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1 Entendendo o Meio Ambiente Entendendo o Meio Ambiente Entendendo o Meio Ambiente Entendendo o Meio Ambiente Entendendo o Meio Ambiente Volume I Volume I Volume I Volume I Volume I Tratados e Organizações Internacionais em matéria de Meio Ambiente 2ª edição com alterações GOVERNO DO ESTADO GOVERNO DO ESTADO GOVERNO DO ESTADO GOVERNO DO ESTADO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO DE SÃO PAULO São Paulo Ambiente do Meio Secretaria

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Tratados e Organizações Internacionais em matéria de Meio Ambiente

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Entendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio AmbienteEntendendo o Meio Ambiente

Volume IVolume IVolume IVolume IVolume I

Tratados e OrganizaçõesInternacionais em matéria

de Meio Ambiente

2ª edição com alterações

GOVERNO DO ESTADOGOVERNO DO ESTADOGOVERNO DO ESTADOGOVERNO DO ESTADOGOVERNO DO ESTADO

DE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULODE SÃO PAULO

São

Pau

lo

Ambiente

do Meio

Secretaria

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Entendendo o Meio Ambiente – Volume I

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Ficha CatalográficaFicha CatalográficaFicha CatalográficaFicha CatalográficaFicha Catalográfica(preparada pelo Setor de Biblioteca da CETESB)

S 2 4 2 e São Paulo (Estado). Secretaria de Estado do Meio Ambiente.Entendendo o meio ambiente / Coordenação geral [do]

Secretário de Estado do Meio Ambiente de São Paulo FabioFeldmann. - - São Paulo: SMA, 1997.

8 v.; 22cm

Conteúdo: v. 1. Tratados e organizações internacionais emmatéria de meio ambiente. 33 p. - - v.2. Convenção da biodiversi-dade. 47 p. - - v.3. Convenção de RAMSAR: sobre zonas úmidasde importância internacional, especialmente como habitat deaves aquáticas. 23 p. - - v.4.Convenção CITES: convenção sobreo comércio internacional das espécies da fauna e da flora selva-gens em perigo de extinção. 69 p. - - v.5. Convenção de Vienapara a proteção da camada de ozônio e protocolo de Montrealsobre substâncias que destroem a camada de ozônio. 71 p. --v.6. Convenção sobre mudança do clima. 50 p. - - v.7. Convençãoda Basiléia sobre o controle de movimentos transfronteiriços deresíduos perigosos e seu depósito. 62 p. - - v.8. CooperaçãoInternacional. 35 p.

1. Biodiversidade 2. Controle da poluição ambiental 3. Gestãoambiental - programas 4. Meio Ambiente - preservação I. Título

CDD (18.ed.) 614 . 7CDU (2.ed. med. port.) 504 . 064

Tiragem: 1.000 exemplares

Impresso no Brasil - Printed in Brazil

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Tratados e Organizações Internacionais em matéria de Meio Ambiente

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ÍNDICE

I - ApresentaçãoII - Tratados e Conferências Internacionais sobre matériaambientalA. Tratados AmbientaisA.1. Quadro GeralB. Principais Conferências Internacionais sobre o MeioAmbiente e Documentos ResultantesB.1. Conferência das Nações Unidas sobre o Meio AmbienteHumano e Documentos Resultantes - Estocolmo 1972B.2. Conferência das Nações Unidas sobre o MeioAmbiente e Desenvolvimento e Documentos Resultantes– Rio de Janeiro (1992)III - Organizações Internacionais com atuação na áreaambientalA - Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS)– Commission on Sustainable DevelopmentB. PNUMA (ou UNEP) - Programa das Nações Unidaspara o Meio AmbienteC - Conselho Consultivo de Alto Nível sobre DesenvolvimentoSustentável (High Level Advisory Board on SustainableDevelopment) e Comitê Inter-Agências sobreDesenvolvimento SustentávelD - FAO (Food and Agriculture Organization) - Organizaçãodas Nações Unidas para a Alimentação e a AgriculturaE- WHO (World Health Organization) - Organização Mundialde SaúdeF- IAEA (International Atomic Energy Agency) - AgênciaInternacional de Energia AtômicaG - WMO - World Metereological Organization– Organização Metereológica MundialH - IMO (International Maritime Organization) - OrganizaçãoMarítima InternacionalI - IWC (International Whaling Commission) - ComissãoInternacional sobre a Pesca da BaleiaJ - ILO (International Labor Organization) - OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT)IV - Fontes Bibliográficas

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Tratados e Organizações Internacionais em matéria de Meio Ambiente

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Apresentação

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente estálançando a Série “Entendendo o Meio Ambiente”, com ointuito de apresentar de forma clara e sucinta os grandestemas relativos ao meio ambiente para os profissionais,ativistas e estudiosos da área, bem como ao públicoleigo.

Este livro da série, intitulado “Tratados eOrganizações Internacionais”, apresenta os principaistratados, conferências e resultados, e organizaçõesinternacionais de maior interesse na área ambiental.

É importante esclarecer que a preocupação comquestões ambientais no âmbito internacional voltou-seprimeiramente àquelas relativas às regiões de interesse

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Entendendo o Meio Ambiente – Volume I

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comum de alguns países, ou conjunto deles, como aságuas internacionais, o Continente Antártico, o espaçoaéreo, regiões costeiras, e recursos aquíferos epesqueiros. Isso teve reflexos no sistema jurídicointernacional, resultando na adoção e criação de tratadose organizações internacionais, direta ou indiretamentevoltados à busca de soluções para problemasambientais. Os tratados ambientais internacionais maisantigos dizem respeito a questões regionais ou pontuaise eram mais esparsos. Contudo, com o advento daConferência das Nações Unidas sobre o Meio AmbienteHumano em 1972, e a Conferência das Nações Unidassobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992, asregras internacionais sobre a proteção do meio ambientese multiplicaram e tornaram-se cada vez maisabrangentes, voltadas para um tratamento global dosproblemas ambientais.

Esta publicação pretende mostrar de forma concisaa amplitude dos temas tratados em matéria ambientalno nível internacional, buscando apresentar ao grandepúblico brasileiro os temas fundamentais relativos àproteção ambiental.

Fabio FeldmannSecretário de Estado do Meio Ambiente

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Tratados e Organizações Internacionais em matéria de Meio Ambiente

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II - Tratados e Conferências Internacionaissobre Matéria Ambiental

De acordo com a terminologia jurídica, TratadosInternacionais são acordos concluídos entre Estados emforma escrita e regulados pelo Direito Internacional. OsTratados Internacionais são uma das fontes normativasadmitidas pelo Direito Internacional.

É importante esclarecer que a palavra Tratado éutilizada aqui em seu sentido amplo, incluindo todas asespécies de acordos internacionais, que podem ser denatureza variada, por exemplo: convenções, declarações,atos, protocolos, entre outros.

Ainda sobre sua conceituação, deve-se salientarque os Tratados estabelecem uma relação de Estado a

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Entendendo o Meio Ambiente – Volume I

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Estado e se aplicam, salvo estipulação em contrário, atodo o território dos países contraentes. Eles acarretamde modo indireto obrigações para os poderes estatais(Executivo, Legislativo e Judiciário) de cada um dossignatários, e o descumprimento das obrigações nelesestipuladas acarreta a responsabilidade internacional doEstado. Os tratados, de um modo geral, só atingem osindivíduos através do direito interno, após a incorporaçãoa esse direito.

Para que um tratado entre em vigor e torne-sevinculativo, uma série de etapas devem ser transcorridas,e podem variar de país para país. De modo geral asetapas incluem os seguintes momentos: (i) negociação;(ii) assinatura; (iii) ratificação; (iv) promulgação; (v)publicação. No caso do Brasil, o Presidente da Repúblicatem o poder de celebrar tratados, convenções e atosinternacionais, contudo estes estão sujeitos ao referendodo Congresso Nacional (artigo 84, VIII, ConstituiçãoFederal).

A. Tratados Ambientais

A.1. Quadro Geral

Os principais temas objeto de tratados ambientaisinternacionais relacionam-se à poluição transfronteiriça,poluição marinha, mudanças climáticas, contaminaçãodo espaço aéreo, região Antártica, recursos aquíferoscomuns, comércio internacional de animais, áreas sobespecial regime de proteção, controle de pragas, dentreoutros.

A relação a seguir contém dados sobre osprincipais tratados internacionais em matéria ambiental,alguns de alcance internacional, outros de alcanceregional, sem contudo esgotar a matéria.

1 9 5 91 9 5 91 9 5 91 9 5 91 9 5 9 Convenção sobre Pesca no Atlântico NorteConvenção sobre Pesca no Atlântico NorteConvenção sobre Pesca no Atlântico NorteConvenção sobre Pesca no Atlântico NorteConvenção sobre Pesca no Atlântico NorteConservação e uso racional dos estoques de peixes.

1 9 5 91 9 5 91 9 5 91 9 5 91 9 5 9 Convenção sobre Pesca no Atlântico NEConvenção sobre Pesca no Atlântico NEConvenção sobre Pesca no Atlântico NEConvenção sobre Pesca no Atlântico NEConvenção sobre Pesca no Atlântico NEConservação e uso racional dos estoques de peixes.

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Tratados e Organizações Internacionais em matéria de Meio Ambiente

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1959 (Protocolo 91)1959 (Protocolo 91)1959 (Protocolo 91)1959 (Protocolo 91)1959 (Protocolo 91)Tratado AntárticoTratado AntárticoTratado AntárticoTratado AntárticoTratado AntárticoUtilização da Antártica para fins pacíficos.

