tribuna de padeiros e confeiteiros

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ANO IV SÃO PAULO. DJ;ZEMBRO DE 1974 NÚMERO 5, '" ' " , 90ssa FESTI- Multa gente, muita animação. num ambiente de total co~raternlzação. Assim foi a festa do aniversário do nosso '. Sindicato. dia ,16 de novembro último. Na página 4 reportagem fotográfica sobre o evento. >', A NOSSa CIlTEGORIA .FJlLTA,DE REGISTRO: SINDICIlTO' SEPREPIRIl ' , 1i - ,,' , lAMBEM DEVE '' UM aliuso Q,QE NÃO ' PIRI EXECUTAR AS .. SER, DIFERENCIADA,' CESSa Nas: 'FIRMJlSEMPRESJlS' FltTOSas .. PÁGINA 6 PÁGINA 3 PÁGINA 7'

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Tribuna de Padeiros e Confeiteiros

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Page 1: Tribuna de Padeiros e Confeiteiros

ANO IV SÃO PAULO. DJ;ZEMBRO DE 1974 NÚMERO 5,

'" '" ,

90ssa FESTI- Multa gente, muita animação. num ambiente de total co~raternlzação. Assim foi a festa do aniversário do nosso '.

Sindicato. dia ,16 de novembro último. Na página 4 reportagem fotográfica sobre o evento.

>',

A NOSSa CIlTEGORIA .FJlLTA,DE REGISTRO: SINDICIlTO' SEPREPIRIl ', 1i - ,,'

, lAMBEM DEVE ' ' UM aliuso Q,QE NÃO ' PIRI EXECUTAR AS ..SER, DIFERENCIADA,' CESSa Nas: 'FIRMJlSEMPRESJlS' FltTOSas ..

PÁGINA 6 PÁGINA 3 PÁGINA 7'

Page 2: Tribuna de Padeiros e Confeiteiros

PAGINA 2 TRIBUNA DE PADEIROS E CONFEITEIROS SAO 'PAULO. DEZEMBRO DE 1974

••••• LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

LEI DO, !4ENóR: IlPREND~IZOU SALIIIO DE ADULTOS!Encontra-se em vigor, desde julho último,

uma nova lei regulamentadora do trabalho domenor.

Essa lei revigorou o artigo 80 da Conso-,lidação das Leis do Trabalho, revogado, em1967, por outra lei baixada pelo governo da .época. Assim, volta a prevalecer o sistema deaprendizagem metódica na contraração do tra-balhador menor. E isto significa que não haverámais discriminação quanto ao pagamento' dosalário mínimo regional, entre operário menore trabalhador adulto. O menor, desde que nãoesteja submetido ao' aprendizado metódico nolocal de trabalho, deverá perceber Igual aoadulto.

Se ~ menor' for contratado mediante a

condição de aprender o ofício, deverá perceber,na primeira metade do aprendizado, metade dosalário mínimo regional; na última fase doaprendizado, perceberá dois terços do mínimo.E quando completar.o tempo de duração da

. aprendizagem (três anos, no máximo) passaráa perceber o salário mínimo integral, O contratode aprendizagem com o menor é feito medianteautorização do Ministério do Trabalho é registroda empresa fornecido pelas escolas de ofíciosdo SESC ou SENAI. Fora disso, o menor nãopoderá ser considerado aprendiz e a empresaterá que lhe pagar salário de maior. .

A nova lei veio atender um antigo reclamodas entidades sindicais. de trabalhadores. Desde'24 de abril de 1967, quando entrou em vigora lei ne:>5.274' (a que revogou o artigo, 80 da

CLT), os sindicatos ficaram preocupados coma sorte dos trabalhadores menores. Estes pas-saram a:ser duramente explorados; ou seja, mes-mo produzindo mais que adultos, em muitoscasos, percebiam apenas metade do salário mí-nimo. Além disso, ficavam privados da oportu-nidade de assimilar algum ofício no local detrabalho, porque isto pouco interessava às em-presas, que preferiram explorá-los em serviçosdiversos.

Por ísso.:« iniciativa do presidente Geiselde revogar aouela lei, fazendo retornar ãvigen-cia o 'artigo 80 da CL T, recebeu- os aplausosunânimes das entidades de trabalhadores, dentreas quais se -inclui a nossa, pela razão de emnosso setor, o menor também ser explorado damesma maneira.

as FOLGIlS·DEVEM SER RESPEITaDIlS

Poucos são ~s Integrarltesda nossa categoria proflsslo.nal que gozam folgas remu-neradas de acordo com o dis-posto na lei. Na verdade,

há Inúmeros. companheirosque' não tiram folgas, sequer,n~ domingos, 'pará não se

. fal r no.s ferl,?doS... E o pior'de tudo, é que as empresas,em sua maioria, não pagamas folgas .. trabathadas na for,ma da lei. O fato, além deconstituir uma grave burla à

legislação ::trabalhista, .atnda trabalhador previsto na Con· de serviço nesse dia. Qual-representa 'um ato de desu- solidação das leis do Traba· quer atitude em contrárIo damanldad~ls pr}va o traba- lho, deve ser respeitado pelá empresa, deve ser. denuncla- -

r'thador "'~ IIJ.St~ e ~ere: empresa. Em hipótese algu· da com todo o rigor. O de-. ·cldo .rep~h .' _ }.. ma, o trabalhador pode a}>rlr partamentô ·:Jurídícl'_do_Si.!;tdl-'. ·Queremõs·. aqul' alertar 'os' mão de sua folga, sob pena' . cato estãoà disposIção de t~

companheiros para o fato de 'de O empregador remunerar- dos, para tomar Il!i' medlda'sque a folga semanal remune- lhe em dobro, como mànda a '. [adíclals necessárias contrarada,' corno um direito do lei. quando exigir prestação as firmas faltosas.

