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    1. INTRODUO

    O concreto normal, feito com cimento Portland e agregado natural convencional

    apresenta diversas deficincias. Em funo destas deficincias, bem como da

    necessidade de ampliar as eficincias do material, como o aumento da resistncia e

    durabilidade, os engenheiros projetistas de estruturas de concreto armado devem estar

    sempre atentos no somente resistncia caracterstica compresso do concreto, mas

    tambm ao tipo de cimento, !ualidade do agregado, fator "gua#cimento, adi$es e

    aditivos utili%ados na dosagem do concreto, como forma de garantir estrutura uma

    durabilidade mnima re!uerida por projeto, funo tambm de sua utili%ao. &

    evoluo da tecnologia do concreto vem ocorrendo de maneira muito r"pida nas 'ltimas

    dcadas, com o surgimento de novos materiais e aditivos !umicos. E a tendncia futura

    cada ve% mais utili%ar concretos com caractersticas especficas, os chamados

    concretos especiais, definidos como concretos com caractersticas particulares para

    atender as necessidades das obras, de modo a serem empregados em locais#condi$es

    em !ue os concretos convencionais no podem ser aplicados . (esse sentido, este

    trabalho apresenta uma descrio objetiva dos conceitos, caractersticas, materiais e

    propriedades dos principais concretos especiais, como de auto)adens"vel, rolado, com

    fibras, e submerso. *o apresentadas tambm, as principais aplica$es dos concretos

    especiais em obras j" e+ecutadas, no rasil e no mundo.

    2. CONCRETO AUTO-ADENSVEL

    2.1 INTRODUO

    O concreto auto)adens"vel -&&/ caracteri%ado pela capacidade de fluir com

    facilidade no interior das f0rmas sob ao e+clusiva de seu peso pr1prio, sem a

    necessidade de adensamento do material, garantindo o preenchimento de todos os

    espaos va%ios de maneira uniforme.

    O concreto auto)adens"vel, tambm conhecido como concreto fluido ou

    autocompact"vel, obtido com a introduo de adi$es minerais, adi$es de filers,

    aditivos !umicos e superplastificantes ao concreto, !ue proporciona maior facilidade de

    bombeamento, e+celente homogeneidade, resistncia e durabilidade.

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    O concreto auto)adens"vel permite ainda a concretagem em regi$es com grande

    densidade de armaduras, onde o uso de vibrador difcil, acabando com o risco de

    e+posio do ao e conse!2ente deteriorao da estrutura.

    & facilidade com !ue pode ser aplicado o concreto auto)adens"vel muito

    superior ao concreto convencional. & velocidade de e+ecuo aumenta, re!uerem)se

    menos trabalhadores, pois dispensa o adensamento e e!uipamentos e a produtividade

    chega a ser trs ve%es maior.

    Outra caracterstica importante do concreto auto)adens"vel o fato de ser

    produ%ido nas mesmas centrais e com os mesmos materiais empregados na produo do

    concreto convencional3 brita, areia, cimento, adi$es e aditivos.

    &tualmente, o concreto auto)adens"vel vem sendo bastante utili%ado em v"rios

    pases, principalmente no 4apo e pases da Europa. 4" no rasil, o uso do concreto

    auto)adens"vel ainda muito incipiente, com poucos registros de utili%ao. 5sto ocorre

    por v"rios motivos, dentre eles3 falta de confiabilidade nos mtodos de dosagem

    e+istentes, grande diversificao de materiais e+istentes no mercado, falta de

    normali%ao de procedimento de ensaios e pouco conhecimento do comportamento do

    concreto auto)adens"vel com relao s suas propriedades.

    &s ra%$es da pe!uena utili%ao desta tecnologia at o momento, no rasil, e,

    ainda, no mundo, estavam ligadas principalmente aos elevados custos dos aditivos

    utili%ados, como superplastificantes e modificadores de viscosidade, bem como a falta

    de conhecimento, no rasil, de mtodos de dosagem e produo do &&. om a

    significativa reduo dos custos destes insumos, bem como, com o avano tecnol1gico

    ocorrido nesta "rea no pas, tem se tornado o && cada ve% mais uma e+celente

    alternativa para a e+ecuo das estruturas -6E7E8 9 *E(&, :;;< e =>=5?5&(,

    :;;@/.

    onstantes pes!uisas esto sendo desenvolvidas com novos materiais no sentidode obter o &&, de forma !ue o mesmo se tornar" cada ve% mais vi"vel, mas apresenta

    algumas desvantagens possveis de serem contornadasA so as seguintes3 no f"cil de

    ser obtido, precisando de mo)de)obra especiali%ada para sua confeco, controle

    tecnol1gico e aplicaoA tem maior necessidade de controle, durante sua aplicao, do

    !ue o concreto convencionalA necessita de cuidados especiais com o transporte, para

    evitar a segregaoA apresenta menor tempo disponvel para aplicao em relao ao

    concreto convencional.

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    2.2 DESENVOLVIMENTO HISTRICO

    O concreto auto)adens"vel foi desenvolvido no 4apo, nos anos B;, com o

    objetivo de suprir a deficincia de mo)de)obra !ualificada e a falta de e!uipamentos

    sofisticados para a reali%ao do adensamento mecCnico no processo de concretagem. &

    alta densidade de armaduras e#ou o preenchimento de f0rmas comple+as, geralmente

    para resistir aos abalos ssmicos locais e+istentes, assim como o adensamento

    inade!uado, foram observados por engenheiros da!uele pas como as principais causas

    de comprometimento da durabilidade das estruturas. Davia, tambm, uma preocupao

    com o meio ambiente, a eliminao de parte da poluio sonora, !ue seria obtida com a

    ausncia do uso de vibradores mecCnicos, como tambm, a soluo de dois outros

    problemas !ue era a reduo de custos e de pra%os de e+ecuo, !ue seria conseguidacom a diminuio do n'mero de trabalhadores e melhor trabalhabilidade do concreto,

    respectivamente, durante o processo de aplicao.

    & partir de

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    & seguir so apresentadas as principais recomenda$es dos materiais mais

    comumente utili%ados na produo do concreto auto)adens"vel.

    2.3.1 GUA

    & !uantidade de "gua a ser utili%ada em pastas, argamassas ou concretos

    definida apartir da relao a#c. Juanto maior a !uantidade de "gua no concreto, menor

    a tenso limite de escoamento, aumentando sua deformabilidade e diminuindo a

    viscosidade da mistura. (o entanto, um elevado teor de "gua pode provocar segregao.

    Para garantir a grande fluide% do &&, sem afetar negativamente as suas propriedades,

    parte da "gua pode ser substituda pelo aditivo superplastificante.& relao a#f para o && pode apresentar valores diferenciados, de acordo com

    o mtodo de dosagem adotado. Esses concretos so mais governados para a relao a#f

    do !ue a relao a#c. 6OKE* -:;;:/ considera para && de alta resistncia !ue a

    relao "gua#finos -a#f/ dever" ser fi+ada, a principio, no limite superior de ;,@.

