trbalho de segurança

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Ana Claudia Alves da Fé Kadja Taiara da S. Dantas Rodrigo Teixeira Maria Vanúbia S. DE G. DE S. E SEGURANÇA NO TRABALHO. Seminário sobre as NR’s 29, 30, 31 e 32.

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trabalho academico da disciplina saude e segurança no trabalho

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Ana Claudia Alves da FKadja Taiara da S. DantasRodrigo TeixeiraMaria Vanbia

S. DE G. DE S. E SEGURANA NO TRABALHO.

Seminrio sobre as NRs 29, 30, 31 e 32.

Angicos, 18 de Dezembro de 2014.Objetivo

O seminrio se prope a discutir as normas regulamentadoras numero 29, 30, 31 e 32, apresentando em sala os principais pontos que constam na disciplina de S. DE G. DE S. E SEGURANA NO TRABALHO, apresentando e discutindo as normas para que se possa ter uma noo de riscos e perigos ocorrentes no ambiente de trabalho e tambm alguns meios de se precaver e resguardar a suade e a segurana do trabalhador.

Sumario

NR 029----------------------------------------------------------------------------------------------------03NR 030----------------------------------------------------------------------------------------------------

NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho Porturio

DISPOSIES INICIAIS

Objetivos

Regular a proteo obrigatria contra acidentes e doenas profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcanar as melhores condies possveis de segurana e sade aos trabalhadores porturios.

Aplicabilidade

As disposies contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores porturios em operaes tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exeram atividades nos portos organizados e instalaes porturias de uso privativo e retroporturias, situados dentro ou fora da rea do porto organizado.

Definies

Para os fins desta Norma Regulamentadora, considera-se:

a) Terminal Retroporturio

o terminal situado em zona contgua de porto organizado ou instalao porturia, compreendida no permetro de cinco quilmetros dos limites da zona primria, demarcada pela autoridade aduaneira local, no qual so executados os servios de operao, sob controle aduaneiro, com carga de importao e exportao, embarcadas em continer, reboque ou semi-reboque.

b) Zona Primria

a rea alfandegada para a movimentao ou armazenagem de cargas destinadas ou provenientes do transporte aquavirio.

c) Tomador de Servio

toda pessoa jurdica de direito pblico ou privado que, no sendo operador porturio ou empregador, requisite trabalhador porturio avulso.

d) Pessoa Responsvel

aquela designada por operadores porturios, empregadores, tomadores de servio, comandantes de embarcaes, rgo Gestor de Mo de Obra - OGMO, sindicatos de classe, fornecedores de equipamentos mecnicos e outros, conforme o caso, para assegurar o cumprimento de uma ou mais tarefas especficas e que possuam suficientes conhecimentos e experincia, com a necessria autoridade para o exerccio dessas funes.

Competncias

Compete aos operadores porturios, empregadores, tomadores de servio e OGMO, conforme o caso:

a) cumprir e fazer cumprir esta NR no que tange preveno de riscos de acidentes do trabalho e doenas profissionais nos servios porturios;

b) fornecer instalaes, equipamentos, maquinrios e acessrios em bom estado e condies de segurana, responsabilizando-se pelo correto uso;

c) zelar pelo cumprimento da norma de segurana e sade nos trabalhos porturios e das demais normas regulamentadoras expedidas pela Portaria MTb n 3.214/78 e alteraes posteriores.

Compete ao OGMO ou ao empregador:

a) proporcionar a todos os trabalhadores formao sobre segurana, sade e higiene ocupacional no trabalho porturio, conforme o previsto nesta NR;

b) responsabilizar-se pela compra, manuteno, distribuio, higienizao, treinamento e zelo pelo uso correto dos Equipamentos de Proteo Individual - EPI e Equipamentos de Proteo Coletiva - EPC, observado o disposto na NR-6;

c) elaborar e implementar o Programa de Preveno de Riscos Ambientais - PPRA no ambiente de trabalho porturio, observado o disposto na NR-9;

d) elaborar e implementar o Programa de Controle Mdico em Sade Ocupacional - PCMSO abrangendo todos os trabalhadores porturios, observado o disposto na NR-7.

Compete aos trabalhadores:

a) cumprir a presente NR, bem como as demais disposies legais de segurana e sade do trabalhador;

b) informar ao responsvel pela operao de que esteja participando, as avarias ou deficincias observadas que possam constituir risco para o trabalhador ou para a operao;

c) utilizar corretamente os dispositivos de segurana - EPI e EPC, que lhes sejam fornecidos, bem como as instalaes que lhes forem destinadas.

Compete s administraes porturias, dentro dos limites da rea do porto organizado, zelar para que os servios se realizem com regularidade, eficincia, segurana e respeito ao meio ambiente.

Plano de Controle de Emergncia - PCE e Plano de Ajuda Mtua - PAM

Cabe administrao do porto, ao OGMO e empregadores, a elaborao PCE, contendo aes coordenadas a serem seguidas nas situaes descritas neste subitem e compor com outras organizaes o PAM.

Devem ser previstos os recursos necessrios, bem como linhas de atuao conjunta e organizada, sendo objeto dos planos as seguintes situaes:

a) incndio ou exploso;

b) vazamento de produtos perigosos;

c) queda de homem ao mar;

d) condies adversas de tempo que afetem a segurana das operaes porturias;

e) poluio ou acidente ambiental;

f) socorro a acidentados.

ORGANIZAO DA REA DE SEGURANA E SADE DO TRABALHO PORURIO

Servio Especializado em Segurana e Sade do Trabalhador Porturio - SESSTP.

Todo porto organizado, instalao porturia de uso privativo e retroporturia deve dispor de um SESSTP, de acordo com o dimensionamento mnimo constante do Quadro I, mantido pelo OGMO, OGMO e empregadores ou empregadores conforme o caso, atendendo todas as categorias de trabalhadores.

O custeio do SESSTP ser dividido proporcionalmente de acordo com o nmero de trabalhadores utilizados pelos operadores porturios, empregadores, tomadores de servio e pela administrao do porto, por ocasio da arrecadao dos valores relativos remunerao dos trabalhadores.

Os profissionais integrantes do SESSTP devero ser empregados do OGMO ou empregadores, podendo ser firmados convnios entre os terminais privativos, os operadores porturios e administraes porturias, compondo com seus profissionais o SESSTP local, que dever ficar sob a coordenao do OGMO.

Nas situaes em que o OGMO no tenha sido constitudo, cabe ao responsvel pelas operaes porturias o cumprimento deste subitem, tendo, de forma anloga, as mesmas atribuies e responsabilidade do OGMO.

SEGURANA, HIGIENE E SADE NO TRABALHO PORTURIO.

