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30 Abril 2015 Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca Sessão Clínica – Serviço de Ginecologia Tratamento Conservador do Cancro da Mama Bruna Ambrósio Responsável: Dra. Helena Gaspar - Unidade de Senologia - Diretora de Departamento: Dra. Antónia Nazaré Diretor de Serviço: Dr. Silva Pereira

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30 Abril 2015

Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca

Sessão Clínica – Serviço de Ginecologia

Tratamento Conservador do Cancro

da Mama

Bruna Ambrósio

Responsável: Dra. Helena Gaspar

- Unidade de Senologia -

Diretora de Departamento: Dra. Antónia Nazaré

Diretor de Serviço: Dr. Silva Pereira

1. Unidade Integrada de Senologia

2. Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

3. Casos Clínicos

Sumário:

1. Unidade Integrada de Senologia

Unidade Integrada de Senologia

Consulta de Senologia – desde 1996 (Dra. Antónia Nazaré)

1999 Unidade Integrada de Senologia

Desde 2005 (Dra. Helena Gaspar)

Dra. Antónia Nazaré

Dra. Margarida Coiteiro

Dra. Marta Marum

Unidade Integrada de Senologia

Área de influência:

População estimada 600000 hab.

52 % do sexo ♀

Cuidados de Saúde Primários (28 UCSP/USF)

Organização:

Equipa multidisciplinar

Identificação dos serviços

Chefia

Reuniões multidisciplinares

Protocolos

Programa de formação

Unidade Integrada de Senologia

Unidade Integrada de

Senologia

Ginecologia

Imagiologia

Anatomia Patológica

Medicina Física e de

Reabilitação

Radioterapia

Cirurgia Plástica

Psiquiatria

Oncologia

Equipa Multidisciplinar

Referenciação:

Cuidados de Saúde Primários (Alert ou direta via telefone)

Serviço de Ginecologia ou outros Serviços do HFF (referenciação

médica interna)

Unidade Integrada de Senologia

Consulta de Senologia Ginecologia

História clínica e exame físico

Exames complementares de diagnóstico

Exames de estadiamento

Follow-up

Unidade Integrada de Senologia

Consulta de Senologia Ginecologia

Unidade Integrada de Senologia

Diagnóstico Cancro da Mama

Imagiologia Anatomia Patológica

Ecografia mamária + mamografia

Biópsias dirigidas (ecografia/estereotaxia)

PAAF

Confirmação diagnóstica

SEMPRE!!!

Unidade Integrada de Senologia

Imagiologia Anatomia Patológica

Ginecologia Oncologia

Reunião Multidisciplinar

Periodicidade semanal

Registos em livro de ata

Cirúrgico (conservador ou radical)

Médico:

QT (neoadjuvante/adjuvante)

RT

HT

Ac’s

Unidade Integrada de Senologia

Imagiologia Anatomia Patológica

Ginecologia

Oncologia

Tratamento Cirurgia Plástica

Radioterapia Marcação com arpão

RX peça operatória

Margens

GG sentinela

Classificação

Estudo imuno-histoquímico

RE, RP

CerB2

Ki67

Estadiamento TNM

Margens cirúrgicas

Unidade Integrada de Senologia

Peça cirúrgica

Anatomia Patológica

Terapêutica posterior

N.º Consultas

Unidade Integrada de Senologia

Casuística da Unidade

843 773 775 1020 951

3268 2870

2708

3533

2940

2010 2011 2012 2013 2014

1ras Subsq.

Ano 1ras Subsq.

2010 843 3268

2011 773 2870

2012 775 2708

2013 1020 3533

2014 951 2940

Total: 15319

Total: 7630

Unidade Integrada de Senologia

167

124

149

95

122

2010 2011 2012 2013 2014

N.ºCancros Mama Diagnosticados

Casuística da Unidade

Ano N.