    O tipo de superplastificante utili%ado, de :L ou de FL gerao, um parCmetro

    !ue influencia no fator a#c e a#f, visto !ue, estes aditivos !umicos so respons"veis por

    redu%ir a !uantidade de "gua utili%ada no concreto, mantendo a mesma trabalhabilidade.*egundo 5MME86 -

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    podendo no desenvolver uma interao satisfat1ria de compatibilidade com os aditivos

    !umicos. Nevem)se destacar como duas das principais caractersticas do cimento a sua

    finura e a sua capacidade de absorver o dispersante. om cimentos mais finos, tem)se

    maior superfcie especfica, o !ue proporciona menor tenso de escoamento e maior

    viscosidade da mistura, decorrente do aumento da !uantidade de partculas em contato

    com a "gua, diminuindo a distCncia entre os gros e aumentado a fre!2ncia de coliso

    entre eles. O cimento mais utili%ado o cimento portland -P/, tipo bastante produ%ido

    e facilmente comerciali%ado. Porm, alguns estudos tm recomendado um cimento com

    alguns ajustes, levando em considerao a composio da mistura do concreto auto)

    adens"vel, como segue3

    & adsoro do aditivo superplastificante pelas partculas do cimento ocorre

    preferencialmente nos aluminatos -&luminato tric"lcico ) F& e

    Qerroaluminatotetrac"lcico ) @&Q/. (o entanto, a !uantidade destes compostos deve

    ser moderada, para !ue ocorra uma adsoro mais uniforme. O teor de F& em massa

    deve ser inferior a

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    -?D&7&=, D> e KO(=7, ma curva granulomtrica contnua, onde os gros menores dos

    agregados preenchem os espaos dei+ados pelos gros maiores, proporciona melhor

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    resistncia segregao para os &&. Ne modo geral, os agregados mi'dos

    representam entre @; e ;R do volume nas argamassas.

    &reias naturais so mais ade!uadas por apresentarem gros com forma mais

    uniforme e arredondada. &reias artificiais, obtidas pela britagem de pedras apresentam

    gros com elevada angulosidade e aspere%a superficial, sendo menos indicadas. O

    aspecto "spero e anguloso dos gros causa maior intertravamento das partculas e

    demanda maior consumo de "gua, levando ao aumento de pasta e aditivos

    superplastificantes para se conseguir a fluide% necess"ria.

    om relao ao tamanho das partculas, so preferveis areias mdias)finas e

    finas. &reias grossas necessitam de aumento no teor de pasta.

    2.3.3.2 AGREGADOS GRADOS

    & !uantidade de agregados gra'dos utili%ada no concreto deve ser ; R do

    volume de s1lidos. Os agregados gra'dos de forma regular, de !ual!uer nature%a, so os

    mais indicados na produo de concreto auto)adens"vel. &gregados com elevadas

    superfcies especficas, lamelares e com te+tura "spera, devem ser empregados em

    granulometria mais fina e contnua para !ue seja menor o efeito de reduo na fluide%

    da mistura.

    O && pode ser produ%ido com agregados gra'dos com dimens$es de at :;

    mm, porm, !uanto maior for a dimenso do agregado, maior dever" ser a viscosidade

    da pasta para evitar a segregao. &lm disso, !uanto maior for a dimenso do

    agregado, maior ser" a ocorrncia de blo!ueamento em passagens estreitas. &gregados

    com diCmetro m"+imo de at

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    capacidade de reduo de "gua, o !ue o torna ade!uado para concretos aplicados em

    "reas com pe!uena acessibilidade ou com alta densidade de armadura, alm de ser capa%

    de aumentar a bombeabilidade do concreto. Os dispersantes so compostos orgCnicos

    !ue possuem a propriedade de aumentar a fluide% da mistura composta por materiais

    cimentceos mantendo constante o consumo de "gua ou, deforma e!uivalente, permitem

    a reduo da !uantidade de "gua mantendo constante a fluide% da mistura. Outros tipos

    de aditivos podem ser incorporados !uando necess"rio, como por e+emplo agentes !ue

    modificam a viscosidade -tipo K&/, aditivos incorporadores de ar -tipo

    &E&/,retardadores ou aceleradores de pega, entre outros, conforme a necessidade do

    produto final.

    Os superplastificantes a base de policarbo+ilato so os mais usuais e promovem

    a disperso das partculas, melhorando a fluide% da pasta.

    Os aditivos promotores de viscosidade, constitudos basicamente de polmeros

    sol'veis em "gua, so empregados para melhorar a resistncia segregao dos

    concretos auto)adens"veis. Esses produtos so respons"veis pela reteno da "gua,

    diminuindo a e+sudao e aumentando a viscosidade da pasta.

    2.3.4.1 SUPERPLASTIFICANTES

    O tempo durante o !ual o && mantm suas propriedades reol1gicas desejadas

    muito importante para obter bons resultados no lanamento do concreto. Este tempo

    pode ser ajustado escolhendo o tipo certo de superplastificante -dispersante/ ou

    combinado com retardadores. Os diferentes aditivos tm efeitos diferentes, e eles podem

    ser usados de acordo com o tipo de cimento e o tempo de transporte para o lanamento

    do &&.& escolha de um bom e eficiente superplastificante de fundamental

    importCncia para a eficincia na disperso das partculas de cimento dentro da mistura,

    na reduo da !uantidade de "gua de mistura e no controle da reologia de um trao com

    relao "gua#material cimentante muito bai+a, durante a primeira hora ap1s o contato

    entre o cimento e a "gua. & incompatibilidade entre cimento e aditivo pode ocorrer,

    mesmo !ue estes produtos satisfaam s suas e+igncias normativas. Nevido s suas

    diferenas !umicas e fsicas, ao entrarem em contato esses produtos podem

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    desenvolver comportamentos reol1gicos distintos !ue condu%em perda de

    trabalhabilidade do concreto.

    Os aditivos superplastificantes so usados para impedir a floculao das

    partculas de cimento. Juando misturados cimento e "gua, os gros de cimento tendem

    a se tornar uma estrutura floculada !ue aprisiona parte da "gua adicionada. Os

    superplastificantes atuam basicamente na defloculao e disperso das partculas de

    cimento, garantindo desta forma um melhor aproveitamento da "gua.

    Niversos fatores podem influenciar no desempenho dos superplastificantes,

    como a finura e a composio !umica do cimento, o modo de imerso na mistura e a

    composio !umica do pr1prio aditivo. O uso do superplastificante resulta na

    modificao de v"rias caractersticas da pasta de cimento, incluindo a porosidade e sua

    distribuio, a ta+a de hidratao, a morfologia dos hidratos, o desenvolvimento da

    resistncia, a fluide% e perda de fluide% com o tempo, o tempo de pega, a retrao, a

    segregao e a e+sudao entre outras. Para !ue esses efeitos sejam minimi%ados,

    importante verificar a compatibilidade entre o cimento e os aditivos usados, de modo

    !ue no haja perdas de fluide%. E+iste um teor m"+imo de aditivo capa% de promover

    aumento de fluide%, !ue denominado de ponto de saturao, e pode ser definido a

    partir de ensaios em pastas e argamassas.

    Os superplastificantes de grande eficincia, dentre os !uais se destacam os de

    base policarbo+ilato, so os mais empregados e indicados para o && promovendo a

    reduo de "gua da mistura em no mnimo :; R. &ditivos base de "cidos sulfonados

    naftaleno formaldedo e melamina formaldedo promovem disperso das partculas finas

    principalmente por meio de repulso eletrost"tica. omo efeito, causam a diminuio da

    tenso superficial do meio a!uoso do concreto, tornando assim a mistura inst"vel e

    aumentando a segregao devido diminuio da viscosidade da pasta. Os aditivos

    base de policarbo+ilato promovem a disperso das partculas por meio da atuaoconjunta de repulso eletrost"tica e dos efeitos de repulso estrica, e, diferentemente da

    ao dos aditivos citados anteriormente, no causam uma diminuio e+pressiva da

    viscosidade da pasta, tornando a mistura menos sensvel segregao.

    *egundo DV&(6 et al. -:;;F/, em misturas com mesma relao "gua#materiais

    em p1, os aditivos base de naftaleno apresentaram maior consumo !ue os

    policarbo+ilatos, para garantir os mesmo nveis de fluide% da mistura. Entretanto, v"rios

    autores usam aditivos base de naftaleno. I de grande importCncia a compatibili%ao

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    do aditivo com os materiais finos, havendo a necessidade de se manter a fluide% do

    && por um tempo !ue no comprometa o lanamento da mistura.

