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TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ISO 9001 Cód - 042 (Versão 02) ATA DA 2.913ª SESSÃO (ORDINÁRIA) Aos oito dias do mês de março de 2017, às 10h40min, no Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, realizou-se a 2.913ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Roberto Braguim, presentes os Conselheiros Maurício Faria, Vice-Presidente, João Antonio, Corregedor, Edson Simões e Domingos Dissei, o Secretário-Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária-Geral Roseli de Morais Chaves, o Procurador Chefe da Fazenda Carlos José Galvão e o Procurador Fernando Henrique Minchillo Conde. Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foram postas em discussão as atas das Sessões Ordinárias 2.910ª e 2.911ª, as quais foram aprovadas, assinadas e encaminhadas à publicação. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Preliminarmente, a Corte registrou as presenças em Plenário das Senhoras Carla Regina Alves Roza, Trajeto Construtora, e Melissa Garcia Pereira Ignácio, munícipe. Prosseguindo, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da Presidência, bem como das correspondências e ofícios recebidos e enviados, no período de 22 de fevereiro a 7 de março de 2017: 22.02 Presidiu, relatou e julgou processos na Sessão Ordinária da Primeira Câmara 306ª e na Sessão Plenária Ordinária 2.912ª; 02.03 Participou de Reunião administrativa com o Colegiado, na qual estiveram presentes o Secretário Geral, Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, e o Subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Mario Fornazieri. O Presidente, neste período, além dos despachos habituais, participou de reuniões administrativas e encaminhou os seguintes ofícios: 23.02: À Senhora Profª. Drª. Elizabete Silva dos Santos, Coordenadora do Centro de Treinamento e Simulação em Cardiologia Dante Pazzanese, Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em nome do Colegiado, do Dr. Eduardo Antonio André, Assessor Médico Chefe, e servidores desta Corte de Contas, agradecendo e parabenizando pela brilhante palestra: “Primeiros Socorros no seu Local de Trabalho”, ocorrido em 16 de fevereiro próximo passado. 24.02: Ao Excelentíssimo Senhor JOÃO DORIA, Prefeito do Município de São Paulo, encaminhando, nos termos do artigo 10 da Lei 9.167/80, a lista de Substitutos de Conselheiros indicados por este Tribunal em sessão reservada, a vigorar para o ano de 2017, para os fins previstos no artigo 9º do mesmo diploma legal. 06.03: Ao Procurador José Oswaldo Molineiro, Presidente da Associação Paulista do Ministério Público, firmando o recebimento do convite para a Cerimônia de Posse Solene de Vossa Excelência e dos Excelentíssimos Senhores membros da Diretoria da respeitável Associação Paulista do Ministério Público APMP, a realizar-se em 10 de março próximo futuro. Continuando, o Presidente submeteu ao Egrégio Plenário o processo TC 8.907/16-76. Solicitando a palavra, o Conselheiro Maurício Faria assim se expressou: "Só para entender. Nós havíamos feito uma reunião administrativa em que iniciamos uma abordagem a respeito do PAF uma reflexão, um aprofundamento a respeito de sua função e suas características. Pelo que me recordo, prevíamos um desdobramento das matérias dessa reunião. Como estaríamos aprovando agora o PAF, ao mesmo tempo em que temos esse processo de reflexão e de busca de aperfeiçoamento em relação ao próprio PAF?" Retomando a palavra, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim observou: "Segundo o Secretário, aprovaríamos a resolução, apenas e tão somente. Os anexos, que seriam o programa e o plano ficariam para uma avaliação posterior. Regimentalmente, nós temos este prazo, da primeira sessão de março, para aprovar. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle ainda está produzindo os apontamentos feitos pelos Conselheiros na semana passada." Com a palavra, o Conselheiro Maurício Faria: "Eu não entendi bem o seguinte: se nós aprovamos, isto já não abrange os anexos? Eu não sei como poderíamos tratar algo que aprovamos a resolução, mas deixamos fora dessa aprovação os anexos, que são elementos estruturantes da própria resolução."

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TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

ISO 9001

Cód - 042 (Versão 02)

ATA DA 2.913ª SESSÃO (ORDINÁRIA)

Aos oito dias do mês de março de 2017, às 10h40min, no Plenário Conselheiro Paulo Planet

Buarque, realizou-se a 2.913ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São

Paulo, sob a presidência do Conselheiro Roberto Braguim, presentes os Conselheiros Maurício

Faria, Vice-Presidente, João Antonio, Corregedor, Edson Simões e Domingos Dissei, o

Secretário-Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária-Geral Roseli de Morais

Chaves, o Procurador Chefe da Fazenda Carlos José Galvão e o Procurador Fernando Henrique

Minchillo Conde. Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos Conselheiros, foram

postas em discussão as atas das Sessões Ordinárias 2.910ª e 2.911ª, as quais foram aprovadas,

assinadas e encaminhadas à publicação. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a

sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Preliminarmente, a Corte

registrou as presenças em Plenário das Senhoras Carla Regina Alves Roza, Trajeto Construtora, e

Melissa Garcia Pereira Ignácio, munícipe. Prosseguindo, o Conselheiro Presidente Roberto

Braguim deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da

Presidência, bem como das correspondências e ofícios recebidos e enviados, no período de 22 de

fevereiro a 7 de março de 2017: 22.02 – Presidiu, relatou e julgou processos na Sessão Ordinária

da Primeira Câmara 306ª e na Sessão Plenária Ordinária 2.912ª; 02.03 – Participou de Reunião

administrativa com o Colegiado, na qual estiveram presentes o Secretário Geral, Rodrigo Pupim

Anthero de Oliveira, e o Subsecretário de Fiscalização e Controle, Lívio Mario Fornazieri. O

Presidente, neste período, além dos despachos habituais, participou de reuniões administrativas e

encaminhou os seguintes ofícios: 23.02: À Senhora Profª. Drª. Elizabete Silva dos Santos,

Coordenadora do Centro de Treinamento e Simulação em Cardiologia Dante Pazzanese, Instituto

Dante Pazzanese de Cardiologia, em nome do Colegiado, do Dr. Eduardo Antonio André,

Assessor Médico Chefe, e servidores desta Corte de Contas, agradecendo e parabenizando pela

brilhante palestra: “Primeiros Socorros no seu Local de Trabalho”, ocorrido em 16 de fevereiro

próximo passado. 24.02: Ao Excelentíssimo Senhor JOÃO DORIA, Prefeito do Município de

São Paulo, encaminhando, nos termos do artigo 10 da Lei 9.167/80, a lista de Substitutos de

Conselheiros indicados por este Tribunal em sessão reservada, a vigorar para o ano de 2017, para

os fins previstos no artigo 9º do mesmo diploma legal. 06.03: Ao Procurador José Oswaldo

Molineiro, Presidente da Associação Paulista do Ministério Público, firmando o recebimento do

convite para a Cerimônia de Posse Solene de Vossa Excelência e dos Excelentíssimos Senhores

membros da Diretoria da respeitável Associação Paulista do Ministério Público – APMP, a

realizar-se em 10 de março próximo futuro. Continuando, o Presidente submeteu ao Egrégio

Plenário o processo TC 8.907/16-76. Solicitando a palavra, o Conselheiro Maurício Faria

assim se expressou: "Só para entender. Nós havíamos feito uma reunião administrativa em que

iniciamos uma abordagem a respeito do PAF – uma reflexão, um aprofundamento a respeito de

sua função e suas características. Pelo que me recordo, prevíamos um desdobramento das

matérias dessa reunião. Como estaríamos aprovando agora o PAF, ao mesmo tempo em que

temos esse processo de reflexão e de busca de aperfeiçoamento em relação ao próprio PAF?"

Retomando a palavra, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim observou: "Segundo o

Secretário, aprovaríamos a resolução, apenas e tão somente. Os anexos, que seriam o programa e

o plano ficariam para uma avaliação posterior. Regimentalmente, nós temos este prazo, da

primeira sessão de março, para aprovar. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle ainda está

produzindo os apontamentos feitos pelos Conselheiros na semana passada." Com a palavra, o

Conselheiro Maurício Faria: "Eu não entendi bem o seguinte: se nós aprovamos, isto já não

abrange os anexos? Eu não sei como poderíamos tratar algo que aprovamos a resolução, mas

deixamos fora dessa aprovação os anexos, que são elementos estruturantes da própria resolução."

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Com a palavra, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim: "Isto tinha ficado combinado de

resolvermos em apartado. Vossa Excelência levanta essa questão, ficamos 'embatucados'". Com

a palavra, o Conselheiro Maurício Faria: "Não sei se os pares também entenderam assim o

tratamento da matéria. A matéria é complexa, não estou fazendo nenhuma crítica. Há essa

questão do prazo." Com a palavra, o Conselheiro João Antonio: "Acho que temos que

encontrar uma saída regimental para equacionar a questão posta na reunião administrativa. Penso

que, talvez, a interpretação possível do Regimento – e consulto os demais Pares se este poderia

ser um entendimento razoável – é que possamos, hoje, abordar a matéria, deliberando que, na

sessão seguinte ou a determinar, aprovaremos o conjunto do PAF proposto. Isso também

expressa a vontade ampla, se há consenso e não há divergência, e não deixamos de, na primeira

sessão do mês, abordar o tema, mas, por vontade do Colegiado, estabelecer uma sessão posterior

para abordar a matéria. Penso que esta poderia ser uma saída que ajuda a equacionar a

complexidade da matéria e resolver os problemas estratégicos das prioridades levantadas na

sessão anterior." Com a palavra, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim: "Se Vossa

Excelência me permite, o Secretário Lívio Fornazieri está me dizendo que ficou acordado

naquela reunião que aprovaríamos o PAF, sem embargo da apresentação de Plano de Metas pelo

Senhor Prefeito, ao final a Secretaria faria adequação, juntamente aos Conselheiros, daquilo que

seria objeto de auditoria. Até porque, segundo salientou o Sr. Secretário na reunião, há espaço, há

DUSFs disponíveis dentro do PAF para que sejam feitas essas auditorias, de modo que também

poderia ser feita uma reacomodação para que estas novas determinações fossem implementadas.

É este o esclarecimento oportuno que me traz o Senhor Secretário de Fiscalização neste

momento. De modo que não há sanção se não aprovarmos hoje. Eu estou apenas cumprindo o

Regimento e o acordado na reunião. Vossas Excelências é que decidem." Com a palavra, o

Conselheiro Maurício Faria: "Senhor Presidente, eu entendo que a sugestão do Conselheiro

João Antonio é razoável. Estaríamos hoje tratando da questão, não deixaríamos de fazê-lo, mas

colocando uma aprovação mais abrangente e mais elaborada para um momento subsequente.

Acho que o mais importante é o acordo entre nós sobre o conteúdo. A forma de fazer, em termos

procedimentais, não é o essencial. O essencial é que haja esse consenso entre nós de que estamos

reelaborando o PAF, repensando o papel do PAF, e que isso será objeto de um tratamento em

Sessão Plenária ou reunião administrativa posterior, e isso, no meu entendimento, faz parte da

lógica do planejamento. O planejamento é dinâmico. Ele pode e deve estar sujeito a ajustes,

aperfeiçoamentos e até reformulações. Nesse sentido, com essa visão flexível e dinâmica do

planejamento, não vou me opor, eventualmente, a que se aprove hoje nesses termos, desde que

mantido o nosso acordo de aprofundamento da questão para uma elaboração mais fina do PAF."

Com a palavra, o Conselheiro João Antonio: "Senhor Presidente, na esteira dos argumentos

postos pelo Conselheiro Maurício Faria, aprovemos hoje, sem prejuízo das adequações no

momento proposto logo após a apresentação do Plano de Metas." Com a palavra, o Conselheiro

Presidente Roberto Braguim: "É o que foi decidido na reunião, que o Secretário Lívio acabou

de lembrar." Com a palavra, o Conselheiro Maurício Faria: "Senhor Presidente, é que, na

verdade, na reunião eu entendi que o Plano de Metas era um elemento muito importante para

referenciar o plano de trabalho, mas que há outros elementos do planejamento da fiscalização

que não estão obrigatoriamente relacionados ao Plano de Metas. Isso é consenso, parece-me,

mas, por exemplo, o acompanhamento da situação fiscal do Município – isso não está na esfera

do Plano de Metas, mas em função de um ano profundamente atípico, e com os dados agora da

recessão brasileira e o inexorável reflexo disso no tecido econômico do Município e na

arrecadação tributária, isso vai exigir, no ano de 2017, uma ação de fiscalização que já é rotina,

mas que pode ter ênfases e novas abordagens em relação à questão fiscal, por essa conjuntura. Há

também aquela discussão sobre a importância de estabelecermos algumas auditorias especiais

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para temas de cada uma das Funções de Governo. Isso foi abordado e necessita de um

aprofundamento. Isso também não estará, necessariamente, relacionado ao Plano de Metas; ou

seja, a nossa reunião fez uma abordagem mais ampla das questões do PAF e, de fato, uma das

questões que terá influência é a explicitação do Plano de Metas da nova Administração, mas há

outros aspectos que foram tocados e que ainda não estão totalmente processados na aprovação de

hoje. Eu mesmo mencionei auditorias especiais, operacionais, que precisariam ser definidas pelo

Colegiado. Também foi tratada aquela questão – em que medida o PAF vincula os Conselheiros

–, para se evitar que haja uma iniciativa das Relatorias de lançamento de ordens de serviço à

própria Auditoria, sem a devida consideração ao planejamento do PAF. Esse é um dos grandes

desafios. Isso ainda não chegou a ser equacionado. Em minha opinião, há questões fundamentais

do PAF que ainda estarão sendo processadas. Agora, se a visão é que estamos hoje aprovando

apenas um ponto de partida, não me oponho, desde que isso fique estabelecido." Com a palavra,

o Conselheiro Presidente Roberto Braguim: "Os Senhores Conselheiros estão de acordo com a

aprovação e os desdobramentos "a posteriori", conforme na reunião que efetuamos e ressalvado

agora? Em discussão o processo TC 8.907/16-76 – Tribunal de Contas do Município de São

Paulo – TCMSP – Resolução 3/2017 – "Por deliberação dos Senhores Conselheiros Maurício

Faria, Vice-Presidente, Edson Simões, Domingos Dissei e João Antonio, Corregedor, o Plenário

aprovou a Resolução 3/2017, que aprova o Plano Anual de Fiscalização para o exercício de 2017

e dá outras providências." Aprovada a Resolução 03/2017. Eu agradeço ao Secretário Lívio

Fornazieri pelos esclarecimentos." Dando continuidade aos trabalhos, o Presidente

expressou-se como segue: "Este Presidente registra a movimentação de processos do Gabinete

do Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria no mês de fevereiro, indicando a entrada de 372 e

a saída 395 processos, entre os quais estão incluídos 133 julgamentos. Registro, também, a

movimentação de processos do Gabinete do Conselheiro Edson Simões no mesmo mês,

indicando a entrada de 462 e a saída de 321 processos, entre os quais estão incluídos 77

julgamentos. A Secretaria Geral providenciará a sua publicação, na íntegra, em apartado." A

seguir, o Presidente submeteu ao Egrégio Plenário o processo TC 7.678/16-45 – Tribunal de

Contas do Município de São Paulo – TCMSP – José Jacques Namur Yazbeck –

Comissionamento nesta Corte "Pela deliberação dos Senhores Conselheiros Maurício Faria,

Vice-Presidente, Edson Simões, Domingos Dissei e João Antonio, Corregedor, o Plenário

resolveu referendar o ato do Senhor Presidente, no sentido de converter o comissionamento do

Servidor José Jacques Namur Yazbeck, RF 6192-5, Especialista III, lotado na Companhia

Metropolitana do Metrô para que se faça mediante ressarcimento a esse Órgão." Prosseguindo, o

Conselheiro Presidente Roberto Braguim concedeu a palavra aos Senhores Conselheiros para

qualquer comunicação à Corte. Concedida a palavra, ao Conselheiro Maurício Faria, Sua

Excelência manifestou-se como segue: "Apenas para registrar que temos uma sessão Plenária

que coincide com o dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. É uma oportunidade, uma

circunstância de coincidência que dá a possibilidade de tratarmos em Plenário sobre o significado

desta data. Eu queria, primeiro, parabenizar a todas as mulheres que fazem parte da nossa

instituição e saudá-las. O próprio fato de termos aqui um conjunto de mulheres que participam

dos trabalhos do Tribunal já é um dado que diz respeito a toda a luta e as conquistas das

mulheres, trazendo a condição da mulher que trabalha, que, a partir do trabalho, constrói uma

condição de maior independência. Isso é um elemento fundamental. É uma data marcante, que

tem inclusive essa conotação mundial, e que tem a sua origem na luta das mulheres pelos seus

direitos. É, hoje, um momento do mundo em que há um entrechoque de valores. Temos assistido

a essa situação mundial de acentuamento das divergências de valores e de um certo

fortalecimento de correntes conservadoras. De um modo geral, o conservadorismo traz consigo

uma ideia de negação da igualdade entre homem e mulher, da mulher perante o homem. As

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correntes conservadoras, além de toda a carga de preconceitos que normalmente carregam, no

caso específico da condição feminina, elas preconizam ideias de submissão da mulher, de sua

inferioridade, de sua dependência em relação ao homem. Essas correntes, no mundo, hoje, vivem

um momento de certa ofensiva. Nós temos até uma referência simbólica importante, pelo peso

que têm os Estados Unidos no mundo, que é o contraste entre o casal Obama e o casal Trump. As

figuras femininas desses casais, a diferença de papel, de engajamento, de protagonismo dessas

duas mulheres. O movimento representado pela presença de Obama à frente da Presidência dos

Estados Unidos também representou trazer com ele a afirmação de uma mulher negra, que

significava companheirismo, participação, engajamento, personalidade própria, e, de outra parte,

o advento da Presidência Trump representa valores diferentes destes, que fazem parte de toda a

base, todo o substrato ideológico que sustentou e sustenta a candidatura e o governo Trump. Eu

estou fazendo essas afirmações porque isso tem um significado mundial, está dentro de uma

disputa de valores, de posições, em âmbito internacional. No nosso Tribunal, a presença das

mulheres em funções de direção intermediária, com destaque, é uma afirmação da condição da

mulher, e, ao mesmo tempo, temos essa situação de um alerta, hoje, no mundo e no Brasil, para a

necessidade de estarmos atentos a essas questões. Aquela ideia fundamental, das mulheres que

defendem os próprios direitos, preconiza que a felicidade do homem será mais rica, mais

humanizada na medida em que exista e se afirme essa igualdade dele perante a mulher. As

conquistas da mulher também enriquecem as condições existenciais dos homens. Essa luta deve

ser vista como uma luta, em primeiro, das mulheres, mas, de modo geral, é uma luta de todos,

também dos homens. Quero aproveitar essa oportunidade da Sessão Plenária no Dia

Internacional da Mulher para fazer essa saudação às nossas companheiras de trabalho. É isso.

Também quero aproveitar, é uma coincidência especial, para cumprimentar o Conselheiro João

Antonio pelo seu aniversário. Parabéns, saúde, e todo o resto." Prosseguindo, o Conselheiro

Edson Simões assim se manifestou: "A questão da luta das mulheres no Brasil e no mundo nos

coloca num impasse há muito tempo, porque as mulheres sempre foram maioria e não tinham

representatividade. Começa esse movimento com as sufragistas na Inglaterra. Por sinal,

recomendo o filme As Sufragistas, que retrata uma luta por eleição, por participação igual à do

homem. No Brasil, apesar de todas as adversidades analisadas em Casa Grande e Senzala, com o

machismo brasileiro e o neomachismo – o neomachismo ocorre depois de 1930, e todos nós, de

uma forma direta ou indireta, acabamos entrando nele –, tem ocorrido um crescimento do avanço

dos direitos da mulher, mais até do que em alguns países europeus. Isso é importante, e deve-se à

luta das mulheres. Por exemplo, a Constituição de 1891, no Brasil, não lhes concedia direito a

voto. O artigo dizia bem claramente: "Mulheres, mendigos, bandidos e analfabetos não podem

votar." Ou seja, votava uma minoria. Após a Revolução de 1930, com a Constituinte de 1933 e a

Constituição de 1934, a mulher no Brasil alcança o direito de voto. Só que não houve eleições.