FALTA DE, REGISTRO: OABUSO QUE N'iioCESSA

A falta de registro de empregados oua anotação incorreta na carteira profissional,continuam sendo, ainda..o grande problemaem nosso setor profissional. Há' uma resis-tência impressionante dos patrões em cum-prir essa obrigação elementar das empresas.Há de se' considerar, ainda, que o .própriotrabalhador pode se tornar' conivente comà empresa e, com isso, contribuir para serainda mais prejudicado. Eis que, sendo umaobrigação elementar da empresa - ou seja,a primeira coisa que a firma deve fazer tãologo contrata o empregado -, registrar otrabalhador, este não deve descuidar de co-brar o cumprimento dessa obrigação. Assim,se dentro das primeiras 48 horas de trabalho,a firma não se "explicar" COIll' relação aoregistro profissional, o empregado deve agirimediatamente, exigindo que a obrigação sejacumprida pelo estabelecimento sem maioresdelongas. Do contrário; as coisas acabam setornando mais difíceis de resolver, com pre-juízos muitas vezes, insanáveis para o traba-lhador. .

UM EXEMPLO

São muitos' os exemplos que poderia-

mos dar de empresas que não registram em-pregados. Mas vamos dar· apenas um, quedeu muita dor de cabeça ao Sindicato, e quebem revela a gravidáde do problema .em nos-so setor. Em 26 de setembro último, o Siii-dica to enviou oficio ao Serviço de Fiscali-zação da Delegacia Regional-do Trabalhodenunciando a Panificadora Bragança Avei-ro Ltda., localizada à Estrada 'do Taboão,em São Bemardo do Campo. Segundo a de-núncia, posteriormente confirmada pela Fis-calização, encontram-se sem registro os se-guintes. empregados:

Valdorniro Severino Siqueira, CarteiraProfissional, 058180, série" 378, admitido em29/6L74 (há trêsmeses sem registro; CiceroAlves da Silva, Carteira Profissional 42221,série 399, admitido em 1/1/74 (há novemeses sem régístro) ; José Carlos da Silva,Carteira Profissional 023464, série 205, ad-mítido.em 4/5/74 (há cinco meses sem re-,gistro) e Antonio Dionízio Alves, CarteiraProfissional 069410, sé~i\197, admitido em26/2/74 (há sete meses sem registro). Alémdessa irregularidade (falta de registro pro-fissional) foram constatadas oútras no refe-rido estabelecimento,

ASSISTÊNCIA JURíDiCa.

2.' das 10 às 11 horas - Dr. Paulino3.' das 18 às 19 horas - Or. Arminio5.' das 17 às 18 horas - Or. Ricardo,-6."das 10 às 11 horas - Dr. NeJsonAssessor Jur.: Dr. J, C. S. Arouca

ASSISTtNCIA MÉDICA

De 2.' a 6.' feira das 13 às 14 hs.Or. Romeu Pizani - Pedlatrla

Das 17 às 19 hs. - Dr. Jaime NatanEisig - Gastroenterologia

ASSISTtNCIA DENT ÁRIA

de 2.' a 6.' feira das 9 às 11 hs.Ora, Neide

das 13 à~ 15 hs.» Ora, Anita

Boisa de Estudo na SecretariaO Sindicato fala por você.Sindicalize-se

~,

Page 3: Tribuna de Padeiros e Confeiteiros

,SAO P~ULO, DEZEMBRO DE 1974

PONTO DE VISTATR,IBUNA DE PADEIROS E CONFEITEIROS' pÁGINA 3

pOLíTica, SINDicaTO E ELEIÇOES DO 'Dia 15 DE NOVEMBRO, 'Por AntoniO Carlos Felix Nunes

..T RABAL,HADORES não devem participarda politica!'Essa é lima expressão quese ouve constantemente, como adver-

tência dlrigida principalmente às liderançasslndlcals, Mesmo entre os verdadeiros polí-ticos, escolhidos para 'ocupar funções adml-nistrativás do Governo, ouve-se prcnuncla-mento semelhante, quase sempre externadoem tom de 'repúdio ao significado que a pa-lavra encerra. Assim, por exemplo: "vouadministrar bem esta autarqula porque souum homem apolítico." I! possível que essaspessoas não se recordem do significado queos' dicionários atribuem à palavra: "políticaé arte de governar,"

Ná Consolidação das Leis do Trabalh~'há um..paragrafo que expressa" muito bem a

, proibição às entidades slndlcels-de promoverpolítica-partidária. Mas, para efeito de suaapllcação, adverte-se apenas que nos sindi-catos não deve existir' política. I! .sobre issoque pretendemos nos deter mais demorada •.mente, antes de entrarmos no mérito desteartigo, que é comentar as eleições de 15 denovembro último.

EM primeiro l:.Igar, é precIso dlzerque aproibição de se fazer' política nos sin-dicatos tem objetivo bem definido. Se-

ria o de Impedir que os trabalhadores sepolltlzassem, na extensão- mais ampla da'palavra, e. dessa maneira, adquirissem .eons- 'ciência para participar das grandes decisõesdo 'Pais. De qualquer forma, 'no ,Brasil,~co's-

,tuma·se fazer certa confusãe entre as ex-: pressões' política e política-partidária. D'iz-se

simplesmente que os s,ind~CatOs'.não'pode!';''faze~ "política. .Ora, 'politica"e um vo'cábulo 'de sentido grandioso. ,Os estudiosos dos'problemas sociais entendem corno políticatudo, o que o lndlviduo ou ,um conjunto deindivíduos faça em prol do seu bem-estar.Há quem vã matsalém na interpretação des-sa palavra, afirmando que o homem começaa fazer política a partir do seu primeiro Ins-tante de vida. Afinal, ele é amamentado àmedida em que exprime esse desejo atravésdo choro.

