com formação de um novo' elemento, como e o caso do N1 nos

aços inoxidáveis que transforma-se em He, chamando-se a ;.- este

transmutação (8,9).

Tais defeitos são os responsáveis por certos fenômenos

que ocorrem nos materiais estruturais que operam no núcleo dos

reatores nucleares, principalmente em reatores rápidos refrige-

rados a metal lTquido. A esses chamamos de. danos por irradia-

ção, cujos principais são o inchamento, o creep por irradiação e

o endurecimento por Irradiação, como vistos a seguir:

Page 17: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

Inchanento - A irradiação do material leva a formação de vazios

resultando no aumento das dimensões do solido, ao que se deno-

mina inchamento. Este tem implicações práticas muito importan-

tes jã que varia com a temperatura e o fluxo de neutrons, 'de mo

do que gradientes de temperatura e fluxo no núcleo do reator re

suitarão em um inchamento não uniforme e distorção nos 'membros

estruturais (10). ' .V • • • •

0 fenômeno aparece como resultado da colisão de neu- '

trons rápidos com os átomos da rede cristalina que absorvem e-

nergia e são deslocados de suas posições, produzindo cada um

dos átomos energizados uma cascata de deslocamentos, gerando um

grande número de lacunas e interstícios que nas temperaturas em

questão mostram grande mobilidade. Esses defeitos de ponto po-

dem vir a se recombinar, aníquilandorse, ou sendo absorvidos por

sorvedouros como discordâncias, contornos de grão, vazios ou su

perfieies. Ou ainda pode haver absorção preferencial de apenas

um tipo de defeito» os interstícios, permitindo um agrupamento

de lacunas que formarão os vazios, do que resulta o inchamento

do material. Alem deste efeito da irradiação na formação do

inchamento, a transmutação, de certos elementos por irradiação,

como o Ni e Fe em gas He que estabiliza pequenos núcleos de va-

zios, contribui também para o inchamento (10,11,12).

0 inchamento e um problema metalúrgico e deste modo seu

controle pode ser feito através de variações estruturais'e com-

pos-1cionais do metal. 0 material encruado tem importância na

eliminação do Inchamento, já que a deformação a frio aumenta a

densidade de discordandas, fornecendo muitos sorvedouros para

as lacunas, as quais assim não ser o suficientes para a nuclea-

Page 18: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

8

ção e o crescimento dos vazios (10.11,12). Autores têm mostra-

do que a redução do inchamento cresce com o aumento do trabalho0

a frio dos aços inoxidáveis (5,13,14). A Figura II..3 caracter^

za este comportamento. Também são detectadas diminuições do

efeito benéfico no aço 316 trabalhado a frio quando aquecido a

650°C por 100 h, sendo o fato relacionado com a recuperação da

estrutura trabalhada a frio na temperatura indicada (10).

0 refino do grão 5 outro procedimento para a redução des

te problema, o mecanismo é o mesmo, os contornos de grão fancijo

nam como sorvedouros, empobrecendo a população de lacunas o su-

ficiente para Inibir a nucleação e o crescimento de vazios (10).

Também foi verificado que precipitados estáveis, fina-

mente dispersos, tendem a diminuir o inchamento porque inibem o

processo de escaiagem de discordâncias que é necessário para que

funcionem como sorvedouros preferenciais para interstícios (10).

Autores (10,12) mostram que a composição qinmica é um

modo bastante efetivo na solução para o problema do inchamento.

Certas ligas que apresentam teores de Cr mais baixos e maiores

teores de Ni mostram os melhores resultados, a Figura II.4 iius

tra este comportamento. Certos elementos secundários também se

mostram efetivos, como o efeito do Nb e T1 nos aços inoxidáveis»

austeníticos estabilizados (15,16,17,18), ou o caso do 316 mod^

ficado com adição de SI e Ti e pequenas quantidades de V, W, Zr

e Cu (.19). Algumas teorias são propostas para explicar o efei-

to das Impurezas, como a de que são capazes de inibir a nuclea-

ção e o crescimento das discordâncias, ou a de que Impedem a

escala gem de discordâncias, ou de que haveria um mecanismo de

Page 19: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

interação entre irapureza-interstTcio e irapureza-lacuna, dimi

nuindo a difusão dos defeitos.

Fluência e Endurecimento por Irradiação - Varias regiões dos

reatores nucleares, principalmente nos reatores rápidos, operam

em condições propicias a mecanismos de deformação e fratura por

fluência. Eip -condições, normais, as taxas de fluência dos mate-

riais induzidos termicamente são baixas; mas submetidos a um

fluxo de neutrons esta taxa e aumentada, esse ê o fenômeno da

fluência por irradiação. Um outto mecanismo devido a irradia-

ção pode atuar sobre o material induzindo-o a uma taxa de fluên

cia mais baixa que o mesmo não irradiado, este e o endurecimen-

to por irradiação: Assim devemos observar que um material quajft

do irradiado pode exibir endurecimento ou fluência por irradia-

ção, dependendo do nTvel de tensões aplicadas ou da taxa de de-

formação (20). A Figura II.5 ilustra o efeito da irradiação na

taxa de fluência e na vida a ruptura de um aço AISI 316 traba-

lhado a frio. .

Uma explicação simplista para a fluência por Irradiação

e dada por SCHOECK (21) da seguinte forma: com o aumento da coji

centração de vazios gerados pela irradiação, cresce o coeficieji

te de difusão com conseqüente aumento na taxa de escalagem de

discordíncias, o que resulta em uma taxa de fluência mais eleva_

da. Atualmente vários mecanismos são propostos para a explica-

ção do fenômeno. A tensões mais baixas que. o limite de escoa-

mento do material não irradiado, o mecanismo efetivo no proces-

so da fluência por irradiação, seria o da Absorção Preferencial

Induzida por Tensão (Stress-Induced Preferencial Absorption,

Page 20: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

10

SIPA). Por este mecanismo, sob tensão aplicada no material, os

Stomos intersticiais e as lacunas fluem preferencialmente para

discordâncias com determinada orientação em relação a tensão a-

plicada, ocasionando escalagem das mesmas na direção das . ten-

sões. Para o caso de tensões mais elevadas, e proposto um meca

nismo combinado de escalagem e escorregamento de discordâncias

(20,22).

0 fenômeno de endurecimento e fragilização devido a ir-'

radiação e conseqüência de lacunas e interstícios, e ã tempera-

turas mais elevadas de discordâncias, produzidas por fluxo de

neutrons, que interagem com outras discordâncias pré-existentes

no material impedindo sua movimentação na estrutura. A evolução

de gases produzidos por transmutação, como o He que se agrupa

em bolhas, e o fluxo de lacunas para sorvedouros como contornos

de grão aceleram o processo de fragilização intergranular (23,

24). Os efeitos do He são vistos na Figura II.6. Também para

aços Inoxidáveis, a precipitação da segunda fase, como carbetos,

contribuem para o aumento da resistência e fragilidade (24). E-

feitos do endurecimento por irradiação em um aço AISI 316 trabja

lhado a frio são mostrados, na Figura II.7.

II.3 PROCESSO DE SOLDAGEM TIG -

•• -í

Diversos processos de sol dagem são usados para a sei agem

de .varetas combustíveis de reatores nucleares, assim foi ve r i fy

cado (25) que países europeus tendem a adotar a soldagem por feixe

eletrônico (electron-beam) enquanto nos EUA o TIG 5 o processo mais

ut i l i zado sendo a soldagem por resistência mais popular no Cana_

Page 21: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

11

dá.

Neste trabalho foi empregado o processo de soldagem TIG.

Este processo é muito utilizado para a soldagem de aços inóxidj[

veis e ligas não ferrosas, principalmente em se tratando de ma-

teriais de espessuras reduzidas.- Neste, um arco elétrico e es-

tabelecido entre a peça e um eletrodo de tungstênio, ou liga

deste metal, que não participa da fusão. 0 arco, o eletrodo e

a poça de fusão são envoltos por um gás inerte, Argônío ou Hé-

lio, que deslocam o ar eliminando a possibilidade de contamina-

ção da solda pelo oxigênio ou nitrogênio da atmosfera, alem de

garantirem a manutenção e estabilidade de arco, devido a.sua i£

nização. A exceção dos Estados Unidos, o argônio é o gãs mais

empregado, devido ao seu custo inferior em relação ao Hélio. A-

lém disso, ê indicado para a soldagem de materiais de pequena es

pessura por permitir estabilidade de arco a correntes mais bai^

xas que o He, devido ao seu menor potencial de ionização (26,27).

0 arco elétrico é mantido por uma fonte de corrente cori

ti nua ou alternada, podendo a corrente continua ser empregada

polaridade direta ou inversa, dependendo da necessidade de ser-

viço. Para a soldagem de aços inoxidáveis ê recomendada corrert

te continua com polaridade direta, eletrodo no polo negativo e

peça no positivo, tal procedimtnto fornece maior localização de

calor no metal a ser fundido, permitindo trabalhos com eletro-

dos de. pequeno diâmetro, proporcionando um cordão profundo e es_

treito (26,27,28).

Diversas ligas de tungstênio são empregadas como eletrodo,sendo a

">a1s Indicada, principalmente para materiais de pequena espessai

Page 22: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

12

ra, a de tungstênio e tõrio, que apesar de seu custo mais elev£

do. apresenta como vantagens em relação a de tungstênio puro, me-

lhor estabilidade de arco e possibilidade de utilização 3 cor-

rentes mais elevadas (26). *

0 processo TIG pode ser. automático ou semi-automático;

no primeiro» a velocidade de soldagem, o comprimento do

arco* o fluxo de gás e a corrente são previamente ajustados,

enquanto no segundo a corrente o o fluxo de gás são prê-ajusta-

dos e um operador manipula a tocha e a vareta de adição, quan-

do* necessário.

Em algumas aplicações, o uso de corrente pulsada permi-

te melhorar certas características do processo TI6, tais como

estabilidade de arco e o aumento da relação entre a penetração

e a largura de cordão (26,27,28).

\

A operação de pulso e obtida combinando a saída de duas

fontes de trabalho a dois níveis de corrente. Uma atua como

corrente de fundo (background), preaquecendo o metal de base, a ou-

tra fornece a corrente de pico (peak) e i responsável pela fu-

são do metal. DAVIES e GARLAND (29) ressaltam as boas caracte-

rísticas do TIG pulsado, em conjunto com a corrente modulada.

Tais autores verificam um refino de grão da solda, devido a

fragmentação da frente dendrftica da interface sõlido-iTquido,

que ocorre devido a flutuações térmicas geradas na variação da

entrada de energia.

Page 23: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

13

A utilização da modulação da corrente na melhoria de juntas

soldadas, quanto ã reprodutibil idade e penetração, em processos

automáticos também são comentados por RUDAZ e FERRARI (30).m

Segundo a literatura o processo de soldagem TIG automa-• •

tizado vem sendo empregado para'a soldagem de vedação de vare-

tas de elementos combustíveis para reatores nucleares em diver-

sos países do mundo (25,31,32).

As dificuldades encontradas na soldagem desses componejri

tes são:

- dimensões reduzidas;

- diferença de massa entre as partes a soldar;

- responsabilidade da solda.

De tal modo diversos autores (25,31,32,33,34) chamam a

atenção para a importância da limpeza prévia das partes, do a-

juste entre as peças, da configuração do eletrodo, e do perfei-

to controle dos parâmetros de soldagem para à obtenção de uma

solda perfeita. Os mesmos pesquisadores indicam como resultado

de problemas operacionais, defeitos do tipo: porosídade, trin-

cas no metal de solda, vazios de solidificação, falta de pene-

tração, contaminação de tungstenio e distorção no componente.

Page 24: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

14'

II .4 SOIDABILIDADE DE AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENTTICOS

Os aços inoxidáveis austení t icos , da família 18-10, apre_

sentam boa soidabil idade. Estes aços apresentam uma estrutura

austeno-ferrítica que elimina o risco da formação de martensita

e garante a ductilidade e tenacidade do material editando, dejs

ta forma, o aparecimento de trincas a f r i o . Além dis to , este a-

gregado, dado â suà natureza microestrutural, não sofre rápido

crescimento de grão a temperaturas elevadas. Assim, preaqueci-

mentos e tratamentos térmicos tornam-se dispensáveis. Esta es-

trutura aparece devido a elevada velocidade de resfriamento, com

conseqüente segregação durante a so l id i f i cação , capaz de propi-

ciar o aparecimento e a estabilidade da ferrita (27) .

\

0 grande problema da soidagem destes aços são as t r in -

* cas a quente no metal de solda e na ZTA. As teorias mais acei -

tas para a explicação dessas tr incas , baseiam-se ná ação conjun-

ta de dois mecanismos que são as tensões de contração durante a

sol idi f icação e a formação de filmes interdendríticos de baixo

ponto de fusão ou que fragilizam o material. Estes são decor-

rentes da segregação de elementos formadores de eutét icos de

baixo ponto de fusão ou que favorecem a precipitação de consti-

tuintes como oxídos, carbetos ou fases intermetalicas durante

a sol idif icação (27 ,29 ,35) . *0 filme líquido ou os precipitados

frágeis submetidos a tensões de contração, que já aparecem em

torno da temperatura em que a maior parte da solda jã está s o l i -

dificada, não resistem e trincam., Elementos como o P e S, o

Page 25: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

15

carbono entre 0,02 e 0,081, o Ti, Nb, Si, Ni, Bo e Cu ativara o

•ecanismo supracitado (27).

Tais fenômenos cabem também para explicar o trincamento

da ZTA, sendo a segregação decorrente do crescimento de grão,

uma vez que a migração do contorno de grão varre as impurezas

em seu caminho, retendo-as- no contorno (27) i Sucessivos ciclos

térmicos durante asoidagem associados a um material de compos^

ção química propicia a formação de carbetps ou fases interraetã-

licas tendem também a favorecer o trincamento na ZTA.

0 problema, entretanto,' pode ser evitado com a diminui-

ção do grau de restrição da solda, para que tensões de contra-

ção sejam minimizadas, e garantindo a composição química do me-

tal fundido com teor de ferrita entre 1 a 8%, visto que esta

é capaz de solubilizar mais impurezas segregadas, tem maior ca-

pacidade a deformação a temperaturas elevadas do que a austeni-

ta, aliviando tensões, e propicia uma granulação mais fina, di-

minuindo mais a possibilidade de formação de um filme frágil ou

de baixo ponto de fusão (26,27). --*_

Pelo que foi mencionado acima a respeito da microestru-

tura e composição química do metal de solda, fica realçada a

importância do mesmo. SCHAEFFLER(36) relacionou-a composição»

química do metal fundido ã sua respectiva microestrutura, expr£

mindo este trabalho sob forma de um diagrama que indica a micr£

estrutura do cordão de solda em função dos elementos formadores

de austenita e ferrita, Ni e Cr equivalentes, possibilitando com

isto previsão do trincamento a quente e ajudando na seleção do

metal de adição mais Indicado. Tal diagrama pode ser visto na

Page 26: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

16

Figura II.8.

II.5 INSTABILIDADES MICROESTRUTURAIS - .

Os aços inoxidáveis austernticos operam, em geral,, em

condições de trabalho submetidos a temperaturas elevados, nas

quais diversos constituintes podem precipitar, vindo muitas ve-

zes, a influenciar de forma significance as propriedades mecânj^

cas desses materiais.

As fases que precipitam nessas ligas são carbetos cujos

mais comuns são o M23C6* ° 6 C e ° C* e íases Intermetãlicas,

sendo as mais importantes a fase Sigma (a), a Chi (x) e a fase

de Laves (n) (37,38,39).

v.

Tais precipitados ocorrem nos aços inoxidáveis austeni-

ticos em diversas faixas de temperatura, e seu aparecimento é

função do tempo de permanência na temperatura, da composição

quTmica da liga e de tratamentos térmicos ou-mecânicos sofridos

previamente pelo metal. ' .'"''.'• •

Dos carbetos, o M 2 3C g S o mais Importante, principalmeji

te por poder vir a acarretar perda de resistência a corrosão iji

tergranuiar (37). Sua precipitação ocorre primeiro nas interfa_

ces ferrita-austenita seguida por rápida precipitação em conto£

no de grão, macias não coerentes e inclusões não metálicas, pos_

teriormente aparecem em macias coerentes e finalmente de forma

Intragranuiar (38).