As eleições estavam previstas para 1937, e tinha sido eleito, indiretamente, em 1934, o Vargas,

depois da Revolução de 1930, que teve o governo provisório. Em 1934, deram mais um período

para ele. Em 1937, como teve a Constituição ditatorial, a Polaca, até 1945, as mulheres não

votaram, mas passam a votar com a Constituição democrática de 1946. Posteriormente, depois da

II Guerra Mundial e do processo de industrialização do País, as mulheres – na área urbana,

inicialmente – alcançam um potencial de crescimento que vem até hoje, apesar de não estarem os

problemas todos resolvidos. Eu vejo que a mulher brasileira tem alcançado o devido

reconhecimento em várias áreas. Obteve o direito de voto já em 1934, o que não aconteceu em

uma democracia direta, que era a Suíça. A Suíça era uma democracia direta, com base na

descentralização dos cantões, com assembleias populares, mas não deram o voto às mulheres. As

mulheres na Suíça votaram em 1971. Portanto, eu quero parabenizar as mulheres do Brasil por

esta luta, que vem desde 1933, alcançando, aliás, um patamar importante em nível internacional,

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na medida em que a Suíça, país desenvolvido com um sistema financeiro exemplar em sua

gestão, teve um atraso em relação ao direito da mulher de votar. Após conseguir esse direito,

outras garantias foram asseguradas de imediato à mulher brasileira. Não totalmente, pois, em que

pese a previsão legal, não há a correspondente aplicabilidade, haja vista, por exemplo, os casos

de violência de que as mulheres são vítimas. Portanto, parabenizo as mulheres e, para concluir, à

parte, quero também cumprimentar o Conselheiro João Antonio, e desejar muita saúde. Sucesso

ele já tem, pelo trabalho, pelo esforço, pelos estudos, etc. Parabéns, Conselheiro." Com a

palavra, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim: "Eu vou me associar aos demais

Conselheiros nessa saudação, apesar de já ter feito uma que está publicada na intranet, e também

aos cumprimentos ao nosso Conselheiro João Antonio, desejando-lhe tudo de melhor que possa

existir." Com a palavra, o Conselheiro Domingos Dissei: "Senhor Presidente, já saudei o

Conselheiro João Antonio na reunião, mas saúdo também aqui perante todos. Saúde e bom

trabalho. E também uma saudação especial a todas as mulheres deste Tribunal, que vivem com a

gente, trabalham com a gente, tendo o seu espaço merecido. É uma saudação pessoal minha,

especial, e acredito que de todos os Conselheiros também." Com a palavra, o Conselheiro João

Antonio: "Um rápido comunicado. Óbvio que não vou ler, porque é longo, mas quero comunicar

a todos a minha posição, pela importância da matéria, pelo meu despacho, em razão da

manutenção do edital s/nº para o credenciamento e estabelecimento de saúde e interessados em

participar de forma complementar no Sistema Único de Saúde para eventual celebração de

contrato de convênio denominado "Corujão da Saúde". Como vocês sabem, eu analisei o Edital

de Credenciamento, e liberei com algumas considerações. Já saiu na imprensa e também já foi

publicado no Diário Oficial, edição de sábado. O importante é destacar para os Senhores

Conselheiros que a análise do Edital de Credenciamento não tem implicação em 90% do número

anunciado de exames feitos na Cidade de São Paulo. 90% dos exames até agora realizados se

deram não pelo padrão Sistema Único de Saúde e nos mesmos valores; na realidade, eles foram

realizados por contratos em curso na Prefeitura, o Proadi, com algumas organizações de saúde na

cidade e alguns hospitais – especificamente o Hospital Santa Casa –, de maneira que quero

informar que, ao liberar com as minhas considerações e condições o credenciamento, também

determinei à nossa Assessoria Técnica que auditasse os contratos, não decorrentes do

credenciamento, através dos quais foi realizada a imensa maioria dos exames até aqui anunciados

como "Corujão da Saúde". É este o informe. Hoje chegará também ao Gabinete de todos os

Conselheiros o meu despacho. Muito obrigado, Senhor Presidente." Com a palavra, o

Conselheiro Maurício Faria: "Senhor Presidente, antes de adentrar a matéria do referendo, só

quero registrar – não tem nenhum sentido de controvérsia, apenas para registrar em Plenário que

foi um lapso meu não fazê-lo num momento anterior da sessão – que o Diário Oficial traz, hoje,

a publicação da licitação referente ao Processo Eletrônico. É um passo importante. Está lançada a

licitação. A previsão é que se realize a sessão de licitação no dia 24. Estamos, vamos dizer assim,

dentro daquele cronograma geral que tinha sido estabelecido. Apenas para deixar registrado que

está publicado no Diário Oficial o lançamento da licitação." Prosseguindo, o Conselheiro

Maurício Faria deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte

despacho: "Trago ao Egrégio Tribunal, "ad referendum" do Pleno, a apreciação de determinação

liminar de suspensão do Pregão Eletrônico 02/COBES/2017, exarada nos autos das

representações levadas a efeito nos TIDs 16144039, 16144107, 16147189, 16153071, 16153196,

16159159, 16161289 e 16163537, bem como no acompanhamento do edital constante do

processo TC 975/17-13. O referido pregão eletrônico está sendo realizado pela Secretaria

Municipal de Gestão, tendo como objeto o registro de preço para a prestação de serviços de

transporte individual remunerado de passageiros com uso de aplicativo customizável web e

mobile com apoio operacional e tratamento de dados, provedores de serviços de aplicação e

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serviços de hospedagem da internet, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na

internet, com previsão de abertura do certame designada para o dia 24 de fevereiro de 2017, às 10

horas. Considerando o elevado número de representações que foram em curto prazo apresentadas

em face do instrumento convocatório do certame – 8 (oito) em apenas três dias – e o

acompanhamento do edital que estava sendo realizado pela Auditoria desta Corte de Contas e,

vislumbrando que nos respectivos expedientes eram suscitados pontos relevantes, que

apresentavam indícios de inconsistências do edital que poderiam comprometer o certame, por

inviabilizarem a formulação de proposta e comprometerem a competitividade da licitação, com

risco ao interesse público almejado com a contratação, determinei a suspensão cautelar do

certame, que ora trago a referendo. Informo que as manifestações dos Órgãos Técnicos desta

Corte somente foram concluídas e encaminhadas para esta Relatoria na data de ontem, 7 de

março de 2017, razão pela qual, agora será possível expedir ofício determinando que a Origem se

manifeste sobre os vários pontos suscitados, no prazo de 15 (quinze) dias. Afinal, o Egrégio

Plenário, à unanimidade, referendou a medida determinada pelo Excelentíssimo Senhor

Conselheiro Maurício Faria – Relator." (Certidão – TC 975/17-13) Dando sequência, o

Conselheiro Presidente Roberto Braguim, a fim de que pudesse relatar os processos de sua pauta,

solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria que assumisse a direção dos trabalhos.

Passou-se à Ordem do Dia. – JULGAMENTOS REALIZADOS – PROCESSOS

RELATADOS PELO CONSELHEIRO PRESIDENTE ROBERTO BRAGUIM, na

qualidade de Relator – 1) TC 2.567/14-35 – Subprefeitura Lapa (atual Prefeitura Regional-Lapa)

– Inspeção – Verificar, por amostragem, a observância da legislação relativa às condições de

acessibilidade na concessão de alvarás para construções, reformas e ampliações de edificações, em

cumprimento ao V. Acórdão exarado nos autos do Processo TC 774/12-57 ACÓRDÃO: "Vistos,

relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade

com o relatório e voto do Relator, em conhecer da inspeção para o devido registro. Acordam,

ademais, à unanimidade, em determinar a expedição de ofício para a Prefeitura Regional – Lapa,

instruído de cópia do relatório original de fls. 93/97vº e complementar de fls. 121/123, com o anexo

das referências legislativas, bem assim do relatório e voto do Relator e deste Acórdão, para sua

rigorosa observância e cumprimento. Relatório: Cuida-se de Inspeção realizada em cumprimento à

deliberação contida no V. Acórdão exarado nos autos do TC 774-12-57, com o objetivo de verificar

se a Subprefeitura da Lapa, atual Prefeitura Regional Lapa, está observando as normas relativas à

acessibilidade quando da concessão de alvarás de aprovação e de execução de edificação nova, de

reformas ou de projetos modificativos de imóveis, que se enquadrem nas hipóteses do art. 2° do

Decreto Municipal 45.122/04.1 De acordo com o Relatório resultante do trabalho realizado, a

Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu que, a exemplo das Inspeções anteriores

constantes dos TCs 1.852.10-32 e 774.12-57, os projetos aprovados pela Subprefeitura da Lapa

apresentaram inconformidades às normas legais de acessibilidade, posto que não foram alvo de

comentários e/ou exigências por meio de "Comunique-se", consoante explicitado no item 3.4 do

mesmo Relatório. A Subprefeitura da Lapa, respondendo Ofício enviado pelo Tribunal, ofereceu as

1 Art. 2º Deverão atender às normas de adequação à acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade

reduzida, as edificações, novas ou existentes, destinadas aos seguintes usos: I - cinemas, teatros, salas de concerto,

casas de espetáculos e estabelecimentos bancários, com qualquer capacidade de lotação; II - locais de reunião, com

capacidade para mais de 100 (cem) pessoas, destinados a abrigar eventos geradores de público, tais como: a)

auditórios; b) templos religiosos; c) salões de festas ou danças; d) ginásios ou estádios; e) recintos para exposições

ou leilões; f) museus; g) restaurantes, lanchonetes e congêneres; h) clubes esportivos e recreativos; III - qualquer

outro uso, com capacidade de lotação para mais de 600 (seiscentas) pessoas, tais como: a) estabelecimentos

destinados à prestação de serviços de assistência à saúde, educação e hospedagem; b) centros de compras - shopping

centers; c) galerias comerciais; d) supermercados.

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justificativas de sua Unidade de Aprovação de Plantas, encartada à fl. 116, onde esclarece, em

síntese, que apenas no primeiro "comunique-se" entre os oito emitidos, houve solicitação de

atendimento das normas de Acessibilidade, que resultou cumprida com as indicações de vaga de

veículo para PNE (portadores de necessidades especiais), do WC para PNE, desenho dos pisos

táteis e direcionais desde as entradas e equipamentos de transporte vertical até os locais

adaptados ao PNE, todos atendendo as dimensões da NBR 9050. Na análise dessas justificativas,

a Subsecretaria de Fiscalização e Controle considerou superado o apontamento quanto ao

equipamento eletromecânico de deslocamento vertical a ser instalado (elevador), desde que

adotadas as providências descritas pela própria Subprefeitura, e ratificou e reiterou todas as

demais falhas, omissões, divergências e infringências às legislações federal e estadual referentes

à acessibilidade, assinaladas no item 3.4 de seu relatório original (fls. 121/123). A Assessoria

Jurídica de Controle Externo acompanhou essas conclusões, considerando que a aferição da

Auditoria é de ordem técnica (fls. 124/125 e 126), o mesmo ocorrendo por parte do Secretário

Geral, ao registrar a consecução do objetivo da Inspeção realizada (fls. 128/129 e 130), sendo que

a Procuradoria da Fazenda Municipal observou a natureza documental do trabalho, opinando em

consequência pelo seu conhecimento para fins de registro (fl. 127). É o relatório. Voto: A

presente Inspeção tem por objetivo verificar o cumprimento das normas que disciplinam a

Acessibilidade dos prédios e equipamentos públicos e privados, notadamente o Decreto

Municipal 45.122/04, que consolida e regulamenta as Leis Municipais 11.345/93, 11.424/93,

12.815/99 e 12.821/99, e a Lei Estadual 12.207/08, que consolidou a legislação relativa à pessoa

com deficiência ou com mobilidade reduzida, e, em especial, o Decreto Federal 5.296/04 que

regulamentou as Leis Federais 10.048/00 e 10.098/00. Essa legislação, em conjunto com aquelas

editadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), estabelece os parâmetros

mínimos sobre Acessibilidade a serem conferidos na aprovação de edificações novas, de

reformas ou de mudanças de uso, no que se refere, especialmente, a rotas, rampas e degraus,

instalações sanitárias, estacionamento, elevadores e locais de reunião. No caso em foco, a

Subsecretaria de Fiscalização e Controle apurou, na amostragem realizada, que, a exemplo de

Inspeções anteriores levadas a efeito através dos TCs 1.852.10-32 e 774.12-57, os projetos

aprovados pela Subprefeitura apresentam inconformidades às normas legais de Acessibilidade,

notadamente aquelas detalhadas no item 3.4 do primitivo Relatório de fls. 93/97vº, aceitando,

porém, o esclarecimento da Unidade apenas quanto ao equipamento eletromecânico de

deslocamento vertical (elevador), único meio de acesso aos andares superiores para as pessoas

deficientes ou com mobilidade reduzida, observando caber o licenciamento específico à

Coordenadoria de Atividade Especial e Segurança de Uso – SEGUR (fls. 121/123). Não houve

reparos dessas conclusões por parte da Assessoria Jurídica de Controle Externo (fls. 124/126),

Procuradoria da Fazenda Municipal (fl. 127) e da Secretaria Geral (fls. 128/130), de sorte que

conheço da Inspeção para o devido registro, determinando a expedição de Ofício para a

Prefeitura Regional Lapa, instruído de cópia do relatório original de fls. 93/97 vº e complementar

de fls. 121/123, com o anexo das referências legislativas, para sua rigorosa observância e

cumprimento. É o Voto. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor,

Edson Simões e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Carlos José Galvão.

Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 8 de março de 2017. a) Maurício Faria – Vice-

Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator." 2) TC 1.921/13-04 –

Câmara Municipal de São Paulo e Unirio Manutenção e Serviços Ltda. – Pregão 09/2012 –

Contrato 08/2012 R$ 1.638.000,00 – Contratação de empresa para prestação de serviços de

conservação e manutenção predial ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos

quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de

Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do

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Relator, em acolher o Pregão 09/2012 e o Contrato 08/2012, dele emergente, bem assim em

conhecer da rescisão unilateral declarada. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar a

expedição de ofício à Câmara Municipal de São Paulo para que, no prazo de 60 (sessenta) dias,

envie a esta Corte de Contas informações atualizadas acerca da ação de cobrança impetrada para

o ressarcimento do valor pendente de R$ 27.078,40 (vinte e sete mil, setenta e oito reais e

quarenta centavos). Relatório: Sob análise o Pregão 09/2012 e o Contrato 08/2012 dele

decorrente, ajustado entre a Câmara Municipal de São Paulo – CMSP e Unirio Manutenção e

Serviços Ltda., tendo por objeto a prestação de serviços de manutenção e conservação predial,

conforme descrição, quantidades e condições constantes do Anexo I do Edital – Termo de

Referência – Especificações Técnicas, no valor de R$ 1.638.000,00 (um milhão, seiscentos e

trinta e oito mil reais). A Equipe Técnica desta Casa concluiu pela irregularidade: I - do Pregão,

tendo em vista não constar dos autos justificativas para: (a) o quantitativo estipulado no Termo

de Referência, de 44 (quarenta e quatro) profissionais para composição da equipe de trabalho; (b)

os índices econômico-financeiros exigidos, infringindo o § 5º do artigo 312 da Lei 8.666/93. II -

do Contrato 08/2012, considerando: decorrer de Licitação com apontamentos de impropriedades;

não constar justificativa para o quantitativo de 44 (quarenta e quatro) profissionais, para

composição de equipe; apresentação de Certidão de Débitos relativa aos Tributos Federais e à

Dívida Ativa da União, válida até 24/03/2013, vencida, portanto, quando da assinatura do

Contrato, em 24/04/2013; falta de atendimento pela Contratada, ao longo da execução do Ajuste,

da sua Cláusula 2.1.b em relação aos 44 (quarenta e quatro) funcionários. Na sequência foram

oficiados Joaquim de Godoi, da Subsecretaria Geral Administrativa 33, e Josivaldo Pereira e

Silva, da Subsecretaria Geral Administrativa 23 da Câmara Municipal de São Paulo, que, em

resposta, encaminharam suas defesas, esclarecendo que: o quantitativo de 44 (quarenta e quatro)

profissionais originou-se na contratação que antecedeu o Ajuste com a Unirio e que a utilização

de índices econômico-financeiros estão em conformidade com a Instrução Normativa do MARE

05/95, bem como com os editais elaborados pelo Tribunal de Contas do Município de São Paulo;

a Cláusula 13.2.1 do Edital – Das Condições para assinatura do Contrato - não faz menção à

exigência da apresentação da Certidão de Débitos relativos aos Tributos Federais e à Dívida

Ativa da União, que foram exigidos apenas na sessão pública do Certame; diante das

reincidências por parte da Contratada em não manter o quadro completo de profissionais,

deixando de atender a Cláusula 2.1.b do Contrato em relação aos 44 (quarenta e quatro)

funcionários, o Gestor recomendou a rescisão contratual; Decisão da Mesa Diretora 1.652/13,

publicada no DOCSP de 21/02/13, rescindiu o Contrato 08/12 e aplicou penalidade à Contratada

quanto ao não cumprimento do subitem 2.1.1, da Cláusula Segunda, e multa por inexecução total

do Ajuste prevista no item 10.1.6 da Cláusula Décima do Termo. A Subsecretaria de Fiscalização

e Controle ao analisar o acrescido ratificou suas conclusões iniciais, excetuando, porém, a falta

de justificativa para o índice econômico-financeiro por considerá-la sanada diante da motivação

apresentada. Diante desse quadro, determinei nova oitiva da Câmara Municipal de São Paulo no

intuito de averiguar quais procedimentos teriam sido adotados para ressarcimento dos dias em

que a Contratada deixou de apresentar o quadro completo de funcionários e se foram aplicadas

penalidades pela inexecução do Ajuste. Na ocasião, determinei ainda a juntada de documentos de

suporte, além da intimação do Representante legal da Contratada para apresentação de defesa.

Em resposta, a Edilidade fez anexar aos autos documentação comprobatória das medidas levadas

2 Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a: (...) § 5

o A comprovação de

boa situação financeira da empresa será feita de forma objetiva, através do cálculo de índices contábeis previstos no

edital e devidamente justificados no processo administrativo da licitação que tenha dado início ao certame licitatório,

vedada a exigência de índices e valores não usualmente adotados para correta avaliação de situação financeira

suficiente ao cumprimento das obrigações decorrentes da licitação.

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a efeito, como a aplicação de multas e a suspensão temporária (fl. 1.503), entre outras

penalidades, que culminou na rescisão unilateral do Contrato, sendo certo que a Contratada

restou silente. Ao analisar a documentação acrescida, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle

concluiu que os quesitos formulados foram atendidos visto que foram juntados documentos

contendo quadro das ocorrências discriminadas mês a mês, inclusive com explicações sobre as

deduções das faltas, além dos quadros demonstrativos da situação final de todo o processado em

relação às penalidades aplicadas e dos valores faturados, retenções efetuadas e penalidades

financeiras aplicadas à Contratada. Sublinhou que os valores correspondentes às penalidades de

cunho pecuniário somaram R$ 518.427,00 (quinhentos e dezoito mil, quatrocentos e vinte e sete

reais), que representou 60% (sessenta inteiros por cento) do faturado no período e considerando a

retenção de R$ 409.448,60 (quatrocentos e nove mil, quatrocentos e quarenta e oito reais e

sessenta centavos) e a execução do seguro de R$ 81.900,00 (oitenta e um mil e novecentos reais),

referente à garantia contratual, restou ainda uma diferença de R$ 27.078,40 (vinte e sete mil,

setenta e oito reais e quarenta centavos) a ser cobrada judicialmente. A Assessoria Jurídica de

Controle Externo em suas intervenções no decorrer da instrução, pronunciou-se pela

irregularidade do Pregão e da Contratação, na esteira das conclusões da SFC. Por sua vez, a

Procuradoria da Fazenda Municipal alegou ser forçoso reconhecer a higidez e a validade dos

procedimentos havidos, uma vez que todas as medidas cabíveis na espécie foram adotadas, no

sentido da preservação do Erário e do interesse público. Observou que a documentação anexada

leva à convicção de que a inexecução contratual foi de exclusiva responsabilidade da Contratada,

não remanescendo dúvidas de que a CMSP pautou sua conduta na conformidade da norma que

disciplina a matéria. Nessa senda, enfatizando a boa fé e a correção das medidas tomadas pelos

agentes públicos envolvidos, requereu o acolhimento dos Ajustes ou, alternativamente, o

reconhecimento dos efeitos financeiros e patrimoniais. Já a Secretaria Geral, perfilhando o

mesmo entendimento da SFC e da AJCE manifestou-se pela irregularidade dos Instrumentos em

apreço, por considerar, sobretudo, que os esclarecimentos colacionados se mostraram

inconsistentes para sanear a questão da falta de justificativa para o quantitativo licitado, tanto no

Pregão como no Contrato, e que, quanto à Certidão de Débitos relativa aos Tributos Federais e à

Dívida Ativa da União, restou impossibilitada a verificação da regularidade da Contratada, uma

vez que aquela encartada aos autos se encontrava vencida por ocasião da celebração do Ajuste. É

o relatório. Voto: Preliminarmente, no tocante à análise do Pregão Presencial 09/12, a apontada

falta de justificativa para o índice econômico-financeiro adotado no Edital foi considerada sanada

pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle no decorrer da instrução processual, diante dos

esclarecimentos apresentados pela Câmara Municipal de São Paulo, restando sem superação

nesse âmbito, a falta de justificativa para o quantitativo de 44 (quarenta e quatro) profissionais

estipulados na composição da equipe de trabalho. Sobre o assunto esclareceu a Auditada, que o

referido número de funcionários foi estabelecido no momento do 2º Termo Aditivo ao Contrato

32/2009 firmado com a RCA Produtos e Serviços Ltda., que antecedeu ao Ajuste em exame.

Embora os Órgãos Técnicos tenham negado acolhida a essa justificativa, entendo que o

quantitativo histórico da necessidade do Órgão, materializado na contratação anterior, pode ser

reconhecido como fato que fundamentou o ato de definição da quantidade de profissionais no

Termo de Referência e na Contratação. Assim, presente o motivo justificador, ainda que

inexistente a demonstração documental desse elemento, tal fato, por si só, não tem o condão de

macular o Procedimento Licitatório como um todo, razão pela qual considero regular o Pregão

09/12. Já adentrando na análise do Contrato 08/12, no concernente a não apresentação das

Certidões de Débito relativas aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União, válidas quando da

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assinatura do Contrato, entendo que assiste razão à Auditada, considerando o fato de que não

consta tal exigência no Subitem 13.2.1.3 da Cláusula 13 - Das Condições para Assinatura do

Contrato - do Edital. Nos termos do "caput" do artigo 41 da Lei 8.666/93: "A Administração não

pode descumprir as normas e condições do edital ao qual se acha estritamente vinculada", e, na

medida em que ele faz lei entre as partes, tanto a Administração como as licitantes ficam restritas

ao que lhes é solicitado ou permitido quanto ao procedimento, à documentação, às propostas, ao

julgamento e ao contrato. Nessa senda, com fulcro no princípio da vinculação ao instrumento

convocatório considero superada a questão. Entretanto, conforme apurou a Subsecretaria de

Fiscalização e Controle, ao longo da execução contratual a Contratada deixou de disponibilizar o

quadro completo de 44 (quarenta e quatro) funcionários necessários à prestação dos serviços. A

despeito desta constatação exorbitar a esfera de abrangência do tipo de fiscalização "in casu",

vale consignar que diante da inexecução parcial do Ajuste por parte da Contratada, a Contratante

adotou corretamente as providências cabíveis para ressarcimento e aplicação de apenações. Nessa

orientação, foram efetuados os descontos das multas aplicadas sobre os valores das faturas, foi

executado o seguro correspondente à garantia contratual, restando ainda pendente o recolhimento

da diferença de R$ 27.078,40 (vinte e sete mil, setenta e oito reais e quarenta centavos) cuja

cobrança foi submetida à PGM, conforme documentos de fls. 1.535 e 1.536. Além disso,

conforme documentação carreada aos autos, o Contrato 08/12 foi rescindido unilateralmente, nos

termos da Decisão de Mesa 1.652/13, publicado no DOC de 21/02/13. Posto isto, com

fundamento nas razões expostas ACOLHO o Pregão 09/2012 e o Contrato 08/2012, dele

emergente, conhecendo da rescisão unilateral declarada. Determino seja oficiada a Câmara

Municipal de São Paulo para que no prazo de 60 (sessenta) dias envie a esta Corte informações

atualizadas acerca da ação de cobrança impetrada para o ressarcimento do valor pendente de R$

27.078,40 (vinte e sete mil, setenta e oito reais e quarenta centavos). É como voto. Participaram

do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Edson Simões e Domingos Dissei.

