tributação das sociedades uniprofissionais problemas e soluções asbea maio / 2011

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Page 1: Tributação das Sociedades Uniprofissionais Problemas e Soluções AsBEA Maio / 2011
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Tributação das Sociedades Uniprofissionais

Problemas e Soluções

AsBEA Maio / 2011

Page 3: Tributação das Sociedades Uniprofissionais Problemas e Soluções AsBEA Maio / 2011

Profissão RegulamentadaUNIPROFISSIONAL

• CCB:: (art. 966, § único) Sociedade de Pessoas Físicas Serviço prestado em caráter pessoal Responsabilidade Ilimitada Não pode (sub) contratar atividade fim

• CONFEA : art. 7º Lei 5.194/66 Objeto social restrito á profissão

regulamentada .

• CAU: art. 2º e parágrafo único da Lei 12.378/10

Objeto social restrito á profissão regulamentada de arquiteto.

Sociedade EmpresáriaLTDA.

• CCB :: (art.966 , caput) Sociedade de PF´s e/ou PJ´s Responsabilidade Limitada Pode (sub)contratar ‘atividade fim’

• CONFEA : art. 7º Lei 5.194/66 Objeto social restrito á profissão

regulamentada .

• CAU: art. 2º da Lei 12.378/10 Objeto social pode ser mais amplo que

serviços de Arquitetura (Engenharia, Representação Terceiros, participação em outras sociedades, etc)

Tipos de Sociedade de Arquitetura

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Tipos de Sociedade de ArquiteturaProfissão RegulamentadaUNIPROFISSIONAL

• LEIS (CF x Lei Federa x Municipal) CF/88 (art. 156). Alíquota de 2% a 5% Dec.Lei 406/68 (art.9º§1º e 3º).Regime

Especial = ISS fixo por profissional Lei Compl.116/03.Mantém Regime

Especial Lei Municipal 13.701/03 (artigo 15, §1º

e 2º)

• Desenquadramento: Jurisprudência, Súmula PMSP e Súmula 473 do STJ

Sociedade EmpresáriaLTDA

• LEIS (CF x LEI FEDERAL x LEI MUNICIPAL)

CF/88 (art. 156). Alíquota de 2% a 5% Lei Compl.116/03 (art.7º) : Regime

Geral = ISS sobre o preço do serviço. Lei Municipal 13.701/03.

• JURISPRUDÊNCIA (sociedade uniprofissional x

sociedade uni/pluriprofissional)

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CARGA TRIBUTÁRIAFaturamento R$ 200.000,00 (trimestral) Lucro presumido. 6 profissionais. Sede São Paulo

Profissão Regulamentada(Uniprofissional)

• PIS: 0,65%: R$ 1.300,00• COFINS: 3,0%: 6.000,00• IRPJ: 15%: R$ 9.600,00• Adicional: 10%: R$ 400,00• CSLL: 9%: 5.760,00• ISS: R$ 1.032,06 (R$ 172,01 por

trimestre por profissional)

TOTAL: R$ 24.092,06 (12,05%)

:

Sociedade Empresária (Limitada)

• PIS: 0,65%: R$ 1.300,00• COFINS: 3,0%: 6.000,00• IRPJ: 15%: R$ 9.600,00• Adicional: 10%: R$ 400,00• CSLL: 9%: 5.760,00• ISS: 5%: R$ 10.000,00

TOTAL: R$ 33.060,00 (16,53%)

Page 6: Tributação das Sociedades Uniprofissionais Problemas e Soluções AsBEA Maio / 2011

CARGA TRIBUTÁRIA Faturamento R$ 500.000,00 (trimestral). Lucro presumido. 10 profissionais.Sede São Paulo

Profissão Regulamentada(Uniprofissional)

• PIS: 0,65%: R$ 3.250,00• COFINS: 3,0%: 15.000,00• IRPJ: 15%: R$ 24.000,00• Adicional IR(10%): R$ 10.000,00• CSLL: 9%: 14.400,00• ISS: R$ 1.720,10 (R$ 172,01 por

trimestre por profissional)

TOTAL: R$ 68.370,10 (13,67%)

:

