segurança e saúde do trabalhador

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  • 8/9/2019 Segurana e Sade do Trabalhador

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    Cartilha de Segurana e Sade do TrabalhadorCartilha de Segurana e Sade do Trabalhador

    MINISTRIO PBLICO DO TRABALHO

    SEDE

    PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 5 REGIOAv. Sete de Setembro, 308 Corredor da Vitria

    SalvadorBA CEP 40.080-001Fone: (71) 3324-3453 Fax: (71) 3336-7088

    Link para DENNCIAS na pgina do MPT/BA:www.prt5.mpt.gov.br

    A denncia uma forma de participar e no se omitir, colaborando na defesa

    dos direitos difusos, coletivos e individuais indisponveis dos trabalhadores.

    Contedo organizado por Ana Emilia Albuquerque e Luiz Schindler (MPT/PRT5 - BAHIA)

    permitida a reproduo do contedo deste impresso,desde que mencionada a fonte: Ministrio Pblico do Trabalho MPT

    Fevereiro de 2010

    Coordenao Editorial: Olenka Machado.Projeto Grfico: ogrocomunicacao.com.br

    Editorao: Marcelo OliveiraIlustraes: Cau Gomez

    Impresso: Grfica Santa Brbara

    Em cumprimento ao Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta N 128/2009

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    FUNDACENTRO - FUNDAO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO DE SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHOAv. Tancredo Noves s/n Rua Alceu Amoroso Lima, 142 - Caminho das rvores Salvador-BACEP: 41820-770 - Fone: 71 3341-1412 - Fax: 71 3341-1446

    MINISTRIO PBLICO FEDERAL

    PROCURADORIA DA REPBLICA NO ESTADO DA BAHIA (PR/BA)Av. Sete de Setembro, 2365 Corredor da Vitria Salvador-BA - CEP: 40080-002Fone: (71) 3338-1800 - Fax: (71) 3336-5576 - www.prba.mpf.gov.br

    POLCIA FEDERALSUPERINTENDNCIA REGIONAL DA BAHIAAV. Oscar Pontes, 339 Salvador-BA - CEP: 40460-130 - Fone: (71) 3319-6000 - Fax: (71) 3321-3927

    SETRE SECRETARIA DO TRABALHO, EMPREGO, RENDA E ESPORTEAv. Dois, 200 CAB Salvador-BA - CEP: 41745-003 - [email protected]

    SJDH SECRETARIA DA JUSTICA E DIREITOS HUMANOS4a Avenida, 100 1 andar CAB Salvador-BA - CEP: 41750-300

    Fone: (71) 3115-4134 - Fax: (71) 3115-4172

    SEDES SECRETARIA MUNICIPAL DE DESEMVOLVIMENTO SOCIALPraa da S s/n Salvador-BA - one: (71) 3176-8000 - Fax: (71) 3243-6150 - [email protected]

    OAB ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL-BAPraa Teixeira de Freitas, 16 Piedade Salvador-BA - CEP: 40070-000Fone: 71 3329-8900 - Fax: 71 3329-8926 - [email protected]

    CESAT CENTRO ESTADUAL DE REFERNCIA EM SADE DO TRABALHADORAv. Arajo Pinho Canela Salvador-BA - CEP: 40110-150 - Fone: 71 3336-0012 - www.saude.ba.gov.br/cesat

    FONTES DE REFERNCIA

    Cartilha Orientativa Sade e Segurana no Trabalho MPT Procuradoria Regional do Trabalho da 21 Regio Natal - RN

    Direitos dos Trabalhadores MPT Procuradoria Regional do Trabalho da 5 Regio-BA

    Cartilha de Sade do Trabalhador Ministrio da Sade Secretaria de Sade do Estado da Bahia CESAT

    Trabalho na Construo Civil Direitos do empregado, deveres do empregador e principais normas de sade e segurana na

    construo de obras MPT Procuradoria Regional do Trabalho da 21 Regio

    Preveno, Sade, Higiene e Segurana no Trabalho Frum de Proteo ao Meio Ambiente do Trabalho do Estado do Paran

