trabalho sobre filosofia e cultura (salvo automaticamente)

7/25/2019 Trabalho Sobre Filosofia e Cultura (Salvo Automaticamente)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO UNIRIOCENTRO DE CINCIAS HUMANAS E SOCIAIS - CCHSCURSO: FILOSOFIA - LICENCIATURADEPARTAMENTO: FILOSOFIA

DISCIPLINA: FILOSOFIA DA CULTURA BRASILEIRA - DOCENTE: NILTON DOS ANJOSDISCENTE: MARCUS ALBUQUERQUE

TRABALHO DE AVALIAO FINAL

UBUNTU: UMA BREVE APRESENTAO ACERCA DO PENSAMENTO BANTU


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Ubuntu: Uma breve apresenta a!er!a " pensament Bantu#

A e$abra "este traba$% preten"e prp&!&ar um amb&ente para "&s!uss a!er!a "

pensament prv&n" " !nt&nente a'r&!an( !rret "&)er( "e uma *&$s'&a A'r&!ana# Ta&s

re'$e+,es p"em ns !n"u)&r a enten"&ments -ue pssam m&n&m&)ar a "&s!r&m&na

a!a".m&!a e s!&a$ n -ue tan/e 0 %&stra!&"a"e a'r&!ana( as a'r&!an&"a"es e seu &mpa!t na

sbrev&v.n!&a " ne/r e sua ne/r&tu"e n mun" "s bran!s#

Cabe ressa$tar -ue n preten"e1se 'a)er uma an2$&se " ra!&sm ant&1ne/r na

s!&e"a"e bras&$e&ra( pr3m( re'$et&r nas pss&b&$&"a"es "e &nte/ra "e m"e$s "e

ra!&na$&"a"es a$3m " %e/em4n&!( na bus!a "e pss&b&$&"a"es "e me$%r !nv5v& e

&nte/ra,es "e su6e&ts 0 rea$&"a"e s7!&1!u$tura$ n"e en!ntra1se &nser&"# Cn!e&ts !m(A'r&!an&"a"es( A'rperspe!t&va( Ubuntu( p"em ns /u&ar pr !am&n%s -ue &nten!&nam

"&s!uss,es -ue ten%am !m b6et&v "esm&t&'&!a "e prerr/at&vas !m a "a "em!ra!&a

ra!&a$( prb$emat&)an" e( para$e$amente( bus!an" !am&n%s para !nv5v& "e mane&ra !a"a

ve) ma&s s$&"2r&a( ma&s %uman&)a"#

8mpu$s&na1se pape$ "a *&$s'&a na a'&rma " pensament '&$s7'&!( utrra

es-ue!&" pe$a a!a"em&a( n -ue "&) respe&t a 9'r&!a e suas a'r&!an&"a"es( a$&menta"s pr

v&s '!a"a na !u$tura !&"enta$ 1 6u"a&!1!r&st -uant as va$res( %e$en!entr&sta -uant 0!n!ep( e$&t&sta -uant 0 r/an&)a s!&a$# S &nmers s aspe!ts -ue ns $evam a

"esva$r&)ar a 9'r&!a !m espa "e re$a,es s!&a&s( -ue re-uerem r/an&)a e re'$e+(

mu&tas ve)es( 'un"amenta"a em pensament -ue se "&stan!&am "s nsss( pr mer

"es!n%e!&ment %&st7r&! e pre!n!e&t#

Neste sent&"( Pr'# Dr# Renat N/uera ;suma '&$s'&a a'r&!ana?( Ubuntu#

O Ubuntu 3 um m" "e v&"a( n"e !mpreen"e1se a pss&b&$&"a"e "e e+&st.n!&a 6unt

!m utras pessas( -ua$ N/ue&ra a!res!enta( uma existncia comunitria antirracista e

policntrica.