2010 167

2011 124

2012 149

2013 95

2014 122

Total: 657

Unidade Integrada de Senologia

127

96 85

77 72

152

120

157

120 127

2010 2011 2012 2013 2014

Benigna Maligna

N.º de Cirurgias

Casuística da Unidade

Ano Benigna Maligna

2010 127 152

2011 96 120

2012 85 157

2013 77 120

2014 72 127

Total: 676

Total: 457

Unidade Integrada de Senologia

53 55

53

59 60

47 45 47 41 40

2010 2011 2012 2013 2014

Conservadora Radical

Mama

Tipo Cirurgia MAMA

Casuística da Unidade

Ano Total Conservadora % Radical %

2010 152 81 53 71 47

2011 120 66 55 54 45

2012 157 82 53 74 47

2013 120 71 59 49 41

2014 127 76 60 51 40

Total: 299

Total: 376

Unidade Integrada de Senologia

11

32 31

56 61

89

68 69

44 39

2010 2011 2012 2013 2014

Conservadora Radical

Tipo Cirurgia AXILA

Casuística da Unidade

Ano Total Conservadora % Radical %

2010 136 15 11 121 89

2011 99 32 32 68 68

2012 118 37 31 81 69

2013 80 45 56 35 44

2014 100 61 61 39 39

Total: 344

Total: 190

Unidade Integrada de Senologia

13 4 8

13 16

87 96

92 87 84

2010 2011 2012 2013 2014

Imediata Diferido

Cirurgia Reconstrutiva

Casuística da Unidade

Ano Total Imediata % Diferido %

2010 77 10 13 67 87

2011 82 3 4 79 96

2012 80 6 8 74 92

2013 78 10 13 68 87

2014 99 16 16 83 84

Total: 371

Total: 45

2. Evolução do Tratamento

Cirúrgico do Cancro da Mama

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Séc. XVI - XIX

Mastectomia

+

Dissecção Axilar

Séc. XX (1887)

Mastectomia

Radical de

Halsted

- Mastectomia Total

- Ressecção dos músculos peitorais

- Dissecção axilar dos 3 níveis de Berg

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Mastectomia Radical

Modificada de Patey

Mastectomia Total

Preserva músc grande peitoral

Dissecção axilar 3 níveis de Berg

1948 1953

Mastectomia Radical

Modificada de Madden

Mastectomia Total

Preserva músc peitorais

Dissecção axilar 3 níveis de Berg

Cirurgia Conservadora Mama

(Veronesi e Fisher)

Tumorectomia

Radioterapia

Dissecção axilar níveis 1 e 2 de Berg

1986

Cirurgia Conservadora da Mama

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Margens de segurança

Cirurgia Conservadora da Mama Margens de segurança

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Cirurgia Conservadora da Mama

Margens de segurança

Marcação pré-operatória das lesões infra-clínicas (estereotaxia/ecografia)

Orientação e referenciação da peça operatória

Radiografia da peça operatória

Marcação do leito de tumorectomia com mínimo de 5 clips

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Cirurgia Conservadora da Mama – CONTRA INDICAÇÕES:

Carcinoma inflamatório,

Contraindicações à radioterapia,

Multicentricidade,

Microcalcificações difusas extensas,

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Envolvimento cutâneo (T4),

Relação tamanho T/tamanho M,

Margens persistentemente positivas,

BRCA 1 e 2 positivo.

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

1990

Cirurgia Conservadora Axila

(Veronesi)

Gânglio Sentinela

1º gânglio, de uma determinada região linfática, que

recebe a drenagem proveniente de um tumor primário.

95% - Axila

Cirurgia Conservadora da Axila – GÂNGLIO SENTINELA:

Técnicas de deteção:

Rádioisótopos (99Tc)

Azul patente

Fluorescência com verde de indocianina

Localização magnética

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

DUPLA TÉCNICA

Cirurgia Conservadora da Axila – GÂNGLIO SENTINELA:

Indicações:

Carcinoma invasivo

T1 e T2 com axila “clinicamente negativa”

CDIS

Indicação para mastectomia

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Cirurgia Conservadora da Axila – GÂNGLIO SENTINELA:

Contraindicações:

Axila positiva

Carcinoma inflamatório

Cirurgia ou RT axilar prévia

Carcinoma localmente avançado

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Cirurgia Conservadora da Axila – GÂNGLIO SENTINELA:

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Negativo Positivo

Macrometástase (≥ 2 mm)

Micrometástase (>0,2 mm <2 mm)

ITC (Isolated Tumoral Cells) (< 0,2 mm)

Cirurgia Conservadora da Axila – GÂNGLIO SENTINELA +:

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

1

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

1996

Cirurgia Oncoplástica

Tumorectomia por acessos de baixa visibilidade

Tumorectomia com remodelação mamária

Mastectomias orientadas para reconstrução

Retalhos músculo-cutâneos

Implantes mamários

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Tumorectomia por acessos de baixa visibilidade (Scarless):

Tumorectomia por acessos de baixa visibilidade (Scarless):

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Tumorectomia com remodelação mamária (Oncoplastia):

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Tumorectomia com remodelação mamária (Oncoplastia):

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Tumorectomia com remodelação mamária (Oncoplastia):

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Mastectomias orientadas para reconstrução (poupadora de pele):

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

Mastectomias orientadas para reconstrução (poupadora de pele e mamilo):

Evolução do Tratamento Cirúrgico do Cancro da Mama

3. Casos Clínicos

Caso Clínico 1

♀ 62 anos

Antecedentes Pessoais:

Bronquite asmática e dislipidémia medicada,

Menarca 13 anos; IO: 1001, PTE aos 26 anos, não amamentou,

Menopausa 50 anos, fez THS durante 2 anos.

Antecedentes Familiares:

Irrelevantes.

Caso Clínico 1

Motivo de consulta: nódulo da mama direita de aparecimento recente.

Mamografia: SD BI-RADS 3 (2 nódulos adjacentes de 17 e 12 mm heterógenos na UQS)

SE BI-RADS 2

Observação: nódulo duro supra areolar, irregular com 1,5cm.

Biópsia eco guiada: “... carcinoma invasivo G2...”

Caso Clínico 1

RMN mamária: “… área de

hipersinal areolar superior na mama

direita com 31 x 22mm … …”

Ecografia axila: sem alterações

Reunião Multidisciplinar: proposta cirurgia oncoplástica.

Caso Clínico 1

Tumorectomia alargada do QSI SD (margens negativas)

GG sentinela (2 negativos)

Mamoplastia bilateral

Caso Clínico 1

DH: carcinoma invasivo de 21 mm, G2, margem supero-interna positiva

carcinoma ductal in situ, G2, margens negativas

GG sentinela negativos

RE 90%, RP 50%, C-erb 2 + (SISH negativo)

Caso Clínico 1

Caso Clínico 1

Alargamento supero-interno

DH: sem tecido de neoplasia.

Caso Clínico 1

Oncologia 2 semanas 4 semanas

RT + HT adjuvante

Caso Clínico 1

Oncologia

Caso Clínico 2

♀ 36 anos

Antecedentes Pessoais:

Menarca 11 anos; IO: 2011, amamentou, MAC: CHC

Quisto do ovário operada há 5 anos

Antecedentes Familiares:

Mãe e irmã falecidas com neoplasia do pulmão (mutação gene STK11)

Caso Clínico 2

Motivo de consulta: MICs dismórficas na mama direita.

Mamografia: SD BI-RADS 4B

SE BI-RADS 2

Ecografia mamária: formação sólida heterogénea de contornos irregulares com 13x9mm.

Observação: empastamento na UQS da mama direita.

Biópsia estereotaxia: “... carcinoma invasivo G2, com carcinoma intraductal focal...”

Caso Clínico 2

RMN mamária: “… nódulo único

de 19 x 18mm no QSID…”

Ecografia axila: sem alterações

Caso Clínico 2

Tumorectomia alargada do QSI SD com marcação com arpão

GG sentinela (negativo)

Oncoplastia com reconstrução e mastopexia contra-lateral

RX da peça operatória: remoção da totalidade das MICs assinaladas.

Reunião Multidisciplinar: proposta cirurgia oncoplástica.

DH: carcinoma invasivo de 13 mm, G3.

componente intraductal presente em 10 a 15% da neoplasia

Margens negativas

GG sentinela positivo (células tumorais isoladas)

RE 80%, RP 100%, Ki67 20%, C-erb 2 negativo

Caso Clínico 2

Caso Clínico 2

Oncologia 2 semanas 4 semanas

QT + RT + HT adjuvantes

Caso Clínico 2

Oncologia

Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca

Sessão Clínica – Serviço de Ginecologia

Tratamento Conservador do

Cancro da Mama

Obrigada!