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materiais para instalações hidráulicas prediais

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  • FACULDADE DO SUL DA BAHIA

    CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA CIVIL

    JANINE P. RIBEIRO GOMES SILOTTI

    TECNOLOGIA DOS MATERIAIS DE INSTALAES

    HIDRULICAS E SANITRIAS

    TEIXEIRA DE FREITAS

    2014

  • JANINE P. RIBEIRO GOMES SILOTTI

    TECNOLOGIA DOS MATERIAIS DE INSTALAES

    HIDRULICAS E SANITRIAS

    Relatrio apresentado o Curso de Engenharia Civil

    da Faculdade do Sul da Bahia, como requisito

    parcial para obteno de notas na disciplina de

    Instalaes Hidrulicas e Sanitrias, do 8 perodo

    A, sob orientao do professor Luiz Simes.

    TEIXEIRA DE FREITAS

    2014

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ............................................................................................... 3

    2 MATERIAIS DE INSTALAES HIDRULICAS E SANITRIAS................ 4

    2.1 PVC - POLICLORETO DE VINILA ................................................................. 4

    2.1.1 Caractersticas Tcnicas Gerais.................................................................. 6

    2.1.2 Juno das Tubulaes de PVC .................................................................. 7

    2.1.2.1 PVC Soldvel ................................................................................................. 7

    2.1.2.2 PVC Roscvel ................................................................................................ 8

    2.1.2.3 Junta Elstica ................................................................................................. 9

    2.2 CPVC - POLICLORETO DE VINILA CLORADO .......................................... 12

    2.2.1 Caractersticas Tcnicas Gerais................................................................ 14

    2.2.2 Juntas Soldveis ........................................................................................ 14

    2.3 PEX - POLICLORETO RETICULADO .......................................................... 15

    2.4 PPR - POLIPROPILENO COPOLMERO RANDOM .................................... 16

    2.4.1 Caractersticas Tcnicas Gerais................................................................ 17

    2.4.2 Execuo das Juntas ................................................................................. 18

    2.5 COBRE ......................................................................................................... 19

    2.5.1 Juno das Tubulaes ............................................................................. 20

    2.5.2 Isolamento ................................................................................................... 20

    2.6 FERRO FUNDIDO ........................................................................................ 21

    2.7 FERRO GALVANIZADO ............................................................................... 22

    2.8 CHUMBO ...................................................................................................... 23

    2.9 PEX COM ALMA DE ALUMNIO .................................................................. 23

    2.10 OUTROS MATERIAIS .................................................................................. 24

    9 REFERNCIAS ............................................................................................ 25

  • 1 INTRODUO

    O projeto de instalaes prediais hidrulico-sanitrias tm como finalidade

    proporcionar a correta distribuio de gua, em quantidade suficiente e sob presso

    adequada a todos as peas de utilizao e aparelhos sanitrios da edificao. Visa

    promover, de forma adequada, a coleta e o afastamento das guas pluviais e das

    guas servidas, impedindo o retorno de guas poludas nas canalizaes de

    alimentao dos aparelhos bem como a entrada de gases de esgotos, roedores ou

    insetos nos edifcios, criando, desta forma condies favorveis ao conforto e

    segurana dos usurios.

    O projeto hidrulico de suma importncia edificao, pois possibilita a

    reduo de erros de montagem das instalaes e a correta escolha dos materiais a

    serem empregados. A utilizao de materiais de qualidade evita retrabalho com

    reparos no sistema de canalizaes, posto que sua ocorrncia sempre apresenta

    elevados custos. Os tubos so feitos de materiais apropriados para cada fluido e

    suas condies no processo, tais como: temperatura de operao, presso de

    trabalho, grau de corroso, etc. Trabalham como condutos forados, por presso ou

    como condutos livres, por gravidade, etc. A seguir sero apresentados os materiais

    mais utilizados atualmente no mercado, bem como suas generalidades.