Page 27: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

17

O M23Cg ê um carbeto de.cromo, que pode ser substituído

parcialmente pelo Fe ou pelo Ho. Em aços contendo Mo, como o

316 e 316L, o-carbeto observado tem sido da forma (Cr,7 Fe^ 5

Mol,5)C6 ou (Cr16 F e5 M o2 > V '

Temperaturas de recozimento elevadas e trabalho :a frio

impostos ao material previamente, aceleram a reação de precipi-

tação deste constituinte. 0 primeiro pode ser atribuído a me-

nor area de contorno, devido ao crescimento do grão, associada

a maior concentração de lacunas. Enquanto o segundo pode ser

explicado pelo aumento de sítios de nucleação, tal como discor-

dancias (38).

Outro carbeto» o MC, aparece nos aços inoxidáveis auste

nTticos estabilizados ao Ti ou Nb como o 321 e o 347. Eles evj.

tarn a corrosão intergranular, uma vez que ao formarem TiC ou

NbC reduzem o carbono da.matriz diminuindo a possibilidade do

^23^6 (^7,37). A precipitação deste carbeto é, em geral, intra

granular e aumenta a resistência da liga a solicitações de

fluência. Ele também precipita intergranuiarmente após tempera_

turas muito elevadas, superiores a 1300°C, o que ocorre em re-

giões de um material soldado, e podem levar a um tipo de corro-

são em meio nítrico concentrado e quente, conhecido como "knife

- edge a t t a c k " ( 2 7 , 3 7 ) . " ." • • ' • . • . , ' •

, ' • • • ' ' - ' i

I

Aços inoxidáveis austeniticos contendo Mo, estão suje i -

tos ao aparecimento do carbeto MgC, em geral associado a preseji

ça de fases intermetãlicas. Sua precipitação se dá principaimen

te ã temperaturas mais elevadas, e l igas ricas em Ni favorecem

sua formação. Normalmente aparece Intragranuiarmente embora for

Page 28: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

18

nação intergranular também seja observada (38).

WEISS e STICKLER (38) determinaram o MgC no aço inox

316 na faixa de temperatura de 650°C para tempos de envelheci-

mento em torno de 1500 h. Os autores sugeriram que o mesmo se

forma a partir do Mo-aCc obedecendo a seqüência M9,C,

(FeCr)21 Mo2 Cg • ° » MgC. Isto i evidenciado pelo atraso da

precipitação, djo M^Cg e fases intermetaiicas como x e x\ quando

ocorre o MCC.

Como já foi mencionado, as fases intermetaiicas mais im

portantes que se formam nos aços inoxidáveis austenTticos são a

fase a, a x e a n. Elas precipitam em uma faixa de temperatu-

ra de 600°C a 1Í5O°C. E as condições para que isto ocorra são

muito complexas dependendo da composição química e da história

termo-mecânica do material (37,38,39).

A fase o- e a mais estidada e discutida, trata-se de um

composto intermetãlico, duro, frágil e não magnético. Sua es-• » • •

truturà cristalina e geralmente tetragonal e-a.presenta freqüen-

temente as seguintes composições químicas: FeCr, FeNo, FeCrMo

(37,38). .

i * •

Esta fase atua de forma significante nas propriedades me

\ cânicas dos aços inoxidáveis á*usten?ticos, sendo seu efeito mais

í característico, o endurecimento e a redução a tenacidade na tem-

peratura ambiente. Este efeito também é sentido a'temperaturas

mais elevadas, até 650°C. Em condições de precipitação onde a

fase a aparece finamente dispersa no interior do grão, pode

Page 29: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

19

ocorrer aumento de resistência .a temperaturas elevadas. Entre-

tanto, para taxas de deformação muito baixas, ao contrario, a

resistência pode ser reduzida (37,40).

Autores evidenciam (37,38,39) que o trabalho a frio tejn

de a acelerar a cinética de precipitação desta fase, e atribuem

tal efeito ao aumento ocorrido na taxa de difusão. Os mesmos

pesquisadores observam que elevadas temperaturas de recozimento,

levando a uma diminuição na tendência desta precipitação, e re-

1 acionam este comportamento ao aparecimento de granulação gros-

seira, resultando em um longo percurso por difusão dos elementos

formadores de o.

A cinética da formação da fase a ainda é muito debatida.

SINGHAL e MARTIN (41), acreditam que esta fase nucleie a partir

da ferrita. Enquanto WEISS e STICKLER (38) afirmam que ela sur

ge da decomposição de carbetos. Atualmente é bem aceito que

a fase a possa também nuclear a partir da austenita do mesmo m£

do que da ferrita (37), podendo cada um destes modos ocorrer de_

pendendo da liga e de condições de precipitação. WEISS e

STICKLER (38) apontam como seqüência de precipitação da fase o: pri-

meiro nos pontos tríplices e contornos de grãc, apÕs muito tem-

po, no contorno de macias incoerentes, e finalmente, nucleiam ijn

tragranularmente e em inclusões de Õxidos. •

As fases x e n são menos documentadas pela literatura.

WEISS e STICKLER (38) constatam precipitação de x em curtos pe-

ríodos de tempo sucedendo a nucleação de carbetos precipitando

Inicialmente nos contornos de grão, a seguir nos contornos de

Page 30: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

20

nacla incoerente e finalmente no interior do grão. Enquanto a

fase n ocorre a partir de tempos bem longos, aparecendo prefe-

rencialmente no interior dos grãos e ocasionalmente nos contor-

nos de grão.

As soldas de aços inoxidáveis austeniticos, na. condição

- como soldados, não contêm normalmente a fase a ou quaisquer pre

cipitados irwtermetãlicos devido as elevadas temperaturas alcan-

çadas, capazes de dissolver tais constituintes, e ao rápido res

friamento, retendo as estruturas existentes nas temperaturas e-

levadas. Entretanto, a estrutura particular da zona fundida pode fa-

cilitar a formação de compostos intermetálicos, uma vez que a

segregação durante a solidificação, pode enriquecer o metal fundi-

do em elementos formadores de ferrita e possibilitar a formação da fase o.

Desta forma, processos de snultipasses poderá gerar o aparecimento destas fases

tanto no metal de solda como na ZTA (27).

II.6 MECANISMOS DE DEFORMAÇÃO E FRATURA

As varetas de elemento combustível, principalmente em

reatores rápidos, trabalham em. condições de temperatura e pres_

são, as quais fazem com que fiquem submetidas a fluência. Des_

te modo, este tópico trata dos mecanismos de deformação e fratu

ra em fluência.

Um metal pode ser deformado plasticamente por vários ine

canismos distintos e independentes que são competitivos, sendo

a temperatura e as tensões aplicadas os fatores que determinam

qual o dominante. Normalmente eles podem ter seu comportamento

Page 31: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

representado por equações matemáticas exponenciais e seus cam-

pos de atuação delineados pelos mapas de mecanismos de deforma-

ção. Os mecanismos que controlam o comportamento mecânico em

fluencia são abaixo descritos:

Deslizamento de discordâncias. Este mecanismo ocorre devido a

.movimentação das discordâncias tia rede desde que as tensões a-

plicadas sejam superiores a tensão de liberação, que é devido a

interação discordâncias com outras ou com átomos de solutos, la_

cunas, interstícios ou precipitados (42,43,44). A tensão neces^

sár.ia para a movimentação das discordâncias ê proporcional a

Gb/c, onde c i o espaço médio entre obstáculos, b o vetor de

Burgers e G o módulo de cisalhamento. E a equação constitutiva

adotada (42) é: \

ou

c = ê_ exp - • b»a se o/G >0 KT ~

ê * O se o/G < o0/G

onde: K é a constante de Boltzmann, t a temperatura absoluta, a

área de ativação, afl é a tensão de libi

exponencial que e igual a ê se * Gb/c.

área de ativação, aQ é a tensão de liberação e c o termo pré-

Fluênda por difusão. Neste mecanismo os, contornos de grão são

considerados como fontes e eòrvedouros de lacunas em altas tem-

peraturas, e a difusão de lacunas parte de regiões onde prevalje

cem tensões de tração para as regiões sob compressão, o que faz

com que o grão se alongue na direção de tração aplicada. A

equação constitutiva empregada (43; é:

Page 32: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

22

,4 20 . _L Dv (1 • Ü" 4KT d2 v d D

onde o é a tensão, íí o volume atômico, d o tamanho de grão, D y

coeficiente de difusão volumetricô, D» coeficiente de difusão

do contorno de grão e AD a seção transversal efetiva de um-con-\

torno de grão para transporte difusionai. De acordo com a tra-

jetoria do fluxo de lacunas pode-se caracterizar dois mecanis-

mos distintos de fluência por difusão, que são o mecanismo de Nabarro-

Herring e o de Coble, no primeiro a trajetória preferencial i

pelo interior do grão enquanto no segundo é pelo contorno des-

te (42,43,44). '

Fluência por discordância. A temperaturas acima de 0,5 Tm (Tm=

temperatura absoluta de fusão) e tensões relativamente altas,as

discordancias se movem controladas por escalagem, onde as lacu-

nas difundem-se para os semi pi anos das discordancias que apre-

sentam orientação paralela a tensão de tração aplicada. Este

mecanismo, ao contrário do de deslizamento de discordancias, é

controlado por difusão e a taxa de deformação não e função li-

near da tensão como é freqüentemente observada na fluência por

difusão (42,43,44}. Sua equação constitutiva ê (42):

KT

onde A e n são constantes, y modulo de cisaihameirto.

Page 33: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

23

Um mapa de deformação mostrando os mecanismos que atuam

preferencialmente nas condições especificas de temperatura e

tensão 5 ilustrado na Figura II.9.. À Figura 11.10 ilustra os

mecanismos descritos anteriormente.

Como visto anteriormente, um metal quando submetido a

'uma tensão aplicada, pode' se deformar por diversos modos, da

mesma forma existem vários mecanismos em fluência que podem le-

var o material a fratura. Eles são basicamente em número de

quatro: fratura dúctil, fratura transgranular por fluência, fra

tura intergranular por fluência e ruptura dúctil, e podem ocor-

rer isoladamente ou em conjunto, dependendo das condições de

temperatura e tensão a que o material esta submetido. A Figura

LI.11 ilustra tais mecanismos, que serão comentados a seguir.

\ .

Fratura dúctil. Este mecanismo ocorre com nucleação e cresci-

mento de vazios nas inclusões, que quando suficientemente gran-

des coal escem levando o material a fratura.

Nas inclusões duras, que resistem ã .deformação, hã con-

centração de tensões que se elevam com o prosseguimento da de-

formação da matriz ate que, ao se alcançar um valor critico, e£

sas tensões sejam relaxadas pelo trincamento das inclusões ou

pela forr.?ção de vazios nas interfaces inclusãp/matriz. Os

vazios assim nucleados crescem ate que um determinado nível de

deformação seja atingido, no qual a plasticidade torna-se loca-

lizada, os vazios coaiescem e a partir da?, pouca, elongação o-

corre até a fratura. Normalmente, este tipo de fratura apreser»

ta um modo transgranular, mas se a densidade de inclusões ou

vazios pré-existentes e mais alta no contorno de grão, ela pode

Page 34: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

24

ocorrer intergranularmente.

Fratura transgranular e intergranular por fluincia. A fratura

transgranuiar por fluencia ocorre de maneira Idêntica a fratura

dúctil, so que a temperaturas acima de 0,3 Tm (onde Tm - tempe-

ratura absoluta de fusão) o metal então sofre fluincia»* o ' que

tende a diminuir as tensões internas e estabilizar o escoamento

retardando respectivamente a nucleaçao e coalescência de vazios.

Com tensões mais baixas e tempos de fratura maiores, observa-se

que o modo de fratura passa de transgranular para intergranular.

A literatura (44,45,46,47) classifica este modo de fratura em

dois tipos, intergranular por trincas em aresta, e por cavidades

lenticuiares. A primeira prevalece em condições de temperatura

e tensão relativamente mais elevadas que a segunda.

Na fratura por trincas em aresta, a nucleaçao e o cres-

cimento das trincas ocorre por deslizamento de contornos de

grão. A nucleaçao ocorre em pontos tríplices devido a concentra

ção de tensões nessas regiões, promovida pelo deslizamento de

contornos que se apresentam formando normalmente um ângulo de

45° com a direção de tração,* como ilustrado na Figura 11.12. As

trincas crescem então em contornos formando agora um ângulo de

90° com a direção de tração. _ ' * - . •

As cavidades lenticulares nucieiam-se em irregularida-

des ao longo do contorno de grão, tais como inclusões ou segun-

das fases. Nestas irregularidades, devido ao deslizamento de

contorno, se concentram tensões que podem promover localmente a

decoesão propiciando a nucleaçao de cavidades. Um modelo deste

Page 35: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

25

processo encontra-se esquematizado na Figura 11.13. Segundo

este modelo de BEERE et aiii (48), a nucleação ocorre pelo meca

nismo de fluência por discordância, sendo o crescimento do va-

zio um processo conjunto de fluência por difusão e por discor-

dância, com o decréscimo de tensão e temperaturas elevadas o

crescimento pode ocorrer somente por difusão.

Ruptura dúctil. A temperaturas elevadas o mecanismo de ruptura

dúctil pode ser acionado. 0 material tracionado, ao se tornar

mecanicamente instável, apresenta uma deformação localizada fo£

mando um pescoço que progride ate que a área da seção transver-

sal se anule. ASHBY et alii (45) ressaltam que para que o pro-

cesso ocorra, e necessário que a nucleação de vazios seja supri^

mi da, ou caso porventura nucleados, não haja coaiescimento. A

recristalizaçao dinâmica, que permite uma intensa relaxação de

tensões junto as inclusões, é o mecanismo que freqüentemente con

duz os materiais comerciais ã fratura por ruptura dúctil.

Page 36: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

26

CAPITULO III

MATERIAIS E MÉTODOS

III.1 MATERIAIS .

• • .

Foram utilizados para a realização do trabalho, tubos

de aço inoxidável austenitico AISI 316, sem costura, com encrua_

mento na faixa de 20%, apresentando diâmetro externo de 8 mm e

espessura de parede de 1 mm, cortados em seções'de 50 mm de com

primento, bem como barras de material similar com 8 mm de diâtne

tro que foram usinadas para a confecção dos pinos tampão. As

composições quTmicas respectivas são vistas na Tabela III.1.•*\

Foram utilizados dois projetos de pinos denominados

ocos e compactos e cujas dimensões são vistas na Figura III.1.

Uma variação do desenho do pino compacto, possuindo em suas ex-

tremidades adoçamento e rosca-, respectivamente, também foi em-

pregado visando os ensaios mecânicos e i apresentado nesta mesma

Figura.

Para a realização da so Ida gem,- utilizou-se o processo

TIG autõgeno, sendo empregada uma máquina Linde modelo UCC 350.

0 processo foi automatizado com t utilização de um dispositivo

eletrônico que permitia o controle de tempo de subida, patamar

é queda de corrente, auxiliado por um sistema composto de dois

pequenos tornos mecânicos em que um deles, acoplado a um motor,

garantia a velocidade de rotação com o tubo fixado pela placa

Page 37: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

27

de castanha e o pino apoiado pela contraponta, o outro, posici£

nado paralelamente a este, servia como porta tocha, permitindo

com precisão adequada seu movimento vertical, horizontal e angji

lar. 0 equipamento descrito ê mostrado nas Figuras III.2- e

III.3.* • #

III.2 ENSAIOS PRELIMINARES

As medidas dos tubos seccionados e dos pinos usinados fo

ram verificadas por meio de um projetor de perfis, dado a nece£

sidade de um ajuste perfeito entre as duas peças para diminuir

a possibilidade de defeitos na solda. Uma vez limpos e desen-

graxados com acetona durante cinco minutos em aparelho de 1imp£

za ultrasônica, os pinos e tubos manuseados com luvas de algo-

dão eram encaixados e posicionados no sistema de soldagem. Apôs

esta operação, as soidas eram realizadas utilizando-se para tal

um eletrodo de tungstenio tori ado de 1,6 mm de diâmetro e argõ-

nio como gás de proteção a um fluxo de 20 //min, variando-se os

seguintes parâmetros:

- numero de rotações: 1 e 2

- velocidade de rotação': 10, 15 e 20 (rpm)

- tempo de soldagem: 3, 4, 6, 8 e 12 (s)

- corrente de soldagem: 15, 20, 25 ..., 60 (A)

- comprimento do arco: 0,5, 1,0 e 1,5 (mm)

- - posição do eletrodo em relação ã junta: 0,0*e 0,2 (mm)

- voltagem: 10, 11, 12, 13 e 14 (V)

Tais parâmetros combinados permitiram a execução de 55

soldas para cada tipo de pino. Aqui cabem certas explicações

Page 38: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

28

ã respeito dos parâmetros de soidagem, para melhor compreensão

do procedimento. Por número de rotações denominou-se o número

de giros efetuado pelo tubo na corrente real de soldagem. Por

tempo de soldagem, o tempo no qual esta corrente foi mantida,

cumprindo lembrar que sempre a subida e a queda da corrente se

realizaram cada uma na metade do tempo para que uma rotação fos_

se efetuada. Assim, a solda com uma rotação realizou meio giro

para subida de corrente, meio para descida e um giro na corren-

te real de soldagem, e a solda com duas rotações realizou meio

giro para subida, meio para descida e dois na corrente de so1da_

gera. A Figura II1.4 complementa a explicação. Foram utiliza-

das duas posições de eletrodo em relação ã junta, uma com o el£

trodo sobre a mesma e outra 0,2 mm deslocado em direção ao pino

como ilustrado na Figura III.5. Quanto ã regulagem do com-

primento do arco esta era feita tocando-se o eletrodo na pe-

ça e através do avanço do torno, este era suspenso até a medida

desejada, o que era confirmado por um calibre de lâminas.