COISA bem diferente seria, então; polí-tica-partidária. No caso, a indicação dovocábulo, agora composto por outro

sinõnlmo (partidário), seria no sentido deagrupamento de pessoas numa organizaçãoessencialmente política, para pugnar por de;terminado objetivo. Em sintese, seria fazer'política através de um partido constituído

, apenas para tal finalidade. Dessa forma, aproíbição expressa em, lei seria cabalmentecumprida, desde,1jue não houvesse vincula-ção da entidade de classe com este ou aque-.le partido político. '

NESTE particular, a ,lei parece até muitosábia. pors, se o partido politlco seconstitui, em si, uma organização so-

cial" uni agrupamento de individuos, comdiretrizes próprias e com objetivos a alcan-çar, claramente definidos, o sindicato não seprojeta de outra forma. Ele é, uma organiza-ção regida pelas' mesmas diretrizes que re-gem os agrupamentos humanos de qualquertipo, apenas se 'diferenciando das demais,entidades pelos objetivos' pelos quals luta, 'Sendo, portanto, órgãos estruturalmente, pa-recidos, sindicato e partido político não po-deriam conviver. Um dos' dois seria absorvidoem suas atlyldades fundamentais, pór aquele

'que atuaéseêom rnalsforça, Disso advlrlam,naturalmente, prejUíZOS para ambos os lados"mas, principalmente para o sindicato, que,absorvido' ou não pelo partido político, teriasuas finalidades, específicas (as reivindica-

, ções trabalhistas, o de~envólvimento da lutade classe, etc.) desvirtuadas pela atuaçãopartidária, 'nem sempre ccndizente com osInteresses ;imediatos, das categorias profls-

.etonets. Repetimos, ,pil~o •• que' a lei, que-pr(iflje:poiífil:a,~;'tI~ár'iI<~Os sindicatos foi

elaborada de maneira bastarite sàblíi. '

MAS, convém reprlsar, que política todosnós fazemos. E'a fazemos, notadamen-te, "através .dos nossos sindicatos.

Isto, porque não há outra maneira de seobter conquistas' sociais, quer as especificasde cada catego~ia proflsstonal, quer as deinteresse de toda a cóletivldade, senão pormeio de um processo caracterizadamentepolítíco, que pode ser o simples envio deum memorial a um ministro de Estado ou aperigosa e arriscada paralizaçãc do' serviço.

ENTRETANTO, em' tempos alternados,nossa participação política ultrapassa.o âmbito das atividades puramente

sindicais. E somos chamados com veemênciaa ter essa participação politica. Seria o casode se' alegar impedimento para o exercíciodo voto, com base no eoncelto de que tra-balhador não deve ser político. Todavia, Issoseria uma atltude descabida de nossa parte,Na verdade, o que devemos repudiar é exata-mente 'esse' falso e pretensioso conceito, aomesmo tenipo em que' devemos afirmar IÍconvicção de que trabalhador é, o maior po- 'Iítlco entre os políticos; porque é a ele quese tem confiado decisões Importantes, ,comoessa que ocorreu dia 15 de novembro últjmo.

Mas política não se faz sem, liberdade.As duas convivem entrelaçadas. Um' grandepleito - .o cume de todo o processo politlco- como o que se realizou dia 15 último, sóterá valor e expressarã de forma real' algu·ma finalidade, se for totaimente livre. E, porIIvrer no sentido cabal da palavra, entende-sea movimentação eleitoral sem interfe-rência de qualquer espécie daqueles quedetêm os postos de mando da Nação.Antes, pelo' contrário, aos, homens que -governam o País caberá a instransferívelresponsabilidade de zelar pela liberdade docidadão e a lisura do pleito. Nestas condi-ções, o povo vota livremente EI' então, a faladas urnas refletirá realmente a sua vontade.

PARTINDO:SE desse prfncípló, as ele i- ,ções de 15 de novembro último repre-sentaram; de certa forma, o início de

um processo polítleo tendente, a tirar o povoda longa letargia em 'que viveu durante estesúltim!ls dez, anos. EI'às mostraram que o po-,;-< 'vo, 'C?~ Ii&,erdade, revela ~m ~~!!.~g.p_9Iitl,~~multo metfio que o dos própdos, ,pohtlcos,:,~pois, como juiz dos atos destes, o seu [ul- .gamento através das urnas não pode ser eon-.testado. E não o pode, pelo fato de ser uma,decisão tornada pela imensa maioria de um'tribunal igualmente, Imenso de' eleitores.

, Talvez, esta seja a melhor lição que o go-verno e o próprio povo "possam extrair dopleito de 15 de novembro último: ,em elei-ções livres, .ou pelo menos parcialmente li-vres, a vontade .popular é expressa de manei-ra a refletir a realidade ,da situação em quevivem' as populações. Oxalá o processo po-Iítico tão promlssormente lnlclado em 15 denovembro não seja interrompido. , ,

~,~,:,

É exatamente isso que se tem feito, ou 'seja, a me.dlda que os companheiros comparecem ao Sindicato parareclamar, temos solicitado o concurso do Serviço de Pls-calização da Delegacia e Regional do Trabalho. E o resul-tado disso não poderia ser melhor: dezenas de empresasquase que mensalmente, são autuadas pela Fiscalização,por violações diversas à ConSOlidação das Leis dó Trabalho.Para uma Idela do que se fez, nestes últimos meses, comrelação ao problema, demos abaixo uma relação' das prtn-elpals autuações ocorridas durante o período.EMPRESAS AUTUADAS

Panificadora Arcas limitada: autuada por' falta dei re-'glstro de 4 empregados' e outras Irregularidades;'

Panificadora' tl4§e do Céu Ltda. [rua Bom Sucesso,1.327): autuada por falta de escala de 'revezamento e eon-cessão de folgas, .além de outras Irregularidades.

Panificadora Argas Ltda. (rua Martlns Francisco; 78):autuada por falta de registro de 4 empregados e outrasIrregularidades.

PaniflcadÚ!;.a Ponto F.inal 12 Ltda. (rua dos Jequitibas,446): autuada por falta de registro de seis empregados eoutras irregularidades.