Presente o Procurador Chefe da Fazenda Carlos José Galvão. Plenário Conselheiro Paulo Planet

Buarque, 8 de março de 2017. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência;

a) Roberto Braguim – Relator." 3) TC 3.062/13-43 – Secretaria Municipal de Educação e

Núcleo Recreativo Encantado – CEI Ernesto Cerreti – Convênio 003/SME/2010-RP R$

861.355,00 – TA 490/2012-RP (prorrogação de prazo) – Atendimento a crianças por meio de

Centro de Educação Infantil/Creche. Após o relato da matéria, "o Conselheiro Roberto Braguim

não acolheu o convênio 003/SME/2010-RP e o Termo de Aditamento 490/2012-RP, uma vez

que a situação de superlotação permaneceu por um ano e oito meses, desatendendo às normas

sobre espaço físico estabelecidas na Deliberação CME 04/09, extrapolando os limites da

razoabilidade, por comprometer a qualidade de ensino e significar atraso no desenvolvimento

escolar, implicando mau uso de recursos a contrariar o interesse público. Ademais, o Conselheiro

Roberto Braguim – Relator determinou que a Pasta aprimore seus procedimentos de avaliação

dos imóveis em que funcionarão as unidades educacionais, para que atendam às normas e

especificações técnicas preconizadas pela legislação pertinente à adequação do espaço físico.

Ainda, o Conselheiro Roberto Braguim – Relator determinou o encaminhamento de cópia do

Acórdão a ser alcançado pelo Egrégio Plenário à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e

Social da Capital, em atenção às solicitações encartadas nos autos. Afinal, na fase de votação, o

Conselheiro João Antonio – Revisor solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão)

3 13.2.1. Apresentar certidões comprobatórias de regularidade relativa à Certidão Negativa de Débito para com a

Seguridade Social (CND); Certificado de Regularidade do FGTS (CRF) e Certidão Negativa de Débitos de Tributos

Mobiliários Municipais (CTM) ou DECLARAÇÃO, se for o caso, nos termos do subitem 6.4.5.1., e documento de

consulta ao Cadastro Informativo Municipal – CADIN MUNICIPAL, em obediência ao disposto no inciso I do

Artigo3º da Lei Municipal nº 14.094/05."

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Prosseguindo, o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria, devolveu

a direção dos trabalhos ao Conselheiro Roberto Braguim. Reassumindo a direção dos trabalhos, o

Conselheiro Presidente Roberto Braguim concedeu a palavra ao Conselheiro Vice-Presidente

Maurício Faria para relatar os processos de sua pauta. – PROCESSOS RELATADOS PELO

CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE MAURÍCIO FARIA – 1) TC 4.705/14-48 –

Splocserv Locação de Veículos e Serviços Gerais Ltda. – Coordenadoria Regional de Saúde

Sudeste – Representação em face do Pregão Eletrônico 29/2014, cujo objeto é a contratação de

prestação de serviços de locação de veículos com motorista, combustível e manutenção, com

quilometragem livre, para suprir as necessidades da Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro

Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação,

por preenchidos os pressupostos de admissibilidade, conforme o disposto no artigo 113, § 1º, da

Lei Federal 8.666/93, bem como no artigo 55 do Regimento Interno desta Corte, e, no mérito, em

considerar prejudicada a sua análise pela perda do objeto, uma vez que a Origem revogou o

certame, diante da constatação da possibilidade de atendimento de suas necessidades por meio de

contrato à época vigente e com preços mais vantajosos para a Administração, conforme

publicação no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, de 26/11/2014. Acordam, ainda, à

unanimidade, em determinar o envio de cópia do presente Acórdão aos interessados, nos termos

do artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal, com o posterior arquivamento dos autos.

Relatório: Cuida o presente de Representação interposta pela SP Locserv Locação de Veículos e

Serviços Ltda. em face do Pregão Eletrônico 29/2014 – CRS/SE visando à reforma da decisão

que desclassificou sua proposta na fase de avaliação da planilha de composição de custos. Nesse

sentido, requereu a suspensão do certame e, ao final, que fosse determinada a desclassificação da

empresa JCN Soluções Ltda., então classificada e habilitada. Insurgiu-se a Representante contra

os procedimentos adotados pela Senhora Pregoeira na condução do certame, argumentando para

tanto: (i) ser detentora da melhor proposta no valor de R$ 24.826,44/mês, a qual foi

indevidamente desclassificada por supostas incorreções na planilha de composição de custos, em

razão da taxa de depreciação utilizada, além de outras falhas; (ii) ser a proposta da empresa

classificada JCN Soluções Ltda., no valor de R$ 27.207,36/mês, superior à sua proposta e aos

valores constantes do CADTERC – Cadernos Técnicos de Serviços Terceirizados do Governo do

Estado de São Paulo; (iii) a impertinência da utilização do CADTERC como parâmetro de preço,

na medida em que os serviços licitados não seguem os padrões de execução do CADTERC. A

Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu pela procedência da Representação,

destacando: (i) que a taxa de depreciação deveria corresponder ao período de 12 meses,

equivalente ao prazo contratual e não a 24 ou 36 meses; (ii) que a proposta da empresa JCN

Soluções Ltda. mostrava-se 22,47% superior à tabela CADTERC (base maio/2014),

relativamente ao veículo do grupo "S1 – de 81 a 115cv" (veículo + condutor + combustível, de

segunda-feira a domingo); (iii) a existência de diferenças na forma de prestação dos serviços em

relação aos padrões adotados no CADTERC, na medida em que o edital não especificava os dias

da semana em que os serviços seriam prestados, sendo certo que tais informações trariam

reflexos nos preços, sobretudo considerando o maior custo da mão de obra nos finais de semana

e feriados, bem como nos horários noturnos, o que era previsto e considerado no CADTERC. A

Assessoria Jurídica de Controle Externo manifestou-se pelo conhecimento da Representação e,

no mérito, pela sua procedência, na medida em que a forma de prestação dos serviços licitados

não se mostrava compatível com os parâmetros do CADTERC que estavam sendo utilizados na

condução do certame, o mesmo ocorrendo em relação ao valor da proposta classificada, que se

apresentava superior ao referencial. Requereu, diante das conclusões alcançadas, a intimação dos

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responsáveis para ciência e manifestação. Intimada a Origem, apresentou manifestação

defendendo adequação das regras do edital ao CADTERC, noticiando, contudo, a Revogação de

certame, conforme publicação no Diário Oficial da Cidade de São Paulo de 26/11/2014.

Justificou sua decisão na constatação da possibilidade jurídica de contratação do mesmo serviço

objeto do certame, por valores inferiores, através do contrato 12/CRS-SE/2014, então vigente

naquela Secretaria, o que poderia ser viabilizado por alteração contratual para acréscimo de

objeto, Destacou que os preços contratados se mostravam inferiores tanto em relação aos

critérios de aceitabilidade dos preços do certame, quanto em relação aos valores das propostas da

Representante – SPLOCSERV LOCAÇÃO DE VEÍCULOS E SERVIÇOS LTDA. e da empresa

JCN Soluções Ltda. A Procuradoria da Fazenda Municipal, diante da revogação do certame,

entendeu ter ocorrido a perda de objeto da Representação, requerendo a declaração de sua

prejudicialidade. A Secretaria Geral opinou pelo conhecimento e perda superveniente do objeto

da Representação, restando a mesma prejudicada, diante da revogação do certame pela Origem. É

o relatório. Voto: Conheço da Representação vez que preenchidos seus pressupostos de

admissibilidade, conforme o disposto no art. 113, § 1º, da Lei Federal 8.666/93, bem como no

art. 55 do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Município de São Paulo. No mérito, na

esteira das manifestações constantes dos autos, considero prejudicada a análise da Representação,

em razão da perda de seu objeto, uma vez que a Origem revogou o certame, diante da

constatação da possibilidade de atendimento de suas necessidades por meio de contrato à época

vigente e com preços mais vantajosos para a Administração, conforme publicação no Diário

Oficial da Cidade de São Paulo de 26/11/2014. Envie-se cópia do presente julgado aos

interessados. Após, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros

Domingos Dissei – Revisor e Edson Simões. Ausente, interinamente, o Conselheiro João

Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Carlos José Galvão. Plenário Conselheiro

Paulo Planet Buarque, 8 de março de 2017. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria –

Relator." 2) TC 3.980/15-06 – Bollimp Comércio Embalagens Descartáveis e Prestação de

Serviços de Limpeza e Higiene Ltda. – Secretaria Municipal de Educação – Representação em

face do Pregão Eletrônico 56/SME/2015, cujo objeto é contratação de empresa para prestação de

serviços de conservação predial, limpeza e asseio das áreas internas, externas e ajardinada da

Secretaria ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o

Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de

São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da

representação, por presentes os requisitos de admissibilidade, e, no mérito, em julgá-la

improcedente. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar que a Origem faça constar nos

futuros editais para contratações que envolvam o fornecimento de materiais e produtos,

especificações técnicas ou referências a normas, de forma a estabelecer um padrão mínimo de

qualidade no fornecimento, bem como parâmetros para sua aceitação, propiciando análise efetiva

na fiscalização do objeto. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar o envio de cópia deste

Acórdão aos interessados, nos termos do artigo 58 do Regimento Interno desta Corte, com o

posterior arquivamento dos autos. Relatório: Cuida o presente de Representação interposta pela

empresa Bollimp Comércio de Embalagens, Descartáveis e Prestação de Serviços de Limpeza e

Higiene Ltda., em face do Edital de Pregão Eletrônico 56/2015, deflagrado pela Secretaria

Municipal de Educação, objetivando a prestação de serviços de conservação predial, limpeza e

asseio das áreas internas, externas e ajardinadas. Em apertada síntese, questiona a Representante:

(i) a descrição dos sacos para acondicionamento de lixo, alegando tratar-se de produtos com

especificações fora das medidas e capacidade volumétrica, em discordância com a Norma

9191/2008 – Tabela 01 da ABNT, bem como os papéis para fins sanitários (toalha e higiênico),

por estarem em dissonância com as especificações técnicas impostas pela ABNT – NBR 15464 e

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suas partes, conforme previsto no item III. 1, do anexo I, do edital – Dos materiais, utensílios e

equipamentos para execução dos serviços contratados; (ii) a não exigência de apresentação pela

licitante vencedora de laudo técnico emitido por laboratório credenciado pelo INMETRO ou por

laboratório de notória especialidade, para que se comprove as especificações técnicas dos

materiais apresentados. Em Relatório acostado às fls. 131/135, a Subsecretaria de Fiscalização e

Controle concluiu pela improcedência da Representação. Quanto às especificações dos produtos

questionados – sacos para acondicionamento de lixo e papéis para fins sanitários (toalha e

higiênico) –, destacou que "As normas técnicas existentes, bem como as orientações elaboradas

pela PMSP, com base em normas técnicas, não são de uso obrigatório como quer fazer crer o

representante. (...) Dessa forma, concluímos pela improcedência do ponto representado quanto à

obrigatoriedade de utilização da norma. Ressaltando, porém, que a ausência de uma referência

técnica, para a aferição dos materiais utilizados, poderá resultar em prejuízos para a

Administração". No que respeita ao laudo técnico, registrou que "fazer constar obrigação ou não

de laudo para a licitante vencedora é ato discricionário da administração. Ademais, a aferição da

qualidade e adequabilidade dos materiais deve ser efetuada durante todo o período em que

vigorar a contratação, por meio da fiscalização do contrato". Por fim, a Especializada ressaltou

que a ausência de especificações técnicas, ou mesmo, de referências a normas que serão

utilizadas como parâmetro para aceitação dos materiais, traz subjetividade à análise da

fiscalização quando da execução do objeto, podendo até resultar em prejuízos para a

Administração. Instada a se manifestar, a Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pelo

conhecimento da Representação e, no mérito, acompanhou a conclusão da Especializada pela sua

improcedência, visto que as considerações expedidas foram suficientes para o enfrentamento

preciso dos questionamentos trazidos pela Representante. Registrou, ainda, que a Representação

foi apresentada em 04/11/2015, com menos de 24 h (vinte e quatro horas) de antecedência da

data consignada para a abertura do certame e que, não havendo notícia de sua suspensão, a

ressalva relativa à falta de critérios objetivos de controle dos materiais poderia servir de

orientação futura para a Administração Pública. A Origem, apesar de intimada para

conhecimento da Representação e das manifestações dos Órgãos Técnicos, não apresentou

resposta. A Procuradoria da Fazenda Municipal acompanhou os pronunciamentos anteriores e

requereu a improcedência da Representação. No mesmo sentido manifestou-se a Secretaria

Geral, opinando pelo conhecimento da Representação e, no mérito, pela sua improcedência. É o

relatório. Voto: As análises dos órgãos técnicos desta Corte concluíram pelo não provimento da

Representação apresentada, diante da impertinência dos pontos questionados. Nesse sentido,

restou afastada a necessidade de exigência de laudo técnico emitido por laboratório credenciado

pelo INMETRO ou por laboratório de notória especialidade para comprovação das

especificações técnicas dos materiais utilizados, na medida em que tal exigência se mostra dentro

do poder discricionário da Administração, que no caso em tela optou por submeter à aceitação

dos materiais a prévia aprovação da fiscalização do contrato, conforme previsto no Anexo I –

Termo de Referência do edital, fiscalização essa que, como bem destacado pela Auditoria, deverá

ser efetuada durante todo período em que vigorar a contratação. No que respeita as

especificações técnicas dos materiais (sacos de lixo e papel higiênico/papel toalha) verificou-se

não serem as normas técnicas da ABNT de uso obrigatório, conforme constatado pela

Especializada no próprio Portal da ABNT (ABNT – Catálogo, item "Perguntas Frequentes"4.

Além disso, a Prefeitura do Município de São Paulo, por meio do Departamento de Gestão de

Suprimentos e Serviços da Secretaria Municipal de Gestão, estabelece especificações técnicas de

materiais e equipamentos de uso comum da PMSP, indicando serem provenientes de catálogos,

4 http://www.abntcatalogo.com.br/faq.aspx

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Portarias, Legislações competentes, ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, Código

de Proteção e Defesa do Consumidor, Associação Brasileira de Papel e Celulose, Ministério da

Saúde, INMETRO e outras fontes. Destaca, no mesmo sentido, não serem tais especificações de

uso obrigatório, podendo servir de referência nos processos de aquisição de materiais, sendo,

contudo, seu uso recomendado em razão da vantagem de se adotar um padrão adequado às

condições atuais de mercado. Observo, a despeito da não obrigatoriedade de utilização das

normas técnicas da ABNT, que as especificações constantes no edital para os produtos

questionados não se mostraram adequadamente detalhadas, nem sequer seguem ou contêm as

características estabelecidas pela PMSP, situação essa que conflita com os ditames dos artigos 14

e 15, § 7º, inciso I, da Lei Federal 8.666/93, que impõem a necessidade de apropriada

caracterização e especificação completa do bem a ser adquirido, de forma a evitar o fornecimento

de materiais e produtos em desacordo com o padrão mínimo de qualidade indispensável ao

atendimento das necessidades da Administração. Diante do exposto, conheço da Representação

interposta, por presentes seus requisitos de admissibilidade e, no mérito, nos termos das

manifestações unânimes dos Órgãos Técnicos e da Secretaria Geral, voto pela sua

improcedência. Não obstante, consigno determinação no sentido de que a Origem faça constar

nos futuros editais para contratações que envolvam o fornecimento de materiais e produtos,

especificações técnicas ou referências a normas, de forma a estabelecer um padrão mínimo de

qualidade no fornecimento, bem como parâmetros para sua aceitação, propiciando análise efetiva

na fiscalização do objeto. Envie-se cópia do presente julgado aos interessados. Após, arquivem-

se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson

Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Carlos José Galvão. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 8 de março de 2017. a) Roberto Braguim – Presidente; a)

Maurício Faria – Relator." 3) TC 3.693/07-04 – Secretaria Especial para Participação e Parceria

(atual Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania)e Associação Cidade Escola

Aprendiz – Convênio 009/2007/SEPP R$ 776.566,30 – Implantação do Projeto "Trilhas na Vida

– Programa Aprendiz Comgás/Formação de Agentes Sociais" ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e

discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os

Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de

conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regular o Convênio 009/2007/SEPP,

relevando as falhas constatadas, uma vez que destituídas de conteúdo suficiente para macular o

ajuste. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o envio de cópia deste Acórdão aos

interessados. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o arquivamento dos autos.

Relatório: Em julgamento o TC 3.693/07-04, que cuida da análise formal do Convênio

09/2007/SEPP que tem por objeto a Implantação do Projeto "Trilhas na Vida – Programa

Aprendiz Congás – Formação de Agentes Sociais", cujo escopo é contribuir para o

desenvolvimento de 160 (cento e sessenta) adolescentes no exercício da cidadania, da

participação e da intervenção comunitária, por meio do desenvolvimento do projeto, promovendo

a inclusão social e educacional nos arredores de todo o município de São Paulo. A Auditoria

desta concluiu, inicialmente, pela irregularidade do Convênio, em razão dos seguintes

apontamentos: (i) Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos a Tributos Federais e à

Dívida Ativa da União vencida na data de celebração do ajuste (item 13.2); (ii) Registro no

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente vencido na data de celebração do

ajuste (item 13.3); (iii) ausência de remessa de informações por meio do SERI (item 13.4); (iv)

ausência de parecer Técnico da Secretaria Municipal competente na área de ação do respectivo

projeto (infringência ao art. 8º, "caput", do Decreto 43.135/03, alterado pelo Decreto 47.669/06)

(item 13.5); (v) ausência de evidência de ciência à Câmara Municipal do convênio realizado

(item 13.6); (vi) emissão extemporânea das notas de empenho (item 13.7); (vii) ausência do

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destino dos bens adquiridos pela conveniada no término do convênio (item 13.9). Consignou,

ainda, no item 13.8 de seu relatório, a necessidade de justificativa da escolha do modelo dos 12

(doze) computadores, com valor unitário de R$ 3.300,00 (três mil e trezentos reais),

considerando os preços de mercado abaixo de R$ 2.000,00 (dois mil reais), bem como de

indicação da fonte de pesquisa utilizada para os valores estabelecidos na planilha de custos do

ajuste. Remetidos os autos à Assessoria Jurídica de Controle Externo, a mesma acompanhou as

conclusões da Auditoria pela irregularidade do Convênio, destacando, contudo, a possibilidade

de relevação do apontamento relativo à falta de remessa de informações por meio do sistema

SERI, por tratar-se de relação de caráter administrativo, incapaz de macular o convênio ou

prejudicar seus efeitos. Devidamente intimados, a Origem e a Conveniada apresentaram suas

justificativas e juntaram documentos. O ordenador de despesas à época, Sr. José Ricardo Franco

Montoro, apesar de intimado, não se manifestou. Ao analisar as justificativas e documentos

apresentados, a Auditoria entendeu por superadas as seguintes irregularidades: (i) item 13.2,

devido à apresentação da Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos a Tributos Federais e

à Dívida Ativa da União vigente a partir do dia 01/03/2007, tendo a certidão anterior validade até

27/02/2007 e o Convênio sido assinado em 28/02/2007; (ii) item 13.3, devido à apresentação de

cópia da publicação 28/CMDA/SP/O&, no Diário Oficial da Cidade de 13/02/2007, concedendo

à Conveniada o registro no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; (iv)

item 13.5, devido à indicação no processo administrativo e apresentação do Parecer Técnico

favorável ao financiamento do projeto pelo FUNCAD; (v) item 13.6, tendo em vista a retificação

da irregularidade, considerando os termos do Memorando SFC 176/11, o qual determinava que

nas próximas análises de convênio, o atendimento ao § 2º do art. 116, da Lei 8.666/93 deveria ser

verificado apenas nos convênios em que houvesse repasse de recursos da União; E, ainda,

passiveis de relevação as irregularidades relativas: (iii) ao item 13.4, tendo em vista a

comprovação de que as informações foram enviadas pelo SERI, ainda que de forma

intempestiva; (vi) ao item 13.7, tendo em vista que o atraso na emissão das notas de empenho se

deu por poucos dias, não causando danos ao andamento do projeto, cujo cronograma foi

cumprido integralmente; (vii) ao item 13.9, em razão do disposto no artigo 5º da Resolução

86/CMDCA, que prescreve que no encerramento ou mudança de objetivos da entidade, os bens

adquiridos com recursos do FUNCAD deverão ser revertidos para Associações com registro e

projetos aprovados no CMDCA/SP. E, ainda, diante da informação de que a entidade continua

com sua regular atividade, utilizando os equipamentos adquiridos pelo projeto. Quanto à

necessidade de justificativa do modelo dos computadores e indicação da fonte de pesquisa de

preços utilizada, conforme consignado no item 13.8, a Auditoria apontou que a pesquisa de

preços apresentada pela Origem foi efetivada em data posterior a elaboração da Planilha do

Convênio. Além disso, destacou que, tanto o preço médio obtido na referida pesquisa como o

constante na nota fiscal de compra dos equipamentos, encontravam-se abaixo do valor constante

da Planilha do Convênio. Nesse sentido registrou: "Ademais, cabe observar que o preço médio

unitário para computador com monitor foi de R$ 2.878,38, considerando a pesquisa apresentada

(Dac Tec - R$ 2.563,15, fls. 280 e 288, Thema - R$ 2.820,00, fl. 282 e IT-Control - R$ 3.252,00,

fl. 284) contra o valor de R$ 3.300,00 da planilha de custos (fl. 116). Adicionalmente, a NF de

compra apresentada (fl. 287) discrimina 12 UPD com preço unitário de R$ 2.316,99." A

Assessoria Jurídica de Controle Externo, por sua vez, diante das defesas e documentos

apresentados, corroborou as conclusões da Auditoria, tanto pela superação das irregularidades

relativas aos itens 13.2; 13.3; 13.5; 13.6, como pela relevação dos apontamentos dos itens 13.4;

13.7 e 13.9. Entendeu, ainda, que a justificativa apresentada para escolha dos modelos dos

computadores, qual seja, a necessidade de equipamentos mais robustos e potentes, apropriados as

reais necessidades do projeto, se mostrou suficiente e razoável, sendo a adequada à satisfação do

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interesse público pretendido. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o acolhimento do

Convênio. A Secretaria Geral, acompanhando os pareceres dos órgãos técnicos, em especial da

Assessoria Jurídica de Controle Externo, manifestou-se pela regularidade do Convênio

09/2007/SEPP. É o Relatório. Voto: Dentre as irregularidades incialmente apontadas pela

Auditoria, foram devidamente esclarecidas durante a instrução processual, as questões relativas à

Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União,

ao registro no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e ao Parecer

Técnico favorável ao financiamento do projeto pelo FUNCAD, diante da apresentação dos

respectivos documentos comprobatórios, restando, portanto, superadas tais irregularidades.