N/ue&ra re!rre a Ramse( '&$7s' su$1a'r&!an para ns e$u!&"as -uant 0

et&m$/&a "a pa$avra# Se/un" autr:


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a pa$avra nas!e "e uma a/$ut&na entre ubu e ntu# Ramse e+p$&!a -ue ubu ev!a a

&"e&a " Ser( enten"&" "e um m" "&n@m&!( &nte/ra$( anter&r 0s man&'esta,es part&!u$ares

u m"s "e e+&st.n!&a# O term ntu 62 &n"&!a t"a man&'esta part&!u$ar( s m"s

"&st&nts "e e+&st.n!&a# Va$e "esta!ar -ue ubu est2 &nvar&ave$mente r&enta" para ntu#

Cntu"( a !r&t&!&"a"e "este !n!e&t "e filosofia bantunas!e n '&na$ "a pr&me&ra

meta"e " se!# ( -uan"( se/un" ean Bs! a)& as%&n"& ;FGH= pr&n!&pa$

!mprm&ss era a ne/a "a &n!apa!&"a"e '&$s7'&!a "e %mens e mu$%eres " su$ " Saara(

pressupsts esses "&'un"&"s $ar/amente pe$ !&"ente pe$ pensament Ie/e$&an# as%&n"&

apresenta !m &nau/ura"r "essa !r5t&!a be$/a P$a!&"e Tempe$s -uem em seu $&vr

P%&$sp%&e bantue ;Par&s: Pr3sen!e A'r&!a&ne( GJKH=( "emnstra -ue( embra "&'erente a "s

eurpeus( s bantu t&n%am sua '&$s'&a#Nesta !smv&s a'r&!ana( Ubuntu 3 uma "emnstra !$ara "e uma perspe!t&va

'&$s7'&!a bantu( !m ns es!$are!e as%&n"&:

-ue s bantu t&n%am uma nt$/&a( uma meta'5s&!a( uma ep&stem$/&a( umaps&!$/&a( uma 3t&!a e uma re$&/& basea"as na !n!ep " ser !m 'ra# Esta!n!rre sempre para pr!urar a v&"a# Tempe$s bservu -ue s bantu sere$a!&navam !m utrs seres( an&ma"s u &nan&ma"s( !m v&stas a 'rta$e!er suav&"a u "&m&nu&r a 'ra v&ta$ "e um &n&m&/ ;FGH=#

Na Ont$/&a( p"ems per!eber -ue %2 um "&stan!&ament "a 'rma "e ver ser

entre a perspe!t&va a'r&!ana e a perspe!t&va !$2ss&!a !&"enta$# Na pr&me&ra( "eve1se enten"er

-ue ser 3 'ra( 'ra1v&ta$( !ns&"eran" a re$a &ntr5nse!a entre 'ra e v&"a( n"e o ser

sempre concretamente dinmico; expressa-se como fora, a mesma !ue a exterioriza"o da

energia e, por conseguinte, est sempre em rela"o ativa com a vida para aument-la e, #s

vezes, diminu$-la ;as%&n"&= e( na se/un"a( a !ns&"era " ser en-uant ser#

Se/un" as%&n"&( est2 3 uma !n!ep %uman&sta e 3

a part&r "essa !n!ep %uman&sta( a re$a !m utr trna1se nt$7/&!a(ep&stem$7/&!a( s!&a$ e p$&t&!amente 'a$an"( ne!ess2r&a( v&ta$# P&s sem utr(n e+&ste a pss&b&$&"a"e "a %uman&"a"e( " !n%e!&ment "a v&"aL !m utr( a!ntr2r&( pstu$a1se %uman e utrs va$res !m a s$&"ar&e"a"e a'et&va(!a$rsa( a respnsab&$&"a"e e $&berta1se "s 5"$s "a mrte -ue s e/5sm( amar/&na$&)a s!&a$( ra!&sm( entre utrs ;FGH=#

Rea'&rma1se( ent( -ue est2filosofia africana( Ubuntu( tem seus 'un"aments na

a$ter&"a"e( a&n"a -ue perpasse pe$as v&ven!&as entre as pessas( re'ra" pe$ a'r&sm +%sa

-ue e+pressa -ue >a pessa 3 u trna1se pessa n me& "e u atrav3s "e utras pessas?