    2.3.4.2 PROMOTORES DE VISCOSIDADE

    Os aditivos promotores de viscosidade so empregados para melhorar a

    resistncia segregao do &&. *o produtos cujas cadeias polimricas adsorvem

    "gua e se entrelaam, formando grandes reticulados fle+veis respons"veis pelo aumento

    da reteno de "gua. *ua ao se d" pela formao de uma rede !ue sustenta os

    agregados. Produtos base de slica precipitada tambm podem ser empregados na

    composio de aditivos promotores de viscosidade. Esses produtos diminuem a

    e+sudao e aumentam a viscosidade da pasta, evitando assim a segregao dos

    agregados. Os promotores de viscosidade so eficientes para suprir a falta de finos, e

    so uma alternativa valiosa para a correo da composio cujos suprimentos de

    materiais constitudos muito vari"vel. O desempenho dos aditivos est" diretamente

    ligado com a compatibilidade entre eles e o cimento, bem como a se!2ncia de adio e

    a forma de mistura

    do &&.

    & utili%ao de aditivos promotores de viscosidade pode gerar no concreto um

    omportamento pseudopl"stico, !ue corresponde reduo da viscosidade em funo

    do aumento da ta+a de cisalhamento aplicada. Este efeito pode facilitar a utili%ao do

    &&, pois, como o lanamento do concreto nas formas ocorre sob elevadas ta+as de

    cisalhamento, a viscosidade diminui, facilitando esta operao. Por outro lado, ap1s a

    aplicao a viscosidade aumenta e garante ao concreto a capacidade de reter "gua e

    manter a sustentabilidade das partculas -?D&7&= et al.,

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    2.3.5 ADIES

    Nevido s e+igncias de reologia especiais do && no estado fresco, adi$es

    minerais inertes e reativas so usadas comumente para melhorar e manter a

    trabalhabilidade, regulando o conte'do de cimento e redu%indo o calor de hidratao.

    &s adi$es podem ser classificadas em tipo 5 e tipo 55, de acordo com sua

    reatividade. &s adi$es inertes so classificadas de tipo 5 e promovem uma ao fsica,

    aumentando a compacidade da mistura. Essas adi$es do tipo 5 so representadas pelos

    flers calc"rios e !uart%os modos, entre outros. &s adi$es reativas so classificadas

    como de tipo 55 e so representadas pela cin%a volante, cin%a de casca de arro%,

    metacaulin, esc1ria de alto forno e slica ativa. &s adi$es do tipo 55 contribuem para a

    formao de hidratos sendo empregadas em substituio ao cimento em teores de at

    cerca de F; R. Ne acordo com a literatura, muitas ve%es as adi$es do tipo 5 e 55 so

    utili%adas em conjunto.

    O uso das adi$es no && muito importante para aumentar a estabilidade e

    fluide% do concreto, redu%indo o contato de frico entre os agregados e aumentando a

    viscosidade e a resistncia segregao pela formao de uma granulometria contnua

    em !ue todos os va%ios dei+ados pelos agregados maiores ficam preenchidos. &

    incorporao de um ou mais materiais finos de diferentes morfologias e distribuio

    granulomtrica melhora a coesividade, o autoadensamento e a estabilidade do &&.

    *O(E5 et al. -:;;F/ citam !ue a incorporao de finos diminui a !uantidade de

    superplastificante necess"ria para obter a mesma fluide% !ue os concretos produ%idos

    somente com cimento. O uso de materiais finos como cin%a volante, esc1ria de alto

    forno ou fler de pedra calc"ria aumenta a distribuio granulomtrica e o

    empacotamento das partculas, assegurando maior coeso.

    &s adi$es minerais utili%adas em concretos de cimento Portland causammudanas consider"veis na estrutura da pasta de cimento. Nentre estas mudanas pode)

    se citar o aumento da viscosidade da pasta de cimento devido reduo do flu+o interno

    de l!uidos da mesma. (o caso especfico do &&, este aumento de coeso facilita a

    mobilidade das partculas no estado fresco. 5sto fa% com !ue as partculas de agregado

    gra'do se movimentem com mais facilidade, e fi!uem est"veis na pasta de cimento

    devido ao aumento nas foras de atrao das partculas de menor dimenso na pasta,

    proporcionando ao concreto uma melhor capacidade de escoamento e mantendo suacomposio uniforme.

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    & eficincia das adi$es depende da granulometria, forma, te+tura superficial,

    "rea superficial e da reatividade das partculas. &s partculas rugosas, angulares e

    alongadas e+igem maior !uantidade de pasta !ue as partculas lisas para no e+ercerem

    influncia nas propriedades do concreto fresco. om a nova gerao de

    superplastificantes e as diversas adi$es minerais, no mais re!uerida a incorporao

    de agentes modificadores de viscosidade no concreto.

    &s adi$es minerais contribuem para a obteno das condi$es mais favor"veis

    de fluide% do concreto fresco e tambm para a formao do es!ueleto granular, de modo

    !ue as propriedades mecCnicas para o concreto auto)adens"vel tendem a ser favor"veis.

    abe ressaltar !ue os finos utili%ados no concreto, !ue substituem uma parte do

    cimento, apresentam geralmente menor calor de hidratao, contribuindo para a

    diminuio do calor de hidratao em grandes massas de concreto.

    Nentre os benefcios !ue a utili%ao de adi$es minerais gera, destacam)se os

    benefcios ambientais pela substituio parcial do cimento, diminuindo a emisso de

    O: na atmosfera gerada pela produo do cln!uer, benefcios ambientais devido ao

    fato de as adi$es serem constitudas geralmente por resduos industriais !ue no so

    lanados no meio ambiente e melhora das propriedades do concreto no estado fresco e

    endurecido, sendo o primeiro conseguido em termos de fluide%, resistncia segregao

    e e+sudao, e o segundo consistindo em aumento de resistncia e durabilidade devido

    ao refinamento de poros.

    *egundo *&DK&8&( et al. -:;;W/, a argamassa a base para !ue se obtenha um &&

    com boa trabalhabilidade. Entre os aditivos minerais, a cin%a volante e o p1 de pedra

    calc"ria mostraram)se mais eficientes em termos de trabalhabilidade das misturas. 5sso

    mostra !ue a finura da adio mineral no o 'nico parCmetro !ue deve ser levado em

    conta para a melhora da trabalhabilidade, mas tambm a "rea superficial, a forma e a

    te+tura das partculas so importantes para as caractersticas de auto)adensamento damistura. &mbos os aditivos !umicos e adi$es minerais afetam adversamente as

    argamassas.

    O uso de aditivos minerais redu% o custo do &&, associado com o uso de

    aditivos !umicos e de altos volumes de cimento Portland. &s adi$es minerais

    substituem parte do cimento Portland. &lm disso, as adi$es minerais asseguram a

    melhora do desempenho do &&ao longo do tempo.

    &s adi$es minerais mais utili%adas em && so descritas a seguir.

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    2.3.5.1 F!LER CALCRIO

    Os materiais em p1 mais utili%ados na produo de && so3 p1 de pedraA p1

    constitudo por partculas finamente modas, de nature%a calc"riaA dolomita ou granito.

    Estas partculas possuem dimens$es em torno de ;,

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    endurecido. *ua forma !uase esfrica proporciona a rolagem dos agregados, diminuindo

    o atrito interno entre eles e destes com as partculas de cimento, resultando em maior

    fluide% e viscosidade, e redu%indo o consumo de superplastificante. & finura ade!uada

    da cin%a volante para ser empregada no && est" entre ;; e W;; mX#Tg. *egundo Y5E

    et al. -:;;:/, a cin%a volante melhora a viscosidade do concreto fresco, sem prejudicar a

    trabalhabilidade e fluide% do concreto.

