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34
Saúde e Segurança no Trabalho aúde e Segurança no Trabalho aúde e Segurança no Trabalho aúde e Segurança no Trabalho em em em em Serviços de Saneamento Serviços de Saneamento Serviços de Saneamento Serviços de Saneamento Guia do profissional em treinamento Guia do profissional em treinamento Guia do profissional em treinamento Guia do profissional em treinamento Nível1 Transversal

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SSSSaúde e Segurança no Trabalho aúde e Segurança no Trabalho aúde e Segurança no Trabalho aúde e Segurança no Trabalho

emememem Serviços de SaneamentoServiços de SaneamentoServiços de SaneamentoServiços de Saneamento

Guia do profissional em treinamentoGuia do profissional em treinamentoGuia do profissional em treinamentoGuia do profissional em treinamento Nível1111

Transversal

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Promoção Promoção Promoção Promoção Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental – ReCESA

ReReReRealização alização alização alização Núcleo Regional Nordeste – NURENE

Instituições integrantes do NURENEInstituições integrantes do NURENEInstituições integrantes do NURENEInstituições integrantes do NURENE Universidade Federal da Bahia (líder) | Universidade Federal do Ceará |

Universidade Federal da Paraíba | Universidade Federal de Pernambuco

Financiamento Financiamento Financiamento Financiamento Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia I Fundação Nacional de Saúde do

Ministério da Saúde I Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades

Apoio organizacional Apoio organizacional Apoio organizacional Apoio organizacional Programa de Modernização do Setor de Saneamento – PMSS

ComitComitComitComitê gestor da ReCESAê gestor da ReCESAê gestor da ReCESAê gestor da ReCESA Comitê consultivo da ReCESAComitê consultivo da ReCESAComitê consultivo da ReCESAComitê consultivo da ReCESA

- Ministério das Cidades;

- Ministério da Ciência e Tecnologia;

- Ministério do Meio Ambiente;

- Ministério da Educação;

- Ministério da Integração Nacional;

- Ministério da Saúde;

- Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico Social (BNDES);

- Caixa Econômica Federal (CAIXA).

Parceiros do NURENE

- ARCE – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará - Cagece – Companhia de Água e Esgoto do Ceará - Cagepa – Companhia de Água e Esgotos da Paraíba - CEFET Cariri – Centro Federal de Educação Tecnológica do Cariri/CE - CENTEC Cariri – Faculdade de Tecnologia CENTEC do Cariri/CE - Cerb – Companhia de Engenharia Rural da Bahia - Compesa – Companhia Pernambucana de Saneamento - Conder – Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia - EMASA – Empresa Municipal de Águas e Saneamento de Itabuna/BA - Embasa – Empresa Baiana de Águas e Saneamento - Emlur – Empresa Municipal de Limpeza Urbana de João Pessoa - Emlurb / Fortaleza – Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização de Fortaleza - Emlurb / Recife – Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife - Limpurb – Empresa de Limpeza Urbana de Salvador - SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto do Município de Alagoinhas/BA - SECTMA – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco - SEDUR – Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia - SEINF – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Infra-Estrutura de Fortaleza - SEMAM / Fortaleza – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano - SEMAM / João Pessoa – Secretaria Executiva de Meio Ambiente - SENAC / PE – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Pernambuco - SENAI / CE – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Ceará - SENAI / PE – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Pernambuco - SEPLAN – Secretaria de Planejamento de João Pessoa - SESAN – Secretaria de Saneamento do Recife - SUDEMA – Superintendência de Administração do Meio Ambiente do Estado da Paraíba - UECE – Universidade Estadual do Ceará - UFMA – Universidade Federal do Maranhão - UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco - UPE – Universidade de Pernambuco

- Associação Brasileira de Captação e Manejo de Água de Chuva – ABCMAC

- Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES

- Associação Brasileira de Recursos Hídricos – ABRH

- Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública – ABLP

- Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais – AESBE

- Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento – ASSEMAE

- Conselho de Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica – CONCEFET

- Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CONFEA

- Federação de Órgão para a Assistência Social e Educacional – FASE

- Federação Nacional dos Urbanitários – FNU

- Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas – FNCBHS

- Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras

– FORPROEX

- Fórum Nacional Lixo e Cidadania – L&P

- Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental – FNSA

- Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM

- Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS

- Programa Nacional de Conservação de Energia – PROCEL

- Rede Brasileira de Capacitação em Recursos Hídricos – Cap-Net Brasil

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Saúde e Segurança no Trabalho Saúde e Segurança no Trabalho Saúde e Segurança no Trabalho Saúde e Segurança no Trabalho

emememem Serviços de SaneamentoServiços de SaneamentoServiços de SaneamentoServiços de Saneamento

Guia do profissional em treinamento Guia do profissional em treinamento Guia do profissional em treinamento Guia do profissional em treinamento Nível1111

Transversal

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Catalogação da Fonte:

Coordenação Geral do NURENECoordenação Geral do NURENECoordenação Geral do NURENECoordenação Geral do NURENE

Profª. Drª. Viviana Maria Zanta

Profissionais que participaram da elaboração deste guiaProfissionais que participaram da elaboração deste guiaProfissionais que participaram da elaboração deste guiaProfissionais que participaram da elaboração deste guia

ProfessorProfessorProfessorProfessor Anastácio Pinto Gonçalves Filho

CréditosCréditosCréditosCréditos

Luiz Roberto Santos Moraes

Central de Produção de Material DidáticoCentral de Produção de Material DidáticoCentral de Produção de Material DidáticoCentral de Produção de Material Didático

Patrícia Campos Borja | Alessandra Gomes Lopes Sampaio Silva

Vivien Luciane Viaro

Projeto GráficoProjeto GráficoProjeto GráficoProjeto Gráfico

Marco Severo | Rachel Barreto | Romero Ronconi

Impressão

Fast Design

É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.

EXX Tema Transversais: saúde e segurança do trabalho em serviços

de saneamento: nível 1 / Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (org). – Salvador: ReCESA, 2008. 36 p.

Nota: Realização do NURENE – Núcleo Regional Nordeste;

coordenação de Viviana Maria Zanta, José Fernando Thomé Jucá, Heber Pimentel Gomes e Marco Aurélio Holanda de Castro.

1. Saneamento – interfaces. 2. Saúde e saneamento –.

3. Segurança do trabalho. 4. Ergonomia. 5. Riscos Ambientais I. Brasil. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. II. Núcleo Regional Nordeste.

