resumo trbalho

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1 RESUMO A chamada recessão econômica vem afetando o Brasil em grande escala, dentre os setores afetados estão as Engenharias. Principalmente a Engenharia civil, pois a mesma acompanha a fase econômica do País. Esta fase está levando os profissionais da área buscarem outras formas de se manterem no mercado muita das vezes até rebaixam seus salários para não perdem a oportunidade de se manterem empregados, outros buscam alternativas em concursos que não são em suas áreas, levando o País a ter um défice grande de profissionais de Engenharia. Nas faculdades os alunos desiludidos abandonam o curso de Engenharia na esperança de encontrarem alguma profissão que estão em alta no momento, outros abandonam por falta de preparo estudantil, ou seja, base escolar fraca, não dando condições de avançarem no curso de Engenharia. 1

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Page 1: RESUMO TRBALHO

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RESUMO

A chamada recessão econômica vem afetando o Brasil em grande escala,

dentre os setores afetados estão as Engenharias. Principalmente a Engenharia civil,

pois a mesma acompanha a fase econômica do País. Esta fase está levando os

profissionais da área buscarem outras formas de se manterem no mercado muita das

vezes até rebaixam seus salários para não perdem a oportunidade de se manterem

empregados, outros buscam alternativas em concursos que não são em suas áreas,

levando o País a ter um défice grande de profissionais de Engenharia.

Nas faculdades os alunos desiludidos abandonam o curso de Engenharia na

esperança de encontrarem alguma profissão que estão em alta no momento, outros

abandonam por falta de preparo estudantil, ou seja, base escolar fraca, não dando

condições de avançarem no curso de Engenharia.

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Page 2: RESUMO TRBALHO

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SUMÁRIO

RESUMO...................................................................................................................1

INTRODUÇÃO..........................................................................................................3

OBJETIVO................................................................................................................3

1.1 Participação do CREA/ CONFEA......................................................................3

1.2 Prova de Registro de Classe............................................................................4

1.3 Resolução 218 e 1010(CONFEA)......................................................................5

1.4 Atual Situação da Engenharia..........................................................................6

1.4.1 No Brasil..........................................................................................................6

1.4.2 No Distrito Federal.........................................................................................6

1.5 Evasão nos cursos de Engenharia..................................................................7

1.5.1 MEC e universidades estudam planos para combater evasão (artigo

publicado pela editora IG educação)...................................................................11

BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................13

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Page 3: RESUMO TRBALHO

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho consiste na apresentação dos resultados de uma pesquisa

sobre a um contexto geral da realidade vivenciada neste presente momento pela

Engenharia no Brasil.

OBJETIVO

Identificar a visão do aluno de engenharia sobre o CREA/ CONFEA; Discorrer

sobre uma possível prova de registro de classe; Escrever as discorrer sobre as

mudanças ocorridas na Resolução 218 e 1010(CONFEA); Verificar como anda a atual

situação da engenharia no Brasil e Distrito Federal; Identificar qual a principal motivo

que leva as faculdades a terem um índice alto de Evasão dos cursos de engenharia

1.1 Participação do CREA/ CONFEA

Os Conselhos regionais de Engenharia e Agronomia (CREA) são entidades

pertencentes à esfera estadual e constituem a manifestação regional do Conselho

Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), sendo responsáveis pela fiscalização

do exercício das profissões da área tecnológica em âmbito regional.

O CREA exerce o papel de primeira e segunda instância, verificando, orientando

e fiscalizando o exercício profissional com a missão de defender a sociedade da prática

ilegal das atividades abrangidas pelo sistema CONFEA/CREA.

É extremamente importante que o profissional de engenharia seja registado no

CREA, pois este registro comprova que o mesmo frequentou uma instituição de ensino

superior dentro dos padrões aceitáveis para obtenção do seu registro. Esse registro

possibilita ao profissional a capacidade de ser um responsável técnico pelo trabalho em

que estiver desenvolvendo, a comprovação será através de um documento chamado

ART(Anotação de Responsabilidade Técnica).

