trabalho sobre existencialismo

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Existencialismo - Soren Aabye Kierkegaard Considerado por muitos historiadores como o primeiro representante da filosofia existencialista. Søren Aabye Kierkegaard nasceu a 5 de maio de 1813, em Copenhague, filho de Michael Pedersen Kierkegaard, então com 56 anos de idade, e de Anne Srensdatter, de 44 anos. Seu pai era um agricultor da Jutlândia ocidental que se mudou para Copenhague, onde enriqueceu como comerciante de lã. A primeira infância, Kierkegaard passou-a toda na companhia do pai, que insistia no aprendizado rigoroso do latim e do grego e inculcou no filho uma devoção pietista atormentada pela ansiedade. Desperto, desde muito cedo, para um tipo de vida imaginativa, pois seu pai exigia que representasse estórias e cenas teatrais, ierkegaard passou a sentir a vida como um palco permanente para a devoção religiosa. A profundidade do sentimento religioso, que o acompanhou desde a infância, levou-o a ingressar no curso de teologia da Universidade de Copenhague. Nessa escola, Kierkegaard tomou conhecimento do sistema filosófico de Hegel (1770-1831), cuja influência estendia-se a todos os setores intelectuais e até mesmo à teologia protestante, que estava impregnada de seu racionalismo. Inicialmente, Kierkegaard deixou-se seduzir pelas sutilezas da dialética hegeliana; a lógica parecia-lhe uma “apaixonante voluptuosidade”. No entanto, logo começou a se sentir impressionado pela forma como o sistema hegeliano se arrogava o direito de ignorar a existência concreta do indivíduo. Por causa disso Kierkegaard passou a contestar energicamente o hegelianismo. Para o pensador dinamarquês, a existência humana não pode deixar-se dissolver na pura conceituação intelectual.

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Existencialismo - Soren Aabye Kierkegaard

Considerado por muitos historiadores como o primeiro representante da filosofia existencialista. Sren Aabye Kierkegaard nasceu a 5 de maio de 1813, em Copenhague, filho de Michael Pedersen Kierkegaard, ento com 56 anos de idade, e de Anne Srensdatter, de 44 anos. Seu pai era um agricultor da Jutlndia ocidental que se mudou para Copenhague, onde enriqueceu como comerciante de l. A primeira infncia, Kierkegaard passou-a toda na companhia do pai, que insistia no aprendizado rigoroso do latim e do grego e inculcou no filho uma devoo pietista atormentada pela ansiedade. Desperto, desde muito cedo, para um tipo de vida imaginativa, pois seu pai exigia que representasse estrias e cenas teatrais, ierkegaard passou a sentir a vida como um palco permanente para a devoo religiosa. A profundidade do sentimento religioso, que o acompanhou desde a infncia, levou-o a ingressar no curso de teologia da Universidade de Copenhague. Nessa escola, Kierkegaard tomou conhecimento do sistema filosfico de Hegel (1770-1831), cuja influncia estendia-se a todos os setores intelectuais e at mesmo teologia protestante, que estava impregnada de seu racionalismo.Inicialmente, Kierkegaard deixou-se seduzir pelas sutilezas da dialtica hegeliana; a lgica parecia-lhe uma apaixonante voluptuosidade. No entanto, logo comeou a se sentir impressionado pela forma como o sistema hegeliano se arrogava o direito de ignorar a existncia concreta do indivduo. Por causa disso Kierkegaard passou a contestar energicamente o hegelianismo. Para o pensador dinamarqus, a existncia humana no pode deixar-se dissolver na pura conceituao intelectual.Toda obra de Kierkegaard a pura expresso de sua prpria vida. Seu pensamento surgiu da luta de conscincia perante sua condio de existir. A condio absoluta de sua filosofia, e at a nica razo de seu viver, estava na relao estreita entre existir como pessoa e a conscincia desse existir. Foi, na verdade, o primeiro representante da filosofia existencial e o primeiro a se preocupar em compreender a existncia.Kierkegaard defendia a idia de que existe uma verdade subjetiva: uma verdade que seja pra mim encontrar uma idia pela qual eu possa viver ou morrer (1974). Sua religio luterana se opunha a esta concepo. Tornou-se um filsofo solitrio por no conseguir se adaptar s idias religiosas ento impostas, assim como pela angstia do pecado e da sensualidade que o invadiam na poca.A filosofia resumia-se na tomada de conscincia das exigncias absolutas feitas a qualquer pessoa que quisesse viver uma existncia verdadeiramente autntica. Para ele, pensar no existir, mas tornar-se um espectador dessa vivncia. Oposto ao racionalismo de Descartes. No racionalismo, o sujeito objeto para si mesmo, deixando de existir como pessoa, e ai que reside a grande diferena de Kierkegaard:o sujeito e o objeto so uma coisa s, ou melhor,so partes de uma mesma estrutura. Basta compreender-se existindo; viver a experincia ao invs de observ-la de fora. A verdade prpria existncia, no havendo, por isso, uma verdade absoluta. Ela existe para o indivduo na medida em que, por ao, a produz.A escolha constitui uma das noes mais importantes de sua filosofia, pois era vista como uma espcie de ncleo da existncia humana. A escolha desprovida de lgica, mas no de uma psicolgica: o que o indivduo faz, depende do que ele quer, do que escolher, no do que compreende. Entretanto, nenhuma opo se realiza sem angstia. Cada escolha um risco pela sua prpria incerteza. Existir escolher-se. Sendo artfice de si mesmo, realizando a sua essncia, uma pessoa se expe ao risco. A escolha necessria e livre: o indivduo obrigado a fazer opes para existir, embora essas opes no sejam constrangedoras.Ao mesmo tempo, existir implica em angstia e desespero. A obrigao de escolher, assim como o risco a que se est exposto, desespera.Analisando a existncia humana, percebe que esta se processa em trs estgios: esttico, tico e religioso. No se tratam de estados que todos os indivduos passariam sucessivamente, mas opes que cada um realiza no decorrer da existncia.O primeiro causado por um hedonismo onde impera a dor e o tdio. Buscando um sentido para a sua existncia, o indivduo se coloca ao sabor dos impulsos. As possibilidades que o indivduo realiza neste modo de vida no proporcionam uma realizao plena, mas apenas uma atualizao transitria.

A ameaa do tdio uma constante neste estgio, o que pode conduzir ao desespero. Diante disso, e frustrado em seu objetivo, o indivduo passa para o segundo estgio. Este est ligado ao dever, s regras e s exigncias a que o indivduo est exposto.O mais importante a no a quantidade de dever, mas a sua intensidade sentida pelo indivduo. A liberdade agora est limitada pelo social. O extremo da etapa tica leva contradio. Com a idia de pecado, essa etapa fracassa, pois surge o arrependimento, sentimento supremo nesse momento. Acredita-se ento que necessrio ultrapassar esse estgio, chegando a uma outra etapa, a religiosa. Neste caso, a escolha do indivduo independe de critrios pulsivos, racionais ou ainda de regras universais. Entretanto, o desespero e a ansiedade so fortes sinais que ajudam o indivduo a escolher. pela religiosidade que o indivduo atinge uma relao com o Absoluto e encontra a existncia que tanto almeja.O desespero de sim mesmo a grande preocupao de Kierkegaard, que surge diante do vazio no-satisfeito pelos estados anteriores. O prazer antes alcanado no passado, somente pode se repetir no futuro quando o indivduo se submete religiosamente diante do desconhecido.O paradoxo e o absurdo, assim como o desespero e a angstia, o risco e o drama do indivduo, a subjetividade em oposio incerteza absoluta do objetivo, so o arcabouo da filosofia de Kierkegaard, que no chega a ser um sistema organizado e construdo, pois sua maior preocupao com o profundo conhecimento da personalidade, com a existncia do indivduo. No se pode reduzir a existncia humana a conceitos abstratos, j que a realidade concreta. da doutrina Kierkegaardiana que os filsofos existenciais derivam seus conceitos. Precisavam no entrando, de um mtodo de reflexo e de anlise apropriado, e foram busc-lo em Husserl.Kierkegaard dedicou-se intensamente redao de inmeras obras, muitas das quais vindas a pblico sob curiosos pseudnimos: Victor Eremita, Johannes de Silentio, Constantin Constantio, Johannes Climacus, Nicolaus Notabene, Virgilius Haufniensis, Hilarius Bogbinder, Anti-Climacus. Entre essas obras, salientam-se Sobre o Conceito de Ironia (1841), Discursos Edificantes (1843/44), Ou, Ou. Um Fragmento de Vida (1843), Temor e Tremor (1843). A Repetio (1843) O Conceito de Angstia (1844), Etapas no Caminho da Vida (1845). O Desespero Humano (Doena at Morte) (1849). Ou esttico ou tico: A vida subjetiva, na prpria medida em que vivida, no pode jamais ser objeto de um saber; ela escapa, em princpio, ao conhecimento... Existencialismo - Jean-Paul Sartre

O existencialismo sartreano proveniente de trs formas de pensamento: o materialismo dialtico de Marx, a fenomenologia de Husserl e o existencialismo de Heidegger. A influncia de Marx est na relao com a ao, ou seja, ao invs de se pensar sobre o mundo, tem-se a idia de alter-lo, transform-lo. De Husserl extraiu o mtodo fenomenolgico. E Heidegger, com o seu questionamento sobre o ser, o influenciou quando afirmou que, para alcanarmos compreensivamente o ser, precisamos analisar existencialmente a pessoa (ente).A diferena maior entre seu pensamento e o de Heidegger reside no fato de que, para este ltimo, o interesse era com o ser, ainda que a pessoa concreta fosse um meio de se chegar a ele na sua completa compreenso. Para Sartre, ao contrrio, a preocupao era quase que exclusiva com a existncia do indivduo em si, da sua famosa sistematizao do principio bsico do existencialismo a existncia precede essncia.Sartre acreditava que o ponto pelo qual o pensamento filosfico deveria partir a intencionalidade e no a realidade humana. Fiel que era ao pensamento de Husserl, utilizou a fenomenologia para atingir a sua meta. Sartre, no entanto, tinha como meta examinar a conscincia no mundo. A conscincia engajada no mundo de tal forma que o para-si no existe sem mundo, mas apenas, como o diz Sartre, uma plenitude diferenciada do ser.Para a conscincia atingir as coisas, precisa conter o nada, o no-ser. Ns s podemos negar as coisas, nadific-las, porque carregamos conosco uma espcie de nada. Para Sartre o nada tem como fundo o prprio ser. o ser que faz surgir o nada pela imaginao. Esta forma de ser da conscincia cria uma totalidade que no existe.A anlise da conscincia fundamental na sua filosofia. Divide0se em dois nveis: conscincia de primeiro grau e conscincia de segundo grau. A primeira conscincia que ultrapassa a si mesmo para atingir o objeto e se esgota nessa mesma posio. uma conscincia perceptiva, pois se ignora para ter conscincia de um objeto ou de um ato. Ela e o objeto de que a conscincia so, na verdade, nesse nvel, uma s coisa, isto , h identificao com o objeto sem que ela se tome como objeto. Sartre a chamou de cogito pr-reflexivo ou conscincia irreflexiva. irreflexiva, pois no depende do contedo psquico do eu. O que psquico s pode ser apreendido pela reflexo.O segundo nvel de conscincia, nas palavras de Sartre (1936), a conscincia que consciente de ser consciente do seu objeto. Existe um eu que consciente daquilo que tem conscincia. Chamou-a, por isso, de conscincia reflexiva. especfica do ser humano.A teoria sartreana da conscincia nos conduz sua teoria da liberdade. Pela liberdade o indivduo escolhe aquilo que quer ser e, assim, realiza sua essncia. Sartre rejeita que qualquer tipo de noo que coloca o homem preso a uma natureza humana ou a um Deus que o cria. O homem faz parte da espcie humana, mas a sua liberdade que o afasta desta espcie; que ultrapassa o humano em direo humanidade.Para Sartre o homem aquilo que faz de si prprio. O que Sartre faz transformar esse subjetivismo em tica, na medida em que o construir-se constitui o espao da dignidade. A liberdade no algo levianamente construdo, seno que existe uma responsabilidade absoluta pelo que resulta. Se a natureza humana fosse um molde rgido ou mesmo malevel, como propem os psicanalistas, porm passivo, como afirmam os behavioristas, o homem no poderia ser responsvel por si mesmo.O homem aquilo que se projeta ser e no existe antes desse projeto. O que importa primeiramente que ele surge no mundo e s depois se define. A opo por este ou aquele projeto est vinculada a essa valorizao, que faz da conscincia reflexiva uma conscincia moral; uma vez que para valorizar, reflito e julgo. O valor a prpria expresso da liberdade. Sartre denomina projeto original escolha que o indivduo faz sobre si prprio. Esse uma matriz dos demais projetos, determina as aes, sentimentos, etc. de cada um.Sartre vai mais longe quando diz que todo projeto original, na verdade, um reflexo de uma frustrao: a de no ser Deus. Graas a esse fracasso encontra sua liberdade e contingncia. preciso deixar claro que Sartre teve duas fases em seu pensamento. Sua primeira viso prope uma liberdade radical, incondicionada, encarnada num ato. Trata-se de uma liberdade para si, no inserida no mundo. Tal liberdade implica num voluntarismo com pretenso ao absoluto. Posteriormente refez esta idia. A liberdade aparece agora no mais como liberdade em fuga, mas como uma liberdade a trabalhar. O querer-ser de Sartre se origina de sua recusa em se identificar com este ser que ele ou que fizeram dele. A liberdade no pode ser entendida como proveniente de uma bondade divina.Diante da absurdidade ou contingncia de sua vida, o indivduo experimenta um mal-estar a que Sartre denominou de nusea. O ser percebe que existe sem ser justificado. A conseqncia desse mal-estar a responsabilidade de si prprio por sua existncia. A nusea , na verdade, o medo diante dessa liberdade.O ser-para-o-outro a estrutura essencial da conscincia. O meu corpo me pe em contato com outrem e me faz ver como sou percebido por ele. Minha conscincia apenas se revela a partir da relao que mantm com outras conscincia. preciso que minha conscincia individual seja reconhecida como tal por outra, para existir. Isso estabelece a lei universal do combate entre conscincias: cada uma luta para ser reconhecida por outra, nos explica Maciel (1986). Exatamente no confronto com o outro que se assegura o direito individualidade.Sartre diz que tentamos nos transformar exatamente naquilo como aparecemos para o outro. O outro, assim, oferece perigo. A nica defesa inverter a situao: na preservao da minha liberdade, torno-o ser-em-si. como se a liberdade de um inibisse a do outro. Essa a essncia das relaes humanas: o conflito. Assim, sentido-me existir, ou sendo objeto para outro, experimento angstia, da Sartre achar que o ser-com gerador de conflito.Estudando a relao do corpo com a conscincia, Sartre chega a investigar a sexualidade. Todo o desejo tem como meta um possvel "objeto de desejo". Mas o que ele realmente pretende substituir o ser saciado. Negando a possibilidade de que o desejo seja somente instinto, afirma que uma relao do indivduo como ser-para-o-outro. O desejo uma posse da livre subjetividade do outro.No se trata de possuir o outro como se possui um objeto; quer-se possuir a liberdade como liberdade. no fracasso da troca que aparecem as relaes sado-masoquistas. No masoquismo sofre-se nas mos do outro para demonstrar que se uma coisa submetida sua liberdade. A tentativa oposta a sdica destri-se o outro como conscincia, aprisiono-o; quer-se possu-lo como objeto.O desejo sexual no apenas a expresso de uma imposio biolgica. O desejvel, na verdade, o prprio desejo e por ele que o indivduo toma conscincia do seu prprio corpo.Sartre teve duas fases: a primeira culminou com a obraO ser e o nada, onde esboa a sua ontologia.Numa segunda fase houve uma total converso operada pelo marxismo, originando a utilidade de colocar em discusso a literatura pela necessidade de ao poltica. A derrubada da referncia de algo absoluto para fundamentar o relativo tambm ajudou a mudar sua posio. Somente quando historicizou seu pensamento, abriu a possibilidade para uma verdadeira moral. Tudo isso foi descoberto quando, por ocasio da guerra, Sartre ficou em cativeiro. Descobriu a solidariedade e o engajamento com uma causa.A expresso O inferno o outro demonstra a relao perigosa e assustadora que o outro estabelece. O outro tenta conquistar a conscincia do outro, e assim, a liberdade de um inibe a realidade do outro. Nessa batalha de conscincia, que o inferno, ambos se necessitam para justificar sua culpa. O outro o espelho da prpria condenao. Entretanto, tal concepo reformulada, na sua segunda fase, numa espcie de paradoxo dialtico, qual seja, quanto mais experimento minha liberdade, mais reconheo a do outro.