  • 2 MATERIAIS DE INSTALAES HIDRULICAS E SANITRIAS

    2.1 PVC - POLICLORETO DE VINILA

    Segundo o WOLF (2013), o PVC uma resina sinttica em forma de p

    branco, fino, transformado, nas mquinas de extruso em tubos e nas de injeo em

    conexes. Os tubos de PVC so leves, permitindo facilidade de transporte e

    manuseio, suas paredes so espelhadas e livres de corroso, proporcionando maior

    vazo e menor perda de carga.

    Creder (2005) apresenta as seguintes outras caractersticas como vantagens

    do PVC:

    Baixo custo;

    Boa resistncia qumica;

    Baixo coeficiente de atrito;

    Baixa tendncia ao entupimento;

    Baixa condutividade eltrica;

    Baixa condutividade trmica;

    Facilidade de instalao e manuteno; e

    Segurana quando protegido externamente.

  • 5 Por outro lado, apresenta como desvantagens as seguintes caractersticas:

    Baixa resistncia temperatura;

    Baixa resistncia presso;

    Baixa resistncia mecnica;

    Baixa estabilidade dimensional;

    Alto coeficiente de ilatacao; e

    Baixa resistncia fsica aos choques a ao fogo.

    Os tubos de plstico, no geral, so divididos em duas categorias:

    Tubos Flexveis: normalmente utilizados para abastecimento de gua de

    emergncia e para irrigao, feitos de polietileno; e

    Tubos Rgidos: tubos utilizados para instalaes hidrulicas prediais, feitos

    propriamente do PVC..

    Os tubos de PVC, foco deste escopo, segundo o WOLF, so divididos em

    quatro tipos:

    Tubo PVC Soldvel;

    Tubo PVC Roscvel;

    Tubo PVC Esgoto Srie Normal; e

    Tubo PVC Esgoto Srie Reforada.

    A normatizao dos tubos de PVC esto especificadas na Norma Brasileira

    EB-183, que estabelece, dentro outras coisas, as caractersticas exigveis no

    recebimento dos tubos de PVC rgidos, de seo circulas e das juntas do tipo PBA

    (ponta e bolsa com anel de borracha) e PBS (ponta e bolsa para soldar).

  • 6 2.1.1 Caractersticas Tcnicas Gerais

    TABELA 1 - CARACTERSTICAS TCNICAS DOS TUBOS E CONEXES DE PVC RGIDOS

    Peso Especfico 1,4 g / cm

    Calor Especfico 0,24 cal / C / g

    Mdulo de Elasticidade 30 tf / cm

    Coeficiente de Dilatao Linear 7 x 10-5 cal / cm SC

    Resistncia Trao Instantnea 520 kgf / cm

    Resistncia Flexo Instantnea 1200 kgf / cm

    Condutividade Trmica a 20 C 35 x 10-5 cal / cm SC

    Resistividade Dieltrica 1015 / cm

    Rigidez Dieltrica 40 kV / mm

    Absoro de gua Menor que 1,2%

    Incio do amolecimento do PVC 80 C

    Presso de Servio a 20 C 10 kg / cm

    Presso de Servio a 30 C 8 kg / cm

    Presso de Servio a 40 C 6 kg / cm

    Presso de Servio a 60 C < 2 kg / cm

    Resistncia Qumica

    Boa resistncia para ciso, bases, sais, lcoois, detergents e sal marinho.

    No deve ser usado para produtos cclicos como toluol e acetonas.

    FONTE: Adaptado de CREDER, 2005.

    O traado das canalizaes deve ser o mais curto e retilneo possvel,

    reduzindo o uso de curvas ou emendas. Outra observao quanto ao embutimento

    em elementos estruturais. As canalizaes no podem ser embutidas em vigas e

    pilares, por exemplo, considerando a possibilidade de recalques ou dilataes e

    contraes da estrutura. Em instalaes enterradas, deve-se feita a, no mnimo, 80

    cm do piso para rea com trfego e 60 cm nas demais.

