nÓdulos vocais: uma anÁlise histopatolÓgica objetivo

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Revisão bibliográfica realizada em agosto de 2020, a partir de artigos obtidos nas bases de dados PubMed e Scielo, e da literatura ‘Junqueira e Carneiro - Histologia Básica’. Os nódulos vocais são a lesão mais comum nessa topo grafia, sendo seu estudo extremamente relevante. O tratamento, como reportado na literatura, inclui repouso vocal, fonoaudiologia e microcirurgia laríngea. NÓDULOS VOCAIS: UMA ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA . SILVA, Alexia R.; AGULHAM, Anelyse P.; MATTAR, Beatriz A.; ANDRETTA Giulli; STACHEVSKI, Isabela; BOEING, Lorena B.; FOGAÇA, Natalie S.; COLLAÇO, Luiz M. Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná OBJETIVO RESULTADOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Por acometer a camada superficial da lâmina propria da mucosa das pregas vocais, a presença de nódulos no local interfere nas características vibratórias da fonação o que acarreta em ruídos durante a fala. Revisar anatômica e histologicamente a laringe e as pregas vocais, assim como demonstrar seu perfil quando acometidas por nódulos vocais, descrevendo sua histopatologia. CIELO, C. A. et al. Lesões organofuncionais do tipo nódulos, pólipos e edema de Reinke. Revista CEFAC. São Paulo, v. 13, n. 4, p. 735–748, Ago. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462011000400018. Acesso em: 20 Out. 2020. LANCER, J. M. et al. Vocal cord nodules: a review. Clinical otolaryngology and allied sciences. Sheffield, v. 13, n. 1, p. 43–51, Fev. 1988. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1365- 2273.1988.tb00280.x?sid=nlm%3Apubmed. Acesso em 19 Out. 2020. MARTINS, R. H., et al. Vocal fold nodules: morphological and immunohistochemical investigations. Journal of voice: oficial journal of the Voice Foundation. São Paulo, v. 24, n. 5, p. 531–539, 2010. Disponível em: https://www.jvoice.org/article/S0892-1997(09)00007-1/fulltext. Acesso em: 19 Out. 2020. NUNES, Raquel Buzelin et al. Diagnóstico clínico e análise histológica de nódulos e pólipos vocais. Braz. j. otorhinolaryngol. São Paulo, v. 79, n. 4, p. 434-440, 2013. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-86942013000400007&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 20 Out. 2020. SIMÕES, Fábio Antunes. Pólipos e Nódulos das Cordas Vocais. 2019. 19f. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina, Clínica Universitária de Otorrinolaringologia, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2019. CS CI CP Imagem 1. Prega vocal sem alterações e as camadas da lâmina própria. Hematoxilina- eosina (H-E), médio aumento. O uso vocal inadequado pode originar nódulos vocais, massas benignas de tecido edematoso e/ou fibras colágenas, de etiologia fonotraumática. Sua força atinge a lâmina própria ao nível da camada superficial. Assim, lesões podem limitar a elasticidade das cordas e seu processo de remodelação tissular, devido à perda de components ricos em ácido hialurônico e aumento do depósito de fibronectina, respectivamente. Além disso, o movimento oposicional brusco frequente ocasiona edema localizado e, por hialinização e fibrose, pode enrijecer a região, levando a disfonia. A laringe é constituida pelas pregas vocais, que unem-se e vibram para produção de som na fonação. Ela é formada por um esqueleto cartilaginoso e revestida por mucosa com presença de epitélio respiratório, exceto na região das pregas vocais verdadeiras, que são formadas por epitélio escamoso mole, o qual confere proteção à mucosa subjacente do movimento de ar. Essas pregas possuem um eixo de tecido conjuntivo elástico e uma mucosa com capacidade de movimentação intensa e harmonica durante a fonação. A lâmina própria da mucosa é dividida nas camadas superficial (CS), intermediária (CI) e profunda (CP). Estroma fibrótico Estroma edematoso METODOLOGIA DISCUSSÃO CONCLUSÃO Estroma fibrótico com capilares distendidos Fonte: HistologyGuide Imagens. Lesões cobertas por epitélio escamoso com aumento basal e parabasal. Poucas mitoses, atipia ausente. Membrana basal engrossada. H-E, 40x Fonte: Zidar N. (2016)

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Page 1: NÓDULOS VOCAIS: UMA ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA OBJETIVO

Revisão bibliográfica realizada em agosto de 2020,a partir de artigos obtidos nas bases de dadosPubMed e Scielo, e da literatura ‘Junqueira e Carneiro- Histologia Básica’.