Nas operaes de atracao, desatracao e manobras de embarcaes.

Na atracao, desatracao e manobras de embarcaes devem ser adotadas medidas de preveno de acidentes, com cuidados especiais aos riscos de prensagem, batidas contra e esforos excessivos dos trabalhadores.

obrigatrio o uso de um sistema de comunicao entre o prtico, na embarcao, e o responsvel em terra pela atracao, atravs de transceptor porttil, de modo a ser assegurada uma comunicao bilateral.

Todos os trabalhadores envolvidos nessas operaes devem fazer uso de coletes salva-vidas, Classe IV, aprovados pela Diretoria de Portos e Costas - DPC,

Durante as manobras de atracao e desatracao, os guindastes de terra e os de prtico devem estar o mais afastado possvel das extremidades dos navios.

Acessos s embarcaes.

As escadas, rampas e demais acessos s embarcaes devem ser mantidas em bom estado de conservao e limpeza, sendo preservadas as caractersticas das superfcies antiderrapantes.

As escadas e rampas de acesso s embarcaes devem dispor de balaustrada - guarda-corpos de proteo contra quedas.

O corrimo deve oferecer apoio adequado, possuindo boa resistncia em toda a sua extenso, no permitindo flexes que tirem o equilbrio do usurio.

As escadas de acesso s embarcaes ou as estruturas complementares a estas conforme o previsto no subitem 29.3.2.10, devem ficar apoiadas em terra, tendo em sua base um dispositivo rotativo, devidamente protegido que permita a compensao dos movimentos da embarcao.

As escadas de acesso s embarcaes devem possuir largura adequada que permita o trnsito seguro para um nico sentido de circulao, devendo ser guarnecidas com uma rede protetora, em perfeito estado de conservao. Uma parte lateral da rede deve ser amarrada ao costado do navio, enquanto a outra, passando sob a escada, deve ser amarrada no lado superior de sua balaustrada (lado de terra), de modo que, em caso de queda, o trabalhador no venha a bater contra as estruturas vizinhas.

O disposto no subitem 29.3.2.4 no se aplica quando a distncia do convs da embarcao ao cais no permita a instalao de redes de proteo.

A escada de portal deve ficar posicionada com aclividade adequada em relao ao plano horizontal de modo que permita o acesso seguro embarcao.

Os degraus das escadas, em face das variaes de nvel da embarcao, devem ser montados de maneira a mant-los em posio horizontal ou com declive que permita apoio adequado para os ps.

O acesso embarcao deve ficar fora do alcance do raio da lana do guindaste, pau-de-carga ou assemelhado. Quando isso no for possvel, o local de acesso deve ser adequadamente sinalizado.

proibida a colocao de extenses eltricas nas estruturas e corrimes das escadas e rampas de acesso das embarcaes.

Os suportes e os cabos de sustentao das escadas ligados ao guincho no podem criar obstculos circulao de pessoas e devem ser mantidos sempre tencionados.

Quando necessrio o uso de pranchas, rampas ou passarelas de acesso, conjugadas ou no com as escadas, estas devem seguir as seguintes especificaes:

a) serem de concepo rgida;

b) terem largura mnima de 0,80 m (oitenta centmetros);

c) estarem providas de tacos transversais a intervalos de 0,40m (quarenta centmetros) em toda extenso do piso;

d) possurem corrimo em ambos os lados de sua extenso dotado de guarda-corpo duplo com rguas situadas a alturas mnimas de 1,20 m (um metro e vinte centmetros) e 0,70 m (setenta centmetros) medidas a partir da superfcie do piso e perpendicularmente ao eixo longitudinal da escada;

e) serem dotadas de dispositivos que permitam fix-las firmemente escada da embarcao ou sua estrutura numa extremidade;

f) a extremidade, que se apia no cais, deve ser dotada de dispositivo rotativo que permita acompanhar o movimento da embarcao;

g) estarem posicionadas no mximo a 30 (trinta) graus de um plano horizontal.

No permitido o acesso embarcao utilizandose escadas tipo quebra-peito, salvo em situaes excepcionais, devidamente justificadas, avaliadas e acompanhadas pelo SESSTP e SESMT, conforme o caso.

proibido o acesso de trabalhadores embarcaes em equipamentos de guindar, exceto em operaes de resgate e salvamento ou quando forem utilizados cestos especiais de transporte, desde que os equipamentos de guindar possuam condies especiais de segurana e existam procedimentos especficos para tais operaes.

Nos locais de trabalho prximos gua e pontos de transbordo devem existir bias salva vidas e outros equipamentos necessrios ao resgate de vitimas que caiam na gua, que sejam aprovados pela DPC.

Nos trabalhos noturnos as bias salva-vidas devero possuir dispositivo de iluminao automtica aprovadas pela DPC.

Conveses.

Os conveses devem estar sempre limpos e desobstrudos, dispondo de uma rea de circulao que permita o trnsito seguro dos trabalhadores.

A circulao de pessoal no convs principal deve ser efetuada pelo lado do mar, exceto por impossibilidade tcnica ou operacional comprovada.

Os conveses devem oferecer boas condies de visibilidade aos operadores dos equipamentos de iar, sinaleiros e outros, a fim de que no sejam prejudicadas as manobras de movimentao de carga.

Nas operaes de carga e descarga com contineres, ou demais cargas de altura equivalente, obrigatrio o uso de escadas. Quando essas forem portteis devem ultrapassar 1,00 m (um metro) do topo do continer, ser providas de sapatas, sinalizao reflexiva nos degraus e montantes, no ter mais de 7,00 m (sete metros) de comprimento e ser construda de material comprovadamente leve e resistente.

Nas operaes em embarcaes do tipo transbordo horizontal (roll-on/roll-off) devem ser adotadas medidas preventivas de controle de rudos e de exposio a gases txicos.

A carga deve ser estivada de forma que fique em posio segura, sem perigo de tombar ou desmoronar sobre os trabalhadores no poro.

Lingamento e deslingamento de cargas

O operador de equipamento de guindar deve certificar-se, de que os freios seguraro o peso a ser transportado.

Todos os carregamentos devem lingar-se na vertical do engate do equipamento de guindar, observando-se em especial:

a) o impedimento da queda ou deslizamento parcial ou total da carga;

b) de que nas cargas de grande comprimento como tubos, perfis metlicos, tubules, tbuas e outros, sejam usadas no mnimo 02 (duas) lingas/estropos ou atravs de uma balana com dois ramais;

c) de que o ngulo formado pelos ramais das lingas/estropos no exceda a 120 (cento e vinte graus), salvo em casos especiais;

d) de que as lingas/estropos, estrados, paletes, redes e outros acessrios tenham marcada sua capacidade de carga de forma bem visvel.