  • 7 2.1.2 Juno das Tubulaes de PVC

    2.1.2.1 PVC Soldvel

    Tipo de juno mais usada, em que se encaixa a ponta e a bolsa das partes a

    serem unidas, soldando-as com adesivo conforme mostrado na Figura 1 a baixo. A

    linha soldvel desenvolvida especialmente para a conduo de gua fria. O

    sistema de unio entre tubos e conexes de PVC soldvel feito por meio de

    soldagem a frio, ou seja, aplicada apenas a Soluo Preparadora, em seguida, o

    Adesivo Plstico para PVC para efetuar a soldagem do material. A garantia de

    estanqueidade est justamente no processo de transformao das peas em um

    nico conjunto, atravs de reao qumica que funde as superfcies em contato,

    transformando-as em um nico material. Suas caractersticas gerais so:

    FIGURA 1 - JUNTA SOLDADA

    FONTE: WOLF, 2013.

  • 8

    TABELA 2 - CARACTERSTICAS TCNICAS DO PVC SOLDVEL

    Cor Marrom (tubos e conexes).

    Dimetros 20, 25, 32, 40, 50, 60, 75, 85 e 110 mm

    Presso Mxima de Servio 7,5 kgf / cm

    Temperatura da gua 20 C

    Tamanhos Comerciais 6 m ou 3 m com ponta e bolsa soldvel

    Conexes Azuis com bucha de lato (sadas de 1/2" e 3/4") para pontos de consumo onde pretende-se instalar peas metlicas

    Ligao Juntas soldadas a frio por meio do adesivo prprio

    Norma de Fabricao NBR-5648 Sistemas prediais de gua fria - Tubos e conexes de PVC 6,3 , PN 750 Kpa com junta soldvel

    FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

    2.1.2.2 PVC Roscvel

    A linha roscvel e formada por tubos e conexes de PVC na cor branca,

    desenvolvida especialmente para a conduo de gua fria. Podem-se adaptar luvas

    e conexes de PVC ou metlicas s roscas abertas nos tubos. Deve-se evitar o uso

    de chave de grifo, pois em pequenas bitolas o aperto excessivo pode danificar as

    roscas. A ligao entre tubos e conexes e feita atravs da confeco de roscas nas

    extremidades dos tubos, estes so rosqueados nas bolsas das conexes onde

    existem roscas pr-fabricadas, a vedao entre as duas peas e garantida atravs

    do uso de materiais vedantes, como o veda rosca (FIGURA 2).

  • 9

    FIGURA 2 - JUNTA ROSCVEL

    FONTE: WOLF, 2013.

    TABELA 3 - CARACTERSTICAS TCNICAS DO PVC ROSCVEL

    Cor Branca (tubos e conexes).

    Dimetros , , 1, 1 , 1 , 2, 2 , 3 e 4

    Presso Mxima de Servio 7,5 kgf / cm

    Temperatura da gua 20 C

    Tamanhos Comerciais 6 m ou 3 m com pontas roscadas

    Conexes Azuis com bucha de lato (sadas de 1/2" e 3/4") para pontos de consumo onde pretende-se instalar peas metlicas

    Ligao O sistema roscvel facilita a desmontagem e o remanejamento das instalaes nos casos de redes provisrias.

    FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

    2.1.2.3 Junta Elstica

    Utiliza-se um anel de borracha para vedar um tubo com o outro, o que

    conseguido por simples compresso. H um sulco no tubo onde se aloja o anel de

    borracha. No necessrio preparar as partes a encaixar, basta limpeza e

    lubrificao com sabo neutro ou vaselina (FIGURA 3).

  • 10

    FIGURA 3 - JUNTA ELSTICA

    FONTE: WOLF, 2013.

    Passo 1: Limpar a ponta e a bolsa do tubo e acomodar o anel de borracha na virola

    da bolsa.

    Passo 2: Marcar a profundidade da bolsa na ponta do tubo.

    Passo 3: Aplicar a Pasta Lubrificante no anel e na ponta do tubo. No usar leo ou

    graxa, que podero atacar o anel de borracha. Fazer um chanfro na ponta do tubo

    para facilitar o encaixe.