III.3 SELEÇÃO DOS PARÂMETROS IDEAIS

Realizadas as 110 soldas preliminares, estabeleceu-se o

critério para a seleção daquela que apresentaria os parâmetros

ideais. Tal critério foi baseado nos seguintes itens:

- ausência de defeitos após exames visual e metalogrãfi^

co;

- penetração maior que a espessura do tubo ao longo de

todo o cordão;

Page 39: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

29

- maior relação entre a penetração e largura de cordão.

Para tanto» os corpos de prova soldados, após Inspeção,

visual, foram seccionados longitudinalmente, com auxilio de má-

quina de corte Discoton no ponto de extinção do arco. 0 01 ti-

•o foi escolhido por ser local de fácil identificação devido ao

àfinanento do cordão. A s-eguir, tais amostras foram preparadas

de maneira adequada, para que observações metalogrãficas e medi^

das de penetração e largura fossem efetuadas.

A fim de se examinar a reprodutibilidade do processo e

a garantia da solia escolhida, foram executadas 20 soldas com

os parâmetros selecionados. As mesmas foram submetidas a teste

de estanqueidade por fuga de gas Hélio com o emprego de um

Mass Spectrometer Leak Detector - Varian 925-40 com vácuo de

10 militorr. Também procedeu-se a exames de Raios-X, para os

quais foi necessária a utilização de un bloco compensador de a-

ço inoxidável austenTtico de modo a melhorar a resolução radio-

grafica. Tal procedimento permitiu o perfeito contacto entre a

peça e o filme, o que não e possível com tubos.de pequeno diãme_

tro. Cada amostra era radiografada duas vezes a fim de que o

vértice da elipse correspondente ao cordão de solda, que não

permitia análise na primeira radiografia, fosse examinado na se_

gunda, efetuada apôs uma rotação de 90° da amostra. A Figura

Hi.6 Ilustra os fatos e as condições dos exames são mostradas

na Tabela III.2.

Devido a constatação de diferenças de penetração ao lo£

go do cordão de solda após o seccionamento das amostras prelinrT

Page 40: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

30

nares. deliberou-se verificar sua variação ao longo do mesmo sen

do para isto tomados 4 dos 20 corpos de prova anteriormente em-

pregados na verificação da reprodutibilidade do processo, que

foram seccionados longitudinalmente, com disco de diamante evi-

tando perda de material no corte e garantindo precisão. As amos

trás foram cortadas da seguinte forma: o primeiro corte reali-

zado no ponto de extinção do arco e os três seguintes a 45°, 90°

e 135° em relação ao primeiro, como verificado pela Figura

III.7. Após este procedimento, as quatro amostras foram lixa-

das, polidas e atacadas, fornecendo cada uma delas duas regiões

de modo que as 8 medidas de penetração e largura fossem efetua-

das. •

III.4 PREPARAÇÃO DE CORPOS DE PROVA

. Determinadas as condições ótimas de soldagem e verifi-

cada a sua reprodutibilidade, procedeu-se ã confecção de 40 co£

pos de prova, com os parâmetros escolhidos, para análise micro-

estrutural, ensaios de tração, ensaios de fluência e determina-

ção de microdureza, sendo todos devidamente radiografados após

a soldagem. Para a execução destes corpos de prova, fez-se ne-

cessário um furo vazante em um dos pinos de sua extremidade, de

modo a evitar pressão interna e possibilitar a execução da sol-

dagem. A Figura III. 8 ilustra o corpo de prova.

Do lote confeccionado, 20 corpos dé prova foram encapsu_

lados em um cilindro de aço inoxidável no qual se fez vácuo até

2xlO"2 torr 1ntroduzindo-se a seguir gás Hélio, sendo então a

Page 41: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

31

extremidade selada. Este encapsuiamento foi executado com

lio de uma campanula de atmosfera inerte, desenvolvida no IEN.

Tais amostras-sofreram tratamento térmico de envelhecimento na

temperatura de serviço do componente, seja 650°C, em um 'forno

Heraeus modelo KR-17O, permanecendo no mesmo por 1000 h, apôs* -

o que foram retiradas e resfriadas em água.

III.5 TÉCNICAS DE MICROSCOPIA

Foi realizada analise microestrutural por microscopia £

tica, em microscópio Zeiss Microvideomat II, das soidas prelimj^

nares, bem como de corpos de prova soldados com cs parâmetros

escolhidos, sem tratamento térmico e envelhecidos. Para tanto,

as amostras eram seccionadas, embutidas, lixadas até lixa 600 e

polidas mecanicamente com pasta de diamante até 1/4 u, para en-

tão serem atacadas. As amostras não tratadas sofreram ataque

químico em água regia diluTda e eletrolTtico em solução de áci-

do nTtrico e de ácido crômico. As envelhecidas foram atacadas

com água regia diluTda e em seguida com reagente de Murakami,

sendo também utilizado ataque eletrolTtico com ácido crômico.

Tais reagentes e as condições empregadas encontram-se especifi-

cados no Anexo I. . . •

Para Identificação de precipitados nos corpos de prova

envelhecidos, empregou-se técnica de difratografia por Raios-X,

para Isto as amostras tiveram a região da ZTA e metal fundido,

separadas do restante do corpo de prova e dissolvidas em solu-

ção de ácido clorídrico 5% em cuba eletroiTtica. A seguir, cejV

trifugou-se a solução e no material colhido, procedeu-se o exa-

Page 42: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

32

pe por Raios-X.

Os corpos de prova rompidos nos ensaios de tração

e fluencia, também foram observados microscopicamente para a de.

terminação do modo e local de ..fratura. Para a constatação do• . . .

modo de fratura, as superfícies rompidas foram analisadas em um

microscópio eletrônico de varredura ETEC Corporation modelo Aü

toScan. 05 o local de fratura foi. verificado, apôs secciona-

mento e preparação das amostras, por microscopia Õtica.

III.6 ENSAIOS MECÂNICOS

Os ensaios mecânicos utilizados nos corpos de prova não

tratados termicamente e nos envelhecidos foram: tração, fluen-

cia e microdureza.

Os ensaios de tração foram realizados em duas tempera tu

ras, 25°C e 650°C, com o componente como soldado e envelhecido,

sendo usados cinco corpos de prova em cada condição. Para tal

utilizou-se uma maquina universal de tração Instron modelo TTDM,

empregando-se uma velocidade de fonte de 0,05 cm/min. Os en-

saios a 650°C foram realizados em um forno tubular Instron TTDM

com proteção interna de argônio. .0 tubo como recebido também

foi submetido a ensaio de tração segundo a norma ASTM E8-81 (49).

Os testes de fluencia foram realizados, a carga constajn

te, em uma maquina de fabricação WPM modelo ZST 2/3 que possui

três postos de ensaio, cada um composto de forno e sistema de .

carga próprio. Foram feitos oito ensaios, quatro na condição

Page 43: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

33

de como soldado e quatro envelhecidos, todos realizados a temp£

ratura de 650°C, sendo empregado sempre o mesmo posto. A temp£

ratura era obtida através de um potenciômetro ligado a três te£

nopares posicionados próximos â superfície do corpo de prQva ao

longo do mesmo, a diferença de temperatura entre os termopares

das extremidades nunca ultrapassou ± 3°C. .

Medida^ de microdureza foram realizadas em um Banco Me-

talogrãfico Reichert MeFp com penetrador de diamante tipo Vic-"

kers,a uma carga de 30 g em amostras previamente atacadas. Fo-

ram, tomadas medidas ao long"o do corpo de prova como soldado e

envelhecido, nas regiões do tubo, ZTA, metal fundido e pino,com

quinze impressões por zona.

Page 44: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

34

CAPITULO IV

RESULTADOS

_JV.l ENSAIOS PRELIMINARES E SELEÇÃO DOS PARÂMETROS\

m

O equipamento de soldagem TIG empregado, permitiu a rea

lização das soldas nas diversas condições pré-estabelecidas., ga_

rantindo a eficiência do processo. • -

. Por observações efetuadas nas soldas preliminares:, verj^

ficou-se que dentre os dois projetos de pino empregados, aque-

le dito compacto, apresentou melhores resultados do que o deno-

minado oco, sendo por isto selecionado para a seqüência de expe_

rimentos.,

Com base nos dois critérios anteriormente mencionados,

ausência de defeitos apôs exames visual e metaiogrãfico, e pene

tração maior que a espessura do tubo ao longo de todo o cordão,

elaborou-se a Tabela IV.1 que apresenta os melhores resultados

obtidos entre todas as soldas efetuadas com pinos compactos.. A

partir desta tabela, levando-se em conta o 39 critério, de

maior relação penetração/largura, selecionou-se a solda S,oo que

apresentou os parâmetros ideais.

A titulo de Informação, os parâmetros de todas as sol-'

das efetuadas, suas penetrações e larguras de cordão, bem como

a Ilustração de alguns defeitos ass ciados as condições de sol-

Page 45: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

35

da gem, encontram-se no Anexo II..

Escolhidos os parâmetros de solda» vinte corpos de pro-

va para teste de reprodutibilidade foram preparados soldados eÍ:

submetidos a exames ,de Raios-X, sendo constatada falha de pene-

tração em um deles, e porosidade em dois outros. As amostras

restantes foram submetidas a teste de estanqueidade não sendo

detectado fuga de Hélio em nenhum dei es. Estes resultados nos

permitiram considerar satisfatória a reprodutibilidade de pro-

cesso e a garantia dos parâmetros escolhidos.

A verificíção da penetração ao longo do cordão, foi fej^

ta através de quatro amostras seccionadas, dos corpos de prova

do teste de reprodutibilidade, e seu resultado pode ser visto

na Figura IV.1. Nesta, observa-se uma região de menor penetra-

ção, onde se localiza o ponto de extinção do arco, e outra de

maior penetração, simetri-camente oposta'a esta.

IV.2 PREPARAÇÃO DE CORPOS DE PROVA ---

Os quarenta corpos de prova confeccionados visando os

ensaios metalograficos, de tração e de fluência foram todos ra-

diografados, tendo-se constatado ausência de defeitos, o que

fortalece o resultado do teste de reprodutibil idade. Dentre es_

tes, vinte foram submetidos a tratamento térmico de envelheci-

mento durante 1000 h a temperatura de trabalho, 650°C. A efic£

cia do ecapsulamento efetuado nas amostras tratadas termicamen-

te foi comprovada, pois as mesmas não apresentaram oxidação su-

perficial além de manterem suas dimensões compatTveis com as

Page 46: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

36

iniciais.

IV.3 ANALISE METALOGRÃFICA - '

O aspecto metalogrãfico de corpos de prova soldados, sem

tratamento térmico é observado nas Figuras IV.2 a IV.12. A con-

formação do cordão de solda é* visualizada na Figura IV.2, cujo

ataque com água regia diluída revelou apenas a estrutura do cor

dão. Esta permite que se note a região de contacto tubo/pino a_

parecendo como um entalhe na solda. 0 ataque eletrolitico em

solução de ácido nTtriço, permitiu as observações seguintes. As

Figuras IV.3 e IV.4 detalham a mieroestrutura do metal fundido

apresentando grãos colunares adjacentes ao metal de base e equj^

axiais ao centro. Observou-se também, empregando-se o reagente

ãgüa regia ou ácido crômico, Figuras IV.5, IV.6 e IV.7, ferrita

no metal fundido, principalmente na linha de fusão. A estrutu-

ra da ZTA aparece nas Figuras IV.8, IV.9 e IV.10, evidenciando

duas granuiações, uma grosseira junto ao metal fundido e outra

fina mais afastada. Finalmente, a estrutura do metal de base

i mostrada na Figura IV.11 atacada em ãguá regia e a .- Figura

IV.12 revela seu aspecto quando atacada com ácido crômico. .

A amostra tratada termicamente é apresentada em uma vi£

ta geral na Figura IV.13. Pela análise microgrãfica desta amo£

tra atacada em água regia diluída, constatou-se o aparecimento

de precipitados no metal de base, em contorno e Interior de

grãos e macias, provavelmente carbetos de cromo dos tipos I^Cg

ou MgC, Figuras IV.14 e IV.15, e na ZTA são possivelmente carbe

tos e fases intermetálicas a ou n» Figuras IV.16 a IV.19. Pre-

Page 47: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

37

cipitação no metal fundido também foi verificada, sendo identi-

ficada como fase o e ferrita indicada nas Figuras IV.20 e

IV.21.

* Para verificação destes precipitados empregou-se um a-

taque diferencial com Murakami apôs a água regia, e realizou-se

'analise por difração de Raios-X. Seus resultados podem seri

observados nas'Figuras IV.22 e IV.23, que mostram a região da

ZTÀ e linha de fusão, apresentando precipitados coloridos de'

azul, confirmando fase a, e o difratograma obtido a partir do

metal fundido e ZTA, determinando tais precipitados como sendo

fase a do tipo FeCrNo e carbetos Cr23C6* na Figura IV.24.

As. Figuras IV.25, IV.26 e IV.27 apresentam uma compara-

ção entre as microestruturas dás amostras como soldadas com as

envelhecidas, submetidas a ataque eletrolTtico com ácido crõrai-

co. Estas realçam as diferenças existentes entre estas amos-

tras, revelando no corpo de prova como soldado apenas macias,

tanto no metal de base como na ZTA, enquanto a amostra envelhe-

cida aparece de modo bem diferente, mostrando^ várias granulações

e evidenciando a presença de precipitados.

IV.4 ENSAIOS MECÂNICOS

Foram realizados ensaios mecânicos de tração a 25°C e

650°C nos corpos de prova envelhecidos e como soldados bem como

no tubo como recebido. Os resultados são apresentados na Tabe

Ia IV.2 e a Figura IV.28 mostra sua representação gráfica a fim

de facilitar a visualização. As o servações feitas foram:

Page 48: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

38

- os valores de óv e oD para o tubo, a 25 C, são bem

superiores aos de Or. (limite de escoamento do componente) e

oR, dos componentes como soldado e envelhecido;

- os ensaiqs de tração a 25 C apresentaram o E C e oR S£

periores aos dos ensaios realizados a 650°C;

- ã temperatura ambiente, ov* e oR do componente envelhe

ei do foram superiores aos do componente como soldado;

- a 650°C, 0pp do componente envelhecido foi superior ao

do como soldado, mas oR foi inferior.

Os ensaios de tração a 650°C dos componentes como solda_

dos permitiram a observação do mecanismo-de envelhecimento din£

mico indicado na Figura IV.29.

Os resultados dos ensaios de fluência são observados na

Tabela IV.3. Com base nestes, obteve-se um grafico tempo ver-

sus tensão, que fornece a vida ã ruptura do" componente como soj^

dado e do envelhecido, a temperatura dè 650°C, mostrado na Figjj• • *

ra IV.30. Este indica uma diminuição da vida ã ruptura do com-

ponente envelhecido.