Nos servios de lingamento e deslingamento de cargas sobre veculos com diferena de nvel, obrigatrio o uso de plataforma de trabalho segura do lado contrrio ao fluxo de cargas.

Nos locais em que no exista espao disponvel, ser utilizada escada.

A movimentao area de cargas deve ser necessariamente orientada por sinaleiro devidamente habilitado.

O sinaleiro deve ser facilmente destacvel das demais pessoas na rea de operao pelo uso de coletes de cor diferenciada.

O sinaleiro deve localizar-se de modo que possa visualizar toda rea de operao da carga e ser visto pelo operador do equipamento de guindar. Quando estas condies no puderem ser atendidas dever ser utilizado um sistema de comunicao bilateral.

O sinaleiro deve receber treinamento adequado para aquisio de conhecimento do cdigo de sinais de mo nas operaes de guindar.

Operaes com contineres.

Na movimentao de carga e descarga de continer obrigatrio o uso de quadro posicionador dotado de travas de acoplamento acionadas mecanicamente, de maneira automtica ou manual, com dispositivo visual indicador da situao de travamento e dispositivo de segurana que garantam o travamento dos quatro cantos.

O trabalhador que estiver sobre o continer deve estar em comunicao visual e utilizar-se de meios de rdio comunicao com sinaleiro e o operador de guindaste, os quais devero obedecer unicamente s instrues formuladas pelo trabalhador.

No permitida a permanncia de trabalhador sobre continer quando este estiver sendo movimentado.

Quando houver em um mesmo continer cargas perigosas e produtos incuos, prevalecem as recomendaes de utilizao de EPI adequado carga perigosa.

Todos os contineres que cheguem a um porto organizado, instalaes porturias de uso privativo, ou retroporturios para serem movimentados, devem estar devidamente certificados, de acordo com a Conveno de Segurana para Contineres - CSC da Organizao Martima Internacional - OMI.

Nas operaes com contineres devem ser adotadas as seguintes medidas de segurana:

a) moviment-los somente aps o trabalhador haver descido do mesmo;

b) instruir o trabalhador quanto s posturas ergonmicas e seguras nas operaes de estivagem, desestivagem, fixao e movimentao de continer;

c) obedecer sinalizao e rotulagem dos contineres quanto aos riscos inerentes a sua movimentao

d) instruir o trabalhador sobre o significado das sinalizaes e das rotulagens de risco de contineres, bem como dos cuidados e medidas de preveno a serem observados;

Segurana nos trabalhos de limpeza e manuteno nos portos e embarcaes.

Na limpeza de tanques de carga, leo ou lastro de embarcaes que contenham ou tenham contido produtos txicos, corrosivos e/ou inflamveis, obrigatrio:

a) a vistoria antecipada do local por pessoa responsvel, com ateno especial no monitoramento dos percentuais de oxignio e de explosividade da mistura no ambiente;

b) o uso de exaustores, cujos dutos devem prolongar-se at o convs, para a eliminao de resduos txicos;

c) o trabalho ser realizado em dupla, portando o observador um cabo de arrasto conectado ao executante;

d) o uso de aparelhos de iluminao e acessrios cujas especificaes sejam adequadas rea classificada;

e) no fumar ou portar objetos que produzam chamas, centelhas ou fascas;

f) o uso de equipamentos de ar mandado ou autnomo em ambientes com ar rarefeito ou impregnados por substncias txicas;

g) depositar em recipientes adequados as estopas e trapos usados, com leos, graxa, solventes ou similares para serem retirados de bordo logo aps o trmino do trabalho;

CONDIES SANITRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO.

As instalaes sanitrias, vestirios, refeitrios, locais de repouso e aguardo de servios devem ser mantidos pela administrao do porto organizado, pelo titular da instalao porturia de uso privativo e retroporturia, conforme o caso, e observar o disposto na NR-24 (Condies Sanitrias e de Conforto nos Locais de Trabalho).

As instalaes sanitrias devem estar situadas distncia mxima de 200 m (duzentos metros) dos locais das operaes porturias.

PRIMEIROS SOCORROS E OUTRAS PROVIDNCIAS.

Todo porto organizado, instalao porturia de uso privativo e retroporturia deve dispor de servio de atendimento de urgncia prprio ou terceirizado mantido pelo OGMO ou empregadores, possuindo equipamentos e pessoal habilitado a prestar os primeiros socorros e prover a rpida e adequada remoo de acidentado.

No caso de acidente a bordo em que haja morte, perda de membro, funo orgnica ou prejuzo de grande monta, o responsvel pela embarcao deve comunicar, imediatamente, Capitania dos Portos, suas Delegacias e Agncias e ao rgo regional do MTE.

OPERAES COM CARGAS PERIGOSAS

Cargas perigosas so quaisquer cargas que, por serem explosivas, gases comprimidos ou liqefeitos, inflamveis, oxidantes, venenosas, infecciosas, radioativas, corrosivas ou poluentes, possam representar riscos aos trabalhadores e ao ambiente.

O termo cargas perigosas inclui quaisquer receptculos, tais como tanques portteis, embalagens, contentores intermedirios para graneis (IBC) e contineres tanques que tenham anteriormente contido cargas perigosas e estejam sem a devida limpeza e descontaminao que anulem os seus efeitos prejudiciais.