• PIS: 0,65%: R$ 3.250,00• COFINS: 3,0%: 15.000,00• IRPJ: 15%: R$ 24.000,00• Adicional IR(10%): R$ 10.000,00• CSLL: 9%: 14.400,00• ISS: 5%: R$ 25.000,00

TOTAL: R$ 91.650,00 (18,33%)

Sociedade Empresária (Limitada)

Page 7: Tributação das Sociedades Uniprofissionais Problemas e Soluções AsBEA Maio / 2011

CARGA TRIBUTÁRIA Faturamento R$ 1.000.000,00 (trimestral). Lucro presumido. 20 profissionais.Sede São Paulo

Profissão Regulamentada(Uniprofissional)

• PIS: 0,65%: R$ 6.500,00• COFINS: 3,0%: 30.000,00• IRPJ: 15%: R$ 48.000,00• Adicional: 10%: R$ 26.000,00• CSLL: 9%: 28.800,00• ISS: R$ 3.440,20 (R$ 172,01 por

trimestre por profissional)

TOTAL: R$ 142.740,20 (14,27%)

Sociedade Empresária (Limitada)

• PIS: 0,65%: R$ 6.500,00• COFINS: 3,0%: 30.000,00• IRPJ: 15%: R$ 48.000,00• Adicional: 10%: R$ 26.000,00• CSLL: 9%: 28.800,00• ISS: 5%: R$ 50.000,00

TOTAL: R$ 189.300,00 (18,93%)

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Problema Confusão : Uniprofissional x Sociedade Empresária

Confusão : Formas de tributação por tipo de empresa (Regime Geral x Regime Especial)

Contingência de todos os passivos envolvidos (Fiscal, Previdenciário, Civil/Profissional, Trabalhista)

Responsabilidade dos sócios por tipo de sociedade(limitada ou ilimitada)

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Soluções

Sociedade Uniprofissional XSociedade Empresária

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CLIENTE

Empresa Arquitetura UNIPROFISSIONAL

Projeto Complementar 1

(Estrutura)

Projeto Complementar 2

(Elétrica)

Projeto Complementar 3(Luminotécnica)

PJ 1 PJ 20

PROBLEMA:•A terceirização (de atividade fim ) pelas UNIPROFISSIONAIS a descaracteriza.

•A terceirização ocorre na contratação de: (i) Arquitetos Colabores (PJ´s)(ii) Projetos Complementares

•Ambos (i) e (ii) sofrem tributação sobre sua receita (redução do ganho líquido).

Passivos decorrentes:

Tributário (Descaracterizar a Uniprofissional : ISS de 5% do serviço)

Trabalhista (vínculo dos PJ´s)

Previdenciário (PJ´s não inscritos)

Responsabilidade Civil e Técnica (pelos Projetos Complementares)

Pagamento de Impostos

(+/-15%)

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SOLUÇÃO 1: RISCO ZERO UNIPROFISSIONAL

Somente sócios (arquitetos) com responsabilidade ilimitada trabalham(I.e: todos os PJ´s ou passam a sócios (PF) ou empregados CLT da UNIPROFISSIONAL)Não contratar/terceirizar Projetos Complementares (a relação será direta entre o cliente e cada projeto compl)

Vantagens:Tributação do ISS com base de cálculo fixa Elimina-se a tributação das PJ´s Trabalhista : reduz-se o risco com PJ´s Previdenciário : INSS sobre‘pro-labore’ Eliminação da Responsabilidade Civil e Técnica pelos Projetos Complementares

Desvantagens Perda da Receita por projetos complementares

Cliente

Projeto Complementar 1

Projeto Complementar 2

Projeto Complementar 3

Empresa Arquitetura (Simples)

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SOLUÇÃO 2: RISCO MODERADO UNIPROFISSIONAL

Somente sócios (arquitetos) com responsabilidade ilimitada prestam serviços na sociedade.(I.e: todos os PJ´s ou passam a sócios (PF) ou empregados CLT da UNIPROFISSIONAL)

Gestão de Projetos Complementares, desde que não as atividades do artigo 2º da Lei 12.378/10.