Os nódulos vocais são a lesão mais comum nessa topografia, sendo seu estudo extremamente relevante. Otratamento, como reportado na literatura, incluirepouso vocal, fonoaudiologia e microcirurgialaríngea.

NÓDULOSVOCAIS:UMAANÁLISEHISTOPATOLÓGICA

.

SILVA,AlexiaR.;AGULHAM,AnelyseP.;MATTAR,BeatrizA.;ANDRETTA Giulli; STACHEVSKI,Isabela;BOEING,LorenaB.; FOGAÇA,NatalieS.;COLLAÇO,LuizM.

FaculdadeEvangélicaMackenziedoParaná

OBJETIVO

RESULTADOS

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

Por acometer a camada superficial da lâmina propria damucosa das pregas vocais, a presença de nódulos nolocal interfere nas características vibratórias da fonaçãoo que acarreta em ruídos durante a fala.

Revisar anatômica e histologicamente a laringe e aspregas vocais, assim como demonstrar seu perfilquando acometidas por nódulos vocais, descrevendosua histopatologia.

• CIELO, C. A. et al. Lesões organofuncionais do tipo nódulos, pólipos e edema de Reinke. Revista CEFAC. SãoPaulo, v. 13, n. 4, p. 735–748, Ago. 2011. Disponível em:https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462011000400018. Acesso em: 20 Out.2020.

• LANCER, J. M. et al. Vocal cord nodules: a review. Clinical otolaryngology and allied sciences. Sheffield, v. 13, n.1, p. 43–51, Fev. 1988. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1365-2273.1988.tb00280.x?sid=nlm%3Apubmed. Acesso em 19 Out. 2020.

• MARTINS, R. H., et al. Vocal fold nodules: morphological and immunohistochemical investigations. Journal ofvoice: oficial journal of the Voice Foundation. São Paulo, v. 24, n. 5, p. 531–539, 2010. Disponível em:https://www.jvoice.org/article/S0892-1997(09)00007-1/fulltext. Acesso em: 19 Out. 2020.

• NUNES, Raquel Buzelin et al. Diagnóstico clínico e análise histológica de nódulos e pólipos vocais. Braz. j.otorhinolaryngol. São Paulo, v. 79, n. 4, p. 434-440, 2013. Disponível emhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-86942013000400007&lng=en&nrm=iso.Acesso em: 20 Out. 2020.

• SIMÕES, Fábio Antunes. Pólipos e Nódulos das Cordas Vocais. 2019. 19f. Tese (Doutorado) - Curso de Medicina,Clínica Universitária de Otorrinolaringologia, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2019.

CSCICP

Imagem1. Pregavocalsem alteraçõeseascamadasda lâminaprópria.Hematoxilina-eosina(H-E),médioaumento.

O uso vocal inadequado pode originar nódulos vocais,massas benignas de tecido edematoso e/ou fibrascolágenas, de etiologia fonotraumática. Sua força atingea lâmina própria ao nível da camada superficial. Assim,lesões podem limitar a elasticidade das cordas e seuprocesso de remodelação tissular, devido à perda decomponents ricos em ácido hialurônico e aumento dodepósito de fibronectina, respectivamente. Além disso,o movimento oposicional brusco frequente ocasionaedema localizado e, por hialinização e fibrose, podeenrijecer a região, levando a disfonia.

A laringe é constituida pelas pregas vocais, queunem-se e vibram para produção de som na fonação.Ela é formada por um esqueleto cartilaginoso erevestida por mucosa com presença de epitéliorespiratório, exceto na região das pregas vocaisverdadeiras, que são formadas por epitélio escamosomole, o qual confere proteção à mucosa subjacentedo movimento de ar. Essas pregas possuem um eixode tecido conjuntivo elástico e uma mucosa comcapacidade de movimentação intensa e harmonicadurante a fonação. A lâmina própria da mucosa édividida nas camadas superficial (CS), intermediária(CI) e profunda (CP).

Estromafibrótico

Estromaedematoso

METODOLOGIA

DISCUSSÃO CONCLUSÃO

Estromafibrótico comcapilares

distendidos

Fonte: HistologyGuide

Imagens. Lesões cobertas por epitélio escamoso comaumento basal e parabasal. Poucas mitoses, atipiaausente. Membrana basal engrossada. H-E, 40x

Fonte: Zidar N. (2016)