Os resultados de microdureza obtidos nos corpos de pro-

va como soldado e envelhecido, aparecem no perfil de microdure-

zas, Figura IV.31. Nesta, observa-se que os valores de dureza

são superiores, em todas as regiões, para o corpo de prova enve_

lhecido em relação ao como soldado. Em ambas as condições, co-

Page 49: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

39

Bo soldado e envelhecido, a ZTA apresenta um nível.de dureza bem

inferior ao do metal de base, aproximadamente 50% e 30X respec-

tivamente. Observou-se também que no corpo de prova como sold,a

do, o metal fundido apresentou dureza inferior a ZTA, enquanto

no envelhecido a situação foi inversa.

IV.5 LOCAL E MODO BE FRATURA

Observações metalográficas e fratograficas foram as tec

nicas empregadas para a determinação do local é do modo de fra-

tura ocorrido nos ensaios de tração é fluincia do componente co

nó soldado e envelhecido. Nos ensaios de tração realizados no

componente como soldado nas temperaturas de 25°C e 650°C, as

amostras romperam aparentemente no metal fundido, como indica a

microestrutura vista nas Figuras IV.32 e IV.33. A superfície de

fratura dessas amostras apresentou um modo de fratura caracteM.

zado pela formação de microcavidades, que estão ilustradas nas

Figuras IV.34 a IV.36. A Figura IV.36, que corresponde a supe£

ficie de fratura do componente tracionado ã 650°C, evidencia a

presença de precipitados no interior dessas microcavidades. Uma

análise pelo EDS (Energy Dispersion System} em um desses preci-

pitados indicou uma composição aproximada de: 49% Fe, 46% Cr.,

n Mo e 2% Ni.

A fratura dos componentes envelhecidos, tracionados em

ambas as temperaturas, ocorreu na ZTA evidenciado pela microes-

trutura do loca! rompido nas Figuras IV.37 e IV.38. Nestas a-

mostras, o exame da superfície de fratura indicou um modo inte£

granular, Figuras IV.39 e IV.40, onde se notam os grãos e em

Page 50: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

40

sua superfície a formação de pequenas microcavidades.

Dos corpos de prova rompidos em fluência, quatro foram

examinados quanto ao modo e local de fratura: dois como solda-

dos o dois envelhecidos, sendo correspondentes ao maior e menor

tempo de ruptura.

A observação do local de fratura dos corpos de prova co_

no soldados indicou que os mesmos romperam de um lado do tubo

na ZTA, e, no lado simetricamente oposto a este, na ZTA e no

metal fundido, como indicam as microestruturas vistas nas Figui

ras IV.41, IV.42 e IV.43. Foram observados também, o apareci-

mento de trincas superficiais intergranuiares junto a parede do

tubo na região da ZTA, indicadas nas Figuras IV.44 e IV.45,tr|n

cas intergranuiares em aresta na ZTA, Figuras IV.46 e IV.47, e

vazios no metal fundido, Figuras IV.41.b, IV.42.b, IV.43.b e

IV.48. Estas amostras indicaram aparentemente um modo de fratu

ra misto jã que sua superfície de fratura expõe microcavidades e

superfícies de grão como pode ser visto nas Figuras IV.49 e

IV.50. A Figura IV.51 mostra o modo de fratura em uma região a

180° do local observado na figura anterior.

0 local de fratura observado nas amostras envelhecidas,

mostrou apenas a microestrutura da ZTA, Figuras IV.52 e IV.53.

Nestas amostras, o modo de fratura foi caracterizado pela forma,

ção de microcavidades e vazios como se observa nas Figuras

IV.54 e IV.55.

Page 51: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

41

DISCUSSÃO

.Y.I PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM E SELEÇffO DE .PARÂMETROS\ • • • -

O equipamento de soldagem TIG automático, desenvolvido

no IEN, para a realização de soldas para sélagem de varetas cem

bustTveis, mostrou-se eficiente, uma vez que forneceu precisão

dos parâmetros pri-estabelecidos: velocidade de rotação, tempo

de corrente para soldagem e altura do eletrodo. Inicialmente,

entretanto, foi caracterizado um descontrole do dispositivo elje

trõnico de regulagem de tempo de subida, patamar e queda de co£

rente, devido a influência de um campo eletromagnético da fonte

TIG sobre o dispositivo. Tal problema foi eliminado com a uti 1J.

zação de supressores de ruídos e por mudança no posicionamento

dos cabos da tocha e do terra.

A corrente empregada na execução das soldas em questão

foi continua com polaridade direta como recomendada para aços

Inoxidáveis (26,27,28). 0 gás de proteção argõnio foi usado

por ser aconselhável para materiais de pouca espessura, já que

permite estabilidade de arco em correntes mais baixas devido

ao seu maior potencial de ionização e por seu preço mais acess^T

vel (26,27). 0 fluxo de gás de proteção usado, de 20 Z/min, foi

estabelecido apôs experimentos com vazão te 10 e 15 l/min em

que se notou que o material apresentava-se ligeiramente mais e£

curecido. 0 aumento para 20 t/min melhorou este aspecto alem

Page 52: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

42

de continuar mantendo a estabilidade de arco.

A realização das soldas preliminares permitiu considera

veis observações a respeito deste processo de soldagem nas con-

dições em questão. Diversos projetos de pinos tampão têm sido

Empregados de acordo com as necessidades de projeto de fabri-

cação (25).

0 projeto do pino oco foi utilizado visando evitar pos-

síveis problemas associados a soldagem de peças de grande dife-

rença de massa, passível de ocorrer na vedação de varetas com-

bustíveis, como menciona 6.6. LESSMANN (31). Este tipo de pro-

blema, entretanto, não se apresentou na soldagem dos pinos com-

pactos no presente trabalho. Os ocos entretanto apresentaram-

se mais sensíveis aos parâmetros de soldagem bem como fabrica-

ção mais onerosa. Além disto, observoü-se também que nos en-

saios de detecção de defeitos por Raios-X, pela técnica emprega

da, seu Vazio interno impressionava o filme, tendendo a camu-

flar imperfeições por ventura existentes, tornando deste modo

esta técnica não destrutiva de detecção de defeitos, ineficien-

te. 'Tal diferença entre o pino oco e o compacto pode ser obse_r

vada através da radiografia destes pinos encaixados ao tubo sem

estarem soldados, Figura V.l.

MISHIMA (50) e DE KLEVER (32), trabalhando com soldagem

T1G empregaram também pinos compactos, embora não forneçam a

razão de sua escolha.

Page 53: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

43

Autores belgas (33) concluiram em sua pesquisa que a u-

tilização de pinos ocos era ideal» pois reduzia as tensões de

contração evitando o problema de trincas a quente verificado pa_

ra pinos compactos, problema este inexistente no presente* estu-

do.

.-~\ Verificou-se também a importância do posicionamento do

eletrodo em rSiação â junta, devido ã diferença de massa das

duas peças, pinos e tubo, com conseqüente diferença no seu es-

coamento de calor. Desta forma, o posicionamento do eletrodo dj

retamente sobre a junta, acarretou fusão exagerada do tubo, pro

vocando, na grande maioria, afundamento superficial do cordão.

0 deslocamento do eletrodo de 0,2 mm, em relação ã junto, para

o lado do pino apresentou melhores resultados, diminuindo a.

incidência de afundamento superficial. A diferença do escoamen

to térmico no tubo e no pino foi constatada por MISHIMA (50) a-

través de medidas efetuadas por meio de termopares inseridos em

cada um destes componentes, sendo estabelecidos diagramas onde

observou-se que a transferência de calor para o tubo i mais rã-

pida do que para o pino, acarretando uma região fundida no tu-

bo maior que no pino. Esta constatação serviria para apoiar o

procedimento com eletrodo mais deslocado sobre o pino.

Autores americanos (32) investigando este assunto, tam-

bém consideraram mais adequado o posiciQnamento do eletrodo des

locado sobre o pino do que exatamente sobre a junta.

.- ' , \

As soidas preliminares foram examinadas e, de acordo com

critério anteriormente mencionado, selecionou-se parâmetros coji

siderados ideais.

Page 54: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

44

Os critérios de ausência de defeitos apôs exames visual

e metalográfico» e penetração maior que a espessura do tubo ao

longo de todo o cordão, utilizados na elaboração da Tabela

IV.1» foram adotados por considerar-se tais quesitos, necessá-

rios para a garantia da juntapdado as exigências de segurança

do componente, em vista de sua aplicação e condições de serviço.

\

0 critério de maior relação P/L, utilizado para escolha

dos parâmetros ideais, foi adotado levando-se em conta que cor-

does apresentando esta conformação, seja lados mais paralelos,

diminuem possibilidades de empeno por distribuirem mais simetr^

caáente as tensões residuais (51). Alem disso, de modo geral,

soidas com estas características são resultantes de processo de

aporte térmico mais baixos. A solda escolhida não apresenta o

menor aporte térmico, como se observa na Tabela IV.1, porem gji

rante penetração ao longo de todo o cordão.

. Embora sol das efetuadas com uma rotação não tenham apre

sentado defeitos, a escolha dos parâmetros, baseada nos crité-

rios mencionados acima, recaiu em uma solda com duas rotações.

PAPELEUX (33) e DE KLEVER (32) no entanto, por encontraram defeitos

do tipo trincas a quente e vazios de solidificação em soidas rea

lizadas com somente uma rotação, recorreram ã segunda, que d1mJ_

nulu os problemas anteriormente observados, o que foi explicado

pelo resfriamento progressivo do cordão possibilitando uma sol^

dificação homogênea e acomodação das tensões. Ambos, entretan-

to, trabalharam com materiais susceptíveis a este problema, o

primeiro com aços estabilizados ao Ti òu Nb, e o segundo com o

Page 55: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

45

316, 20% deformado a frio» cujo cálculo de Ni e Cr equivalentes

do tubo e pino indicaram pelo diagrama de De Long, um metal de

solda completamente austenítico. Este não foi o caso no presejrç

te trabalho, em que a composição química fornece um metal fundi^

do com um percentual em torno de 52 de ferrita, como pode ser

visto pelo diagrama deSchaeffler, na Figura II.8, diminuindo a

possibilidade de ocorrência deste defeito.. Deve-se observar pojr

tanto, a importância da seleção dos materiais empregados, que.

podem ser especificados de modo a contornar o problema de trin- *

camento a quente.

Os resultados da verificação dá reprodutibilidade do

processo pela execução de vinte soldas, com os parâmetros esco-

lhidos, foram considerados satisfatórios, uma vez que apenas

três defeitos foram detectados pelo exame de Raios-X. Dentre

estes observou-se um com falta de penetração, atribuída possi-

velmente a dois fatores: uma variação ocasional de amperagem da

fonte de corrente ou um ajuste inadequado do comprimento do arco.

Os dois outros corpos de prova apresentaram porosidade, que po-

deria estar relacionada a falta de ajuste entre o tubo e o pino,

como sugerem trabalhos de YOSHIDA (34) e DE KLEVER (32), passí-

vel de ocorrer a despeito de todos os cuidados com a usinagem e

a precisão dimensional dos pinps.i

A Figura IV.1 mostra como a variação da penetração oco£

re ao longo do cordão de solda indicando o ponto de extinção do

arco como o local de penetração mínima. Esta variação da pene-

tração seria decorrente do procedimento de soidagem utilizado,

aonde o ponto de extinção do arco teria sido aquele que recebeua menor quantidade de calor durant. a soldagem. Uma analogia

Page 56: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

46

coro o trabalho de MISHINA (50), onde pode-se concluir que a pe-

netração aumenta a medida que a junta gira sob o arco, confirma

esta observação. A verificação deste ponto com o sitio de pene

tração mínima ao longo do cordão, foi importante, uma vez. que

o critério de seleção adotado exigia que a penetração fosse maior

que a espessura do tubo, confirmando este local como o apropria^

do para o seccionamento das amostras. Além disto, esta opera-

ção tornou-se-mais precisa pela facilidade de visualização des_

te ponto de referência dado ao afinamento superficial do cordão.*

Na discussão de um trabalho decorrente desta pesquisa (52), a-

pr.esentado em recente Encontro Tecnológico, foi mencionado que

a utilização do processo de soldagem TIG por arco pulsado forne

ceria penetração mais uniforme, mesmo se so efetuada a soldagem

em uma sõ volta, reduzindo a variação de penetração.

• v • • • . 1 ; . • .

Y.2 COMPORTAMENTO MECÂNICO, ANALISE METALOGRAFICA EFRATOGRAFIA DO COMPONENTE SOLDADO

Para a discussão do comportamento mecânico faz-se nece£

sario um comentário a respeito dos resultados obtidos apôs en-

velhecimento. A analise microestruturai realizada por microsco

pia óptica, indicou a presença de precipitados na região do tu-

bo não afetado pelo calor como mostrado nas Figuras IV.14 e

IV. 15, provavelmente carbetos de cromo do tipo C**23^6* ^ocal 1 z^

dos nos contornos de grão, de macias e no interior do grão. Na

ZTA, foram revelados pequenos precipitados intergranulares, que

aparecem em alto relevo, como podem ser vistos nas Figuras IV.16

a IV.19. Tais precipitados provavelmente seriam fase o, n ou

carbetos, já que segundo LE MAY (r3), a água regia diluída ata-

Page 57: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

47,

ca uniformemente a austenita, rapidamente a ferrita, ficando d£

íineados em alto relevo as fases o, n e carbetos. As microgra-

fias do metal fundido mostram precipitados que foram identifica

dos como sendo* provavelmente, fase a e ferrita, Figuras IV.20 e IY-21.

A confirmação destas fases foi feita por um ataque di-

ferencial com Murakami após água regia, que segundo a literatu-

ra (53) funciona colorindo a fase a de azul, essa observação ê

feita nas Figuras IV.22 e IV.23. 0 difratograma mostrado na Fj/

gura IV.24, confirmou esses precipitados como sendo fase a do0

tipo FeCrMo e carbeto Cr23Cg.

i •

Pelo diagrama de precipitação tempo-temperatura, para

o aço AISI 316 20% deformado a frio, apresentado por WEISS e

STICKLER (38), mostrado na Figura V.2, observa-se que para a tem

peratura e tempo utilizados neste trabalho, o diagrama indica

precipitação de carbetos do tipo Mgs^õ* M 6 C e *ase n** Embora

estes autores não tenham detectado a fase o nesta faixa de tempo e

temperatura, outros a observaram (39,40,54). Esta controvérsia,

entretanto, poderia ser explicada pelo fato da cinética das rea-

ções de precipitação nessas ligas ser bastante complexa, e fun-

ção de diversos fatores como composição química da liga, trata-

mentos térmicos ou mecânicos previamente sofridos. Baseados ni£

to, poder-se-ia atribuir a aceleração da precipitação de fase

o, detectada neste trabalho através de tçcnica metaiografica e

difratogrãfica, como conseqüência das condições existentes, que

seriam o grau de encruamento do material do tubo, e o efeito cau_

sado pela soidagem, que facilita a formação de compostos inter-

metãUcos devido a segregação durante a solidificação possibí!^

tando a formação de ferrita a part ~ da qual a fase o seria nu-

Page 58: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

48

cleada. A ferrita, já esperada de acordo coro-o diagrama de

Schaeffler, Figura II.8, foi detectada em nossos experimentos no

corpo de prova como soldado como mostram as Figuras IV.5 a

IV.7, é micrografias do metal fundido do corpo de prova tratado

termicamente indicam'a nucleaçío de fase a na ferrita» Figuras

IV.20 e IV.21. Também o calor imposto pela soldagem na zona

-afetada pelo calor permitiria a difusão, para o contorno de

grão, de elementos propTcios a formação dessas fases. Além

disto, o elevado teor de No em nosso material favoreceria o apc*

recimento deste constituinte.

Os ensaios de tração foram realizados com duas finalicta

des: comparar as propriedades mecânicas do tubo com as do compc>

nente, seja, tubo soldado aos pinos tampão, e observar as variia

ções ocorridas nestas propriedades com o componente na condição

de como soldado e na de envelhecido, solicitados não sõ na tem-

peratura ambiente mas também na temperatura de serviço. Cabe

então ressaltar que por se tratar de corpos de prova não homog£

neos e não padronizados, os valores obtidos para o componente

denominados limite de escoamento do componente, o>-, não repre-

sentam o limite de escoamento do material, mas a tensão corres-

pondente a 0,2% de deformação perma.nente do componente.