Quanto aos apontamentos relativos ao envio intempestivo de informações do Convênio ao

sistema SERI e ao atraso na emissão das notas de empenho, entendo, em conformidade com as

decisões proferidas nos TCs 1.874.08-50, 390.08-49, 2.957.04-98 e 4.073.06-76, tratar-se de

falhas que podem ser relevadas, na medida em que não se mostram capazes de ensejar a

irregularidade do Convênio. Ademais, quanto à emissão das notas de empenho, cabe observar

que a reserva e transferência dos recursos do FUMCAD para a Secretaria foram efetivadas em

26/02/2007 (fls. 131/132), data anterior à assinatura do Convênio, tendo, ainda, a Origem

esclarecido não ter havido comprometimento do cronograma e execução do projeto. Da mesma

forma, entendo não comprometer a regularidade do Convênio a falta de indicação do destino dos

bens adquiridos pela conveniada ao término do ajuste, podendo o apontamento ser relevado,

diante da previsão do artigo 5º da Resolução 86/CMDCA e da notícia de que a entidade continua

com sua regular atividade, utilizando os equipamentos adquiridos pelo projeto. No que concerne

ao apontamento relativo à necessidade de justificativa do modelo dos computadores indicados,

considerando existirem modelos mais econômicos no mercado, compartilho do posicionamento

da Assessoria Jurídica de Controle Externo, entendendo por justificada escolha, na medida em

que a Conveniada apontou ser essencial para o atendimento adequado das necessidades do

projeto, a utilização de equipamentos mais robustos que os modelos padrão de mercado. Por fim,

no que se refere aos apontamentos da pesquisa de preço dos computadores, observo que o fato do

preço médio unitário obtido, considerando a pesquisa realizada pela Conveniada no momento da

aquisição dos equipamentos, bem como o próprio preço efetivamente pago, terem se apresentado

inferiores ao preço constante na Planilha de Custo do projeto, não se mostra capaz de ensejar a

irregularidade do Convênio, tendo em vista o caráter estimativo do valor e do equipamento na

planilha. Nesse sentido, nenhum prejuízo ocorre para a Administração, na medida em que todas

as despesas efetivadas no convênio são objeto de prestação de contas mensal, mediante

apresentação de recibos e notas fiscais, sendo certo que, no caso de eventual saldo apurado, será

o mesmo devolvido ou descontado na transferência mensal do mês subsequente, conforme

expressamente previsto nas cláusulas quinta e sexta do próprio Convênio. Diante do exposto,

considerando os elementos constantes dos autos, e nos termos das manifestações dos Órgãos

Técnicos e da Secretaria Geral, julgo regular o Convênio 09/2007/SEPP, relevando as falhas

assinaladas, vez que destituídas de conteúdo suficiente para macular o ajuste. Envie-se cópia do

presente julgado aos interessados. Após, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os

Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador

Chefe da Fazenda Carlos José Galvão. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 8 de março

de 2017. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 4) TC 2.494/05-72 –

Secretaria Municipal da Saúde e Centro de Nefrologia e Urologia da Penha S.C. Ltda. – Cenupe

– Contrato 021/2004/SMS R$ 1.262.203,50 – Execução de serviços de terapia renal substitutiva

a serem prestados a qualquer indivíduo que deles necessite, nos limites quantitativos fixados, que

serão distribuídos por níveis de complexidade e seguirão as normas do Sistema Único de Saúde –

SUS ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, convertidos em diligência na

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2.680ª S.O., dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do

Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório

e voto do Relator, ratificando o voto anteriormente proferido às folhas 175/179 dos autos, em

relevar a ausência de prévio empenho e a publicação extemporânea do extrato do ajuste e,

excepcionalmente, julgar regular o Contrato Emergencial 021/2004/SMS, uma vez que o mesmo

fora cumprido e não há nos autos qualquer prova de prejuízo ao erário. Acordam, ainda, à

unanimidade, em determinar à Origem que, no futuro, verifique rigorosamente a regularidade

fiscal da contratada, conforme os ditames legais. Relatório: Trata-se do exame do Contrato

Emergencial 021/2004/SMS, firmado entre a Secretaria Municipal da Saúde e o Centro de

Nefrologia e Urologia da Penha S/C Ltda. – CENUPE, para a execução de serviços de terapia

renal substitutiva para o Sistema Único de Saúde – SUS. Em sua análise inaugural, a Auditoria

entendeu pela irregularidade do Contrato, em razão das seguintes infringências: 1) não

apresentação da Certidão Negativa de Tributos Mobiliários referente ao período da contratação

(art. 40, III, do Decreto Municipal 44.279/2003); 2) publicação extemporânea do extrato do

Termo do Contrato (art. 26 da Lei Municipal 13.278/2002); e 3) ausência de prévio empenho

(art. 61 da Lei Federal 4.320/64). A Assessoria Jurídica de Controle Externo questionou a

sucessão de contratos emergenciais para a consecução do objeto, não restando esclarecidas as

razões que impediram a finalização da chamada pública para a contratação pelos procedimentos

normais. Relevou a falha apontada pela Especializada no tocante à publicação extemporânea do

termo, acompanhando a Auditoria quanto às demais irregularidades. Devidamente intimada, a

Origem apresentou defesa às fls. 94/97 dos autos. Alegou, em síntese, que as despesas do

presente contrato são atendidas com a transferência de receitas provenientes do Fundo Nacional

de Saúde, e, por isso, a impossibilidade de realizar prévio empenho. Demais disso, as despesas

decorrentes dos atendimentos têm valor estimativo e os pagamentos devem obedecer aos limites

quantitativos inscritos na Ficha de Programação Orçamentária, e que a execução contratual vem

justificar a desnecessidade em empenhar o valor global, até mesmo porque este sequer atingiu o

valor estimado. Instada a se manifestar após a Origem, a Auditoria relevou a falha consistente na

ausência de prévio empenho. Entretanto, manteve seu entendimento pela irregularidade do ajuste

ante a inexistência de justificativas quanto à não apresentação da Certidão de Tributos

Mobiliários válida à época da lavratura do contrato, bem como pelo atraso na publicação do

extrato do contrato no Diário Oficial da Cidade. A AJCE reiterou seu parecer inicial pela

irregularidade da contratação, sendo acompanhada pela ilustre Sra. Assessora Subchefe.

Devidamente intimado, o Sr. Celso Scazufka Ribeiro apresentou defesa às fls.117/126 dos autos.

Alegou, em síntese, que a ausência de Certidão Negativa de Tributos Mobiliários e a publicação

extemporânea do extrato do termo do contrato são vícios formais, incapazes de macular os atos

praticados. Ressaltou que não houve prejuízo ao erário e que atuou com boa-fé, cabendo afastar a

possibilidade de aplicação de sanção. Em sua manifestação conclusiva, a Auditoria considerou

relevável a infringência quanto à publicação extemporânea do extrato do contrato, ratificando a

irregularidade consistente na ausência de apresentação da Certidão Negativa de Tributos

Mobiliários. A AJCE reafirmou que a ausência de apresentação da CND de tributos mobiliários,

por ocasião da contratação, é conduta que merece ser censurada. Concluiu, entretanto, pelo

reconhecimento dos efeitos financeiros do contrato, uma vez que o ajuste foi devidamente

cumprido e não há comprovação de prejuízo ao erário, podendo, entretanto, apurar-se

responsabilidade pela omissão do gestor público. A Procuradoria da Fazenda Municipal opinou

pelo acolhimento do ajuste ou, ao menos, pelo reconhecimento de seus efeitos financeiros, em

razão da ausência de dolo ou má-fé, bem como de prejuízo ao erário. A Secretaria Geral, na

esteira do parecer da AJCE, opinou pelo acolhimento dos efeitos financeiros do contrato.

Convertido o julgamento em diligência, conforme voto de desempate proferido às fls. 183 destes

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autos, a fim de que, nos termos do voto do Exmo. Sr. Conselheiro Revisor, a Origem oferecesse

justificativas para a necessidade de repetição da contratação emergencial, e, especialmente,

esclarecimentos acerca do procedimento de chamamento que, segundo informado, ainda não

estava encerrado quando desta contratação, determinei a intimação do então Titular da Pasta,

para ciência, concedendo-lhe prazo regimental para apresentação das justificativas que

entendesse cabíveis. Ainda que com atraso, vieram aos autos as justificativas e esclarecimentos

da Secretaria Municipal da Saúde, juntadas sob fls. 190/194. A Auditoria, contudo, concluiu, na

manifestação de fls. 196 e 197, que a Origem não esclareceu sobre a necessidade de repetição da

contratação e sobre o procedimento de chamamento que ainda não estava encerrado quando da

celebração do Contrato Emergencial 021/2004. Novamente oficiado, o então Secretário

Municipal da Saúde trouxe aos autos os esclarecimentos e documentos de fls. 203/223, com os

seguintes argumentos: o Contrato Emergencial com o CENUPE, sob n° 021/2004-SMS, foi

firmado com vigência para 180 dias, a contar de 28/01/2004. Assegurada a continuidade dos

contratos para assistência prestada pelos serviços privados, iniciou-se a elaboração do Edital de

Convocação Pública 001/2004 para Prestadores de Terapia Renal Substitutiva, que foi concluído

e publicado no Diário Oficial do Município em 10/03/2004. Todavia, a realização de nova

contratação emergencial se tornou imperiosa, em virtude do lapso de tempo decorrido até a

finalização de todo o processo, pelo rigor na seleção das empresas sob gestão do Município,

sendo que os serviços de terapia renal não poderiam sofrer solução de continuidade, pelos

prejuízos que poderiam advir aos pacientes. O Edital de Convocação Pública 001/2004 fez

constar que haveria Análise e Avaliação da documentação, bem como realização de vistoria com

emissão de Relatório. Para a avaliação da documentação, foi estabelecido no Edital o prazo de 15

dias, a contar da publicação, para a entrega dos documentos pelos Prestadores e 30 dias para a

Comissão realizar a avaliação da documentação recebida. Previamente à vistoria técnica, os

profissionais que realizaram as avaliações tiveram não só que passar por um

treinamento/capacitação, com ênfase no processo de tratamento de água, principal item utilizado

no processo de filtragem dos equipamentos de diálise, como também tiveram que se ambientar

com a legislação específica para Terapia Renal. Como havia várias clínicas a ser vistoriadas, a

Comissão necessitou de um amplo período para a conclusão e habilitação de todas as que

atenderam aos requisitos exigidos no Edital para, posteriormente, iniciar o processo de

celebração dos contratos com estes prestadores. A AUD, fls. 229/230, fornecendo o histórico das

contratações da CENUPE, observou que a Origem informou sobre o lapso de tempo decorrido e

a realização de procedimentos de análise e avaliação previstos no Edital de Convocação Pública,

porém não esclareceu a razão pela qual a convocação pública foi publicada somente 10 de março

de 2004 (fls. 220/223) e os motivos pelo qual o procedimento de chamamento não foi realizado

no período de vigência da contratação emergencial precedente (Emergencial 163/03-SMS).

Anotou que da celebração do primeiro emergencial até a publicação do edital transcorreram 222

dias. Da divulgação do Edital da Convocação Pública (10/03/04) ao início de vigência da

contratação decorrente (26/07/04) transcorreram 138 dias. Concluiu, portanto, que não foram

apresentados esclarecimentos para a demora no lançamento da chamada pública, de modo a

justificar a repetição do contrato emergencial. Instada novamente a apresentar esclarecimentos e

justificativas acerca das conclusões alcançadas pela AUD na manifestação precedente, a

Secretaria Municipal da Saúde encaminhou o ofício de fls. 236/239, que, analisado pela

Especializada, levou-a a se manifestar no sentido de que os elementos trazidos aos autos não

permitem concluir acerca da adequabilidade do prazo de 360 dias que decorreram desde o início

da contratação emergencial até a contratação realizada por meio da chamada pública (fls. 245 e

246). A Assessoria Jurídica de Controle Externo (fls. 248/253) manteve seu parecer precedente

sobre a relevação da falha relativa à certidão de tributos mobiliários, com o fito de aceitação dos

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efeitos financeiros, uma vez que não aventados nos autos prejuízos ao Erário e que a última

certidão teria vencido há pouco mais de três meses. No tocante à contratação por emergência,

concluiu estar caracterizada, bem como entendeu não ser possível afirmar que houve inércia da

Administração em tomar medidas relativas ao chamamento, pois, apesar de não haver precisão

acerca dos prazos, a Origem prestou esclarecimentos sobre os trâmites e a realização de vistorias

que acarretaram na morosidade. Assim sendo, ratificou sua conclusão anterior de fls. 131/135, e

opinou pelo acolhimento do Contrato Emergencial 021/2004/SMS, sem prejuízo de

recomendações. A Procuradoria da Fazenda Municipal (fls. 255/257) reiterou suas manifestações

anteriores e requereu o acolhimento do ajuste examinado, com relevação das falhas havidas, ou,

ao menos, que sejam aceitos os efeitos jurídicos produzidos. A Secretaria Geral (fls. 259/263),

frente às conclusões da Auditoria, opinou pela irregularidade da contratação, entendendo possível

o reconhecimento dos efeitos financeiros decorrentes do ajuste. É o relatório. Voto: Os

elementos da regular instrução do processo convenceram-me de que as circunstâncias fáticas

deste caso específico, aliadas à essencialidade dos serviços, eram fatores que deveriam ser

sopesados para um julgamento, em caráter excepcional, da regularidade da contratação, ainda

que com determinação, consoante voto que, naquela ocasião, proferi e que se encontra encartado

às fls. 175/179. Com efeito, como se pode constatar às fls. 31 e 32, as justificativas prévias à

contratação emergencial foram no sentido da imprescindibilidade dos serviços de Terapia Renal

Substitutiva, em decorrência do vencimento de outros contratos de emergência celebrados em

1°/08/2003, pelo prazo de 180 dias, "enquanto o Município organizava-se para a realização de

chamada pública para convocação de todos os interessados em contratar com o SUS, cujo

procedimento, contudo, ainda não estava concluído". Nesse sentido a Secretaria Municipal da

Saúde trouxe aos autos, em sua última defesa, os esclarecimentos que, conquanto já expostos na

parte relatorial deste voto, tornam-se de oportuna menção, a saber: (i) com os contratos

emergenciais foi assegurada a continuidade dos contratos para assistência prestada pelos serviços

privados, tendo sido iniciada a elaboração do Edital de Convocação Pública 001/2004 para

Prestadores de Terapia Renal Substitutiva, concluído e publicado no Diário Oficial do Município

em 10/03/2004; (ii) a realização de nova contratação emergencial se tornou imperiosa, em

virtude do lapso de tempo decorrido até a finalização de todo o processo, pelo rigor na seleção

das empresas sob gestão do Município, sendo que os serviços de terapia renal não poderiam

sofrer solução de continuidade, pelos prejuízos que poderiam advir aos pacientes; (iii)

estabelecimento e cumprimento dos prazos para análise e avaliação da documentação, bem como

realização de vistoria com emissão de Relatório; (iv) necessidade, previamente à vistoria técnica,

de os profissionais que realizaram as avaliações passarem por um treinamento/capacitação, com

ênfase no processo de tratamento de água, principal item utilizado no processo de filtragem dos

equipamentos de diálise, bem como se ambientarem com a legislação específica para Terapia

Renal; (v) quantidade de clínicas para serem vistoriadas, fato que levou a Comissão a necessitar

de um amplo período para a conclusão e habilitação de todas as que atenderam aos requisitos

exigidos no Edital; (vi) procedimentos relativos à celebração dos contratos com todos os

prestadores habilitados na Convocação Pública. Deveras, constata-se que a publicação do Edital

de Convocação Pública 001/04 foi feita no DOM de 10 de março de 2004 (fls. 220/223),

destacando-se, da peça editalícia, os seguintes itens: item 1 - o objetivo da Convocação Pública

foi a "seleção e possível contratação de entidades prestadoras de serviços de assistência à saúde,

na área de SADT, para atender a demanda do município de São Paulo de Terapia Renal

Substitutiva"; item 4 – prazo de 15 dias, contados da publicação, para os interessados

apresentarem a documentação; item 7 – prazo de 30 dias para a Comissão Examinadora analisar

e avaliar a documentação e relatório de vistoria. Prazo contratual: 60 meses, conforme cláusula

Quatorze da Minuta de Contrato. Levando-se em conta o porte territorial e a densidade

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populacional do Município, este, à época das contratações emergenciais, recentemente habilitado

à condição de Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde, consoante Deliberação CIB-43, de 2

de julho de 2003, da Comissão Intergestores Bipartite de São Paulo (fls. 208 e 209), bem como a

recente experiência municipal com a demanda local de assistência à saúde na área de Terapia

Renal Substitutiva, à vista dos contratos emergenciais então firmados, vislumbra-se o quão

complexa deva ter se revelado a tarefa de elaboração do Edital de Convocação Pública,

considerando inclusive os prazos nele estabelecidos para efeito de análise e avaliação da

documentação e do relatório de vistoria, sabendo-se que o intento da Origem era selecionar

entidades prestadoras dos serviços a fim de que o Município viesse a dispor de uma rede, a mais

ampla possível, de serviços de saúde, nos termos dos "consideranda" em que embasado o

referido Edital, e pelo prazo contratual de 5 (cinco) anos. Por seu turno, a ampliação da instrução

processual levou a AUD a registrar o histórico das contratações com o CENUPE – Centro de

Nefrologia e Urologia da Penha S/C Ltda., fls. 229 v°, revelando duas contratações emergenciais

e uma decorrente da Convocação Pública, ou seja: Contrato Emergencial 163/03-SMS, que

vigorou de 1° de agosto de 2003 a 27 de janeiro de 2004; Contrato Emergencial 021/04-SMS,

com vigência de 28 de janeiro de 2004 a 25 de julho de 2004, e objeto de exame nestes autos;

Contrato 107/04-SMS.G com vigência de 5 (cinco) anos a partir de 26 de julho de 2004. Essa

informação trazida aos autos pela AUD clareia, por assim dizer, eventual conclusão de que a

justificativa prévia à contratação, a que me referi no início, dizia respeito a diversos ajustes

emergenciais firmados com o CENUPE, porquanto demonstra que na realidade foram celebrados

dois contratos emergenciais com essa instituição antes da contratação decorrente da Convocação

Pública. Isto leva ao entendimento de que a justificativa da Origem era respeitante a contratações

dessa natureza firmadas com todas as 23 (vinte e três) instituições que detinham contratos/SUS

celebrados com a Pasta Estadual da Saúde e que foram sub-rogados ao Município de São Paulo,

a partir de 1° de agosto de 2003, pelo Governo do Estado, consoante descrito no Anexo da

Resolução SS-84, de 30/07/2003, do Secretário da Saúde de São Paulo, na área de serviços de

nefrologia (fls. 217 e 218). Por conseguinte, ainda que essa Resolução SS-84 tenha estabelecido

que até 30 de outubro de 2003, portanto no prazo de 3 (três) meses, o Município deveria realizar

as contratações – SUS com os prestadores de serviços já sob a gestão municipal, entendo que a

complexidade da matéria e as variáveis com que lidou a Origem tenham redundado na

necessidade de maior prazo ao Município para aquele mister, não havendo nos autos elementos

que possam levar a afirmar ter ocorrido inércia da Administração Municipal na publicação do

Edital da Convocação Pública e sequer demora na condução do procedimento administrativo até

a celebração das correspondentes contratações. Assim é que reitero o entendimento que expendi

no voto de fls. 175/179, no tocante a considerar justificada a presente contratação pelo

documento apresentado pela Origem às fls.31/32 dos autos, inclusive por se tratar de serviços de

natureza essencial, tendo sido um ajuste firmado em momento de transição, com, à época, então

recente habilitação do Município à condição de Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde.