    Cartilha de Segurana e Sade do Trabalhador

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    JUSTIA DO TRABALHOInformaes: (71) 3284-6540/6541

    Ouvidoria: (71) 3284-6880/6881www.trt5.jus.br

    2 INSTNCIASede do TRT Frum Ministro Carlos Coqueijo Costa:Rua Bela Vista do Cabral, 121, Nazar - CEP: 40055-000 Salvador-BA

    1 INSTNCIAPrdio das Varas: Frum Juiz Antonio Carlos Arajo de Oliveira:Rua Miguel Calmon, 285 Comrcio - CEP: 40015-901 Salvador-BA

    FORUMAT Frum de Proteo ao Meio Ambiente do Estado da BahiaSede no Prdio da Procuradoria Regional da 5 Regio

    Av. Sete de Setembro, 308 Corredor da Vitria Salvador-BAMINISTRIO PBLICO ESTADUALAv. Joana Anglica, 1312 Nazar Salvador-BA -CEP: 40050-001Fone: (71) 3103-6400

    JUSTIA FEDERAL NO ESTADO DA BAHIAEdfcio-Sede Frum Teixeira de FreitasAv. Ulysses Guimares, 2631 Sussuarana Salvador-BACEP: 41213-970 - Fone: (71) 3617-2600 - www.tj.ba.gov.br

    DEFENSORIA PBLICA DA UNIO NA BAHIARua Frederico Simes, 98 Edf. Advanced TradeSalas 1001 a 1306 e 1311 a 1314 Caminho das rvores Salvador-BA

    CEP: 41.820-774 - Fone: (71) 3341-1547 - Fax: (71) 3341-2490 - [email protected]

    DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO DA BAHIARua Pedro Lessa, 123 Canela Salvador-BA - CEP: 40110-050 - Fone: (71) 3117-6999 - www.dpe.ba.gov.br

    MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGOSUPERINTENDNCIA REGIONAL DA BAHIAAv. Sete de Setembro, 698 Mercs Salvador-BA - CEP: 40060-001 - Fone: (71) 3329-8400Fax: (71) 3329-0848 - www.mte.gov.br/delegacias/ba

    O Ministrio Pblico do Trabalho edita a presente cartilha sobre os direitostrabalhistas, com enfoque especial nas normas de sade e segurana do trabalho.

    Temos constatado que o trabalhador ciente dos seus direitos e deverespode ser o maior transformador do meio em que labora. Sabedor do que lhe devido e tambm de suas obrigaes, reivindica, impulsiona e motiva odebate interno, acerca das melhores condies de trabalho, em cada postode trabalho.

    Trabalhador instrudo trabalhador forte, cidado. Saber reivindicar deve sermotivo de orgulho e no de receio de retaliaes. O trabalho meio de sobrevivn-cia, de dignidade e no fator de adoecimento, de mutilao ou morte.

    Um meio ambiente seguro e saudvel direito de todos, e com a presentecartilha pretende o Ministrio Pblico de Trabalho contribuir, atravs da difu-so de conhecimentos, pela diminuio dos alarmantes ndices de afastamen-tos decorrentes de acidentes do trabalho.

    Conhecer poder.

    Sandra Marlicy de Souza Faustino

    Procuradora-Chefe do Ministrio Pblico do Trabalho na Bahia

    Binio 2007-2009

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    O Ministrio Pblico do Trabalho (MPT) um dos ramos do Ministrio Pblico da Unio, quetambm compreende o Ministrio Pblico Federal, o Ministrio Pblico Militar e o MinistrioPblico do Distrito Federal e Territrios. uma instituio independente, permanente e essencial

    funo jurisdicional do Estado. Suas atribuies esto previstas nos arts. 127 e 129 da ConstituioFederal de 1988, bem como nos artigos 83 e 84 da Lei Complementar n 75/1993.

    A atuao do MPT d-se, prioritariamente, de duas formas: como rgo agente e como rgointerveniente.