;Ubuntu un/amuntu n/abane abantu? u seu e-u&va$ente em )u$u: >Umuntu n/umuntu

n/abantu=#


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Ser&a pru"ente a !mpreens -ue na ma&r&a "as ppu$a,es a'r&!anas n !rre a

estrat&'&!a entre as !ama"as "a v&"a em s!&e"a"eL tu" en!ntra1se &nte/ra"( a nature)a e

p$5t&!a( p"er e re$&/&( %mem e "&v&n# S &nmers s e$ements -ue se !mun&!am

e se !mp$etam#

Car$s O$&ve&ra ;FF= ns e$u!&"a -uant a &ne+&st.n!&a "a "ua$&"a"e %mem +

nature)a# A uma &ntera em tu" p&s tu" en!ntra1se( "e !erta 'rma( &nter$&/a"#

%egundo o autor, o uno o todo e o todo uno. & profano tem sua dimens"o sagrada como o

sagrado manifesta-se no profano. '"o ( escatologia. & tempo dos ancestrais o tempo

passado e o tempo do agora;p#G=. E+&ste a$/ "e 'un"amenta$ n pr!ess "e s!&a$&)a

" su6e&t( uma 'rma "e r&t "e &n&!&a$&)a( -ua$ est2 atre$a" a pr!ess re$&/&s# Este

r&tua$ "e &n&!&a 3 -ue( "e 'rma !$et&va( prmve a pessa a !nv5v& s!&a$ nas!mun&"a"es a'r&!anas# Se/un" Car$s O$&ve&ra( %2 a e+&st.n!&a "e uma sabe"r&a pr'un"a(

na me"&"a -ue %2 uma 'ra sa/ra"a em&nente a nature)a e s e$ements ;b&rr&tm= 3

"eterm&na" pr essa !n6u/a#

Para s Bantu( essa 'ra sa/ra"a tem uma "&st&n a&n"a ma&r# Se/un" O$&ve&ra(

um "s /ran"es !n'$&ts n enten"&ment "estes !n!e&ts se "2 n 'at "e tentarms

e-u&parar s pr!esss "e re'$e+,es -uant as pensaments %e$.n&!s e a'r&!ans# A -uest

" ser 3 v&sta sbre um utr pr&sma( a$/ ma&s nt$7/&!# De a!r" !m autrSe/un" O$&ve&ra( -uan" pensams a '&$s'&a bant em terms "e uma meta'5s&!a

"&n@m&!a "evems pensa1$a "e utr m" -ue a ra!&na$&"a"e !nstru5"a pe$a '&$s'&a

eurp3&a 1 "a !$2ss&!a 0 m"erna# A&n"a(

n 3 pre!upa para pensament bant prb$ema "a r&/em( "a '&na$&"a"e( "aess.n!&a( " ser# Ut&$&)an"1se "s terms "a pr7pr&a '&$s'&a eurp3&a( p"e1se"&)er -ue a '&$s'&a bant 3 ma&s uma nt$/&a "&n@m&!a -ue uma meta'5s&!a "ser# Na ver"a"e a n "e >Ser? n tem !rre$at na !u$tura bant# Q2 'a$a1se em'ra ;FF( p# F=#

Essa 'ra 3 "enm&na"a !m *ra V&ta$( t&"a !m a rea$&"a"e $t&ma "as

!&sas( -ue an&ma a v&"a( va$r suprem# Se/un" O$&ve&ra( assim, o imperativo

fundamental da filosofia banto a afirma"o categ)rica de !ue todo ser fora ;p#F=. A

part&r "esta prem&ssa( p"e1se &n'er&r -ue pensament bantu !entra1se n aument "a *ra