1 9 6 01 9 6 01 9 6 01 9 6 01 9 6 0 Convênio sobre Proteção dos Trabalhadores contraConvênio sobre Proteção dos Trabalhadores contraConvênio sobre Proteção dos Trabalhadores contraConvênio sobre Proteção dos Trabalhadores contraConvênio sobre Proteção dos Trabalhadores contraRadiações IonizantesRadiações IonizantesRadiações IonizantesRadiações IonizantesRadiações IonizantesProteção da saúde e segurança dos trabalhadores.

1 9 6 01 9 6 01 9 6 01 9 6 01 9 6 0 Convenção sobre Responsabilidade de Terceiros no UsoConvenção sobre Responsabilidade de Terceiros no UsoConvenção sobre Responsabilidade de Terceiros no UsoConvenção sobre Responsabilidade de Terceiros no UsoConvenção sobre Responsabilidade de Terceiros no Usoda Energia Nuclearda Energia Nuclearda Energia Nuclearda Energia Nuclearda Energia NuclearCompensação sobre danos causados e garantia do usopacífico da energia nuclear.

1 9 6 11 9 6 11 9 6 11 9 6 11 9 6 1 Convenção sobre Proteção de Novas Qualidades deConvenção sobre Proteção de Novas Qualidades deConvenção sobre Proteção de Novas Qualidades deConvenção sobre Proteção de Novas Qualidades deConvenção sobre Proteção de Novas Qualidades dePlantasPlantasPlantasPlantasPlantasReconhecimento e proteção dos cultivadores de novasvariedades de plantas.

1 9 6 21 9 6 21 9 6 21 9 6 21 9 6 2 Acordo de Cooperação em Pesca MarítimaAcordo de Cooperação em Pesca MarítimaAcordo de Cooperação em Pesca MarítimaAcordo de Cooperação em Pesca MarítimaAcordo de Cooperação em Pesca MarítimaPromover a cooperação na pesca e pesquisa sobre recursosdo mar.

1 9 6 31 9 6 31 9 6 31 9 6 31 9 6 3 Convenção de Viena sobre Responsabilidade Civil porConvenção de Viena sobre Responsabilidade Civil porConvenção de Viena sobre Responsabilidade Civil porConvenção de Viena sobre Responsabilidade Civil porConvenção de Viena sobre Responsabilidade Civil porDanos NuclearesDanos NuclearesDanos NuclearesDanos NuclearesDanos NuclearesProvisão de recursos contra danos resultantes do usopacífico da energia nuclear.

1 9 6 31 9 6 31 9 6 31 9 6 31 9 6 3 Acordo sobre Poluição do Rio Reno contra PoluiçãoAcordo sobre Poluição do Rio Reno contra PoluiçãoAcordo sobre Poluição do Rio Reno contra PoluiçãoAcordo sobre Poluição do Rio Reno contra PoluiçãoAcordo sobre Poluição do Rio Reno contra PoluiçãoCooperação entre países para prevenir a poluição e manterqualidade da água.

1 9 6 31 9 6 31 9 6 31 9 6 31 9 6 3 Tratado proibindo ensaios nucleares na atmosfera,Tratado proibindo ensaios nucleares na atmosfera,Tratado proibindo ensaios nucleares na atmosfera,Tratado proibindo ensaios nucleares na atmosfera,Tratado proibindo ensaios nucleares na atmosfera,espaço ultraterrestre (Lua, etc.)espaço ultraterrestre (Lua, etc.)espaço ultraterrestre (Lua, etc.)espaço ultraterrestre (Lua, etc.)espaço ultraterrestre (Lua, etc.)Desincentivar a produção e testes de armas nucleares.

1 9 6 41 9 6 41 9 6 41 9 6 41 9 6 4 Convenção sobre Conselho Internacional paraConvenção sobre Conselho Internacional paraConvenção sobre Conselho Internacional paraConvenção sobre Conselho Internacional paraConvenção sobre Conselho Internacional paraExploração do MarExploração do MarExploração do MarExploração do MarExploração do MarNova constituição para conselho criado em 1902.

1 9 6 61 9 6 61 9 6 61 9 6 61 9 6 6 Convenção sobre Conservação do Atum do AtlânticoConvenção sobre Conservação do Atum do AtlânticoConvenção sobre Conservação do Atum do AtlânticoConvenção sobre Conservação do Atum do AtlânticoConvenção sobre Conservação do Atum do AtlânticoManter populações e promover uso racional.

1 9 6 71 9 6 71 9 6 71 9 6 71 9 6 7 Convenção Fitossanitária AfricanaConvenção Fitossanitária AfricanaConvenção Fitossanitária AfricanaConvenção Fitossanitária AfricanaConvenção Fitossanitária AfricanaControle e eliminação de pragas das plantas.

1 9 6 81 9 6 81 9 6 81 9 6 81 9 6 8 Convenção Africana sobre Conservação da Natureza eConvenção Africana sobre Conservação da Natureza eConvenção Africana sobre Conservação da Natureza eConvenção Africana sobre Conservação da Natureza eConvenção Africana sobre Conservação da Natureza eRecursos NaturaisRecursos NaturaisRecursos NaturaisRecursos NaturaisRecursos NaturaisConservação e utilização do solo, água, flora e fauna para asfuturas gerações.

1 9 6 91 9 6 91 9 6 91 9 6 91 9 6 9 Convenção sobre Conservação dos Recursos Vivos doConvenção sobre Conservação dos Recursos Vivos doConvenção sobre Conservação dos Recursos Vivos doConvenção sobre Conservação dos Recursos Vivos doConvenção sobre Conservação dos Recursos Vivos doAtlântico SEAtlântico SEAtlântico SEAtlântico SEAtlântico SECooperação e uso racional de recursos.

1 9 6 91 9 6 91 9 6 91 9 6 91 9 6 9 Convenção Internacional sobre Responsabilidade CivilConvenção Internacional sobre Responsabilidade CivilConvenção Internacional sobre Responsabilidade CivilConvenção Internacional sobre Responsabilidade CivilConvenção Internacional sobre Responsabilidade Civilpor Danos Causados por Poluição por Óleopor Danos Causados por Poluição por Óleopor Danos Causados por Poluição por Óleopor Danos Causados por Poluição por Óleopor Danos Causados por Poluição por ÓleoVisa compensação de danos causados por derramamentode óleo.

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Entendendo o Meio Ambiente – Volume I

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1 9 6 91 9 6 91 9 6 91 9 6 91 9 6 9 Convênio Relativo à Intervenção em Alto Mar em casoConvênio Relativo à Intervenção em Alto Mar em casoConvênio Relativo à Intervenção em Alto Mar em casoConvênio Relativo à Intervenção em Alto Mar em casoConvênio Relativo à Intervenção em Alto Mar em casode acidentes com Óleode acidentes com Óleode acidentes com Óleode acidentes com Óleode acidentes com ÓleoPara tomada de providências em acidentes que afetem omar e a costa.

1971 (emendada em 1982)1971 (emendada em 1982)1971 (emendada em 1982)1971 (emendada em 1982)1971 (emendada em 1982) Convenção Relativa às ÁreasConvenção Relativa às ÁreasConvenção Relativa às ÁreasConvenção Relativa às ÁreasConvenção Relativa às ÁreasÚmidas de Importância Internacional (RAMSAR)Úmidas de Importância Internacional (RAMSAR)Úmidas de Importância Internacional (RAMSAR)Úmidas de Importância Internacional (RAMSAR)Úmidas de Importância Internacional (RAMSAR)Proteção das áreas úmidas, reconhecendo seu valoreconômico, cultural, científico e recreativo.

1 9 7 11 9 7 11 9 7 11 9 7 11 9 7 1 Convênio sobre Proteção contra Riscos deConvênio sobre Proteção contra Riscos deConvênio sobre Proteção contra Riscos deConvênio sobre Proteção contra Riscos deConvênio sobre Proteção contra Riscos deContaminação por BenzenoContaminação por BenzenoContaminação por BenzenoContaminação por BenzenoContaminação por BenzenoProteção de trabalhadores na produção, manuseio e uso dobenzeno.

1 9 7 11 9 7 11 9 7 11 9 7 11 9 7 1 Convênio sobre Responsabilidade Civil na Esfera doConvênio sobre Responsabilidade Civil na Esfera doConvênio sobre Responsabilidade Civil na Esfera doConvênio sobre Responsabilidade Civil na Esfera doConvênio sobre Responsabilidade Civil na Esfera doTransporte Marítimo de Materiais NuclearesTransporte Marítimo de Materiais NuclearesTransporte Marítimo de Materiais NuclearesTransporte Marítimo de Materiais NuclearesTransporte Marítimo de Materiais NuclearesResponsabiliza o operador da instalação nuclear por danoscausados em incidente nuclear no transporte marítimo dematerial nuclear.

1 9 7 21 9 7 21 9 7 21 9 7 21 9 7 2 Convenção sobre Prevenção da Poluição Marítima porConvenção sobre Prevenção da Poluição Marítima porConvenção sobre Prevenção da Poluição Marítima porConvenção sobre Prevenção da Poluição Marítima porConvenção sobre Prevenção da Poluição Marítima porNavios e AeronavesNavios e AeronavesNavios e AeronavesNavios e AeronavesNavios e AeronavesControle de despejos de substâncias nocivas.

1 9 7 21 9 7 21 9 7 21 9 7 21 9 7 2 Convenção para Conservação dos Leões Marinhos daConvenção para Conservação dos Leões Marinhos daConvenção para Conservação dos Leões Marinhos daConvenção para Conservação dos Leões Marinhos daConvenção para Conservação dos Leões Marinhos daAntárt icaAntárt icaAntárt icaAntárt icaAntárt icaProteção, Estudo, Uso Racional.