    Como rgo agente, o Ministrio Pblico do Trabalho tem como atribuio investigarirregularidades nas relaes de trabalho, no intuito de promover a defesa dos direitos einteresses coletivos dos trabalhadores. Assim, quando noticiada uma leso coletiva a direitose interesses dos trabalhadores, caber ao MPT instaurar procedimento investigatrio com oobjetivo de colher provas necessrias ao esclarecimento dos fatos. Comprovada a ilicitudeda conduta do investigado, o MPT buscar sua adequao ao que prev a lei, atravs dainterposio de ao judicial ou assinatura de Termo de Compromisso de Ajustamento deConduta (TAC).

    Como rgo interveniente, o Ministrio Pblico do Trabalho tem como atribuio a defesada lei, intervindo em processos judiciais em que haja interesse pblico a proteger, emitindoparecer, participando de sesses de julgamento, interpondo recurso e manifestando-se sempreque entender necessrio. Tambm pode atuar como rbitro ou mediador em soluo de conflitosde natureza coletiva, que envolvam trabalhadores e empregadores ou entidades sindicais que osrepresentam e, ainda, nos casos de greve, principalmente quando envolver atividade consideradaessencial populao.

    Visando concretizao dos direitos trabalhistas fundamentais, o Ministrio Pblico do Trabalhoatua tambm de forma preventiva, orientando a sociedade por meio de audincias pblicas, palestras,seminrios e outro eventos semelhantes. Alm disso, o MPT participa de alguns fruns, comits ecomisses da sociedade civil organizada que possuam os mesmos objetivos da instituio.

    As unidades do Ministrio Pblico do Trabalho so a Procuradoria Geral do Trabalho, com sedeem Braslia/DF, as Procuradorias Regionais do Trabalho, com sede nas capitais dos Estados, e asProcuradorias do Trabalho, com sede nos Municpios do interior.

    No caso da Bahia, funciona a Procuradoria Regional do Trabalho da 5 Regio PRT5, com sedeem Salvador, alm das Procuradorias do Trabalho nos Municpios de Itabuna, Barreiras, Juazeiro,Vitria da Conquista, Eunpolis, Santo Antnio de Jesus e Feira de Santana.

    O meio ambiente do trabalho o local onde as pessoas desempenham suas atividadesde trabalho e deve ser salubre, sem agentes que causem danos sade fsica ou psquicados trabalhadores.

    O direito ao meio ambiente do trabalho saudvel decorre do direito do trabalhador sade e segurana e est garantido na Constituio Federal, art. 7, XXII, art. 200,VII e art. 225. A CLT, por sua vez, determina que o cumprimento destas normas e, porconseqncia, a manuteno da sade do trabalhador, dever do empregador. Cabe aele, ainda, utilizar seu poder de comando no sentido de instruir os empregados quanto sprecaues a tomar para evitar acidentes do trabalho ou doenas ocupacionais (CLT, art.157, I e II).

    de conhecimento pblico o elevado ndice de acidentes de trabalho no Brasil eespecificamente no Estado da Bahia decorrente, dentre outros fatores, pela inobservnciacontumaz das normas atinentes ao meio ambiente do trabalho por parte dos empregadores(art. 7, inciso XXII da CF/88; art. 157 da CLT; Portaria n 3.214/78 do MTE).

    As Convenes 155 e 161 da OIT, ratificadas pelo Brasil, tratam da sade e doambiente do trabalho, respectivamente, constituindo-se, pois, em normas integradasao ordenamento jurdico trabalhista. Foram elaboradas luz do paradigma segundoo qual devem ser criadas formas coletivas de reduo/eliminao de riscos para ostrabalhadores, para alm da proteo individual consubstanciada nos EPIs, ressaltandomedidas de carter preventivo.

    Cabe s empresas cumprir e fazer cumprir as normas de segurana e medicina dotrabalho, bem como instruir os empregados, atravs de ordens de servio, quanto sprecaues a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho (CLT, art. 157, incisos Ie II).

    Alm disso, os empregadores devero informar os trabalhadores de maneira apropriadae suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho

    e sobre os meios disponveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dosmesmos (Norma Regulamentar n 9 do Ministrio do Trabalho, subitem 9.5.2).

