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TROMBOEMBOLISMO NA INFÂNCIA
Livia Jacarandá de Faria – UTIPed HBDFwww.paulomargotto.com.br
Brasília, 7 de setembro de 2013
Tromboembolismo na Infância Formação do trombo: Envolve lesão vascular,adesão e agregação plaquetária
e geração de trombina. Trombina cliva o fibrinogênio e oferece fibrina à matriz
Tromboembolismo na Infância• Tríade de Virshow:
Tromboembolismo na InfânciaDissolução do trombo Fibrinólise(defesa do organismo)- a própria trombina
desencadeia a liberação do fator tecidual ativador de plasminogênio nas céls endoteliais;este converte plasminogênio em plasmina
Plasmina- degrada fibrina
Tromboembolismo na Infância Proteína C e proteína S: Fatores ativados pela trombina A proteína C ativada ligada à proteína S age através da
clivagem de fatores de coagulação ativados(V, VII) Deficiência predispõe a doença trombótica
Antitrombina III: Responsável por mais de 50% da atividade
anticoagulante do plasma Complexo anticoagulante com fatores ativados :
II,IX,X,XI,XII Deficiência : síndrome nefrótica,CIVD,patologias
hepáticas
Tromboembolismo na Infância A doença tromboembólica tornou-se mais frequente na
última década: Maior disponibilidade de exames Pacientes com maior sobrevida Aumento do índice de suspeição Cateter central tornou-se rotina
Tromboembolismo na InfânciaAinda é patologia rara comparativamente aos adultos: RNs- 2,4 por 1000 Crianças – 0,07/10000 pacientes Adultos- 2,5 a 5 por 100 pacientes
Crianças(após período neonatal e antes da adolescência): risco reduzido devido à maior propriedade antitrombótica do endotélio,redução da geração de trombina,aumento dos níveis de α2macroglobulina(inibe ação da trombina)
Em 90% dos casos há fator precipitante
Tromboembolismo na Infância
Importância : Frequentemente associada a infecção relacionada a cateter,fonte de êmbolos, risco de perda de um acesso que seria futuramente importante
Tromboembolismo na InfânciaCausas de trombose: É multifatorial , geralmente ligado a fator desencadeante
(1 ou mais fatores de risco) Causas mais frequentes: infecção e câncer Cateter Síndrome Nefrótica – perda de proteínas anticoagulantes
Tromboembolismo na InfânciaCateter Mais frequente em lactentes Sugere-se maior tendência no cateter em subclávia e
femural que jugular PICC - menor risco em pré escolares e escolares
Tromboembolismo na InfânciaCardiopatia Congênita: Alterações de fluxo Policitemia Lesões endoteliais Maior incidência de trombofilias
Tromboembolismo na InfânciaMalignidade Hiperviscosidade Mediadores inflamatórios Leucemias,sarcomas,tu cerebrais Quimioterápicos
Tromboembolismo na InfânciaTrombose Arterial: SNC,extremidades,coração 8,5/10000 admissões Idade pico – lactentes Doença cardíaca,cirurgia, cateteres (umbilical arterial
em posição alta – menor risco) Mortalidade 6,8%
Tromboembolismo na InfânciaFatores de risco para trombose em crianças:•Cateter central•Infecção•Cirurgia•Trauma•Leucemia, cancer, quimioterapia•Doenças inflamatórias especialmente LES•Doença renal•Cardiopatia congênita•Anemia falciforme•Vasculite,malformações vasculares
Tromboembolismo na InfânciaO que se sabe sobre o diagnóstico: RadiológicoNão há definição quanto ao método ótimoGeralmente é possível fazer o diagnóstico com Doppler e
se negativo,venografiaOutros- RM,CT(TEP),ecocárdio
Tromboembolismo na Infância• Ultrassonografia- não há visualização completa de VCS
ou subclávia; sensibilidade de 37%• Venografia- sensibilidade de 79%• Melhor opção – venografia com RM• Angiografia é pouco realizada por radiologistas
pediátricos
Tromboembolismo na InfânciaEmbolia Pulmonar: Cintilografia – avaliação inicial Considerar angiotomografiaTrombose de Seio Venoso: RM CT com e sem contraste
Tromboembolismo na Infância Laboratório D-dímero – tem sido usado como screening em