NR 30 SEGURANA E SADE NO TRABALHO AQUAVIRIO

Objetivo Esta norma regulamentadora tem como objetivo a proteo e a regulamentao das condies de segurana e sade dos trabalhadores aquavirios. Para outras categorias de trabalhadores que realizem trabalhos a bordo de embarcaes a regulamentao das condies de segurana e sade dos trabalhadores se dar na forma especificada nos Anexos a esta norma. (Aprovado pela Portaria SIT n. 58, de 19 de junho de 2008) Aplicabilidade Esta norma aplica-se aos trabalhadores das embarcaes comerciais, de bandeira nacional, bem como s de bandeiras estrangeiras, no limite do disposto na Conveno da OIT n. 147 - Normas Mnimas para Marinha Mercante, utilizadas no transporte de mercadorias ou de passageiros, inclusive naquelas embarcaes utilizadas na prestao de servios. (Alterado pela Portaria SIT n. 58, de 19 de junho de 2008) O disposto nesta NR aplica-se, no que couber, s embarcaes abaixo de 500 AB, consideradas as caractersticas fsicas da embarcao, sua finalidade e rea de operao. A observncia desta Norma Regulamentadora no desobriga as empresas do cumprimento de outras disposies legais com relao matria e ainda daquelas oriundas de convenes, acordos e contratos coletivos de trabalho. s embarcaes classificadas de acordo com a Conveno Solas, cujas normas de segurana so auditadas pelas sociedades classificadoras, no se aplicarem as NR-10, 13 e 23. Competncias Dos armadores e seus prepostos Cabe aos armadores e seus prepostos:a) cumprir e fazer cumprir o disposto nesta NR, bem como a observncia do contido no item 1.7 da NR 01 Disposies Gerais e das demais disposies legais de segurana e sade no trabalho;b) disponibilizar aos trabalhadores as normas de segurana e sade no trabalho vigentes, publicaes e material instrucional em matria de segurana e sade, bem estar e vida a bordo;c) responsabilizar-se por todos os custos relacionados a implementao do PCMSO;d) disponibilizar, sempre que solicitado pelas representaes patronais ou de trabalhadores, as estatsticas de acidentes e doenas relacionadas ao trabalho. 30.3.2 Dos trabalhadores Cabe aos trabalhadores:a) cumprir as disposies da presente NR, bem como a observncia do contido no item 1.8 da NR 01 Disposies Gerais e das demais disposies legais de segurana e sade no trabalho;b) informar ao oficial de servio ou a qualquer membro do GSTB, conforme estabelecido em 30.4, as avarias ou deficincias observadas que possam constituir risco para o trabalhador ou para a embarcao;c) utilizar corretamente os dispositivos e equipamentos de segurana e estar familiarizado com as instalaes, sistemas de segurana e compartimentos de bordo. Grupo de Segurana e Sade no Trabalho a Bordo das Embarcaes - GSSTB (Alterado pela Portaria SIT n. 58, de 19 de junho de 2008) obrigatria a constituio de GSSTB a bordo das embarcaes de bandeira nacional com, no mnimo, 500 de arqueao bruta(AB). (Alterado pela Portaria SIT n. 58, de 19 de junho de 2008) A Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA) das empresas de navegao martima/fluvial deve ser constituda pelos empregados envolvidos nas atividades de cada estabelecimento da empresa e por martimos empregados, efetivamente trabalhando nas embarcaes da empresa, eleitos na forma estabelecida pela Norma Regulamentadora n. 5 (NR 5), obedecendo-se as regras abaixo definidas: (Alterado pela Portaria SIT n. 12, de 31 de maio de 2007)a) o total de empregados existentes em cada estabelecimento da empresa deve determinar o nmero de seus representantes, de acordo com o Quadro I da NR 5;b) os martimos devem ser representados na CIPA do estabelecimento sede da empresa, por um membro titular para cada dez embarcaes da empresa, ou frao, e de um suplente para cada vinte embarcaes da empresa, ou frao. (Alterado pela Portaria SIT n. 12, de 31 de maio de 2007) (Retificao no DOU de 08/06/07) Obrigam-se ao cumprimento da presente norma as empresas privadas ou pblicas e rgos da administrao direta ou indireta. O GSSTB, funcionar sob orientao e apoio tcnico dos servios especializados em engenharia de segurana e em medicina do trabalho, observando o disposto na NR 04. A constituio do GSSTB no gera estabilidade aos seus membros, em razo das peculiaridades inerentes atividade a bordo das embarcaes mercantes. Da composio O Grupo de Segurana e Sade do Trabalho a Bordo - GSSTB fica sob a responsabilidade do comandante da embarcao e deve ser integrado pelos seguintes tripulantes:- Oficial encarregado da segurana;- Chefe de mquinas;- Mestre de Cabotagem ou Contramestre;- Tripulante responsvel pela seo de sade;- Marinheiro de Maquinas. Das finalidades do GSSTB:a) manter procedimentos que visem preservao da segurana e sade no trabalho e do meio ambiente, procurando atuar de forma preventiva;b) agregar esforos de toda a tripulao para que a embarcao possa ser considerada local seguro de trabalho;c) contribuir para a melhoria das condies de trabalho e de bem-estar a bordo;d) recomendar modificaes e receber sugestes tcnicas que visem a garantia de segurana dos trabalhos realizados a bordo;e) investigar, analisar e discutir as causas de acidentes do trabalho a bordo, divulgando o seu resultado;f) adotar providncias para que as empresas mantenham disposio do GSSTB informaes, normas e recomendaes atualizadas em matria de preveno de acidentes, doenas relacionadas ao trabalho, enfermidades infecto-contagiosas e outras de carter mdico-social;g) zelar para que todos a bordo recebam e usem equipamentos de proteo individual e coletiva para controle das condies de risco. Das atribuies Cabe ao GSSTB:a) zelar pelo cumprimento a bordo das normas vigentes de segurana, sade no trabalho e preservao do meio ambiente;b) avaliar se as medidas existentes a bordo para preveno de acidentes e doenas relacionadas ao trabalho so satisfatrias;c) sugerir procedimentos que contemplem medidas de segurana do trabalho, especialmente quando se tratar de atividades que envolvam risco;d) verificar o correto funcionamento dos sistemas e equipamentos de segurana e de salvatagem;e) investigar, analisar e divulgar os acidentes ocorridos a bordo, com ou sem afastamento, fazendo as recomendaes necessrias para evitar a possvel repetio dos mesmos;f) preencher o quadro estatstico de acordo com o modelo constante no Quadro I anexo e elaborar relatrio encaminhando-os ao empregador;g) participar do planejamento para a execuo dos exerccios regulamentares de segurana, tais como abandono, combate a incndio, resgate em ambientes confinados, preveno a poluio e emergncias em geral, avaliando os resultados e propondo medidas corretivas;h) promover, a bordo, palestras e debates de carter educativo, assim como a distribuio publicaes e/ou recursos audiovisuais relacionados com os propsitos do grupo;i) identificar as necessidades de treinamento sobre segurana, sade do trabalho e preservao do meio ambiente;j) quando da ocorrncia de acidente de trabalho o GSSTB deve zelar pela emisso da CAT e escriturao de termo de ocorrncia no dirio de bordo. Do Programa de Controle Medico de Sade Ocupacional - PCMSO As empresas ficam obrigadas a elaborar Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional PCMSO, com o objetivo de promover e preservar a sade de seus empregados, conforme disposto na NR 07 e observado o disposto no Quadro II - Padres Mnimos dos Exames Mdicos. Para cada exame mdico realizado, o mdico emitir o Atestado de Sade Ocupacional ASO, em trs vias. Da Alimentao Toda embarcao comercial deve ter a bordo o aprovisionamento de vveres e gua potvel, devendo ser observado: o nmero de tripulantes, a durao, a natureza da viagem e as situaes de emergncia. Higiene e Conforto a Bordo Os corredores e a disposio dos camarotes, refeitrios e salas de recreao, devem garantir uma adequada segurana e proteo contra as intempries e condies da navegao, bem como isolamento do calor, do frio, do rudo excessivo e das emanaes provenientes de outras partes da embarcao. Ao longo do convs a embarcao dever possuir uma via de segurana para passagem dos tripulantes. As tubulaes de vapor, de descarga de gases e outras semelhantes, no devem passar pelas acomodaes da tripulao nem pelos corredores que levem a elas. Quando essas, por motivos tcnicos, passarem por tais corredores, devem estar isoladas e protegidas. Toda embarcao deve estar provida de um sistema de ventilao adequado que deve ser regulado para manter o ar em condies satisfatrias, de modo suficiente a atender quaisquer condies atmosfricas. Toda embarcao, exceo daquelas destinadas exclusivamente navegao nos trpicos, deve estar provida de um sistema de calefao adequado para o alojamento da tripulao. Os radiadores e demais equipamentos de calefao devem estar instalados de modo a evitar perigo ou desconforto para os ocupantes dos alojamentos. Nos camarotes, cada beliche deve estar provido de uma lmpada eltrica, individual. Cada camarote deve estar provido de uma mesa ou de uma escrivaninha, um espelho, pequenos armrios para os artigos usados no asseio pessoal, uma estante para livros e cabides para pendurar roupas, bem como de um armrio individual e um cesto de lixo. Todo mobilirio dever ser de material liso e resistente, que no se deforme pela corroso. Os membros da tripulao devem dispor de camas individuais. Dos Sales de Refeies e Locais de Recreio. Os pisos devem ser de material antiderrapante. As mesas e cadeiras devem ser de material resistente umidade, de fcil limpeza e estar em perfeitas condies de uso. As cadeiras devem possuir dispositivos para fixao ao piso. Os sales de refeies e os locais de recreio devem ter iluminao, ventilao e temperatura adequadas. Nas embarcaes maiores que 3000 AB, devem ser instaladas salas de lazer, com mobilirio prprio. Da Cozinha A captao de fumaas, vapores e odores deve ser feita mediante a utilizao de um sistema de exausto. As garrafas de GLP, bem como suas conexes devem ser certificadas e armazenadas fora do recinto da cozinha, em local sinalizado, protegido e ventilado. Das Instalaes Sanitrias As instalaes sanitrias devem obedecer aos seguintes requisitos:a) os pisos devem ser de material antiderrapante, impermevel, de fcil limpeza e devem estar providos de um sistema de drenagem;b) os locais devem ser devidamente iluminados, arejados e, quando necessrio, aquecidos;c) as pias devem ter o necessrio abastecimento de gua doce, quente e fria;d) os vasos sanitrios devem ter presso de descarga suficiente, permitindo seu funcionamento a qualquer momento e o seu controle de modo individual e, quando necessrio, dispor de ducha higinica prxima;e) quando houver vrios vasos sanitrios instalados num mesmo local os mesmos devem estar separados por meio de divisrias que garantam a privacidade dos usurios;f) as instalaes sanitrias devem ser mantidas em permanente estado de conservao e limpeza. A execuo de servios em espaos confinados somente deve ser realizados aps vistoria e emisso da respectiva Permisso de Trabalho pelo comandante da embarcao ou seu preposto. No so permitidos trabalhos simultneos de reparo e manuteno com as operaes de carga e descarga, quando prejudiquem a sade e a integridade fsica dos trabalhadores.