A importância de haver um conselho de engenharia ou de outras áreas é muito

grande, pois com esses conselhos tanto os profissionais e o mercado entram em um

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equilíbrio em relação a regulamentação da profissão, legislações que os amparam,

mais não só o profissional mais também os clientes que saberão qual órgão recorrer

em caso de qualquer incidência com um dos profissionais habilitados.

Essa ideia supracitada seria uma importante relação entre órgão, profissionais e

cientes, mais não é isso que está acontecendo. O órgão CREA/ CONFEA, não estão

divulgando para o mercado a importância de se procurar um profissional registrado e

habilitado e não fiscaliza o mercado como deveria na integra, com isso os profissionais

que se dedicaram para se capacitar e que realmente fazem jus a profissão que

exercem ficam prejudicados pois existem várias irregularidades que não estão sendo

devidamente fiscalizados e punidos por exercer atividade não regulamentada.

1.2 Prova de Registro de Classe

Os engenheiros deveriam passar por um exame de ordem para exercer a

profissão? Pergunta essa formulada por uma enquete exibida no site techné PINI.

Essa enquete encheu de duvidadas, opiniões contra e a favor de um exame

para ingresso no CREA/ CONFEA. Há vários anos essa especulação vem tomando

uma proporção cada vez maior e ganhando seu espaço, sendo ela admirada e

rejeitada.

A admiração que o “tal exame” vem ganhando apresenta sua opinião, dizendo

que seria muito bom que a profissão do engenheiro seja regulamentada por um exame

que obrigaria o aluno realmente a estudar em sua graduação e não ir levando o seu

curso de qualquer maneira sabendo ele que só precisa acabar para pegar o diploma e

então já ser um “engenheiro”.

Mas ao contrário da opinião supracitada alguns comentam que esse exame não

seria uma coisa boa, pois existem vários engravatados dentro do CREA/ CONFEA, que

nunca tiveram experiência em nenhuma área de atuação e que se escondem para a

profissão, e perguntam: “Como seriamos avaliados por pessoas deste tipo? ”.

Em minha opinião deveria sim existir um exame para acesso ao registro do

CREA/ CONFEA, pois essa seria uma chance de nivelamento profissional para todos 4

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os formandos de engenharia, demostrando a capacidade de instrução e o nível de

ensino da universidade em que se formou. Consequentemente as instituições de

ensino se mostraria mais interessadas em capacitar seu corpo de professores levando

mais a sério a formação profissional e intelectual dos seus alunos.

1.3 Resolução 218 e 1010(CONFEA)

Essa resolução é um avanço, ou seja, um marco, na qualificação e a

credibilidade das profissões da área tecnológica.

Trata de uma nova concepção para concessão de atribuição dos profissionais

abrigados no sistema CREA/CONFEA, aprovado em agosto de 2005 e entrou em vigor

em 2007, para substituir a resolução 2018 de 1973 e outras que já não acompanhavam

os surgimentos de novos campos e obrigações de novos profissionais.

A resolução 1010 permite a concessão de atribuição de profissionais em função

de conhecimento adquirido ao longo de sua formação acadêmica, ou seja, a partir do

conhecimento em que profissional adquiri conhecimento de uma determinada área de

sua formação profissional ou curso de graduação. Ele poderá estender seu

conhecimento em curso de pós-graduação, mestrado ou doutorado.

Essa resolução incentiva e valoriza a educação continuada. A diferença entre a

antiga e a nova resolução, constitui uma mudança de paradigma pela 218 ao ingresso,

era concedida as atribuições profissionais de acordo com o seu título profissional com

as devidas restrições, pela resolução 1010.

As atribuições serão concedidas pela sua formação profissional e pelas

competências, não há mais posição de restrições adquiridas.

Na prática a resolução 1010 trouxe de positivo as atribuições que serão

concedidas aos profissionais que tenham competência e que tiveram formação

profissional adequada. Isso significa que um profissional será contratado para executar

um serviço para o qual ele foi preparado e para o qual adquiriu conhecimento e

habilidade, ou seja, para o profissional significa maior flexibilidade no eu processo de

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formação com a possibilidade de agregar conhecimento contínuo em sua capacitação

profissional.

1.4 Atual Situação da Engenharia

1.4.1 No Brasil

A engenharia e todos os seguimentos, tem seu crescimento diretamente

atrelado à economia do país.