Vantagens:Tributação do ISS pela alíquota fixa Elimina-se a tributação das PJ´s Trabalhista : reduz-se o risco com PJ´s Previdenciário : INSS sobre‘pro-labore’ Eliminação da Responsabilidade Civil e Técnica pelos Projetos ComplementaresSOLUÇÃO 2: PIOR CENÁRIOSOCIEDADE EMPRESÁRIA Perda da Receita por projetos complementares

Cliente

Projeto Complementar 1

Projeto Complementar 2

Projeto Complementar 3

Empresa Arquitetura (Simples)

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SOLUÇÃO 3: PIOR CENÁRIOSOCIEDADE EMPRESÁRIA

Vantagens:Contratar livremente terceiros (PJ´s, PF ou Projetos Complementares)

DesvantagensAumento do ISS (4,5% sobre receita)SCP . Aumento da burocracia/controles/custos

Cliente

Empresa de Arquitetura (Tributação

Única – Sócio Ostensivo)

Projetos Complementares (sócios ocultos) em SCP

Profissionais Arquitetos

SCP

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SOLUÇÃO 4: SOFISTICADASOCIEDADE EMPRESÁRIA

Objetivo: Compensar o aumento da carga tributária (ISS/tributação de terceiros)Todos os PJ´s passam a sócios de uma nova empresa, (Newco ou SCP) Projetos complementares podem ser contratados via SCP por clienteManter a mesma remuneração líquidaVantagens:Elimina-se a tributação das PJ´sElimina –se a (bi) tributação para P.Compl Trabalhista (redução risco com PJ´s) Previdenciário (INSS sobre ‘pro-labore’ mínimo ) Compartilhada Responsabilidade Civil e Técnica por Projetos Complementares (SCP)Desvantagens:Aumento do ISS (4,5% sobre receita)SCP . Aumento da burocracia/controles/custos

Cliente

Empresa de Arquitetura (Tributação Única –

Sócio Ostensivo)

Profissionais Arquitetos

SCP

Distribuição de lucros

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Medidas

Sociedade Uniprofissional:

Alterar Contrato Social (adequar objetivos do CONFEA/CAU)

Responsabilidade Ilimitada dos sócios

Manter apenas sócios (PF) e todos arquitetos

Contratar projetos complementares dentro dos limites apresentados (Solução 1 ou 2)

Sociedade Empresária:

Rever tributação ISS (5% do serviço)

Formalizar contratos, sociedade (Newco) ou SCP com arquitetos colaboradores. *

Formalizar SCP por cliente com participantes dos Projetos Complementares .*

(*Reduzir valor bruto e manter ganho líquido.)

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Sugestões - Contrato Social

Contrato Social deve prever:

• Objetivo social adequado a legislação do CONFEA/CAU• Distribuição de lucros de forma desproporcional à participação

societária; • Destituição da diretoria e exclusão de sócio, mediante

deliberação dos sócios representando a maioria do capital social, de modo a evitar conflitos societários em caso de desligamento;

• Administração• Responsabilidade dos sócios• Capital integralizado• outros

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Sociedade em Conta de Participação

Características

• Sociedade Contratual, sem personalidade jurídica;

• Tratamento fiscal similar as demais sociedades, o que traz benefícios sem que haja a vinculação societária tantas vezes complexa e problemática.

• O ideal é a constituição de uma SCP para cada projeto cliente ou área (Projeto/Maquete/Executivo).

• Centraliza controles, remuneração e demais aspectos (responsabilidade civil e técnica)

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Marcia [email protected] (11) 3093-9495

Marcia Martins [email protected] (11) 3093-9493OBRIGADA!

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Art. 966 do Código CivilArt. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

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CONFEA (Vigência até a posse dos Conselheiros do CAU)Art. 7º da Lei 5.194, de 24 de dezembro de 1966:

As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo consistem em (Objeto Social):

a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas, de economia mista e privada; b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária; c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica; d) ensino, pesquisas, experimentação e ensaios; e) fiscalização de obras e serviços técnicos; f) direção de obras e serviços técnicos; g) execução de obras e serviços técnicos; h) produção técnica especializada, industrial ou agro-pecuária. Parágrafo único. Os engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos poderão exercer qualquer outra atividade que, por sua natureza, se inclua no âmbito de suas profissões.

