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CURSO DE LETRAS DISCIPLINA DE PSICOLINGUÍSTICA Professora Rosângela Leffa Behencke RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO Bibiana Souza Oliveira Davi Jardim Leonardo Eberhardt Rosa Thayane Neto

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Letras

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Page 1: Treabalho Psicolinguistica

CURSO DE LETRAS

DISCIPLINA DE PSICOLINGUÍSTICA

Professora Rosângela Leffa Behencke

RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO

Bibiana Souza Oliveira

Davi Jardim

Leonardo Eberhardt Rosa

Thayane Neto

Osório, abril de 2015.

Page 2: Treabalho Psicolinguistica

INTRODUÇÃO

O presente relatório tem como objeto a observação feita em sala de aula,

com a menina Maria Antônia, de 03 anos de idade, nos moldes das experiência

realizadas pela pesquisadora argentina, radicada no México, Emília Ferreiro Schavi,

expostas no livro “A psicogênese da língua escrita”.

A história utilizada para o estabelecimento da interação foi “A branca de

neve e os sete anões.” A partir dessa história, foi elaborado um itinerário de

perguntas que foram feitas à criança, a margem das quais os integrantes do grupo

fizeram as suas observações.

Resumidamente os aspectos abordados foram versaram sobre o livro

propriamente dito, enquanto um objeto palpável, e segundo a sua utilidade; sobre o

ato de leitura e como ele ocorre; sobre os suportes em que os textos ocorrem e suas

relações; sobre o conhecimento visual de letras, números, sílabas, palavras e frases,

no sentido de apreensão da dinâmica existente entre esses elementos e quando

eles configuram, ou não, um texto passível de ser lido; e, por último, foram

estimuladas algumas contradições entre imagem e narrativa, a fim de fosse possível

verificar o quanto há de correlação entre a história ouvida e as imagens vistas.

Toda a entrevista foi registrada em vídeo.

Page 3: Treabalho Psicolinguistica

OBSERVAÇÕES

A garotinha Maria é uma garota esperta e viva que participou dos

exercícios trabalho acompanhada com sua mãe. Uma criança é inteligente, deduziu

algumas coisas além do conhecimento que recebe na educação infantil, mas não

quis colaborar muito, pareceu cansada e entediada após alguns minutos, talvez por

que sua mãe estivesse a acompanhando e em razão do barulho na sala, com a

presença de outras crianças – o que prejudica a concentração.

Em diversas partes ela quis parar de ver a apresentação e só com uma a

intervenção da mãe e dos colegas que ela voltou a identificar o que era pedido.

Conseguimos montar, porém, o questionário sobre a observação e podemos fazer

pontes com o texto lido.

Sobre o ato da leitura, a colega Thayane perguntou (grifo itálico) a Maria

Antônia o seguinte, nas circunstâncias descritas em parênteses (respostas grifadas

em sublinhado):

- O que estou fazendo? (leitura do livro com o movimento dos olhos e

silenciosamente)

Ela respondeu que a colega estava olhando.

- E agora, o que eu estou fazendo? (leitura com o movimento de olhos e

em voz alta)

Falou que a colega estava contando uma história.

Page 4: Treabalho Psicolinguistica

Aqui se percebe que a criança identifica o ato de contar uma história com

a pronúncia em voz alta das palavras, não sabe necessariamente que a isso se dá o

nome de leitura.

Sobre os suportes de texto, foi iniciada uma leitura, sob o pretexto de

contar uma história, a partir de um jornal.

Inicialmente, Maria Antônia não soube que era leitura por que não viu

imagens, mas depois identificou a “tirinha” e disse que dava pra ler.

Quando a colega virou o jornal de “cabeça para baixo” ela disse que não

dava mais pra ler.

Já na leitura a partir de uma bula de remédio ela não identificou o ato de

leitura em razão da ausência de imagens.

Na atividade com os cartões, Maria Antônia já apresentava claros sinais

de cansaço, diante do que foi necessária a intervenção de sua mãe.

A mãe começou a contar uma história para a garota, barganhando por

meio de sua autoridade, instando-a a colaborar, diante do que a garota voltou para o

trabalho.

Sobre os cartões contendo palavras ela os identificou como “letras”. O

seu próprio nome ela conseguiu identificar em letra corrente, o mesmo não

ocorrendo com as letras tipográficas maiúsculas.

A letra F ela conseguiu identificar pelo nome do seu amigo Felipe, o

mesmo ocorrendo na palavra “Elefante”.

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O cartão com a letra “n” emendada (nnn), cursiva, ela não identificou

como sendo letra.

E quando questionada sobre alguns números, isolados ou não, respondeu

que “número” não é letra.

A respeito das contradições entre imagem e narrativa, quando foi

mostrado o desenho com a Branca de Neve menor que os sete anões, ela soube

identificá-la pelas suas características, vestimentas, ainda que em tamanho

desproporcional a realidade da história.

Sobre a bruxa caracterizada com uma bela mulher, a despeito disso,

ainda assim confirmou como sendo a bruxa porque usava um chapéu de bruxa. Aqui

prevaleceu as vestes sobre as feições.

E diante da imagem da Branca de Neve recebendo um copo com líquido

de um rapaz em vez de uma maçã de uma bruxa, ela sabia que não era a bruxa

relacionada à história.

REFERÊNCIAS

FERREIRO, Emília. A psicogênese da língua escrita. 4 ed. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1991.

GRIMM, Irmãos. Branca de Neve. 4 ed. Porto Alegre: Kuarup, 1988.

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ANEXOS

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