    Assim, o empregador deve assegurar um local de trabalho saudvel, com obedincias normas de sade e segurana. Tambm deve adotar medidas de proteo coletiva detrabalho, alm de fornecer e fiscalizar o uso dos equipamentos de proteo individual e dartreinamento aos trabalhadores.

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    O legislador brasileiro equiparou o acidente de trabalho doena ocupacional, com a finalidade

    de proteger o trabalhador.Os acidentes de trabalho podem ser definidos como acidente de trabalho tpico e acidentede trajeto. Assim, no s os acidentes ocorridos no horrio de trabalho so consideradosacidentes de trabalho. Tambm so acidentes de trabalho aqueles em que o empregado esta servio do empregador, ainda que fora da empresa e tambm na ida e volta da casa parao trabalho.

    As doenas ocupacionais ocorrem devido exposio do trabalhador a diversos riscos sadeno trabalho.

    RISCOS QUE LEVAM AO ADOECIMENTO

    ChuveirosDevem ser dimensionados na proporo de um para cada dez trabalhadores.

    VestiriosTodo estabelecimento onde se exige troca de roupa, deve possuir vestirio para tr abalhadores

    que no residem no local. Os vestirios devem ter armrios individuais dotados de fechadura oudispositivo com cadeado, alm de bancos para auxiliar na troca de roupas. importante utilizararmrios de duplo compartimento (para separar a roupa de uso pessoal da roupa de trabalho).

    BIOLGICOS Bactrias Fungos Parasitas Vrus

    QUMICOS Substncias txicas

    sob a forma de gases,poeiras, fumos, nvoa,neblina ou vapores

    FSICOS Rudo Vibrao Calor Frio Ventilao Umidade Luminosidade Presso Radiaes

    ERGONMICOS Organizao do espao fsico Esforo excessivo Posturas inadequadas Movimentos repetitivos Jornadas de trabalho

    extensas Trabalho noturno e em turnos Ritmo acelerado Relaes de trabalho

    Local de Refeies

    Local coberto, arejado,sem comunicao

    direta com asinstalaes sanitrias,com mesas detampo liso e lavvel eassentos em nmerosuficientes paraatender os usurios.

    Aquecimentodas Refeies

    Devem ser

    asseguradas condiespara o aquecimentoseguro das refeies.

    gua Potvel

    Deve ser garantido ofornecimento de guapotvel, filtrada e fresca.

    Devem ser utilizadosbebedouros de jato inclinadoe, na impossibilidade deinstalao destes, podemser usados garrafestrmicos hermeticamentefechados. A gua de serrefrigerada (regio de climaquente). proibido o uso decopos coletivos.

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    Os Equipamentos de Proteo Coletiva EPCs, so utilizados para prevenir e minimizar acidentese doenas relacionadas ao trabalho de forma coletiva, devendo sempre ser priorizado em relaoao Equipamento de Proteo Individual.

    Usamos como exemplo os guarda-corpos, os exaustores, os enclausuramentos acsticosde mquinas e equipamentos emissores de rudo, as cortinas para cabines de solda, os pisosantiderrapates, as portas acsticas, os purificadores de ar, os sistemas de ventilao etc.

    Os Equipamentos de Proteo Individual (EPIs) so dispositivos de proteo de uso obrigatrioque o empregador distribui aos seus trabalhadores gratuitamente, de acordo com os riscos aosquais esto expostos. Eles devem ser usados quando no possvel controlar um risco atravs deequipamentos de proteo coletiva.

    So utilizados para a proteo da cabea, dos olhos, da audio, das vias respiratrias, dotronco, dos membros superiores e inferiores, do corpo inteiro e contra quedas com diferenade nvel.