Os resultados dos ensaios, Tabela IV,2 e Figura IV.28,

indicaram uma queda acentuada nos limites de escoamento e re-

sistência do componente como soldado e do envelhecido quando com

Parados com os valores obtidos no tubo ã temperatura ambiente.

Atribuiu-se a redução destas propriedades mecânicas a recrista-

Page 59: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

lização ocorrida na ZTA da região soldada, proveniente de um me

tal de base previamente 20% deformado a frio. Autores france-

ses (27) encontraram resultados semelhantes» em relação a junta

soldada, como se vi na Figura V.3. Nesta, nota-se que ' aços

inox aostenTticos sem trabalho a frio ou com baixo grau de de-

formação (pontos próximos ã origem) podem apresentar as car.acte

risticas mecânicas da junta soldada Iguais ou superiores ãs do

metal dê base. A medida que aumenta o grau de encruamento, as

características mecânicas da junta apresentam-se relativamente

mais baixas se comparadas as do metal de base encruado.

Em relação aos ensaios a temperatura ambiente, foi obser

vada uma diminuição de Or e aR para ensaios a temperaturas ele-

vadas tanto no componente como soldado como no envelhecido, di-

ferença esta mais acentuada nos valores de oR. A literatura e-

videncia este comportamento para o metal de base, e indica uma

queda de 54% para ov e 62% para oR no aço AISI 316 tracionado a

649°C (55).

A comparação dos valores de o^ e 0R~entre o componente

como soldado e o envelhecido tracionadòs ã temperatura ambiente,

Indicou um aumento nessas propriedades para o componente enve!h£

cido. Isto poderia ser explicado pelo. fenômeno do endurecimen-

/ to por precipitação, devido as fases observadas, carbeto e fa-

' se o, no metal fundido e ZTA nas amostras envelhecidas. Os ca£

betos barram as discordâncias, impedindo-as de se moverem ou

permitindo sua locomoção a tensões mais elevadas do que as ne-

cessárias para se moverem através da matriz (56).

Page 60: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

50 j >-

Resumindo, pode-se observar que o componente envelheci-

do quase sempre apresenta maiores propriedades mecânicas na

condição de soldado e envelhecido, se comparado a condição de

como soldado. A exceção apresenta-se n o a . do componente, como

soldado tracionado a 650°C. Este comportamento poderia estar

relacionado ao aparecimento do envelhecimento dinâmico eviden-

ciado na Figura IV.29. Tem sido mencionado que o envelhecimen-

to dinâmico observado em aços inoxidáveis austenTticos, ensaia-

dos a temperatura em torno de 650°C, causaria um aumento no o R,

bem como queda de due til idade do material (56,57).

Uma analise sobre deformação dos componentes não foi

possível, visto que, por se tratar de corpos de prova não homo-

gêneos, os resultados obtidos não exprimiriam o comportamento

real do material, não fornecendo subsídios para sua discussão.

Entretanto, pôde-se observar, comparando-se ao tubo, que no

componente ocorre uma deformação localizada na região soldada.

Vale lembrar que o valor de aD encontrado no ensaio do componen-

te como soldado, 67 kgf/mm2, i ligeiramente superior ao ov do

tubo, 62 kgf/mm'1, o que significa que enquanto uma região do

componente vai a ruptura, outra pouco se deforma.

Os resultados do local e modo de fratura das amostras sujj

metidas ao teste de tração, tanto a 25°C como a 650°C, Indicaram

que os componentes como soldados romperam aparentemente no metal

fundido, ou na Unha de fus.ão, Figuras IV.32 è IV.33, sendo o

modo de fratura caracterizado pelo aparecimento de microcavida-

des, Figuras IV.34 a IV.36. Entretanto, os componentes envelhe-

cidos apresentam a ruptur.a localizada na ZTA do tubo, Figuras

Page 61: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

51

IV.37 e IV.38, e seu modo de fratura ficou caracterizado como

intergranular, Figuras IV.39 e IV.40. /

A transferência do local de fratura da solda para a ZTA

apôs tratamento de envelhecimento pode ser explicada pela dimi-

nuição da resistência desta região, que pode ser observada pela

Figura IV.31, que mostra o perfil de microdureza dos componen-

tes. Kesta figura.nota-se que no corpo de prova como soldado a

região de menor dureza estava localizada no metal fundido, re-

gião rompida nas duas temperaturas de ensaio. Com o efeito do

envelhecimento por precipitação, esta região tem um aumento coji

sideravel no valor de dureza e consequentemente na resistência,

enquanto o lugar de menor dureza passa a ser a ZTA.

N 0 modo de fratura do componente como soldado, nas duas

temperaturas de teste, apresentou microcavidades, aspecto cara£

terTstico de fratura düctil. Este mecanismo de fratura ocorre

por nucleação de vazios junto a inclusões ou precipitados duros,

que coalescem diminuindo a seção resistente e levando o mate-

rial a ruptura (45). Na superfície de fratura do componente c£

mo soldado tracionado a 6&0°C, Figura IV136, foram observados

pequenos precipitados, provavelmente fase a, no interior das

microcavidades. Esta constatação poderia favorecer a idéia de

que tal mecanismo tenha ocorridono metal de solda.

No componente envelhecido o modo de fratura ficou ca-

racterizado como intergranular, indicando um mecanismo de fratu_

ra frágil. A fratura frágil por clivagem não ocorre em certos

ffletafs e ligas de estrutura cúbica de face centrada, como osaÇos inoxidáveis. Entretanto, fratura Intergranular pode subs- -

Page 62: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

tituir o mecanismo de clivagem caso os contornos de grão apre-

sentem condições mais favoráveis para a propagação da trinca. 0

teor de impurezas, a textura e a temperatura são fatores que

normalmente podem governar o caminho preferencial transgranular

ou intergranular da trinca. NO caso dos aços inoxidáveis auste

nTticos, um filme de carbonetos frágeis produzidos ao longo do

"contorno de grão pode ser a trajetória preferida da ponta da

trinca (58,59)* A observação, por microscopia óptica, da re-

gião ZTA da junta revelou a presença de um filme de carbetos e

fase o ao longo do contorno de grão das amostras envelhecidas

como observado nas Figuras IV. 18, IV.19 e IV.22. Esta constata_

ção poderia dar suporte para o fato da propagação ocorrer de ina

neira intergranular nestes componentes envelhecidos, quando tra_

cionados. ' . .

Os resultados de microdureza mostrados na Figura IV.31

indicaram uma queda acentuada desta propriedade na ZTA do comp£

nente como soldado, comparada com o ire tal de base do tubo. Este

resultado evidencia o processo de recristalização ocorrido nes-

ta região. Da mesma forma-, o aumento da dureza ao longo de to-

do o corpo de prova envelhecido, cTomparado aos valores do como

soldado, confirma o mecanismo do endurecimento por precipitação

comentado no decorrer da analisedos resultados de"tração.

Nesta figura notou-se também que os valores de dureza do

metal fundido no componente como soldado foram inferiores aos

da ZTA entretanto, apôs o tratamento térmico de envelhecimento,

estes valores são bem superiores aos da ZTA. Esta observação

Page 63: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

foi utilizada para explicar a mudança no local de fratura» do

áetal. fundido paTa a ZTA, quando o componente envelhecido foi

tracionado. 0 aumento nos valores de dureza na região do metal

fundido, bem acima dos observados na ZTA. poderia ser decorren-

te de sua estrutura mais propícia ao aparecimento de fases in-

termetãiicas devido'ã segregações interdendrTticas durante a

solidificação.

Uma quantificação de fase o nas regiões apresentadas ao

longo do corpo de prova não foi realizada neste trabalho, mas

a evidência de seu aparecimento no metal fundido foi observada

nas Figuras IV.20 e IV.21. '

Como citado anteriormente, o revestimento do combustível

para reatores nucleares, em especial os LMFBRS, ficam expostos

em meio a sódio na faixa de temperatura de 400 a 700°C, e rece-

bem um aumento gradual na pressão interna causada pelos gases

produzidos pela fissão nuclear do combustível. Tais condições

poderiam levar o material a sofrer fluência. ~~

Os ensaios de fluência realizados na presente pesquisa,

por seu reduzido número e condições de ensaio, constituem so-

mente uma introdução ã determinação da vida a ruptura do compo-

nente soldado, quando comparado a do envelhecido. Tais ensaios

foram realizados a carga constante, sendo os níveis de tensão

empregados, da ordem do limite de escoamento do componente.

Page 64: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

54

Os resultados vistos na Tabela IV.3 e na Figura IV.30,

caracterizam uma diminuição na vida a ruptura do componente en-

velhecido.

Este comportamento poderia estar relacionado 5 possí-

veis variações microestruturais, ja presentes apôs o envelheci-

mento ou ocasionadas no decorrer do ensaio de fluência. Desta

forma» poder-se-ia supor que o corpo de prova rico em precipita

dos intergranuiares» apôs haver sido submetido a dois ciclos ter

micos.de soldagem e a um tratamento de envelhecimento por lOOOh

a 650°C, ao ser novamente exposto ã temperatura de 650°C e sub-

metido ao carregamento, sofresse precipitação agora no interior

do grão. Assim, a concentração de tensões junto a estes preci-

pitados duros viriam a formar vazios, na interface matriz /pre-

cipitado, que se uniriam a outros vazios levando o material ã

ruptura. Este processo aceleraria a fratura deste componente,

pois criaria maior numero de vazios e estabeleceria um trajeto

de ruptura mais curto.

Esta suposição viria também a explicar o modo de fr< u-

ra transgranular ocorrido na ruptura do componente envelhecido

localizada na ZTA, observado nas Figuras IV.52 a IV.55, que ao

ser comparado ao do componente envelhecido submetido a tração,

rompido na ZTA em ambas as temperaturas, mostra-se completamen-

te diferente, jã que este apresenta fratura intergranuiar, Fig£

ras |V.37 a IV.40. Isto poderia apoiar a idéia apresentada.

y Alguns autores (60,61), estudando o comportamento a

fluência do aço inox 316 nesta mesma faixa de temperatura, ob-

Page 65: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

55

tiveram resultado semelhante ao encontrado neste trabalho, cons

tatando uma diminuição na resistlncia 5 fluencia e a vida ã ru£

tura do material. J.K. LAI et alii (61), conclui que quando a

interface fase o/austenita e fraca» trincas nucleiam e propagam

ao longo da interface, causando uma diminuição na deformação e

na resistência ã ruptura. Para amostras rompidas apôs muito

.tempo, pelo modo transgranuiar, o autor sugere que tal seja de-

vido a precipitação de fase a no interior do grão.

* • • •

Por outro lado, J.T. BARNBY (62) trabalhando com o 316

e POPE et a l i i (63) com junta soldada no 347, observaram uma

maior resistência ã fluencia após o envelhecimento. Os auto-

res explicaram o comportamento pela precipitação de carbetos,

barrando as discordâncias e desta forma impedindo sua movimenta

ção. John H. HOKE (55) c i ta também que no aço 316, o Mo pode

aumentar • a resistência do material a temperaturas elevadas,

por endurecimento por solução sol ida, e diz que GAROFALO et

a l i i , tem mostrado que no 316 envelhecido ocorre precipitação,

de carbeto M23C, nas discordâncias, aumentando significativameji

te a resistência ã f luencia e a vida ã ruptura. 0 autor, entre

tanto, ao comentar sobre fase o, diz t ra tar -se de um composto

intermetãlico de baixa resistência a f luencia e que, portanto,

aços inoxidáveis propícios ao^parecimento de fase a incorrem

em um sério problema que é a redução da vida a ruptura por f l u -

encia, em longos períodos. Esta observação torna perigosa a extrapolação

da vida do material a partir de ensaios de curta duração, quando o mesmo a-

presente tendência a formação de fase o e esteja sujeito a fluencia por tem-pos multo longos.

0 assunto, portanto, parece bastante controvertido e rne

rece um trabalho especifico do comportamento em f luenc ia , a nT-

Page 66: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

56

veis de tensão mais baixos.

0 modo e local de fratura dos componentes envelhecidos

submetidos a fluência jã foram discutidos no decorrer da anali-

se a respeito da curva de ruptura em fluência.* • *

"\ Os componentes como soldados romperam aparentemente em

local diferente dos envelhecidos como denotam as microestrutu-

ras das Figuras IV.41 a IV.43. Estas indicam que o componente

teve sua fratura passando pela ZTA e pelo metal fundido. Sua

superfície de fratura mostrou um modo misto, caracterizado por

fratura intergranular e microcavidades, Figuras IV.49 e IV.50.

Este modo misto de fratura estaria associado as diferentes mi-

croestruturas, síolda e ZTA, assim como pode-se observar na Figjj

ra IV.49.a, a região interna do tubo, correspondente ã ZTA, pro

cedeu a fratura intergranular, e a região externa, onde possi-

velmente 'era encontrado o metal fundido, ocorreu o aparecimento

de microcavidades. Também neste caso o modo de fratura seria

decorrente do efeito do ensaio de fluência, que causaria preci-

pitação intergranular na ZTA, de carbetos e fase o, e por nu-

cleação de vazios na interface precipitado-matriz levaria o com

ponente nesta região 5 fratura de modo intergranular.

• •

As trincas superficiais e eriTTresta, observadas no con-

torno de grão da ZTA, Figuras IV.44 a IV.47, contribuem para iii

dicarque o modo de fratura ocorreu na ZTA pelo modo intergranu

lar, sugerindo que tenha ocorrido pelo p'rocesso de fratura in-

tergranular por trincas em aresta.

Page 67: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

57

A fratura nestes componentes teria ocorrido bem prôVima

a solda, o que faria com que atravessasse o metal fundido. E

o fato de um dos lados do tubo apresentar pouca ou nenhuma mi-

croestrutura do metal fundido» Figuras IV.41.a e IV.43.a, * en-

quanto o outro lado, Figuras IV.41.b e IV.43.b, apresentou esta

microestrutura, seria decorrente do processo de soldagem, que

"da mesma forma que proporciona uma variação da penetração aov . . .

longo do cordão de solda fornece também variação na largura do

mesmo. Deste modo, a fratura do lado de menor largura de cor-

dão, progrediria intergranularmente apenas pela ZTA, enquanto do

outro lado, de maior largura, passaria pela ZTA intergranular-

mente e pelo metal fundido de modo transgranular. A Figura V.4

esclarece a explicação. .V

\ • '

V.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS * . .

\. .

' Outros processos de soldagem tem sido utilizados na se-

la gem de elementos combustíveis (25). 0 TIG pulsado permite

maior estabilidade de arco, melhor reprodutibilidade e penetra-

ção, e fornece uma microes-trutura do metal fundido com melhores

características metalúrgicas (26,27,28), a soldagem por feixe

eletrônico capaz de garantir com precisão uJlfa excelente relação

penetração-iargura de cordão cedendo um baixo aporte térmico,ou

a soldagem por plasma como sugerido por DE KLEVER (32). Estes

processos poderiam ser empregados, na execução deste tipo de

soldagem, talvez com melhores resultados, entretanto não se en-

contravam disponíveis em nossos laboratórios. Além disto, o

processo TI6 mostrava-se adequado não havendo qualquer contra-

indicação.

Page 68: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

58

A junta soldada escolhida neste trabalho foi realizada c o m duas

rotações, entretanto, deve-se considerar que ta l fato poderia

ter aumentado a possibilidade de ocorrência de fase o e portan-

to, ta lvez , soldas com uma rotação poderiam diminuir esta ten-

dência. *•

.^ A constatação de uma região recr istal izada no tubo de* i

revestimento do combustível, em decorrência da realização da so2

dagem, observada nos ensaios de tração e microdureza, poderiam

ser importantes, se lembrarmos que o material i recomendado com

um certo grau de encruamento, a fim de minimizar o problema do

inchamento devido a irradiação, uma vez que a deformação a f r i o

aumenta a densidade de discordáncias no material que funcionam

como sorvedouros de lacunas impedindo á nucleação e o crescimeji

to dos vazios causadores do inchamento. Assim, dever-se-ia ob-

servar que, localizadamente, a vareta poderia apresentar um

comportamento a irradiação diferente do esperado.

No inic io do trabalho fo i aventada a hipótese de se es-

tudar o componente sujeito a i r radiação. 0 experimento entretajn

to, não foi levado avante dado a impossibilidade, no pais , da

irradiação dos corpos de prova de modo a simular os danos ocor-

ridos em um reator rápido.