CDD – XXX.X

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Apresentação da ReCESAApresentação da ReCESAApresentação da ReCESAApresentação da ReCESA

A criação do Ministério das Cidades Ministério das Cidades Ministério das Cidades Ministério das Cidades no

Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da

Silva, em 2003, permitiu que os imensos

desafios urbanos passassem a ser

encarados como política de Estado. Nesse

contexto, a Secretaria Nacional de Secretaria Nacional de Secretaria Nacional de Secretaria Nacional de

Saneamento Ambiental Saneamento Ambiental Saneamento Ambiental Saneamento Ambiental (SNSA) inaugurou

um paradigma que inscreve o saneamento

como político pública, com dimensão

urbana e ambiental, promotora de

desenvolvimento e redução das

desigualdades sociais. Uma concepção de

saneamento em que a técnica e a

tecnologia são colocadas a favor da

prestação de um serviço público e

essencial.

A missão da SNSA ganhou maior

relevância e efetividade com a agenda do

saneamento para o quadriênio 2007-

2010, haja vista a decisão do Governo

Federal de destinar, dos recursos

reservados ao Programa de Aceleração do

Crescimento (PAC), 40 bilhões de reais

para investimentos em saneamento.

Nesse novo cenário, a SNSA conduz ações

de capacitação como um dos

instrumentos estratégicos para a

modificação de paradigmas, o alcance de

melhorias de desempenho e da qualidade

na prestação dos serviços e a integração

de políticas setoriais. O projeto de

estruturação da Rede de Capacitação e Rede de Capacitação e Rede de Capacitação e Rede de Capacitação e

Extensão Tecnológica em SanExtensão Tecnológica em SanExtensão Tecnológica em SanExtensão Tecnológica em Saneamento eamento eamento eamento

Ambiental Ambiental Ambiental Ambiental –––– ReCESA ReCESA ReCESA ReCESA constitui importante

iniciativa nessa direção.

A ReCESA tem o propósito de reunir um

conjunto de instituições e entidades com

o objetivo de coordenar o

desenvolvimento de propostas

pedagógicas e de material didático, bem

como promover ações de intercâmbio e de

extensão tecnológica que levem em

consideração as peculiaridades regionais e

as diferentes políticas, técnicas e

tecnologias visando capacitar

profissionais para a operação,

manutenção e gestão dos sistemas e

serviços de saneamento. Para a

estruturação da ReCESA foram formados

Núcleos Regionais e um Comitê Gestor,

em nível nacional.

Por fim, cabe destacar que este projeto

tem sido bastante desafiador para todos

nós: um grupo predominantemente

formado por profissionais da área de

engenharia que compreendeu a

necessidade de agregar outros olhares e

saberes, ainda que para isso tenha sido

necessário "contornar todos os meandros

do rio, antes de chegar ao seu curso

principal".

Comitê Gestor da ReCESA Comitê Gestor da ReCESA Comitê Gestor da ReCESA Comitê Gestor da ReCESA

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NURENENURENENURENENURENE

O Núcleo Regional Nordeste (NURENE) tem

por objetivo o desenvolvimento de

atividades de capacitação de profissionais

da área de saneamento, em quatro

estados da região Nordeste do Brasil:

Bahia, Ceará, Paraíba e Pernambuco.

O NURENE é coordenado pela

Universidade Federal da Bahia (UFBA),

tendo como instituições co-executoras a

Universidade Federal do Ceará (UFC), a

Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a

Universidade Federal de Pernambuco

(UFPE).

O NURENE espera que suas atividades

possam contribuir para a alteração do

quadro sanitário do Nordeste e,

consequentemente, para a melhoria da

qualidade de vida da população dessa

região marcada pela desigualdade social.

Coordenadores Institucionais do NURENECoordenadores Institucionais do NURENECoordenadores Institucionais do NURENECoordenadores Institucionais do NURENE

Os Guias Os Guias Os Guias Os Guias

A coletânea de materiais didáticos

produzidos pelo NURENE é composta de

19 guias que serão utilizados nas Oficinas

de Capacitação para profissionais que

atuam na área de saneamento. Quatro

guias tratam de temas transversais,

quatro abordam o manejo das águas

pluviais, três estão relacionados aos

sistemas de abastecimento de água, três

são sobre esgotamento sanitário e cinco

versam sobre o manejo dos resíduos

sólidos e limpeza pública.

O público alvo do NURENE envolve

profissionais que atuam na área dos

serviços de saneamento e que possuem

um grau de escolaridade que varia do

semi-alfabetizado ao terceiro grau.

Os guias representam um esforço do

NURENE no sentido de abordar as

temáticas de saneamento segundo uma

proposta pedagógica pautada no

reconhecimento das práticas atuais e em

uma reflexão crítica sobre essas ações

para a produção de uma nova prática

capaz de contribuir para a promoção de

um saneamento de qualidade para todos.

Equipe da Central de Produção de Material Didático Equipe da Central de Produção de Material Didático Equipe da Central de Produção de Material Didático Equipe da Central de Produção de Material Didático –––– CPMD CPMD CPMD CPMD

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 9

Apresentação da área temáticaApresentação da área temáticaApresentação da área temáticaApresentação da área temática

Tema transversalTema transversalTema transversalTema transversal

A natureza das ações de saneamento

ambiental exige um pensar que ultrapasse a

visão disciplinar e fragmentada, herdada do

pensamento ocidental. Com esse intuito, o

NURENE incorporou a transversalidade às

temáticas das oficinas de capacitação. Desse

modo, busca-se um espaço para a

reintegração de aspectos que ficam isolados

uns dos outros em decorrência do tratamento

disciplinar. Assim, questões como a saúde do

trabalhador, as políticas e os planos de

saneamento, o saneamento integrado, as

tecnologias apropriadas e os projetos de

captação de recursos passam a constituir

temas que possibilitam uma abordagem mais

integral e ampla do saneamento.

Equipe da Central de Produção de Material Didático Equipe da Central de Produção de Material Didático Equipe da Central de Produção de Material Didático Equipe da Central de Produção de Material Didático –––– CPMD CPMD CPMD CPMD

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SUMÁRIO

Apresentação ...................................................................................................................... 11

Dinâmica de interação .............................................................................................. 12

Ambiente de trabalho .......................................................................................................... 13

Onde é o Ambiente de trabalho................................................................................. 13

Riscos existentes no ambiente de trabalho ........................................................................... 15

Classificação dos riscos..............................................................................................15

Doenças e acidentes do trabalho.......................................................................................... 18

Conceito de doenças do trabalho...............................................................................18

Conceito de acidentes do trabalho.............................................................................18

Principais doenças do trabalho no saneamento ambiental..........................................19

Acidentes de trabalho no saneamento ambiental.......................................................20

Eliminação dos riscos e medidas de proteção coletiva.............................................................22

Eliminação dos riscos..................................................................................................22

Ergonomia..............................................................................................................................24

Conceito de Ergonomia...............................................................................................24

Análise ergonômica do trabalho..................................................................................26

Equipamentos de proteção individual – EPI.............................................................................27

Seleção do EPI...........................................................................................................27

Causas de acidentes de trabalho............................................................................................32

Concepção de multicausal de acidentes de trabalho...................................................32

Legislação relativa à saúde e segurança no trabalho...............................................................34

Constituição federal de 1988......................................................................................34

Consolidação das leis do trabalho – CLT.....................................................................34

Referências Bibliográficas......................................................................................................36

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Apresentação

Existem escassas informações em

relação ao setor de saneamento ambiental

no que se refere às condições de trabalho,

aos impactos sobre a saúde, à exposição

aos riscos, às políticas e gestão de

segurança e saúde no trabalho.