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CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL – CAU

Art. 2º da Lei 12.378, de 31 de dezembro de 2010

Art. 2o  As atividades e atribuições do arquiteto e urbanista consistem em: I - supervisão, coordenação, gestão e orientação técnica; II - coleta de dados, estudo, planejamento, projeto e especificação; III - estudo de viabilidade técnica e ambiental; IV - assistência técnica, assessoria e consultoria; V - direção de obras e de serviço técnico; VI - vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria e arbitragem; VII - desempenho de cargo e função técnica; VIII - treinamento, ensino, pesquisa e extensão universitária; IX - desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, padronização, mensuração e controle de qualidade; X - elaboração de orçamento; XI - produção e divulgação técnica especializada; e XII - execução, fiscalização e condução de obra, instalação e serviço técnico. 

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Art. 2º da Lei 12.378, de 31 de dezembro de 2010 Parágrafo único.  As atividades de que trata este artigo aplicam-se aos seguintes campos de atuação no setor: I - da Arquitetura e Urbanismo, concepção e execução de projetos;  II - da Arquitetura de Interiores, concepção e execução de projetos de ambientes; III - da Arquitetura Paisagística, concepção e execução de projetos para espaços externos, livres e abertos, privados ou públicos, como parques e praças, considerados isoladamente ou em sistemas, dentro de várias escalas, inclusive a territorial; IV - do Patrimônio Histórico Cultural e Artístico, arquitetônico, urbanístico, paisagístico, monumentos, restauro, práticas de projeto e soluções tecnológicas para reutilização, reabilitação, reconstrução, preservação, conservação, restauro e valorização de edificações, conjuntos e cidades; V - do Planejamento Urbano e Regional, planejamento físico-territorial, planos de intervenção no espaço urbano, metropolitano e regional fundamentados nos sistemas de infraestrutura, saneamento básico e ambiental, sistema viário, sinalização, tráfego e trânsito urbano e rural, acessibilidade, gestão territorial e ambiental, parcelamento do solo, loteamento, desmembramento, remembramento, arruamento, planejamento urbano, plano diretor, traçado de cidades, desenho urbano, sistema viário, tráfego e trânsito urbano e rural, inventário urbano e regional, assentamentos humanos e requalificação em áreas urbanas e rurais; VI - da Topografia, elaboração e interpretação de levantamentos topográficos cadastrais para a realização de projetos de arquitetura, de urbanismo e de paisagismo, foto-interpretação, leitura, interpretação e análise de dados e informações topográficas e sensoriamento remoto; VII - da Tecnologia e resistência dos materiais, dos elementos e produtos de construção, patologias e recuperações; VIII - dos sistemas construtivos e estruturais, estruturas, desenvolvimento de estruturas e aplicação tecnológica de estruturas; IX - de instalações e equipamentos referentes à arquitetura e urbanismo; X - do Conforto Ambiental, técnicas referentes ao estabelecimento de condições climáticas, acústicas, lumínicas e ergonômicas, para a concepção, organização e construção dos espaços;  XI - do Meio Ambiente, Estudo e Avaliação dos Impactos Ambientais, Licenciamento Ambiental, Utilização Racional dos Recursos Disponíveis e Desenvolvimento Sustentável. voltar

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Art. 9º do Decreto Lei 406/68Art 9º A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. § 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, o imposto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância paga a título de remuneração do próprio trabalho. § 2º Na prestação dos serviços a que se referem os itens 19 e 20 da lista anexa o imposto será calculado sobre o preço deduzido das parcelas correspondentes: (Redação dada pelo decreto Lei nº 834, de 8.9.1969)a) ao valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços; (Redação dada pelo decreto Lei nº 834, de 8.9.1969)b) ao valor das subempreitadas já tributadas pelo impôsto. (Redação dada pelo decreto Lei nº 834, de 8.9.1969)§ 3° Quando os serviços a que se referem os itens 1, 4, 8, 25, 52, 88, 89, 90, 91 e 92 da lista anexa forem prestados por sociedades, estas ficarão sujeitas ao imposto na forma do § 1°, calculado em relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado ou não, que preste serviços em nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da lei aplicável. (Redação dada pela Lei complementar nº 56, de 15.12.1987)      voltar