O Brasil está em um período de recessão econômica. O PIB não cresce (pelo

contrário, a previsão é de retração), o real está desvalorizado e a taxa de juros não

para de subir. Para completar, a previsão dos economistas sobre o IPCA, a inflação

oficial, já beira os 8,2%, muito acima dos 6,5% definido como teto para o ano de 2015,

segundo Marcel Guimaraes, economista.

Com isso todas as empreses do ramo passa por alguma dificuldade seja ela a

menor que seja, com isso as obriga a diminuir as compras de estoque, pois não tem

demanda de obras para fazer giro de estoque, o resultado de tudo isso é o grande

índice de demissões.

Por isso tem sido comum encontrar grandes engenheiros sendo rebaixado para

garantir um salário muito abaixo do piso da categoria. Em vários estados, engenheiros

estão ocupando vagas de técnicos de edificações, mesmo sendo um erro profissional,

pois a situação do cenário brasileiro se encontra em défice de serviços e empregos na

construção civil.

1.4.2 No Distrito Federal

O Brasil vem enfrentando uma crise que provoca uma grande onda de

demissões na Construção Civil do DF.

“De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal

(Sinduscon-DF), estão entre os principais fatores a recessão econômica do país, a

lentidão na aprovação de novos projetos e o atraso nos pagamentos das obras

contratadas do Programa Minha Casa Minha Vida, do Programa de Aceleração do

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Crescimento (PAC) e do GDF”, diz o portal SINGEDF. A falta de obras está obrigando

as construtoras diminuir o quadro de funcionários.

Segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da

Construção e do Mobiliário de Brasília (STICMB), de janeiro a março de 2015, quase

10 mil trabalhadores foram demitidos na Construção Civil, somente no Distrito Federal.

Em 2014, foram 45 mil homologações.

Foi perguntado para o Engenheiro civil, RENATO FONSECA, formado

recentemente pela Universidade Paulista, trabalha atualmente na empresa COST

PLANEJAMENTO E CONSTRUCÕES, qual seria a maior dificuldade encontrada no

mercado atual no distrito federal para novos empreendedores no ramo da construção?

Foi respondido pelo mesmo:

- A maior dificuldade encontrada está sendo a competição com os empreiteiros,

que além de não pagarem impostos pelos serviços executados, jogam os valores muito

abaixo do mercado, com isso os clientes aproveitando do preço e com a mente ligada

nesta crise não pensam duas vezes antes de aceitar os valores e a falta de garantia

desses serviços.

1.5 Evasão nos cursos de Engenharia

Em 2011, o Brasil deixou de colocar 60,3 mil engenheiros no mercado

de trabalho. Esse foi o número de matriculados em cursos de Engenharia que

abandonou as aulas ao longo da graduação. A alta taxa de evasão, de 56%, tem

aumentado nos últimos anos e é um dos fatores que contribuem para o déficit de

profissionais no país, principalmente no setor público.

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Gráfico 1 – Taxa de vasão do curso de Engenharia no Brasil, até 2011.

Fonte: portal da industria

O professor do curso de Mecânica do Campus São Paulo, Roaldo Tonhon Filho,

autor do livro “Ensino superior & mercado de trabalho - engenheiros no Brasil’, aborda

a falta de qualidade no ensino superior, especificamente nos cursos tecnológicos, e a

grande dificuldade encontrada pelos candidatos nos respectivos cursos, pois falta

preparação antes da faculdade.

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Gráfico 2 - Causas da evasão e porcentagens dos alunos evadidos do curso de Engenharia de Alimentos, entre 2010 a 2013.

Fonte: UTFPR/Câmpus Medianeira, 2014.

Gráfico 3 - Causas da evasão e porcentagens dos alunos evadidos do curso de Engenharia Ambiental, entre 2010 a 2013.

Fonte: UTFPR/Câmpus Medianeira, 2014.

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Gráfico 4 - Causas da evasão e porcentagens dos alunos evadidos do curso de Engenharia de Produção, entre 2010 e 2013

Fonte: UTFPR/Câmpus Medianeira, 2014.