Atualmente, pesquisadores se preocupam com o estudo do

revestimento do combustível, em meio a sódio ou irradiado nas

condições de operação, com enfoque principalmente voltado para

a fluência (6 ,24 ,64 ) . Estes autores constataram uma diminuição

d* vida a ruptura do material na faixa de 650°C a 700°C, quando

exposto ao sódio e atribuem o e fe i to a descarburização super f i -

Page 69: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

59

ciai. Da mesma forma, observaram uma diminuição na vida ã rup-

tura do material quando irradiado. Eles, no entanto» não estu-

dam o comportamento do revestimento após a solda dos pinos tam-

pão.

I

Page 70: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

60

CAPITULO VI

CONCLUSÕES

O estudo da sei agem de um tubo de pequenas dimensões de

aço inoxidável» austenTtico AISI 316 20% deformado a frio, por

meio de pino de material similar, utilizando-se solda TIG au-

tõgena circunferencial, visando sua utilização como vareta de

combustível para reator nuclear, permjtiu as seguintes verifica_

ções:

1) Os pinos ocos por apresentarem maior sensibilidade

aos parâmetros de soldagem, fabricação mais onerosa e dificul-

dade de detecção de defeitos por exames de Raios-X foram prete-

ridos em. relação aos compactos que não apresentaram problemas,

sendo escolhidos para a execução deste trabalho.

2) Constatou-se que a execução destas soldas resulta nu

ma variação de penetração ao longo do cordão, sendo o ponto de

extinção do arco o local de menor penetração. A observação d£

ve ser considerada, dado a necessidade de garantia de penetra-

ção maior que a espessura do tubo ao longo de todo o cordão.

3) 0 tratamento térmico de envelhecimento realizado por

1000 h na temperatura de serviço do componente soldado, 650 C,

Permitiu a observação de precipitação generalizada de carbeto

de cromo no metal de base e no contorno de grão da ZTA. Fase a

também foi evidenciada, intergranularmente na ZTA e nucleada na

Page 71: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

61-

ferrita &, no.metal fundido.

4) Ensaios de tração e microdureza permitiram concluir

que a soldagem efetuada gerou uma região recristalizada ne me-

tal de base diminuindo Vocalmente as propriedades mecânicas do

componente;

5) 0 tratamento térmico de envelhecimento realizado pa-

ra simular as condições do componente em serviço, permitiu veri/* • *

ficar, através dos ensaios de tração e microdureza, um aumento

das- propriedades mecânicas. Entretanto, os ensaios de fluéncia

indicaram uma diminuição de sua vida a ruptura.

6} As observações de local e modo de fratura realizadas

nos componentes submetidos a ensaios de tração e fluéncia, que

indicaram:

'V :- fratura no metal fundido, apresentando microcavidades

na superfície do componente como soldado submetido a

tração nas duas temperaturas;

- fratura na ZTA, caracterizando modo intergranular nos

componentes envelhecidos tracionados nas duas tempera

turas de ensaio;

- fratura na ZTA e no metal fundido, indicando um modo

misto de fratura, para os componentes como soldado sub

metidos a fluéncia;

- fratura na ZTA, evidenciando a presença de microcavi-

dades na superfície de fratura para o componente enve-

Page 72: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

62

lhecido ensaiado em fluência,

permitem concluir que a ruptura do componente ocorreu sempre na

região soldada» sendo o modo e local de fratura função das con-

dições especificas microestruturais e de solicitação.

Page 73: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

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v

Page 84: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

74

T A B E L A S

V

Page 85: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

75

TABELA III.I - Composição química dos materiaisutilizados (%)

TUBO

BARRA

C

0.047

0023

Si

0.51

0 3 !

P

0.022

0.032

Mn

2.0

1.20

Cr

18.0

18.0

Ni

11.8

9.0

Mo

3.14

1.26

TABELA III.2 - Condições de operaçãodo aparelho de raios-X

Pitioncio Fonte.Filme (cm)

Energia d» Radiocòo (KV)

Amptrog«m(mA)

Tempo d« Expotiçdb (min)

Indicador do Oualid. do Imagem

60

100

2

20

ASTM7elO

Page 86: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

76

TABELA IV.1 - Parâmetros de soldagem selecionados

SOLDAS

S * 4

S »

s..S , .

S 4 .

s . «

S T 4

S T .

s..s . . .s,*.s,»

s,,.

PARÂMETROS

R

1

l

1

1

l

1

2

2

2

2

t

2

1

1

1

XXXXXXXXXXXXXXX

¥

IO

IO

IO

IO

IO

20

10

1 0

I B

te

2 0

1 0

1 »

I S

18

1

30

4 0

8 0

4 0

6 0

SO

3 0

3 0

4 0

4 0

4 0

3 0

SO

SO

SO

D

0.6

1.0

1.6

1.0

1.6

1.6

1.6

1.6

1.6

I .S

1.0

O.S

1.5

1.0

1.6

X

0 . 0

0 . 0

0 . 0

0 . 2

0 . 2

0 .2

0 . 0

0 ,2

0 .0

0 . 2

0 . 0

0 . 2

0 . 0

0 . 2

0 . 2

MEDIDAS

PENCTft.P I B B I

I . I

I .S1 .42 .11.33 . 4

1 .11 .81 .32 . 1

1 .61 .71 .3

1.51 .21 .7

l . t1 .6

I . I1.21 .32 . 8

2 .14 . 0

1 .31 .91 .8

2 . 21 .41 t4

LAMIMALIHI

2 . 2

2 . 83 . 0

3 . 63 . 95 . 0

3 . 1

S . 63 44 . 6

4 . 64.7 -3 . 83 .93 . 63 . 9

4 . 13 . 7

3 . 83 . 54 . 66 . 33 .23.14 . 66 . 24 . 44 . 7

4 . 44 . 2

P/L

O.SO

O.55O.4 80.660.34

0.69

O.360.480.37O.47

O.330.380.350.390.320.44

0.280.43

0.290.340.290.63O.S41 .30

O,280,370.41O.47

O.SIO.SS

K('/••I

7 9

114

167

114

187

100

137

157

163

153

129

167

134

9 5

134

R* N" d9 rotoçõos.

I * Corronto(A).

v * Volocidodo am ( rpm ) .

D* Comprimento do arco (mm).

Xs Posição do alotrodo om rotação Ò junta (mm) .

t * Tampo do toldogom ( t ) .

t'« Tampo do tubida * tampo do quada ( t ) .

E* Aporto térmico.

Page 87: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

77

TABELA IV.? - Resultados dos ensaiosde tração.

AMOSTRAS

TUBO À 2 5 ' C

COMPONENTE À 25aC

COMPONENTE À650"C

COMPONENTE ENVE-LHECIDO À 25*C

COMPONENTE ENVE-LHECIDO À 650*C

6*E,^c(Kg/tam)

62.2 710.23

37.94 ±0.70

3O.8OtO.S9

43.75+0.77

33.8710.39

(^(Kg/mra )

82.68+0.12

67.28+ 0.68

44.58iO.7l

72.5OiO.74

42.58+0.71

-fc- Limite d* escoomento.

C -^ Limite de escoomento p/componente,

de resistência.

TABELA IV.3 - Resultados dosensaios de fluência.

AMOSTRAS

06

T02

0 5

0 3

T04

09

T07

T03

TENSÃO INICIALCK0 / H » )

31.82

31,82

29.68

28,18

28.18

27.27

25

20

TEMPO DE RUP-TURA ( h |

10

4

23

49

15

54

26

236

Page 88: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

78

F I G U R A S

Page 89: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

vo

FIGURA II.1 - Esquema de dois sistemas de reatores rápidos. A)"Loop" e B)"Poo1". Ref(2)

Page 90: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

80

M - . « ™ . ^ TROCA POR CROSmONS PROPAGANDOPARES DEFRENKEL. COLISÃO DINAUICAUENTE

o o o p o o

O O|O<IOO>

o\^/ò o o oZONA ÁTOtfOSEMPOBRECIDA WTERSTICIAIS

FIGURA II.2 - Representação esquematica dos danos induzidospor irradiação. Ref.(8)

no

SO

KW.DEFORMADO AFRIO.

• M S S

2OV.DEFORMADOA FRIO.

IO 20 30 40 60 «O 70 ao 90

FIGURA II .3 - Influencia do trabalho a f r io no inrhamentoRef.(5)

Page 91: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

81 *

140

no

I -yy y

I t tO I O » 4ft 1* • • •» 100• «AH»

FIGURA II.4 - Efeito dos teores de Cr e Ni sobre o inchamen-to em aço inoxidável. Ref.(lQ)

10

6

T*•||II

i

, ' '

II

T

• — •

{?00*i »

—*

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1

c-

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tor» ior* to'1 10°TAXA DE FLUCNCM (V. /h )

*

TEUPEI!•

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A 7

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lATUR^V)so*eoo*e50»C •oo*cco*c

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1 •

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T TT

L.

IO1

IO io tar » IO

VIDA DC RUPTURA ( M

FIGURA II.5 - Efeito da irradiação na taxa de fluência e navida ã ruptura de um aço inox 316, 20% defor-mado a frio. Ref. 24)

Page 92: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

82

TOO

600

I

600 -

FRAGILIZAÇÃO POR ite AUMEN.T«f)A PELO ENDURECIMENTO DAUATRIZ POR FORMAÇÃO DEVA*

- ZIOSE DISCOnDÃÍICIAS

EfOURECniENTO DA MATRIZPOR FORMAÇÃO DE VAZIOS 'EDISC0RDÃHOAS.FRA6ILIZA-

PELO Ho LIMIT AO A.

FLUXODEHEUTROHS.M/CM E a > a i U«V

FIGURA I I . 6 - Representação esquemãtica de vários processosde perda de d'ictilidade pela irradiação.Ref.(24)

5&

I

Í O % DEFORMADO A FRIO

• 5 0 600 790

TEMPERATURA («Cl660 680 780

TEMPERATUIM?C)

FIGURA II.7 - Efeito da irradiação na ductilidade de um açoinox 316. Ref.(24)

Page 93: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

83 •

•ic

O

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FERRITA

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23s*•<1Ft»;

E

• • n it H n ii to u M M ti M » st n uCltOtlO EQUIVAUEMTE«ir.Cr+V.Uo*l.6x %

FIGURA II.8 - Diagrama de Schaeffler. 0 ponto indica a mi.croestrutura do metal fundido do tubo usadoneste trabalho. Ref.(36)

-tooI I

OESLIZAUEMTOOE DtSCORDÃHCIAS

TEMPERATURA NORMALIZAOA.T/IBIO#K

FIGURA II.9 - Mapa de mecanismos de deformação para um açoinox 316.

Page 94: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

84

PIANO oe

ESC0RRE6A-

HENTO

B

t

FIGURA 11.10 - Ilustração dos mecanismos de deformação emfluência. A) Deslizamento por discordânciaB) Fluência por difusão e C) Fluência por

: •• discordância.

Page 95: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

85

I. -.. I<r cr

INCLUSÓES- /—VAZIOS

B

or

FIGURA 11.11 - Ilustração dos mecanismos de fratura em fluênd a . A) Fratura dúctH, B) Fratura transgra-

. • nular por fluincia, C) Fratura intergranuiarpor fluência, D) Ruptura dúctil. Ref.(45,46)

Page 96: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

86

FIGURA 11.12 - Ilustração do mecanismo de fratura intergra-nular por trincas em aresta. Ref.(42)

FIGURA 11.13 '- Ilustração do mecanismo de fratura por cavidades lenticulares. Ref.(44)

Page 97: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

87

•' \

FIGURA 11 I.I - Pinos tampão utilizados: A) Pino oco, B) Pinocompacto, C) Pino para ensaios de tração efluincia. (Unidade era mm).

FIGURA 111.2 - Equipamento empregado na realização das sol-das. A foto mostra a fonte TIG, o disposit^vo de controle de tempo de corrente indicadopela seta e o sistema de tornos.

Page 98: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

88-

A

V

FIGURA III.3 - Detalhe do sistema de tornos. A) Vista fron-tal, mostrando a realização de uma solda eB) Vista de perfil.

Page 99: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

89

B

21

FIGURA III.4 - Esquema de procedimento de soldagem. A) Para1 rotação; B) Para 2 rotações,t — tempo de soldagem. Corresponde ao tempo

em que o tubo executa 1 rotação a uma de_terminada velocidade, na corrente de soldagem. .

t' « t/2 — tempo gasto na subida ou descidada corrente..

A B

FI6URA III.5 - Posição do eletrodo em relação ã junta. A)S£bre a junta, B) Deslocado 0,2 mm em direçãoao pino.

Page 100: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

F!*t*i~

"$.

i ««i. : / ,

1V/•

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•Ã.*Ti -.;

....... ..^.:^,J^

FIGURA III.6 - Radiografia de 20 corpos de prova soldados,encaixados ao bloco compensador. A seta Ijidica o vértice da elipse correspondente aocordão de solda.

Page 101: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

91

45* 135*

FI6URA III.7 - Esquema de corte dos corpos de prova para ve-rificação da variação da penetração. (1) noponto de extinção do arco; (2), (3) e 4 emângulos de 459; 909 e 1359 em relação a (1),respectivamente. Ref.(52)

i i

II

»..

FIGURA III.8 - Corpo de prova soldado utilizado para ensaiosde tração e fluincia. (Unidade da escala: cm)

Page 102: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

92

PENETRAÇÃO (mm)

6

5

4

3

2

LOCAL DO CORDÃO8

FIGURA IV.1 - Gráfico da variação da penetração ao longo do* - cordão. Nota-se a menor penetração em torno

do ponto de extinção do arco (Ponto 1).

FIGURA IV.2 - Amostra ressaltando o cordão de solda. A setaindica a região de contato do tubo com o pinoaparecendo como um entalhe na solda. Ataque:água regia diluída. Aumento: 10X

Page 103: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

93

' • ' \

FIGURA IV.3 - Estrutura de solidificação dendrTtica na intejr- face tubo-soida. Ataque eletroiTtico em ãcido

. v ' nTtrico. Aumentor 250X

msmWiêãt&M

FIGURA IV.4 - Estrutura equiaxial no centro do cordão deda. Ataque eletroiTtico em ãcido, nTtrico.Aumento: 250X

Page 104: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

94

FIGURA IV.5 - Ferrita no metal fundido na região de contatopino-tubo. Ataque eletrolítico em ãcidc crô-

- mico. Aumento 625X...

\

FIGURA IV.6 - Ferrita no metal fundido, região da interfacetubo-solda. Ataque eletrolTtico em ãcido cr£mico. Aumento 625X

Page 105: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

95

;3

,-\V-4

r"J r_v-

FIGURA IV.7 - Outra amostra apresentando ferrita na matrizaustenTtica do metal fundido. Ataque: água

. regia diluída. Aumento: 1000X

FIGURA IV.8 - Região da ZTA do tubo caracterizando duas gra_nulações. GG-granulação grosseira, GF«granu-lação fina. Ataque eletrolTtico em ácido nT-trico. Aumento 125X

Page 106: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

96

/

/ N

FIGURA IV.9 - Detalhe da região de granulação grosseira daZTA. Ataque eletroiTtico em ácido nTtrico.Aumento: 250X

FIGURA IV.10 - Detalhe da região de granulação fina da ZTA.Ataque eletroiTtico em ácido nTtrico. Aumenito: 2S0X

Page 107: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

97

FIGURA IV.11 - Região do metal de baio tubo. Ataqueágua regia diluída. Aumento: 250X

FIGURA IV.12 - Região do metal de base tubo, revelando o apa_recimento de macias. Ataque eletrolTtico em (

ácido cromico. Aumento: 625X

Page 108: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

98

FIGURA IV.13 -Amostra soldada tratada termicamente... S=região da iOlda, ZTA=zona termicamente afe-

v tada, MB=metal base tubo. Ataque: água regiadiluída. Aumento: 62X

mmFIGURA IV.14 - Metal base tubo de amostra tratada termicameji

te, mostrando precipitação de carbetos no in-terior e contornos de grãos e macias. Ataque:ãgua regia diluída. Aumento: 400X

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99

É V V i'**..-.>!& VÁ%ͱ;

A

FIGURA IV.15 - Detalhe evidenciando bem os precipitados nometal de base tubo em duas regiões. A) maisdistante da ZTA, B) mais próxima ã ZTA.Ataque: água regia diluída. Aumento: 1600X

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100

FIGURA IV.16 - Região de transição metal de base/ZTA. MB»me_tal de base. Ataque: água regia diluida.Aumento: 400X . . .