Os trabalhadores diretamente

envolvidos com as atividades de

saneamento ambiental formam uma

população exposta aos riscos existentes no

ambiente de trabalho. A exposição se dá

notadamente pelos riscos de acidentes de

trabalho provocados pela ausência de

treinamento, pela falta de condições

adequadas de trabalho e pela inadequação

da tecnologia utilizada à realidade dos

países em desenvolvimento; e pelos riscos

de contaminação pelo contato direto e mais

próximo do instante da geração do lixo,

com maiores probabilidades da presença

ativa de microorganismos infecciosos. O

conhecimento desses riscos é fundamental

para a prevenção de doenças e acidentes do

trabalho.

Este material didático tem o objetivo

fornecer conhecimento básico sobre saúde

e segurança no trabalho para técnicos de

nível médio que atuam na área de

saneamento ambiental, para que possam,

com os conhecimentos adquiridos na sua

vida profissional, realizar suas atividades de

forma segura, contribuir para a melhoria do

ambiente do trabalho, e prevenindo

doenças e acidentes.

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 12

DINÂMICA DE INTERAÇÃO

- Apresentação dos participantes. - Compartilhar as expectativas quanto à oficina. - Apresentar a ReCESA. - Apresentar e pactuar a dinâmica da oficina e das atividades.

1) Neste primeiro momento vamos conhecer a

ReCESA (Rede Nacional de Capacitação e Extensão

Tecnológica em Saneamento Ambiental), seus

objetivos e as atividades em desenvolvimento,

como, por exemplo, esta atividade de capacitação.

2) Também é o momento para conhecermos nosso

grupo e os profissionais envolvidos nesta

atividade, assim como a expectativa de cada um

de nós quando decidimos participar desta oficina.

3) Solicitamos o preenchimento das informações

contidas no crachá e a apresentação de cada

participante.

Identificação do ParticipanteIdentificação do ParticipanteIdentificação do ParticipanteIdentificação do Participante

Núcleo Regional Nordeste da Rede

Nacional de Capacitação e Extensão

Tecnológica em Saneamento Ambiental

Oficina: Saúde e segurança do trabalho

em serviços de saneamento

Nome: _________________________________

Município: ____________________________

Instituição em que trabalha:

________________________________________

Função: ________________________________

OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 13

Ambiente de trabalho

Onde é o ambiente de trabalhoOnde é o ambiente de trabalhoOnde é o ambiente de trabalhoOnde é o ambiente de trabalho

Quando o trabalhador está executando sua tarefa, como por

exemplo, varrer rua ou coletar lixo, o local onde ele está fazendo

essas atividades chama-se ambiente de trabalho. Assim, o ambiente

de trabalho do varredor é a rua que ele está varrendo (figura 1), o

ambiente do coletor de lixo é o local onde ele está coletando o lixo

(figura 2).

Figuras 1e 2 - mostra o ambiente de trabalho do varredor e coletor de lixo.

Para os trabalhadores que exercem atividades de limpeza de esgoto, o ambiente de trabalho é

o esgoto (figura 3).

OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

O objetivo deste capítulo

é conhecer o ambiente

de trabalho onde são

feitas as atividades do

trabalhador.

São apresentados

exemplos de ambientes

de trabalhos nas

atividades de

saneamento ambiental.

Fonte: www.yesmarilia.com.br/fotos_materias/20050708_varredor.jpg&imgrefurl

Fonte: www.urbam

.com.br/admin/files/noticias/1174597094.jpg&imgrefurl

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 14

O AMBIENTE DE TRABALHO É ONDE O O AMBIENTE DE TRABALHO É ONDE O O AMBIENTE DE TRABALHO É ONDE O O AMBIENTE DE TRABALHO É ONDE O

TRABALHADOR TRABALHADOR TRABALHADOR TRABALHADOR REALIZAREALIZAREALIZAREALIZA SUAS TAREFAS. SUAS TAREFAS. SUAS TAREFAS. SUAS TAREFAS.

Figura 3 – limpeza de esgoto

TRABALHO EM EQUIPTRABALHO EM EQUIPTRABALHO EM EQUIPTRABALHO EM EQUIPE E E E

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DividamDividamDividamDividam----se em grupos para:se em grupos para:se em grupos para:se em grupos para:

� Descrever o ambiente de trabalho das fDescrever o ambiente de trabalho das fDescrever o ambiente de trabalho das fDescrever o ambiente de trabalho das figurasigurasigurasiguras 1, 2 e 3. 1, 2 e 3. 1, 2 e 3. 1, 2 e 3.

Fonte:www.saoluis.ma.gov.br/Imagens/LimpezaGalerias_3fotoRafaelBa

varesco.jpg&imgrefurl

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 15

CONHECER OS RISCOS EXISTENTES CONHECER OS RISCOS EXISTENTES CONHECER OS RISCOS EXISTENTES CONHECER OS RISCOS EXISTENTES

NO AMBIENTE DE TRABALHO É NO AMBIENTE DE TRABALHO É NO AMBIENTE DE TRABALHO É NO AMBIENTE DE TRABALHO É

IMPORTANTE PARA A PROTEÇÃO IMPORTANTE PARA A PROTEÇÃO IMPORTANTE PARA A PROTEÇÃO IMPORTANTE PARA A PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES.DOS TRABALHADORES.DOS TRABALHADORES.DOS TRABALHADORES.

Riscos existentes nos ambiente trabalho

Classificação dos riscosClassificação dos riscosClassificação dos riscosClassificação dos riscos

No ambiente de trabalho podem existir riscos que, dependendo da

intensidade, do tipo e do tempo que o trabalhador fica exposto, são

capazes de prejudicar a saúde. Para a preservação da saúde dos

trabalhadores, é importante que eles conheçam todos esses riscos e

se protejam adequadamente.

Os riscos existentes no ambiente de trabalho são classificados em:

Riscos Físicos Riscos Físicos Riscos Físicos Riscos Físicos –––– são classificados como físicos os seguintes riscos: o ruído, os raios solares, o

calor, o frio, a umidade e as vibrações.

Riscos Químicos Riscos Químicos Riscos Químicos Riscos Químicos –––– são classificados como riscos químicos as substâncias, compostos ou

produtos que podem penetrar no organismo pela via respiratória.

Riscos BiológiRiscos BiológiRiscos BiológiRiscos Biológicos cos cos cos ---- são classificados como riscos biológicos as bactérias, fungos, vírus,

protozoários, entre outros.

OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

O objetivo deste capítulo

é apresentar e classificar

os riscos existentes no

ambiente de trabalho.

Serão apresentados

exemplos de riscos

existentes nas atividades

de saneamento

ambiental, que podem

acarretar danos à saúde.

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 16

Riscos de Acidentes Riscos de Acidentes Riscos de Acidentes Riscos de Acidentes –––– são classificados como riscos de acidentes os riscos de perfurações e

cortes com materiais cortantes como vidro, metais etc, os riscos de quedas, choques elétricos,

choques contra objetos, atropelamentos, entre outros.

Os varredores de rua, quando estão fazendo suas tarefas, ficam expostos, de modo geral, aos

seguintes riscos existentes em seu ambiente de trabalho:

Riscos FísicosRiscos FísicosRiscos FísicosRiscos Físicos – ruído do trânsito de automóveis, calor e raios solares.

Riscos QuímicosRiscos QuímicosRiscos QuímicosRiscos Químicos – poeira originada pela varrição, gases originados pelo trânsito de veículos e

produtos químicos presentes no lixo.

Riscos BiológicosRiscos BiológicosRiscos BiológicosRiscos Biológicos – bactérias, vírus, protozoários, entres outros que possam estar presente no

lixo.

Riscos de AcidentesRiscos de AcidentesRiscos de AcidentesRiscos de Acidentes – atropelamento, perfuração, corte.

Os trabalhadores que exercem a atividade de coleta de lixo ficam expostos aos seguintes riscos

presentes no ambiente de trabalho:

Riscos FísicosRiscos FísicosRiscos FísicosRiscos Físicos – ruído do veículo de coleta e do trânsito de automóveis, vibração do estribo dos

veículos, calor e raios solares.

Riscos QuímicosRiscos QuímicosRiscos QuímicosRiscos Químicos - poeira originada da movimentação do veículo de coleta, gases originados

pelo trânsito de veículos.

Riscos BiológicosRiscos BiológicosRiscos BiológicosRiscos Biológicos – protozoários, fungos, bactérias e vírus presentes no lixo.

Riscos de AcidentesRiscos de AcidentesRiscos de AcidentesRiscos de Acidentes – cortes e perfurações por cacos de vidro e outros materiais cortantes,

queda do veículo de coleta e atropelamento.

Os riscos a que estão submetidos os trabalhadores variam de acordo com a atividade que estão

exercendo e com o ambiente de trabalho onde esta atividade é exercida. Assim, uma mesma

atividade pode apresentar riscos diferentes dependendo de onde e como ela é exercida. Por

exemplo, a atividade de varrição em uma capital do estado da Região do Nordeste pode

apresentar riscos diferentes se for feita em uma capital da Região Sul.

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 17

TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

DiviDiviDiviDividamdamdamdam----se em grupos para:se em grupos para:se em grupos para:se em grupos para:

� Identificar os riscos físicos, químicos e biológicos existentes Identificar os riscos físicos, químicos e biológicos existentes Identificar os riscos físicos, químicos e biológicos existentes Identificar os riscos físicos, químicos e biológicos existentes

nnnnoooo ambiente de trabalho dos membros da equipe. ambiente de trabalho dos membros da equipe. ambiente de trabalho dos membros da equipe. ambiente de trabalho dos membros da equipe.

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 18

AS DOENÇAS DO TRABALHO SÃO CAUSADAS AS DOENÇAS DO TRABALHO SÃO CAUSADAS AS DOENÇAS DO TRABALHO SÃO CAUSADAS AS DOENÇAS DO TRABALHO SÃO CAUSADAS

PELOS RISCOS EXISTENTES NO AMBIENTE DE PELOS RISCOS EXISTENTES NO AMBIENTE DE PELOS RISCOS EXISTENTES NO AMBIENTE DE PELOS RISCOS EXISTENTES NO AMBIENTE DE TRABALHO.TRABALHO.TRABALHO.TRABALHO.

Doenças e acidentes do trabalho

Conceito de doençasConceito de doençasConceito de doençasConceito de doenças do trabalhodo trabalhodo trabalhodo trabalho

As doenças do trabalho são aquelas causadas ou agravadas pelos

riscos existentes no ambiente de trabalho.

Às vezes aparecem de forma lenta e seus sintomas apresentam

quando os efeitos já evoluíram. Podem levar até 20 anos em alguns

casos, o que dificulta estabelecer a relação entre a doença e os

riscos existentes no ambiente de trabalho, pois acontece do

trabalhador já ter deixado o trabalho ou aposentado.

Também são consideradas doenças do trabalho aquelas causadas pela contaminação acidental

durante a execução da atividade, e as doenças endêmicas, quando contraídas por exposição ou

contato direto, devido ao trabalho realizado (BRASIL, 2002).

Conceito de acidentes do trabalhoConceito de acidentes do trabalhoConceito de acidentes do trabalhoConceito de acidentes do trabalho

Acidente do Trabalho são todos os acidentes que ocorrem durante a execução da atividade no

trabalho. São aqueles que ocorrem quando o trabalhador está indo de casa para o trabalho ou

do trabalho para casa.

São também considerados como acidentes de trabalho aqueles que, embora não tenham causa

única, contribuíram diretamente para a ocorrência de uma doença.

Os acidentes do trabalho podem ocasionar morte ou lesão, a qual poderá levar à redução

temporária ou permanente da capacidade para o trabalho (BRASIL, 2002).

O objetivo

deste capítulo é

apresentar o conceito de

doenças e acidentes do

trabalho e identificar as

principais doenças

relacionadas ao trabalho

no saneamento ambiental.

OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 19

OS ACIDENTEOS ACIDENTEOS ACIDENTEOS ACIDENTES DO TRABALHO OCORREM S DO TRABALHO OCORREM S DO TRABALHO OCORREM S DO TRABALHO OCORREM

DURANTE A EXECUÇÃO DA TAREFA OU DURANTE A EXECUÇÃO DA TAREFA OU DURANTE A EXECUÇÃO DA TAREFA OU DURANTE A EXECUÇÃO DA TAREFA OU

DURANTE A IDA DE CASA PARA O TRALHO DURANTE A IDA DE CASA PARA O TRALHO DURANTE A IDA DE CASA PARA O TRALHO DURANTE A IDA DE CASA PARA O TRALHO OU NA VOLTA DO TRABALHO PARA CASA.OU NA VOLTA DO TRABALHO PARA CASA.OU NA VOLTA DO TRABALHO PARA CASA.OU NA VOLTA DO TRABALHO PARA CASA.

Principais doenças do trabalho noPrincipais doenças do trabalho noPrincipais doenças do trabalho noPrincipais doenças do trabalho no saneamento ambientalsaneamento ambientalsaneamento ambientalsaneamento ambiental::::

O mau cheiro dos resíduos pode causar mal estar, dores de cabeça e vômitos em trabalhadores

de varrição e coleta dos sistemas de manuseio, transporte e destinação final.