    2.3.5.3 S!LICA ATIVA

    O uso da slica ativa em && mais comum em concretos de elevada

    resistncia compresso. Juando empregada em teores de : a BR em relao massa

    de cimento, promove o aumento da resistncia segregao, porm deve)se esperar uma

    maior demanda por aditivo superplastificante e um aumento da tenso de escoamento do

    concreto. & slica ativa caracteri%ada por sua estrutura amorfa, com forma semelhante

    esfrica, com diCmetros variando entre ;,< mm at : mm, ou seja, partculas cerca de

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    fino pode ser o p1)de)brita, !ue um resduo da britagem de rocha e da lavagem de

    areia artificial.

    Este resduo causa um dano muito grande ao meio ambiente, pois as empresas de

    britagem geralmente no tm como reaproveit")lo. Por ve%es ele lanado nos rios,

    contribuindo para o seu assoreamento e poluio.

    >ma boa alternativa utili%ar o p1)de)brita no &&. Pode)se substituir at WR

    da areia natural pelo resduo. &ssim, alm de dar destinao ao resduo, poupam)se as

    ja%idas naturais de areia.

    2.5 M#TODOS DE DOSAGEM

    Os mtodos de obteno do concreto auto)adens"vel no so fundamentados

    apenas na !uesto da alta fluide% do concreto, mas tambm considerando a capacidade

    do concreto passar entre obst"culos sem ocorrer blo!ueio nem resistncia segregao.

    & dosagem do concreto deve estar relacionada com a proporo entre os

    materiais constituintes do concreto, a fim de se obter de maneira econ0mica, resistncia

    e durabilidade -(E5MME,

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    2.5.1 M#TODO DE O$AMURA

    Este foi o primeiro mtodo de dosagem racional desenvolvido para a obteno

    do &&. Este mtodo foi desenvolvido pelo Prof. DajimeOTamura, da >niversidade de

    =1Tio, no 4apo. O Ktodo de OTamura parte de valores prefi+ados de alguns materiais

    para alcanar as propriedades de auto)adensabilidade desejadas -6OKE*, :;;:/.

    O mtodo constitudo das seguintes etapas3

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    Figura 1- Esquema do fluxograma do mtodo de dosagem de Okamura (NUNES,

    2001.

    2.5.2 M#TODO DE GOMES

    O mtodo apresenta um procedimento de car"ter e+perimental para obteno da

    dosagem do concreto auto)adens"vel de alta resistncia. Esse procedimento constitui

    uma e+tenso do desenvolvido por =O8&MME* et al. -

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    entre agregado mi'do e agregado gra'do, !ue proporcione uma m"+ima densidade em

    seco e sem compactao. (o mtodo so designadas as rela$es "gua#cimento, slica

    ativa#cimento, superplastificante s1lido#cimento e fler#cimento, respectivamente por3

    a#c, sf#c, sp#c e f#c.

    & Qigura : apresenta o flu+ograma do mtodo de dosagem de 6omes -:;;:/.

    Figura 2 ! Esquema do fluxograma do "todo de dosagem de #omes (#O"ES, 2002.

    2.5.3 M#TODO DE EFNARC

    &tualmente, com o avano das pes!uisas sobre o uso do &&, mais

    especificamente no 4apo e pases da Europa, diversos programas relacionados ao &&

    foram implantados. Estas especifica$es tcnicas, ensaios de caracteri%ao dos

    materiais e propriedades do && nos estados fresco e endurecido, refletem a largae+perincia da EQ(&8 sobre concretos especiais. & EQ(&8 atualmente uma

    20

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    grande referncia de pes!uisa, baseada em v"rias e+perincias desenvolvidas por seus

    s1cios na Europa, embora ainda reconhea !ue os avanos tecnol1gicos

    sobre o && ainda se encontram em evoluo, e modifica$es podem vir a acontecer

    com o desenvolvimento das pes!uisas encontradas na literatura.

    & EQ(&8 imp$e algumas e+igncias !uanto produo, composio e

    aplicao do &&, tais como3

    a/ Os materiais constituintes do && devem satisfa%er s e+igncias da E( :;W)

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    2.% PROPRIEDADES DO CONCRETO AUTO-ADENSVEL NO ESTADO

    FRECO

    &s principais propriedades do concreto auto)adens"vel no estado fresco so3 a

    capacidade de preencher o interior das f0rmas, a habilidade de passagem entre os

    obst"culos, sem sofre nenhum tipo de blo!ueio provocado pelo agregado gra'do, bem

    como a sua resistncia segregao e#ou e+sudao. =ais caractersticas diferenciam o

    concreto auto)adens"vel de um concreto fludo, !ue se caracteri%am apenas pela sua

    grande fluide%. & capacidade do concreto auto)adens"vel em preencher f0rmas ou fluir

    entre os obst"culos comandada pela alta fluide% e alta coeso da mistura. 4" a

    capacidade de fluir bem entre os obst"culos comandada pela moderada viscosidade da

    pasta e da argamassa e pelas propriedades dos agregados,principalmente, o diCmetro

    m"+imo dos agregados. & fim de manter a estabilidade ou resistncia segregao da

    mistura de &&, alguns cuidados devem ser tomados no sentido de se manter a

    consolidao e a uniformidade da mistura. Portanto, os principais mecanismos !ue

    comandamessas propriedades so a viscosidade e a coeso da mistura -&&M&(=5,

    :;;W/.

    Niferentes mtodos de ensaios foram desenvolvidos ao longo dos anos, com o

    objetivo de caracteri%ar as propriedades do && no estado fresco. Estas propriedades

    tm sido caracteri%adas usando tcnicas recentemente desenvolvidas e esto ainda em

    fase de evoluo. &lguns dos mtodos de ensaios mais utili%ados para a caracteri%ao

    de tais propriedades so3 ensaio de espalhamento do cone de &brams -*lumpQlo] =est/,

    Qunil -)Qunnel/, ai+a M -Mo+/, =ubo em > e o Ensaio de auto)adensabilidade para

    o concreto. Para o estabelecimento de parCmetros de capacidade de preenchimento so

    utili%ados os ensaios de espalhamento no cone de &brams e Qunil , para os parCmetros

    de capacidade de passagem entre as armaduras utili%ada a ai+a M, e finalmente para averificao !uanto presena de segregao utili%ado o ensaio do =ubo em >

    -EQ(&8, :;;:/.

    22

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    2.& PROPRIEDADES DO CONCRETO AUTO-ADENSVE NO ESTADO

    ENDURECIDO

    Os benefcios do && devem ser atribudos principalmente s suas propriedades

    no estado fresco, mas tambm as propriedades do concreto no estado endurecido devem

    ser analisadas de forma criteriosa. *omente desta forma o && pode ser utili%ado de

    forma segura nos elementos estruturais.

    5ndependente do fato de !ue o && contenha os mesmos componentes dos

    concretos convencionais, alm de aditivos minerais e !umicos, e+istem diferenas

    not"veis no comportamento desses concretos, principalmente nas propriedades do

    estado fresco. Porm, necess"rio verificar os efeitos !ue estas modifica$es provocam

    nas propriedades do concreto no estado endurecido.>m aspecto !ue justifica a importCncia do estudo das propriedades do && no

    estado endurecido est" associado composio da mistura do &&, !ue bastante

    diferenciada dos concretos convencionais -?M>6 et al., :;;F/.