Panificadora e Cont, da Esquina Ltda. (av, Mateus Bel,3.550): autuada por falta de registro de 3 empregados eoutras .lrreqularldades, '

Panificadora Sílva Ltda. (av. dos Campanelas, 980): au-tuada por falta de registro de ? empregados e outras irre-gularidades.

fEMPRESaS são aUTuaDas,'MAS BURLas CONTINuaM

De maneira abusada, os dispositivos de defesa dotrabalhador e de garantia ao trabalho continuam sendoburlados pelos estabelecimentos do setor. Para se cons-tatar isso, basta uma simples visita dos fiscais do Traba-lho a qualquer empresa do setor. I! evidente que a Dele-gacia Regional do Trabalho não possui pessoal suficienteem seu Serviço de Fiscalização para promover uma inspe-ção permanente e sistemãtlca às empresas. Assim, a fis-calização só' pode se processar mediante denúncias do

'Sindicato 0l! dos próprios prejudiéados.

Tribuna de,Padeiros e Confeiteiros

Orglo Informativo do Sindicato dOITrabalhador •• na Indú.trla d.

Panlflcaçlo • Confeitaria d. S. Paulo,

Diretor Responsével:RAIMUNDO ROSA LIMA

Redator:Chefe:ANTONIO C. F. NUNES

REDAÇAO:Rua São Bento, 405 - 13." andar

Telefone: 33-4517

Dlstrlbulçêo gratuita aos associadosdo Sindicato

Os artigos assinados são de Inteiraresponsabilidade de seus autores,

Page 4: Tribuna de Padeiros e Confeiteiros

Pf,ÇlINA 4 TRIBUNA DE PADEIROS E CONFEITEIROS SA.O PAULO. DEZEMBRO DE 1974

NOVO REIJUSTE Da CaTEGORIANo dia 2 de dezembro entrou

em vigor o novo reajuste salarial da categoria. Através de julgamento de dissidiocoletivo, do qual fizeram parte também outros sindlcatos

'éío Interior e, a nossa Federação, o Tr ibúnal Regional do Trabalho concedeureajuste de 34%, atendendo ainda, em parte, outros itens do nosso pedido.

o Governo Federal reparou alguns erros da' Po- vem desgastado de longa data. Dessa forma,lítica Salarial, permitindo que ela fosse melhor como 'dissemos durante a nossa campanha sala-aplicada este ano. Entretanto, está ainda longe ' rial, para que o nosso poder de compra pudesse'

,de ser o ideal o reajuste resultante do nosso ser recuperado, este ano precisaríamos de umdissídio. " . reajuste da ordem de 190%. Como conseguimos

/ apenas 34%, o nosso poder aquisitivo, conti- ., Isto, por uma série de razões, mas, princi- nu ará, evidentemente, profundamente desgas-

palmente porque o nosso poder aquisitivo já tado. '

PELO, percentual, ~s companheiros logoperceberão que o reajuste deste ano foium pouco melhor que o que obtivemos

no ano passado. Deve-se isso, à orientação maisrealista imprimida pelo novo Governo Federal à

política de salários e preços. Eis que, admitindoque a inflação chegou em.1974 a casa dos 34%.,

A SENTENÇA

Os termos da: sentença do Tribunal Regio-nal do Trabalho, que reajustou nossos salários,são as seguintes:-

1) Reajuste de 34%, calculado sobre ossalários percebidos pelos empregados em 15 de.outubro d~ 1974, data do ajuizarnento do dis-sídio, deduzídos, antes, todos os aumentos con-cedidos após 2 de dezembro de ,1973, salvo osdecorrentes de promoção, transferência, imple-mento de idade, equiparação salarial e términode aprendizagem.

2) Igual reajuste de 34% aos empregadosadmitidos após 2 de dezembro de 1973, sobreo salário de admissão, até o limite do salárioreajustado do empregado exercente da mesmafunção, admitido até doze 'meses anteriores a '

data base; não havendo paradigma ou em setratando de empresa constituída após 2 de de-zembro de 1973, fica assegurado ao empregadoaumento proporcional à razão de um doze avospor mês de serviço.

3) Pagamento a partir de 2 de dezembrode 1974, com prazo deduração ,de um ano:,

4) Salário normativo (piso) corresponden-te a 5 doze avos de 34% sobre o salário mínimo'vigente à epoca 'Uó ajuizamento do dissídio.'

5) Obrigatoriedade do fornecimento decomprovante de pagamento, com à discrimina- 'ção das importâncias pagas e descontos efetua-dos constando a identificação da empresa.

6) Obrigatoriedade. de' fornecimento gra-, tuito de uniformes e macacões, quando exigidospela empresa. "

7) Multa de dez por cento do salário mí-

,.. ...

nimo regional, em caso de descumprimento dasobrigações constantes desta sentença norrnati-va, revertendo o benefício à parte prejudicada,

8)' Desconto de 20 cruzeiros dos emprega-dos, as, .iados ou não, uma única vez, por.oca-sião do primeiro pagamento dos salários já rea-

, justados, em favor das entidades dos trabalha-dores, importância essa a ser recolhida em contavinculada sem limite à Caixa Econômica Fede-ral, para fins assistenciais, aquisição de 'sedespr6prias, manutenção ou ampliação de serviçomédíco-odontológico e jurídico, bem como ainstituição de cursos,

OBSERVAÇÃO: o desconto' de 20 cru-zeiros para o nosso Sindicato se destinará, prin-cipalmente, à construção de' nova sede 'social;conforme esclarecimento sobre o assunto quedamos em outra parte deste jornal.