adultos.Negativo excluiria trombose,mas positivo deve ser confirmado por exame de imagem
Utilidade em crianças ainda não é clara;não deve ser considerado para exclusão e altos níveis podem indicar alto risco de persistência do trombo
Tromboembolismo na Infância Avaliação de trombofilia: Fibrinogênio,atividade de AT-III, PtnC,Ptn S,Acs
antifosfolipídeos, atividade do plasminogênio Pesquisa genética
Tromboembolismo na InfânciaANTICOAGULANTES: I- Heparina Standard- aumenta capacidade de inativação de enzimas da coagulação,em particular da trombina Doses são idade dependente,com lactentes apresentando maiores requerimentos- manter anti Fxa- 0,35 a 0,7U/ml
Tromboembolismo na Infância Lactentes- 28UI/Kg/h Crianças maiores de 1a- 20UI/Kg/h Clearance é mais rápido em neonatos – maior volume de
distribuiçãoEfeitos colaterais: sangramento –1,5% , osteoporose trombocitopenia induzida por heparina Reversão- protamina
Tromboembolismo na InfânciaProtocolo de Administração:I – Dose de ataque:75UI/Kg EV em 10minII – Manutenção inicial:28UI/Kg/h em menores de 1 ano20UI/Kg/h em maiores de 1 anoIII- Ajustar dose para TTPa de 60 a 85seg (assumindo que reflita anti Xa de 0,35 a 0,70)
Tromboembolismo na InfânciaIV – Coleta para TTPa 4hs após dose de ataque e 4hs após alterações na infusãoV – Hemograma e TTPa diários quando valores terapêuticos são atingidos
OBS:se risco de sangramento, não realizar bolus
Tromboembolismo na Infância• Reversão do Efeito da Heparina: Tempo decorrido da administração:
Heparina Protamina < 30min 1.0 mg/100 UI heparina 30–60min 0.5–0.75 mg/100 UI 60–120min 0.375–0.5 mg/100 UI
> 120 min 0.25–0.375 mg/100 UI
Dose máxima: 50mgTaxa de infusão:máximo de 5mg/min
(Guidelines - Chest,Fev 2012)
Tromboembolismo na Infância II- HBPM(heparina de baixo peso molecular) Vantagens potenciais – mínima monitorização,falta de
interferência com outras drogas Pequeno risco de trombocitopenia e
osteoporose,raramente sangramento Manter antiFXa de 0,5 a 1U/ml
Tromboembolismo na InfânciaDoses Enoxaparina:< 2m - 1,5mg/kg/dose a cada 12hs (tratamento) 0,75mg/kg/dose a cada 12hs(profilaxia)>2m 1mg/kg/dose a cada 12hs(tratamento) 0,5mg/kg/dose a cada 12hs(profilaxia)
Tromboembolismo na InfânciaIII- Antagonistas da vitamina K Reduz fatores dependentes de vitK – II, VII,IX e X. Problemático em RNs : LM apresenta baixas
concentrações de vitK e fórmula tem suplementação Apresentação apenas em comprimidos – estabilidade da
diluição não definida Dose inicial de 0,2mg/kg , com ajustes objetivando INR
de 2 a 3
Tromboembolismo na Infância Protocolo de ajuste das doses: I – Dia 1: Ataque de 0,2mg/kg (INR basal de 1 a 1,3)II – Dia 2 a 4: INR Conduta 1,1-1,3 repetir dose inicial 1,4 a 1,9 50% da dose inicial 2,0 a 3,0 50% da dose inicial 3,1 a 3,5 25% da dose inicial > 3,5 suspensão até INR < 3,5 e reiniciar com metade da dose
Tromboembolismo na InfânciaIII – Manutenção: INR Conduta 1,1 a 1,4 aumento em 20% da dose 1,5 a 1,9 aumento em 10% da dose 2,0 a 3,0 manter 3,1 a 3,5 redução de 10% da dose > 3,5 suspender até INR< 3,5 e reiniciar com redução de 20% da dose
Tromboembolismo na Infância Efeitos colaterais – sangramento(menor que 3,2% por
paciente por ano em pacientes com prótese valvar) Se INR >8 sem sangramento significante – vit K Sangramento importante – plasma fresco,complexo
protrombínico, fator VIIa
Tromboembolismo na InfânciaIV- AntiplaquetáriosAspirina Antiagregante plaquetário,clearance lento no recém-
nascido Dose proposta- 1 a 5mg/kg/dia Raramente causa hemorragia importante, exceto na
presença de defeito hemostático prévio
Tromboembolismo na InfânciaDipiridamol: 2 a 5mg/kg/diaClopidogrel: 0,2mg/kg/dia
Tromboembolismo na Infância Trombolíticos: Ação mediada por conversão do plasminogênio em