    &s principais ra%$es para as possveis diferenas entre as propriedades do &&

    no estado endurecido e concretos convencionais so -?M>6 et al., :;;F/3

    a/ Kodifica$es na composio da mistura ) & maior !uantidade de finos e a

    menor granulometria dos agregados causam altera$es na composio do es!ueletogranular. 5sto pode influenciar nos valores de fc, fte EcA

    b/ Kodifica$es na microestrutura do concreto ) >ma maior !uantidade de finos

    no concreto -cimento e fleres/ acarreta numa menor !uantidade de va%ios, e

    conse!2entemente uma maior densidade com menor porosidade. O concreto se torna

    mais est"vel, acarretando numa maior fluide% e menor porosidade na %ona de transio

    dos agregados ^ pasta de cimentoA

    c/ Kodifica$es no procedimento de moldagem ^ Para a verificao daspropriedades do && no estado endurecido, so moldados corpos de prova, geralmente

    cilndricos, a fim de verificar se tais propriedades esto de acordo com as especificadas

    no projeto estrutural. Este processo de moldagem inclui3 a forma de colocao e

    adensamento, alm da cura do concreto. Nentre esses, a forma de colocao e

    adensamento so os !ue diferenciam dos concretos convencionais. Para concretos

    convencionais, a moldagem de corpos de prova cilndricos se baseia na norma (8

    SFB#;F. 4" para o &&, ainda no e+iste uma normali%ao no !ue di% respeito ao

    procedimento de moldagem em corpos de prova, considerando assim o preenchimento

    23

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    do molde de uma s1 ve%A independente do tamanho, por levar em considerao !ue tal

    concreto no necessita de adensamento manual ou mecCnico. I importante considerar

    !ue um concreto mal adensado proporciona o aparecimento de bicheiras e uma

    !uantidade e+cessiva de va%ios, falseando o resultado alcanado pelo rompimento dos

    corpos de prova. (enhum estudo foi feito para verificar se tal forma de colocao do

    && nos moldes est" ou no influenciando no resultado final de rompimento do corpos)

    de)prova, ou seja, na determinao de suas propriedades mecCnicasA

    d/ & transferncia de cargas transferida para a matri% de cimento ou para a

    %ona de transio agregados)pasta de cimento, !ue se apresenta geralmente em maiores

    propor$es !uando comparados aos concretos convencionais. 5sto acarreta num

    aumento da resistncia trao do concreto -ft/, !uando comparada aos concretos

    convencionais.

    &tualmente j" e+iste uma larga e+perincia ad!uirida ao longo dos anos com

    relao s propriedades mecCnicas do concreto convencional. Em contrapartida, estudos

    de propriedades mecCnicas do && ainda se apresentam com resultados bastante

    restritos, bem como uma verificao do procedimento de moldagem dos corpos)de)

    prova, !ue foi praticamente modificado -?M>6 et al., :;;F/.

    2.' TRANSPORTE

    O transporte do concreto auto)adens"vel deve ser reali%ado a tempo para no

    ocorrer perda de "gua ou vibrao e+cessiva. 8ecomenda)se o bombeamento para o

    transporte, pois a elevada fluide% e o bai+o atrito interno dos agregados contribuem para

    !ue o desgaste do conjunto bomba#duto seja mnimo.

    2.( LANAMENTO

    O concreto auto)adens"vel pode ser lanado verticalmente em !ueda livre at

    m sem !ue haja falhas no concreto. O grande volume de argamassa e a elevada

    resistncia segregao tornam possvel essa altura de lanamento. 4" para a

    movimentao hori%ontal, recomenda)se !ue a distCncia no seja superior a S m. &pesarda maior capacidade de reter "gua, recomend"vel !ue antes do lanamento do && se

    24

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    faa a molhagem das superfcies !ue o recebero. Kesmo com o concreto fresco,

    interrup$es de concretagem podem gerar juntas de bai+a !ualidade nas interfaces das

    v"rias camadas de concretagem. & Qigura

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    Parede diafragmaA Esta$es de tratamento de "gua e esgotoA 8eservat1rios de "guas e piscinasA Pisos, contrapisos, muros, painisA Obras com acabamento em concreto aparenteA Mocais de difcil acessoA Peas pe!uenas, com muitos detalhes ou com formato no)convencional onde

    seja difcil a utili%ao de vibradoresA Q0rmas com grande concentrao de ferragens.

    O && tambm tem sido bastante utili%ado em elementos pr)fabricados,

    principalmente na!ueles com grande concentrao de armaduras, onde o concreto

    convencional tem certa dificuldade de preencher seus va%ios.O concreto auto)adens"vel foi desenvolvido no 4apo, por volta de

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    na obra tinha resistncia compresso de F; KPa, relao "gua#cimento -a#c/ ` ;, e

    consumo de cimento F:; Tg#mU de concreto -*5&8&QQ5&, :;;F/.

    & fundao de um cais para sustentao de um moinho locali%ado em Kilo, na

    5t"lia, com dimens$es de

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    3.1.1 CONCRETO COMPACTADO COM ROLO PARA PAVIMENTOS

    =rata)se de um concreto de consistncia seca, aplicado por espalhamento manual

    ou mecCnico -espalhador, motoniveladora ou p" carregadeira/ e compactado com rolo

    vibrat1rio liso, e!uipamentos usuais de pavimentao.

    O concreto compactado com rolo empregado em sub)base de concreto para a

    construo de pavimentos rgidos de estradas de rodagem.

    3.1.2 CONCRETO COMPACTADO COM ROLO PARA *ARRAGENS

    O conceito do concreto compactado com rolo -8/ de um concreto de

    consistncia seca !ue, no estado fresco pode ser produ%ido, transportado, espalhado e

    compactado por meio de e!uipamentos usualmente empregados em servios de

    terraplenagem -?>PE8K&(, :;;/. Neve ainda satisfa%er as especifica$es de projeto

    do concreto massa convencional.

    Nevido sua consistncia seca possibilita !ue camadas de concreto possam ser

    lanadas imediatamente ap1s o adensamento da camada anterior, gerando rapide% e

    economia na construo.

    Em projetos e constru$es de barragens de concreto, reconhecida a

    importCncia da elevao da temperatura do concreto devido ao calor de hidratao e

    subse!uente retrao e fissurao !ue ocorre no resfriamento. & fissurao de origem

    trmica pode ser uma das respons"veis pelo comprometimento da estan!ueidade e

    estabilidade estrutural da barragem.

    & metodologia convencional de construo de barragens de concreto adotanormalmente a diviso da estrutura em blocos, com juntas construtivas e de contrao

    transversais e longitudinais, concretados em camadas espessas, da ordem de :,; m,

    lanadas em intervalos de tempo relativamente grandes, de S a tili%ando)se a tcnica de concreto compactado com rolo, o

    lanamento feito em camadas e+tensas ao longo da seo longitudinal da barragem e

    com pe!uena espessura -F; a

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    O desenvolvimento desta metodologia resultante da necessidade de se projetar

    barragens de concreto !ue possam ser construdas de forma mais r"pida e econ0mica,

    em relao !uelas construdas pelos mtodos convencionais, mantendo)se os re!uisitos

    de projeto como integridade, estan!ueidade, durabilidade.

    & utili%ao do concreto compactado com rolo mostra)se vantajosa por diversas

    ra%$es3

    bai+o consumo de cimento, pois pode ser usado concreto muito mais magroA custo com f0rmas menor devido ao mtodo de lanamento das camadasA o aumento de temperatura pe!ueno, o !ue torna desnecess"rio o uso de tubos

    de resfriamentoA custo de transporte pe!ueno, pois utili%a caminh$es basculantesA rapide% na construoA

    Nois fatores redu%em o incremento de temperatura na estrutura e a susceptibilidade

    a fissurao3

    consumo de cimento menor, pela necessidade de se utili%ar um concreto sem

    abatimentoA lanamento do concreto em camadas de pouca espessuras.