Gráfico 5 - Causas da evasão e porcentagens dos alunos evadidos do curso de Engenharia Elétrica, entre 2010 a 2013

Fonte: UTFPR/Câmpus Medianeira, 2014.

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Todos os gráficos apresentados não se distinguem em relação ao maior ponto

de evasão dos cursos de engenharia. Simplesmente as dificuldades em disciplinas de

ciências exatas são as maiores causas de desistência dos cursos de engenharia.

O professor doutor da USP, Fernando Micali, explica por que evasão é grande

nos cursos de engenharia. Segundo ele, “é preciso falar a linguagem das novas

gerações’’. O professor critica o sistema das escolas em aprovação e reprovação,

nesta pauta ele pergunta - “Se há demanda, onde está o problema: no aluno ou na

escola? ”.

Segundo o especialista, que atualmente se dedica ao desenvolvimento de

softwares para ajudar na retenção dos alunos por parte das escolas, o primeiro passo é

entender para quem se está ensinando. “A geração atual tem o seguinte perfil: não

utiliza manual, prefere a tentativa e erro; tem dificuldade em planejar, prefere o

improviso; é multiprocessada e totalmente familiarizada com a tecnologia; tem

necessidade de ter voz ativa e repudia o autoritarismo. Quem não perceber isso, não

obtém o diálogo. Então, o grande desafio, hoje, é estabelecer uma comunicação para

essas inteligências múltiplas. Caso contrário, como escreveu Rubem Alves, em seu

livro Histórias de quem gosta de ensinar, o professor estará agindo como um Gepetto

ao contrário: transformando gente em boneco de madeira”, diz Fernando Micali.

1.5.1 MEC e universidades estudam planos para combater evasão (artigo

publicado pela editora IG educação)

Independentemente do tipo de universidade, os números são considerados altos

pela pasta. Em 2010, último dado do MEC, o índice nas públicas era de 13,2%. Nas

privadas, 15,6%.

Uma das medidas, consideradas das mais importantes, é oferecer apoio aos

estudantes no início dos cursos. Mais do que simples decepção com a carreira

escolhida, a falta de condições – financeiras ou acadêmicas – para acompanhar o ritmo

das aulas leva os universitários a desistirem do ensino superior.

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“As causas são múltiplas. O importante é não deixar que um aluno pare de

estudar por falta de condições. Precisamos ampliar a assistência e também criar

programas de monitoria, especialmente no primeiro ano, quando muitos têm

dificuldades nas disciplinas básicas”, afirma o ex-secretário de Educação Superior, Luiz

Cláudio Costa, que recém assumiu a presidência do Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais (Inep).

Na Universidade de Brasília (UnB), o acordo feito com o MEC para garantir a

expansão da instituição pelo Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais 

(Reuni) incluiu a realização de um estudo minucioso sobre evasão. O pacto

estabelecido com o ministério é ousado, como ressalta a diretora de Acompanhamento

e Integração Acadêmica, Cláudia Garcia. Até 2017, a taxa de conclusão de cursos tem

de chegar a 90%.

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Page 13: RESUMO TRBALHO

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BIBLIOGRAFIA

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPE. 4.ed. 1996. Recife. Anais eletrônico.

Recife: UFPE, 1996. em: < https://www.ufpe.br/propesq/images/conic/2011/ANAIS.swf >.

Acesso em 11 nov 15.

ARTIGO SOBRE ENGENHEIROS RECEM FORMADOS, PROVA DE ORDEM,<

http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/119/artigo287424-1.aspx, > acesso 18 out 15.

ARTIGO SOBRE CRISE ECONÔMICA BRASILEIRA,

<http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/negocios/crise-

economica-brasileira-tambem-ja-atinge-empresas-de-arquitetura-e-347868-1.aspx > ACESSO

19 out 15.

TONHON, R. F, Ensino Superior & Mercado de Trabalho Engenheiros no Brasil -

Engenheiro Metalurgista formado pela FEI<http://www.cimentoitambe.com.br/reter-alunos-de-

engenharia-e-mais-dificil-do-que-captar/> ACESSO EM 09 nov 15.

DISTRITO FEDERAL. Inep. Ministério da Educação e Cultura. Índice da Educação Brasileira. Brasilia, 2013.

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