NOSSO REaJUSTE'')E"'à' pOLíTica saLaRiaL

No dia 4 de novembro último,realizamos a última sessão da As-sembléia Permanente para encer-ramerito da nossa campanha salarial.E o resultado do nosso movimento,foi aquele apresentado aos compa-nheiros: uma sentença normativa doTribunal Regional do Trabalho esta-belecendoreajuste de 34%_ Esseresultado, de certo modo, revela-sedecepcionante à categoria, pois, co-

mo todos ;abem, nós iniciamos acampanha 'solicitando muito maisque 34%,e fundamentamos o pedidocom um, impressionante dado do De-partamento lnterslndical de Estatís-tica e' Estudos Socio-economicos

(DlEESE): para recuperarmos o nossopoder aquisitivo, desgastado ao lon-go dos últimos dez anos, precisaria-mos de um reajuste, hoje, da ordemde 190%.

~ evidente que, diante do resul-tado do julgamento do nosso dlssldlocoletivo, vários companheiros have-riam de usar da palavra, naquela ses-'

, são de encerramento, para criticar apolltica salarial do Governo. Por isso,em coro ao pronunciamento dos com-

panheiros feito durante àquela as-sembléia, é preciso que se lembrealguma, coisa a respeito da PoliticaSalarial do Governo, Quando ela foiestabelecida em ,1964, através doDecretó n.·54.018, foram fixados três

objetivos báSicos .para a sua exe-cução, dentre os quals,' em dizia que"o salário real médio deveria sermultiplicado por lndice relativo aoaumento da produtividade nacionaldo ano anterior." Esse .proposito foi

reafirmado pelo=Govemo, em 1967,em seu programa estratéqlcode De-senvolvimento, Econômico, no qualse declarava; entre outras coisas,que o "reajuste não pode ser inferiorao necessário para a ,manutenção do'poder aquisitivo dos assalariados",e que estes têm o direito de melho-rar de vida, de acordo com o cresci-menfo do País." Tudo isso merece-ria votos de louvor dos trabalhadores.

Mas qual a verdade da aplicaçãoda Política, Salarial? Simplesmentenenhum dos daqueles objetivos foi,cumprido. E isto é' claramente ex-presso nos d a dos técnicos doDIEESE, ao revelar o seguinte: o po-

Afonso dos Santos' Souza

der aquisitivo dos trabalhadores nãofoi mantido; os salarios reais estive-ram' sempre abaixo dos indices daprodutividade nacional. Exemplo: oíndice da produtlvldade da classeoperãrla do Brasil, em 1964; cresceu174,4% em relação ao índlce 10"0. Nomesmo período, o índice de salário

'foi de 128,7%. Outras leis foramcriadas sempre com o propósito deatender os anseios de justiça dostrabalhadores. Mas, as coisas conti-nuaram na mesma, ou melhor, contl-nuando a ser aplicada de maneira rí-gida, a Política Salarial só fez des-gastar o poder aquisitivo dos traba-lhadores. Ba'sta dizer que, para com-prar 6 quilos de carne em dezembrode 1965, o cidadão precisaria traba-lhar 26 horas e 24 minutos. Em marçode 1974, para comprar a mesma quan-tidade do alimento, precisava traba-lhar 6S horas e 57 minutos! ~ claroque, em face disso, nós, os trabalha-dores, jamais partlcrparemos da ri-queza, diga'se de passagem, que au-menta cada vez mais, graças ao au-mento da nossa produtividade; .que 'aPolitica Salarial continua não levando'em conta. "

Page 5: Tribuna de Padeiros e Confeiteiros

S.i\.O PAULO. DEZEMBRO DE 1974 .TRIBUNA DE PADEIROS E CONFEITEIROS PAGINA 5 .

SILVE 044.oINIVERS'DRIO ·DOSINDICDTO!

No dia 16 de novembro último, nosso Slndicãto come-morou seu 44.· aniversário de fundação. A data foi lem-brada com uma grandiosa festa em nossá sede social, àqual contou com a presença de. grande número de assc-". .•ciados. dirigentes sindicais de outras categorias profissio-nais e autoridades. Vários oradores usaram da palavra, 'naocasião, para rememorar a luta dos Integrantes da cate-goria profissional em defesa do seus direitos. e pelo Ien-grandecimEmto do seu orgão de clásse. As fotos que llus-tram está página, dá bem unia idéia do que foi a festa co-memorativa do nosso aniversário.

Page 6: Tribuna de Padeiros e Confeiteiros

,1-'

PAGINA 7 '

Juntamente com outras entidades, nosso Sindicato participou ,do XIII,Congresso NacionaLde Preirenção de Acidenfes, realizado

, em fins de outubro último em SãóPaulo. 'o;, ,

" ")

tos, gozarão de estabilidade noemprego enquanto durar o seumandato. Igualmente, a empresadeverá garantir liberdade ao ci-peiro para que ele desempenhesem embaraço a sua tarefa.

5) Iguais estabilidade e garan-tia de atuação deverão ser con-cedidas aos engenheiros, medi-cas e demais pessoas especlalízadas'em segurança' dó trabalho, quevieram a ser contratadas pelas

'empresas de acordo com DecretoFederal, 'que entrará em vigorem 1975.'6) O funcíonamento das

ClPAs deverá ser objeto de umarígida fiscalização por parte dasautoridades 'competentes do Tra-balho. Aos sindicatos, deverá.ser outorgado poder para ajudaràs ,'àutoridaões nessa tarefa defiscalização, já que .o Ministériodo .Trabalho conta com poucosrecursos. humanos .para desem-penhar uma atuação eficienteneste terreno.

omMi D'S s a •,piuir:i"i:c'i""ílTOis &1 O, NOC ON G R E'SS'O' D~E"I CI o ENTES

quêipossam desempenhar comeficiencia a sua função. Nestesentido, . conforme as várias re-soluções' adotadas em encontros

.sindlcaís, e as quais foram leva-das para o XIII Congresso Na-cional de Prevenção de Aciden-tes, basicamente se defende Q

seguinte: .1) As ClPAs ~ Comissões In-

ternas de Prevenção de Aciden-tes -' devem ser reestruturadas,levando-se em conta o papelque, os trabalhadores e seus res-pectivos, sindicatos poderão de-sempenhar dentro dela.