1 9 7 21 9 7 21 9 7 21 9 7 21 9 7 2 Convenção das Nações Unidas sobre Meio AmbienteConvenção das Nações Unidas sobre Meio AmbienteConvenção das Nações Unidas sobre Meio AmbienteConvenção das Nações Unidas sobre Meio AmbienteConvenção das Nações Unidas sobre Meio AmbienteHumanoHumanoHumanoHumanoHumanoDeclaração de Princípios sobre Proteção do Meio Ambiente.

1 9 7 31 9 7 31 9 7 31 9 7 31 9 7 3 Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies deConvenção sobre Comércio Internacional de Espécies deConvenção sobre Comércio Internacional de Espécies deConvenção sobre Comércio Internacional de Espécies deConvenção sobre Comércio Internacional de Espécies deFlora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES)Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES)Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES)Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES)Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES)Evitar a exploração através do comércio internacional. Seusanexos relacionam diferentes categorias de espéciesameaçadas .

1 9 7 31 9 7 31 9 7 31 9 7 31 9 7 3 Convenção para Prevenção da Poluição do Mar porConvenção para Prevenção da Poluição do Mar porConvenção para Prevenção da Poluição do Mar porConvenção para Prevenção da Poluição do Mar porConvenção para Prevenção da Poluição do Mar porNaviosNaviosNaviosNaviosNaviosPreservação do meio ambiente marinho contra poluição poróleo e outras substâncias, visando a diminuição do despejoincidental.

1 9 7 31 9 7 31 9 7 31 9 7 31 9 7 3 Convenção para Proteção do Urso PolarConvenção para Proteção do Urso PolarConvenção para Proteção do Urso PolarConvenção para Proteção do Urso PolarConvenção para Proteção do Urso PolarMedidas conservacionistas para proteção do urso,importante recurso do Ártico.

1 9 7 41 9 7 41 9 7 41 9 7 41 9 7 4 Convenção sobre Proteção Ambiental - paísesConvenção sobre Proteção Ambiental - paísesConvenção sobre Proteção Ambiental - paísesConvenção sobre Proteção Ambiental - paísesConvenção sobre Proteção Ambiental - paísesescandinavos (Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega)escandinavos (Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega)escandinavos (Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega)escandinavos (Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega)escandinavos (Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega)Proteção e melhoria do meio ambiente e cooperação paraesse fim.

1 9 7 41 9 7 41 9 7 41 9 7 41 9 7 4 Convenção para Prevenção da Poluição Marinha porConvenção para Prevenção da Poluição Marinha porConvenção para Prevenção da Poluição Marinha porConvenção para Prevenção da Poluição Marinha porConvenção para Prevenção da Poluição Marinha porFontes TerrestresFontes TerrestresFontes TerrestresFontes TerrestresFontes Terrestres

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Tratados e Organizações Internacionais em matéria de Meio Ambiente

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Conjunto de medidas para proteção do meio ambientemarinho.

1 9 7 71 9 7 71 9 7 71 9 7 71 9 7 7 Convenção para Proteção dos Trabalhadores contraConvenção para Proteção dos Trabalhadores contraConvenção para Proteção dos Trabalhadores contraConvenção para Proteção dos Trabalhadores contraConvenção para Proteção dos Trabalhadores contraProblemas AmbientaisProblemas AmbientaisProblemas AmbientaisProblemas AmbientaisProblemas AmbientaisProteção contra problemas devidos à poluição do ar, som,vibração.

1 9 7 81 9 7 81 9 7 81 9 7 81 9 7 8 Convenção Regional do Kuwait sobre Proteção doConvenção Regional do Kuwait sobre Proteção doConvenção Regional do Kuwait sobre Proteção doConvenção Regional do Kuwait sobre Proteção doConvenção Regional do Kuwait sobre Proteção doAmbiente MarinhoAmbiente MarinhoAmbiente MarinhoAmbiente MarinhoAmbiente MarinhoPrevenir, combater a poluição do meio ambiente marinho.

1 9 7 81 9 7 81 9 7 81 9 7 81 9 7 8 Tratado de Cooperação AmazônicaTratado de Cooperação AmazônicaTratado de Cooperação AmazônicaTratado de Cooperação AmazônicaTratado de Cooperação AmazônicaPromover o desenvolvimento harmonioso e distribuiçãoequitativa dos benefícios do desenvolvimento entre as partes.

1 9 7 91 9 7 91 9 7 91 9 7 91 9 7 9 Convenção para Proteção de Espécies Migratórias deConvenção para Proteção de Espécies Migratórias deConvenção para Proteção de Espécies Migratórias deConvenção para Proteção de Espécies Migratórias deConvenção para Proteção de Espécies Migratórias deAnimais SelvagensAnimais SelvagensAnimais SelvagensAnimais SelvagensAnimais SelvagensProteção de animais que migram além das fronteirasnacionais.

1 9 7 91 9 7 91 9 7 91 9 7 91 9 7 9 Convenção sobre Poluição TransfronteiriçaConvenção sobre Poluição TransfronteiriçaConvenção sobre Poluição TransfronteiriçaConvenção sobre Poluição TransfronteiriçaConvenção sobre Poluição TransfronteiriçaProteção contra os efeitos nocivos da Poluição do Ar, visandosua redução.

1 9 8 21 9 8 21 9 8 21 9 8 21 9 8 2 Convenção sobre Direito do MarConvenção sobre Direito do MarConvenção sobre Direito do MarConvenção sobre Direito do MarConvenção sobre Direito do MarEstabelece o regime jurídico para os mares e oceanos, bemcomo padrões de proteção e sanções contra a poluição.

1 9 8 51 9 8 51 9 8 51 9 8 51 9 8 5 Tratado de Zona Livre de Elementos Nucleares doTratado de Zona Livre de Elementos Nucleares doTratado de Zona Livre de Elementos Nucleares doTratado de Zona Livre de Elementos Nucleares doTratado de Zona Livre de Elementos Nucleares doPacífico SulPacífico SulPacífico SulPacífico SulPacífico SulEstabelece zona livre de utilização de materiais nucleares.

1 9 8 51 9 8 51 9 8 51 9 8 51 9 8 5 Protocolo sobre Áreas Protegidas e Fauna e Flora -Protocolo sobre Áreas Protegidas e Fauna e Flora -Protocolo sobre Áreas Protegidas e Fauna e Flora -Protocolo sobre Áreas Protegidas e Fauna e Flora -Protocolo sobre Áreas Protegidas e Fauna e Flora -Região Oriental da ÁfricaRegião Oriental da ÁfricaRegião Oriental da ÁfricaRegião Oriental da ÁfricaRegião Oriental da ÁfricaProteção de espécies ameaçadas de extinção e de áreas dehabitats naturais.

1 9 8 51 9 8 51 9 8 51 9 8 51 9 8 5 Convenção de Viena para a Proteção da CamadaConvenção de Viena para a Proteção da CamadaConvenção de Viena para a Proteção da CamadaConvenção de Viena para a Proteção da CamadaConvenção de Viena para a Proteção da Camadade Ozôniode Ozôniode Ozôniode Ozôniode OzônioProteção da saúde humana e do meio ambiente contra osefeitos nocivos das alterações da camada de ozônio.

1 9 8 61 9 8 61 9 8 61 9 8 61 9 8 6 Convenção sobre Breve Notificação a respeito deConvenção sobre Breve Notificação a respeito deConvenção sobre Breve Notificação a respeito deConvenção sobre Breve Notificação a respeito deConvenção sobre Breve Notificação a respeito deAcidentes NuclearesAcidentes NuclearesAcidentes NuclearesAcidentes NuclearesAcidentes NuclearesFornecimento de informações sobre acidentes de formarápida para minimização das consequências da radiação.

1987 (Emendas em 1990 e 1992)1987 (Emendas em 1990 e 1992)1987 (Emendas em 1990 e 1992)1987 (Emendas em 1990 e 1992)1987 (Emendas em 1990 e 1992) Protocolo de Montreal sobreProtocolo de Montreal sobreProtocolo de Montreal sobreProtocolo de Montreal sobreProtocolo de Montreal sobreas Substâncias que Esgotam a Camada de Ozônioas Substâncias que Esgotam a Camada de Ozônioas Substâncias que Esgotam a Camada de Ozônioas Substâncias que Esgotam a Camada de Ozônioas Substâncias que Esgotam a Camada de OzônioEstabelece etapas para a redução e proibição da manufaturae uso de substâncias degradadoras da camada de ozônio.

1 9 8 91 9 8 91 9 8 91 9 8 91 9 8 9 Convenção sobre Controle de Movimentos Transfrontei-Convenção sobre Controle de Movimentos Transfrontei-Convenção sobre Controle de Movimentos Transfrontei-Convenção sobre Controle de Movimentos Transfrontei-Convenção sobre Controle de Movimentos Transfrontei-ços de Resíduos Perigosos (Convenção da Basiléia)ços de Resíduos Perigosos (Convenção da Basiléia)ços de Resíduos Perigosos (Convenção da Basiléia)ços de Resíduos Perigosos (Convenção da Basiléia)ços de Resíduos Perigosos (Convenção da Basiléia)Comercialização internacional e depósitos de substânciastóxicas.

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Entendendo o Meio Ambiente – Volume I

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1 9 9 01 9 9 01 9 9 01 9 9 01 9 9 0 Convenção Internacional sobre Poluição por ÓleoConvenção Internacional sobre Poluição por ÓleoConvenção Internacional sobre Poluição por ÓleoConvenção Internacional sobre Poluição por ÓleoConvenção Internacional sobre Poluição por ÓleoPropugna a tomada de medidas conjuntas ou isoladas parase preparar ou responder a incidentes de poluição porderramento de óleo.

1 9 9 11 9 9 11 9 9 11 9 9 11 9 9 1 Convenção Africana sobre o Banimento da Importação eConvenção Africana sobre o Banimento da Importação eConvenção Africana sobre o Banimento da Importação eConvenção Africana sobre o Banimento da Importação eConvenção Africana sobre o Banimento da Importação eControle do Movimento e Gerenciamento de ResíduosControle do Movimento e Gerenciamento de ResíduosControle do Movimento e Gerenciamento de ResíduosControle do Movimento e Gerenciamento de ResíduosControle do Movimento e Gerenciamento de ResíduosPerigosos Transfronteiriços (Bamako)Perigosos Transfronteiriços (Bamako)Perigosos Transfronteiriços (Bamako)Perigosos Transfronteiriços (Bamako)Perigosos Transfronteiriços (Bamako)Proibição da importação para a África de ResíduosPerigosos.

1 9 9 11 9 9 11 9 9 11 9 9 11 9 9 1 Convenção s/ Cooperação Pesqueira entre PaísesConvenção s/ Cooperação Pesqueira entre PaísesConvenção s/ Cooperação Pesqueira entre PaísesConvenção s/ Cooperação Pesqueira entre PaísesConvenção s/ Cooperação Pesqueira entre PaísesAfricanos beirando o Oceano AtânticoAfricanos beirando o Oceano AtânticoAfricanos beirando o Oceano AtânticoAfricanos beirando o Oceano AtânticoAfricanos beirando o Oceano AtânticoCooperação nas atividades pesqueiras visando auto-suficiência alimentícia através do uso racional e integradodos recursos pesqueiros.

1 9 9 11 9 9 11 9 9 11 9 9 11 9 9 1 Protocolo ao Tratado Antártico sobre Proteção AmbientalProtocolo ao Tratado Antártico sobre Proteção AmbientalProtocolo ao Tratado Antártico sobre Proteção AmbientalProtocolo ao Tratado Antártico sobre Proteção AmbientalProtocolo ao Tratado Antártico sobre Proteção AmbientalDesigna a Antártica como Reserva Natural, destinada à paze à ciência; determina princípios de proteção ambiental daregião; estabelece a cooperação no planejamento econdução das atividades na região.

1 9 9 11 9 9 11 9 9 11 9 9 11 9 9 1 Convenção sobre Avaliação de Impacto Ambiental emConvenção sobre Avaliação de Impacto Ambiental emConvenção sobre Avaliação de Impacto Ambiental emConvenção sobre Avaliação de Impacto Ambiental emConvenção sobre Avaliação de Impacto Ambiental emContextos TransfronteiriçosContextos TransfronteiriçosContextos TransfronteiriçosContextos TransfronteiriçosContextos TransfronteiriçosAssegurar a execução de AIA antes da tomada de decisãosobre uma dada atividade que pode causar significativoimpacto ambiental.

1 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 2 Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente eDeclaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente eDeclaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente eDeclaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente eDeclaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente eDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoCarta de Princípios para um novo estilo de vida na terra,proteção dos recursos naturais e busca do desenvolvimentosustentável.

1 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 2 Agenda 21Agenda 21Agenda 21Agenda 21Agenda 21Diretrizes para o desenvolvimento sustentável a longo prazo ,a partir de temas prioritários, tais como: desmatamento, lixo,clima, solo, desertos, água, biotecnologia, etc.

1 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 2 Princípios para a Administração Sustentável das FlorestasPrincípios para a Administração Sustentável das FlorestasPrincípios para a Administração Sustentável das FlorestasPrincípios para a Administração Sustentável das FlorestasPrincípios para a Administração Sustentável das FlorestasBusca um consenso global sobre o manejo, conservação edesenvolvimento sustentável das florestas.

1 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 2 Convenção da BiodiversidadeConvenção da BiodiversidadeConvenção da BiodiversidadeConvenção da BiodiversidadeConvenção da BiodiversidadeConservação da Biodiversidade, mantendo a maiorvariedade de organismos vivos, comunidades eecossistemas, para atender às presentes e futuras gerações

1 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 2 Convenção sobre Mudança do ClimaConvenção sobre Mudança do ClimaConvenção sobre Mudança do ClimaConvenção sobre Mudança do ClimaConvenção sobre Mudança do ClimaEstabilizar as emissões de gases efeito estufa num nível queevite graves intervenções com o sistema climático global eque permita o desenvolvimento sustentável.

1 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 2 Resolução da Assembléia Geral da ONU criando aResolução da Assembléia Geral da ONU criando aResolução da Assembléia Geral da ONU criando aResolução da Assembléia Geral da ONU criando aResolução da Assembléia Geral da ONU criando aComissão de Desenvolvimento SustentávelComissão de Desenvolvimento SustentávelComissão de Desenvolvimento SustentávelComissão de Desenvolvimento SustentávelComissão de Desenvolvimento Sustentável

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Tratados e Organizações Internacionais em matéria de Meio Ambiente

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Acompanhar a implementação da Agenda 21 e continuar ostrabalhos após a ECO92.

1 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 2 Convenção para Proteção do Meio Ambiente do AtlânticoConvenção para Proteção do Meio Ambiente do AtlânticoConvenção para Proteção do Meio Ambiente do AtlânticoConvenção para Proteção do Meio Ambiente do AtlânticoConvenção para Proteção do Meio Ambiente do AtlânticoNordes teNordes teNordes teNordes teNordes tePrevenção e eliminação de poluição por fontes terrestres;eliminação e prevenção de poluição por despejo ouincineração; proibição de despejos por fontes extra-costeiras.Incluir os princípios da precaução do poluidor-pagador.

1 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 2 Convenção para Proteção do Mar Negro contra PoluiçãoConvenção para Proteção do Mar Negro contra PoluiçãoConvenção para Proteção do Mar Negro contra PoluiçãoConvenção para Proteção do Mar Negro contra PoluiçãoConvenção para Proteção do Mar Negro contra PoluiçãoPrevenir, reduzir e controlar a poluição para proteção epreservação do meio ambiente do Mar Negro.

1 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 2 Convenção para Proteção do Mar BálticoConvenção para Proteção do Mar BálticoConvenção para Proteção do Mar BálticoConvenção para Proteção do Mar BálticoConvenção para Proteção do Mar BálticoPrevenção e eliminação de poluição; inclui os princípios dopoluidor-pagador e da precaução e exige o uso da melhortecnologia e prática disponível.

1 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 21 9 9 2 Convenção sobre os Efeitos Transfronteiriços deConvenção sobre os Efeitos Transfronteiriços deConvenção sobre os Efeitos Transfronteiriços deConvenção sobre os Efeitos Transfronteiriços deConvenção sobre os Efeitos Transfronteiriços deAcidentes IndustriaisAcidentes IndustriaisAcidentes IndustriaisAcidentes IndustriaisAcidentes IndustriaisPrevenção de acidentes industriais e mitigação de seusefeitos.

1 9 9 31 9 9 31 9 9 31 9 9 31 9 9 3 Convenção sobre Responsabilidade Civil por DanosConvenção sobre Responsabilidade Civil por DanosConvenção sobre Responsabilidade Civil por DanosConvenção sobre Responsabilidade Civil por DanosConvenção sobre Responsabilidade Civil por DanosResultantes de Atividades Perigosas ao Meio AmbienteResultantes de Atividades Perigosas ao Meio AmbienteResultantes de Atividades Perigosas ao Meio AmbienteResultantes de Atividades Perigosas ao Meio AmbienteResultantes de Atividades Perigosas ao Meio Ambiente(Conselho da Europa, CEE, outros países)(Conselho da Europa, CEE, outros países)(Conselho da Europa, CEE, outros países)(Conselho da Europa, CEE, outros países)(Conselho da Europa, CEE, outros países)Assegurar compensação adequada por danos resultantesde atividades perigosas ao meio ambiente e meios deprevenção e recuperação.

1 9 9 31 9 9 31 9 9 31 9 9 31 9 9 3 Convenção de Londres sobre Banimento de Despejo deConvenção de Londres sobre Banimento de Despejo deConvenção de Londres sobre Banimento de Despejo deConvenção de Londres sobre Banimento de Despejo deConvenção de Londres sobre Banimento de Despejo deResíduos de Baixo Índice de Radiação nos OceanosResíduos de Baixo Índice de Radiação nos OceanosResíduos de Baixo Índice de Radiação nos OceanosResíduos de Baixo Índice de Radiação nos OceanosResíduos de Baixo Índice de Radiação nos OceanosImpõe banimento permanente do despejo de resíduos debaixo índice de radiação nos oceanos.

1 9 9 31 9 9 31 9 9 31 9 9 31 9 9 3 Convenção s/ Proibição de Desenvolvimento, Produção,Convenção s/ Proibição de Desenvolvimento, Produção,Convenção s/ Proibição de Desenvolvimento, Produção,Convenção s/ Proibição de Desenvolvimento, Produção,Convenção s/ Proibição de Desenvolvimento, Produção,Armazenamento e Uso de Armas Químicas e sobre suaArmazenamento e Uso de Armas Químicas e sobre suaArmazenamento e Uso de Armas Químicas e sobre suaArmazenamento e Uso de Armas Químicas e sobre suaArmazenamento e Uso de Armas Químicas e sobre suaDestruiçãoDestruiçãoDestruiçãoDestruiçãoDestruiçãoProíbe o desenvolvimento e produção de armas químicas eos países contratantes se submetem a inspeções para esse

fim.1 9 9 41 9 9 41 9 9 41 9 9 41 9 9 4 Convenção Internacional de Combate à DesertificaçãoConvenção Internacional de Combate à DesertificaçãoConvenção Internacional de Combate à DesertificaçãoConvenção Internacional de Combate à DesertificaçãoConvenção Internacional de Combate à Desertificação

nos Países afetados por Desertificação e/ou Secanos Países afetados por Desertificação e/ou Secanos Países afetados por Desertificação e/ou Secanos Países afetados por Desertificação e/ou Secanos Países afetados por Desertificação e/ou SecaReconhece a importância do combate à pobreza, da melhordistribuição dos benefícios do desenvolvimento e do atendi-mento às necessidades de saúde e bem-estar das popula-ções afetadas pela desertificação.

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B. Principais Conferências InternacionaisB. Principais Conferências InternacionaisB. Principais Conferências InternacionaisB. Principais Conferências InternacionaisB. Principais Conferências Internacionaissobre o Meio Ambientesobre o Meio Ambientesobre o Meio Ambientesobre o Meio Ambientesobre o Meio Ambiente

Em dois momentos as Nações Unidas reuniram-se para debater questões globais com vistas à buscade soluções para os problemas de ordem ambiental queafligem o Planeta: a primeira vez em Estocolmo, em 1972,e a segunda, no Rio de Janeiro, em 1992. As principaiscaracterísticas e resultados dessas duas conferênciasestão descritos a seguir.

B.1. Conferência das Nações Unidas sobre oB.1. Conferência das Nações Unidas sobre oB.1. Conferência das Nações Unidas sobre oB.1. Conferência das Nações Unidas sobre oB.1. Conferência das Nações Unidas sobre oMeio Ambiente Humano e DocumentosMeio Ambiente Humano e DocumentosMeio Ambiente Humano e DocumentosMeio Ambiente Humano e DocumentosMeio Ambiente Humano e DocumentosResultantes - Estocolmo 1972Resultantes - Estocolmo 1972Resultantes - Estocolmo 1972Resultantes - Estocolmo 1972Resultantes - Estocolmo 1972

Os sérios problemas ambientais que afetavam omundo foram a causa da convocação pela AssembléiaGeral da Organização das Nações Unidas (ONU), em1968, da Conferência das Nações Unidas sobre o MeioAmbiente Humano, que veio a se realizar em junho de1972 em Estocolmo. Essa conferência chamou a atençãodas nações para o fato de que a ação humana estavacausando séria degradação da natureza e criandoseveros riscos para o bem estar e para a própriasobrevivência da humanidade. Foi marcada por umavisão antropocêntrica de mundo, em que o homem eratido como o centro de toda a atividade realizada noplaneta, desconsiderando o fato de a espécie humanaser parte da grande cadeia ecológica que rege a vidana Terra.

A Conferência foi marcada pelo confronto entre asperspectivas dos países desenvolvidos e dos países emdesenvolvimento. Os países desenvolvidos estavampreocupados com os efeitos da devastação ambientalsobre a Terra, propondo um programa internacionalvoltado para a conservação dos recursos naturais egenéticos do planeta, pregando que medidas preventivasteriam que ser encontradas imediatamente, para que seevitasse um grande desastre. Por outro lado, os países

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em desenvolvimento argumentavam que seencontravam assolados pela miséria, com gravesproblemas de moradia, saneamento básico, atacadospor doenças infecciosas e que necessitavamdesenvolver-se economicamente, e rapidamente.Questionavam a legitimidade das recomendações dospaíses ricos que já haviam atingido o poderio industrialcom o uso predatório de recursos naturais e que queriamimpor a eles complexas exigências de controleambiental, que poderiam encarecer e retardar aindustrialização dos países em desenvolvimento.

A Conferência contou com representantes de 113países, 250 organizações-não-governamentais e dosorganismos da ONU. A Conferência produziu aDeclaração sobre o Meio Ambiente Humano, umadeclaração de princípios de comportamento eresponsabilidade que deveriam governar as decisõesconcernentes a questões ambientais. Outro resultadoformal foi um Plano de Ação que convocava todos ospaíses, os organismos das Nações Unidas, bem comotodas as organizações internacionais a cooperarem nabusca de soluções para uma série de problemasambientais.

B.2. Conferência das Nações Unidas sobre oB.2. Conferência das Nações Unidas sobre oB.2. Conferência das Nações Unidas sobre oB.2. Conferência das Nações Unidas sobre oB.2. Conferência das Nações Unidas sobre oMeio Ambiente e Desenvolvimento eMeio Ambiente e Desenvolvimento eMeio Ambiente e Desenvolvimento eMeio Ambiente e Desenvolvimento eMeio Ambiente e Desenvolvimento eDocumentos Resultantes - Rio de Janeiro (1992)Documentos Resultantes - Rio de Janeiro (1992)Documentos Resultantes - Rio de Janeiro (1992)Documentos Resultantes - Rio de Janeiro (1992)Documentos Resultantes - Rio de Janeiro (1992)

Em 1988 a Assembléia Geral das Nações Unidasaprovou uma Resolução determinando a realização, até1992, de uma conferência sobre o meio ambiente edesenvolvimento que pudesse avaliar como os paíseshaviam promovido a proteção ambiental desde aConferência de Estocolmo de 1972. Na sessão queaprovou essa resolução o Brasil ofereceu-se para sediaro encontro em 1992.

Em 1989 a Assembléia Geral da ONU convocou aConferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambientee Desenvolvimento (CNUMAD), que ficou conhecida

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como “Cúpula da Terra”, e marcou sua realização para omês de junho de 1992, de maneira a coincidir com o Diado Meio Ambiente.

Dentre os objetivos principais dessa conferência,destacaram-se os seguintes:

� examinar a situação ambiental mundial desde1972 e suas relações com o estilo de desenvolvimentovigente;

� estabelecer mecanismos de transferência detecnologias não-poluentes aos países subdesenvolvidos;

� examinar estratégias nacionais e internacionaispara incorporação de critérios ambientais ao processode desenvolvimento;

� estabelecer um sistema de cooperaçãointernacional para prever ameaças ambientais e prestarsocorro em casos emergenciais;

� reavaliar o sistema de organismos da ONU,eventualmente criando novas instituições paraimplementar as decisões da conferência.

Essa conferência foi organizada pelo ComitêPreparatório da Conferência (PREPCOM), que foi formadoem 1990 e tornou-se responsável pela preparação dosaspectos técnicos do encontro. Durante as quatroreuniões do PREPCOM antecedentes à Conferência,foram preparados e discutidos os termos dosdocumentos que foram assinados em junho de 1992 noRio de Janeiro.

O PREPCOM foi também importante na medida emque inovou os procedimentos preparatórios deconferências internacionais, permitindo um amplo debatepolítico e intercâmbio de idéias entre as delegaçõesoficiais e os representantes dos vários setores dasociedade civil, por meio de entidades e cientistas. Aparticipação ativa de atores não-governamentais nesseprocesso é um indício do papel cada vez mais importantedesses atores em negociações internacionais. Em geral,pode-se dizer que representantes de ONGs e do setorprivado têm tido um papel significativo nos anos recentes

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na elaboração de importantes acordos internacionais,assistindo delegações oficiais, ou até sendo incluídoscomo parte das mesmas.

A Conferência da ONU propiciou um debate emobilização da comunidade internacional em torno danecessidade de uma urgente mudança decomportamento visando a preservação da vida na Terra.A Conferência ficou conhecida como “Cúpula da Terra”(Earth Summit), e realizou-se no Rio de Janeiro entre 3 e14 de junho de 1992, contando com a presença de 172países (apenas seis membros das Nações Unidas nãoestiveram presentes), representados poraproximadamente 10.000 participantes, incluindo 116chefes de Estado. Além disso, receberam credenciaispara acompanhar as reuniões cerca de 1.400organizações-não-governamentais e 9.000 jornalistas.

Como produto dessa Conferência foram assinados05 documentos. São eles :

⇒ Declaração do Rio sobre Meio Ambiente eDeclaração do Rio sobre Meio Ambiente eDeclaração do Rio sobre Meio Ambiente eDeclaração do Rio sobre Meio Ambiente eDeclaração do Rio sobre Meio Ambiente eDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimento

Trata-se de uma carta contendo 27 princípios quevisa estabelecer um novo estilo de vida, um novo tipo depresença do homem na Terra, através da proteção dosrecursos naturais e da busca do desenvolvimentosustentável e de melhores condições de vida para todosos povos. Resumidamente, os principíos dizem respeito a:

� Princípio 1: Os seres humanos têm direito a umavida saudável e produtiva em harmonia com a natureza;

� Princípio 2: Direito dos estados de exploraremseus próprios recursos naturais e dever de controlaratividades de forma a não prejudicar o território de outros;

� Princípio 3: O desenvolvimento deve ser promo-vido de forma a garantir as necessidades das presentese futuras gerações;

� Princípio 4: A proteção ambiental deve serconsiderada parte integral do processo de

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desenvolvimento;� Princípio 5: A erradicação da pobreza é requisito

indispensável para promoção do desenvolvimentosustentável;

� Princípio 6: Deve ser dada prioridade à situaçãoespecial de países em desenvolvimento e aos maispobres;

� Princípio 7: Os Estados devem cooperar naconservação, proteção e recuperação da integridade esaúde do ecossistema Terra. Os Estados têmresponsabilidade comum, mas diferenciada, em funçãode sua contribuição para a degradação do meioambiente global.

� Princípio 8: Os Estados devem reduzir e eliminarpadrões de consumo e produção consideradosinsustentáveis.

� Princípio 9: Os Estados devem cooperar nodesenvolvimento e intercâmbio de conhecimentocientífico e tecnológico;

� Princípio 10: A participação pública no processodecisório ambiental deve ser promovida e o acesso àinformação facilitado;

� Princípio 11: Os países devem promover a adoçãode leis ambientais;

� Princípio 12: As políticas econômicas com fins deproteção ambiental não devem servir para discriminarou restringir o comércio internacional. Medidas paracontrole de problemas ambientais transfronteiriços ouglobais devem, sempre que possível, ser baseadas emconsenso entre os países;

� Princípio 13: Deve-se promover a adoção de leise tratados internacionais visando a responsabilização ecompensação por danos causados ao meio ambiente;

� Princípio 14: Os países devem cooperar no sentidode desestimular a transferência de atividades ousubstâncias altamente nocivas ao meio ambinete e àsaúde humana de um país a outro;

� Princípio 15: O princípio da precaução deverá seraplicado amplamente pelos Estados, de acordo com

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suas próprias condições, de forma a proteger o meioambiente;

� Princípio 16: As autoridades locais devempromover a internalização de custos ambientais e o usode instrumentos econômicos, levando em consideraçãoque o poluidor deve arcar com os custos da poluição;

� Princípio 17: Os estudos de Impacto Ambientalcomo instrumentos nacionais devem ser utilizados paraatividades que possam causar significativo impactoadverso ao meio ambiente e serem submetidos a umadecisão por autoridade local competente;

� Princípio 18: Os Estados devem notificarimediatamente outros Estados sobre desastres naturaisou outras emergências que possam causar dano ao seuambiente;

� Princípio 19: Os Estados devem notificarpreviamente ou em tempo outros Estados que possamser potencialmente afetados por atividades comsignificativo impacto ambiental transfronteiriço;

� Princípio 20: As mulheres têm um papel vital nogerenciamento e desenvolvimento ambiental. Suaparticipação integral é essencial para se atingir odesenvolvimento sustentável;

� Princípio 21: A criatividade, idealismo e coragemdos jovens do mundo deve ser mobilizada para se formaruma parceria global de forma a se atingir odesenvolvimento sustentável e assegurar um mundomelhor para todos;

� Princípio 22: As populações indígenas e outrascomunidades locais têm um papel vital nogerencialmento e desenvolvimento ambiental em funçãode seus conhecimentos e práticas tradicionais. OsEstados devem reconhecer e assegurar seus direitos;

� Princípio 23: Os recursos naturais e ambientaisde populações sob opressão, dominação e ocupaçãodevem ser protegidos;

� Princípio 24: Os Estados devem respeitar o DireitoInternacional e proteger o meio ambiente em temposde conflitos armados;

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� Princípio 25: A Paz, o Desenvolvimento e aProteção Ambiental são interdependentes e indivisíveis.

� Princípio 26: Os Estados deverão resolver suasdisputas de cunho ambiental de forma pacífica e atravésdos meios apropriados de acordo com a Carta dasNações Unidas;

� Princípio 27: Os Estados e as pessoas devemcooperar de boa fé e num espírito de parceria para ocumprimento dos princípios constantes dessaDeclaração e para o desenvolvimento do DireitoInternacional no campo do desenvolvimento sustentável.

⇒ Agenda 21Agenda 21Agenda 21Agenda 21Agenda 21

É importante situar historicamente a propositura deum plano da grandeza que é a Agenda 21. Esse acordoé resultado de um amadurecimento do debate dacomunidade internacional a respeito da compatibilizaçãoentre desenvolvimento econômico e proteção ambiental,e consequentemente, sobre a continuidade esustentabilidade da vida no Planeta Terra.

Entre a realização das duas grandes conferênciasda ONU sobre Meio Ambiente, a de 1972 e a de 1992,houve momentos em que a comunidade internacionalreuniu-se para discutir os grandes temas afetando asustentabilidade da vida no Planeta, quando forampublicados importantes relatórios abordando acompatibilidade entre o desenvolvimento econômico ea proteção do meio ambiente. Dentre esses relatórios, éimportante destacar alguns que serviram de subsídiopara a definição do conteúdo da Agenda 21,especificamente: a) Estratégia Mundial para aConservação da Natureza, resultado de esforços dasorganizações WWF e IUCN (1980) ; b) O Nosso FuturoComum , relatório da Comissão sobre Meio Ambiente eDesenvolvimento da ONU (1987) ; c) Cuidando do PlanetaTerra: Uma Estratégia para o Futuro da Vida, resultadode esforços do Programa das Nações Unidas para oMeio Ambiente em conjunto com a WWF e a IUCN (1991).

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Dentre os acordos assinados na Cúpula da Terra,de particular importância por seu ineditismo, porrepresentar um consenso mundial e um compromissopolítico de alto nível, e, ainda, por constituir o primeiroesforço de sistematização de um amplo programa deação para a transição para o desenvolvimentosustentável, destaca-se a Agenda 21. Esse programa estávoltado para os problemas prementes de hoje, mas temo objetivo de preparar o mundo para os desafios doséculo vindouro.

A Agenda 21 é um abrangente plano de ação a serimplementado pelos governos, agências dedesenvolvimento, organizações das Nações Unidas egrupos setoriais independentes em cada área onde aatividade humana afeta o meio ambiente. A execuçãodeste programa deverá levar em conta as diferentessituações e condições dos países e regiões e a plenaobservância de todos os princípios contidos naDeclaração do Rio Sobre Meio Ambiente eDensenvolvimento. Trata-se de uma pauta de ações alongo prazo, estabelecendo os temas, projetos, objetivos,metas, planos e mecanismos de execução paradiferentes temas da Conferência. Esse programa contém4 seções, 40 capítulos, 115 programas, eaproximadamente 2.500 ações a serem implementadas.As quatro seções se subdividem em capítulos temáticosque contêm um conjunto de áreas e programas. Essasquatros seções abrangem os seguintes temas:

(1) Dimensões Econômicas e Sociais: trata dasrelações entre meio ambiente e pobreza, saúde,comércio, dívida externa, consumo e população;

(2) Conservação e Administração de Recursos:trata das maneiras de gerenciar recursos físicos paragarantir o desenvolvimento sustentável;

(3) Fortalecimento dos Grupos Sociais: trata dasformas de apoio a grupos sociais organizados eminoritários que colaboram para a sustentabilidade;

(4) Meios de Implementação: trata dosfinanciamentos e papel das atividades governamentais

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e não-governamentais.A premissa básica da atual gestão na Secretaria

de Estado do Meio Ambiente é a implementação daAgenda 21 no Estado de São Paulo. Dentre os princípiosque norteiam a sua atuação destacam-se a transparênciae a participação social, o cumprimento rigoroso dalegislação, a implementação do desenvolvimentosustentável como conceito central da gestão ambiental,a implantação de instrumentos inovadores, como atributação verde e a auditoria ambiental, a utilização domercado como sinalizador, a eficiência e a éticaambiental na gestão dos negócios públicos, a valorizaçãodas ONGs como guardiãs de uma cidadaniacontemporânea, a reorganização institucional da SMA,a internalização da dimensão ambiental pelo setorprodutivo, a orientação das atividades por missões eavaliação de resultados, etc. A estratégia para aimplementação da Agenda 21 no Estado de São Paulodeu-se através da criação de 10 programas prioritáriosque contemplam o conjunto de capítulos do referidodocumento, que são os seguintes:

� Programa Estadual de Apoio às Ongs,� Programa Estadual de Consumidor e MeioAmbiente,� Programa Estadual de Controle Ambiental,� Programa Estadual de Educação Ambiental,� Programa Estadual de Gestão AmbientalDescentralizada,� Programa Estadual de Mudanças ClimáticasGlobais,� Programa Estadual de Prevenção à Redução daCamada de Ozônio,� Programa Estadual de Proteção àBiodiversidade,� Programa Estadual de Recursos Hídricos,� Programa Estadual de Resíduos Sólidos.

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⇒ Princípios para a Administração Sustentável dasPrincípios para a Administração Sustentável dasPrincípios para a Administração Sustentável dasPrincípios para a Administração Sustentável dasPrincípios para a Administração Sustentável dasF lores tasF lores tasF lores tasF lores tasF lores tas

Os países participantes da CNUMAD adotaram estadeclaração de princípios visando um consenso globalsobre o manejo, conservação e desenvolvimentosustentável de todos os tipos de florestas. O fato destetratado ter se transformado apenas numa declaraçãode princípios reflete as dificuldades que surgiram noperíodo de negociação do texto. Apesar de controvertido,este foi o primeiro tratado a tratar da questão florestal demaneira universal. A declaração visa a implantação daproteção ambiental de forma integral e integrada. Todasas funções das florestas estão descritas no texto e sãosugeridas medidas para a manutenção de tais funções.

⇒ Convenção da BiodiversidadeConvenção da BiodiversidadeConvenção da BiodiversidadeConvenção da BiodiversidadeConvenção da Biodiversidade

A Convenção da Biodiversidade foi assinada noRio de Janeiro em 1992, por 156 Estados e umaorganização de integração econômica regional. Osobjetivos da convenção estão expressos em seu artigo1: “Os objetivos dessa Convenção, a serem observadosde acordo com as disposições aqui expressas, são aconservação da biodiversidade, o uso sustentável deseus componentes e a divisão equitativa e justa dosbenefícios gerados com a utilização de recursosgenéticos, através do acesso apropriado a referidosrecursos, e através da transferência apropriada dastecnologias relevantes, levando-se em consideraçãotodos os direitos sobre tais recursos e sobre astecnologias, e através de financiamento adequado.”