FIGURA IV.17 - Granulação da ZTA em amostra tratada térmica-mente. Ataque: ãgua regia diluida. Aumento:400X

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101

FIGURA IV.18 - Evidência de precipitação Intergranuiar naZTA da amostra tratada termicamente, possi-velmente carbetos e fases Intermetaiicas.Ataque: água regia diluída. Aumento: 1000X

Page 112: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

102

IV.19 - Detalhe de precipitação Intergranuiar na ZTAda amostra tratada termicamente. Possívelfase o Indicada na foto B. 'Ataque: ãgua regia diluída. Aumento: 1600X

Page 113: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

103

I^-V;

FIGURA IV.20 - Região do metal fundido apresentando fase o.. nucleada na ferrita. S=sigma, Feferrita.

. N ' Ataque: água regia diluída. Ampliação:1600X

Figura IV.21 - Outra região do metal fundido evidenciando afase o nucleada a partir da ferrita. Ataque:água regia diluída. Aumento: 1600X

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104

• \

FIGURA IV.22 - ZTA da amostra tratada termicaroente. As fo-tos realçam a precipitação de fase o em con-torno de grão coloridas de .azul.Ataque: água regia diluída seguida por reageiite de Murakami. Aumento: A)1000X, B) 1600X.

Page 115: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

105

FIGURA IV.23 - Interface solda/ZTA .apresentando a fase a co-lorida em azul.

\ Ataque: água regia diluida seguida por reagejrte de Murakami. Aumento: 400X

Page 116: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

106

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m

m

9

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- 3• , i

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i

i

i *

FIGURA IV.24 - Difratograma da amostra tratada termicamente

Observa-se a evidência de carbetos do tipoCr23C6 e fase ° t1p0 FeCrMo- R a d i a ç 5 ° Cu-Y

Page 117: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

107

FIGURA IV.25 - Comparação entre as amostras: A) como solda-da e B) soldada tratada termicamente. Ata-que eletrolTtico em ãcfdo crõmico. Aumento:60X

Page 118: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

10S

• \ A

B

FIGURA IV.26 - Detalhe na região da ZTA, comparando amostracomo soldada (A) e tratada termicamente (B).Note-se que em (A) revelam-se apenas macias,enquanto (B) evidencia o contorno de grãos.Ataque eletrolTtico em ácido crômico. Aumen^to: 625X

Page 119: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

1 109

FIGURA IV.27 - Comparação do metal de base das amostras: co-mo soldada (A) e tratada termicamente (B).Ataque eletroiTtico.em ácido crÔmíco. Aumen-to: 625X

Page 120: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

no

so

SC

Id,

<

Iw

Id

70-

OMW8 50

30

^R

1EC

•e9

c

e650* C

A - T W OO -COMPONENTEO - C O M * ENVELHECIDO

25» 650 a

TEMPERATURA C C )

FIGURA IV.28 - Representação gráfica dos resultados de tra-ção.

Page 121: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

FIGURA IV.29 - Curvas de tração do componente como soldado ensaiado a 650- C, caracterizando •envelhecimento dinâmico.

Page 122: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

i B 112

log T t S)

0 .25 -

O COMPONENTE COMO SOLDADO

•COMPONENTE ENVELHECIDO

1.5log Z (Kg/mm )

FIGURA IV.30 - Gráfico da vida ã ruptura em fluência a 650°C

Page 123: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

113

HV

260

200 -

160 .

100

X - COMO SOLDADO

O - ENVELHECIDO

FIGURA IV.31 - Perfil de microdurezas dos corpos de provacomo soldado e envelhecido.(Carga de 30g).

Page 124: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

114

FIGURA IV.32Local de fratura do componentecomo soldado tracionado a 25 C.Microestrutura do metal fundido.Ataque: água regia diluída.Aumento: 60X

FIGURA IV.33Local de fratura do componentecomo soldado tracionado a 650 C.Microestrutura indicando a linhade fusão. Ataque: água regiadiluida. Aumento: 60X

Page 125: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

115

B

FIGURA IV.34 - Superfície de fratura do componente como sol-dado rompido em tração a 25 C, caracterizandomicrocavidades. (A) e (B) mesma região, (C)região a 180 C em relação a (A)

Page 126: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

116

FIGURA IV.35 - Superfície de fratura do componente como sol-dado rompido em tração a 650 C, evidenciandomicrocavidades. As fotos A, B e D mostram re_giôes distintas da superfície, e (C) mostra(B) em detalhe. • ; .

Page 127: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

117

FIGURA IV.36 - Superfície de fratura do componente como sol-dado tracionado a 650 C. Região a 180 C daapresentada na figura IV.35. Observa-se pe-quenos precipitados no interior das microca-vidades. Fotos (B) e (C), detalhes da foto(A).

Page 128: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

118

FIGURA IV.37Local de fratura do componenteenvelhecido tracionado a 25 C.A nicroestrutra caracteriza aZTA. Ataque: água regia di 1 uJ_da. Aumento: 60X

'\

FIGURA IV.38Local de fratura do componente

Q

envelhecido tracionado a 650 C.A microestrutüra caracteriza aZTA. Ataque: água regia di 1 uj_da. Aumento: 60X.

Page 129: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

119

FIGURA IV.39 - Superfície de. fratura do componente envelheci^do rompido em tração a 25 C, evidenciando mo-do intergranular. Fotos B, C e D permitem aobservação de microcavidades na superfície dos

' ' grãos. As fotos C e D são de região a' de (A).

1809C

Page 130: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

120

BFIGURA IV.40 - Superfície de fratura do componente envelhe-

cido tracionado a 650 C, caracterizando o m£do Intergranular de fratura. (A) mostra umavista geral, (B) e (C) detalhes'.

Page 131: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

121

B

FIGURA IV.41 - Local de fratura do componente como soldadosolicitado em fluenda (amostra 06). Note-sea presença de metal fundido.bem evidenciada emum dos lados do componente (B); o outro lado(A) ê caracterizado pela ZTA.Ruptura após lOh.

Page 132: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

122

A

FIGURA IV.42 - Detalhe da figura IV.41, mostrando grãos alojigados na ZTA e pequ-ena região de metal fundi-do (A); vazios no metal fundido e superfícieintergranular na ZTA (B). Ataque: água regiadiluída. Aumento: 250X.

Page 133: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

123

K \-•- % -

B

FIGURA IV.43 - Local de fratura do componente como soldadosubmetido ã fluencia (amostra 09). Um lado daamostra (A) mostra apenas microestrutura daZTA. 0 outro, (B), mostra as duas microestru-turas. Note-se vazios e trincas intergranuia-res no metal fundido e ZTA respectivamente.Ataque: água regia diluída. Aumento: 250X.Ruptura em 54h.

Page 134: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

124

V

<-/

A

FIGURA IV.44 - Trincas superficiais intergranulares local 1 •zadas na ZTA do componente como soldado soli-citado em fluincia. (A) e (B) regiões ao lon-go do tubo. Ataque: água regia diluída. Au •mento: 250X.

Page 135: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

125

FIGURA IV.45 - Componente como soldado submetido a* fluênciaTrinca superficial intergranular iniciando naZTA (A). (B) mostra (A) em detalhe. Ataque :água regia diluída. Aumento: A)250X, B)100OX.

Page 136: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

126

...>

...-. A •::• s v -;i

• / •-•• V---.*:-.1

. • \ • , V

• ' ; ' : - • •(

FIGURA IV.46 - Trincas Intergranulares em aresta localizadasna ZTA do componente como soldado submetido aensaio de fluência. Ataque:' água regia diluí-da. Aumento: 650X.

Page 137: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

127

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• 1 *

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•.•'•!tS

FIGURA IV.47 - Trincas intergranulares em aresta localizadasna ZTA do componente com'o soldado submetido aensaio de fluência. Ataque: água regia dilui-da. Aumento: 1500X.

Page 138: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

128

b y it,A

FIGURA IV.48 - Detalhe de vazios no metal fundido observadosno componente como soldado submetido ã fluên-cia. Ataque: água regia diluída. Aumento :A) 625X, B) 1000X.

Page 139: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

129

B CFIGURA IV.49 - Superfície de fratura do componente como sol-

dado rompido em fluência (amostra 06). (A)Evj^dencia dois modos de fratura, (B) e (C) sãodetalhes das regiões observadas em (A).

Page 140: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

130

FIGURA IV.50 - Superfície de fratura do componente como sol-dado rompido em fluência (amostra 09). (A) e-(B) evidenciam o modo misto de fratura. (C) e(D) são detalhes de cavidades observadas.

Page 141: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

131

FIGURA IV.51 - Região observada a 1809 da apresentada na fi-gura anterior, caracterizando modo intergranular de fratura.

Page 142: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

132

A

FIGURA IV.52 - Local de fratura ocorrido no componente enve-lhecido submetido a ensaio de fluincia (amos-tra T02). Microestrutura caracterizando a ZTA.(A) e (B) correspondem respectivamente a cadalado da amostra. Ataque: água regia diluída.Aumento: 250X.

Page 143: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

133

A

FIGURA IV.53 - Local de fratura do componente envelhecido submetido a ensaio de fluincia (amostra 03). Hi -croestrutura caracterizando a ZTA. (A) e (B)correspondem respectivamente a cada lado daamostra. Ataque: água regia diluida. Aumento:250X.

Page 144: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

134

FIGURA IV.54 - Superfície de fratura do componente envelhecido rompido em fluência (amostra T02), evidenciando microcavidades.

Page 145: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

135

FIGURA IV.55 - Superfície de fratura do componente envelhecido rompido em fluência (amostra T03), eviden-ciando microcavidades.

Page 146: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

136 "

B

FIGURA V.I - Radiografias dos pinos: (A) oco, (B) compacto,encaixados ao tubo (sem solda). Note-se que aregião vazia do pino oco não permite observaçãode defeito. . '

1086

TEHfi REC0Z1UENT0

K)»O*C

—.izeo*c390

001 04 10 100TEMPO (b)

1000 10,000I

FIGURA V.2 - Diagrama de precipitação tempo-temperatura*parao aço inox 316, 20% deformado a frio. Ref.(38)

Page 147: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

137

oe

o

ENCRUADO

•SOUWUZADO

I 1,2 1,4 1.6 1.8 2

tOLUBILIZAOO B

FIGURA V.3 - Gráficos mostrando: (A) relação entre os limi-tes de escoame.ito da junta soldada e do mate-rial deformado a frio, (B) relação entre os 11mites de resistência da junta soldada e do ma-terial deformado a frio. Ref. (27).• — soidagem TIG autõgena; o — soldagem comeletrodo revestido.

Page 148: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

138

niATURAIMTERSftAlfULAIi

SUPERFÜnEDC

- FRATURA

FRATURA MTER6RANUUUIt TRAMSSRANULAR

FIGURA V.4 - Esquema da influência da variação da largura docordão de soldo no local de fratura. Note-seno lado de maior largura, a fratura procede pe-lo metal fundido e ZTA, enquanto que do outro

s lado apenas pela ZTA.

Page 149: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

ANEXO I

REAGENTES METALOGRAFICOS UTILIZADOS

1) Água Regia Diluída: ^

\ . Composição: 15 nt Ü.CI

5 nt HN03

100 nt HgO (destilada)

. ' ' Condições empregadas: iraersão por 2 a 3 minutos.

• Características: Ataca uniformemente a austenita, rapi^

daraente a fe r r i ta , e revela as fases

a, n e carbetos claramente em auto re

levo. ""•• ..

2) Reagente de Murakami

. Composição: 10 g -! • • " . ; • - •

• . 1 0 g - ICOH

100 ml - H£0 (.destilada)

Condições empregadas: imersão, a 80°C, por 5 a 10 minjj

- . tos. ,

Características: Para distinguir- entre carheto e fase

* . .' o* use Sgua regia d1.1u1.da e em seguida

este ataque sem polir novamente. Co-

lore a fase a de azul e escurece os

carbetos.

Page 150: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

140

3) Ácido Nítrico:

Composição: 50 ml - HNO.

50 ml - H90 (destilada)

Condições empregadas: ataque eletroittico a 8 raA por

>l t5 minuto

Característica: I possTyel atacar-se apenas os contor-

i:. nos de grão austenitico não revelando

.' as macias do^material laminado.

Crômtco:

Coropostção: 1Q g CrO3

100 nl

Condições empregadas: ataque eletro'lTtico a 8 nA, 3 rai-

. nutos para amostra tratada terrnj

• caroente e 10 minutos para a sem

• tratamento térmico.

Característica: Ataca carbetos.

Page 151: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

141

A N E X O I I

Page 152: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

S O L D A

8 ,

S2

S3

S4

S5

S6

S7

S15

S16

S17

S18

S19

P A R Â M E T R O S D E

N 9 D EV O L T A S

( R )

1

1

1

. 1

1

1

1

1 .

1

1

1

1

TEMPO: t(s)subida,patamar, queda

2.4,3

2.4.3

2.4.3

2.4.3

2.4.3

2.4,3

2.4.3

3.6,3

3,6,3

3,6,3

3,6,3

'3,6,3

S O L D A P A R A O S P I N O S O C O S

V E L O C I D A -D E

v (rpm)

16

16

16

1 6 .

1 6 ; -16

16

10

10

10

10

. 1 0

C O R R E N T E

I (A)

40

50

60

40

40

. «°-40

20

30

40

50

20

V O L T A G E M

V ( V )

11

12

12

12

12

11

11

10

11

12

. 14

10

DIST.ELE-TRODO APEÇA D(mm)

0.5.

0.5

0,5

1,0

• . . i . «v . ;

0,5 :

, 0 . 5 ;

0,5.

0,5

1.0

1.5''

0,5

D I S T . I A T E -R A L E L E T R OD O x ( m m ) " "

0,0

0,0

0,0

0,0

0.0 ,

0,2

0 , 3 .

• 0 , 0

0,0

0,0

0,0

0,2

PENETRAÇÃO

P (mm)

• i •

\

\ ...

1,0401.222

1,198. 1,970

1.0862.171

1,1732,746

0,3520,585

' LARGURA

L (mm)

i '

• •

• 2.0312,287

2,1682,622

3,0513,840

3,7404,366

1,2031,572

R E L A Ç Ã O ' '

P / L

m

4

*

0.512* 0.534

0,5520,751

0,3560,565

0,3140,629

0,2930,372

Page 153: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

SOLDA

S2O

S21

S22

S31

S32

S33

S34

>

S36

S37

PARXNETROS OE

N9 DEVOLTAS

(R)

1

1

1

1

1

1

l

1

1

1

TEMPO: t(s)subida,patamar, queda

3,6,3

3,6,3.

3.6,3

1.5,3.1.5

1.5,3,1.5

1.5,3,1.5

1.5,3,1.5

1.5,3,1.5

1.5,3,1.5

1.5,3,1.5

• '

SOLDA PARA OS PINOS OCOS

VELOCIDA-DE .

v (rpm)

10

10

10

20

20.

20

20

20

20

20•

CORRENTE

I (A)

30

40

50

30

4 0 ^

50

60

•30-

40

50

VOLTAGEN

V (V)

. 11

12

14 .

11

•11

12

•14

.11

.11

12

DIST.ELE-TRODO A -PEÇA D(mm)

0 , 5 -

1.0

1,5

0,5

0,5

., i.o,

1,5

0,5

0,5

DIST.LATE-RAL ELETRODO x(mm)~"

0,2

0.2

P,2.

0,0' '

i

0,0

oro

0,0

0.2 .

0.2

- 0,2

PENETRAÇÃO

P (mm)

1 ,1951 ,967

1,1352 , 3 1 3

1 , 7 6 52,626

0,8131,081

1,0511,053 .