Existencialismo - Martin Heidegger

Ele o ponto de ligao entre o existencialismo de Kierkegaarde a fenomenologia de Husserl. Sua preocupao maior era elaborar uma anlise da existncia, ou seja, esclarecer o verdadeiro sentido do ser.Investigando o problema do ser, acabou por recair em um nico objeto possvel: o prprio ser do sujeito existente, a que chamou de Dasein(ser-ai ou ente). O Dasein a nossa existncia cotidiana, o indivduo, o homem. Definir ser implica, dessa forma, em transform-lo em um ente (algo concreto) e a termina a lgica do ser universal. No pode existir um ser semente. Diante de tal impasse, Heidegger diz:para que a investigao ontolgica possa ocorrer, haver uma fase que antecede; a anlise do meu Dasein particular e concreto.A caracterstica bsica doDasein sua abertura para perceber e responder a tudo aquilo que est na sua presena; contemporneo do mundo, surgindo como fenmeno, isto , como algo que se mostra a si mesmo. Da Heidegger usar a expresso ser-no-mundo.Oestar-no-mundo a determinao fundamental doDasein. osentimento do indivduo de ser arrojado s vicissitudes da existncia. Somos lanados ao mundo, e a ele estamos ligados, pois no podemos pensar em um ser sem relacion-lo ao seu mundo, sua realidade concreta. O homem no existe com um Eu ou sujeito em relao ao mundo externo. Tem uma existncia por ser-no-mundo da mesma forma que o mundo tem sua existncia porque h um ser para revel-lo. Assim, ser e mundo so unos. Vale ressaltar que no se trata do homem interagir com o mundo, pois nesse caso sugeriria que pessoa e ambiente fossem duas coisas separadas.Participa do mundo com outros. Mas esseestar-no-mundocom outros estabelece uma ligao entre osDasein, de tal forma que no h distino entre eles:estar-no-mundo viver num mundo em comum. Isso acaba por estabelecer que a relao do Dasein com outros seja uma projeo.Pela temporalidade, oDaseinvai adquirindo a sua essncia, pois somente existindo que ele . Heidegger afirma que a essncia do ser reside, na verdade, na sua prpria existncia. O Dasein a possibilidade concreta da minha existncia. Sendo a sua possibilidade, precisa escolher a cada momento entre uma existncia autntica e uma inautntica.A existncia autntica ou ExistenzI a existncia idealizada do Dasein excluindo tudo aquilo que possa vir a impedir sua autenticidade. somente atravs desta que o homem capaz de diferenciar o humano do no humano. Ao contrrio, na inautenticidade, queda, ou decaimento, misturam-se os dois significados, e a o desamparo ocorre. O sentimento de abandono existe desde que o ente lanado ao mundo sem que dele dependa a escolha. Esse desamparo reaparece sempre na luta que o indivduo trava durante toda a sua existncia, sob a forma de angstia ou medo.A vida inautntica no deixa de ser uma forma de fugir a esse sentimento de inadequao. Perdendo-se no outro, na tentativa de justificar seus atos num sujeito impessoal, o peso tornar-se menor. Entretanto, apenas a angstia que levanta o Dasein de sua queda, forando-o a escolher entre uma vida autntica ou uma inautntica, Neste ponto preciso deixar claro a diferena entre aangstia kierkegaardianaque conduz a meras possibilidades, da angstia heideggeriana, que coloca o indivduo em contato com o nada. a partir desse nada que ele escolhe a autenticidade ou no. Da, tenta ele com isso dar realidade a esse Nada absoluto.Assim Heidegger nos fala de dois aspectos da inautenticidade o subjetivo, que foi explicado anteriormente, e o objetivo, expressos na devoo exagerada ao trabalho, ao comportamento mecanicamente representado, tambm como forma de diluio de si mesmo. O avano tecnolgico colabora muito para esse segundo aspecto.Outro conceito fundamental na anlise de Heidegger oconceito de morte. O Dasein um ser-para-a-morte. Esta a possibilidade para a qual o ser se dirige, mas que apenas nela o indivduo se totaliza. Todavia, a morte no uma cessao e sim um modo de ser que o afeta enquanto existe. No liquida com a existncia humana. Trata-se de uma possibilidade includa no projeto do indivduo capaz de definir o seu poder-ser..