⇒ Convenção sobre Mudança do ClimaConvenção sobre Mudança do ClimaConvenção sobre Mudança do ClimaConvenção sobre Mudança do ClimaConvenção sobre Mudança do Clima

A Convenção sobre Mudança do Clima foi assinadaem 1992 no Rio de Janeiro, por 154 Estados e umaorganização de integração econômica regional. Entreseus fundamentos encontra-se a preocupação de que

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as atividades humanas têm causado uma concentraçãona atmosfera de gases de efeito estufa, que resultaránum aquecimento da superfície da Terra e da atmosfera,o que poderá afetar adversamente ecossistemas naturaise a humanidade. Seus objetivos são: (a) estabilizar aconcentração de gases efeito estufa na atmosfera numnível que possa evitar uma interferência perigosa com osistema climático; (b) assegurar que a produçãoalimentar não seja ameaçada; (c ) possibilitar que odesenvolvimento econômico se dê de forma sustentável.

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III - Organizações Internacionais comatuação na Área Ambiental

Organização Internacional é uma associação deEstados estabelecida por tratado, que possui umaconstituição e órgãos em comum, com personalidadejurídica distinta da dos seus membros. Trata-se de umaassociação voluntária de sujeitos de Direito Internacional(Estados), constituída por ato internacional (tratado),regida por normas de Direito Internacional (tratados,costumes internacionais, princípios gerais de Direito,Doutrina, Constituição, normas oriundas de sua própriafunção legiferante, etc), dotada de órgãos e instituiçõespróprias.

Há diversos organismos internacionais que lidam

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de forma direta ou indireta com questões relativas aomeio ambiente. Aqueles elencados abaixo sãoorganismos ou programas da Organização das NaçõesUnidas cuja atuação mais se destaca nessa área.

A. Comissão de Desenvolvimento SustentávelA. Comissão de Desenvolvimento SustentávelA. Comissão de Desenvolvimento SustentávelA. Comissão de Desenvolvimento SustentávelA. Comissão de Desenvolvimento Sustentável(CDS) - Commission on Sustainable Development(CDS) - Commission on Sustainable Development(CDS) - Commission on Sustainable Development(CDS) - Commission on Sustainable Development(CDS) - Commission on Sustainable Development

Após o advento da CNUMAD (ou Rio 92), aAssembléia Geral da ONU criou a Comissão deDesenvolvimento Sustentável como uma comissãofuncional do ECOSOC (Conselho Econômico e Social daONU). A Comissão é composta por 53 Estados membros,com mandatos de 3 anos. Seu papel é examinar aimplementação da Agenda 21, nos níveis nacional,regional e internacional, guiada explicitamente pelosprincípios da Declaração do Rio de Janeiro.

A Comissão monitora a integração dos objetivosdesenvolvimentistas e ambientais que permeiam todo osistema das Nações Unidas, coordena o processodecisório entre governos nessas matérias e fazrecomendações sobre quaisquer medidas necessáriaspara a promoção do desenvolvimento sustentável. A CDSrecebe relatórios de órgãos, organizações, programas einstituições, bem como informações fornecidas porgovernos na forma de comunicações periódicas, ou deorganizações não-governamentais. Tem também afunção de rever os compromissos financeiros assumidosna Agenda 21. Em todas essas matérias a Comissãopode formular recomendações, através do ComitêEconômico e Social da ONU (ECOSOC), à AssembléiaGeral.

B. PNUMA (ou UNEP) - Programa das NaçõesB. PNUMA (ou UNEP) - Programa das NaçõesB. PNUMA (ou UNEP) - Programa das NaçõesB. PNUMA (ou UNEP) - Programa das NaçõesB. PNUMA (ou UNEP) - Programa das NaçõesUnidas para o Meio Ambiente:Unidas para o Meio Ambiente:Unidas para o Meio Ambiente:Unidas para o Meio Ambiente:Unidas para o Meio Ambiente:

Paralelamente à CDS, o principal organismo lidandohoje com questões ambientais na esfera internacional éo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio

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Ambiente), conhecido internacionalmente por sua siglaem inglês “UNEP” (United Nations EnvironmentalProgram). O PNUMA foi criado em 1972 pela AssembléiaGeral da ONU como um dos resultados da Conferênciada ONU sobre o Meio Ambiente Humano. Teve seumandato ampliado com o advento da Agenda 21,passando a ser responsável, junto com os Estados eorganismos da ONU, pela concretização dos objetivosda Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambientee Desenvolvimento e pela Agenda 21. O Programa operaa partir de sua sede em Nairobi.

Seus objetivos são: (i) facilitar a cooperaçãointernacional no campo do meio ambiente; (ii) promovero desenvolvimento de conhecimento nessa área; (iii)monitorar o estado do meio ambiente global; (iv) chamara atenção dos governos para problemas ambientaisemergentes de importância internacional.

A parte estrutural do Programa compreende umConselho Executivo, um Secretariado, chefiado por umSecretário Executivo, e um Fundo, que forneceassistência financeira aos programas ambientais. Osrecursos do Fundo são fornecidos por governos de formavoluntária, e são utilizados na promoção de projetosapresentados por governos, órgãos das Nações Unidas,organizações-não-governamentais, ou formulados pelopróprio PNUMA.

C - Conselho Consultivo de Alto Nível sobreC - Conselho Consultivo de Alto Nível sobreC - Conselho Consultivo de Alto Nível sobreC - Conselho Consultivo de Alto Nível sobreC - Conselho Consultivo de Alto Nível sobreDesenvolvimento Sustentável (High LevelDesenvolvimento Sustentável (High LevelDesenvolvimento Sustentável (High LevelDesenvolvimento Sustentável (High LevelDesenvolvimento Sustentável (High LevelAdvisory Board on Sustainable Development) eAdvisory Board on Sustainable Development) eAdvisory Board on Sustainable Development) eAdvisory Board on Sustainable Development) eAdvisory Board on Sustainable Development) eComitê Inter-Agências sobre DesenvolvimentoComitê Inter-Agências sobre DesenvolvimentoComitê Inter-Agências sobre DesenvolvimentoComitê Inter-Agências sobre DesenvolvimentoComitê Inter-Agências sobre DesenvolvimentoSustentávelSustentávelSustentávelSustentávelSustentável

Ambos organismos foram criados como resultadoda CNUMAD, e em função da necessidade de agilizar aimplementação dos compromissos então assumidos.

O Conselho Consultivo de Alto Nível sobreDesenvolvimento Sustentável foi criado após a CNUMAD,e seus 21 membros foram indicados em julho de 1993

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pelo Secretário Geral da ONU. O papel do conselho éauxiliar na formulação de propostas de políticas eidentificar questões emergentes que devem receberespecial atenção dos organismos internacionais,particularmente da Comissão de DesenvolvimentoSustentável e do Conselho Econômico e Social da ONU(ECOSOC). Muitos de seus membros são especialistasem questões ambientais

O Comitê Inter-Agências sobre DesenvolvimentoSustentável é composto de nove membros,representando o PNUMA, a FAO, a IAEA, a OIT, o PNUD(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento),a UNESCO, a WHO, a WMO e o Banco Mundial. Foi criadoem Outubro de 1992 e é um dos atores principais naimplementação da Agenda 21, pois assegura acooperação e a coordenação das ações dentro dosistema das Nações Unidas.

D - FAO (Food and Agriculture Organization) -D - FAO (Food and Agriculture Organization) -D - FAO (Food and Agriculture Organization) -D - FAO (Food and Agriculture Organization) -D - FAO (Food and Agriculture Organization) -Organização das Nações Unidas para aOrganização das Nações Unidas para aOrganização das Nações Unidas para aOrganização das Nações Unidas para aOrganização das Nações Unidas para aAlimentação e a Agricultura:Alimentação e a Agricultura:Alimentação e a Agricultura:Alimentação e a Agricultura:Alimentação e a Agricultura:

A FAO foi criada em 1945 e tem sede em Roma.Tem como principal objetivo a erradicação da fome epobreza que afetam milhões de pessoas em todo omundo.

As suas finalidades são as seguintes: (i) prepararinformações e avaliações sobre produção, distribuiçãoe consumo com relação à agricultura, pesca, nutrição esilvicultura; (ii) fornecer assistência técnica; (iii) promovera melhoria nacional e internacional de produção,distribuição de alimentos.

A questão da produção alimentícia estáintrinsicamente ligada à questão ambiental, uma vez quetal produção depende das condições dos recursosnaturais disponíveis. Na promoção da produçãoalimentícia em todo o mundo, o trabalho da FAO dependede fatores ambientais, tais como uso do solo, utilizaçãode recursos hídricos, pesticidas, entre outros, cujo

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aproveitamento e uso correto é essencial para amanutenção da qualidade ambiental global e dosalimentos.

E- WHO (World Health Organization) -E- WHO (World Health Organization) -E- WHO (World Health Organization) -E- WHO (World Health Organization) -E- WHO (World Health Organization) -Organização Mundial de Saúde:Organização Mundial de Saúde:Organização Mundial de Saúde:Organização Mundial de Saúde:Organização Mundial de Saúde:

A OMS foi criada na Conferência Internacional deSaúde de 1946, reunida em Nova York, e começou afuncionar em 1948, com a função básica de melhorar onível de saúde no mundo.

Entre seus objetivos destacam-se: (i) erradicar asepidemias e endemias; (ii) estabelecer padrõesinternacionais para produtos farmacêuticos e biológicos;(iii) auxiliar os governos; (iv) coordenar as atividadesinternacionais em matéria de saúde; (v) contribuir parao aperfeiçoamento do ensino médico.