2) Para se dar cumprimento,ao proposto' acima, -as eleições, para escolha ,dos integrantes daClPA .devem ser supervisionadaspelos. sindicatos, que se, reservarão'o direito de indicar, os elemen-tos que terão melhores ' condi-

'ções de atuação. \3) Os, trabalhadores eleitos,

membros da' CIPA, através depleito promovido pelos sindica-

EM NOSSO SETOR

E. evidente que as decisões comrelação ao funcionamento, dasClPAS abrangem todas as empre-'sas. Entretanto, em nosso setor háalgumàs características que deseja-mos. mencionar. Possuimos, porexemplo, grande número (a maio-ria) de empresas pequenas, comme~os de 50 empregados. Comofícaria a situação de segurança e·higiene nessas empresas? Simples-"me~te não haveria penhum dispo-sitivo, preventivo de acidentesporque, de acordo, com' o -seuporte,' elas estariam excluidas daexigência, de 'criação de CiPAs7Nesse sentido, há umaireivíndicaçãodos sindicatos 'com vistas a que aCIPA seja obrigatória, também,

nas empresas com. menos de cemempregados. Entretanto, enquantoisso não. se concretiza," é 'precisoque os' empresários do nosso setor,meditem um pouco e' veja que asegurança e higiene precisam' exis-tir em Suas firmas. Onde há fabri- ' 'cação de produtos alimentícios, 'O cuidado com a 'limpeza .doam-biente deve ser maior. E· temosconhecimento de que nem segu-rança e nem higiene existem em

.várias empresas. Por ora, ficaaqui o nosso apelo no sentido de

, que os próprios empresários aten-tem para o problema. E gostaría-mos de ver nosso apelo atendido' ,antes que sejamos obrigados atomar .medídas antípatícas com'telação ao assunto: '

COMO SE .apLica O aBONO DE EMERGtNcla'Já se encontra em vigor o ",de-

ereto-lei do, Presidente (Ia Repú-blica que determina a concessãode um ,abono de emergência dedez por cento aos trabalhadores,a partir do dia 1Q de dezembro.Pelos termos dessa .lei, terão di-reito ao abono de dez por cento

-que será compensado- nos, reajus-tes de 1975, aquelas categoriasque tiveram seus salários reajus--tados até junho de 1974. Da mes-ma forma, terão direito ao abonoos trabalhadores que ganham ape-nas o salário mínimo. '

Estarão excluidos do benefício,as categorias aumentadas a. partirde junho em diante. A nossa cate-goria, por exempl.o,. que teve seureajuste salarial com' vigência apartir de 2 ,de dezembro,não receberá o referido abono. Omesmo ocorrerá com os metalúr-gicos, vidreiros, trabalhadores qui-

.mícos, marceneiros e outras 'cate-gorias com data-base fixada' a

, partir de junho. 'O abono de emergência de 'dei

por centovdeverã ser consideradopelas' empresas, conforme deter--mina a 'lei que o criou, para todosos efeitos legais, ou seja, 'paga-mento do décimo-tercelro salário..descontos- diversos, etc.

BENEFICIADOS, Pelos termos da lei, conformese esclareceu acima, poucas serãoas categorias de trabalhadores aser beneficiadas pelo abono deemergência. Segundo os, cálculosjá feitos, os beneficiados não che-gariam a menos de 30% do toialde trabalhadores do Estado deSão Paulo.' De qualquer forma, ainiciativa governamental f elogiá-vel, porque parte do' reconheci-mento de que a situação econô-

PESSOIl DO BIlClo: OSDEVERES DOS PITRDES!,

Conforme já divulgamos na edição anterior deste jor-nal, o pessoal de balcão dos estabelecimentos do nossosetor profissional, por decisão da Comissão de Enquadra-mento Sindical do Ministério, do Trabalho, passou a per-tencer ao nosso Sindicato. Dessa forma, embora não sejamprofissionais de padaria, todos os empregados das empresasque prestam serviços na copa e balcão, não poderão ingres-sar em outro sindicato que não seja o nosso. Em consequên-cia, todas as obrigações do empregador deverão ser cumpri-das levando-se em contá o novo enquadramento sindicaldesses empregados. Por exemplo: o reajustamento salarialdeles será aquele previsto na sentença normativa do Tribu-nal Regio,\al do Trabalho, que estamos publicando nestaedição. As çontribuíções sindical e assistencial ..( esta últimade 20 cruzeiros, prevista no presente díssídío) deverão serrecolhidas em nome de nosso Sindicato. As empresas queagir de outra forma, ou seja, deixar de reajustar .os saláriosdos empregados do balcão de conformidade com o nossodissidio (vigência a partir, de2 de dezembro), ou se nãorecolher para este sindicato as mencionadas contribuições,correrão o risco de pagá-Ias acrescidas de juros e correçãomonetária, mediante ação judicial, que este sindicato mo-verá contra as firmas falt.osas. '

nuca 'dos trabalhadores, de modo. geral, é bastante precária em face

das constantes elevações do custode vida. '

Essa iniciativa é de forma a re-conhecer, também> as deficiênciasda atual Política, Salarial, quevem sendo ,aDliCa4n desde' 1966.

No início do ano em curso, porexemplo, quando levantamentodigno de fé acusava brutais eleva-ções no custo de vida, a PolíticaSalarial não permitia reajuste su-perior a 18%. l? claro que, nestefim de' ano, a situação desses tra-balhadores estaria insuportável, já,

SAO, PAULO.

A REPRESENTAÇÃO dostrabalhadores, voltou adefender, naquele cer-tame, as mesmas teses que

tem levantado em inumerasoportunidades, com vistas à re-dução dos acidentes' do trabalho,e doenças profissionais. Enquan-to os empregadores, mais umavez, deixaram claro a sua inten-ção de responsabilizar os operá-rios pelas ocorrencias acidentá-rias, nos .voltamos a' insistir natecla de que as, condições inse-guras de trabalho são as respon-sáveis pelo aumento' constantede acidentes do trabalho.