NR 31- SEGURANA E SADE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECURIA SILVICULTURA, EXPLORAO FLORESTAL E AQUICULTURA Objetivo, definio e atribuies. Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mnimos para identificao de espaos confinados, seu reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurana e sade dos trabalhadores. Espao confinado qualquer rea no projetada para ocupao humana que possua ventilao deficiente para remover contaminantes, bem como a falta de controle da concentrao de oxignio presente no ambiente. Cabe ao empregador:a) indicar o responsvel tcnico pelo cumprimento desta norma;b) identificar os espaos confinados existentes no estabelecimento ou de sua responsabilidade;c) identificar os riscos especficos de cada espao confinado;d) implementar a gesto em segurana e sade no trabalho de forma a garantir permanentemente ambientes e condies adequadas de trabalho;e) garantir a capacitao permanente dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de emergncia e resgate em espaos confinados;f) garantir que o acesso a espao confinado somente ocorra aps a emisso da Permisso de Entrada, conforme anexo II desta NR;g) fornecer s empresas contratadas informaes sobre os riscos potenciais nas reas onde desenvolvero suas atividades;h) acompanhar a implementao das medidas de segurana e sade dos trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condies para que possam atuar em conformidade com esta NR;i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho nos casos de suspeio de condio de risco grave e iminente, procedendo a imediata evacuao do local;j) garantir informaes atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos espaos confinados;k) garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e abandonar o local de trabalho sempre que suspeitarem da existncia de risco grave e iminente para sua segurana e sade ou a de terceiros;l) implementar as medidas de proteo necessrias para o cumprimento desta NR. Cabe aos trabalhadores:a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;c) comunicar aos responsveis as situaes de risco para sua segurana e sade ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; Gesto de segurana e sade nos trabalhos em espaos confinados A gesto de segurana e sade deve ser implementada, no mnimo, pelas seguintes aes:a) antecipar, reconhecer, identificar, cadastrar e sinalizar os espaos confinados para evitar o acesso de pessoas no autorizadas;b) estabelecer medidas para isolar, sinalizar, eliminar ou controlar os riscos do espao confinado;c) controlar o acesso aos espaos confinados procedendo a implantao de travas e bloqueios;d) implementar medidas necessrias para eliminao ou controle das atmosferas de risco em espaos confinados;e) desenvolver e implementar procedimentos de coordenao de entrada que garantam informaes, conhecimento e segurana a todos os trabalhadores;f) desenvolver e implantar um procedimento para preparao, emisso, uso e cancelamento de permisses de entrada;g) estabelecer procedimentos de superviso dos trabalhos e trabalhadores dentro de espaos confinados;h) monitorar a atmosfera nos espaos confinados para verificar se as condies de acesso e permanncia so seguras. Medidas de proteo As medidas para implantao e reviso do sistema de permisso de entrada em espaos confinados devem incluir, no mnimo:a) afixar na entrada de cada espao confinado avisos de advertncia, conforme o anexo I da presente norma;b) emitir ordem de bloqueio e ordem de liberao do espao confinado, respectivamente, antes do incio dos servios e aps a concluso dos mesmos;c) assegurar que o acesso ao espao confinado somente seja iniciado com acompanhamento e autorizao de superviso qualificada;d) designar as pessoas que participaro das operaes de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e providenciando o treinamento requerido;e) garantir que as avaliaes iniciais sejam feitas fora do espao confinado;f) proibir a ventilao com oxignio;g) disponibilizar os procedimentos e permisso de entrada para o conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes;h) testar e calibrar os equipamentos antes de cada utilizao;i) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsicamente seguro, protegido contra emisses eletromagnticas ou interferncias de radio-freqncias providos com alarme;j) encerrar a permisso de entrada quando as operaes forem completadas, ocorrer uma condio no prevista ou quando houver pausa ou interrupo dos trabalhos;k) manter arquivados os procedimentos e permisses de entrada;l) utilizar equipamentos e instalaes, inclusive o sistema de iluminao fixa ou porttil, certificados no mbito do Sistema Brasileiro de Avaliao da Conformidade, em locais onde h presena de atmosfera potencialmente explosiva; vedada a realizao de qualquer trabalho de forma individualizada ou isolada em espaos confinados. Todo trabalho realizado em espao confinado deve ser acompanhado por superviso capacitada para desempenhar as seguintes funes:a) emitir ordem de bloqueio dos espaos confinados antes do incio das atividades;b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permisso de Entrada;c) cancelar a Permisso de Entrada quando necessrio;d) manter o monitoramento e a contagem precisa do nmero de trabalhadores autorizados no espao confinado e assegurar que todos saiam ao trmino dos trabalhos;e) permanecer fora do espao confinado mantendo contato permanente com os trabalhadores autorizados;f) adotar os procedimentos de emergncia e resgate quando necessrio;g) operar os equipamentos de movimentao ou resgate de pessoas;h) ordenar o abandono do espao confinado sempre que reconhecer qualquer indcio de situao no prevista ou quando no puder desempenhar efetivamente suas tarefas;i) emitir ordem de liberao dos espaos confinados aps o trmino dos servios. A Permisso de Entrada deve conter, no mnimo, as informaes previstas no anexo II desta NR. Os equipamentos de proteo e resgate devem estar disponveis e em condies imediatas de uso; A Permisso de Entrada vlida somente para cada entrada; Os trabalhos quente, tais como solda, queima, esmerilhamento, corte ou outros que liberem chama aberta, fascas ou calor, somente podero ser autorizados aps a implantao de medidas especiais de controle. Os procedimentos para trabalho em espaos confinados e a Permisso de Entrada devem ser avaliados e revisados no mnimo uma vez ao ano ou sempre que houver alterao dos riscos, devendo ser encaminhados para apreciao por parte da CIPA, onde houver, ou do designado. Os procedimentos de entrada em espaos confinados devem ser revistos quando da ocorrncia de qualquer uma das circunstncias abaixo:a) entrada no autorizada num espao confinado;b) identificao de riscos no descritos na Permisso de Entrada;c) acidente, incidente ou condio imprevista durante a entrada;d) qualquer mudana na atividade desenvolvida ou na configurao do espao confinado;e) identificao de condio de trabalho mais segura. Todo trabalhador designado para trabalhos em espaos confinados deve ser submetido a exames mdicos especficos para a funo que ir desempenhar, conforme estabelece a NR-07, com a emisso do respectivo Atestado de Sade Ocupacional (ASO). Cabe ao empregador garantir que todos os trabalhadores que adentrarem em espaos confinados disponham de, no mnimo:a) equipamento de comunicao;b) dispositivo de iluminao; ec) equipamento de proteo individual adequado ao risco, conforme estabelecido na NR 6. Na impossibilidade de identificao dos riscos existentes ou atmosfera IPVS, o espao confinado somente poder ser adentrado com a utilizao de mscara autnoma de demanda com presso positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape. Quando o responsvel tcnico constatar que o espao confinado no possui riscos potenciais que requeiram procedimentos de trabalho especiais, este deve emitir um documento onde conste a identificao do espao, a data e sua assinatura, certificando que todos os riscos foram eliminados. A documentao descrita no "caput" deve ser mantida no estabelecimento a disposio dos trabalhadores e seus representantes. Nos estabelecimentos onde ocorrerem espaos confinados devem ser observadas, de forma complementar a presente NR, a NBR 14606 - Postos de Servio - Entrada em espao confinado e a NBR 14787 - Espao Confinado - Preveno de acidentes, procedimentos e medidas de proteo. Capacitao para trabalhos em espaos confinados O empregador deve desenvolver programas de capacitao sempre que ocorrer qualquer das seguintes situaes:a) antes que o trabalhador seja designado para desempenhar atividades em espaos confinados;b) antes que ocorra uma mudana no trabalho;c) na ocorrncia de algum evento que indique a necessidade de novo treinamento;d) pelo menos uma vez ao ano. O programa de capacitao deve possuir no mnimo:a) contedo programtico versando sobre: definies; identificao de espao confinado; reconhecimento, avaliao e controle de riscos; funcionamento de equipamentos utilizados; tcnicas de resgate e primeiros socorros; utilizao da Permisso de Entrada.b) carga horria adequada a cada tipo de trabalho, estabelecida a critrio do responsvel tcnico, devendo possuir no mnimo oito horas, sendo quatro horas de treinamento terico e quatro horas de treinamento prtico;c) instrutores designados pelo responsvel tcnico, devendo os mesmos possuir proficincia no assunto;d) informaes que garantam ao trabalhador, ao trmino do treinamento, condies para desempenhar com segurana os trabalhos para os quais seja designado. vedada a designao para trabalhos em espaos confinados sem a prvia capacitao do trabalhador. O contedo programtico das capacitaes devem ser mantidos na empresa a disposio dos trabalhadores e seus representantes. Ao trmino do treinamento dever ser emitido um certificado contendo o nome do trabalhador, contedo programtico, a especificao do tipo de trabalho e espao confinado, data e local de realizao do treinamento, assinaturas dos instrutores e do responsvel tcnico. Uma cpia do certificado dever ser entregue ao trabalhador e outra arquivada na empresa. Medidas de emergncia e resgate O empregador deve elaborar e implantar procedimentos de emergncia e resgate adequados aos espaos confinados incluindo, no mnimo:a) identificao dos riscos potenciais atravs da Anlise Preliminar de Riscos - APR;b) descrio das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso de emergncia;c) utilizao dos equipamentos de comunicao, iluminao de emergncia, resgate e primeiros socorros;d) designao de pessoal responsvel pela execuo das medidas de resgate e primeiros socorros para cada servio a ser realizado;e) exerccio anual em tcnicas de resgate e primeiros socorros em espaos confinados simulados.