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Lei nº 13.701/2003 (disciplina a tributação pelo ISS na cidade de São Paulo)

Art. 15. Adotar-se-á regime especial de recolhimento do Imposto:I – quando os serviços descritos na lista do "caput" do artigo 1º (lista de serviços) forem prestados por profissionais autônomos ou aqueles que exerçam, pessoalmente e em caráter privado, atividade por delegação do Poder Público, estabelecendo-se como receita bruta mensal os seguintes valores:a) R$ 800,00 (oitocentos reais), para os profissionais autônomos ou aqueles que exerçam, pessoalmente e em caráter privado, atividade por delegação do Poder Público, cujo desenvolvimento que exija formação em nível superior;b) R$ 400,00 (quatrocentos reais), para os profissionais autônomos que desenvolvam atividade que exija formação em nível médio;c) R$ 200,00 (duzentos reais), para os profissionais autônomos que desenvolvam atividade que não exija formação específica;II – quando os serviços descritos nos subitens 4.01, 4.02, 4.06, 4.08, 4.11, 4.12, 4.13, 4.14, 4.16, 5.01, 7.01 (exceto paisagismo), 17.13, 17.15, 17.18 da lista do "caput" do artigo 1º, bem como aqueles próprios de economistas, forem prestados por sociedade constituída na forma do parágrafo 1º deste artigo, estabelecendo-se como receita bruta mensal o valor de R$ 800,00 (oitocentos reais) multiplicado pelo número de profissionais habilitados.

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Page 25: Tributação das Sociedades Uniprofissionais Problemas e Soluções AsBEA Maio / 2011

Lei nº 13.701/2003

Art. 15, § 1º As sociedades de que trata o inciso II do "caput" deste artigo são aquelas cujos profissionais (sócios, empregados ou não) são habilitados ao exercício da mesma atividade e prestam serviços de forma pessoal, em nome da sociedade, assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da legislação específica.

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Page 26: Tributação das Sociedades Uniprofissionais Problemas e Soluções AsBEA Maio / 2011

Lei nº 13.701/2003

Art. 15, § 2º Excluem-se do disposto no inciso II do "caput" deste artigo as sociedades que:

I – tenham como sócio pessoa jurídica;II – sejam sócias de outra sociedade;III – desenvolvam atividade diversa daquela a que estejam habilitados profissionalmente os sócios;IV – tenham sócio que delas participe tão-somente para aportar capital ou administrar;V – explorem mais de uma atividade de prestação de serviços.

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A Jurisprudência diverge acerca do requisito da uniprofissionalidade:

TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA CUMULADA COM REPETIÇÃO DE INDÉBITO. ISS. SOCIEDADE PROFISSIONAL. MATÉRIA DECIDIDA NAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. REEXAME DE PROVA. DESNECESSIDADE. AFASTAMENTO DA INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. SOCIEDADE LIMITADA. CARÁTER EMPRESARIAL. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO PRIVILEGIADO (ART. 9º, §§ 1º E 3º, DO DL 406/68). IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. ACÓRDÃO RECORRIDO EM DISSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. (...)5. A orientação das Turmas que integram a Primeira Seção desta Corte firmou-se no sentido de que, "nos termos do art. 9º, § 3º, do DL 406/68, têm direito ao tratamento privilegiado do ISS as sociedades civis uniprofissionais, que tem por objeto a prestação de serviço especializado, com responsabilidade social e sem caráter empresarial" (AgRg no Ag 458.005/PR, 1ª Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ de 4.8.2003).(AgRg no REsp 1178984 / SP, Ministro BENEDITO GONÇALVES, T1 - PRIMEIRA TURMA, DJ: 26/10/2010, DJe 05/11/2010)

