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A classificação TI-RADS é realmente útil? Professor Adjunto de Radiologia Univ. Federal de Uberlândia Tulio A. A. Macedo Universidade Federal de Uberlândia

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A classificação TI-RADS é realmente útil?

Professor Adjunto de Radiologia

Univ. Federal de Uberlândia

Tulio A. A. Macedo

Universidade Federal de Uberlândia

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TI-RADS

• Histórico

– Necessidade de padronização de conduta

– Padronização de nomenclatura dos achados

– Classificação de acordo com a probabilidade de câncer

– BI-RADS

– Início em 2009

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TI-RADS

• Histórico

– Necessidade de padronização de conduta

– Padronização de nomenclatura dos achados

– Classificação de acordo com a probabilidade de câncer

– BI-RADS

– Início em 2009

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TI-RADS – Critérios iniciais

Horvath E. et al. J Clin Endocrinol Metab. 2009 May;94(5):1748-51

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Reprodutibilidade do TI-RADS inicial

Friedrich-Rust M, Meyer G, Dauth N, et al. Hendrikse J, ed. PLoS ONE. 2013;8(10):e77927.

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Modelo matemático para TI-RADS

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Propostas de melhoria da classificação

Kwak JY et al. Radiology. 2011 Sep;260(3):892-9.

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Análise uni e multivariada

Kwak JY et al. Radiology. 2011 Sep;260(3):892-9.

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Probabilidade de câncer de acordo com o número de variáveis

Kwak JY et al. Radiology. 2011 Sep;260(3):892-9.

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TI-RADSCategorias

• 1 – Negativo (exame normal)

• 2 – Benigno

• 3 – Provavelmente benigno

• 4 – Suspeito para malignidade– 4a: baixa suspeição para malignidade

– 4b: suspeição intermediária para malignidade

– 4c: alta suspeição, mas ainda não clássica para malignidade

• 5 – Fortemente suspeito para malignidade

• 6 - Diagnóstico já confirmado por citologia

TI-RADS 1 2 3 4a 4b 4c 5

Risco de malignidade (%)

0 0 1,7 3,3 9,2 44 a 72 88

Kwak JY et al. Radiology. 2011 Sep;260(3):892-9.

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TI-RADSCinco sinais maiores de suspeição

• - conteúdo sólido (não misto)

• - nódulo significativamente hipoecoico

• - microcalcificações

• - margens irregulares

• - mais alto do que largo

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TI-RADSCinco sinais maiores de suspeição

• - conteúdo sólido (não misto)

• - nódulo significativamente hipoecoico

• - microcalcificações

• - margens irregulares

• - mais alto do que largo

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TI-RADSCinco sinais maiores de suspeição

• - conteúdo sólido (não misto)

• - nódulo significativamente hipoecoico

• - microcalcificações

• - margens irregulares

• - mais alto do que largo Kwak JY et al. Radiology. 2011 Sep;260(3):892-9.

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TI-RADSCinco sinais maiores de suspeição

• - conteúdo sólido (não misto)

• - nódulo significativamente hipoecoico

• - microcalcificações

• - margens irregulares

• - mais alto do que largoKwak JY et al. Radiology. 2011 Sep;260(3):892-9.

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TI-RADS4 e 5

• TI-RADS 4a – um sinal maior

• TI-RADS 4b – dois sinais maiores

• TI-RADS 4c – 3 ou 4 sinais maiores

• TI-RADS 5 – cinco sinais maiores

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TI-RADS3

• nódulos isoecoicos ou hiperecoicos na ausência dos cinco sinais maiores de suspeição

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TI-RADS2

• Lagos coloides com focos hiperecoicos com ou sem artefatos em “cauda de cometa”

• Lesões císticas espongiformes• Nódulos “White Knight”• Macrocalcificações isoladas• Tireoidite subaguda típica

(lesões hipoecoicas, múltiplas, em contexto de dor à palpação e tireotoxicose)

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TI-RADS2

• Lagos coloides com focos hiperecoicos com ou sem artefatos em “cauda de cometa”

• Lesões císticas espongiformes• Nódulos “White Knight”• Macrocalcificações isoladas• Tireoidite subaguda típica

(lesões hipoecoicas, múltiplas, em contexto de dor à palpação e tireotoxicose)

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TI-RADS2

• Lagos coloides com focos hiperecoicos com ou sem artefatos em “cauda de cometa”

• Lesões císticas espongiformes• Nódulos “White Knight”• Macrocalcificações isoladas• Tireoidite subaguda típica