NR 32 - SEGURANA E SADE NO TRABALHO EM SERVIOS DE SADE Do objetivo e campo de aplicao Esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes bsicas para a implementao de medidas de proteo segurana e sade dos trabalhadores dos servios de sade, bem como daqueles que exercem atividades de promoo e assistncia sade em geral. Para fins de aplicao desta NR entende-se por servios de sade qualquer edificao destinada prestao de assistncia sade da populao, e todas as aes de promoo, recuperao, assistncia, pesquisa e ensino em sade em qualquer nvel de complexidade. Dos Riscos Biolgicos Para fins de aplicao desta NR, considera-se Risco Biolgico a probabilidade da exposio ocupacional a agentes biolgicos. Consideram-se Agentes Biolgicos os microrganismos, geneticamente modificados ou no; as culturas de clulas; os parasitas; as toxinas e os prons. Do Programa de Preveno de Riscos Ambientais - PPRA: O PPRA, alm do previsto na NR-09, na fase de reconhecimento, deve conter:I. Identificao dos riscos biolgicos mais provveis, em funo da localizao geogrfica e da caracterstica do servio de sade e seus setores, considerando:a) fontes de exposio e reservatrios;b) vias de transmisso e de entrada;c) transmissibilidade, patogenicidade e virulncia do agente;d) persistncia do agente biolgico no ambiente;e) estudos epidemiolgicos ou dados estatsticos;f) outras informaes cientficas.II. Avaliao do local de trabalho e do trabalhador, considerando:a) a finalidade e descrio do local de trabalho;b) a organizao e procedimentos de trabalho;c) a possibilidade de exposio;d) a descrio das atividades e funes de cada local de trabalho;e) as medidas preventivas aplicveis e seu acompanhamento. O PPRA deve ser reavaliado 01 (uma) vez ao ano e:a) sempre que se produza uma mudana nas condies de trabalho, que possa alterar a exposio aos agentes biolgicos;b) quando a anlise dos acidentes e incidentes assim o determinar. Do Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional PCMSO O PCMSO, alm do previsto na NR-07, e observando o disposto no inciso I do item 32.2.2.1, deve contemplar:a) o reconhecimento e a avaliao dos riscos biolgicos;b) a localizao das reas de risco segundo os parmetros do item 32.2.2;c) a relao contendo a identificao nominal dos trabalhadores, sua funo, o local em que desempenham suas atividades e o risco a que esto expostos;d) a vigilncia mdica dos trabalhadores potencialmente expostos;e) o programa de vacinao. Sempre que houver transferncia permanente ou ocasional de um trabalhador para um outro posto de trabalho, que implique em mudana de risco, esta deve ser comunicada de imediato ao mdico coordenador ou responsvel pelo PCMSO. Com relao possibilidade de exposio acidental aos agentes biolgicos, deve constar do PCMSO:a) os procedimentos a serem adotados para diagnstico, acompanhamento e preveno da soroconverso e das doenas;b) as medidas para descontaminao do local de trabalho;c) o tratamento mdico de emergncia para os trabalhadores;d) a identificao dos responsveis pela aplicao das medidas pertinentes;e) a relao dos estabelecimentos de sade que podem prestar assistncia aos trabalhadores;f) as formas de remoo para atendimento dos trabalhadores;g) a relao dos estabelecimentos de assistncia sade depositrios de imunoglobulinas, vacinas, medicamentos necessrios, materiais e insumos especiais. O PCMSO deve estar disposio dos trabalhadores, bem como da inspeo do trabalho. Em toda ocorrncia de acidente envolvendo riscos biolgicos, com ou sem afastamento do trabalhador, deve ser emitida a Comunicao de Acidente de Trabalho CAT. Das Medidas de Proteo As medidas de proteo devem ser adotadas a partir do resultado da avaliao, previstas no PPRA, observando o disposto no item 32.2.2. Em caso de exposio acidental ou incidental, medidas de proteo devem ser adotadas imediatamente, mesmo que no previstas no PPRA. A manipulao em ambiente laboratorial deve seguir as orientaes contidas na publicao do Ministrio da Sade Diretrizes Gerais para o Trabalho em Conteno com Material Biolgico, correspondentes aos respectivos microrganismos. Todo local onde exista possibilidade de exposio ao agente biolgico deve ter lavatrio exclusivo para higiene das mos provido de gua corrente, sabonete lquido, toalha descartvel e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual. O empregador deve vedar:a) a utilizao de pias de trabalho para fins diversos dos previstos;b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho; c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho;d) a guarda de alimentos em locais no destinados para este fim;e) o uso de calados abertos. Dos Riscos Qumicos Deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem original dos produtos qumicos utilizados em servios de sade. Todo recipiente contendo produto qumico manipulado ou fracionado deve ser identificado, de forma legvel, por etiqueta com o nome do produto, composio qumica, sua concentrao, data de envase e de validade, e nome do responsvel pela manipulao ou fracionamento. vedado o procedimento de reutilizao das embalagens de produtos qumicos. Do Programa de Preveno de Riscos Ambientais - PPRA No PPRA dos servios de sade deve constar inventrio de todos os produtos qumicos, inclusive intermedirios e resduos, com indicao daqueles que impliquem em riscos segurana e sade do trabalhador. Os produtos qumicos, inclusive intermedirios e resduos que impliquem riscos segurana e sade do trabalhador, devem ter uma ficha descritiva contendo, no mnimo, as seguintes informaes: a) as caractersticas e as formas de utilizao do produto;b) os riscos segurana e sade do trabalhador e ao meio ambiente, considerando as formas de utilizao;c) as medidas de proteo coletiva, individual e controle mdico da sade dos trabalhadores;d) condies e local de estocagem;e) procedimentos em situaes de emergncia. Do Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional - PCMSO Cabe ao empregador: Capacitar, inicialmente e de forma continuada, os trabalhadores envolvidos para a utilizao segura de produtos qumicos. Capacitao deve conter, no mnimo:a) a apresentao das fichas descritivas citadas no subitem 32.3.4.1.1, com explicao das informaes nelas contidas;b) os procedimentos de segurana relativos utilizao;c) os procedimentos a serem adotados em caso de incidentes, acidentes e em situaes de emergncia. Das Medidas de Proteo O empregador deve destinar local apropriado para a manipulao ou fracionamento de produtos qumicos que impliquem riscos segurana e sade do trabalhador. vedada a realizao destes procedimentos em qualquer local que no o apropriado para este fim. Excetuam-se a preparao e associao de medicamentos para administrao imediata aos pacientes. O local deve dispor, no mnimo, de:a) sinalizao grfica de fcil visualizao para identificao do ambiente, respeitando o disposto na NR-26;b) equipamentos que garantam a concentrao dos produtos qumicos no ar abaixo dos limites de tolerncia estabelecidos nas NR-09 e NR-15 e observando-se os nveis de ao previstos na NR-09;c) equipamentos que garantam a exausto dos produtos qumicos de forma a no potencializar a exposio de qualquer trabalhador, envolvido ou no, no processo de trabalho, no devendo ser utilizado o equipamento tipo coifa;d) chuveiro e lava-olhos, os quais devero ser acionados e higienizados semanalmente;e) equipamentos de proteo individual, adequados aos riscos, disposio dos trabalhadores;f) sistema adequado de descarte. A manipulao ou fracionamento dos produtos qumicos deve ser feito por trabalhador qualificado. Nos locais onde se utilizam e armazenam produtos inflamveis, o sistema de preveno de incndio deve prever medidas especiais de segurana e procedimentos de emergncia. Dos Gases Medicinais Na movimentao, transporte, armazenamento, manuseio e utilizao dos gases, bem como na manuteno dos equipamentos, devem ser observadas as recomendaes do fabricante, desde que compatveis com as disposies da legislao vigente.