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TRIBUTÁRIO - PROCESSO CIVIL - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC NÃO CARACTERIZADA - ISS - BASE DE CÁLCULO - SOCIEDADE UNIPROFISSIONAL - ART. 9º, § 3º, DO DECRETO-LEI 406/68 - VIOLAÇÃO DE LEI FEDERAL PELA LEI LOCAL - COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL - SÚMULA 83/STJ - IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSÃO DO BENEFÍCIO A ENTIDADES EMPRESARIAIS.(...)3. Pela divergência, acolhe-se entendimento em vigor nesta Corte no sentido de que a sociedade uni ou pluriprofissional deve prestar os serviços em caráter personalíssimo, sem intuito empresarial evidenciado pela estrutura e massificação da atividade profissional para gozar do benefício fiscal da base de cálculo favorecida prevista no art. 9º, § 3º, do Decreto-lei 406/68.4. Recurso especial conhecido em parte e, nessa parte, não provido.(REsp 866286 / ES, Ministra ELIANA CALMON, T2 - SEGUNDA TURMA, DJ: 02/04/2009, DJe 29/04/2009)

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DESENQUADRAMENTO: Efeito retroativo do ato Administrativo – ImpossibilidadeArtigos correlatos• Art. 146 do CTN: Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em

conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.

• Art. 105 do CTN: A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.

• Art. 37, caput da CF: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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DESPACHOS DO PREFEITO2010-0.118.499-4  - SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS  - Súmulas de jurisprudência Administrativa relativas ao ISS e incidência sobre a atividade das Sociedades Uniprofissionais. -Homologação - Em face dos elementos que instruem o presente, em especial as manifestações da Assessoria Jurídico-Consultiva da Procuradoria Geral do Município (fls. 352/360) e do senhor Procurador Geral do Município (fls.361 e 379), e aprovação do senhor Secretário Municipal de Negócios Jurídicos (fls. 371/372), HOMOLOGO , com fulcro no artigo 12, § 1º do Decreto Municipal 27.321/88, as seguintes súmulas de jurisprudência administrativa, que versam acerca da incidência do Imposto Sobre Serviços relativos às atividades das Sociedades Uniprofissionais, impondo a sua observância a todos os órgãos da Administração Municipal centralizada: 1 -"O benefício do regime especial de recolhimento do ISS, previsto pelo artigo 9º, parágrafo terceiro, do Decreto-Lei 406/68, com previsão na legislação municipal, no artigo 15, inciso II c/c parágrafo primeiro, da Lei 13701/2003, somente é aplicado ás sociedades uniprofissionais, constituídas por profissionais que atuem pessoalmente na prestação do serviço, e respondam de forma ilimitada"; 2 -"As sociedades uniprofissionais não poderão ter mais de uma atividade profissional como objeto da prestação de serviço no contrato social"; 3 -"Sociedade constituída por sócios de uma categoria profissional e sócio comerciante, por quotas de responsabilidade limitada, não pode ser enquadrada como sociedade uniprofissional, para efeito da aplicação do regime especial de recolhimento do ISS";

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4 -"As sociedades civis por quota de responsabilidade não gozam do tratamento tributário de regime especial de recolhimento do ISS, previsto no parágrafo terceiro, do artigo 9º, do Decreto 406/68 e artigo 15, parágrafo primeiro, Lei 13.701/03"; 5 -"As sociedades civis, para efeito do tratamento privilegiado previsto no regime especial de recolhimento do ISS, devem: ser constituídas, exclusivamente, por sócios habilitados para a mesma atividade profissional e respectivo exercício; ter por objeto a prestação de serviço inserido nos subitens previsto no inciso II, do artigo 15, da Lei 13701/03; com responsabilidade ilimitada pessoal e sem caráter empresarial"; 6 -"As sociedades civis de advogados gozam do beneficio do tratamento tributário diferenciado previsto no artigo 9º, parágrafo terceiro, do Decreto-Lei 406/68, vez que são necessariamente uniprofissionais, não podem possuir natureza mercantil, sendo pessoal à responsabilidade dos profissionais nela associados, nos termos dos artigos 15 a 17, da Lei Federal 8.904/94 -Estatuto da Advocacia"; 7 -"Os desenquadramentos do regime especial de recolhimento do ISS realizados pela Administração Tributária deverão ser precedidos de regular processo administrativo tributário, observado o princípio do contraditório, constando todos os elementos que comprovem o serviço especializado praticado pela sociedade e sua organização; não bastando à análise do contrato social e declaração cadastral".