V&ta$ e( ass&m sen"( tu" -ue aumenta esta *ra 3 ben3'&! para a !mun&"a"e( na

prm " bem estar "e t"s# A !ntr2r& "as prerr/at&vas " pensament 6u"a&!1

!r&st( o pensamento banto n"o um pensamento de puni"o e restri"o, de culpa e de

escassez; ao contrrio, uma filosofia da abundncia e da generosidade, da liberdade e da

comun("o. & *nico mal a diminui"o da +ora-ital;FF( p# F=#


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N sent&" "e pensar a *ra V&ta$ !m a$/ !nst&tut&v " ser e "a sua &nte/ra a

!mun&"a"e( rea'&rmams a &"e&a "e -ue %2 uma &/ua$"a"e nt$7/&!a entre t"as as pessas(

ass&m %aven" tamb3m( "entr "essa &/ua$"a"e( uma re$a e+&sten!&a$( v&ra$( a -ua$ se/un"

as%&n"&permite !ue algum seja o !ue ; por isso uma interdependncia vital entre n"o s)

todos os (umanos, mas tambm entre estes e outras entidades c)smicas;s#n# FGH=#

as%&n"& ns e+p,e a$/uns pstu$a"s -ue perme&am este pensament e+&sten!&a$ e

re$a!&na$ e( "e !erta 'rma( e+a$ta a re$ev@n!&a " ser na v&"a !mun&t2r&a "e mane&ra

&n!$u"ente a !ns&"era a va$&"a"e "e t"as as pessas( p&s as pessas s va$&sas em s&

mesmasL a part&r "esta va$ra enten"e1se as pessas !m su6e&ts( a/entes atuantes na

s!&e"a"e na -ua$ en!ntram1se &nser&"sL e( !ns&"eran" a perspe!t&va Ubuntu( s su6e&ts

se " pe$as re$a,es &ntr5nse!as e &mpre!&n"&ve$ !m s utrs( re'ran" a&ntersub6et&v&"a"e e !nst&tu& "as pessas#

Obv&amente( !nte+t "e "&s!uss 3 "e amp$&tu"e &n!mensur2ve$ uma ve) -ue a

pr7pr&a *&$s'&a perme&a &nmers !amps "as 2reas "e !n%e!&ment# Neste sent&"( a

pes-u&sa '&!ar&a &ns&p&ente n es!$are!&ment "e &nmers !n!e&ts t !$ars a *&$s'&a#

Cntu"( a part&r "as prerr/at&vas " Ubuntu( apresenta" !m pensament '&$s7'&!

a'r&!an( preten"eu1se tra)er a$/umas !ns&"era,es -ue s&rvam "e nrte para pes-u&sas ma&s

apr'un"a"as( tant na !u$tura( p$5t&!a( %&st7r&a e re$&/&s&"a"e a'r&!ana( -ua&s "evem serenten"&"as !m parte &nte/rante "e um !n6unt "e !mprtament s!&a$( ass&m !m(

prmver "&st&n,es -ue( a !ntr2r& " -ue se tem s&" apresenta"( prmvam e e+a$tem

as A'r&!an&"a"es e t"a sua !ntr&bu& para "esenv$v&ment %uman( em au+&$& a

!mbate 0 "&s!r&m&na e ra!&sm ant&ne/r# rss m"( per!ebe1se a e+&st.n!&a "e

"&'erenas n m" "e pensar a'r&!an e !&"enta$( 'at -ue "eve ser !ns&"era" a se

estu"ar e "&s!ut&r uma nt$/&a( meta'5s&!a( a 3t&!a( "entr " !nte+t a'r&!an#


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Re'er.n!&as B&b$&/r2'&!as:

ASI8ND8( ean Bs! a) Meta'5s&!as A'r&!anas# Eu su pr-ue n7s sms# Entrev&sta

espe!&a$ !m ean Bs! a)& as%&n" 8nst&tut Iuman&sta UN8S8NOS# D&spn5ve$ em:

%ttp:

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