Lembramos, ainda, naqueleconclave, ,que os instrumentosde prevenção de acidentes edoenças profissionais precisamser aperfeiçoados; e que os tra-balhadores deverão ter maiorparticipação nos organismos quetratam do problema;' Maior

,participação e liberdade para'

que a perspectiva dereajustamen'tode seus salários s6 ocorrerá apartir do ano que vem. Esses se-rão os beneeiados pelo abono, dó10%, uma percentagem .írrísõríamas que. de qualquer maneira, re-presentará um alívio. nas apertu-ras financeiras dos trabalhadores. "

NOSSO CENTRO DE COlOCIÇÕES

Nesse Centro de Colocações, que existe hádezenas de anos, é um verdadeiro quebra-galho dasempresas. ~ através dele, que as firmas conseguemresolver seus problemas· imediatos de fabricaçãoO que êfelto com os profissionais contratados pro-visoriamente.- E ê exatamente sobre 'isso, que-dese-jamos falar alguma. coisa. Há proprietários elepadarias, que usa esta' mão-de-obra;'e depois dizemque foram atendidos por' mal proflsslenals> Multasvezes, esses -profísslonals são tratados como se asempresas tivessem Ihes fazend~ um favor especial,em contratá-los, Ma.• tem um porém: isto geral~mente acontece na hora do pagamento. ,Aí o patrãose espemeia e não quer pagar horas extras e outrasobrtgações. Então, os padeiros são maus profissio"nais, para eles. . "

Mas saibam' que estes trabalhadores são muíto.mais úteis aos 'senhores patrões do que a eles prõ-pries ou aó sindicato. Já pensaram' como' ficaria oseu, estabelecimento sem o pão? Logicamente quevocês teriam que fechar as portas. '". Por isso,nosso ,Centro de Colocações mais, parece umpronto-socorro, porque os trabalhadores são os

. salvadores dos' senhores patrões, sempre na últimahora. E o que salva deve ser bem pago.

Sabemos que há bons e maus em todos assetores da atividade humana. Também há padariasque não dãoo mínimo de condições para o empre-gado trabalhar e isto acontece com os efetivos eos que vão trabalhar apenas por um dia. Assim,por exemplo: há empresas que não tem lenha suf,-ciente para ~aque,cimento do forno; outras não

Raimundo Rosa de Lima

tê~ matêría-prhna; outras não possuem máquinasde boa qualidade; outros estão com, seus fomoscom defeito, étc, Isto sem se falar da parte dehigiene. .

Respeitamos o seu pouto-de-vlsta e aceitamossuas reclamações, demecratieamente, Mas, D6~ ospadeiros, Dá" temos mão-de-obra especializada.Vivemos e produzimos dentro do sistema conven ..eíonal, ou seja, com máquinas obsoletas, as qualsprecisam Ser substltuldas pela própria capacidadedo trabalhador, que acaba manualmente fazendoa vez dessas máquinas. E. além de tudo; são má.,quinas ,perigosas. responsáveis por constantes acl-dentes no Trabalho.

Por tudo isso, é preciso criar a escola deaperfelcoamento profissIonal por nossa própriaconta. Isto porque o SENAI está com a' mentali-dade de trinta anos atrás. Havia escola, mas nãohavia alunos para frequentá-Ia e se todos pensarassim, será o fim. Você que está efetivo, , tra,e ..bem os nossos companheiros, dando apoio mórnJ,'quando alguma coisa sair errado" oriente-o paraque quando chegar a sua vez, alguéJla possa razer o

mesE~reoÍos que 0,0 maus profl~sfonals nosentendam bem: esta «tiretorla não os está apoiando,mas sim, condenando aqueles qué praticam Inten.cíouelmente atos crímlnoscs," Como o caso' de" umtraba!hadorprovisórioencainl~hadó,pel()- sindtcªtoque abriu um registro do. fomo de uma p~daria, 'danificando as Instalações do estabelecimento, cri •mlnosamente. ~

'.

Page 7: Tribuna de Padeiros e Confeiteiros

AQUISiÇãoIODOS

DE NoV JlSÉD,E -,-DEVEM COLABoRJlR!

'l1MA coisa Já é certa para todos nós: nossasede social não pode mats continuaraqui, no velho predlo Martinelli: O lo-

cal tornou-se completamente inadequado paraas finalidades sindicais. O velho edlflclo; or-gulho de São Paulo no passado, não servecomo lugar de reuniões sadias, de prestação.

Rãimundo R.osa de Lima

de assistência para'os associados· e' suas fami-lias. Isto, sem 'se falar em outras dificuldades,como a deflciencia de elevadores, as constan-

, tes faltas de águá,:etc.Por Isso, no, ano ,passado, o nosso Sindl·

cato começou a pensar seriamente na aquls]-ção de outra sede. Precisamos de uma sedemais confortável, Instalada em local que faci-lite o comparaclmento dos associados e seusfamiliares. Precisamos de uma sede onde pos-samos melhorar a 'prestação de assistênciasocial. Por isso, a exemplo de outros slndica-:tos, nossa entidade,' 'no ano passado, solicitourio pedido salarial, a contribuição de :ia cru-zelros de cada trabalhador da 'categoria, sln-

,dlcallzado ou não. 'A .relnvidlcação foi concedida,como o.fol tambémeste ano, porém, muitásempresas 'delxaram de cumprir a declsão judi-cial, e não a recolheram. "

~ evidente qua, para a construção de no-va sede, ou a stmples compra de outro prédio,necessltaremos.de uma lmportânela bastante

