1 o existencialismo e sua heranþa

23
O EXISTENCIALIS MO E SUA HERANÇA Prof. Dra. Luana Dallo

Upload: paola-aparecida

Post on 06-Dec-2015

221 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

psicanalise existencial

TRANSCRIPT

Page 1: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

O EXISTENCIALIS

MO E SUA HERANÇAProf. Dra. Luana Dallo

Page 2: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

EXISTENCIALISMO Séc XX

2ª guerra mundial

Preocupação existencial com liberdade, responsabilidade e morte.

Termo existencialismo não foi inicialmente usado por nenhum dos filósofos

Sartre: existência precede a essência:

Estamos sempre adiante de nós mesmos

“a caminho”: projetos, intenções e aspirações para o futuro.

Identidade não é determinada pelo status biológico ou social,

É criada por nossa liberdade.

Page 3: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

TEMAS EXISTENCIAIS Liberdade

Solidão

Morte

Autenticidade

Angústia

Amor

Tédio

Culpa

Felicidade

Page 4: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

O MUNDO É UM MOINHO

https://www.youtube.com/watch?v=pRntuhzWW5k

Relacionar com o existencialismo

Page 5: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

KIERKEGAARD E A RELIGIÃO Contesta a ênfase iluminista na racionalidade,

Dialética hegeliana: movimento da história segue uma necessidade lógica e dialética,

Obscurece o significado da existência individual

Rejeita o cristianismo doutrinário e ortodoxo

Acreditar em Deus envolverá uma escolha e um “ato de fé” individuais,

A verdadeira fé religiosa:

contrária as demandas das organizações públicas

Não é lógica e racional

Page 6: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

LÓGICA X FÉ

https://www.youtube.com/watch?v=UbWaflzhdoY

Abraão e Isaque

Page 7: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

KIERKEGAARD E A RELIGIÃO Fé: acreditar em alguma coisa sem prova

Pensamento existencial: não existem fatores externos ou valores que ditam nossas ações,

Somos confrontados com o agir e escolher

Dotamos o mundo de significado e somente nós podemos fazer isso.

Ato de fé: criar o significado em que buscamos viver.

Retirada para a incerteza, acompanhada pelo desespero.

Page 8: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

KIERKEGAARD E A RELIGIÃO Vida autentica x inautêntica

Estágio estético: momento sensível, prazer e beleza, mas é trivial

Estado ético: legitimar os padrões morais absolutos baseados nos costumes sociais, ou racionalidade, mas é transitório.

Estágio religioso: pressupõe a pessoa por si própria, destituída de sua confiança nos hábitos sociais.

Moralidade reside mais no caráter e nas atitudes da pessoa que está agindo.

Pessimismo sobre a morte : influência Heidegger.

Page 9: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

NIETZSCHE, RESSENTIMENTO E A MORTE DE DEUS

Foco no externo (corpo)

Sofrimento e crueldade necessários para a criatividade

Elitista: interessa mais por inspirar certos indivíduos do que emancipar as massas

Deus está morto: moralidade é um problema, não alguma coisa pré-ordenada por Deus.

Existencialismo: rejeição a qualquer padrão moral absoluto

Distante do existencialismo: tendência para negar que agimos livremente e versão do naturalismo biológico

Page 10: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

JASPERS, EXISTENZ E “SITUAÇÕES-LIMITE”

Autenticidade individual contra esses sistemas

Tres aspectos do ser: ser-aí, ser-um-eu, ser-em-si.

Ser-um-eu: movimento para além e deslocamento dos afazeres do dia a dia (experiência de angústia)

Ser-aí: mundo empírico objetivamente determinado.

Ser-em-si: objetivação do ser.

Limitam, rompem e interpenetram uma a outra.

Page 11: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

JASPERS, EXISTENZ E “SITUAÇÕES-LIMITE” Existenz: não existe eu predeterminado ou essencial, o eu é somente suas

possibilidades (influente para outros filósofos)

Condição de Existenz: revelada em “situações- limite”, que inclui a morte, o sofrimento, a culpa e incerteza das decisões (kierkegaard)

Sofrimento, culpa, incerteza : situação contingente e a necessidade absoluta de escolher

Kierkegaard, Nietzche, Jaspers: protesta contra qualquer provisão de substitutos externos e objetivos para decisões pessoais como partido, riqueza, estado ou mediocridade do rebanho.

Page 12: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

HUSSERL E A FENOMENOLOGIA:

Método fenomenológico: o esforço persistente de descrever as experiências sem especulações teóricas

Dois componentes do método fenomenológico:

Epochê (redução fenomenológica): suspender o juízo sobre qualquer coisa que possa nos impedir de atentar as “coisas em si mesmas” ou suspensão da atitude natural (que assume que existe um mundo exterior)

redução eidética: “retorno” ao modo especifico da aparição do fenômeno e requer algum tipo de busca pelas essências.

Page 13: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

HUSSERL E A FENOMENOLOGIA:

Redução fenomenológica (epochê): “retorno as coisas em si mesmas”

A filosofia constrói teorias e então retorna a experiência

A fenomenologia, no entanto, quer começar com as próprias experiências e, em seguida, realizar uma redução eidética para ver se essas experiências possuem quaisquer condições essenciais .

Ciência rigorosa: ciência da consciência ao invés das coisas empíricas.

Page 14: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

É a forma como o objeto se apresenta

á consciência do homem.

O que é Fenômeno?

O que é Fenomenologia?É um método para a descrição e análise da

consciência, a partir do significado que esta dá aos objetos.

Page 15: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

MÉTODO DESCRITIVOFenômeno possui um núcleo significativo que precisamos colocar e descrever.

Ego......Cogito....CogitatumEu........Noesis......NoemaNoesis: tipo ou modo de experiência: percepção, recordação, desejo, esperança, medo, e assim por diante.

- várias formas de apreensão, dar sentido, Noema: objeto.

Page 16: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

HUSSERL E A FENOMENOLOGIA:

Não procede a partir da coleção de uma grande quantidade de dados e generaliza uma teoria para além dos dados (o método científico da indução)

Considera exemplos particulares sem pressuposições teóricas.

Heidegger, Sartre e Merleau-Ponty: fenomenologia “pura” ou completo parentesamento do mundo exterior é impossível. (somos inseparáveis de nossa situação social)

Intencionalidade: atos da consciência são dirigidos para objetos e a consciência de objetos é sempre mediada por significados sociais.

Page 17: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

PRINCÍPIO DA INTENCIONALIDADE

Page 18: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

Relação direta entre objeto e consciência.

Toda consciência é consciência de algo

Objeto é sempre objeto para a consciência.

Captar a vivência dos objetos como se apresentam á consciência do homem.

Intencionalidade

Page 19: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

Com a intencionalidade há o reconhecimento de que o mundo não é

pura exterioridade e o sujeito não é pura interioridade, mas a rede de saída

de significados que os envolve (Forghieri, 2004)

Page 20: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

MARCEL E O CORPO

Pensador católico

Segue Husserl na condenação ao naturalismo

O cientificismo de nossa cultura cometeu o erro de pensar que o modo cientifico de compreender as coisas e o mundo é o nosso único acesso a verdade.

É secundário ao modo prático e instrumental de se relacionar com o mundo

1920: “eu sou meu corpo”

Tradição filosófica ocidental subestimou a importância de nossos corpos

Todos os pensadores existenciais enfatizaram a importância de nossa experiência vivida e corporificada, bem como nossa relação perceptual com o mundo.

Page 21: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

CAMUS E O ABSURDO Mito de Sísifo: natureza absurda da existência, e em como lidar com ela

e continuar vivendo.

Absurdo como a brecha entre o que os entes humanos esperam da vida e o que de fato encontram.

Os indivíduos buscam por ordem, harmonia e mesmo perfeição, ainda que não possam encontrar evidencia alguma de que essas coisas existem.

Busca incessante por razão, destacada no iluminismo, alienou a humanidade de si mesma.

As questões mais importantes são aquelas que dizem respeito ao significado da vida ou a sua falta.

Page 23: 1 O Existencialismo e Sua Heranþa

REFERENCIA Reynolds, Jack. Existencialismo. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014 (tradução

Caesar Souza)