    Passo 4: Encaixar a ponta chanfrada do tubo no fundo da bolsa, recuar 5mm no

    caso de tubulaes expostas e 2mm para tubulaes embutidas, tendo como

    referncia a marca previamente feita na ponta do tubo. Esta folga se faz necessria

    para a dilatao da junta.

  • 11 2.1.2.3.1 PVC Esgoto Srie Normal

    Linha de tubos e conexes fabricados de PVC rgido, para conduo dos

    efluentes dos aparelhos sanitrios, inclusive das bacias sanitrias e mictrios, em

    instalaes prediais de esgoto e ventilao.

    TABELA 4 - CARACTERSTICAS TCNICAS DO PVC ESGOTO SRIE NORMAL

    Cor Branca (tubos e conexes).

    Dimetros

    40, 50, 75, 100 e 150 mm.

    Dimetro DN40 junta soldvel.

    Dimetro DN50 a DN150 junta soldvel ou elstica (com anel de borracha).

    Presso Mxima de Servio Projetados para trabalhar como conduto livre (sem presso)

    Temperatura da gua 45 C em regime no contnuo

    Tamanhos Comerciais 6 m ou 3 m

    Norma de Fabricao NBR 5688 - Sistemas Prediais de gua Pluvial, Esgoto Sanitrio e Ventilao

    FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

    2.1.2.3.2 PVC Esgoto Srie Reforada

    Linha de tubos e conexes de PVC rgido, fabricados com espessura de

    parede maior que a linha Srie Normal, para serem utilizados na conduo de

    efluentes em trechos que sofrem maiores impactos internos ou externos, como:

    tubos de queda, subcoletores, ramais de despejo de mquinas de lavar louas

    residenciais e tambm condutores verticais de gua da chuva, em obras com mais

    de 3 pavimentos.

  • 12

    TABELA 5 - CARACTERSTICAS TCNICAS DO PVC ESGOTO SRIE REFORADA

    Cor Cinza (tubos e conexes).

    Dimetros

    40, 50, 75, 100 e 150 mm.

    Dimetro DN40 junta soldvel.

    Dimetro DN50 a DN150 junta soldvel ou elstica (com anel de borracha).

    Presso Mxima de Servio Projetados para trabalhar como conduto livre (sem presso)

    Temperatura da gua 75 C em regime no contnuo

    Tamanhos Comerciais 6 m ou 3 m

    Junta Soldvel ou elstica (com anel de borracha).

    Norma de Fabricao NBR 5688 - Sistemas Prediais de gua Pluvial, Esgoto Sanitrio e Ventilao

    FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

    2.2 CPVC - POLICLORETO DE VINILA CLORADO

    O CPVC um material com todas as propriedades inerentes ao PVC,

    somando-se a resistncia conduo de lquidos sob presses a altas

    temperaturas. Sua principal diferena o aumento da participao percentual de

    cloro no composto das matrias-primas, e seu desenvolvimento resultou da

    necessidade de obter-se um termoplstico que pudesse ser usado, tambm, para

    conduo de gua quente. Sua nomenclatura comercial Aquatherm (FIGURA 4).

    FIGURA 4 - TUBULAO DE CPVC

    FONTE: PEDREIRO, s.d..

  • 13 Sua aplicao se d para instalaes de gua quente e para gua fria:

    Instalaes prediais de gua quente:

    o Canalizao de alimentao de reservatrios de gua quente;

    o Canalizaes ou colunas de distribuio de gua quente;

    o Ramais de gua quente;

    o Sub-ramais de gua quente; e

    o Canalizao de retorno de gua quente.

    Instalaes prediais de gua fria:

    o Alimentador predial;

    o Barriletes;

    o Colunas ou canalizaes de distribuio de gua fria;

    o Ramais de gua fria;

    o Sub-ramais de gua fria;

    o Tubulaes de suco;

    o Tubulaes de recalque; e

    o Tubulaes de limpeza e extravasamento de reservatrios.

    Suas vantagens versam na economia no custo global da obra, ao considerar:

    Junta soldvel frio;

    Facilidade de instalao;

    Isolamento (no necessita de isolantes trmicos); e

    Superfcie interna lisa.

  • 14 2.2.1 Caractersticas Tcnicas Gerais

    TABELA 6 - CARACTERSTICAS TCNICAS DO CPVC

    Cor Bege (tubos e conexes).

    Dimetros 15, 22, 28, 35, 42, 54, 73, 89 e 114 mm

    Presso Mxima de Servio 6 kgf/cm (60 m.c.a.) conduzindo gua 80C, e 24 Kgf/cm (240 m.c.a) conduzindo gua 20C

    Temperatura da gua 80 C

    Tamanhos Comerciais 6 m ou 3 m

    Junta Soldadas a frio por meio do adesivo prprio

    Norma de Fabricao

    ASTM D-2846; ASTM F-439 (para DN de 73 a 114) - para conexes ; ASTM F-442 (para DN de 73 a 114) - para tubos ; NBR 7198 - Projeto e execuo de instalaes prediais de gua quente

    FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

    2.2.2 Juntas Soldveis

    O sistema de juntas por soldagem qumica a frio feita com o auxlio de um

    pincel para se aplicar o adesivo na conexo e em seguida na ponta do tubo. Depois

    feito o encaixe de uma vez as extremidades a serem soldadas, dando de volta e

    mantendo a junta sob presso manual por aproximadamente 30 segundos, at que o

    adesivo adquira resistncia (FIGURA 5).

    FIGURA 5 - JUNTA SOLDVEL

    FONTE: WOLF, 2013.

  • 15 2.3 PEX - POLICLORETO RETICULADO

    Fabricado de polietileno reticulado, as tubulaes de PEX a opo mais

    moderna para instalao de gua fria e quente. Sua flexibilidade permite a reduo

    do nmero de conexes, reduzindo o custo e o tempo de instalao. O PEX um

    sistema de bobinas de tubos (tipo mangueira) ligados a um mdulo distribuidor que

    conduz gua fria e quente, com temperatura de trabalho a 70 a 95 C. As conexes

    so metlicas (em lato) do tipo deslizantes. muito indicado para paredes em

    drywall e edificaes com vrios ambientes iguais, como um hotel (O PEDREIRO).

    uma concepo totalmente diferente dos sistemas de tubos tipo o PVC e

    que possui bitolas bem menores. Tem um reduzido nmero de conexes porque a

    tubo (mangueira) malevel e permite curvas (FIGURA 6 E 7).

    FIGURA 6 - TUBULAO PEX

    FONTE: WOLF, 2013.

    FIGURA 7 - TUBULAO PEX FONTE: WOLF, 2013.

  • 16 O mdulo distribuidor faz a conexo com o sistema de tubulao

    convencional. A partir dele que so distribudas as ligaes PEX. Cada ponto

    alimentado por uma linha exclusiva que sai do mdulo distribuidor. O sistema PEX

    pode ser imaginado da mesma maneira como um sistema de instalao eltrica. Na

    eltrica, a instalao vem da rede pblica para um Quadro de Distribuio de

    Circuitos e desse quadro saem a fiao de cada circuito que protegido por um

    disjuntor. No PEX, a gua vem at o mdulo distribuidor pelas prumadas e do

    mdulo distribuidor (como se fosse um QDC) alimenta cada ponto de gua

    individualmente (como se fossem os circuitos).

    Os tubos PEX trabalham com dimetros de 16, 20, 25 e 32 mm. A presso

    mxima de servio de 6 kgf/cm (60 m.c.a.) conduzindo gua 80C.

    2.4 PPR - POLIPROPILENO COPOLMERO RANDOM

    Os Tubos e Conexes PPR so uma soluo para conduo de gua quente

    e fria em instalaes hidrulicas. So fabricados com um material inovador e de

    ltima gerao (FIGURA 8).

    FIGURA 8 - TUBULAO PPR FONTE: WOLF, 2013.