Dos Medicamentos e das Drogas de Risco Para efeito desta NR, consideram-se medicamentos e drogas de risco aquelas que possam causar genotoxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e toxicidade sria e seletiva sobre rgos e sistemas. Deve constar no PPRA a descrio dos riscos inerentes s atividades de recebimento, armazenamento, preparo, distribuio, administrao dos medicamentos e das drogas de risco. Dos Gases e Vapores Anestsicos Todos os equipamentos utilizados para a administrao dos gases ou vapores anestsicos devem ser submetidos manuteno corretiva e preventiva, dando-se especial ateno aos pontos de vazamentos para o ambiente de trabalho, buscando sua eliminao. A manuteno consiste, no mnimo, na verificao dos cilindros de gases, conectores, conexes, mangueiras, bales, traquias, vlvulas, aparelhos de anestesia e mscaras faciais para ventilao pulmonar. Das Radiaes Ionizantes O atendimento das exigncias desta NR, com relao s radiaes ionizantes, no desobriga o empregador de observar as disposies estabelecidas pelas normas especficas da Comisso Nacional de Energia Nuclear CNEN e da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA, do Ministrio da Sade. obrigatrio manter no local de trabalho e disposio da inspeo do trabalho o Plano de Proteo Radiolgica - PPR, aprovado pela CNEN, e para os servios de radiodiagnstico aprovado pela Vigilncia Sanitria. 32.4.2.1 O Plano de Proteo Radiolgica deve:a) estar dentro do prazo de vigncia;b) identificar o profissional responsvel e seu substituto eventual como membros efetivos da equipe de trabalho do servio;c) fazer parte do PPRA do estabelecimento;d) ser considerado na elaborao e implementao do PCMSO;e) ser apresentado na CIPA, quando existente na empresa, sendo sua cpia anexada s atas desta comisso. O trabalhador que realize atividades em reas onde existam fontes de radiaes ionizantes deve:a) permanecer nestas reas o menor tempo possvel para a realizao do procedimento;b) ter conhecimento dos riscos radiolgicos associados ao seu trabalho;c) estar capacitado inicialmente e de forma continuada em proteo radiolgica;d) usar os EPI adequados para a minimizao dos riscos;e) estar sob monitorao individual de dose de radiao ionizante, nos casos em que a exposio seja ocupacional. Cabe ao empregador:a) implementar medidas de proteo coletiva relacionadas aos riscos radiolgicos;b) manter profissional habilitado, responsvel pela proteo radiolgica em cada rea especfica, com vinculao formal com o estabelecimento;c) promover capacitao em proteo radiolgica, inicialmente e de forma continuada, para os trabalhadores ocupacionalmente e para-ocupacionalmente expostos s radiaes ionizantes;d) manter no registro individual do trabalhador as capacitaes ministradas;e) fornecer ao trabalhador, por escrito e mediante recibo, instrues relativas aos riscos radiolgicos e procedimentos de proteo radiolgica adotados na instalao radiativa;f) dar cincia dos resultados das doses referentes s exposies de rotina, acidentais e de emergncias, por escrito e mediante recibo, a cada trabalhador e ao mdico coordenador do PCMSO ou mdico encarregado dos exames mdicos previstos na NR-07. Cada trabalhador da instalao radiativa deve ter um registro individual atualizado, o qual deve ser conservado por 30 (trinta) anos aps o trmino de sua ocupao, contendo as seguintes informaes:a) identificao (Nome, DN, Registro, CPF), endereo e nvel de instruo;b) datas de admisso e de sada do emprego;c) nome e endereo do responsvel pela proteo radiolgica de cada perodo trabalhado;d) funes associadas s fontes de radiao com as respectivas reas de trabalho, os riscos radiolgicos a que est ou esteve exposto, data de incio e trmino da atividade com radiao, horrios e perodos de ocupao;e) tipos de dosmetros individuais utilizados;f) registro de doses mensais e anuais (doze meses consecutivos) recebidas e relatrios de investigao de doses;g) capacitaes realizadas;h) estimativas de incorporaes;i) relatrios sobre exposies de emergncia e de acidente;j) exposies ocupacionais anteriores a fonte de radiao.