    A higienizao dos equipamentos de proteo individual de responsabilidade do empregador,

    incluindo-se a os fardamentos utilizados em atividade insalubres.Conforto e HigienteO empregador obrigado a proporcionar um ambiente do trabalho com condies adequadas

    de conforto e higiene, de acordo com a NR-24 do Ministrio do Trabalho e Emprego, observando-se o que segue:

    A Lei n 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente de trabalho ou doena profissionaldever ser comunicado pela empresa ao INSS, por meio da Comunicao de Acidente de Trabalho(CAT). Essa comunicao dever ocorrer at o primeiro dia til seguinte ao da ocorrncia do acidente dotrabalho, sob pena de multa em caso de omisso.

    Na falta de emisso de CAT pela empresa, podero faz-lo o prprio acidentado, seus dependentes,a entidade sindical competente, o mdico assistente ou qualquer autoridade pblica.

    A CAT de suma importncia, na medida em que apenas aps essa comunicao que otrabalhador (segurado) poder receber o benefcio acidentrio previdencirio.

    Ressalte-se que o trabalhador que sofre acidente de trabalho e precisa ficar mais de 15 diasafastado pela Previdncia Social (INSS) tem direito estabilidade de um ano aps a alta mdica.

    PREVIDNCIA E ACIDENTES DE TRABALHO

    Auxlio doenaTodos os trabalhadores que contribuem para a Previdncia Social tm direito aos benefcios deacidente de trabalho. Esse benefcio oferecido pela Previdncia Social para o segurado acidentadoque ficar afastado de suas atividades por mais de 15 dias. Nos 15 primeiros dias de afastamento,

    quem paga o salrio do trabalhador acidentado o empregador.Auxlio Acidente

    um direito concedido ao trabalhador que sofre acidente de trabalho, que aps o encerramentodo auxlio doena por alta mdica, apresente sequelas que reduzam a sua capacidade de trabalhopara as funes que habitualmente exercia. O auxlio acidente pago mensalmente at que otrabalhador se aposente.

    Percia MdicaPercia mdica o exame realizado pelos mdicos do INSS a fim de assegurar que o segurado seencontra incapacitado para o trabalho. Os mdicos tambm avaliam quanto tempo o trabalhadornecessita para se restabelecer, ou se vai ficar incapacitado para exercer as suas funes, devendoou no se aposentar por invalidez.

    Aposentadoria por invalidez o benefcio que o trabalhador tem direito quando a percia mdica considerar que ele estincapacitado para exercer suas atividades normais. Se o mdico da percia constatar que otrabalhador no pode mais trabalhar, ele poder se aposentar. Se o trabalhador voltar a trabalhara aposentadoria ser cancelada.

    Lavatrio

    Devem ser oferecidosmeios para a lavagemdas mos atravs de

    lavatrios individuais oucoletivos. Devem disporde sabo e materialdescartvel paraenxugo das mos.

    Vasos Sanitrios

    Devem ser fornecidosna proporo deum para cada vintetrabalhadores. Podem

    ser do tipo baciasanitria turca ou dotipo tradicional. O localdestinado ao vasodeve dispor de portacom trinco de modo aassegurar a privacidadedo empregado.

    Papel Higinico

    Deve ser fornecidogratuitamente egarantido o fcil acesso

    dos trabalhadores.

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    As empresas esto obrigadas a manter alguns programas e comisses a fim de promover asade do trabalhador em seu local de trabalho. As Normas Regulamentadoras (NRs), introduzidaspela Portaria n 3.214, de 08 de junho de 1978 do Ministrio do Trabalho e Emprego, so asresponsveis por determinar como cada um desses programas deve funcionar. Portanto, asempresas devem observar minuciosamente essas regras na implementao de cada programa.

    Por outro lado, os trabalhadores da empresa tambm devem participar ativamente, a fimde garantir o sucesso desses programas. Dentre outras aes eles devem: observar as normasde segurana e medicina no trabalho; demonstrar situaes de risco; apresentar sugestes eobservar as recomendaes quanto preveno de acidentes, utilizando os equipamentos deproteo coletiva (EPC) e individual (EPI) fornecidos pelo empregador; e submetendo-se a examesmdicos previstos em Normas Regulamentadoras, quando aplicvel.