__ C..'

elevada. E para que se consiga obter li im-portância necessária, é preciso, antes de tudo,contar com a compreensão de todos os asso-clados. Compreensão e colaboração efetiva,pois, a diretoria sozinha jamais poderá decidirsobre a questão. Neste sentido, desejamoslembrar à toda a categoria, que será um fatordecisivo para aquisição da nova sede, em1975, o cumprimento fiei' da sentença norma ti·va que reajustou nossos, salarlos, em 2 de' de-zembro. A aplicação da cláusula' do descontode 20 cruzeiros, que dará os recursos finan-ceiros necessátlos' ao Sindicato, para aquelafinalidade, dependerá. da colaboração dos, pró-prios companheiros. ~ preciso que, haja amaior arrecadação possível da contribuição de20 cruzeiros. As empresas que tradlclonal-mente não a recólhem, devem' ser denunciadaspelos companheiros, para que o Sindicato ado-,te as medidas judiciais cabivels. Fica,' pols,aqui, o apelo da 'diretoria, para, que' você nosajude a mudar do' predio Martinelll.

','

EM"JaNEIR00NÜvíifOdOi:1I~~'':;;:i~~f"N~aTa~L~Ea~NO~N~õVD~':~~""'~';'~'7;"~;paRA- CALCULO··D,OREJJUSTf :~~"

'. }K ·~~·l.-,'"

Em vigor, desde 1967, a no ináxlmo.apenas:12niíiSe~.Política Salarial, do Govarno '·Coi)i:,'redúç.o dos mesesapenas agora começa sofrer EM JANEIRO, para-c r:·,C:,~h:uJ~,':011 reajustesalgumas alterações condlzen- a serem'estaÜelecidos a par-tes com antigas críticas dos Entretanto; alteração de tlr 'dejanelro'.;1próximo, serãosindicatos. Uma dessas crtu- maior profundidade,na,·apllca. consideravelmerite melhora.cas, por exemplo. dizia res- ção ';;Íla~Política Salarial está dos. Segundq o Departamentopeito à aplicação ~os dlsposí- anunciada para janeiro prõxl- lritersindical ;-de E,statística etivos da Pelítlca Salarial: ~Iém, ' mo. De acordo com projeto de Estudos- Sócio-êeonõmico,sde ser 'um:instrum!lilt~ rígid081ei;'líá ~i1vrado ao Congresso (DIEESEl,.a nova fórmula pos-de controle salàrla\l-' '(como" - ;pe'ío,,:Pj~sideílte da República,",' sibilitaria (, acréscimo sobreainda o é), que limita 'a'.' no<ano~qué vem os cálculos - os .atuais reajustes (33%l deliberdade de negociação entre para o reajustamento serão mais 3 ou 4~io,o que totaliza-patrões e •empregados" a feltos. com base nos salários ria 36 ou 37~~,.se a' alteraçãoPolítica Salarial até há ,poucq,. dos' últimos doze, meses, e anunciada 'tivesse entrado emtempo, ainda vinha". ~~~(); I .não mal=! com base em 24 me- vigor' ,emi).ovembro último.aplicada de maneira Incorrl\ta,,, ses, como' vinha sendo feito Evidentemelíte'que em janeiroMuitos dos seus eomponen-. .até- agor,~. Para quem não 58· e,' nos, m~ses ,seguintes d/ltes, recomendados para-: os' be.: éste'slstema de cálculo 1975, a tendência dos reajus-cálculos dos reajustes, não, ccnslstena apuração do saíã- tes será bastante diferente.eram levados em conta. rio real médio da. categoria Eles poderão se' reduzir (hl·

que 'pleiteia novo, re~juste. E jjótese menó,s' provável] ousobre esse salário real médio eres,cerem müito mais, em re-será aplicado o índice de cor- lação aos índices atuais. Tudoreção salarial. apurado no úl- d.ependerá do .ccmportamentotimo mês da vigência do rea- do 'custo' de vida e da infla-justamento anterior, ou seja. ção.i;:'també'1!1 dos rumos quea data-base. E para apuração o Gov.~rno :Yenha a dar à suado salário real médio.' a Polí- política ,ecô~ômica. Por 0,'::1.tica Salarial mandava que fos- a certeea I!p'llnas é esta: em'sem considerados os últimos janeir,!l,e,n!,r,arJi em vigor nova24 meses. Com a nova fõrrnu- fórmula de reajustamento sa-Ia, a vigorar a partir de janeiro tarIal. Mas a -atual Política Sa-próximo. serão considerados larial não siirá mudada.'

Parte das incoereções já foisanada. permitindo que os tra-balhadores, este ano, tives·sem um reajuste proporcional- .'mente maior que o obtido atra-vés do antigo processo' decálculos. Assim, por exemplo.as categorias com data-baseem novembro. tiveram rea-juste de"34%. enquanto que,pelo processo antigo, não te-riam mais do que 32 ou 33%.

+'..o,~O'

A todos os associados e Integrantes da categoriaem geral, bem como aos funcionários dessa entidade,amigos, colaboradores e, à 'Imprensa, que' tanto nos aju-dou em 1974; a dlretorla'deseja um Natal tranquilo e umapassagem de Ano repleta de novas esperanças, com .vo-tos de melhores dias em 1975. E para 'que ,a 'paz reinenos lares de todos e no selo da Comunidade, rogamos

'aos governantes realizem em 1975, uma politicá justa;que' os opressores abrangem seus corações 'para, com08 oprimidos; que, enfim, em 1975, os homens se enten-dam melhor, para poderem encontrar o caminho da li-berdade e do 'progresso social.

A diretoria

Ralmundo Rosa de Lima, presidenteAfonso dos Santos Sousa, secretárioRoldão Pinheiro, tesoureiroAntonio Fernandes de OliveiraManoel Messias dos SantosElias Tenorlo dos SantosJuber 'NogueiraGenaroBoche de Oliveira8ernardo de SouzaPedra Ivo da SilvaEdson MacielAlice dos Santos SilvaJoão de Paula Concei~ão