Reitero, também, o crivo de relevação acerca das impropriedades concernentes a ausência de

prévio empenho e publicação extemporânea do extrato do termo do contrato, pelas razões

aduzidas nos pareceres colacionados no presente TC. Igualmente, ratifico o entendimento em

relação à constatada ausência de apresentação da CND de tributos mobiliários quando da ocasião

da contratação, em desconformidade com o art. 40, III do Decreto Municipal 44.279/2003, uma

vez que se verifica que a certidão negativa de tributos mobiliários vencera em 10 de outubro de

2003, ou seja, pouco mais de três meses antes da assinatura do contrato. Todavia, conforme

consignei naquele voto, a contratação sob exame foi feita em situação emergencial, uma vez que

o serviço prestado não poderia sofrer solução de continuidade e o edital de chamamento ainda

não havia sido concluído. Além disso, a entidade contratada já prestava serviços para a Secretaria

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Municipal da Saúde, conforme parecer da Assessoria Jurídica da Origem às fls. 31/32, o que

pressupõe estar em dia com suas obrigações tributárias, o que acaba se confirmando diante de sua

habilitação no procedimento alusivo ao Edital de Convocação Pública 001/2004, que estabeleceu

no item 4, alínea "j", a obrigatoriedade de apresentação desse tipo de Certidão. Salientei, ainda,

que o contrato fora efetivamente cumprido e não há nos autos qualquer prova de prejuízo ao

Erário. Diante do exposto, ratificando o quanto já havia sido por mim sopesado, julgo

EXCEPCIONALMENTE REGULAR o Contrato Emergencial 021/2004/SMS, considerando as

circunstâncias. Ratifico, ainda, a determinação no sentido de que, no futuro, a Origem verifique

rigorosamente a regularidade fiscal da contratada, conforme os ditames legais, deixando de

aplicar multa ao agente responsável, por se tratar de situação emergencial, não havendo nos autos

comprovação de dolo, má-fé ou desídia. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos

Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Carlos

José Galvão. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 8 de março de 2017. a) Roberto

Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator." 5) TC 3.918/13-62 – Secretaria Municipal

da Saúde e Uniserv Terceirização e Serviços Ltda. – Acompanhamento – Execução contratual –

Verificar se o Contrato 006/2011-CRS/Sul (R$ 7.799.999,53), cujo objeto é a contratação de

serviços de limpeza, conservação de áreas verdes, desinfecção e desratização, com fornecimento

de mão de obra e material de consumo, utensílios, máquinas e equipamentos, nas dependências

internas e externas das Unidades relacionadas no Anexo I, está sendo executado de acordo com

as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste. Após

o relato da matéria, "o Conselheiro Maurício Faria julgou irregular a execução do Contrato

006/2011-CRS/SUL, pela infringência aos artigos 60 da Lei Federal 4.320/60, que disciplina as

normas gerais de direito financeiro, a qual prevê que não há despesa sem prévio empenho, e 7º,

inciso III, da Lei Federal 8.666/93, que dispõe que as licitações e as prestações de serviços não

podem ser iniciadas sem que haja recursos orçamentários suficientes para o adimplemento das

obrigações decorrentes. Ademais, Sua Excelência não acolheu os efeitos financeiros decorrentes,

diante da existência de inadimplemento de obrigações, reconhecido pela própria Origem. Porém,

o Conselheiro Domingos Dissei – Revisor, consoante declaração de voto apresentada, julgou

irregular a execução contratual, mas aceitou os efeitos financeiros produzidos pelo ajuste,

levando em conta os registros da Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte, no sentido

de que os serviços estavam sendo atendidos de acordo com as cláusulas e condições contratuais

firmadas, excetuando-se o valor ainda pendente de pagamento relativo aos serviços prestados no

mês de dezembro de 2012, que se encontra "sub judice". Afinal, na fase de votação, o

Conselheiro Edson Simões solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) –

PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO EDSON SIMÕES – 1) TC 4.551/15-

57 – Secretaria Municipal de Cultura – Fomento – Auditoria – Verificar a regularidade dos

repasses efetuados pela Administração, a utilização desses recursos e a atuação do controle

interno, em especial na prestação de contas e na apreciação da aplicação dos recursos

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro

Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à

unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da Auditoria

Programada para fins de registro. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar à Secretaria

Municipal de Cultura que adote as devidas providências a fim de sanar as irregularidades

apontadas nos itens 4.1 a 4.9 do relatório da Auditoria, bem como, consoante declaração de voto

apresentada pelo Conselheiro Maurício Faria – Revisor, que: a) apresente a esta Corte, no prazo

máximo de 30 dias, um Plano de ação para fortalecimento do processo de planejamento das

atividades de fomento, onde se evidencie método próprio para avaliação finalística das políticas

públicas de fomento às atividades culturais, com estabelecimento de metas claras, quantitativas e

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qualitativas, de forma a evidenciar uma correlação entre os objetivos contidos nos programas

municipais e os projetos escolhidos nos chamamentos públicos; b) adote medidas efetivas no

sentido de reduzir o elevado estoque de prestação de contas que se encontram pendentes de

análise conclusiva no âmbito da Secretaria, considerando, entre outras, ações voltadas para a

melhoria na gestão do quadro de pessoal e capacitação da equipe responsável pela análise das

prestações de contas. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar à Subsecretaria de

Fiscalização e Controle desta Corte que inclua no próximo Plano Anual de Fiscalização o

acompanhamento das medidas a serem adotadas pela Secretaria Municipal de Cultura, de forma a

verificar a implementação de indicadores para avaliação finalística das atividades públicas de

fomento às atividades culturais. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar que seja

encaminhada cópia deste Acórdão ao Secretário Municipal de Cultura e à Coordenadora do

Núcleo de Fomentos de Linguagens, responsável pelo período auditado (conforme item 3.5 do

Relatório da Auditoria), e ao atual Secretário Municipal de Cultura para conhecimento do

decidido, a fim de que adotem as medidas cabíveis para sanarem as irregularidades apontadas

pela Auditoria desta Egrégia Corte de Contas. Relatório: 1. Introdução: Os projetos de fomento

da Secretaria Municipal de Cultura – SMC dividem-se em fomento ao teatro, à dança e ao

cinema. Na SMC, o departamento encarregado de analisar os projetos e acompanhar sua

execução é o Núcleo de Fomentos de Linguagens. O programa de fomento é operado por editais

de chamamento e pela seleção de projetos que atendam aos interesses da administração. De

acordo com a Auditoria, para cada modalidade artística são realizados até dois chamamentos por

ano e contemplados até 30 projetos que recebem apoio financeiro para atender integral ou

parcialmente o orçamento dos projetos. Cada edital de fomento indica o valor máximo que

poderá ser repassado. 2. Da análise e conclusão da Auditoria: 2.1 Dos controles do Núcleo de

Fomentos. Alerta a Auditoria que não há um sistema integrado com funções de controle das

atividades realizadas pelo setor nem testes de consistência das informações digitadas. Existe

apenas um controle sobre os projetos selecionados em cada edital que indica a execução do

serviço e a prestação de contas. Visando também ao atendimento da legislação, confere a

Auditoria a necessidade do controle, pelas equipes do Núcleo de Fomentos, dos equipamentos e

materiais permanentes adquiridos pelos fomentados com os recursos da Prefeitura do Município

de São Paulo e ainda o atendimento ao artigo 16 do Decreto Municipal 51.300/2010, que impõe a

necessidade de se estipular o destino a ser dado, quando da extinção do ajuste, aos bens,

equipamentos ou materiais permanentes, adquiridos com os recursos transferidos pela Prefeitura

do Município de São Paulo. Ficou evidenciado pela Auditoria que não há, para maioria dos

projetos, indicadores consolidados para avaliar o público presente, bem como os resultados

consolidados obtidos pelos projetos, bem como não existem evidências de um acompanhamento

"in loco" das apresentações e sua adequação à proposta aprovada para realizar essa avaliação.

Observa a Auditoria que no caso em que a Secretaria Municipal de Cultura não for a única

patrocinadora de um projeto, é necessário que sejam adotadas providências que garantam que

uma nota seja utilizada para prestar contas relativas a um único patrocinador, evitando-se,

assim, que uma mesma nota seja reutilizada e que os recursos recebidos superem os gastos.

2.2 Dos Projetos fomentados. 2.2.1 Teatro. Em todos os projetos do edital de chamamento

01/DEC/2011 – 18ª edição – foi verificado o valor aprovado para os 19 (dezenove) projetos –

no montante de R$ 7.248.923,00 (sete milhões, duzentos e quarenta e oito mil novecentos e

trinta e três reais), a data de pagamento da última parcela, a data de publicação da aprovação

das prestações de contas financeiras dos contratos assinados e a comprovação da entrega do

serviço. A Auditoria destacou que do total dos 19 (dezenove) projetos, 3 (três) ainda não

tiveram a prestação de contas analisada (Club Noir, Poética da Cidade e Cia Pessoal do

Faroeste), apesar de o pagamento da última parcela ter ocorrido há mais de três anos. Além

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disso, o tempo médio decorrido entre o pagamento da última parcela e a publicação da

aprovação da prestação de contas é de 679 dias (aproximadamente, um ano e dez meses).

Obviamente, tais ocorrências expõem o erário ao risco e dificultam sobremaneira a devolução

de valores glosados. Verificou-se que o impacto das alterações nos roteiros e equipes

(técnicos e atores) não é avaliado pelas equipes de fomento, falha também apontada no TC

1.751.12-97. Um exemplo é o que ocorreu no PA 2011.0.106.276-9 (Os Satyros no Cabaret

Stravaganza), em que atores convidados aparecem na prestação de contas sem nenhuma

avaliação e formalização da sua contratação por parte do Núcleo de Fomentos. Em todos os

processos analisados encontraram-se elementos que comprovam a realização dos projetos

contratados (debates, pesquisas, ensaios, vídeos, workshops e apresentações) que, por sua

vez, podem ser realizados em diversos locais. 2.2.2 Dança. Em todos os projetos relativos à

11ª edição do fomento à dança – edital 04/SMC-DEC/2011 – foi verificado o valor aprovado

– no montante de R$ 1.697.623,00 (um milhão, seiscentos e noventa e sete mil seiscentos e

vinte e três reais) –, a data de pagamento da última parcela, a data de publicação da prestação

de contas dos contratos assinados e a comprovação da entrega do serviço. A Auditoria alertou

que dos dez projetos, três ainda não têm a prestação de contas analisada ("Dejavü", Nigredo e

Circulação de Trabalhos Coreográficos e Manutenção da Cia Mariana Muniz), embora

tenham sido realizados há pelo menos três anos. O tempo médio decorrido entre o pagamento

da última parcela e a publicação da aprovação da prestação de contas é de 462 dias

(aproximadamente um ano e três meses). Afirmou a Auditoria que não há informações acerca

do público atingido por tais atividades. 2.2.3 Cinema. A Auditoria selecionou 3 (três)

projetos de fomento à produção de filmes de curta e longa duração, a saber:

Verificou-se a existência de elementos que comprovaram a realização dos projetos

contratados. No entanto, não é possível calcular o tempo médio decorrido entre o pagamento

da última parcela e a publicação da aprovação da prestação das contas porque até o momento

nenhuma das análises foi concluída. Segue abaixo a avaliação dos projetos fomentados que

foram examinados durante a auditoria: a) Mundo de Baton. Edital 05/2011/DEC – fomento a

curtas metragens de no mínimo 15 minutos. O curta teve seu nome alterado para "Vestido de

Laerte", conforme comunicado pelo produtor do filme. O DVD que acompanha o PA

2011.0.259.504-3, intitulado "Vestido de Laerte", não corresponde ao roteiro e script

encartados nos autos. b) História dos Bairros – Anhangabaú. Edital 003/2007 - fomento a

produção de curtas metragens de no mínimo 15 minutos. O projeto original encartado no

processo administrativo previa uma entrevista com o Engenheiro Christiano Stockler das

Neves Filho, porém, a entrevista foi efetuada com o Professor Hugo Segawa. Não há nos

autos nenhuma menção ao professor e o processo de pagamento ocorreu sem qualquer

formalização sobre essa substituição. c) Riocorrente. Edital 003/2011/DEC – fomento à

produção de longas metragens de no mínimo 79 minutos – categoria baixo orçamento. A

produção não corresponde ao que está descrito no projeto e no roteiro encartados nos autos.

Há inconsistências nas seguintes sequências: 1, 9, 11, 19 a 22, que se referem às

características dos personagens centrais, coadjuvantes, cenários e sequências (locais,

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ocorrências e ações das personagens). De acordo com a Auditoria, nos três projetos

analisados foi desobedecido o disposto no artigo 6º, inciso I, do Decreto Municipal

51.300/2010, que estabelece que alterações que se refiram ao objeto, atividades a serem

realizadas e pessoas envolvidas só serão admitidas se houver motivo de força maior ou caso

fortuito ou, ainda, motivo relevante devidamente justificado e desde que haja prévio parecer

favorável emitido pela unidade responsável por seu acompanhamento e a alteração proposta

não descaracterize a natureza e a qualidade do projeto. Observa a Auditoria que a instrução

dos processos administrativos relativos ao fomento de cinema diferencia-se das de outros

projetos porque, embora contenham a comprovação da execução do projeto, não há indicação

dos locais de exibição ou divulgação das produções, o que impacta principalmente na falta de

perspectiva de aproveitamento dos curtas-metragens, já que normalmente os longas

produzidos gozam de sistemática de distribuição. Desse modo, repete-se para o cinema a

constatação acerca da necessidade de avaliação do impacto das políticas públicas realizadas

pela Secretaria Municipal de Cultura. 2.3 Análise da prestação de contas. Os editais

estabelecem que "o proponente (pessoa jurídica) do projeto deverá apresentar prestação de

contas financeira no prazo de até 60 (sessenta) dias do recebimento da última parcela,

comprovando a utilização dos recursos conforme o orçamento aprovado". No entanto, devido

à precariedade dos controles da Secretaria Municipal de Cultura e à ausência de protocolos

de entrega de prestações de contas é impossível comprovar o cumprimento desse prazo. Por

outro lado, os tempos constantes nos quadros 1, 3 e 5 revelam um prazo inadmissível para

análise da prestação de contas nas três modalidades. Conforme recomendado no TC

4.858.14-59, a data das entregas de documentos – tanto a primeira quanto as

complementares, se existirem – devem ser registradas para que se possa determinar tanto se o

conveniado cumpriu seus prazos quanto se o Núcleo de Fomentos realizou as análises em

tempo razoável. Atualmente, essa documentação é devolvida ao fomentado quando há

necessidade de correções, porém sem que haja um processo formal indicando a ocorrência

desses eventos. Além disso, o Acordão da 2.745ª Sessão Ordinária deste E. Tribunal de

Contas, transitado em julgado em 11/03/2015, já determinou que "à Secretaria Municipal de

Cultura que agilize o exame das prestações de contas decorrentes dos Programas de Fomento

provenientes do Teatro, do Cinema e da Dança". No entanto, como o tempo de análise tem

superado em muito o intervalo entre a publicação de editais, o resultado é o aumento a taxas

crescentes de prestações de contas a serem analisadas, o que, a médio prazo, inviabilizará, na

prática, tal análise. Foi verificado pela Auditoria que do total de 141 (cento e quarenta e um)

projetos do cinema realizados entre 2008 e 2012, apenas 3 (três) tiveram suas prestações de

contas analisadas (aproximadamente 2% do total). Além disso, existem análises pendentes

desde 2008, prazo que obviamente não é admissível. Registre-se ainda que nenhum dos três

projetos de cinema analisados nesta auditoria teve suas contas examinadas pelo Núcleo de

Fomentos. 2.3.1 – Cooperativa. Em todos os projetos houve a cobrança de "taxa

administrativa" na forma de um percentual do valor dos projetos, o que é vedado pelo edital.

Desse modo, tal cobrança deve cessar imediatamente. Além disso, na documentação da

prestação de contas apresentada pela cooperativa, não havia documento indicando o

pagamento dos impostos recolhidos, embora tal documentação não seja exigida nos editais.

Por esse motivo, e visando a eliminação de riscos tributários, os editais devem passar exigir a

apresentação do recolhimento dos impostos relativos aos projetos. 2.4. Conclusões da

Auditoria. À vista dos processos examinados foram detectados pela Auditoria as seguintes

impropriedades e recomendações (a fim de que se aprimore a instrução dos processos que

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tratam dos projetos de fomento): - É necessário que se adote um controle sobre os

equipamentos ou materiais permanentes adquiridos pelos fomentados com os recursos da

Prefeitura do Município de São Paulo, já que, conforme o artigo 16 do Decreto Municipal

51.300/2010, é necessário estipular o destino a ser dado a tais bens quando ocorrer extinção

do ajuste. - Devem ser adotadas providências que garantam que uma nota seja utilizada para

prestar contas relativas apenas a um único patrocinador e assim evitar que uma mesma nota

seja reutilizada. - Deve ser reduzido o estoque das prestações de contas dos programas de

fomento, especialmente as análises pendentes dos editais da 18ª edição de fomento ao teatro,

da 11ª edição de fomento à dança e dos projetos de cinema. - As equipes de fomento devem

formalizar a avaliação do impacto das alterações nos roteiros e equipes (técnicos e atores) em

relação ao projeto original do fomentado. - As datas das entregas de documentos – tanto a

primeira quanto as complementares, se existirem – devem ser registradas para que se possa

determinar tanto se o conveniado cumpriu seus prazos quanto se o Núcleo de Fomentos

realizou as análises em tempo razoável. - Deve cessar a cobrança de taxa administrativa na

forma de um percentual do valor do projeto. - Os editais devem passar a exigir a apresentação

de guias que comprovem o recolhimento dos impostos para evitar a existência de riscos

tributários. E, visando à melhor avaliação das políticas culturais implantadas pelo Executivo,

a Auditoria recomendou à Secretaria Municipal de Cultura que: - Construa indicadores de

desempenho para avaliar de forma consolidada e formal o público presente e os resultados

obtidos pelos projetos. - Destaque servidores para acompanhar, ainda que por amostragem, os

projetos realizados pelos fomentados e verificar se atingiram os objetivos propostos. 3. Da

ciência e defesa da Origem. A Secretaria Municipal de Cultura e a Coordenadora do Núcleo

de Fomentos Culturais, devidamente intimadas, apresentaram suas justificativas e

esclarecimentos pertinentes. Em ato contínuo, os autos retornaram à Auditoria que, por sua

vez, informou que "continuam pendentes os apontamentos do relatório de fls. 17/22, sendo

que os itens 4.1, 4.2, 4.5 e 4.9 serão considerados sanados desde que a Origem comprove a

implantação das medidas citadas.", assim analisado: "Retornam os autos para atendimento ao

despacho de fl. 73, verso. Analisaremos a seguir os principais argumentos apresentados pela

Origem às fls. 33/47 e a documentação de fls. 48/71 face aos apontamentos do relatório de

fls. 17/22 conforme segue. 4.1 - É necessário que se adote um controle sobre os

equipamentos ou materiais permanentes adquiridos pelos fomentados com os recursos da

Prefeitura do Município de São Paulo, já que, conforme o artigo 16 do Decreto Municipal

51.300/2010, é necessário estipular o destino a ser dado a tais bens quando ocorrer extinção

do ajuste. (subitem 3.2). Manifestação da Origem. A Origem concordou com a conclusão e

afirmou que, conforme previsto nos termos de copatrocínio, está previsto que, em caso de

dissolução da entidade os bens serão destinados à outra organização (fl. 35). Com relação ao

controle dos equipamentos, asseverou que adotou o formulário à fl. 48. Análise da Auditoria.

Entendemos como sanado o apontamento desde que a Origem envie documentação

comprobatória do efetivo uso dos instrumentos de controle que garantam o atendimento ao

artigo 16 do Decreto Municipal 51.300/2010. 4.2 - Devem ser adotadas providências que

garantam que uma nota seja utilizada para prestar contas relativas apenas a um único

patrocinador e assim evitar que uma mesma nota seja reutilizada. (subitem 3.2). Manifestação

da Origem. A Origem citou aspectos da legislação e dos editais de fomento que tendem a

reduzir o risco aventado no apontamento e asseverou que, além disso, o Núcleo de fomentos

irá incluir a exigência recomendada nos próximos editais e termos de convênio. Análise da

Auditoria. Entendemos que a inserção nos editais de fomento da exigência de identificar

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todos os documentos utilizados de forma a evitar a duplicidade na sua utilização sanará o

apontamento desde que a Origem envie documentos comprobatórios da exigência em edital.

4.3 - Deve ser reduzido o estoque das prestações de contas dos programas de fomento,

especialmente as análises pendentes dos editais da 18ª edição de fomento ao teatro, da 11ª

edição de fomento à dança e dos projetos de cinema. (subitens 3.3.1 e 3.3.2). Manifestação da

Origem. Esclareceu que está envidando esforços para avaliar as prestações de contas de

forma mais ágil asseverou, porém, que as limitações materiais não podem ser

desconsideradas. Análise da Auditoria. Em que pesem as dificuldades alegadas pela Origem,

continua válido o apontamento. 4.4 - As equipes de fomento devem formalizar a avaliação do

impacto das alterações nos roteiros e equipes (técnicos e atores) em relação ao projeto

original do fomentado. (subitem 3.3.1). Manifestação da Origem. Citou a legislação a

respeito e esclareceu que as alterações no projeto e na ficha técnica devem ser justificadas

por ocasião da entrega dos relatórios ao final de cada etapa, e que o núcleo de fomentos

deverá manifestar-se, concluindo se tais alterações não descaracterizam a natureza e a

qualidade do projeto. Sustentou que a ausência de concordância expressa não trouxe qualquer

prejuízo aos projetos, e que eventuais discordâncias seriam ressalvadas expressamente.

Análise da Auditoria. O Decreto Municipal 51.300/10, cujo artigo 6º está transcrito à fl. 39

determina que as alterações no projeto devem ser justificadas e, a respeito delas, a unidade

responsável pelo acompanhamento deverá emitir parecer, o que não pode se efetuar por meio

do silêncio da área responsável, motivo pelo qual esse parecer deverá ser formalizado,

continuando válido o apontamento. 4.5 - As datas das entregas de documentos – tanto a

primeira quanto as complementares, se existirem – devem ser registradas para que se possa

determinar tanto se o conveniado cumpriu seus prazos quanto se o Núcleo de Fomentos

realizou as análises em tempo razoável. (subitem 3.4). Manifestação da Origem. A Origem

concordou com o procedimento recomendado e afirmou que irá adotá-lo (fl. 40). Análise da

Auditoria. Entendemos que o apontamento será sanado desde que a Origem envie

documentos comprobatórios da adoção do procedimento. 4.6 - Deve cessar a cobrança de

taxa administrativa na forma de um percentual do valor do projeto. (subitem 3.4.1).