Ruídos elevados podem promover a perda parcial ou permanente da audição, dores de cabeça,

tensão nervosa, estresse, hipertensão arterial.

Um agente comum nas atividades com lixo é a poeira, que pode ser responsável por

desconforto e perda momentânea da visão, e por problemas respiratórios e pulmonares.

Em algumas circunstâncias, a vibração, presentes no veículo de coleta, por exemplo, pode

provocar lombalgias e dores no corpo, além de estresse.

Uma variedade muito grande de produtos químicos pode ser encontrada no lixo, dentre os

quais merecem destaque pela presença mais constante: pilhas e baterias; óleos e graxas;

pesticidas/herbicidas; solventes; tintas; produtos de limpeza; cosméticos; remédios; aerossóis.

Esses produtos químicos são classificados como perigosos e podem ter efeitos prejudiciais à

saúde humana e ao ambiente. Metais pesados como chumbo, cádmio e mercúrio, têm efeito

acumulativo e podem provocar diversas doenças como saturnismo e distúrbios no sistema

nervoso, entre outras.

Pesticidas e herbicidas podem provocar intoxicações agudas no ser humano (são neurotóxicos),

assim como efeitos crônicos.

Microorganismos causadores de várias doenças ocorrem no lixo contendo lenços de papel,

curativos, fraldas descartáveis, papel higiênico, absorventes, agulhas e seringas descartáveis e

camisinhas; do lixo de pequenas clínicas, farmácias e laboratórios e, na maioria dos casos, dos

resíduos hospitalares, misturados aos resíduos domiciliares.

Os microorganismos que merecem destaque são os responsáveis por doenças intestinais, o

vírus causador da hepatite (principalmente do tipo B), e o vírus causador da AIDS. Além desses,

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 20

devem também ser referidos os microorganismos responsáveis por doenças de pele, como as

micoses (FERREIRA e ANJOS, 2001).

A exposição prolongada ao sol, além de causar desidratação, afeta a pele, podendo causar, em

curto prazo, irritação e coceiras e, a longo prazo, câncer de pele (BAHIA, 2005).

O uso do cloro gasoso, nas estações de tratamento de água, pode ocasionar alterações nas vias

respiratórias. O cloro líquido pode causar lesão ocular em caso de respingo, além de alterações

cutâneas como graves irritações e bolhas (BRASIL, 2002b)

Acidentes do trAcidentes do trAcidentes do trAcidentes do trabalho no saneamento ambientalabalho no saneamento ambientalabalho no saneamento ambientalabalho no saneamento ambiental

Os acidentes de trabalho dependem da atividade exercida pelo trabalhador. Alguns dos

acidentes mais freqüentes entre trabalhadores da atividade de saneamento ambiental são

descritos a seguir (FERREIRA e ANJOS, 2001; SILVEIRA, ROBAZZI E LUIS, 1998):

• Cortes com vidros:Cortes com vidros:Cortes com vidros:Cortes com vidros: é o acidente mais comum entre trabalhadores da coleta domiciliar de

lixo.

A principal causa destes acidentes é a falta de informação e conscientização da população em

geral, que não se preocupa em isolar ou separar vidros quebrados dos resíduos apresentados à

coleta domiciliar. A adoção obrigatória de sacos plásticos para o acondicionamento dos

resíduos sólidos, com efeitos positivos na qualidade dos serviços de limpeza urbana,

infelizmente amplia os riscos pela opacidade dos mesmos e ausência de qualquer rigidez que

possa proteger o trabalhador. A utilização de luvas pelo trabalhador atenua, mas não impede a

maior parte dos acidentes, que não atingem apenas as mãos, mas também braços e pernas.

• Cortes e perfuCortes e perfuCortes e perfuCortes e perfurações com outros objetos pontiagudos:rações com outros objetos pontiagudos:rações com outros objetos pontiagudos:rações com outros objetos pontiagudos: espinhos, pregos, agulhas de

seringas e espetos são responsáveis por corriqueiros acidentes envolvendo trabalhadores. Os

motivos são semelhantes aos do item anterior.

• Queda do veículo:Queda do veículo:Queda do veículo:Queda do veículo: no sistema de limpeza urbana, em especial na coleta domiciliar e a

varrição de rua acabam por obrigar o transporte dos trabalhadores nos mesmos veículos

utilizados para a coleta e transporte dos resíduos. Isso faz com que as quedas de veículos

sejam comuns. Dois aspectos são importantes como causas destes acidentes, muitos dos quais

fatais: a inadequação dos veículos para tal transporte, onde o exemplo maior é o veículo de

coleta em que os trabalhadores são transportados dependurados no estribo traseiro, sem

nenhuma proteção (os veículos de coleta são construídos com base na tecnologia dos países

desenvolvidos, onde a coleta é realizada por guarnições de no máximo dois homens, que

viajam na cabine junto com o motorista).

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 21

• Atropelamentos:Atropelamentos:Atropelamentos:Atropelamentos: a eles estão expostos tanto os trabalhadores da coleta domiciliar e

varrição de rua como os trabalhadores de locais de transferência e destinação final dos

resíduos. Além dos riscos inerentes à atividade, contribuem para os atropelamentos a

sobrecarga e a velocidade de trabalho a que estão sujeitos os trabalhadores e o pouco respeito

que os motoristas em geral têm para os limites e regras estabelecidas para o trânsito. Também

deve ser lembrada a ausência de uniformes adequados (roupas visíveis, sapatos resistentes e

antiderrapantes) como um fator de agravamento dos riscos de atropelamento.

• Outros:Outros:Outros:Outros: queda no mesmo nível por escorregão ou tropeção, ferimentos e perdas de

membros por prensagem em equipamentos de compactação, mordidas de animais (cães, ratos)

e picadas de formigas, estes também fazem parte da relação de acidentes.

TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE

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DividamDividamDividamDividam----se em grupos para:se em grupos para:se em grupos para:se em grupos para:

� Com base nos riscos físicos, químicos e biológicos Com base nos riscos físicos, químicos e biológicos Com base nos riscos físicos, químicos e biológicos Com base nos riscos físicos, químicos e biológicos

existentes no ambiente de trabalho dos membros da equipe, existentes no ambiente de trabalho dos membros da equipe, existentes no ambiente de trabalho dos membros da equipe, existentes no ambiente de trabalho dos membros da equipe,

identificar as doenças e os acidentes que podem ocorrer identificar as doenças e os acidentes que podem ocorrer identificar as doenças e os acidentes que podem ocorrer identificar as doenças e os acidentes que podem ocorrer

nesses ambientes.nesses ambientes.nesses ambientes.nesses ambientes.