F- IAEA (International Atomic Energy Agency) -F- IAEA (International Atomic Energy Agency) -F- IAEA (International Atomic Energy Agency) -F- IAEA (International Atomic Energy Agency) -F- IAEA (International Atomic Energy Agency) -Agência Internacional de Energia AtômicaAgência Internacional de Energia AtômicaAgência Internacional de Energia AtômicaAgência Internacional de Energia AtômicaAgência Internacional de Energia Atômica

A IAEA tem as suas origens em uma proposiçãodo Presidente Eisenhower perante a Assembléia Geralda ONU em 1953. O então Presidente dos EstadosUnidos apresentou uma proposta no sentido de sercriada uma organização internacional “devotadaexclusivamente aos usos pacíficos da energia atômica”.Em 1957 a Agência começou a funcionar com sede emViena.

As finalidades da IAEA são: (i) incrementar autilização pacífica da energia atômica; (ii) facilitar ointercâmbio de informações e cientistas; (iii) agir comointermediária entre seus membros para providenciarserviços, equipamentos, etc.

As atividades da IAEA visam a promoção dodesenvolvimento da energia nuclear, do uso de radio-isótopos na medicina, agricultura, hidrologia e indústria;promoção de intercâmbio de informações e técnicasatravés de programas para bolsistas, programas de

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treinamento, conferências e publicações; lidar comaspectos legais relacionados aos perigos decorrentesda radioatividade.

A IAEA formulou padrões básicos de segurançapara proteção contra a radiação, e também formulouregulamentos e normas técnicas para operaçõesespecíficas como o transporte seguro de materiaisradioativos.

Países signatários do Tratado de Não Proliferaçãode Armas Nucleares comprometem-se ao assinar oacordo a seguir as regras de salvaguarda estabelecidaspela Agência referentes às suas atividades pacíficas,submetendo-se às suas inspeções periódicas.

A Agência exerce certo controle sobre os Estadosmembros através de inspeções. Se um Estado viola assuas normas, é feito um relatório ao Conselho deGovernadores (órgão da Agência), que exorta o Estadoviolador a respeitar as normas da Agência e comunica aviolação à Assembléia Geral da ONU e ao Conselho deSegurança. A sanção pode incluir ainda a interrupçãodo auxílio prestado pela IAEA ao Estado ou ainda a suaexclusão da organização.

G - WMO - World Metereological Organization -G - WMO - World Metereological Organization -G - WMO - World Metereological Organization -G - WMO - World Metereological Organization -G - WMO - World Metereological Organization -Organização Metereológica MundialOrganização Metereológica MundialOrganização Metereológica MundialOrganização Metereológica MundialOrganização Metereológica Mundial

A WMO entrou em funcionamento em 1951, e temsede em Genebra. As finalidades da WMO são aseguintes: (i) promover o rápido intercâmbio entre osEstados das informações metereológicas; (ii) intensificara aplicação da metereologia à navegação marítima eaérea e à agricultura; (iii) estabelecer uma rede deestações metereológicas; (iv) intensificar a pesquisanesse domínio.

A WMO promove o intercâmbio de informaçõesrelativas a imagens de nuvens, análises e previsões dascondições oceânicas, base física das condiçõesclimáticas.

A WMO tem um programa no campo ambiental

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denominado “Programa Ambiental de AplicaçãoMetereológica” que aplica conhecimentos dametereologia às atividades humanas, tais comoagricultura, transportes, energia, poluição atmosférica emarítima e problemas ambientais em geral.

H - IMO (International Maritime Organization) -H - IMO (International Maritime Organization) -H - IMO (International Maritime Organization) -H - IMO (International Maritime Organization) -H - IMO (International Maritime Organization) -Organização Marítima InternacionalOrganização Marítima InternacionalOrganização Marítima InternacionalOrganização Marítima InternacionalOrganização Marítima Internacional

A IMO teve sua constituição elaborada em 1948,mas só entrou em vigor em 1958, e tem sede emLondres. Suas principais finalidades são: (i) cooperaçãoe troca de informações no campo internacional a respeitode assuntos técnicos de navegação comercial; (ii)desenvolver a segurança no mar; (iii) reunir conferênciassobre navegação.

I - IWC (International Whaling Commission) -I - IWC (International Whaling Commission) -I - IWC (International Whaling Commission) -I - IWC (International Whaling Commission) -I - IWC (International Whaling Commission) -Comissão Internacional sobre a Pesca da BaleiaComissão Internacional sobre a Pesca da BaleiaComissão Internacional sobre a Pesca da BaleiaComissão Internacional sobre a Pesca da BaleiaComissão Internacional sobre a Pesca da Baleia

Em 1946 um acentuado declínio das populaçõesde baleias nos mares internacionais devido à caçadesmedida em anos anteriores fez com que os paísesenvolvidos na pesca de baleias assinassem a ConvençãoInternacional para Regulamentação da Pesca da Baleia,a fim de evitar que a atividade se tornasse inviáveleconomicamente.

A Conveção criou a Comissão sobre a Pesca daBaleia, com a função de regulamentar a pesca de formasistemática. Ocorre que a pesca da baleia prosseguiude forma desordenada, causando tamanho declínio daspopulações existentes, que em 1982 a Comissão passouuma moratória proibindo a pesca comercial da baleiano período de 1986 a 1990.

J - ILO (International Labor Organization) -J - ILO (International Labor Organization) -J - ILO (International Labor Organization) -J - ILO (International Labor Organization) -J - ILO (International Labor Organization) -Organização Internacional do Trabalho (OIT)Organização Internacional do Trabalho (OIT)Organização Internacional do Trabalho (OIT)Organização Internacional do Trabalho (OIT)Organização Internacional do Trabalho (OIT)

Foi criada em 1919 como uma instituição autônoma

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ligada à Liga das Nações (antecessora da ONU). Em 1946a OIT tornou-se a primeira agência especializada da ONU.

Entre suas finalidades destacam-se: (i)estabelecimento de uma paz duradoura através dapromoção da justiça social; (ii) promover a melhoria dascondições de trabalho e de vida através da açãointernacional; (iii) promover estabilidade econômica esocial.

No campo do meio ambiente é importante destacara atuação da OIT na promoção de um meio ambiente detrabalho sadio. No âmbito da OIT foram firmados váriostratados de cunho ambiental.

A OIT atua em várias frentes no que diz respeito aomeio ambiente. Um dos principais programas da OITchama-se “Condições de Trabalho e Meio Ambiente”.Esse programa é guiado pelo princípio segundo o qualas pessoas têm direito a trabalhar num meio ambientesadio e seguro. Dentre as questões sob estudo por esseprograma da OIT, em conjunto com o PNUMA e aOrganização Mundial da Saúde, encontra-se um gurpode trabalho que está promovendo programas voltados àassegurar que a manipulação de substâncias perigosasna indústria e agricultura se dêem de forma a proteger omeio ambiente e a saúde dos trabalhadores. Dentro doPrograma do Meio Ambiente, a OIT também trata daelaboração de um código sobre o uso de produtosquímicos no trabalho. A proteção contra a radiação noambiente de trabalho é outra preocupação da OIT, quetrabalha em conjunto com outros organismos da ONUnesse assunto. Os cuidados necessários para odescomissonamento de usinas nucleares ao redor domundo é outro assunto que está sendo estudado pelaOIT.

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IV - FONTES BIBLIOGRÁFICASIV - FONTES BIBLIOGRÁFICASIV - FONTES BIBLIOGRÁFICASIV - FONTES BIBLIOGRÁFICASIV - FONTES BIBLIOGRÁFICAS

1. A AGENDA 21,Tradução Publicada pela Câmara dosDeputados, Brasília, 1995

2. Albuquerque, Celso D. de, Direito InternacionalPúblico, 8a. edição, Livraria Freitas Bastos S.A., 1986

3. Buergenthal, Thomas, e Maier, Harold G., PublicInternational Law, In a Nut Shell, West Publishing Co., 1990

4. “Everyone´s United Nations - A Handbook on theWork of the United Nations”, Tenth Edition, 1986

5. Feldmann, Fabio, org., Guia da Ecologia, Ed. Abril,1 9 9 2

6. Greenglobe Yearbook of International Co-operationon Environment and Development,The Fridtjof NansenInstitute, 1994

7. Henkin, Louis; Pugh, Richard C.; Schachter, Oscar;Smit, Hans, “ International Law, Cases and Materials”, 2nd.Edition, West Publishing Co., 1987

8. Implantação da Agenda 21 em São Paulo,Documento da Secretaria de Estado do Meio Ambiente,Balanço Dezembro de 1995

9. Kiss, Alexander, e Shelton, Dinah, “InternationalEnvironmental Law”, 1994 Supplement, TransnationalPublishers, Inc., New York, 1994

10. Machado, Paulo Affonso Leme, Direito AmbientalBrasileiro, Malheiros Editores, 1992

11. Milaré, Édis, Tutela Jurisdicional do Meio Ambiente,“in” RT (Revista dos Tribunais) 676/48, Fevereiro de 1992

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12. Relatório do “I Workshop Preparatório da Agenda21- Brasil”, Realizado pelo Ministério do Meio Ambiente,Recursos Hídricos e Amazônia Legal, Abril de 1996

13. “The State of the Environment 1972-1982”,Publicação do PNUMA - Programa das Nações Unidaspara o Meio Ambiente, UNEP, 1982

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Tratados e Organizações Internacionais em matéria de Meio Ambiente

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Coordenação GeralCoordenação GeralCoordenação GeralCoordenação GeralCoordenação Geral

Secretário de Estado do Meio Ambiente de São PauloFabio Feldmann

Produção Editorial e PesquisaProdução Editorial e PesquisaProdução Editorial e PesquisaProdução Editorial e PesquisaProdução Editorial e Pesquisa

Rachel Biderman Furriela

Produção GráficaProdução GráficaProdução GráficaProdução GráficaProdução Gráfica

Dirceu Rodrigues

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