Manifestação da Origem. A Origem afirmou que foi equivocadamente usado o termo

incorreto na planilha, e que se trata de um rateio de custos administrativos vinculados ao

objeto da parceria. Análise da Auditoria. A forma utilizada, de estipular o preço do serviço

prestado com base em um percentual dos orçamentos individuais de cada projeto,

independentemente da nomenclatura adotada não pode ser utilizada. Dessa forma, continua

válido o apontamento. 4.7 - Os editais devem passar a exigir a apresentação de guias que

comprovem o recolhimento dos impostos para evitar a existência de riscos tributários.

(subitem 3.4.1). Manifestação da Origem. A Origem transcreveu trecho de decreto municipal

e afirmou que não exige mais a apresentação de documentos originais, que poderá a qualquer

momento exigir a apresentação de documentos e não se responsabilizará pelas obrigações das

copatrocinadas. Análise da Auditoria. O apontamento diz respeito, principalmente, à

regularidade quanto ao INSS e ao FGTS. Como o não recolhimento dessas contribuições

pode implicar em solidariedade para o tomador de serviços e a própria Secretaria reconhece

que verifica a regularidade jurídica e fiscal da copatrocinada por ocasião dos repasses e

ajustes, entendemos que é de bom alvitre, nesse momento, que seja exigida a apresentação de

documentos que comprovem o recolhimento das contribuições previdenciárias, motivo pelo

qual continua válido o apontamento. 4.8 - [a Origem] Construa indicadores de desempenho

para avaliar de forma consolidada e formal o público presente e os resultados obtidos pelos

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projetos. (subitem 3.2). Manifestação da Origem. A Origem informou que há um plano para

2016 em que uma das ações é a criação de indicadores e, além disso, afirmou que há uma

iniciativa para implantar uma planilha de dados para que as informações sobre o público

sejam adequadamente registradas; mencionou o anexo II (fl. 50). Análise da Auditoria.

Permanece válido o apontamento até que as ações mencionadas sejam implementadas e sejam

mensurados o público e os resultados obtidos. 4.9 - [a Origem] Destaque servidores para

acompanhar, ainda que por amostragem, os projetos realizados pelos fomentados e verificar

se atingiram os objetivos propostos. (subitem 3.3.3). Manifestação da Origem. A Origem

esclareceu que, ainda que não se faça o devido registro, há um conjunto de ações que visam a

aferição da realização do projeto. Além disso, considerando a pertinência da recomendação,

afirmou que incorporará nos pareceres técnicos o item "acompanhamento" onde serão

registradas as reuniões com os grupos fomentados e o acompanhamento das atividades.

Análise da Auditoria. À vista das medidas anunciadas, consideramos sanado o apontamento

desde que a Origem envie documentação comprobatória de que o acompanhamento e

avaliação dos projetos fomentados passaram a ser adotados rotineiramente." 4. Da

manifestação da AJCE, PFM e SG. A Assessoria Jurídica de Controle Externo (AJCE)

manifestou no sentido do conhecimento e registro da Auditoria Programada, sem prejuízo de

eventuais determinações, merendo destaque o trecho a seguir: "Da análise do relatório da

Fiscalização não há como negar o esforço da Origem em incentivar as atividades artísticas

envolvendo principalmente a dança e o teatro. Tal fato, como bem observou os técnicos desta

Corte, não está imune à avaliação meticulosa do objetivo, desempenho e resultados obtidos.

Quanto ao aspecto jurídico cumpre-me apenas reforçar que as recomendações da Auditoria se

coadunam com as disposições do Decreto 51.300/2010, na parte em que trata da fiscalização

e do acompanhamento dos convênios e instrumentos congêneres no âmbito da Secretaria

Municipal de Cultura. No mais, verifico que a SMS [SMC] manifestou em seus

esclarecimentos o desejo de adotar as medidas sugeridas pela Auditoria, motivo pelo qual,

reitero as conclusões de fls. 17/22 e 74/76, opinando por considerar sanados os apontamentos

lançados, desde que a Origem comprove a implantação das medidas citadas." Por sua vez a

Procuradoria da Fazenda Municipal (PFM) "considerando a natureza adjetiva e instrumental

deste processado, o qual, como cediço, prescinde de análise de mérito propriamente dito, esta

Procuradoria requer que a presente Auditoria seja conhecida e registrada, com o

encaminhamento das recomendações que se fizerem cabíveis à Origem e posterior

arquivamento dos autos.". A assessoria da Secretaria Geral (SG), opinando pelo

conhecimento e registro da Auditoria Programada, destacou que: "Os esclarecimentos e

documentos e justificativas oferecidos pela SMC, na verdade, confirmaram as diversas falhas

apresentadas pela Especializada deste E. Tribunal, notadamente a mora das prestações de

contas e a precariedade do controle interno, expondo o Erário ao risco, dificultando,

sobremodo, o ressarcimento de valores glosados. As justificativas oferecidas só vieram

corroborar as diversas falhas, em que pese a existência de legislação vigente para aquela

Pasta e a informação quanto à necessidade da construção do Plano Municipal de Cultura com

o objetivo de ordenar através de legislação específica a política municipal de cultura, tendo

como meta principal criar um Sistema Municipal de Indicadores Culturais confirmando,

portanto, os apontamentos realizados pela Especializada desse E. Tribunal. Diante de tudo

que foi abordado pela Origem perfilho com a Especializada tangente aos itens que foram

sanados, quais sejam: 4.1, 4.2, 4.5 e 4.9 desde que a Origem, reitere-se, comprove a

implantação das medidas atrás mencionadas. Tudo considerado, opino pelo conhecimento e

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registro da auditoria programada, restando, entretanto, afastado o exame do mérito, à vista de

sua natureza documental." E por fim, o Secretário-Geral, corroborando com sua assessoria,

manifestou-se que: "Foram constatadas, em síntese, pela Auditoria desta E. Corte, a

necessidade de maior controle sobre os equipamentos e materiais adquiridos por meio da

política de fomento, a necessidade de aprimorar e finalizar as prestações de contas dos

projetos, bem como a necessidade de acompanhamento dos projetos fomentados diante dos

objetivos propostos. Diante disso, acompanho o parecer exarado pela Assessora preopinante,

pois, de igual modo, entendo que a presente Auditoria Programada está em condições de ser

submetida ao conhecimento e análise de Vossa Excelência." É o relatório. Voto: Trata o

presente de auditoria programada realizada junto à Secretaria Municipal de Cultura (SMC)

para análise da regularidade do fomento à dança, ao teatro e ao cinema. Após as conclusões

iniciais da Auditoria, a Secretaria Municipal de Cultura e a Coordenadora do Núcleo de

Fomentos Culturais foram oficiadas e apresentaram suas justificativas e esclarecimentos. A

Auditoria, ao analisar estas justificativas, reiterou os apontamentos de seu relatório inicial,

uma vez que permaneceram as seguintes irregularidades: "1 - É necessário que se adote um

controle sobre os equipamentos ou materiais permanentes adquiridos pelos fomentados com

os recursos da Prefeitura do Município de São Paulo, já que, conforme o artigo 16 do Decreto

Municipal 51.300/2010, é necessário estipular o destino a ser dado a tais bens quando ocorrer

extinção do ajuste (subitem 3.2). 2 - Devem ser adotadas providências que garantam que uma

nota seja utilizada para prestar contas relativas apenas a um único patrocinador e assim evitar

que uma mesma nota seja reutilizada (subitem 3.2). 3 - Deve ser reduzido o estoque das

prestações de contas dos programas de fomento, especialmente as análises pendentes dos

editais da 18ª edição de fomento ao teatro, da 11ª edição de fomento à dança e dos projetos

de cinema (subitens 3.3.1 e 3.3.2). 4 - As equipes de fomento devem formalizar a avaliação

do impacto das alterações nos roteiros e equipes (técnicos e atores) em relação ao projeto

original do fomentado (subitem 3.3.1). 5 - As datas das entregas de documentos – tanto a

primeira quanto as complementares, se existirem – devem ser registradas para que se possa

determinar tanto se o conveniado cumpriu seus prazos quanto se o Núcleo de Fomentos

realizou as análises em tempo razoável (subitem 3.4). 6 - Deve cessar a cobrança de taxa

administrativa na forma de um percentual do valor do projeto (subitem 3.4.1). 7 - Os editais

devem passar a exigir a apresentação de guias que comprovem o recolhimento dos impostos

para evitar a existência de riscos tributários (subitem 3.4.1). Na mesma oportunidade a

Auditoria recomendou que a origem: 1 - Construa indicadores de desempenho para avaliar de

forma consolidada e formal o público presente e os resultados obtidos pelos projetos (subitem

3.2). 2 - Destaque servidores para acompanhar, ainda que por amostragem, os projetos

realizados pelos fomentados e verificar se atingiram os objetivos propostos (subitem 3.3.3)".

A Auditoria ressaltou, ainda, que os "itens 4.1, 4.2, 4.5 e 4.9 serão considerados sanados

desde que a Origem comprove a implantação das medidas citadas." A Assessoria Jurídica de

Controle Externo, a Procuradoria da Fazenda Municipal e a Secretaria Geral (SG) também

opinaram pelo conhecimento e registro da Auditoria Programada. Diante de todo o exposto,

com base nas manifestações das Áreas Técnicas desta Egrégia Corte, cujos fundamentos

adoto como razão de decidir, CONHEÇO da Auditoria Programada para fins de REGISTRO.

DETERMINO que a Secretaria Municipal de Cultura adote as devidas providências a fim de

sanar as irregularidades apontadas nos itens 4.1 a 4.9 do respectivo relatório da Auditoria.

Por fim, determino que seja encaminhada cópia desta decisão ao Secretário Municipal de

Cultura e à Coordenadora do Núcleo de Fomentos de Linguagens, responsável pelo período

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auditado (conforme item 3.5 do Relatório da Auditoria), e ao atual Secretário Municipal de

Cultura para conhecimento do decidido, para a adoção das medidas cabíveis para sanarem as

irregularidades apontadas pela Auditoria desta Egrégia Corte de Contas. Declaração de voto

apresentada pelo Conselheiro Maurício Faria: Não obstante acompanhar o voto do I.

Conselheiro Relator, peço vênia para acrescentar algumas considerações acerca do objeto

dessa Auditoria. Conforme destacado no curso da instrução, a presente fiscalização fez um

levantamento dos programas de fomento existentes no âmbito da Secretaria Municipal de

Cultura, a partir da legislação aplicável, qual seja: Leis Municipais 13.279/2002 e

14.071/2005, que tratam, respectivamente, do fomento ao teatro e à dança, Decretos

Municipais 51.300/2010 e 52.935/2012, bem como a Instrução Normativa STN 1, de 15 de

janeiro de 1997. Não obstante a conclusão da Auditoria no sentido de que a Secretaria

Municipal de Cultura tem cumprido sua missão de fomentar a atividade artística no

Município, uma vez que vários editais têm sido lançados nos últimos anos visando subsidiar

a dança, o teatro e o cinema em nossa cidade, beneficiando, assim, diversos artistas, mostrou-

se preocupante a constatação da reiteração de falhas no controle do gasto público, já

identificadas quando da realização de auditoria similar nos idos de 2012 (TC 1.751/12-97),

sem que tenha sido observada uma melhora nos procedimentos e prazos de análise das

prestações de contas, pelo controle interno da Secretaria Municipal de Cultura. Como se não

bastasse a gravidade dessa situação, que reflete o repasse de verba pública sem controle

concomitante do gasto público para viabilizar, em tempo real, eventual glosa de valores e

respectivo ressarcimento na hipótese de identificação de irregularidades pelo controle

interno, fato é que sequer existe a preocupação com a aferição do alcance do interesse

público almejado, aqui já entrando concretamente na necessidade de prévia avaliação dos

resultados alcançados nos projetos selecionados. Nesse particular, destaca-se da instrução dos

autos a ausência de análise efetiva dos resultados, enquanto fator de fragilidade para a

renovação e manutenção dos projetos selecionados. Em meu entender, essa falha – tanto

quanto as falhas de controle interno ressaltadas no voto do Relator - é de natureza

substancial, vez que deixa de evidenciar, com exatidão, a necessidade de aplicação dos

recursos, em contraponto à efetividade das ações propostas pelo projeto para o atingimento

do interesse público, imprescindível para aferir a qualidade do gasto público nas atividades

de fomento. Em especial quando se tem a dimensão do volume de gasto que é realizado a

esse título5. Somente ao final de 2016, além dos programas já existentes quando da realização

desta Auditoria, criou-se três novos programas de fomento no âmbito da Secretaria de

Cultura, quais sejam: o Programa Municipal de Fomento ao Circo para a Cidade de São

Paulo, instituído pela Lei 16.598, de 21 de dezembro de 2016; o Programa Municipal de

Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária, criado pela Lei 16.572, de 18 de

novembro de 2016 e o Programa de Fomento à Cultura da Periferia de São Paulo, instituído

pela Lei 16.496, de 20 de julho de 2016. E, por sua vez, desde 23 de janeiro de 2012, vigora

no Município o Decreto 52.935, que dispõe sobre o procedimento de prestação de contas de

recursos financeiros transferidos pela Prefeitura do Município de São Paulo, mediante

convênio, na forma prevista no Decreto 51.300, de 22 de fevereiro de 2010, com as

alterações introduzidas pelo Decreto 52.442, de 28 de junho de 2011, extensivo às entidades

culturais para a realização de projetos culturais submetidos à Lei 13.279, de 8 de janeiro de

5 No orçamento de 2016, a dotação 4312 – Fomento às Linguagens Artísticas – contou com um orçamento

atualizado de R$ 58.421.318,40, tendo sido empenhado o valor de R$ 39.722.200,57 e liquidado o importe de R$

38.990.168,58.

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2002 (Lei de Fomento ao Teatro) e à Lei 14.071, de 18 de outubro de 2005 (Lei de Fomento

à Dança), que submete o responsável faltoso pela não apresentação ou pela sua rejeição, à

devolução total das importâncias recebidas, com os acréscimos legais. Ora, nesse cenário,

deve-se acrescer que, se inexiste o devido controle concomitante das prestações de contas em

seu aspecto financeiro, em maior medida se mostra insuficiente qualquer previsão e controle

de indicadores de desempenho para aferir o atingimento dos resultados da atividade

fomentada, na fase de acompanhamento da execução dos projetos escolhidos. E, conforme já

reiterado em diversas oportunidades por esta Corte, tal construção é de suma importância vez

que, na avaliação de qualquer política pública, os indicadores são referências fundamentais

para aferir periodicamente os resultados alcançados em sua execução, além de possibilitar o

auxílio de proposição de medidas corretivas na hipótese de indicativo de que os objetivos e

metas estabelecidos não serão alcançados. Desta forma, e sem mais delongas, acompanho o

voto do Relator, com as seguintes propostas de determinações: 1 – À Secretaria Municipal de

Cultura: a) Apresente a esta Corte, no prazo máximo de 30 dias, um Plano de ação para

fortalecimento do processo de planejamento das atividades de fomento, onde se evidencie

método próprio para avaliação finalística das políticas públicas de fomento às atividades

culturais, com estabelecimento de metas claras, quantitativas e qualitativas, de forma a

evidenciar uma correlação entre os objetivos contidos nos programas municipais e os

projetos escolhidos nos Chamamentos Públicos; b) Adote medidas efetivas no sentido de

reduzir o elevado estoque de prestação de contas que se encontram pendentes de análise

conclusiva no âmbito da Secretaria Municipal de Cultura, considerando, entre outras, ações

voltadas para a melhoria na gestão do quadro de pessoal e capacitação da equipe responsável

pela análise das prestações de contas; 3 - À Subsecretaria de Fiscalização e Controle: a)

Inclua no próximo Plano Anual de Fiscalização o Acompanhamento das medidas a serem

adotadas pela Secretaria Municipal de Cultura, de forma a verificar a implementação de

indicadores para avaliação finalística das atividades públicas de fomento às atividades

culturais. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Domingos

Dissei e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Carlos José Galvão. Plenário

Conselheiro Paulo Planet Buarque, 8 de março de 2017. a) Roberto Braguim – Presidente; a)

Edson Simões – Relator." 2) TC 6.632/16-09 – Associação dos Profissionais de Vigilância,

Segurança e Similares do Estado de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura –

Representação em face do Edital do Pregão Eletrônico 33/SMC-G/2016, cujo objeto é a

contratação de empresa especializada em serviços de vigilância/segurança patrimonial para as

dependências do Centro Cultural São Paulo e do Centro da Juventude Ruth Cardoso

ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro

Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo,

à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da

representação por se acharem preenchidos os pressupostos de admissibilidade previstos nos

artigos 55 e seguintes do Regimento Interno deste Tribunal e 31 e seguintes da Lei Municipal

9.167/80. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, em julgá-la prejudicada, em

razão da perda superveniente de seu objeto, tendo em vista a revogação do certame pela

Origem, conforme publicação no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, edição de

08/10/2016. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após o cumprimento do artigo

58 do Regimento Interno desta Corte, o arquivamento dos autos. Relatório: Cuidam os autos

de REPRESENTAÇÃO dirigida a este Tribunal pela ASSOCIAÇÃO DOS

PROFISSIONAIS DE VIGILÂNCIA, SEGURANÇA E SIMILARES DO ESTADO DE

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SÃO PAULO por meio da qual aponta supostas ilegalidades que julga padecer o EDITAL

DO PREGÃO ELETRÔNICO 033/2016 SMC-G, promovido pela SECRETARIA

MUNICIPAL DE CULTURA, que objetiva a prestação de serviços de vigilância/segurança

patrimonial para as dependências do Centro Cultural São Paulo e do Centro da Juventude

Ruth Cardoso. O certame foi cautelarmente suspenso por este Relator, com amparo na

manifestação preliminar da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, por considerar em

relação ao instrumento convocatório, o seguinte: "1 - Caracterização inadequada do objeto da

licitação, um vez que se trata de contratação de postos de vigilância, com disponibilização de

equipamentos e itens diversos que não foram devidamente especificados; 2 - Ausência de

exigência de disponibilização de planilha de custos detalhada, nos termos do art. 40,§ 2º, II

da Lei Federal 8.666/1993". Analisados detidamente os termos da Inicial, a Subsecretaria de

Fiscalização e Controle concluiu ser procedente a Representação nos seguintes aspectos: "1-

Caracterização inadequada do objeto da licitação, uma vez que se trata de contratação de

postos de vigilância, com disponibilização de equipamentos e itens diversos que não foram

devidamente especificados; 2- Ausência de exigência de disponibilização de planilha de

custos detalhada, nos termos do art. 40,§ 2º, II da Lei Federal 8.666/1993"; "3.1 - O objeto da

licitação carece de detalhamento, devendo apresentar a especificação dos uniformes,

equipamentos e materiais exigidos, além de detalhar melhor as características do sistema

eletrônico de controle de rondas (item 2.1). 3.2- A descrição da licitação no sistema BEC

deve ser corrigida para refletir a descrição do objeto licitado (item 2.1) e 3.3- A planilha de

custos deve expressar a composição de todos os custos embutidos nas propostas dos licitantes

(item 2.4). Consideramos os demais pontos da representação improcedentes". Em razão da

suspensão do Pregão Eletrônico 033/SMC-G-2016, o Plenário deste Tribunal referendou a

medida adotada por este Relator, tendo sido intimada pessoalmente a Secretaria Municipal da

Cultura para ciência e manifestação sobre o assunto. O recorte extraído do Diário Oficial da

Cidade, edição de 08-10-2016, noticia a revogação do referido procedimento seletivo. A

Assessoria Jurídica de Controle Externo manifestou-se, em preliminar pelo conhecimento da

Inicial, eis que se encontram preenchidos os pressupostos de admissibilidade inscritos no

Regimento Interno desta Casa. Quanto ao mérito, entendeu caracterizada a perda

superveniente de seu objeto ante a decretação da revogação do certame. Foi oficiada a

Origem solicitando-lhe que, na hipótese da Pasta promover nova licitação sucessiva do

certame revogado, faça constar do edital que o mesmo sucedeu o Pregão Eletrônico

033/SMC-G /2016, sugestão essa que foi aceita pela Secretaria Interessada. A Procuradoria

da Fazenda Municipal propugnou pelo arquivamento dos autos por entender "que o presente

perdeu seu objeto". A Secretaria Geral de igual modo manifestou-se aduzindo: "Acompanho

as conclusões da douta Assessora desta Secretaria Geral e opino, igualmente, pelo

conhecimento da representação, eis que preenchidos os requisitos de admissibilidade. No

mérito, opino, igualmente, pela perda do objeto da representação, tendo em vista a revogação

do certame perla Origem. objeto e resta prejudicada, em face da revogação do certame pela

Origem". É o relatório. Voto: CONHEÇO DA INICIAL por se acharem preenchidos os

pressupostos de admissibilidade previstos nos artigos 55 e seguintes do Regimento Interno

deste Tribunal e 31 e seguintes da Lei Municipal 9.167/80, conforme se pronunciaram a

Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral. No tocante ao mérito JULGO

PREJUDICADA A REPRESENTAÇÃO, em razão da perda superveniente de seu objeto,

uma vez que restou caracterizada a revogação do PREGÃO ELETRÔNICO 033/SMC-G

/2016, endossando os pareceres da Assessoria Jurídica de Controle Externo: "entendemos que

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a presente Representação merece ser conhecida, mas no tocante ao mérito, pela perda de seu

objeto" e da Secretaria Geral: "No mérito, opino, igualmente, pela perda do objeto da

representação, tendo em vista a revogação do certame pela Origem". EXPEÇA-SE,

oportunamente, ofício a ser dirigido à Associação Requerente, acompanhado das cópias

reprográficas da Decisão a ser prolatada, ARQUIVANDO-SE os autos, uma vez cumpridas

as formalidades legais devidas. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria –

Revisor, Domingos Dissei e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda

CARLOS JOSÉ GALVÃO. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 8 de março de 2017.

a) Roberto Braguim – Presidente; a) Edson Simões – Relator." – PROCESSO RELATADO

PELO CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – 1) TC 1.274/14-21 – Secretaria

Municipal de Coordenação das Subprefeituras (atual Secretaria das Prefeituras Regionais) –

Auditoria Extraplano – Verificar, por amostragem, a execução dos serviços de conservação

de pavimentos viários, denominada tapa-buracos, decorrente de contratos firmados pela