(lesões hipoecoicas, múltiplas, em contexto de dor à palpação e tireotoxicose)

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TI-RADS2

• Lagos coloides com focos hiperecoicos com ou sem artefatos em “cauda de cometa”

• Lesões císticas espongiformes• Nódulos “White Knight”• Macrocalcificações isoladas• Tireoidite subaguda típica

(lesões hipoecoicas, múltiplas, em contexto de dor à palpação e tireotoxicose)

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TI-RADS2

• Lagos coloides com focos hiperecoicos com ou sem artefatos em “cauda de cometa”

• Lesões císticas espongiformes• Nódulos “White Knight”• Macrocalcificações isoladas• Tireoidite subaguda típica

(lesões hipoecoicas, múltiplas, em contexto de dor à palpação e tireotoxicose)

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TI-RADSCategorias - Revisão

• 1 – Normal

• 2 – Benigno

– Cistos, lesões espongiformes, nódulo “white knight”, calcificações isoladas

• 3 – Provavelmente benigno

– Nódulos que não possuem critérios maiores de suspeição

• 4 e 5 - Suspeitos

– Apresentam de 1 a 5 critérios maiores de suspeição

• - conteúdo sólido (não misto)

• - nódulo significativamente hipoecoico

• - microcalcificações

• - margens irregulares

• - mais alto do que largo

• 6 - Diagnóstico já confirmado por citologia

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Caso 1

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Caso 1

• Qual a categoria do TI-RADS desse nódulo?• A) 2• B) 3• C) 4a• D) 4b• E) 4c

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Caso 1

• Qual a categoria do TI-RADS desse nódulo?• A) 2• B) 3• C) 4a• D) 4b• E) 4c

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TI-RADSCategorias - Revisão

• 1 – Normal

• 2 – Benigno

– Cistos, lesões espongiformes, nódulo “white knight”, calcificações isoladas

• 3 – Provavelmente benigno

– Nódulos que não possuem critérios maiores de suspeição

• 4 e 5 - Suspeitos

– Apresentam de 1 a 5 critérios maiores de suspeição

• - conteúdo sólido (não misto)

• - nódulo significativamente hipoecoico

• - microcalcificações

• - margens irregulares

• - mais alto do que largo

• 6 - Diagnóstico já confirmado por citologia

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Nódulo “White Knight”

• Nódulo hiperecoico em um parênquima tireoideo difusamente hipoecoico, geralmente por tireoidite crônica.

• Esses nódulos são geralmente benignos, sem riscos de maliginidade.

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Caso 2

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Caso 2

• Qual a categoria do TI-RADS desse nódulo?• A) 3• B) 4a• C) 4b• D) 4c• E) 5

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Caso 2

• Qual a categoria do TI-RADS desse nódulo?• A) 3• B) 4a• C) 4b• D) 4c• E) 5

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Caso 3

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Caso 3

• Qual a categoria do TI-RADS desse nódulo?• A) 3• B) 4a• C) 4b• D) 4c• E) 5

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Caso 3

• Qual a categoria do TI-RADS desse nódulo?• A) 3• B) 4a• C) 4b• D) 4c• E) 5

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Caso 4

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Caso 4

• Qual a categoria TI-RADS dos nódulos menor e maior, respectivamente?

• A) 3 e 4a• B) 4a e 3• C) 4a e 4a• D) 4b e 4a• E) 4b e 4b

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Caso 4

• Qual a categoria TI-RADS dos nódulos menor e maior, respectivamente?

• A) 3 e 4a• B) 4a e 3• C) 4a e 4a• D) 4b e 4a• E) 4b e 4b

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Caso 5

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Caso 5

• Qual a categoria TI-RADS do nódulo apontado nessas imagens?

• A) 2• B) 3• C) 4a• D) 4b• E) 4c

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Caso 5

• Qual a categoria TI-RADS do nódulo apontado nessas imagens?

• A) 2• B) 3• C) 4a• D) 4b• E) 4c

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Críticas ao TI-RADS

• Não existe ainda consenso sobre a classificação.• Alguns autores sugerem que a presença de

linfonodomegalia determinaria maior suspeição para malignidade.

• Ausência de léxico e falta de padronização dos achados ultrassonográficos.

• Ainda não é capaz de padronizar a conduta.• As dimensões não constituem critério para classificação• A classificação está baseada apenas na ultrassonografia,

não considerando outras modalidades diagnósticas, tais como o PET-CT e a cintilografia.

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