0,636\ 1.042

1,1122,011

0,3500,452

0,5980,789

0.6611.204

'1AR6URA

L (mm)

2,5922,984

3,0314.074

4,3985,148

2,1861,944

2,7013,098

2,665• 2,961

3,566. 4,501

1,2531,699

1,7182,330

.2 ,5993,296

RELAÇÃO

P/L

0,4*610,659

0,3740,568

0,4010,510

0,372• 0,556

0,3890,340

0,2390,352

0,312'0,447

0,2790,266

0,3480,339

0,2540,365

Page 154: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

SOLDA

S38

S47

S48

S49

S5O

S51

S52

S53

S54

S63

S64

PARÂMETROS DE SOLDA PARA OS PINOS OCOS

N9 DEVOLTAS

(R)

1

2

2

2

2

2

2• •

2

2

2

2

TEMPO: t(s)subida,patanar, queda"

1.5,3,1.5

3,12,3

3.12,3

3,12,3

3,12,3

3,12,3

3,12,3

3,12,3

3,12,3

2,8,2

2,8,2

VELOCIDA-DE

v (rpm)

20

10

10

10

10

10

10

10

10

1 5•

15

CORRENTE

I (A)

60

15

20

25

30

15

20

25.

30

25

30

VOLTAGEM

V (V)

14

10

10

11

1 11^

10

10

11

TI

11

11

DIST.ELE-TRODO APEÇA D(ran)

1.5 .

0,5

0,5 .

1.0

1,5

0,5

1,0

1.5

0,5

DIST.LATE-RAL ELETRODO x(mm)-

0,2

0,0

•0,0

0 , 0 -

' 0,0

0,2 ..

0,2

0,2

0,2

.; 0,0

0,0

PENETRAÇÃO

P (mm)

1,2921,165

0,3240,593

0,9791,118

1,0841,260

1,136'1,367

0,472x0,668

0,8581,237

0,7831,156

1,0482,270

0,1790,261

0,5961 , 0 1 6

\LARGURA

L (mm)

3,2203,134

1,0981,504

2,0231,922

2,7832,511

2,9333,358

1,395•1,469

1,9132.147

2,2872,394

3,3083,881

1,0720,911

1,9582,556

RELAÇÃO '

P/L

0,4010,372

0,2950,394

0,4840,582

0,3890,502

0,3870,407 •

0,3380,455

.0,4480,576

0,3420,483

0,3170,585

0,1670,285

0,3040,397

Page 155: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

SOLI»

hs

Hi

S67

S68

S69

S70

S79

S80

»81.

S82

S83

PARANETROS DE

N9.DEVOLTAS

(R)

2

2

2

2

2

2. .

2

2

2

2

2

TEMPO: t(s)subida,patamar, queda"

2,8,2

2,8,2

2,8,2

2.8,2

2,8,2

*2,8,2

1.5,6,1.5

1.5,6,1.5

1.5,6,1.5

1.5,6,1.5

V.5,6,1.5

SOLDA PARA OS PI

VELOCIDA-DE

v (rpm)

15

15

15

15

15

15

20

20

20

20

20

CORRENTE

I (A)

35

.40

25

.' 30 .

* 35

40

30

35

40

45

30

NOS OCOS

VOLTAGEM

V (V)

11

12 •

11

11

11

12

11

11

12

12

11

OIST.ELE-TRODO APEÇA D(mm)

1 . 0 .

1,5

0,5

. 0 , 5

1.5

0,5

0,5

1.0

I./

0,5

DIST.LATE-RAL ELETRODO x(mm)

0,0

0,0

0,2

0,2-'

0.2''

0,2.

0,0

*0,0

0,0

0,0

0,2

PENETRAÇÃO

P (mm)

0,7241,151

1,8761,930

1,0341,047.

0,7861,092

1,0141,158

1,301v 1,989

0,6870,899

1,0621,501

1,5771,196

1,1912;272

0,5730,799

LARGURA

L (mm)

2,4723,033

4,387. 3,872.'

2,3422,476

1,9662,485

2,4812,854

3,791•3,744

1,7661.793

2,885. 2,883

3,277 "2,954

3,5973,636

1,6972,071

RELAÇÃO '

P/L

0,2920,379

0,4280,498 '

0,4450,423

0,3990,439

0,4090,406

• 0;3430,531

. 0,3890,501

0,3680,521

0,4810,405

0,3310,624

0,3380,386

Page 156: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

SOLDA

S84

S85

S86

S95

S96

S97

S98

S99

S 1 0 3

S1O4

S 1Õ5

PARANETROS DE SOLDA PÁRA OS PINOS OCOS

N9DEVOLTAS

( R )

2

2

2

1

1

1

1

1

1

1

1

TEMPO: t ( s )subida,patamar, queda"*

1.5,6,1.5

1.5,6,1.5

1.5,6,1.5

2*4,2

2,4,2

2,4,2

2,4,2

2.4,2

2,4,2

2,4,2

2,4,2

VELQCIDA-DE

v (rpm)

20

20

20

15

15 •

15

15

15

15

15

15

CORRENTE

I (A)

35

40

45

30

40

50

60

.30.

40

50

60

VOLTAGEN

V (V)

.11

12 •

13 s

*11

11

12

14a

11

11

12

14

DlST.ELE-TRODO APEÇA D(nm)

0 ,5 .

. i.o

1,5

.0 ,5

0,5

., W

1,5

0,5

0,5

' / •

1.5

DIST.LATE-RÀL ELETRODO x(mrar

0,2

0Í2

0,2 .

0,0 ", •

/0,0

0,0 ..

0,0

0.2 .

0.2

0,2

0,2

PENETRAÇÃO

P (mm)

1 , 0 3 31 , 5 7 5

1,126' 1.406

1,2522,156

0,6151,095

1,6011,979

1 ,1 89\ 4,415

1,1842,966

0,8691,165

1,2851,868

1,1532,616

1,3682,982

V-.LARGURA

L (rim)

2,5632,663

3,1023,076

3,6313,508

2,1442,631.

3,081 :3,699

3,486••4,244

3,8664,757

2,321• .1.784

2,5802,721

3,7634,084

4,5224.772

RELAÇÃO

P/L

0,4030,591

0,3630,457

0,3450,614

0,287. 0,416

. 0,5190.535

. 0,3410.236

0.3060,623

0,3740,653

0,4980,686

0,3060,640

0,3020,625

Page 157: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

SOLD*

VS9

S1Os u

S12S , j

S14S23

S24

S?5

S26

S28

PARÂMETROS DE SOLDA PARA OS

N9.DEVOLTAS

1

1

1

1

1

1

1

1

1

1

1

1

1

TEMPO; t ( s )sub1da,patatmar, queda"

2 , 4 , 3

2,4,3

2,4,3-

2,4,3

2.4,3

2,4,3

2,4.3

3,6,3

3,6,3

3,6,3

. 3.6,3

3,6.3

3,6,3

VELOCIDA-DE

v (rpm)

16

16

16

16

16

16

16 V

10

10

10

10

10

PINOS COMPACTOS

CORRENTE

I (A)

4.0

50

60

40

40

40

.40

30

40

50

20

30

VOLTAGEM

V (V)

11

12

12 '

12

12

11

ir

10

n

12

14 .

10

DIST.ELE-TRODÓ APEÇA DCmm)

0,5

0,5 .

0,5

' 1.0

1,5

0,5T 0 . 5 .

0,5

' 0,5

. .1 ,0

' 1 . 5

0 , 5 /

0,5

DIST.LATE-RAL ELETRODO x(mm)~

0,0

0,0

0,0

0,0

0,0

,0,2 ".

0.3 ''

, 0,0

0,0

o.q

o;o.

0,2

0,2

PENETRAÇÃO

P (mm)

' • ' ! ' • '

A

0,7801,086^

vl.,1151,535

1,3992,104

1,3393,432

0,7511,094 .

1 , 0 7 31 , 0 7 9

' LARGURA

L (mm)

1 , 6 3 91 , 8 9 4

2,2302,782

2,9073,607

3,8774,997

1,4461 , 7 7 5

2,3702,014

RELAÇÃO

P/L

0

i

0,476.0,5.73

0,5000,552 y

0,4810,583

0,3450,687

0,5190,616

0,4530,536

Page 158: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

SOLDA

S29

S30

S39

S4O

S41

S42

S43

S44

S45

S46

S55

PARÂMETROS DE SOLDA PARA OS PINOS COMPACTOS .

N9-DEVOLTAS

(R)

1

1

1

1

1

1

1

1

1

1

2

TEMPO: t ( s )subida,patamar, queda

3,6,3

3,6,3

1.5,3,1.5

1.5,3,1.5

1.5,3,1.5

1.5,3,1.5

1.5,3,1.5

1.5,3,1.5

1.5,3,1.5

1 . 5 , 3 , 1 . 5

3 . 1 2 , 3

VELOCIDA-DE

v (rpni)

10

10

20

20

20

20

20

20

20

20

10

CORRENTE

I (A)

40

50

30

40

50

60

30

40

50

60

15

VOLTAGEM

V (V)

12

14 •

11

11'

12

14

11

11

12

14

10

DIST.ELE-TRODO APEÇA Dtiun)

1,0

1,5

0,5

. 0 , 5

1,0

0,5

0,5

• 1,0

1 . 5 "

0,5

DIST.LATE-RAL ELETRODO x(mm)~"

0,2

0,2

0,0

0,0"

0,0

0 , 0 . .

0,2

0,2

0,2

.. 0,2

0,0

PENETRAÇÃO

P (mm)

1,0901,771

1,2572,144

0,6700,793

1,0911,091

0,9011,119

0,895{1,412 •

0,8290,843

0.7911,129

0,9491,182

1,4821,749

0,3630,462

\ • '

LARGURA

L (mm)

3,0883,822

3,3774,557

1 ,9382,107

2,6522,846

3,448 ,.3,896

3,3774,586

1,9501,831

2,7512,904

2,8573,975

4,5364,693

1,2511,243

RELAÇÃO

P/L

0,3530,463

0,3720,470

0,3460,376

0,4110,383

0,2610,257

*0,2650,308

0,425 '0,460

0,2870,389

0,3320,297

0,3270,377

0,2900,372

Page 159: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

SOLDA

S56

S57

S58

S59

S60

S61

S62

S71

S72

S73

S74

PARÂMETROS DE SOLDA PARA OS PINOS COMPACTOS

N9 DEVOLTAS

2

2

2

2

2

2

2

2

2

2

2

TEMPO: t ( s )sub ida ,patamar, queda"

3,12,3

3,12,3

3,12,3

3,12,3

3,12,3

3,12,3

3,12,3

2,8,2

2,8,2 "

2,8,2

2,8,2

VELOCIDA-DE

v (rpm)

10

1Q

10

10

10

10

10

15

15

15

15

CORRENTE

I (A)

20

25

30

; 15

20

25

:o

2 5 ,

30

35

40

VOLTAGEM

V (V)

10

11

11

IP*

• 10

11

11

11

11

11

12

OIST.ELE-TRODO A 'PEÇA D(mm)

0,5

1.0

1.5

0.5

0,5r

1,5

0,5

0,5

1,0/

1.5

DIST.LATE-RAL ELETRODO x(mm)"~

0,0

0,0

0,0

0 , 2 -

' 0 , 2 •'

/ 0,2 .

0,2

o , o"

0,0

0,0

0,0

PENETRAÇÃO

P (mm)

1,0091,032

1,0671,086

1,3341,530

0,3790,442

0,980 *1,204

1,0411,044 ••:•

1,1771,752

0,*8501,074

0,7700,913

1,0451,060

1,0581,594

y •

"LARGURA

L (mm)

1,8992,259

2,7872,491 ;>

3,8053,881

0,9651,270

2,821 ...2,106. '

2,5021,927

3,6453,943

1,9262,144

1,9502,115

3,2863,185

4,0783,715

RELAÇÃO

P/L

0,531.0,457

0,3830,436

0,3500,394 '

0,3930,348

0,3470,572

0,4160,542

0,3230,444

0,4410,501

0,3950,432

0,3180,333

0,2590,429

Page 160: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

SOLDA

S75

S76

S77

S78

S87

S88

S89

S90

S91

S92

S93

PARAHETROS DE !

N9-DEVOLTAS

(R)

2

2

2

2

2

2

2 .

2

2

2

2

TEMPO: t(s)subida,patamar, queda

2.8,2

2,8,2

2.8,2

2.S.2

1.5,6,1.5

1.5,6,1.5

1.5,6,1.5

1.5,6,1.5

1.5,6,1.5

1.5,6,1.5

1.^5,6,1.5

5OLDA PARA OS PINOS COMPACTOS .

VELOCIDA-DE

v (rpni)

15

15

15

15

20

20

20

2Q

20

20

20

CORRENTE

I (A)

25

30

35

40

•30 . _

35

40

45

30

35

40

VOLTAGEM

V (V)

.11

11 *

11

12

11

n

13

11

11

12

DIST.ELE-TRODO APEÇA D(tnn)

0 , 5 •

0,5• •

1.0 '

1,5

0,5

0,5 V

1*0

1 , 5 .

0.5

0.5 y

1,0

DIST.LATE-RAL ELETRODO x(mm)"~

0.2

0^2

0,2 •

0,2 ". 'i

0,0t

o . o •••

0 ,0 -

0,0

0,2

• 0.2

0.2

PENETRAÇÃO

P (mro)

0.6660.766

0.6511,053

1,0811.148

1.0971.182

0.5630,731

1,052M ,065

1,3132.820

1.0661,162

0,7380.869

1.0890.592

1.0321 . 0 9 4 .

LARGURA

L (m)

1,6401.980

1.7981.799

3.2093,220

3,8113,473 •

2,0102.046

2,5492.331

4.520..5,289

3,436"3,401

1,7672.075 .

2,1841.996

3.3602,853

RELAÇÃO

P/L

•0,4060.387

0.3620,585

0,3370.356

0.2880.340

0.2800,357

0.4130.457-,

0,2900,533

0,3010,342

0,4180.419

0.4990,296

0,3070,383

Page 161: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

SOLDA

S94

S1OO

S1O1

S 1 0 2

S 1 0 6

S 1O7

S 1 0 8

S 1 0 9

S11O

PARÂMETROS DE

N9 0EVOLTAS

(R)

2

2

2

2

1

1 '

1

1

1

TEMPO: t(s)subida,patamar, queda"

1.5,6,1.5

3,12,3

3.12,3

3,12,3

2,4,2

2.4,2

2.4,2

2.4,2

2.4,2

' • .

SOLDA PARA OS P I

VELOCIDA-DE

v (rpm)

20

10

10

10

15

15

15

15

15

CORRENTE

I (A)

45

30

40

50

6 0 ^

30

40

50

.60

NOS COMPACTOS

VOLTAGEM

V (V)

13

11 '

11• • *

12

14

11

11

12

14

DIST,ELE-TRODO APEÇA D(mra)

1 , 5 . '

. 0 , 5

. 0 , 5

0,5

Í . 5

., 0.5 , ..

0;5'

1,0

1.5

/

OIST.LATE-RAL ELETRODO x(mm)~

0,2

6.2

0,0

/0,0

0,2

. 0.2

0,2

0,2

PENETRAÇÃO

P (mm)

1,0281.032

2.1114,051

!

\1,2771,898

0,513.\ 0,874

1,0891,410

1,7952,191

1,3841,393

LARGURA

L (mm)

3,8293.851

3,2011 3.101

4,6305,167

1,5351,461

2,7113,044

4,4204,671

4,4404,253

RELAÇÃO

P/L

0,2680,283

0,657 .1,306

0,2760,367

0,3340,598

- 0,4020,463

0,4060,469

0,3120.327

Page 162: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

152

Os defeitos apresentados, através de exames visual eme

talogrâfico, nas soldas dos ensaios preliminares estão provável^

•ente associados aos parâmetros empregados e a diferença de

dimensões entre as peças a serem soldadas. Apresentando fusão

excessiva, afundamento superficial do tubo e vazamento, soldas

--fern que se empregou amperagens mais elevadas, tempos mais lon-

gos e eletrodos muito próximos, principalmente na "posição 0,0"

e em pinos ocos. Enquanto falta de penetração ocorreu para

situação oposta, onde baixa anperagem", tempos menores e eletro

dos mais distantes eram empregados. Defeitos denominados Hv£

zios de solidificação" foram detectados em 5 soldas, todas com

R « 1, t * 2, 4, 2 e v « 15. Este. defeito poderia ser ocasio-

: nado devido a um excesso de metal fundido solidificando de mo-

do muito rápido. . . \: "•.'.-••

Page 163: SOLDAGEM TIG DE TUBOS DE AÇO INOX AISI 316 • PARA

153

&EFEIIOS OBSERVADOS NAS SOLDAS PRELIMINARES

FALTA DE PENETRAÇÃO

S55

S6O

S59

S16

S35

S24

AFUNDAMENTO SUPERFICIAL

VAZAMENTO

VAZIOS

S105