  • 17 O tubos e conexes so unidos por termofuso a 260C, formando uma

    tubulao nica, sem o risco de vazamentos e sem a utilizao de colas e fazer

    roscas. So indicados principalmente para gua quente e dispensa o isolamento

    trmico, aquele tipo de espuma que envolve as tubulaes de cobre. A temperatura

    de trabalho de 70C, mas suportam picos de ate 95C. Essa tolerncia

    importante para caso haja algum problema no aquecedor.

    Para fazer a termofuso necessrio utilizar um aparelho termofusor que

    aquece a ponta do tubo e o interior da conexo. O risco de vazamentos

    praticamente zero e caso haja necessidade de ampliar o sistema, ou fazer alguma

    manuteno durante uma reforma, o procedimento o mesmo: aquecer a ponta do

    tubo e o interior da conexo.

    2.4.1 Caractersticas Tcnicas Gerais

    TABELA 7 - CARACTERSTICAS TCNICAS DO PPR

    Cor Verde

    Dimetros 20, 25, 32, 40, 50, 63, 75, 90, 110 mm

    Presso Mxima de Servio 6 kgf/cm (60 m.c.a.) conduzindo gua 80C.

    Temperatura da gua 80 C

    Tamanhos Comerciais 6 m ou 3 m

    Junta

    No existe unio entre tubos e conexes. Com a tecnologia de termofuso, a 260C, ambos materiais fundem-se molecularmente formando uma tubulao continua para a segurana total do sistema.

    Norma de Fabricao

    ASTM D-2846; ASTM F-439 (para DN de 73 a 114) - para conexes ; ASTM F-442 (para DN de 73 a 114) - para tubos ; NBR 7198 - Projeto e execuo de instalaes prediais de gua quente

    FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

  • 18 2.4.2 Execuo das Juntas

    TABELA 8 - TABELA DE EXECUO DA JUNTA DO PPR

    Marque na extremidade do tubo a profundidade da bolsa da conexo, para certificar-se que a ponta do tubo no ultrapassar o final da bolsa da conexo.

    Introduza simultaneamente o tubo e a conexo em seus respectivos lados do bocal, j conectado ao Termofusor. A termofuso deve ser realizada com a temperatura de 260C.

    A conexo deve cobrir toda face macho do bocal e o tubo no deve ultrapassar a marcao feita anteriormente.

    Retire o tubo e a conexo do termofusor quando decorrido o tempo mnimo de aquecimento, conforme tabela no final desta pgina.

    Aps retirar o tubo e a conexo do Termofusor, introduza imediatamente a ponta do tubo na bolsa da conexo at o anel da conexo formado pelo aquecimento do Termofusor. Aps a termofuso da conexo com o tubo, segure firme durante 20 a 30 segundos; durante um intervalo de 3 segundos, existe a possibilidade de alinhar a conexo em at 150 (no gire).

    FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

  • 19 2.5 COBRE

    Os tubos de cobre so condutos de formato cilndrico, de vrios dimetros,

    fabricados em liga com outros metais, como zinco, estanho, incluindo cobre

    comercialmente puro, etc, porm normalmente so fabricados apenas com cobre,

    sem costura pelo processo de extruso (FIGURA 9).

    Esses tubos tm excelente resistncia oxidao e ao ataque da atmosfera,

    da gua (inclusive gua salgada), dos lcalis, de muitos compostos orgnicos e de

    numerosos outros fluidos corrosivos. Esse material pode ser empregado em servio

    contnuo desde 180C at 200C. So fornecidos em 3 classes, com espessuras de

    parede, pesos e presses de servio diferenciadas em cada classe:

    CLASSE E: Instalaes de gua fria e quente, de combate a incndio por

    hidrante e sprinklers. Identificados por tampes plsticos na cor verde.

    CLASSE A: Todas as instalaes indicadas para o tudo classe E e

    instalaes de gs. Identificados por tampes de plstico na cor Amarela.

    CLASSE I : Todas as instalaes indicadas para tubo classe A e instalaes

    industriais de alta presso e vapor. Identificados pela cor Azul.