    E+istem duas metodologias para a construo de barragem em 83 a

    metodologia tradicional, !ue consiste na construo da barragem com camadas

    hori%ontais, e o mtodo rampado, !ue consiste basicamente no lanamento de camada

    formando uma rampa.

    O Ktodo =radicional consiste no lanamento de camadas hori%ontais de 8,

    o !ue resulta em um tempo de e+posio da camada anterior de pelo menos

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    Figura $ ! %lustra&'o do "todo radi)io*al (+%S et al., 2002.

    O Ktodo 8ampado consiste em e+ecutar camadas de 8 em rampa com

    altura vari"vel entre

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    O concreto compactado com rolo foi utili%ado primeiramente em

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    barragem de 5taipu. Em

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    3.3.2 AGREGADOS

    & escolha e o controle da granulometria dos agregados so de e+trema

    importCncia devido repercusso nas varia$es da uniformidade do 8 pra barragens,

    pois o agregado respons"vel por cerca de B; a BR da composio da massa desses

    concretos. Estudos mostram !ue h" uma preferncia em se utili%ar diCmetros dos

    agregados variando entre ; mm `Nm"+` WF mm, sendo !ue para Nm"+ superior a WF

    mm h" uma segregao sistem"tica, sem vantagem econ0mica e !uando utili%ado 8

    com Nm"+ inferior a ; mm h" um aumento da demanda de agregado mi'do -areia/ o

    !ue onera a mistura. O uso de finos na mistura do concreto compactado com rolo

    mostra)se vantajoso por preencher os va%ios, redu%ir a permeabilidade da mistura,

    aumentar a coeso no estado fresco e melhorar as caractersticas no estado endurecido.

    I importante a utili%ao de finos, sejam eles origin"rios de material pulverulento

    e+istentes nos agregados gra'dos, material pulveri%ado artificialmente, materiais

    po%olCnicos, esc1rias de alto forno moda e eventualmente, silte.

    Em 8 para pavimentos, os agregados mi'do e gra'do devero obedecer aos

    limites fsicos da (8 S:

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    (a maioria das barragens brasileiras, a mistura reali%ada em betoneiras de ei+o

    inclinado ou em misturadores contnuos. O transporte e+ecutado por caminh$es

    basculantes de capacidade de @ a W mU ou ainda de sina Didreltrica de 5taipu composta de estruturas de

    concreto, barragens de terra e de enroncamento. Essa usina possui potncia instalada de

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    concreto sasse das centrais com temperatura m"+ima de W. O cimento provinha de

    !uatro f"bricas, trs do rasil e uma do Paraguai.

    3.5.2 USINA HIDREL#TRICA DE SALTO CA,IAS

    & >sina Didreltrica *alto a+ias est" locali%ada no rio 5guau, Estado do Paran", a

    cerca de W;; Tm da capital uritiba. om potncia instalada de

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    cimento mostrou)se eficiente na minimi%ao dos efeitos de gerao do calor de

    hidratao.

    onforme citam &>QME6E8 et al. -:;;F/, para a obra em !uesto, foi utili%ado

    nas faces da barragem, concreto convencional com consumo de F Tg#mU de cimento,

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    suficientemente resistentes, bem aderidas matri% cimentcia, e em bastante !uantidade,

    elas ajudaro a manter pe!uena a abertura das fissuras. Permitiro ao 8Q resistir a

    tens$es de trao bem elevadas, com uma grande capacidade de deformao no est"gio

    p1s)fissurao. -o chamado Gstrai*softe*i*gH/

    Embora as fibras possam de fato produ%ir melhorias no comportamento do

    concreto, devemos ser realistas !uanto ao !ue realmente podemos esperar das fibras,

    principalmente se a !uantidade de fibras for pe!uena, -menos de

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    & durabilidade dos comp1sitos formados com fibras vegetais constitui)se em um

    grande problema, devido degradao natural provocada pela ao de fungos e

    microorganismos -E(N8>*OMO, :;;F/.

    & e+posio destas fibras a ambientes alcalinos respons"vel por sua r"pida

    deteriorao, podendo)se citar como e+emplo a utili%ao de fibras vegetais em

    materiais cimentados com cimento Portland comum.

    4.2.2 FI*RAS POLIM#RICAS

    &s fibras polimricas so a!uelas cujo emprego para fins de reforo de solos

    talve% seja o mais promissor. Os polmeros, dependendo de sua estrutura !umica,

    apresentam comportamentos diferentes, dando origem a diferentes tipos de fibras.

    & utili%ao deste tipo de fibra como reforo de materiais de construo

    recente. & primeira tentativa de emprego de 6OMNQE5(, em MM)V&D& et al,

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    &s fibras de polipropileno possuem resistncia trao de apro+imadamente @;;

    KPa e elevada resistncia ao ata!ue de substCncias !umicas e "lcalis.

    (os Estados >nidos e Europa comum o emprego de comp1sitos reforados

    com fibras de polipropileno -*D>P&?A *=&(=ME7, *D5&(A

    K58Z&A &MDDOZ&5K7,

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    4.2.2.4 FI*RAS DE POLIEAMIDA $EVLAR

    Polmeros contendo longas cadeias de molculas geralmente possuem bai+as

    resistncia e rigide%, dado !ue suas molculas so espiraladas e dobradas. ontudo, se

    estas molculas forem espichadas e reforadas durante o processo de manufatura, altas

    resistncias e m1dulos de elasticidade podem ser alcanados, como o caso das fibras

    do tipo ?evlar.

    E+iste no mercado a fibra ?evlar :, cuja resistncia trao da ordem de

    F6Pa e m1dulo de elasticidade intermedi"rio de apro+imadamente W@ 6Pa. D" tambm

    a fibra ?evlar @, !ue apresenta a mesma resistncia mecCnica e m1dulo de elasticidade

    mais elevado -F;; 6Pa/.

    4.2.3 FI*RAS MINERAIS

    & famlia das fibras minerais composta por fibras de carbono, vidro e amianto,

    cujas caractersticas mais relevantes so descritas a seguir.

    4.2.3.1 FI*RAS DE CAR*ONO

    *o materiais cujas propriedades so funo da resistncia das liga$es entre os

    "tomos de carbono e do peso at0mico redu%ido dos mesmos. &s fibras de carbono tm

    diCmetros variando na ordem de a

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    4.2.3.2 FI*RAS DE VIDRO

    &s fibras de vidro so geralmente confeccionadas na forma de GcachosH, ou seja,

    fios compostos de centenas de filamentos individuais e justapostos. O diCmetro destes

    filamentos individuais da ordem de *OMO, :;;F/.

    4.2.3.3 FI*RAS DE AMIANTO

    Esta fibra apresenta 1timas caractersticas mecCnicas, se comparadas s demais

    fibras disponveis no mercado, com resistncia trao mdia da ordem de

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    &s fibras utili%adas na construo civil apresentam um fator de forma -relao

    l#d/ variando na fai+a de F; a ;, comprimentos da ordem de ;,< a S,W cm e diCmetros

    entre ;,< a ;, mm. O mecanismo de ruptura de um comp1sito reforado por fibra

    met"lica geralmente associado ao arrancamento destas fibras e no ao rompimento das

    mesmas.

    Nependendo do meio onde se inserem, estas fibras podem apresentar problemas

    de corroso. >ma tcnica desenvolvida para minimi%ar este problema o banho de

    n!uel.

    O concreto reforado com fibras de ao -8Q&/ -Qigura WB/ vem sendo utili%ado

    com sucesso em muitas aplica$es, como pavimentao -4OD(*=O(, E e (EKE6EE8, 8 e K5(NE**,

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    matri% a as tens$es so transferidas atravs do atrito fibra)matri%. &s tens$es de

    cisalhamento por atrito desenvolvidas so uniformemente distribudas ao longo da

    interface fibra)matri%. (este ponto, a fibra atua como ponte de transferncia de tens$es.