plasmina Streptoquinase –mais barato,mas com maior potencial
alergênico e pode ser menos eficaz em crianças
Tromboembolismo na InfânciaTPA- ativador de plasminogênio tecidual É o agente de escolha devido à baixa
imunogenicidade.Mais caroDose: 0,5mg/kg/h em 6hs Contra indicações relativas: história de AVC, ataque
isquêmico transitório e hipertensão
Tromboembolismo na Infância Controle- d-dímero e fibrinogênio (limite inferior de
100mg/dl) Doses baixas para restaurar patência de cateter Doses mais altas para lise de trombos Sangramento em até 68%,com necessidade de transfusão
em 39%(risco maior quanto maior a duração)
Tromboembolismo na Infância Antes de utilizar corrigir trombocitopenia e deficiência de
vitKSangramentos volumosos – parar infusão e administrar
crioprecipitadoDeve ser considerado em trombose extensa e embolia
pulmonar maciça
Tromboembolismo na InfânciaRemoção do Cateter: Remoção deve ser realizada após 2 a 4 dias de
anticoagulação Caso remoção não seja possível: monitorar com exames
de imagem
Tromboembolismo na InfânciaFiltros de VCI – crianças maiores com trombos em MMII
e contraindicação à anticoagulação.Não há guidelines a respeito do uso em crianças
Trombectomia- rara, risco de lesão vascular
Tromboembolismo na InfânciaAnticoagulação: Tromboembolismo secundário: até 3 meses de
tratamento Tromboembolismo idiopático: 6 meses de tratamento Tromboembolismo idiopático recorrente e síndrome
antifosfolipideo – manutenção persistente
Tromboembolismo na InfânciaPrognóstico da TVP: Mortalidade de 2,2% Recorrência de 8,1 a 21% TEP ainda muito subestimado Não há indicação para anticoagulação de rotina em
paciente com acesso venoso central
Tromboembolismo na InfânciaCrianças de alto risco: Imobilização prolongada,grandes cirurgias, trauma,NPT
domiciliar prolongada,fatores de risco(cateter, história familiar)
Parece haver benefício da profilaxia em adolescentes, especialmente se longo tempo acamados
Não há consenso quanto ao regime
Tromboembolismo na Infância BIBILOGRAFIA:• Thompson ,Jill A; McSwain,David S; Stroud,Melanie A. Venous
thromboembolism prophylaxis in the pediatric trauma population. Journal of Pediatric Surgery (2013) 48, 1413–1421
• Chalmers, E;Ganesen,V;Liesner,R; Maroo,S. Guideline on the investigation, management and prevention of venous thrombosis in children. British Journal of Haematology, 154, 196–207
• Monagle,P; K. C. Chan,A;Goldenberg ,N.A; Ichord,R. Antithrombotic Therapy in Neonates and Children. Antithrombotic Therapy and Prevention of Thrombosis, 9th ed: American College of Chest Physicians.Evidence-Based Clinical Practice Guidelines. Chest,141(2)Supplement.Feb 2012
Tromboembolismo na Infância• McCrory,CM;Brady,K;Takemoto,C; Tobias,J. Thrombotic
disease in critically ill children. Pediatr Crit Care Med 2011 Vol. 12, No. 1
GUIDELINES (Chest,Fevereiro 2012)
GUIDELINESI- Trombose venosa sistêmica em neonatos: Cateter venoso central deve ser removido após 3 a 5 dias
de terapêutica anticoagulante(2C) Anticoagulação com heparina de baixo peso molecular ou
heparina standard seguida de baixo peso molecular
GUIDELINES Duração de anticoagulação: 6 semanas a 3 meses(2C)Trombólise indicada apenas se oclusão causando
comprometimento crítico de membros ou órgãos(2C)Se indicada trombólise, preferir t PA após uso de
plasminogênio(2C)
GUIDELINESII – Trombose de veia renal em neonatos: É a forma mais comum de trombose venosa espontânea 25% dos casos bilateral 52 a 60% extensão em VCI Sobrevida próxima a 100% Sequelas : IRC e hipertensão
GUIDELINES• Recomendações: Se unilateral na ausência de insuficiência renal ou
extensão para VCI: tratamento de suporte com monitoração radiológica ou anticoagulação com heparina standard/ baixo peso molecular por 6 semanas a 3 meses(2C)
GUIDELINESSe acometimento bilateral com evidência de lesão renal – anticoagulação com heparina standard/baixo peso molecular ou trombólise com t PA seguida de anticoagulação com heparina(2C)
GUIDELINESIII – Profilaxia em cateter venoso central de neonatos: Patência deve ser mantida com uso de heparina standard na dose de 0,5UI/Kg/h (1 A ) Obstrução do cateter – trombólise após avaliação clínica adequada(2C)
GUIDELINESIV – Profilaxia para shunts Blalock-Taussig Oclusão em 1 a 17% dos casosRecomendações: Terapia intraoperatória com heparina standard(2C) Após a cirurgia – manutenção com aspirina ou sem anticoagulação(2C)
GUIDELINESV – Terapêutica para trombose de artéria femural: Recomenda-se heparina standard como terapia inicial(1B) ou heparina de baixo peso molecular(2C) Sugere-se manutenção ou conversão para heparina de baixo peso molecular para completar 5 a 7dias de tratamento(2C)
GUIDELINESTrombólise é recomendada se criança com comprometimento que causa risco de morte ou grave acometimento de órgão sem resposta ao uso inicial de heparina(1C)Em risco de óbito iminente e contraindicação a trombólise recomenda-se intervenção cirúrgica(1C)
GUIDELINESVI – Profilaxia de cateter arterial periférico: Recomenda-se infusão de heparina standard (0,5UI/ml) a 1ml/h(1 A)
GUIDELINESVII – Tratamento de trombose de artéria periférica secundário ao uso de cateter: Recomenda-se remoção imediata do cateter(2B) Se sintomático – anticoagulação com heparina standard com ou sem trombólise ou trombectomia com heparinização subsequente(2C)
GUIDELINESVIII – Profilaxia de cateter arterial umbilical em neonatos: 1 a 3% de trombose sintomática Recomendações: Deve ser preferido o posicionamento alto (2B) Sugere-se profilaxia com heparina standard pelo cateter na concentração de 0,25 a 1UI/ml para manter patência(2 A)
GUIDELINESIX – Profilaxia de cateterismo cardíaco: Para neonatos e crianças necessitando cateterismo via artéria recomenda-se uso de heparina standard no lugar de não profilaxia(1 A) ou aspirina(1B), na dose de 100UI/Kg em bolus no lugar de 50UI/Kg (1B) Em procedimentos prolongados recomendam-se novas doses(2B)
GUIDELINESX – Trombose de seio venoso em RNs: Incidência : 2,6 por 100000 Entre neonatos com hemorragia intraventricular, a trombose de seio venoso é documentada em 31% e é mais frequente quando a hemorragia talâmica está presente
GUIDELINES7 a 19% de mortalidade e comprometimento neurológico em 36 a 79% dos sobreviventesEm neonatos sem hemorragia volumosa sugere-se anticoagulação inicialmente com heparina standard e posteriormente baixo peso molecular com duração entre 3semanas e 6 meses (2C)
GUIDELINESPara neonatos com hemorragia significativa sugere-se anticoagulação ou tratamento de suporte com monitoração radiológica no dia 5 a 7 e anticoagulação se extensão do trombo(2C)
GUIDELINESXI – AVC isquêmico arterial em RNs Difícil diagnóstico – RM 1:4000 nascidos vivos Déficit neurológico ou epilepsia em 50 a 75% dos sobreviventes
GUIDELINESRecomendações: Primeiro AVC na ausência de fonte de êmbolos sugere-
se terapia de suporte(2C) Primeiro AVC e fonte documentada sugere-se
anticoagulação com heparina standard ou baixo peso molecular(2C)
AVCs recorrentes – terapia anticoagulante ou aspirina(2C)
GUIDELINESXII – TVP e Embolia pulmonar em crianças:95% tem fator de risco identificável Quando espontânea,em geral em MMII
GUIDELINES• Recomendações: Primeiro tromboembolismo relacionado ou não ao cateter
– terapia com heparina standard ou baixo peso molecular (1B)
Tromboembolismo idiopático – terapia anticoagulante por 6 a 12meses(2C)
Tromboembolismo secundário com resolução do fator de risco – terapia por 3 meses(2C)
GUIDELINES Criança com fator de risco presente ,mas potencialmente reversível,sugere-se anticoagulação em doses terapêuticas ou profiláticas até a resolução do fator de risco(2C) Criança com tromboembolsimo recorrente idiopático recomenda-se tratamento por tempo não definido com inibidores da vitK (1 A)
GUIDELINESCriança com tromboembolismo e cateter venoso central,caso o cateter não esteja funcionante ou não seja mais necessário, recomenda-se a remoção(1B).Sugere-se ao menos 3 a 5 dias de anticoagulação antes da remoção(2C)Se o acesso é funcionante e necessário sugere-se permanência com uso de anticoagulantes(2C)
GUIDELINESEm crianças com trombose e cateter ainda necessário recomenda-se após os 3 meses iniciais de terapia ,uso de doses profiláticas de antagonistas de vitK(para INR de 1,5 a 1,9) ou HBPM(para anti fator Xa de 0,1 a 0,3UI/ml) até a remoção do cateter(2C)Se ocorrer trombose recorrente em uso de profilaxia,continuar com doses terapêuticas até remoção do cateter e por no mínimo 3meses após tromboembolismo(2C)
GUIDELINESXIII – Trombólise em crianças com TVP: Trombólise é recomendada somente em risco de óbito ou perda de membro (2C)Se utilizada em pacientes com baixos níveis de plasminogênio ,sugere-se suplementação(2C)
GUIDELINESXIV – Crianças com cateter venoso central: Para cateter venoso central sugere-se flush com solução fisiológica, heparina ou urokinase para manter patência(2C) Para cateter obstruído sugere-se t PA ou urokinase para restaurar patência(2C); se após 30min patência não é restaurada, sugere-se segunda dose
GUIDELINESPara crianças com cateteres de curta ou média permanência não se recomenda profilaxia de rotina(1B)Para crianças em uso de NPT domiciliar prolongada recomenda-se profilaxia com inibidores da vitK(2C)
GUIDELINESXV – Hipertensão pulmonar primária: Sugere-se anticoagulação com inibidores da vitK no mesmo momento em que se iniciam outras terapêuticas(2C)
GUIDELINESXVI – Trombose de seio venoso em crianças: 0,6 por 100000 crianças, sendo > 40% em neonatos 9 a 29% de óbitos Déficits neurológicos em > de 50%
GUIDELINES• Recomendações: Crianças sem hemorragia intracraniana significativa –
anticoagulação com heparina standard ou HBPM e subsequente inibidor de vitK ou HBPM por no mínimo 3 meses (1B)
Se após três meses persistem sintomas ou oclusão , manter por mais 3 meses(2C)
GUIDELINESEm crianças com hemorragia significativa sugere-se anticoagulação como para crianças sem hemorragia ou monitoração radiológica com 5 a 7 dias e anticoagulação se extensão do trombo é percebida(2C)Sugere-se trombólise,trombectomia ou descompressão cirúrgica somente em casos severos sem resposta à heparina standard inicial(2C)
Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto
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• A incidência estimada de tromboembolismo venoso sintomático em neonatos é de 0,24/10.000 crianças admitidas. Trombos ocorrem em cerca de 30% de todos os cateterismos venosos umbilicais, mas em sua grande maioria são assintomáticos. A trombose venosa renal é a modalidade de trombose mais frequentemente diagnosticada nas UTI neonatais. Geralmente é diagnosticada nos primeiros 2 dias de vida, o rim mais frequentemente acometido é o esquerdo e em 30% dos casos o envolvimento é bilateral. As complicações agudas da trombose renal incluem hemorragia adrenal e extensão do trombo para a veia cava inferior. Das outras modalidades de trombose, 89% estão associadas com a presença de cateter venoso central e 29% com infecção sistêmica. Os outros sítios que podem ser envolvidos incluem a veia cava inferior, a veia cava superior e o átrio direito, com ou sem trombose de uma das cavas. As veias femorais são o segundo sítio mais comum de trombose associada a cateter venoso. Vasos afetados mais raramente incluem a braquiocefálica, subclávia, jugular e ilíacas.
Trombose neonatalAutor(es): Alexandre Peixoto Serafim
(Capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 3ª Edição,ESCS, 2013
• Redução significativa da taxa de falha de infusão em cateter periférico quando usada heparina em infusão contínua (Dose adequada parece ser 0.5U/ml)
• Efeitos concordantes com o uso de heparina em acessos profundos, centrais ou periféricos
• Infusão intermitente mostrou efeitos mínimos• Sem efeitos adversos relacionados ao uso da heparina
:: Uso de baixa dose de heparina e patência dos cateteres periféricos Intravenosos na criança: revisão sistemática
Autor(es): Manoj Kumar, Ben Vandermeer, Dirk Bassler and Nadia Mansoor. Apresentação:Ana Carla Borges de Oliveira, Paulo Roberto Margotto
• Os sistemas pró-coagulantes, anticoagulantes e Os sistemas pró-coagulantes, anticoagulantes e fibrinolítico são únicos e diferentes de outras faixas fibrinolítico são únicos e diferentes de outras faixas etárias.etárias.
• Estão em um Estão em um relativo estado pró-trombóticorelativo estado pró-trombótico, balanceados , balanceados com fatores que previnem eventos tromboembólicos em com fatores que previnem eventos tromboembólicos em neonatos a termo e prematuros “relativamente bem”.neonatos a termo e prematuros “relativamente bem”.
• Quando esse balanço é desfeito o neonato permanece Quando esse balanço é desfeito o neonato permanece com alto risco de desenvolver tromboses. Infecções e com alto risco de desenvolver tromboses. Infecções e cateteres aumentam o risco.cateteres aumentam o risco.
Avaliação e manejo da trombose pós-natalAutor(es): M A Saxonhouse and D J Burchfield. Apresentação:Antenor Couto Neto, Márcio Teixeira de Campos, Ciro Mendes Vargas, Leonardo Alves, Paulo R. Margotto
• A trombose dos seios venosos cerebrais parece exercer papel na patogênese da HIV dos RN a termo saudáveis, não diagnosticada outrora devido a não disponibilidade de dados da moderna imagem. O fato do sistema venoso profundo drenar as veias coroidal, atrial e tálamo-estriata, o coágulo ali, primariamente formado, pode levar a hipertensão venosa e hemorragia acima do coágulo. No estudo de Wu, em 31% dos recém nascidos a termo com HIV, tinham trombose dos seios venosos cerebrais, diagnosticado pela ressonância magnética e pela venografia cerebral. Neste estudo, a origem mais comum do sangramento intraventricular foi o tálamo. Nos nossos quatro bebês evidenciamos hemorragia talâmica em um. A ressonância magnética realizada no quarto caso, após 22 dias da ocorrência da hemorragia intraventricular, não evidenciou trombose nos seios venosos cerebrais. Segundo Wu e cl, coágulos nos seios venosos cerebrais podem se dissolver muito rapidamente, escapando a detecção se a ressonância não é feita inicialmente Em nenhum dos nossos recém- nascidos foi feita venografia cerebral.
Hemorragia intraventricular no recém-nascido a termoAutor(es): Paulo R. Margotto
(Capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido de Risco, 3ª Edição,ESCS, 2013
Dra. Lívia Faria realizando ecografia transfontanela na Unidade de Neonatologia
do HRAS/HMIB