    As vantagens desse tipo de material so:

    Boa plasticidade;

    Alta tenacidade;

    Excelente condutividade trmica;

    Boa resistncia qumica;

    Pequenas perdas de carga devido superfcie lisa das paredes;

    Excelente comportamento diante dos materiais de construo civil; e

    Resistncia e presses internas, o que permite tubos de paredes finas.

  • 20

    FIGURA 9 - TIPOS DE TUBOS DE COBRE FONTE: RAMO CONEXES, s.d..

    2.5.1 Juno das Tubulaes

    As junes podem ser de dois tipos:

    Juno Soldvel: utilizada para tubulaes embutidas ou permanentes e deve

    ser feita pelo processo de soldagem. A soldagem feita pelo processo de

    solda branca ou base de prata ou fsforo-cobre.

    Juno roscvel: utilizada em caso de necessidade de se retirar ou instalar

    metais sanitrios ou para possveis consertos ou trocas.

    2.5.2 Isolamento

    Utiliza-se aplicao de materiais isolantes para a reduo de despesas de

    combustveis ou outro tipo de energia, impedindo a transmisso de calor entre dois

    ambientes distintos. O isolamento trmico feito para se proteger as superfcies

    aquecidas ou resfriadas com a aplicao de camadas de materiais de baica

    condutibilidade trmica. Em tubulaes embutidas, o isolamento diminui

    consideravelmente perdas de calor, permitindo a movimentao da tubulao devido

    dilatao trmica, impedindo com isso danos ao revestimento da parede.

  • 21 2.6 FERRO FUNDIDO

    So largamente utilizados nas redes de gua, gs e esgotos acima de 2" de

    dimetro. fabricado em alto-forno. O tratamento trmico feito ainda na produo

    do material, garantindo resistncia ao choque e facilitando o corte. O ferro fundido

    de boa elasticidade, alongamento, resistncia impactos, dentro outras

    caractersticas. O ferro fundido destaca-se ainda na aduo de gua potvel, tendo

    em vista a sua excelente resistncia a corroso (MULT-HIDRO). So fabricados dois

    tipos de tubos:

    De ponta e bolsa: destinados a trechos longos em teto de subsolo, colunas de

    guas pluviais etc, interligando entre si por meio de um anel de borracha HL.

    Cilndrico: interligados por meio de conexes, luvas bipartidas ou luvas

    bolsa/bolsa providas dos anis de borracha.

    As conexes so do tipo bolsa e bolsa, com dimenses compatveis com o

    tipo de servio a que se destinam. Os tubos so revestidos internamente com

    argamassa de cimento aplicada por centrifugao e pichada interna e externamente.

    As juntas rgidas so executadas com corda alcatroada, comprimida no espao

    existente entre a parede externa da ponta do tubo e a parede interna da bolsa. na

    parte superior deixa-se um espao de 10 mm de profundidade que preenchido

    com massa epxi Barbar para lubrificar o anel de borracha e a ponta do tubo,

    facilitando a operao de encaixe dos tubos (FIGURA 10).

    FIGURA 10 - TUBOS DE FERRO FUNDIDO FONTE: SGPAM, 2007.

  • 22 2.7 FERRO GALVANIZADO

    Os tubos de ao galvanizado so produzidas em ferro malevel preto, e

    recebem uma proteo superficial em acabamento preto (leo no txico) ou

    galvanizado a fogo (zincagem por imerso a quente), so empregados em

    tubulaes para gua, ar comprimido, gs e rede de combate a incndio.

    Normalmente so confeccionados em varas de 6 m e dimetros internos de 1/2" at

    6", tendo em suas extremidades um rosca e uma luva.

    A ligao entre tubos e conexes e feita atravs da confeco de roscas nas

    extremidades dos tubos, estes so rosqueados nas bolsas das conexes onde

    existem roscas pr-fabricadas, a vedao entre as duas peas e garantida atravs

    do usos de materiais vedantes, como o veda rosca. Existem 2 tipos diferentes de

    roscas (FIGURA 11):

    NPT (National Pipe Taper) Alta presso

    BSP (Britsh Standard Pipe) Baixa Presso

    FIGURA 11 - LIGAO DE TUBOS DE FERRO GALVANIZADO FONTE: SGPAM, 2007.