Dos Resduos Cabe ao empregador capacitar, inicialmente e de forma continuada, os trabalhadores nos seguintes assuntos:a) segregao, acondicionamento e transporte dos resduos;b) definies, classificao e potencial de risco dos resduos;c) sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;d) formas de reduzir a gerao de resduos;e) conhecimento das responsabilidades e de tarefas;f) reconhecimento dos smbolos de identificao das classes de resduos;g) conhecimento sobre a utilizao dos veculos de coleta;h) orientaes quanto ao uso de Equipamentos de Proteo Individual EPIs. A segregao dos resduos deve ser realizada no local onde so gerados, devendo ser observado que:a) sejam utilizados recipientes que atendam as normas da ABNT, em nmero suficiente para o armazenamento;b) os recipientes estejam localizados prximos da fonte geradora;c) os recipientes sejam constitudos de material lavvel, resistente punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e que sejam resistentes ao tombamento;d) os recipientes sejam identificados e sinalizados segundo as normas da ABNT. O transporte manual do recipiente de segregao deve ser realizado de forma que no exista o contato do mesmo com outras partes do corpo, sendo vedado o arrasto. Sempre que o transporte do recipiente de segregao possa comprometer a segurana e a sade do trabalhador, devem ser utilizados meios tcnicos apropriados, de modo a preservar a sua sade e integridade fsica. Das Lavanderias A lavanderia deve possuir duas reas distintas, sendo uma considerada suja e outra limpa, devendo ocorrer na primeira o recebimento, classificao, pesagem e lavagem de roupas, e na segunda a manipulao das roupas lavadas. Independente do porte da lavanderia, as mquinas de lavar devem ser de porta dupla ou de barreira, em que a roupa utilizada inserida pela porta situada na rea suja, por um operador e, aps lavada, retirada na rea limpa, por outro operador.