Secretaria, com base nas Atas de Registro de Preços provenientes do Pregão Eletrônico

12/SMSP/Cogel/2014. "O Conselheiro Domingos Dissei relatou ao Egrégio Plenário a

matéria constante do citado processo. Ainda, na fase de discussão, o Conselheiro João

Antonio solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) – PROCESSOS DO

CONSELHEIRO CORREGEDOR JOÃO ANTONIO – 1) TC 2.223/08-88 – Secretaria

Municipal de Educação e Capital Serviços de Vigilância e Segurança Ltda. – Pregão

75/SME/2007 – Contrato 036/SME/2008 R$ 2.397.600,00 – Contratação de empresa de

vigilância e segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da rede física da

Secretaria, com utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 07 (Tramita

em conjunto com os TCs 2.266/08-90, 2.765/08-50, 687/10-92, 2.773/08-89 e 1.899/10-04)

2) TC 2.266/08-90 – Secretaria Municipal de Educação e Capital Serviços de Vigilância e

Segurança Ltda. – Acompanhamento – Execução contratual – Verificar se o Contrato

036/SME/2008 (R$ 2.397.600,00), cujo objeto é a contratação de empresa de vigilância e

segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da rede física da Secretaria, com

utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 07, está sendo executado de

acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas

no ajuste (Tramita em conjunto com os TCs 2.223/08-88, 2.765/08-50, 687/10-92, 2.773/08-

89 e 1.899/10-04) 3) TC 2.765/08-50 – Secretaria Municipal de Educação e Suporte

Serviços de Segurança Ltda. – Contrato 038/SME/2008 R$ 2.878.800,00 – TAs

027/SME/2009 R$ 9.995,83 (inclusão de um posto e acréscimo contratual), 090/SME/2009

(red. de R$ 1.249,48 – redução do valor contratual e prorrogação de prazo) e 213/SME/2009

R$ 49.729,25 (inclusão de cinco postos de serviço em diversas EMEIs) – Contratação de

empresa de vigilância e segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da rede física

da Secretaria, com utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 09

(Tramita em conjunto com os TCs 2.223/08-88, 2.266/08-90, 687/10-92, 2.773/08-89 e

1.899/10-04) 4) TC 687/10-92 – Secretaria Municipal de Educação e Suporte Serviços de

Segurança Ltda. – Acompanhamento – Execução contratual – Verificar se o Contrato

038/SME/2008 (R$ 2.878.800,00 – TAs 027/SME/2009 R$ 9.995,83, 090/SME/2009 red. de

R$ 1.249,48 e 213/SME/2009 R$ 49.729,25), cujo objeto é a prestação de serviços de

vigilância e segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da rede física da

Secretaria, com utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 09, está

sendo executado de acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as

cláusulas estabelecidas no ajuste (Tramita em conjunto com os TCs 2.223/08-88, 2.266/08-

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33

90, 2.773/08-89 e 1.899/10-04) 5) TC 2.773/08-89 – Secretaria Municipal de Educação e

Power – Segurança e Vigilância Ltda. – Contrato 031/SME/2008 R$ 6.800.400,00 – TAs

76/SME/2008 R$ 235.021,82 (acréscimo de 4,86% ao valor mensal inicial contratado),

021/SME/2009 R$ 107.078,42/mês (alteração do valor do contrato), 083/SME/2009 R$

697.813,44/mês (red. de R$ 3.506,60/mês – redução do valor contratual e prorrogação de

prazo) e 043/SME/2010 R$ 801.723,44 (prorrogação de prazo pelo período de 12 meses) –

Contratação de empresa de vigilância e segurança patrimonial para as Unidades Educacionais

da rede física da Secretaria, com utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica –

Lote 02 (Tramita em conjunto com os TCs 2.223/08-88, 2.266/08-90, 2.765/08-50, 687/10-

92 e 1.899/10-04) 6) TC 1.899/10-04 – Secretaria Municipal de Educação e Power

Segurança e Vigilância Ltda. – Acompanhamento – Execução contratual – Verificar se o

Contrato 031/SME/2008 (R$ 6.800.400,00 – TAs 76/SME/2008 R$ 235.021,82,

021/SME/2009 R$ 107.078,42/mês, 083/SME/2009 R$ 697.813,44/mês [red. de R$

3.506,60/mês] e 043/SME/2010 R$ 801.723,44), cujo objeto é contratação de empresa de

vigilância e segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da rede física da

Secretaria, com utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 02, está

sendo executado de acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as

cláusulas estabelecidas no ajuste (Tramita em conjunto com os TCs 2.223/08-88, 2.266/08-

90, 2.765/08-50, 687/10-92 e 2.773/08-89) 7) TC 2.786/08-20 – Secretaria Municipal de

Educação e Empresa Nacional de Segurança Ltda. – Contrato 030/SME/2008 R$

6.945.000,00 – TAs 114/SME/2008 R$ 726.377,64 (acréscimo ao valor mensal inicial

contratado), 20/SME/2008 R$ 39.913,80/mês (alteração do valor do contrato) e

82/SME/2009 R$ 713.680,78/mês (red. de R$ 3.586,34 – redução do valor contratual e

prorrogação de prazo) – Contratação de empresa de vigilância e segurança patrimonial para

as Unidades Educacionais da rede física da Secretaria, com utilização de Sistema Integrado

de Segurança Eletrônica – Lote 01 8) TC 798/10-53 – Secretaria Municipal de Educação e

Empresa Nacional de Segurança Ltda. – Acompanhamento – Execução contratual – Verificar

se o Contrato 030/SME/2008 (R$ 6.945.000,00 – TAs 114/SME/2008 R$ 726.377,64,

20/SME/2008 R$ 39.913,80/mês e 82/SME/2009 R$ 713.680,78/mês [red. de R$ 3.586,34]),

cujo objeto é a contratação de empresa de vigilância e segurança patrimonial para as

Unidades Educacionais da rede física da Secretaria, com utilização do Sistema Integrado de

Segurança Eletrônica – Lote 01, está sendo executado de acordo com as normas legais

pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste 9) TC 2.774/08-41 –

Secretaria Municipal de Educação e Gocil Serviços de Vigilância e Segurança Ltda. –

Contrato 32/SME/2008 R$ 4.794.000,00 – TAs 77/SME/2008 R$ 274.817,38 (acréscimo de

8,3% ao valor contratual), 22/SME/2009 R$ 62.042,35/mês (alteração do valor contratual),

84/SME/2009 R$ 491.154,09 (red. de R$ 2.468,11/mês – redução do valor contratual e

prorrogação de prazo) e 44/SME/2010 R$ 564.290,86 (prorrogação de prazo) – Contratação

de empresa de vigilância e segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da rede

física da Secretaria, com utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 03

10) TC 2.702/10-55 – Secretaria Municipal de Educação e Gocil Serviços de Vigilância e

Segurança Ltda. – Acompanhamento – Execução contratual – Verificar se o Contrato

32/SME/2008 (R$ 4.794.000,00 – TAs 77/SME/2008 R$ 274.817,38, 22/SME/2009 R$

62.042,35/mês, 84/SME/2009 R$ 491.154,09 [red. de R$ 2.468,11/mês] e 44/SME/2010 R$

564.290,86), cujo objeto é a contratação de empresa de vigilância e segurança patrimonial

para as Unidades Educacionais da rede física da Secretaria, com utilização de Sistema

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Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 03, está sendo executado de acordo com as normas

legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste 11) TC

2.785/08-68 – Secretaria Municipal de Educação e Copseg Segurança e Vigilância Ltda. –

Contrato 033/SME/2008 R$ 2.628.000,00 – TAs 122/SME/2008 R$ 158.814,00 (acréscimo

do valor contratual), 23/SME/2009 R$ 22.015,50/mês (inclusão de dois postos para prestação

de serviços de vigilância), 85/SME/2009 R$ 267.212,72/mês (red. de R$ 1.342,78/mês –

redução do valor contratual e prorrogação de prazo) e 45/SME/2010 R$ 267.212,82/mês

(prorrogação de prazo) – Contratação de empresa de vigilância e segurança patrimonial para

as Unidades Educacionais da rede física da Secretaria, com utilização de Sistema Integrado

de Segurança Eletrônica – Lote 04 12) TC 1.449/10-40 – Secretaria Municipal de Educação

e Copseg Segurança e Vigilância Ltda. – Acompanhamento – Execução contratual –

Verificar se o Contrato 033/SME/2008 (R$ 2.628.000,00 – TAs 122/SME/2008 R$

158.814,00, 23/SME/2009 R$ 22.015,50/mês, 85/SME/2009 R$ 267.212,72/mês [red. de R$

1.342,78/mês] e 45/SME/2010 R$ 267.212,82/mês) – Contratação de empresa de vigilância e

segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da rede física da Secretaria, com

utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 04, está sendo executado de

acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas

no ajuste 13) TC 2.757/08-22 – Secretaria Municipal de Educação e Treze Listas Segurança

e Vigilância Ltda. – Contrato 034/SME/2008 R$ 2.748.000,00 – TAs 43/SME/2009 R$

49.782,50/mês (alteração do valor contratual) e 086/SME/2009 R$ 16.939.577,00 (red. de R$

1.393,91 – redução do valor contratual, prorrogação de prazo e reajuste) – Contratação de

empresa de vigilância e segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da rede física

da Secretaria, com utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 05 14)

TC 530/10-20 – Secretaria Municipal de Educação e Treze Listas Segurança e Vigilância

Ltda. – Acompanhamento – Execução contratual – Verificar se o Contrato 034/SME/2008

(R$ 2.748.000,00 – TAs 43/SME/2009 R$ 49.782,50/mês e 086/SME/2009 R$

16.939.577,00, [red. de R$ 1.393,91]), cujo objeto é a contratação de empresa de vigilância e

segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da rede física da Secretaria, com

utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 05, está sendo executado de

acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas

no ajuste 15) TC 2.759/08-58 – Secretaria Municipal de Educação e Vanguarda Segurança e

Vigilância Ltda. – Contrato 035/SME/2008 R$ 2.748.000,00 – TAs 078/SME/2008 R$

235.138,05 (acréscimo do valor contratual), 024/SME/2009 R$ 27.633,30 (inclusão de 03

postos para prestação de serviços de vigilância), 087/SME/2009 (red. de R$ 1.421,63 –

redução do valor contratual e prorrogação de prazo) e 047/SME/2010 R$ 282.904,97

(prorrogação de prazo) – Contratação de empresa de vigilância e segurança patrimonial para

as Unidades Educacionais da rede física da Secretaria, com utilização de Sistema Integrado

de Segurança Eletrônica – Lote 06 16) TC 1.331/10-30 – Secretaria Municipal de Educação

e Vanguarda Segurança e Vigilância Ltda. – Acompanhamento – Execução contratual –

Verificar se o Contrato 035/SME/2008 (R$ 2.748.000,00 – TAs 078/SME/2008 R$

235.138,05, 024/SME/2009 R$ 27.633,30, 087/SME/2009 red. de R$ 1.421,63 e

047/SME/2010 R$ 282.904,97), cujo objeto é a contratação de empresa de vigilância e

segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da rede física da Secretaria, com

utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 06, está sendo executado de

acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas

no ajuste 17) TC 2.762/08-62 – Secretaria Municipal de Educação e Servi – Segurança e

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Vigilância de Instalações Ltda. – Contrato 037/SME/2008 R$ 1.917.600,00 – TAs

026/SME/2009 R$ 19.975,00/mês (alteração do valor contratual), 044/SME/2009 R$

19.975,00/mês (alteração do valor contratual) e 089/SME/2009 R$ 198.751,25/mês (red. de

R$ 998,75 – redução do valor contratual e prorrogação de prazo) – Contratação de empresa

de vigilância e segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da rede física da

Secretaria, com utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 08 18) TC

686/10-20 – Secretaria Municipal de Educação e Servi – Segurança e Vigilância de

Instalações Ltda. – Acompanhamento – Execução contratual – Verificar se o Contrato

037/SME/2008 (R$ 1.917.600,00 – TAs 026/SME/2009 R$ 19.975,00/mês, 044/SME/2009

R$ 19.975,00/mês e 089/SME/2009 R$ 198.751,25/mês [red. de R$ 998,75]), cujo objeto é a

contratação de empresa de vigilância e segurança patrimonial para as Unidades Educacionais

da rede física da Secretaria, com utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica –

Lote 08, está sendo executado de acordo com as normas legais pertinentes e em

conformidade com as cláusulas estabelecidas no ajuste 19) TC 1.271/10-00 – Secretaria

Municipal de Educação e Evik Segurança e Vigilância Ltda. – Contrato 177/SME/2008 R$

1.556.400,00 – TAs 28/SME/2009 R$ 19.953,84/mês (alteração do valor contratual),

127/SME/2009 (red. de R$ 748,27/mês – redução do valor contratual), 190/SME/2009 R$

148.905,58/mês (prorrogação de prazo) e 232/SME/2009 R$ 9.927,04/mês (alteração do

valor contratual) – Contratação de empresa de vigilância e segurança patrimonial para as

Unidades Educacionais da rede física da Secretaria, com utilização de Sistema Integrado de

Segurança Eletrônica – Lote 11 20) TC 906/10-24 – Secretaria Municipal de Educação –

SME e Evick Segurança e Vigilância Ltda. – Acompanhamento – Execução contratual –

Verificar se o Contrato 177/SME/2008 (R$ 1.556.400,00 – TAs 28/SME/2009 R$

19.953,84/mês, 127/SME/2009 red. de R$ 748,27/mês, 190/SME/2009 R$ 148.905,58/mês,

232/SME/2009 R$ 9.927,04/mês), cujo objeto é a contratação de empresa de vigilância e

segurança patrimonial para as Unidades Educacionais da rede física da Secretaria, com

utilização de Sistema Integrado de Segurança Eletrônica – Lote 11, está sendo executado de

acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade com as cláusulas estabelecidas

no ajuste. "O Conselheiro João Antonio – Relator requereu ao Egrégio Plenário, nos termos

do artigo 172, inciso IV, do Regimento Interno desta Corte, a retirada de pauta dos citados

processos, para melhores estudos, o que foi deferido." (Certidões) – PROCESSOS DE

REINCLUSÃO – CONSELHEIRO PRESIDENTE ROBERTO BRAGUIM – 1) TC

481/06-30 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal, da São Paulo Transporte S.A.,

da Digicon S.A. Controle Eletrônico para Mecânica e do Senhor José Carlos Nunes

Martinelli interpostos contra o V. Acórdão de 4/9/2013 – Relator Conselheiro Edson Simões

– São Paulo Transporte S.A e Digicon S.A. Controle Eletrônico para Mecânica (Contrato

2005/029 R$ 2.950.000,00) – Prestação de serviços técnicos especializados de suporte

técnico, operação assistida e manutenção evolutiva para o sistema de bilhetagem eletrônica,

com a finalidade de integrar o Bilhete Único, adotado pelo Sistema de Transporte Coletivo de

Passageiros do Município, com o sistema Metropolitano sobre Trilhos. "O Conselheiro

Presidente Roberto Braguim devolveu ao Egrégio Plenário o citado processo, após

determinação de Sua Excelência, na 2.823ª S.O. para que os autos lhe fossem conclusos, a

fim de proferir voto de desempate. Ainda, naquela sessão, o Doutor Luiz Fábio Rogado

Mietto, representante do Senhor José Carlos Nunes Martinelli, proferiu sustentação oral, nos

termos do artigo 164 do Regimento Interno desta Corte. Ademais, o Conselheiro Domingos

Dissei – Relator conheceu dos recursos interpostos, por serem tempestivos e por preencherem

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os requisitos de admissibilidade previstos nos artigos 138 e seguintes do Regimento Interno,

bem como no artigo 46 da Lei Orgânica, ambos deste Tribunal de Contas. Também, o

Conselheiro Domingos Dissei – Relator afastou a preliminar de infringência ao contraditório

e cerceamento de defesa, arguida pela empresa Digicon S.A. Controle Eletrônico para

Mecânica, considerando que não foi intimada no curso da instrução, conforme comando dos

artigos 5º, inciso II, da Lei Municipal 14.141/06 e 116 do Regimento Interno deste Tribunal,

entretanto, foi devidamente intimada do V. Acórdão de fls. 293/299, apresentando, inclusive,

o recurso ordinário de fls. 394/406, deduzindo suas razões de defesa; assim a intimação do V.

Acórdão atingiu seus objetivos, o que supriu a falha, garantindo-lhe a ampla defesa e o

contraditório, princípios norteadores do processo. Outrossim, o Conselheiro Domingos Dissei

– Relator rejeitou a preliminar de ilegitimidade de parte, porquanto a empresa Digicon S.A. é

terceira interessada, nos estritos termos do artigo 105 e seguintes do Regimento Interno desta

Corte, combinado com o artigo 14 da Lei Municipal 14.141/2006. Ainda, o Conselheiro

Domingos Dissei – Relator acolheu a arguição de ilegitimidade de parte do Senhor José

Carlos Nunes Martinelli, uma vez que o parecer por ele emitido é meramente opinativo, além

de não ter competência para autorizar a contratação ora questionada, conforme previsto nos

Estatutos Sociais da São Paulo Transporte S.A., anulando a penalidade a ele imposta.

Entretanto, que o Conselheiro Maurício Faria – Revisor, nos termos de seu voto proferido em

separado, conheceu dos recursos interpostos, visto que preenchidos os requisitos

estabelecidos nos artigos 138 do Regimento Interno e 45 da Lei Orgânica, ambos deste

Tribunal de Contas. Ainda, o Conselheiro Maurício Faria – Revisor, reconhecendo que a

oportunidade de oferecimento de defesa deve anteceder a decisão que sucede a instrução

inaugural do feito, votou no sentido do acolhimento da preliminar de cerceamento de defesa

aduzida pela empresa Digicon S.A., para o fim de promover-se a anulação do julgado,

retornando-se os autos à Relatoria de origem para seguimento a partir do "iter" processual

correspondente à intimação dos responsáveis por eventuais irregularidades mencionadas no

relatório da Subsecretaria de Fiscalização e Controle. Também, o Conselheiro Edson Simões

acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei – Relator.

Ademais, o Conselheiro João Antonio acompanhou, "in totum", o voto proferido pelo

Conselheiro Maurício Faria – Revisor. Ainda, na presente sessão, o Conselheiro Presidente

Roberto Braguim, em face do empate no julgamento da preliminar de nulidade suscitada pela

empresa contratada Digicon S.A., no recurso ordinário interposto às fls. 394/406, alinhando-

se ao entendimento defendido pelos Conselheiros Domingos Dissei – Relator e Edson Simões

rejeitou a preliminar de nulidade e determinou o prosseguimento do julgamento. Ademais, o

Conselheiro Domingos Dissei – Relator, apreciando o mérito, negou provimento aos

recursos, pois as razões deduzidas pelos recorrentes não trouxeram argumentos aptos a alterar

as conclusões expendidas pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Casa, às

fls.199/203, 261/263 e 438/443, e manteve o V. Acórdão guerreado por seus próprios e

jurídicos fundamentos. Também, o Conselheiro Domingos Dissei – Relator determinou a

expedição de ofício à São Paulo Transporte S.A. para que informe esta Corte de Contas sobre

as providências adotadas com relação a apuração das responsabilidades dos agentes que

deram causa às ilegalidades cometidas na contratação com a Digicon e dos eventuais

prejuízos causados ao erário, nos termos prolatados no Acórdão recorrido. Outrossim, o

Conselheiro Domingos Dissei – Relator determinou, após as medidas regimentais, o

arquivamento dos autos. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Maurício Faria – Revisor

solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) Continuando, o Conselheiro

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Presidente Roberto Braguim comunicou ao Egrégio Plenário que devolverá os processos

remanescentes de sua pauta de reinclusão oportunamente. – CONSELHEIRO

CORREGEDOR JOÃO ANTONIO – 1) TC 1.378/07-06 – Secretaria Municipal da Saúde

e Fundação Zerbini – Convênio 016/2006 R$ 3.731.771,96 – TAs 001/2006 (alteração da

Cláusula Dez) e 002/2006 (alteração do Plano de Trabalho para fazer constar o valor de

repasse) – Implantação, implementação e execução dos serviços de Assistência Médica

Ambulatorial Vila Guarani. "O Conselheiro João Antonio – Revisor devolveu ao Egrégio

Plenário o citado processo, após vista que lhe fora concedida na 2.865ª S.O. Ainda, naquela

sessão, o Conselheiro Edson Simões – Relator, com amparo nas manifestações da Assessoria

Jurídica de Controle Externo, julgou irregulares o Termo do Convênio 016/2006 e os Termos

Aditivos 001/2006 e 002/2006. Também, o Conselheiro Edson Simões – Relator, em caráter

excepcional, acolheu os respectivos efeitos financeiros dos instrumentos, com base na

constatação da Subsecretaria de Fiscalização e Controle desta Corte, de que, no exercício de

2006, "a execução contábil financeira do presente convênio mostrou-se regular, com a

emissão de empenhos parciais" (fl. 254) e também no parecer da Secretaria Geral deste

Tribunal, que se posicionou "pela possibilidade de reconhecimento dos efeitos financeiros

dos ajustes em questão, notadamente em face da ausência, nestes autos, de comprovação de

efetivos prejuízos ao erário" (fl. 279). Outrossim, o Conselheiro Edson Simões – Relator, em

decorrência das inconformidades especificadas em seu voto, aplicou a multa de R$ 676,85

(seiscentos e setenta e seis reais e oitenta e cinco centavos) ao ordenador da despesa e

signatário dos ajustes identificado às folhas 44/51 e 92/93, com fundamento no inciso II do

artigo 52 da Lei Municipal 9.167/80. Ademais, o Conselheiro Edson Simões – Relator

também expediu determinação à Secretaria Municipal da Saúde para, em futuras contratações

da espécie, observar as recomendações formuladas pela Auditoria e pela Assessoria Jurídica

de Controle Externo, de modo a não mais incorrer nas irregularidades verificadas nos ajustes

ora apreciados. Ademais, na presente sessão, o Senhor Conselheiro João Antonio – Revisor,

nos termos de sua declaração de voto apresentada, julgou regular o convênio e os termos

aditivos. Ainda, o Conselheiro Maurício Faria acompanhou o voto preferido pelo

Conselheiro João Antonio – Revisor. Entretanto, o Conselheiro Domingos Dissei

acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Edson Simões – Relator. Afinal,

que o Conselheiro Presidente Roberto Braguim, nos termos do artigo 172, inciso II, do

Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos lhe fossem conclusos, para proferir

voto de desempate." (Certidão) 2) TC 1.276/08-09 – Recurso da Procuradoria da Fazenda

Municipal interposto contra V. Acórdão de 16/10/2013 – Relator Conselheiro Eurípedes

Sales – Pricewaterhousecoopers Serviços Profissionais Ltda. e Companhia de Engenharia de

Tráfego – Denúncia acerca do Contrato 77/2008 celebrado entre a Companhia e a

Universidade Municipal de São Caetano do Sul, decorrente da Tomada de Preços

01/2008/CET, cujo objeto é a prestação de serviços de avaliação e certificação de

competências de aproximadamente 3.100 empregados ocupantes de 15 cargos do plano de

carreira, cargos e remuneração da CET. "O Conselheiro João Antonio devolveu ao Egrégio

Plenário o citado processo, após vista que lhe fora concedida na 2.865ª S.O. Ainda, naquela

sessão, o Conselheiro Domingos Dissei – Relator conheceu do recurso voluntário interposto

pela Procuradoria da Fazenda Municipal, por tempestivo. Ademais, o Conselheiro Domingos

Dissei – Relator, no mérito, considerando que não foram trazidos elementos capazes de

afastar o fato que motivou o julgamento pela procedência da alegação formulada pela

denunciante, qual seja, o não atendimento, pela contratada, da exigência prevista na parte

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final do item 7.3.4.1.2 do edital, que previa a comprovação de experiência da equipe técnica

por meio de declarações ou atestados fornecidos pelas empresas/entidades para as quais os

profissionais tivessem prestado serviços, negou-lhe provimento, mantendo o V. Acórdão

recorrido por seus próprios e jurídicos fundamentos. Também, Sua Excelência determinou,

após o cumprimento das medidas regimentais, o arquivamento dos autos. Ainda, o

Conselheiro Maurício Faria – Revisor, consoante voto proferido em separado, conheceu do

recurso voluntário, tendo em vista que estão presentes os requisitos legais e regimentais de

sua admissibilidade e, quanto ao mérito, deu provimento ao recurso da Procuradoria da

Fazenda Municipal, para o fim de reformar o V. Acórdão e declarar totalmente improcedente

a denúncia, aceitando os efeitos financeiros do Contrato 77/2008, decorrente da Tomada de

Preços 01/2008/CET. Também, o Conselheiro Edson Simões acompanhou, na íntegra, o voto

proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei – Relator. Ademais, na presente sessão, o

Conselheiro João Antonio, consoante declaração de voto apresentada, conheceu do recurso e,

no mérito, deu-lhe total provimento. Afinal, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim, nos

termos do artigo 172, inciso II, do Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos

lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate." (Certidão) Na sequência, o

Conselheiro Presidente Roberto Braguim, por ser o Relator do processo a seguir, solicitou ao

Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria que assumisse a direção dos trabalhos. A seguir,

o Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria concedeu a palavra ao Conselheiro João

Antonio para prosseguir com sua pauta de reinclusão. 3) TC 3.257/07-54 – Recurso de

Revisão da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe interposto em face do V.

Acórdão de 24/10/2012 – Relator Conselheiro Roberto Braguim – Recursos da Procuradoria

da Fazenda Municipal – PFM e da Secretaria Municipal de Finanças – SF interpostos em face

do V. Acórdão de 09/12/2009 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal

de Finanças – SF e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe – Prestação de

serviços mensais para a pesquisa "Índices e Tabelas de Preços Unitários para Obras e

Serviços Municipais" ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na

presente sessão pelo Conselheiro João Antonio – Revisor, após vista que lhe fora concedida

na 2.870ª S.O. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo,

por maioria, pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Relator, nos termos de seu

relatório e voto, Edson Simões e Domingos Dissei, considerando que a Fundação Instituto de

Pesquisas Econômicas – Fipe não preencheu o pressuposto do interesse de recorrer, ante a

não explicitação do prejuízo efetivo e concreto sofrido com o V. Acórdão atacado, em não

conhecer do recurso de revisão interposto às fls. 240/248 dos autos. Vencido o Conselheiro

João Antonio – Revisor que, consoante declaração de voto apresentada, conheceu do apelo

interposto e, no mérito, deu-lhe provimento. Relatório: A Fundação Instituto de Pesquisas

Econômicas – FIPE interpõe, com assento nos artigos 137, III6, 148 e 1497 do Diploma

Regimental desta Casa, Recurso de Revisão objetivando a rescisão do V. Acordão de fls.

6 Art. 137. Das decisões interlocutórias, das terminativas e dos acórdãos, cabem, conforme o caso, os seguintes

recursos: (...) III - revisão; 7 Art. 148. As decisões terminativas e os acórdãos transitados em julgado poderão ser revistos pelo Tribunal Pleno,

quando: I - fundados em erro de cálculo ou documentos falsos; II - ocorrerem fatos novos com eficácia sobre a prova

produzida; III - violarem disposição literal de lei. § 1º - A revisão será requerida ao Presidente do Tribunal dentro do

prazo de 05 (cinco) anos, contados do trânsito em julgado da decisão ou acórdão. § 2º - Constitui formalidade

essencial da revisão, requerida com base no inciso III, a indicação expressa do texto legal violado, com sua

transcrição integral. Art. 149. O Tribunal poderá proceder à revisão de julgado, por iniciativa de qualquer de seus

Conselheiros, nos casos previstos no artigo anterior.

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221/222, que manteve os termos do V. Acórdão precedente, que julgou, por maioria de votos,

irregulares o Contrato 009/2006 e respectivo Termo Aditivo, firmado com o Instituto. No

rigor da síntese, a Recorrente alega nulidade dos Julgados proferidos por violação aos artigos

5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal8 e 116, § 3º, do Regimento Interno9 do

Tribunal, posto que não foi citada para exercer o contraditório e sua defesa durante a

instrução processual do feito, do qual só teve ciência após a intimação do V. Acórdão de fls.

221/222. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle ratificou suas manifestações anteriores,

visto que a Recorrente não abordou, no seu Recurso, as questões que assinalou (fls. 254/255).

A Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pelo conhecimento do Recurso e pelo

acolhimento da preliminar de mérito (fls. 257/269 e 273), entendimento esse também

sufragado pela Procuradoria da Fazenda Municipal (fls. 274/275). O Secretário Geral, por

derradeiro, manifestou-se pelo não provimento do Recurso, contrariando parecer de sua

Assessora, que conhecia e opinava pelo provimento do Apelo, para correção da fase

instrutória, com a integração da Contratada (fls. 276/279 e 281/282). Por fim, a Empresa

enviou documentos comprobatórios de sua representação regular. É o relatório. Voto:

Registro, "ab initio", que o Recurso da FIPE está calcado nos artigos 137, inciso III, 148 e

149, do Regimento Interno deste Tribunal, que dispõe sobre a revisão de seus julgados.

Observo, no entanto, que a pretensão recursal se dirige à rescindibilidade do V. Acórdão de

fls. 221/222, sob o argumento da ofensa à literalidade das disposições dos artigos 5º, incisos

LIV e LV, da Constituição Federal e 116, § 3º, do Diploma Regimental desta Casa, o que, se

acolhido, implicará ANULAÇÃO do Acórdão pretérito de 09/12/2009, que julgou irregulares

o Contrato 009/2006 e seu Termo Aditivo 001/2007, pactuados pela Secretaria Municipal de

Finanças com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE (fls. 178/179). Todavia,

descarto, desde logo, o cabimento do Recurso de Revisão sob o fundamento da violação ao

artigo 116, § 3º, do Regimento Interno por ser norma de caráter regulamentar e não lei no

sentido formal e material. Com efeito, na conceituação do Prof. Hely Lopes Meirelles: "Os

regimentos são atos administrativos normativos de atuação interna, dado que se destinam a

reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas. Como ato

regulamentar interno, o regimento só se dirige aos que devem executar o serviço ou realizar a

atividade funcional regimentada, sem obrigar aos particulares em geral"10. Assim, no meu

entendimento, as disposições contidas nos regimentos internos de Tribunais não são normas

no sentido formal e material, posto não serem emanadas do Poder Legislativo, de modo que

sua violação não autoriza a revisão com esteio no artigo 148, inciso III, do Regimento

Interno desta Casa. Sem embargo, a questão trazida pela Recorrente é de maior espectro, por

força do que estatue o artigo 5º, inciso LV, da Carta Suprema, que assegura o contraditório e

a ampla defesa aos litigantes em processo judicial ou administrativo, certo, porém, que não

tem aplicabilidade, à espécie, o cânone do inciso LIV do mesmo artigo, visto que nem o

8 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes: (...) LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido

processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados

o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 9 Art. 116. Os atos, termos, decisões e acórdãos serão levados ao conhecimento dos que integram ou podem integrar

o processo por meio de intimação, para que, cientes do ocorrido, possam praticar os atos processuais deles

decorrentes. (...) § 3º - Serão intimados os terceiros que tiverem participado do ato ou contrato questionado ou

puderem ter sua esfera subjetiva de direitos afetada pela futura decisão do feito. 10

Direto Administrativo Brasileiro, Malheiros Editores, 26ª Edição, 2001 pág 173.

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Acórdão recorrido, nem seu precedente de fls. 178/179, impuseram as sanções ali previstas

(privação de liberdade ou de bens). Com efeito, a Recorrente argumenta, no contexto de seu

Recurso, que esses princípios não foram respeitados no presente feito, uma vez que não foi

intimada para exercer aqueles direitos na fase instrutória do procedimento, do qual só teve

ciência a partir de sua intimação do V. Acórdão recorrido de fls. 221/222, cuja

rescindibilidade almeja. Verifico, realmente, do histórico dos autos, a omissão do

cumprimento do artigo 116, § 3º, do Texto Regimental, que determina a "intimação de

terceiros que tiveram participado do ato ou contrato questionado ou puderem ter sua esfera

subjetiva de direitos afetada pela futura decisão do feito", atestando a procedência das

alegações da Recorrente, quanto à matéria de fato. Entretanto, tenho entendido, no trato desse

assunto, que a natureza fiscalizatória das contas públicas pelas Cortes de Contas restringe

suas atividades, nesse campo, à análise e perquirição da conduta e atuação dos órgãos e

agentes jurisdicionados da Administração Pública, seja direta, seja indireta, por força da

interpretação conjugada dos artigos 70 e 71 da Constituição Federal11, no âmbito geral, e,

artigos 18 a 20 da Lei Municipal 9.167/1980, no âmbito da Municipalidade de São Paulo.

Fincado nesse entendimento, tenho sustentado que terceiros, não jurisdicionados deste

Tribunal, não deveriam integrar o procedimento fiscalizatório enquanto não caracterizada sua

culpa e responsabilização nos atos e conduta irregular dos agentes públicos responsáveis

pelas contas públicas, sob os aspectos contábil, financeiro, orçamentário, operacional e

patrimonial dos entes públicos, ainda que indiretamente atingidos pelos julgamentos

realizados. Essa tem sido a diretriz sustentada pelo ilustre Secretário Geral Rodrigo Pupim,

como se vê do parecer exarado às fls. 281/282. Confesso, no entanto, que essa tese não tem

sido recepcionada pelo Eg. Plenário desta Corte de Contas, que, invariavelmente, tem

afirmado a indispensabilidade da intimação de terceiros, sobretudo, particulares contratados

pela Administração Pública, serem intimados para exercerem o contraditório e a ampla

defesa. Se esse entendimento vingar neste procedimento administrativo, o caminho, s.m.j.,

seria a rescindibilidade do V. Acórdão recorrido e consequente anulação do precedente

projetado às fls. 178/179, que proclamou a irregularidade dos Ajustes firmados com a FIPE,

abrindo-se prazo para essa Contratada produzir suas alegações e provas no âmbito da

instrução do feito. Não me parece, todavia, que essa solução extrema seria a alternativa

correta, porque, no rigor jurídico, o V. Acórdão de 09/12/2009, lançado às fls. 178/179, não

fixou qualquer responsabilidade direta ou indireta da Contratada nas irregularidades

constatadas, nem lhe aplicou qualquer sanção, uma vez que o cometimento das infrações

declaradas ficou restrito aos agentes públicos da Secretaria Municipal de Finanças – SF, que

atuaram na Contratação. Logo, no meu sentir, a Decisão do Plenário desta Eg. Corte de

Contas não atingiu a esfera de direitos da Recorrente, como alega, porque não esclareceu, ao

longo de suas razões, qual foi o prejuízo sofrido, que é o requisito genérico que justifica o

interesse de recorrer e constitui pressuposto de sua admissibilidade. A respeito, o Colendo

Superior Tribunal de Justiça, 2ª Turma, no julgamento do Recurso Especial 1.201.317,

relator Ministro Humberto Martins, deu esta notável lição de direito: "Conforme assentado

pelo Tribunal de Origem, a irregularidade de ausência de intimação do acusado não lhe

trouxe prejuízo, seja porque a prova produzida sem o contraditório não foi determinante na

11

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da

administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e

renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle

interno de cada Poder.

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fundamentação da sentença, seja porque o fato sobre o qual a testemunha foi interrogada era

incontroverso ante a ausência de impugnação da defesa. Tais circunstâncias elevam o peso do

princípio da instrumentalidade das formas e da oitiva da testemunha, tal vício não lhe

acarretou prejuízo. Aplica-se, "in casu", o princípio do "pas de nulité sans grif", segundo qual

não há nulidade sem prejuízo".12 Nessa linha de raciocínio, entendo que a FIPE não

preencheu o pressuposto do interesse de recorrer, ante a não explicitação do prejuízo efetivo

e concreto sofrido com as Decisões atacadas. Diante desse quadro, NÃO CONHEÇO do

Recurso de Revisão interposto às fls. 240/248. É como voto. (2.870ª S.O.) Declaração de

Voto apresentada pelo Conselheiro João Antonio: Trata-se, na presente fase processual, de

Recurso de Revisão interposto pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE,

com pedido de rescisão do Acórdão proferido em 24/10/12 (fls. 221/222), para se anular

integralmente o processo por vício absoluto de procedimento. Os autos se referem à análise

do Termo de Contrato 009/2006 e do Termo Aditivo 001/2007, firmados entre a Secretaria

Municipal de Finanças e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, que teve por

objeto a prestação de serviços mensais para pesquisas de Índices e Tabelas de Preços

Unitários para Obras e Serviços Municipais. Em 09/12/2009 foram julgados, por maioria de

votos, irregulares os atos analisados pelas seguintes infringências: a) Em relação ao Contrato:

ausência do valor da nota de empenho do despacho autorizatório, emissão da nota de

empenho após a assinatura do termo; extemporaneidade da publicação de remessa

extemporânea ao SERI. b) Em relação ao Termo Aditivo: ausência do valor total da

prorrogação e remessa extemporânea ao SERI. Por maioria, também, não foram aceitos os

efeitos financeiros produzidos e aplicaram ao ordenador de despesa a multa no valor de R$

435,00 (quatrocentos e trinta e cinco reais). Vencido o voto do Relator que relevara,

excepcionalmente, as impropriedades constatadas, acolhendo os referidos ajustes. Foram

oficiados e intimados do teor do Acórdão de folhas a Administração, a FIPE e o ordenador de

despesa. Em sede apelatória, interposta apenas pela Procuradoria da Fazenda Municipal –

PFM foi prolatado Acórdão, em 24/10/2012, que, no mérito, por maioria de votos, negou

provimento ao recurso e manteve a decisão atacada. Vencido o voto em separado que dera

provimento aos apelos, por entender as impropriedades apontadas como falhas formais, não

tendo maculado os instrumentos. O trânsito em julgado do Acórdão foi certificado às fls. 238,

em 16/05/2013 e o presente Recurso de Revisão, ora analisado, foi interposto em 07/06/2013,

dentro do prazo de 5 (cinco) anos previsto no artigo 148, § 2º do Regimento Interno desta

Corte. O artigo 148, inciso III do Regimento Interno desta Corte de Contas prevê que as

decisões terminativas e os acórdãos transitados em julgado poderão ser revistos pelo Tribunal

Pleno quando violarem disposição literal de lei. No caso em tela, a peça recursal sustenta ter

havido violação aos artigos 5º, LIV e LV da Constituição Federal, ao artigo 116, § 3º do

Regimento Interno deste Tribunal e à Súmula Vinculante 3 do Supremo Tribunal Federal,

reafirmando o devido processo legal como insuprimível garantia em sede administrativa.

Referida nulidade do "decisum" se dá pela recorrente não ter sido cientificada do conteúdo

dos autos em tempo para exercer o direito de defesa, tendo esta Corte de Contas entendido

irregulares os ajustes, sem a prévia oitiva da instituição contratada. Primeiramente, em que

pese não ser mais objeto de decisão o mérito dos apontamentos que ensejaram os Acórdãos

pela irregularidade dos instrumentos e a aplicação de multa ao ordenador de despesa por esta

Egrégia Corte de Contas; cumpre-me destacar, aqui, que a ausência do valor da nota de

empenho do despacho autorizatório; a emissão da nota de empenho após a assinatura do

12

Apred, TN, CPC, Saraiva, 44ª Edição, pág. 351, nota 4 ao artigo 249.

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termo; e a extemporaneidade da publicação de remessa ao SERI não são elementos

suficientes para macular a relação pactuada entre as partes. Por estes fatos, observo que a

análise deva centrar-se especificamente na aplicabilidade das garantias previstas no artigo 5º,

inciso LV (cinquenta e cinco) da Constituição Federal ao procedimento, cláusula pétrea que

sustenta em nosso ordenamento jurídico o princípio do contraditório e da ampla defesa. De

fato, do histórico dos autos verifico que não ocorreu a intimação da contratada, como

estabelece o artigo 116, § 3º, do Regimento Interno, atestando a procedência das alegações da

recorrente, caracterizada como terceira interessada que participou dos atos que foram

considerados irregulares, e que com isso, teve sua esfera subjetiva de direitos afetada, mesmo

que o Acórdão não tenha fixado qualquer responsabilidade direta ou indireta da contratada.

Com efeito, o dispositivo constitucional deixa claro que o contraditório e a ampla defesa

devem ser assegurados a todos os litigantes e acusados em geral em todos os processos

judiciais ou administrativos. A Lei Federal 9.784/99 assegura o direito do administrado de

formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de

consideração pelo órgão competente, conforme disposto no inciso III de seu artigo 3º. Ante

as determinações legais e a multiplicidade de precedentes, inclusive judiciais específicos

referentes a esta Corta de Contas, a tese da indispensabilidade da intimação de terceiros,

sobretudo, particulares contratados pela Administração Pública, para exercerem o direito de

defesa, tem sido recepcionada por este Egrégio Plenário. Importante citar a ilustre explanação

sobre o tema da Profª Maria Sylvia Zanella Di Pietro, trazida aos autos pela Assessora da

Secretaria Geral, em seu parecer: "O princípio do contraditório, que é inerente ao direito de

defesa, é decorrente da bilateralidade do processo: quando uma das partes alega alguma

coisa, há de ser ouvida também a outra, dando-se-lhe oportunidade de resposta. Ele supõe o

conhecimento dos atos processuais pelo acusado e o seu direito de resposta ou de reação.

Exige: 1- notificação dos atos processuais à parte interessada; 2- possibilidade de exame das

provas constantes do processo; 3- direito de assistir à inquirição de testemunhas; 4- direito de

apresentar defesa escrita". Assim, afirmo que a participação efetiva de todos os interessados

na instrução processual constitui pressuposto de validade do ato, sob pena de anulação pelo

judiciário. Por todo o exposto, acompanhando as manifestações expendidas pela Assessoria

Jurídica de Controle Externo, CONHEÇO do Recurso de Revisão interposto, e, no mérito,

dou-lhe PROVIMENTO. Determino o retorno dos autos à fase instrutória para que a

contratada seja devidamente intimada acerca do processado, com a concessão de prazo para

sua defesa a fim de ser proferido novo julgamento em substituição ao V. Acórdão de fls.

178/179. Este é meu Voto, Senhor Presidente. Participaram do julgamento os Conselheiros

João Antonio – Revisor, Edson Simões e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da

Fazenda Carlos José Galvão. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 8 de março de

2017. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim –

Relator." Prosseguindo, o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-Presidente Maurício

Faria, devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro Roberto Braguim. Na sequência, os

Conselheiros requereram ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III,

combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo

para devolver os processos remanescentes da pauta de reinclusão, o que foi deferido.

Continuando, o Presidente concedeu a palavra aos Senhores Conselheiros e à Procuradoria da

Fazenda, para as Considerações Finais. Por derradeiro, o Presidente convocou os Senhores

Conselheiros para a Sessão Ordinária 2.914ª, a se realizar no dia 15 do corrente mês, às

9h30min. Nada mais havendo a tratar, às 12h40min, o Presidente encerrou a sessão, da qual

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foi lavrada a presente ata, que vai subscrita por mim, Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira,

_________________________, Secretário-Geral, e assinada pelo Presidente, pelos

Conselheiros, pelo Procurador Chefe da Fazenda e pelo Procurador. São Paulo, 8 de março

de 2017.

_______________________________ ROBERTO BRAGUIM

Presidente

___________________________ ___________________________ MAURÍCIO FARIA JOÃO ANTONIO Vice-Presidente Corregedor

___________________________ ___________________________ EDSON SIMÕES DOMINGOS DISSEI Conselheiro Conselheiro

______________________________ CARLOS JOSÉ GALVÃO

Procurador Chefe da Fazenda

______________________________________ FERNANDO HENRIQUE MINCHILLO CONDE

Procurador da Fazenda

LSR/amc/smv/hc/amj/affo ATA DA 2.913ª SESSÃO (ORDINÁRIA)