    O mecanismo de transferncia por atrito o predominante na etapa p1s)fissurao, onde

    o gasto energtico para o arrancamento da fibra muito elevado, o !ue caracteri%a a

    elevada tenacidade do comp1sito.

    Para as fibras deformadas, com ancoragem em gancho, alm dos mecanismos

    el"stico e por atrito j" mencionados, e+iste o mecanismo de transferncia de tens$es

    atravs da ancoragem mecCnica da fibra na matri%. Esta ancoragem conseguida atravs

    das deforma$es ou ganchos

    e+istentes nas fibras de ao.

    & tenacidade do comp1sito ser" maior se a aderncia fibra)matri% for melhorada

    ou se houver um n'mero maior de fibras por unidade volumtrica de matri% !ue

    provavelmente possam interceptar uma fissura e atuar como ponte nesta. (o primeiro

    caso, a resistncia ao arrancamento da fibra aumentada, demandando uma !uantidade

    maior de energia necess"ria para arranc")la da matri%. >ma das formas de aumentar a

    resistncia ao arrancamento da fibra alterando sua geometria, melhorando assim a

    transferncia de tens$es por atrito. & mudana de geometria feita atravs do aumento

    do comprimento as fibra. (o segundo caso, e+istem duas formas de aumentar o n'mero

    de fibras por unidade volumtrica da matri%3 &umentando o teor de fibras adicionado

    matri% ou diminuindo o diCmetro e!uivalente da fibra, mantendo seu comprimento

    constante.

    O fator de forma a relao entre o comprimento da fibra e o diCmetro da

    circunferncia cuja "rea e!uivalente a seo transversal da fibra. I um ndice !ue

    capa% de indicar com apenas um n'mero a eficincia da fibra para a melhora da

    tenacidade do comp1sito.>m aumento no fator de forma pode representar um aumento no comprimento

    da fibra ou decrscimo no diCmetro e!uivalente. Em outras palavras, o aumento do fator

    de forma pode representar uma melhora na resistncia ao arrancamento da fibra ou um

    aumento no n'mero de fibras !ue podem interceptar uma fissura ou at os dois casos

    simultaneamente. Ne !ual!uer maneira, !uanto maior o fator de forma da fibra, maior

    a tenacidade do comp1sito.

    Entretanto, alguns pes!uisadores -E(=>8 e K5(NE**, 8>e *D&D,

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    fibras ancoradas, uma ve% !ue nestas o mecanismo predominante de transferncia de

    tens$es o de ancoragem mecCnica em ve% do mecanismo por atrito. Por outro lado,

    alguns trabalhos -*O8O>*D5&( e &7&*

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    4.4 APLICAES

    O concreto reforado com fibras pode ser utili%ado em diversos tipos de

    obras,destacando)se o reforo de base de funda$es superficiais, reforo de pavimentos

    industriais e concreto projetado para revestimento de t'neis e taludes.

    4.4.1 REFORO DE *ASE DE FUNDAES SUPERFICIAIS

    & tcnica de melhoramento de solos para a aplicao como base para funda$es

    superficiais tem sido difundida e utili%ada em todo o mundo. & estabili%ao de solos

    tem sido muito utili%ada na *ucia nos 'ltimos anos com o objetivo de fornecer uma

    reduo no nvel de recal!ues sofridos pelo elemento de fundao e um aumento de

    resistncia do solo -E(N8>*OMO, :;;F/.

    O reforo de base de funda$es superficiais com a incluso de fibras foi

    estudado por &*&68&(NE -:;;

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    entanto, algumas vantagens tecnol1gicas do uso de fibras de ao em pavimentos so

    in!uestion"veis, !uando comparado ao uso das telas de ao soldadas3

    a/ (o e+iste a etapa de colocao das telas met"licas, o !ue redu% o tempo total

    de e+ecuo da obra e o n'mero de oper"rios necess"rios para a e+ecuo dessa etapa

    da e+ecuo do pavimento.

    b/ D" tambm uma economia de espao na obra, uma ve% !ue no necess"rio

    estocar a armadura.

    c/ &s fibras no re!uerem o uso de espaadores como as telas met"licas e, no

    caso de se utili%ar um concreto com consistncia ade!uada e sem e+cesso de vibrao,

    garantem o reforo de toda a espessura de concreto do pavimento. 5sto nem sempre

    ocorre com o uso de telas met"licas, !ue podem ser deslocadas com a passagem de

    carrinhos de mo dei+ando a parte superior da placa sem reforo.

    d/ &s fibras tambm permitem o corte das juntas de dilatao sem a necessidade

    de barras de transferncia pr)instaladas. &lm disso, as fibras reforam as bordas das

    juntas minimi%ando o efeito de lascamento nessas regi$es.

    e/ E+iste uma maior facilidade de acesso ao local da concretagem, podendo)se,

    em alguns casos, atingir o local de lanamento do concreto com o pr1prio caminho

    betoneira, o !ue !uase sempre impossvel !uando da utili%ao de telas met"licas !ue

    impedem o livre trCnsito de pessoas e e!uipamentos ap1s a sua instalao.

    f/ (o representam restrio !uanto mecani%ao da e+ecuo do pavimento.

    (o entanto, nem tudo vantagem no uso das fibras. omo toda tecnologia o

    concreto reforado com fibras possui suas limita$es e at desvantagens. *e por um lado

    a fibra minimi%a o !uadro geral de fissurao do pavimento, isto contribui para o

    aumento do risco de empenamento do pavimento por retrao diferencial -&M&8ENO,

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    4.4.3 CONCRETO PRO0ETADO PARA TNEIS

    *o Paulo se caracteri%a por ser uma das maiores concentra$es mundiais com

    uma populao em torno de

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    b/ & velocidade de e+ecuo do t'nel aumentada pela eliminao da fase de

    instalao da cambota e tela met"lica. (o sistema tradicional, o ciclo completo de

    escavao de um t'nel de ; m de "rea de seo transversal demanda mais de !uatro

    horas. om a utili%ao de fibras isto pode ser redu%ido a cerca de trs horas acelerando

    a e+ecuo da estrutura e economi%ando em mo)de)obra. (o entanto, este

    procedimento ir" acarretar uma maior e+igncia !uanto resistncia inicial como

    demonstrou EME*=5(O -

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    5sto garante uma maior vida 'til para o material da estrutura, conforme verificado em

    estudos e+perimentais em vigas de ligao para paredes gmeas sujeitas a esforos

    cortantes -V56D= e E8?5,

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    tradicional 4*E)*Q@ -

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    durabilidade a longo pra%o, mostraram !ue as fibras no concreto apresentaram mnimos

    sinais de corroso e nenhum efeito deletrio nas propriedades do concreto ap1s sete

    anos de e+posio a ata!ue de sais de descongelamento. &ssim, a corroso das fibras na

    superfcie do concreto est" associada carbonatao do concreto !ue se inicia

    justamente nesta regido mais pr1+ima da atmosfera e fora a reduo do pD. Juando o

    mesmo atinge o valor de o ao despassivado e principia)se a corroso -OMM55E8,

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    4.& VANTAGENS E DESVANTAGENS

    Em resumo, dentre as vantagens referentes utili%ao de fibras genricas para

    reforo de matri%es cimentceas, em comparao ao concreto convencional, podem ser

    citadas3

    &s fibras promovem um aumento nas resistncias compresso e trao de

    solos artificialmente cimentadosA &s fibras contribuem para uma mudana no comportamento tenso)deformao

    de matri%es cimentceas, com o aumento da ductilidade, beneficiando o material

    no seu estado p1s fissuraoA &s fibras inibem a amplitude das fissuras associadas ao material comp1sito,

    acarretando um aumento da tenacidadeA &s fibras controlam a propagao das fissuras dentro da matri% do comp1sitoA O reforo com fibras provoca um aumento das resistncias fadiga, s cargas de

    impacto e dinCmicasA

    & utili%ao especfica de fibras de polipropileno como reforo de materiais

    comp1sitos tambm apresenta uma srie de vantagens, tais como3

    Possuem alta resistncia aos "lcalis presentes no cimento e so de bai+o custoA Proporcionam uma ampla distribuio das fissuras ao longo da matri%, sugerindo

    uma maior distribuio das tens$esA Kinimi%am a fissurao !ue ocorre no estado pl"stico do concreto e nas

    primeiras horas de endurecimentoA 8estringem as fissuras causadas por retrao pl"stica do concreto, ou sua

    fre!2ncia etamanho so redu%idosA ontrolam a abertura de fissuras !ue venham a surgir dentro da matri%A

    Niminuem a incidncia de fissuras de assentamento dos componentes s1lidosdurante o fen0meno de e+sudao do concretoA

    &umentam a resistncia abraso pelo controle da e+sudao do concretoA 8edu%em a refle+o do concreto projetado devido ao aumento da coeso.