    Enfim, o bom funcionamento destes programas s ocorre quando empresas e empregadostrabalham em conjunto, minimizando riscos e promovendo a sade no ambiente de trabalho.

    Seguem os principais programas de preveno e promoo da sade do trabalho:

    CIPAA Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA) tem como objetivo a preveno de

    acidentes e doenas decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatvel permanentementeo trabalho com a preservao da vida e a promoo da sade do trabalhador.

    De acordo com a NR-5, a CIPA deve ser composta de representantes do empregador e dos

    empregados. As principais atribuies da CIPA so: Identificar os riscos do processo do trabalho, elaborando um mapa de riscos Elaborar um planode trabalho com aes preventivas de segurana e sade ocupacionalParticipar da implementaoe do controle da qualidade das medidas preventivasVerificar os ambientes e condies do trabalhoAvaliar o cumprimento das metas fixadasColaborar no desenvolvimento do PPRA e PCMSOParticipar, anualmente, de Campanhas de Preveno de AIDS, em conjunto com a empresa Promover, anualmente, a SIPAT Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho.

    Cabe empresa proporcionar aos membros da CIPA os meios necessrios ao desempenhode suas atribuies, garantindo tempo suficiente para a realizao das tarefas constantesdo plano de trabalho. Deve ainda o empregador proporcionar treinamento especfico de 20(vinte) horas para os membros da CIPA.

    J os empregados devem participar da eleio de seus representantes; colaborar com agesto da CIPA; indicar CIPA, ao SESMT e ao empregador situaes de riscos; apresentarsugestes para melhoria das condies de trabalho; e observar e aplicar no ambiente de trabalho

    as recomendaes quanto a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho.SESMTO Servio Especializado em Engenharia de

    Segurana e Medicina do Trabalho (SESMT), previstona NR-4 do Ministrio do Trabalho e Emprego, formado por uma equipe de profissionais, a serviodas empresas, com a finalidade de promover a sadee proteger a integridade do trabalhador no local detrabalho.

    Dependendo da quantidade de empregados e danatureza das atividades da empresa, o servio podeincluir os seguintes profissionais:

    Mdico do trabalho Enfermeiro do trabalho

    Tcnico de enfermagem do trabalho Engenheiro de segurana do trabalho Tcnico de segurana do trabalho

    O SESMT deve manter entrosamento permanentecom a CIPA, dela valendo-se como agentemultiplicador, e deve estudar suas observaese solicitaes, propondo solues corretivas epreventivas.

    PCMSOO programa de Controle Mdico de Sade

    Ocupacional (PCMSO), previsto na NR-7 doMinistrio do Trabalho e Emprego, um programaque especifica procedimentos e condutas aserem adotadas pelas empresas em funodos riscos aos quais os empregados se expemno ambiente de trabalho. Pode-se citar comoprocedimentos previstos para o PCMSO:Avaliao Mdica Admissional AvaliaoMdica PeridicaAvaliao Mdica por Mudana

    de FunoAvaliao Mdica para o Retorno aoTrabalho Avaliao Mdica DemissionalFornecimento de Atestados de Sade Ocupacional(ASO)Relatrios Estatsticos Arquivo de Exames

    O programa tem por objetivo prevenir,detectar precocemente, monitorar e controlarpossveis danos sade do empregado, inclusivede natureza subclnica, alm de constatao daexistncia de casos de doenas profissionais oudanos irreversveis sade dos trabalhadores.

    PPRAO Programa de Preveno de Riscos

    Ambientais (PPRA) estabelecido pela NR-9 do Ministrio do Trabalho e Emprego,possui como objetivos a identificao ea quantificao dos riscos ocupacionaisexistentes nos ambientes de trabalho ea propositura de medidas preventivas,visando a preservao da sade dostrabalhadores.

    A NR-9 considera como riscosambientais, para elaborao eentendimento do PPRA, os agentesfsicos, qumicos e biolgicos existentesnos ambientes de trabalho que, emfuno de sua natureza, concentraoou intensidade e tempo de exposio,so capazes de causar danos sade dotrabalhador.