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Súmula 473 do STF

REVISÃO DO ATO PELA ADMINISTRAÇÃOA administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos;ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial 

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Superior Tribunal de JustiçaAgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 685.772 - MG (2004/0112787-0)RELATÓRIOO EXMO. SR. MINISTRO FRANCISCO FALCÃO: Trata-se de agravoregimental interposto pelo MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE contra decisão por mimproferida negando seguimento ao recurso especial interposto pela agravante, por entenderque: a) os dispositivos do Código de Processo Civil apontados como violados careciam doprequestionamento; b) incidia na espécie a Súmula nº 227/TRF, eis que a mudança de critériojurídico adotado pelo Fisco, consubstanciado na classificação do imóvel, não autorizaria arevisão de lançamento; e c) não seria possível aferir a ocorrência de erro de fato quepermitiria um novo lançamento, pois seria necessário o reexame do contexto fático-probatóriopara tanto.Sustenta o agravante que: a) a Súmula nº 227/TRF não seria aplicável, in casu,eis que "o que se discute é a ocorrência ou não de erro de fato hábil a autorizar a revisão dolançamento referente ao IPTU" (fl. 192); b) a Súmula nº 07/STJ é inaplicável, pois "acaracterização dos fatos necessários ao julgamento do recurso especial restaram assentadosna sentença e no acórdão de apelação, tornando desnecessário o reexame das provas dosautos" (fl. 193); e, finalmente, c) é possível a revisão do lançamento pela autoridade fiscal nahipótese em que seja constatado erro nos pressupostos de fato, conforme o art. 149 do CódigoTributário Nacional.É o relatório.Em mesa, para julgamento.

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Superior Tribunal de JustiçaAgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 685.772 - MG (2004/0112787-0)VOTOO EXMO. SR. MINISTRO FRANCISCO FALCÃO (RELATOR): O Tribunal a quo assim decidiu a questão, in verbis :"A revisão de ofício do lançamento tributário anteriormenteefetuado somente pode ocorrer nos termos do artigo 149, do Código TributárioNacional. Esta norma, em seu inciso VIII, prevê a possibilidade da revisão dolançamento ex officio pela autoridade administrativa, 'quando deva serapreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamentoanterior'.No caso dos autos, a impetrada sustenta que o erro de fatoestaria na desatualização dos dados cadastrais do imóvel pertencendo aocontribuinte do IPTU.No entanto, tal hipótese não constitui erro de fato. Não foidemonstrado que o contribuinte ou terceiro tenha, dolosamente, fraudado ocadastro imobiliário, o que se constitui como regra na hipótese do inciso VIII,da referida norma tributária, ou que tenha ocorrido um erro material doagente público ao manipular os dados cadastrais....omissis...De outro modo, constata-se que embasado em um processoadministrativo, do qual o impetrante não teve ciência, a administração públicamudou a classificação do imóvel de padrão 'alto' para padrão 'luxo'. Estenovo enquadramento do padrão do imóvel para fins de quantificação dotributo, não pode ser considerado como correção de erro de fato, nãoensejando, pois, a cobrança de diferença de tributo como quer amunicipalidade" (fls. 144/145)Nesse contexto, tenho que plenamente aplicável a Súmula nº 227/TFR, litteris :"A mudança de critério jurídico adotado pelo fisco não autorizaa revisão de lançamento" .Não se pode considerar, como pretende o agravante, que a alteração daclassificação de determinado imóvel em face da sua natureza, efetuada de forma unilateral, éuma mera situação fática. Ao contrário, o fato no primeiro e no segundo lançamento é omesmo, ou seja, o nível de acabamento do imóvel, entretanto, no segundo lançamento, omesmo imóvel foi classificado juridicamente de forma diferente, como sendo de padrão maisalto, causando um gravame ao contribuinte.Hipótese semelhante, qual seja, a impossibilidade de revisão de lançamentopela alteração posterior da classificação de determinado bem pelo Fisco, foi examinada poresta Corte, conforme se depreende da seguinte ementa, in verbis :Documento: 1783284 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 2 de 4

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