Concluso

O Existencialismo difundiu-se como o pensamento mais radical a respeito do homem na poca contempornea. Surgiu em meados do sculo XIX com o pensador dinamarqus Kierkegaard e alcanou seu apogeu aps a Segunda Grande Guerra, nos anos cinqenta e sessenta, com Heidegger e Jean-Paul Sartre.

A corrente existencialista assimilou ainda uma influncia da fenomenologia cuja figura principal, Husserl, j citado, prope a descrio dos fenmenos tais como eles parecem ser, sem nenhum pressuposto de como eles sejam na verdade. Para o existencialismo, a fenomenologia de Husserl significou um interesse novo no fenmeno da conscincia.

Reunindo as snteses do pensamento de cada um desses filsofos podemos listar os postulados principais dessa corrente filosfica que so:

1. A primeira o ser humano enquanto indivduo, e no com as teorias gerais sobre o homem. H uma preocupao com o sentido ou o objetivo das vidas humanas, mais que com verdades cientficas ou metafsicas sobre o universo. Assim, a experincia interior ou subjetiva - e a est a influncia da fenomenologia - considerada mais importante do que a verdade "objetiva", um fundamento igual da filosofia oriental.

2. O homem no foi planejado por algum para uma finalidade, como os objetos que o prprio homem cria, mediante um projeto. O homem se faz em sua prpria existncia.

3. O mundo, como ns o conhecemos, irracional e absurdo, ou pelo menos est alm de nossa total compreenso; nenhuma explicao final pode ser dada para o fato de ele ser da maneira que ;

4. A falta de sentido, a liberdade conseqente da indeterminao, a ameaa permanente de sofrimento, da origem ansiedade, descrena em si mesmo e ao desespero; h uma nfase na liberdade dos indivduos como a sua propriedade humana distintiva mais importante, da qual no pode fugir

Bibliografia:COLETT, J. Existencialismo PENHA, Joo da. O que Existencialismo / So Paulo: Brasiliense, 2001. (Coleo primeiros passos; 61)HEIDEGGER, Martin.Conferncias e escritos filosficos. So Paulo, Nova Cultural, Coleo Os Pensadores, 1989.SARTRE. Jean Paul.Sartre: os pensadores.So Paulo, Abril Cultural, 1978. Coleo OsPensadores.KIERKEGAARD. Soren Aabye.: Os pensadores.So Paulo, Abril Cultural, 1979. Coleo OsPensadores.