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 22

OS RISCOS EXISTENTES NO AMBIENTE DE OS RISCOS EXISTENTES NO AMBIENTE DE OS RISCOS EXISTENTES NO AMBIENTE DE OS RISCOS EXISTENTES NO AMBIENTE DE

TRABALHO DEVEM SER ELIMINADOS POR TRABALHO DEVEM SER ELIMINADOS POR TRABALHO DEVEM SER ELIMINADOS POR TRABALHO DEVEM SER ELIMINADOS POR

MEIO DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO MEIO DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO MEIO DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO MEIO DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA.COLETIVA.COLETIVA.COLETIVA.

Eliminação dos riscos e medidas de proteção coletiva

Eliminação dos riscosEliminação dos riscosEliminação dos riscosEliminação dos riscos

Os riscos existentes no ambiente de trabalho são causas de doenças

e acidentes do trabalho, devendo, portanto, serem identificadas e

adotadas medidas de proteção coletiva, necessárias e suficientes,

com o objetivo de proteger a saúde e a integridade física dos

trabalhadores.

As medidas de proteção coletiva deverão ser acompanhadas de treinamento dos trabalhadores

quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre eventuais

limitações de proteção que ofereçam.

São exemplos de medidas de proteção coletiva com a eliminação ou redução dos riscos:

• Adquirir veículos novos para reduzir os níveis de ruídos;

• Instalar dispositivos amortecedores de impacto em estribos dos veículos de coleta de

lixo para reduzir as vibrações;

• Alterar os métodos de acondicionamento do lixo por meio de campanhas educativas

junto à população, de programas públicos que estimulem a coleta seletiva para reduzir os

riscos de acidentes de perfuração e corte;

• Umidificar as ruas as serem varridas para eliminar a poeira;

• Realizar coleta em horários de menor trânsito de veículos para reduzir a exposição ao

ruído e risco de atropelamento.

OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

Objetivo deste

capítulo é mostrar a

importância da

eliminação dos riscos

existentes no

ambiente de trabalho

para prevenir as

doenças e os

acidentes.

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 23

TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE

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DividamDividamDividamDividam----se em grupos parase em grupos parase em grupos parase em grupos para responder responder responder responder::::

� Quais as medidas de proteção coletiva Quais as medidas de proteção coletiva Quais as medidas de proteção coletiva Quais as medidas de proteção coletiva que que que que foram adotadas foram adotadas foram adotadas foram adotadas

no ambiente de trabalho dos membros da equipe?no ambiente de trabalho dos membros da equipe?no ambiente de trabalho dos membros da equipe?no ambiente de trabalho dos membros da equipe?

� Dê exemplo de medidas de proteção coletiva que poderiam Dê exemplo de medidas de proteção coletiva que poderiam Dê exemplo de medidas de proteção coletiva que poderiam Dê exemplo de medidas de proteção coletiva que poderiam

ser adotadas nesses ambiser adotadas nesses ambiser adotadas nesses ambiser adotadas nesses ambientes?entes?entes?entes?

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 24

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, OS A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, OS A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, OS A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, OS

EQUIPAMENTOS E AS FERRAMENTAS DEVEM EQUIPAMENTOS E AS FERRAMENTAS DEVEM EQUIPAMENTOS E AS FERRAMENTAS DEVEM EQUIPAMENTOS E AS FERRAMENTAS DEVEM

SER ADAPTADOS AO HOMEM E NÃO O SER ADAPTADOS AO HOMEM E NÃO O SER ADAPTADOS AO HOMEM E NÃO O SER ADAPTADOS AO HOMEM E NÃO O CONTRÁRIO.CONTRÁRIO.CONTRÁRIO.CONTRÁRIO.

Ergonomia

Conceito de ergonomiaConceito de ergonomiaConceito de ergonomiaConceito de ergonomia

Ergonomia é uma forma de pensar e planejar o trabalho,

adequando-o as capacidades e necessidades das pessoas que

o realizam.

Os problemas mais comuns de saúde resultam, muitas vezes, da

relação do homem o com o trabalho. Uma sobrecarga em nossa

estrutura óssea e muscular pode acarretar, por exemplo,

problemas nas costas, articulações ou músculos.

Muitas doenças, como as ulceras gástricas, hipertensão arterial e problemas cardíacos,

podem ter como causa o estresse no trabalho (OIT, 1996).

As pessoas têm alturas e porte físico diferentes, sendo umas mais fortes do que outras. A

capacidade de suportar sobrecarga física e mental varia, portanto. E, como estas

características individuais não podem ser modificadas, elas devem ser levadas em

consideração no planejamento das tarefas e das condições de trabalho.

Nas atividades do saneamento básico existe inadequação do trabalho ao homem, tanto no

que diz respeito à sobrecarga física como mental, necessitando de um estudo ergonômico

nessas atividades.

São exemplos de inadequações do trabalho ao homem, necessitando de análise

ergonômica na tarefa (BRASIL, 2002b):

Este capítulo tem o

objetivo de apresentar

o conceito de

ergonomia e dar

exemplos de boas

práticas ergonômicas.

OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 25

• Para coletores de resíduos, esforço físico exacerbado, envolvendo caminhar/correr até

40 km/dia (em algumas cidades de relevo acidentado o esforço é muito aumentado), subir e

descer inúmeras vezes ao dia do estribo do caminhão de coleta;

• Carregar peso;

• Varrer locais após grandes eventos, como por exemplo o carnaval, sem que estejam

instituídas intervalos para repouso;

• Sobrecarga muscular estática e dinâmica para coletores;

• Trabalho de pé, flexão e torção repetida do corpo, sem que estejam instituídos

intervalos para descanso;

• Coleta e trabalhos nos aterros em horário noturno;

• Trabalhos repetitivos e monótonos.

TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE

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DividamDividamDividamDividam----se em grupos para:se em grupos para:se em grupos para:se em grupos para:

� Identificar na fIdentificar na fIdentificar na fIdentificar na figura 2, igura 2, igura 2, igura 2, as fas fas fas falhas ergonômicas alhas ergonômicas alhas ergonômicas alhas ergonômicas

existentes. existentes. existentes. existentes.

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 26

Análise ergonômica do trabalhoAnálise ergonômica do trabalhoAnálise ergonômica do trabalhoAnálise ergonômica do trabalho

Medidas para melhorar as condições de trabalho, adequando-o ao homem podem ser

feitas, após uma análise ergonômica da atividade que será executada. A análise a

ergonômica do trabalho deverá levar em conta que as condições de trabalho devem ser

adaptadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e contemplar no mínimo o

seguinte (BRASIL, 2002b):

• Aspectos relacionados à sobrecarga estática e/ou dinâmica do corpo, tais como

esforço físico exigido, levantamento de peso, movimento do corpo exigido;

• Questões relacionadas ao trabalho, como produtividade, horas-extra, trabalho em

turnos e análise da satisfação no trabalho;

• Deverá indicar a necessidade ou não de pausas e alternância de tarefas;

• As condições gerais de máquinas e equipamentos utilizados;

• Deverão ser colhidas as impressões e sugestões dos trabalhadores sobre os

aspectos acima listados.

TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE

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DividamDividamDividamDividam----se em grupos parase em grupos parase em grupos parase em grupos para discutir discutir discutir discutir::::

� Que Que Que Que medidas ergonômicasmedidas ergonômicasmedidas ergonômicasmedidas ergonômicas poderiam ser poderiam ser poderiam ser poderiam ser adotadas adotadas adotadas adotadas no no no no

ambiente de trabalho dos membros da equipe?ambiente de trabalho dos membros da equipe?ambiente de trabalho dos membros da equipe?ambiente de trabalho dos membros da equipe?

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 27

Equipamentos de proteção individual – EPI

Seleção do EPI

O EPI somente deverá ser usado quando não for possível adotar

medidas de proteção coletiva para eliminação ou redução do risco.

O EPI poderá também ser usado como complementar as medidas de

proteção coletiva ou ainda de forma emergencial, enquanto as

medidas de proteção coletiva não forem adotadas.

O EPI (luvas, capacetes, protetores auriculares, botas, luvas, dentre outros) deverá ser adequado

tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida, considerando-se

a eficiência necessária para proteção da exposição ao risco e o conforto oferecido, segundo

avaliação do próprio trabalhador.

O empregador ou instituição deverá treinar o trabalhador quanto à correta utilização e orientar

sobre as limitações de proteção que o EPI oferece como também estabelecer normas ou

procedimentos para o fornecimento, que deverá ser gratuito, o uso, a guarda, a higienização, a

conservação, a manutenção e a reposição do EPI (BRASIL,1995).

A durabilidade dos EPI depende do tipo de trabalho em que são utilizados, da qualidade do

material com que são produzidos, do uso correto, assim como o cuidado que é dispensado a

esses equipamentos, após as jornadas de trabalho, pois, deixá-los jogados em qualquer lugar,

impregnados de substâncias agressivas, expostos ao tempo, pode produzir uma deteriorização

precoce do material, diminuindo consequentemente o grau de proteção oferecido ao

trabalhador e acelerando o processo de descarte.

O uso do EPI é obrigatório por parte do trabalhador, que não poderá se recusar a usá-lo, sob

pena de sofrer sanções por parte do empregador, que pode ser até a demissão por justa causa.

Todos os EPI fornecidos aos empregados devem ter o Certificado de Aprovação - CA expedido

pelo Ministério de Trabalho e Emprego (BRASIL, 2001).

O objetivo deste

capítulo é apresentar

os diversos tipos de

EPI e suas limitações

de proteção ao risco.

OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 28

Figura 4 - protetor auricular tipo concha e tipo plug.

Figura 5 – uso do capacete, protetor auricular tipo concha e plug, óculos e máscara.

Fonte: http://www.segurancaetrabalho.com.br/t-protecao.php

Fonte: http://www.segurancaetrabalho.com.br/t-protecao.php

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 29

OOOOS EPI DEVEM SER ADEQUADO AO RISCO, S EPI DEVEM SER ADEQUADO AO RISCO, S EPI DEVEM SER ADEQUADO AO RISCO, S EPI DEVEM SER ADEQUADO AO RISCO,

NÃO ATRAPALHAR A EXECUÇÃO DA TAFERA, NÃO ATRAPALHAR A EXECUÇÃO DA TAFERA, NÃO ATRAPALHAR A EXECUÇÃO DA TAFERA, NÃO ATRAPALHAR A EXECUÇÃO DA TAFERA,

NÃO INTERFERIR NÃO INTERFERIR NÃO INTERFERIR NÃO INTERFERIR NO USO DNO USO DNO USO DNO USO DOS OUTROS EPI E OS OUTROS EPI E OS OUTROS EPI E OS OUTROS EPI E SER CONFORTÁVEL AO USUÁRIO .SER CONFORTÁVEL AO USUÁRIO .SER CONFORTÁVEL AO USUÁRIO .SER CONFORTÁVEL AO USUÁRIO .

Figura 6 - botas

Figura 7 - luvas

Fonte:

http://www.wsborrachas.com.br/produtos/epis_arquivos/botas.jpg

Fonte: http://www.fbferram

entas.com.br/site/epis/luva-latex.jpg

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 30

Figura 8 – uso do protetor auricular tipo plug

Figura 9 – uso do protetor auricular tipo concha

Para a adequada seleção do EPI os aspectos abaixo deverão ser levantados e analisados:

• Tipo e intensidade do risco que se pretende proteger o trabalhadorTipo e intensidade do risco que se pretende proteger o trabalhadorTipo e intensidade do risco que se pretende proteger o trabalhadorTipo e intensidade do risco que se pretende proteger o trabalhador – o tipo de risco e

sua intensidade são importantes para a escolha adequada do EPI. Deverá ser selecionado o EPI

para proteger contra os riscos identificados e avaliados quanto à intensidade. Exemplo:

protetor auricular para proteger contra o ruído em ambientes ruidosos, luvas nas atividades

que tem risco de acidentes nas mãos, como cortes e perfurações, boné para proteger contra os

raios solares.

• Atividade que será executada Atividade que será executada Atividade que será executada Atividade que será executada –––– atividade que será executada deverá ser levada em

consideração para a escolha do EPI a ser utilizado, pois muitas vezes acontece do EPI

Fonte: Fonte:

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 31

selecionado atrapalhar a execução da tarefa, dificultando o uso pelo trabalhador. Exemplo:

atividades que exijam que o trabalhador segure firme um equipamento com as mãos, como o

cabo da vassoura, não podem ser usadas luvas que atrapalhe esta condição, ou seja deverá ser

selecionada uma luva que não interfira no tato.

• Interferência com outros EPI Interferência com outros EPI Interferência com outros EPI Interferência com outros EPI – algumas tarefas exigem que o trabalhador use mais de

um EPI, como protetor auricular, óculos e capacete. Dependendo do tipo de protetor auricular

selecionado (tipo concha ou plug), este pode atrapalhar o uso dos óculos ou capacete;

• Conforto dos usuConforto dos usuConforto dos usuConforto dos usuários ários ários ários –––– o conforto do trabalhador é fundamental para que ele use o EPI,

a escolha de EPI desconfortáveis dificulta o seu uso. Portanto, deverá ser levado em

consideração o clima da região, a qualidade do EPI, etc.

TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE

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DividamDividamDividamDividam----se em grupos para responder:se em grupos para responder:se em grupos para responder:se em grupos para responder:

� Os EPI utilizados no seu trabalho são adequados ao risco

e confortáveis?

� Os EPI interferem na atividade exercida?

� Como efeito o fornecimento, aguarda, higienização e a

reposição dos EPI no seu trabalho?

� Seleciona os EPI adequados para a atividade da figura 3.