  • 23 2.8 CHUMBO

    Material que caiu em desuso devido ao dano causado sade. O chumbo

    no deve ser utilizado nas instalaes prediais de gua fria. Para reparos realizados

    em instalaes existentes devem prever a substituio desse material. O chumbo,

    constituinte do material da solda, pode entrar em contato com a gua e ser liberado,

    resultando em concentrao acima da permitida pelo padro de potabilidade. O

    processo ocorre entre a gua parada nos tubos e o material de solda, principalmente

    na primeira utilizao de instalaes novas aps perodos de contato superiores a 8

    h. O fenmeno diminui com o tempo de utilizao da instalao. O teor de chumbo

    varia de acordo com a composio da solda, seu grau de exposio ou contato com

    a gua, sendo mais elevado em guas com pH baixo (NBR 5626 / 1996 - Instalao

    Predial de gua Fria - item 4.3.3 e 4.3.5.3).

    2.9 PEX COM ALMA DE ALUMNIO

    Os tubos so compostos por cinco camadas: polietileno reticulado, adesivo,

    alumnio, adesivo e polietileno reticulado. Como revestimento externo, o polietileno

    reticulado evita o contato do cimento da construo e protege a tubulao de

    alumnio. J como revestimento interno, impede a oxidao do alumnio, evitando a

    contaminao da gua pelo metal (REVISTA TCHNE, 2009). Suas principais

    caractersticas so:

    Os tubos de alumnio resistem a temperaturas de at 95C sem dilatao;

    O sistema usa 10% do tempo de instalao do cobre;

    Condutibilidade trmica de - 0,43 W/mC;

  • 24

    Os tubos so dobrveis e permanecem na posio definida;

    Inspeo e troca podem ser feitas sem quebras de revestimentos e paredes;

    Ausncia de muitas conexes e emendas no sistema hidrulico evita fissuras

    e futuros vazamentos;

    Instalao: sistema ponto a ponto, ou seja, a gua corre por tubos livres de

    conexes intermedirias. A distribuio da gua at os pontos servidos

    contnua e individual, sem derivaes a partir dos quadros distribuidores

    localizados em shafts; e

    Durabilidade: pelo menos 50 anos.

    2.10 OUTROS MATERIAIS

    Outros materiais podem ser utilizados para sistemas coletores dos despejos,

    tais como sifes, caixas de gordura, ralos sifonados, dentro outros. Estes elementos

    podem ser feitos de, alm dos outros citados anteriomente, ferro malevel, bronze,

    lato, cimentoamianto, cermica vidrada ou concreto (D'OLIVEIRA, 2012).

  • 9 REFERNCIAS

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5626: Instalao predial de gua fria. Rio de Janeiro: Abnt, 1996.

    CREDER, Hlio. Instalaes Hidrulicas e Sanitrias. 6. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2005.

    D'OLIVEIRA, Carolina. TECNOLOGIA DA CONSTRUO II: INSTALAES HIDRULICAS. 2012. CEULP/ULBRA [Notas de Aula]. Disponvel em: . Acesso em: 19 out. 2014.

    MULT-HIDRO (So Paulo). Tubos de Ferro Fundido. Disponvel em: . Acesso em: 19 out. 2014.

    NAKAMURA, Juliana. gua Quente. Revista Tchne, Braslia, v. 1, n. 1, p.1-7, 26 fev. 2009. Disponvel em: . Acesso em: 19 out. 2014.

    O PEDREIRO. Tipos de tubos: PVC, CPVC, PPR, PEX, PVC Esgoto! Disponvel em: . Acesso em: 19 out. 2014.

    RAMO CONEXES (So Paulo). Tubos de Cobre. Disponvel em: . Acesso em: 19 out. 2014.

    WOLFF, Max. 2.Tecnologia dos Materiais de Instalaes Hidrulicas e Sanitrias. SENAI. Disponvel em: . Acesso em: 19 out. 2014.