    Ne forma geral, o uso de fibras de polipropileno com maior capacidade de

    elongao -fibras polimricas, por e+emplo/ tem apresentado melhores resultados se

    comparados utili%ao de fibras de maior rigide% tais como as de ao.

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    omo desvantagens da utili%ao de fibras de polipropileno como reforo de

    materiais base de cimento podem)se citar3

    &lta sensibilidade lu% solar e o+ignioA ai+o m1dulo de elasticidadeA Qraca aderncia com a matri%.

    5 CONCRETO SU*MERSO

    oncreto submerso a denominao dada ao concreto !ue aplicado napresena de "gua, como alguns tubul$es, barragens, estruturas submersas no mar ou em"gua doce, estruturas de conteno ou em meio lama bentontica, como o caso das

    paredes diafragma.

    Para a concretagem submersa as caractersticas do material devem ser maiorcoeso dos gros, o !ue no permite sua disperso em contato com a "gua.uidadosgarantem uma boa concretagem submersa. (o meio marinho, o trao deve ter outrascaractersticas.*ua dosagem feita com aditivos especiais e dependendo daagressividade do meio onde ser" inserido, pode necessitar de cimentos especiais eoutros tipos de adi$es em sua composio.

    & principal caracterstica desse concreto a maior coeso dos gros, o !ue no

    permite sua disperso no contato com a "gua, oferecendo maior resistncia ao ata!ue!umico. & dosagem feita com aditivos, dependendo da agressividade do meio ondeser" inserido.

    *egundo o engenheiro Dildegardo (ogueira Qilho, da elov Engenharia,e+istem duas formas de se trabalhar o concreto off)shore. >ma maneira a chamada

    pre)pacTed, nesse caso a f0rma montada submersa e cheia com brita. Nepois, atravsde tubos, colocados no meio da brita, feita a injeo da massa de cimento.

    Essa injeo, !ue pode ser efetuada tanto por presso !uanto por gravidade,

    feita de bai+o para cima at a f0rma transbordar. Esse transbordamento necess"riopara !ue a primeira nata, contaminada pela "gua do mar, seja descartada. & pr1+imanata, pura, a !ue vai fa%er parte da estrutura. Esse processo de contaminao doconcreto pela "gua do mar, com alterao logicamente de sua dosagem original, chamado de lavagem do concreto.

    5.1 PATOLOGIAS

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    *egundo o engenheiro (e]ton 6oulart 6raa, gerente)adjunto do Nepartamentode &poio e ontrole =cnico de Qurnas, as principais patologias !ue as estruturas deconcreto off)shore podem apresentar so3 a corroso das armaduras pelo ata!ue porcloretos, presentes em !uantidades elevadas na "gua do mar -o problema torna)se maisgrave ainda no trecho da estrutura sujeito variao das mars/A e+panso "lcali)agregado, devido ao uso de agregados reativos com o cimentoA e presso decristali%ao dos sais dentro do concreto, !uando faces da estrutura esto e+postas adiferentes condi$es de molhagem#secagem. Essas estruturas ainda esto sujeitas eroso provocada pelas correntes marinhas ou ao efeito de ondas, e ao dogelo#degelo em climas frios, completa 6oulart.

    5.2 CUIDADOS

    Nose o concreto cuidadosamente, com bai+a relao "gua)cimento -m"+ima de;,@/ e utili%e adi$es minerais, como slica ativa ou metacaulim associadas acimentos compostos com cin%as volantes ou esc1ria de alto)forno. Orefinamento da microestrutura do concreto proporciona uma bai+a

    permeabilidade, impedindo a penetrao de ons cloretos e outros onsagressivos.

    >tili%e cimentos !ue inibam a reatividade dos agregados, seja com relao aos

    "lcalis, seja com relao a outros agentes como sulfatos ou magnsio. Elabore um bom projeto. Estabelea cobrimentos mnimos de armadura de ;

    mm para concreto armado e de S mm para concreto protendido e aberturam"+ima de fissuras de ;,< a ;,: mm, de acordo com a recomendao do E e&5 ::@ 8)B;.

    onfira a produo do concreto, & e+posio da estrutura ao movimento das

    mars e o uso de agregados inapropriados, !ue provocam e+panso "lcali)agregado, provocam e+posio da armadura

    Manamento, adensamento, cobrimento das armaduras e cura. oncretos !ueporventura forem mal adensados devem ser reparados antes da e+posio. & cura deveiniciar)se to logo o concreto comece a endurecer.

    Kuitos cuidados devem ser tomados na e+ecuo das obras submersas. >ma dasprimeiras precau$es a an"lise do solo submerso, feita com as sondagens percusso-solos moles/ ou rotativas -solos rochosos/.

    (o caso de concreto lanado por tremonha, necess"rio !ue tenha grandeplasticidade e seja auto)adens"vel, com fator "gua)cimento -a#c/ menor ou igual a ;,@.Essas caractersticas so obtidas adicionando)se aditivos plastificantes e retardadores.Os concretos auto)adens"veis no necessitam de processo de vibrao mecCnica ap1slanamento em f0rma, pois se comportam como uma pasta bem fluda.

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    Esses processos de concretagem re!uerem o acompanhamento demergulhadores, !ue verificam a calda subindo dentro da f0rma e evitam os va%amentos.&lm desse acompanhamento, tambm e+istem cuidados com o controle do tempo deinjeo e lanamento do concreto, alm do controle da retirada da tremonha. O tubodeve subir dentro da f0rma paulatinamente medida !ue o nvel do concreto emlanamento tambm sobe, e nunca se deve dei+ar !ue passe acima do nvel doconcreto, ensina Dildegardo (ogueira. 5sso alteraria as !ualidades do concreto com acontaminao da "gua do mar.

    Em algumas obras submersas pode)se usar tambm o concreto pr)moldado. &vantagem a reduo do trabalho embai+o d"gua, j" !ue o tempo de mergulho limitado e a mo)de)obra e e!uipamentos necess"rios so caros.

    5.3 PAREDE-DIAFRAGMA

    >ma estrutura muito utili%ada em obras submersas, com o au+lio de lamabentontica, a parede)diafragma contnua, construindo)se no subsolo um muro verticalde concreto armado de espessura vari"vel de F; at

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    %. REFERNCIAS *I*LIOGRFICAS

    ACCETTI, K. M., PINHEIRO, L. M. i/os de Firas e 8ro/riedades do

    9o*)reto )om Firas. In: CONGRESSO BRASILEIRO O CONCRETO,

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    BERTINI, A.A 1996. C67 8967:;< ;6=>>?@+ 88>6;:;6 6

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    C"n#'$" II;. S

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