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 32

OS ACIDENTES DE TRAOS ACIDENTES DE TRAOS ACIDENTES DE TRAOS ACIDENTES DE TRABALHO BALHO BALHO BALHO POSSUEMPOSSUEMPOSSUEMPOSSUEM

VÁRIAS CAUSAS E REVELA PROBLEMAS NA VÁRIAS CAUSAS E REVELA PROBLEMAS NA VÁRIAS CAUSAS E REVELA PROBLEMAS NA VÁRIAS CAUSAS E REVELA PROBLEMAS NA

EMPRESA. A CONCEPÇÃO QUE ATRIBUI A EMPRESA. A CONCEPÇÃO QUE ATRIBUI A EMPRESA. A CONCEPÇÃO QUE ATRIBUI A EMPRESA. A CONCEPÇÃO QUE ATRIBUI A CULPA AO ACIDENTADO É ULTRAPASSADA.CULPA AO ACIDENTADO É ULTRAPASSADA.CULPA AO ACIDENTADO É ULTRAPASSADA.CULPA AO ACIDENTADO É ULTRAPASSADA.

Causas de acidente do trabalho

Concepção de multicausal de acidente de trabalhoConcepção de multicausal de acidente de trabalhoConcepção de multicausal de acidente de trabalhoConcepção de multicausal de acidente de trabalho

No Brasil, grande parte das investigações de acidentes de trabalho,

realizadas por força de normas legais pela maioria das empresas,

ainda baseia-se na concepção de ato inseguro e condições

inseguras, frequentemente atribuindo a culpa pelo acidente a vítima,

recomendando medidas de prevenção orientadas para mudanças de

comportamento do trabalhador.

A concepção atual de acidente de trabalho aborda estes eventos como fenômeno complexo,

pluricausal (várias causas) e revelador de problemas na empresa, considerada como um sistema

sócio-técnico aberto (BINDER e ALMEIDA, 1997).

OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

O objetivo deste

capítulo é apresentar

a concepção

multicausal e os

fatores causais

responsáveis pelos os

acidentes de trabalho.

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 33

TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE TRABALHO EM EQUIPE

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DividamDividamDividamDividam----se em grupos para discutir: se em grupos para discutir: se em grupos para discutir: se em grupos para discutir:

� Houve algum acidente de trabalho no seu trabalho?

� Quais foram as causas?

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Guia do profissional em treinamento – ReCESAReCESAReCESAReCESA 34

LEGISLAÇÃO RELATIVA À SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHOLEGISLAÇÃO RELATIVA À SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHOLEGISLAÇÃO RELATIVA À SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHOLEGISLAÇÃO RELATIVA À SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Constituição federal de 1988

A Constituição Federal de 1988 estabelece que é direito dos

trabalhadores, entre outros, a redução dos riscos no ambiente de

trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança.

Consolidação das leis do trabalho Consolidação das leis do trabalho Consolidação das leis do trabalho Consolidação das leis do trabalho –––– CLT CLT CLT CLT

A CLT é a principal norma legal que rege as relações de trabalho no Brasil e trata, no seu

capítulo V, da segurança e saúde no trabalho. Essa lei remete para o Ministério do Trabalho e

Emprego a competência para editar normas regulamentadoras que tratam de diversos temas

relativos a segurança e saúde no trabalho.

O Ministério do Trabalho e Emprego já editou trinta e três Normas Regulamentadoras – NR,

entre elas, merecem destaque as seguintes:

OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

O objetivo deste

capítulo é apresentar

a legislação

trabalhista que trata

sobre a segurança e

saúde no trabalho.

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AS NORMAS REGULAMENTADORAS AS NORMAS REGULAMENTADORAS AS NORMAS REGULAMENTADORAS AS NORMAS REGULAMENTADORAS

TRATAM DE TEMAS SOBRE SAÚDE E TRATAM DE TEMAS SOBRE SAÚDE E TRATAM DE TEMAS SOBRE SAÚDE E TRATAM DE TEMAS SOBRE SAÚDE E

SEGURANÇA NO TRABALHO E SÃO SEGURANÇA NO TRABALHO E SÃO SEGURANÇA NO TRABALHO E SÃO SEGURANÇA NO TRABALHO E SÃO

EDITADAS PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO EDITADAS PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO EDITADAS PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO EDITADAS PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO.E EMPREGO.E EMPREGO.E EMPREGO.

NORMA REGULAMENTADORANORMA REGULAMENTADORANORMA REGULAMENTADORANORMA REGULAMENTADORA TEMATEMATEMATEMA

Norma Regulamentadora n° 5 Trata da Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes - CIPA

Norma Regulamentadora n° 6 Trata do Equipamento de Proteção Individual

- EPI

Norma Regulamentadora n° 7 Trata do Programa de Controle Médico de

Saúde Ocupacional - EPI

Norma Regulamentadora no. 9 Define e estrutura o Programa de Prevenção

de Riscos Ambientais – PPRA.

Norma Regulamentadora n° 15

Estabelece as características sobre as

atividades e operações insalubres e

estabelece requisitos de controle e proteção

e limites de tolerância.

Norma Regulamentadora n° 16 Estabelece as condições para o direito ao

adicional de periculosidade.

Norma Regulamentadora n° 17

Define as condições voltadas a ergonomia e

dentre os quais os parâmetros para

conforto.

Norma Regulamentadora n° 24 Relativas às condições sanitárias e de

conforto no ambiente de trabalho.

Tabela 1 – Principais Normas Regulamentadoras Fonte: http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp

As Normas Regulamentadoras - NR são de observância obrigatória pelas empresas e instituição

que possuam empregados regidos pela CLT. A observância das NR não desobriga as empresas

do cumprimento de outras normas e leis que, com relação ao tema, sejam editadas pelos

Estados e Municípios, e outras originadas em convenções e acordos coletivos de trabalho.

Também fazem parte da legislação brasileira normas relativas à saúde e segurança no trabalho,

as Convenções da Organização Internacional do Trabalho - OIT que foram confirmadas pelo

Brasil.

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método de árvore de causas. Cadernos de Saúde Pública. Cadernos de Saúde Pública. Cadernos de Saúde Pública. Cadernos de Saúde Pública. v.13, n.4. p.749-760. Rio de Janeiro,

1997.

BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Portaria nº 26, publicada no DOU de

15.02.1995. Dar nova redação a Norma Regulamentadora NR-9 – Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais.

BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Portaria nº 26, publicada no DOU de

25.10.2001. Dar nova redação a Norma Regulamentadora NR-6 – Equipamento de Proteção

Individual.

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www.saoluis.ma.gov.br/Imagens/LimpezaGalerias_3fotoRafaelBavaresco.jpg&imgrefurl

http://www.segurancaetrabalho.com.br/t-protecao.php

http://www.wsborrachas.com.br/produtos/epis_arquivos/botas.jpg

http://www.fbferramentas.com.br/site/epis/luva-latex.jpg

Fonte: Fonte: wwwp.feb.unesp.br/guarneti/Cap2010.ppt

http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp