trabalho eutanasia

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1 November 2, 2010 Volume VII Aliquam justonisl iaculisnon faucibusnon Vestibulum vel massa quisque imperdietleo a enim pellentesque sem hasellus hendrerit volutpat maurisonec lectus felis molestie quis suscipit vel elementum a massa nam wisi. Sed odio mauris at neque. Direito de morrer dignamente Há situações em que os tratamentos médicos se tornam um fim em si mesmos e o ser humano é simplesmente ignorado. A atenção tem seu foco no procedimento, na tecnologia, não na pessoa que padece. Nessas situações, o paciente sempre está em risco de sofrer medidas desproporcionais, pois os interesses da tecnologia deixam de estar subordinados aos interesses do ser humano. Ademais, a tecnologia e os seres humanos estão em constante devir, tornam-se a cada momento novidades, sendo que os seres humanos “tornam-se” por si só, a tecnologia, não. O direito de morrer dignamente não deve ser confundido com o direito de morrer. O direito de morrer dignamente é a reivindicação por vários direitos, como a dignidade da pessoa, a liberdade, a autonomia, a consciência, refere-se ao desejo de se ter uma morte humana, sem o prolongamento da agonia por parte de um tratamento inútil. (...) O indivíduo não é e não deve ser objeto da ciência, mas sujeito da existência. Conceitos básicos É a boa morte, morte suave ou morte sem dor ou sofrimento. Nas palavras de Casabona, consiste “na produção da morte de uma pessoa sem sofrimentos físicos e morais”. (página 19) O termo aparece cronologicamente em reflexões de Cícero (106 a.C.), Sêneca (4 a.C.), Suetônio e Francis Bacon (1623). Cenários em que “(...) qualquer sociedade necessita de uma estrutura básica de regras sustentadas e comunicadas de geração à geração (...)”. (Schumacher, A.) Eutanásia propriamente dita “morte misericordiosa ou piedosa, e é inferida a uma pessoa que sofre de uma enfermidade incurável ou muito penosa, visando a suprimir a agonia lenta e dolorosa”; Ortotanásia orthós (normal, correta) e thánatos (morte). Não é eutanásia passiva. O fundamento principal da ortotanásia é a absoluta ineficácia de uma intervenção médica extremada para evitar a morte do paciente; Eutanásia Lenitiva ou Distanásia dis (afastamento) e thánatos (morte). Ligada às chamadas obstinação terapêutica e futilidade médica. Sobressai o imperativo tecnológico. Ocorre quando se empregam meios mitigadores ou eliminadores de sofrimento, com a antecipação artificial da morte; sociologia geral e jurídica

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Page 1: Trabalho Eutanasia

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November 2, 2010 Volume VII

Aliquam justonisl iaculisnon faucibusnonVestibulum vel massa quisque imperdietleo a enim pellentesque sem hasellus hendrerit volutpat maurisonec lectus felis molestie quis suscipit vel elementum a massa nam wisi. Sed odio mauris at neque.

Direito de morrer dignamente

Há situações em que os tratamentos médicos se tornam

um fim em si mesmos e o ser humano é simplesmente ignorado. A atenção tem seu foco no procedimento, na tecnologia, não na

pessoa que padece. Nessas situações, o paciente sempre está em risco de sofrer medidas desproporcionais, pois os interesses da tecnologia deixam de estar subordinados aos interesses do ser

humano. Ademais, a tecnologia e os seres humanos estão em

constante devir, tornam-se a cada momento novidades, sendo

que os seres humanos “tornam-se” por si só, a tecnologia, não. O direito de morrer dignamente não deve ser confundido com

o direito de morrer. O direito de morrer dignamente é a reivindicação por vários direitos, como a dignidade da pessoa, a liberdade, a autonomia, a consciência, refere-se ao desejo de se

ter uma morte humana, sem o prolongamento da agonia por parte de um tratamento inútil. (...) O indivíduo não é e não deve ser objeto da ciência, mas sujeito da existência.

Conceitos básicos

É a boa morte, morte suave ou morte sem dor ou

sofrimento. Nas palavras de Casabona, consiste “na produção

da morte de uma pessoa sem sofrimentos físicos e morais”.

(página 19) O termo aparece cronologicamente em reflexões de

Cícero (106 a.C.), Sêneca (4 a.C.), Suetônio e Francis Bacon

(1623). Cenários em que “(...) qualquer sociedade necessita de

uma estrutura básica de regras sustentadas e comunicadas de

geração à geração (...)”. (Schumacher, A.)

Eutanásia propriamente dita “morte misericordiosa ou piedosa, e é inferida a uma pessoa que sofre de uma enfermidade incurável ou muito penosa,

visando a suprimir a agonia lenta e dolorosa”;

Ortotanásia orthós (normal, correta) e thánatos (morte). Não é eutanásia

passiva. O fundamento principal da ortotanásia é a absoluta ineficácia de uma intervenção médica extremada para evitar a

morte do paciente;

Eutanásia Lenitiva ou Distanásia dis (afastamento) e thánatos (morte). Ligada às chamadas obstinação terapêutica e futilidade médica. Sobressai o imperativo tecnológico. Ocorre quando se empregam meios

mitigadores ou eliminadores de sofrimento, com a antecipação

artificial da morte;

sociologia geral e jurídica

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Eutanásia eugênica eliminação indolor de doentes incuráveis, inválidos e velhos, pessoas consideradas

economicamente inúteis;

Eutanásia criminal morte indolor de pessoas socialmente

perigosas;

Eutanásia experimental morte indolor de pessoas com o fim de

experimentação;

Eutanásia solidarística

visa a salvar a vida de outra pessoa;

Eutanásia terapêutica

ocorre com o emprego ou a omissão de meio terapêutico, visando à morte do

paciente;

Eutanásia ativa é a “realização de um comportamento de ajuda à morte para suprimir ou paliar os sofrimentos do paciente”. Pode ser direta

(a ação visa ao encurtamento da vida meidante atos positivos, diante de um largo processo doloroso considerado

insuportável e de prognóstico infausto, ou seja, que se encontra em fase terminal) e indireta (contém efeito duplo: o de encurtar a vida, ainda quando seu

principal objetivo seja o de aliviar os

sofrimentos);

Eutanásia passiva

é a “omissão do tratamento em que se empregam meios que contribuem para o prolongamento da vida do paciente q u a n d o e s t a j á a p r e s e n t a u m a

deterioração irreversível ou uma enfermidade incurável em fase terminal”. Pode consistir tanto na iniciação do

tratamento quanto na suspensão do

tratamento já iniciado;

Outras denominações eutanásia voluntária ou consentida e involuntár ia ou não consent ida; verdadeira e pesudo eutanásia; eutanásia agônica, estóica, etária, eutanásia

coletiva, teológica, narcotanásia e

mistanásia.

Diante de tantas classificações, convém uma breve distinção entre a eutanásia e

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outras condutas semelhantes, sendo esta a

classificação admitida.

As 4 Categorias

Eutanásiaé a morte de doente que sofre de doença incurável ou que se encontra em estado degenerativo de

saúde e que está submetido a forte sofrimento físico ou emocional, sob cuidados médicos ou não, causada por

qualquer pessoa motivada por sentimento de compaixão ou piedade em relação ao doente; pode ocorrer por ação ou

omissão; constitui crime (homicídio privilegiado por motivo de relevante valor

moral, artigo 121, §1º);

Ortotanásiaé a morte correta; não constitui crime; significa a interrupção, feita pelo médico, da manutenção

artificial de uma vida, sem perspectiva de cura ou melhora, ou melhor, significa o não prolongamento artificial do processo

de morte; é a omissão, pelo médico, da prática de atos que possam prolongar futilmente o processo de morte além de

seu curso natural. Ocorre em situação de

distanásia.

Auxílio ao suicídio

ocorre quando a pessoa não sofre de doença incurável ou não se encontra em estado degenerativo de saúde e não está submetida a forte sofrimento físico ou

mental, e recebe auxílio material de outrem para causar a própria morte;

constitui crime.

Homicídio simples ou qualificado(a depender do caso) é a morte causada a doentes mentais, doentes incuráveis,

idosos, pessoas com deformações, popu lações , pobre s , c r iminosos , desempregados, etc. , movida por sentimentos distintos de compaixão ou

p iedade, como as t en tat iva s de jus t ificat ivas de h ig ienização da soc i edade, pur ificação de r aça ,

eliminação de peso social, dentre outras já alegadas no curso da história dahumanidade, em diversas sociedades;

n e n h u m d e s s e s c a s o s p o d e s e r considerado eutanásia;

Não-tratamento

ocorre quando o paciente tem o direito de não se submeter a tratamento, ou de interrompê-lo, se esta for sua decisão,

após um esclarecimento completo, compreensível, dado pelo médico sobre o estado e as perspectivas do tratamento cabível.

Panorama internacional

Peru e Colômbia Hipótese de perdão judicial para o

homicídio eutanásico.

Uruguai Um dos primeiros países a legislar sobre a eutanásia. Em 1934, quando entrou em vigor o Código Penal, tipificou-se o

homicídio piedoso. Facultou-se ao juiz a não aplicação da pena à pessoa que realiza a eutanásia, se presentes os

requi s i tos de : “ ter antecedentes honrávéis; ser realizado por motivo piedoso e a vítima ter feito reiteradas súplicas”. Não há uma autorização para a

realização da eutanásia. O que pode ocorrer é a não aplicação da pena,

decidida pelo juiz.

Holanda Pioneira na institucionalização legal da eutanásia (aplicável a adultos, acometidos por enfermidades incuráveis e que

solicitarem, voluntariamente, a própria morte - é exigida a opinião de um outro médicodiverso daquele envolvido no

tratamento do doente). Não há uma autorização para a realização da eutanásia. O que pode ocorrer é a não aplicação da pena, decidida pelo juiz.

Os 5 critérios para auxílio à morte

não punível são:

1) A solicitação para morrer deve ser uma decisão vluntária feita por um paciente informado;

2) A solicitação deve ser bem considerada por uma pessoa que tenha uma compreensão clara e correta de sua condição e de outras possibilidades. A

pessoa deve ser capaz de ponderar estas opções, e deve ter feito tal ponderação;

3) O desejo de morrer deve ter alguma

duração; 4) Deve haver sofrimento físico ou mental

que seja inaceitável ou insuportável; 5) A consultoria com um colega é

obrigatória.

O acordo entre o Ministério da

Justiça e a Real Associação Médica da Holanda estabelece três elementos para notificação:

1) O médico que realizar a eutanásia ou suicídio assistido não deve dar um atestado de óbito por morte natural.

Ele deve informar a autoridade médica local através de extenso questionário;

2) A autoridade médica local relatará a

morte ao promotor do distrito;

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3) O promotor do distrito decidirá se haverá ou não acusação contra o

médico.

Na hipótese em que, seguindo o médico as cinco recomendações, o

promotor deixa de fazer a acusação.

Na Holanda, onde a eutanásia ativa e tolerada, trabalhos mostram que 57% de todas as mortes de crianças com

menos de um ano de idade vieram precedidas pela decisão de não oferecer ou retirar suporte vital. Dessas, 8%

vieram precedidas pela administração intencional de drogas que levariam a morte. No ano de 1990, a Holanda registrou 12.000 mortes por eutanásia,

suicídio assistido ou overdose de morfina (9% da mortalidade do país). Sendo que,

das 9.000 solicitações, apenas 2.300 preenchiam os requisitos, tendo sido

atendidas.

Bélgica

Nos moldes do modelo holandês.

Portugal, Itália, Alemanha e Suiça

Homicídio consentido, penas mais leves.

Espanha Lei Geral de Saúde (LGS - Ley General de Sanidad, de 25 de abril de 1986).

Polônia, Estados Unidos, Japão,

Canadá e Austrália Legislações variam desde a absoluta

reprovação sem qualquer benefício do

infrator equiparado a homicídio comum, passando pelo reconhecimento de atenuantes e causas de diminuição de pena, e chegando até mesmo à exclusão

da punibilidade ou da ilicitude;

Perigos ocultos “Há sempre razões para matar um homem. Inversamente, é

impossível justificar que viva.” Albert Camus

1) A cupidez humana: Utilizar-se do bem para alimentar o mal oculto. Ex.: Comércio clandestino de órgãos;

2) Acobertamento do desejo, seja da família, seja do Estado, de livrar-se do encargo que é o doente terminal

inválido.

Estes argumentos pautam-se em observações de que em uma terra como a

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nossa, em que as coisas proibidas se praticam num crescimento ciclópico, imagine-se o que poderá acontecer, se houver a liberação. Há o perigo de que

passemos a matar os nossos semelhantes

através da justificativa da eutanásia. A Alemanha na década de 20 do

século XX vivia um contexto em que a eutanásia pouparia muitas despesas inúteis à família e ao governo. Morrer deixa de ser uma opção terapêutica.

Situações em que a decisão torna-se elemento fundamental: “Quando o paciente diz ‘me mata’, ele quer socorro,

não quer morrer.”

Individualismo e a teoria da Public

Choice:

“As pessoas são livres para escolher.” David Hume, Jeremy Bentham e John

Stuart Mill.

A questão do “argumento de direção”

o efeito da ladeira escorregadia.

Bioética

A autonomia após 1950

A autonomia é a condição de um

indiv íduo ou de um g rupo que determina, ele mesmo, a norma a qual

entende conformar seu agir ou destino. É “(...) pressuposto geral de qualquer sistema jurídico ocidental: todos os

indivíduos são dotados de um grau básico de autonomia e responsabilidade.(...)” (Shumacher, A.)

Kant fez da autonomia da vontade princípio da moral. A  autonomia exprime, na ética de Kant, a capacidade

de a pessoa ser autora da norma moral, o que ela acha dever seguir. Na bioética

contemporânea, exprime a capacidade da

autoderminação em geral. Quanto ao

aspecto posi t ivo, o princípio da obrigatoriedade do consentimento foi

oficializado em inúmeros documentos

após a segunda guerra. Veremos que

diversas são as justificações comumente

propostas para este princípio de  autonomia que gera imediatamente o direito individual da determinação da própria sorte até certo ponto. O

consentimento do paciente deve ser livre e esclarecido. Provar é algo difícil quer a cargo do médico ou do paciente. A

regulamentacao do  procedimento exige

que seja feito por escrito, ou com a

presença de testemunha habilitada. As

informacoes fornecidas ao paciente

devem esc larecer a natureza do tratamento, consequências previsíveis, riscos eventuais e a existência de alternativas. Informações comunicadas

em linguagem acessível e compreensível. O consentimento deve ser autêntico e

livre, isto é, sem coerção nem fraude.

Justificação filosófica e sociológica

Se a bioética atual está dominada pelo princípio da autonomia temos de

reparar uma dupla evolução: vivenciamos a pa s s agem de uma conce pção expontaneamnete comunitária e solidária

da vida humana para uma concepção individualista das relações sociais. Passamos da problemática do dever de cada um para a problemática dos direitos

do dever dos outros. Logo, vê-se que o princípio da autonomia é fruto da evolução cultural do século XX e não

uma geração espontânea. Solidariedade e eqüidade, neste contexto, assumem a justica e avancam um passo a mais no

enriquecimento das relações sociais sem

desserviço pelo bem comum, que é de

todos.

Justificação política e jurídica

“(...) o estudo do direito cabe à ciência jurídica, enquanto o problema da democracia está reservado à ciência

polít ica.( . . . )” (Schumacher, A.) A autonomia é um direito subjetivo em contexto democrático, o regime político

que mais ostensivamente promoveu o indivíduo como pessoa. Autonomia exprime a liberdade do sujeito de saber ou nao saber a respeito de sua saúde, o

direito de decidir a respeito de um tratamento, privilégio de ser o dono teórico de seu itinerário da autonomia. O

advento de novas tecnologias e métodos aliado ao caráter cada vez mais experimental da medicina exigem uma

acentuação da convergência de sua deontologia com os direitos humanos em geral.

Implementacao condicionada

Uma vez sendo condicionada, a implementação e efetivação do princípio

da autonomia está sujeita a restrições. O consentimento do paciente apresenta condicionamentos legais e éticos,

notadamente com relação à eutanásia.

Declaração do conselho consultivo francês: “Toda

pessoa deve ser presumida capaz a priori de

receber informações e de dar o consentimento livre e esclarecido a um ato médico que lhe é proposto. A menos que seja estabelecida a ausência desta

capacidade, cabe ao médico informar de maneira clara e adaptada para que a pessoa seja capacitada para exercer sua capacidade de juízo e

decisão.” 

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Autonomia:

princípio teórico de igualdade

A bioética teórica reafirma a igualdade dos seres humanos. A

autonomia é para todos que podem dela se aproveitar. O conceito de autonomia nos remete acima de tudo ao poder e

direitos da pessoa mas em qualquer sociedade o dever de um é dever de outros. “(...) Moral e direito, instituições

sociais que desempenham a mesma

função normativa básica: realizar a

coordenação entre as ações de diferentes

atores sociais, viabilizando a cooperação

social (...)”. (Schumacher, A.) Se um indivíduo tem direitos por ser pessoa, as outras pessoas tem direitos equivalentes, o que forma um sistema de direitos e

deveres intrincados. A liberdade de cada sujeito tem limites na postulação da m e s m a l i b e r d a d e d o s o u t r o s

supostamente iguais.

Entre o reducionaismo científico e a

transcendencia religiosa

A a u t o n o m i a e v i d e n c i a o

pensamento de sociedades adiantadas. A capacidade do ser humano transcender seu aspecto fisico e cultural. Entretanto, o

impacto da crenca religiosa transforma a autonomia em heteronomia. Nem a bioética nem a autonomia individual

escapam do fim do ser humano, que é sobre natural. A devida internalização da lei divina não altera sua origem

extrínseca. Se o paciente como sujeito autônomo não é todo poderoso, nem a

medicina ou o médico o são. Esta eventual dimensão transcendente, afinal, constitui uma razão a mais para aderir ao princípio da autonomia do paciente na

relação clínica, porque, sem ela, a semiologia médica fica cega sobre uma d i m e n s ã o f u n d a m e n t a l p a r a a

interpretação do estado e da vivência, portanto da expressão da própria

autonomia, da maioria dos pacientes.

Autonomia moral versus autonomia legal

“(...) Para que uma sociedade

possa viver exclusivamente sob o império

de tais regras primárias, explica Hart

(1961: 89-90), algumas condições

precisam ser preenchidas. Em primeiro

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lugar, as regras devem compreender

restrições à liber-dade de recorrer à

violência, ao roubo e à fraude, tentações

que os seres humanos devem poder

dominar, para coexistirem em relação de vizinhança. Em sociedades primitivas,

tais regras aparecem juntamente com

outras, que impõem aos indivíduos

obrigações de prestar servi-ços ou

contribuir para a vida em comum. (...)” (Schumacher, A.)

A capacidade ou competência é o

componente funcional e operativo da a u t o n o m i a m o r a l . E l a e s t á n a dependência da presenca de certas

habilidades psicológicas obrigatórias para a tomada de decisões autônomas, sendo que esses critérios de capacidade se

estabelecem como parte do processo de desenvolvimento cognitivo moral do indivíduo. São os fenômenos de

maturação mais importantes:

a) emergência do raciocínio lógico formal;

b) desenvolvimento de uma perspectyiva de socialização;

c) estabelecimento de uma conduta moral

concreta.

Estágios do desenvolvimento moral

de Kohlberg:

Nível I: moralidade pré convencional

Estágio 1 - Orientação para a

punição e obediência;

Estágio 2 - Individualismo,

p r o p ó s i t o i n s t r u m e n t a l e

intercâmbio.

Nível II: moralidade convencional

Estágio 3 - São as expectativas e

relacionamentos interpessoais m ú t u o s e c o n f o r m i d a d e

interpessoal;

Estágio 4 - Sistema e consciência

sociais (lei e ordem).

Nível III: moralidade pós convencional ou

de princípios Estágio 5 - contrato social ou utilidade e

direitos individuais;

Estágio 6 - princípios éticos universais.

A partir da definição destas regras a sociedade e as leis norte americanas reconhecerem a existência de um estado

de maturidade cognitiva independente da idade cronológica conhecida como mature

minor status.

“ ( . . . ) Tr a b a l h a r e m o s p a r a introduzir uma visão mais rica de d e m o c r a c i a , a d e l i b e r a t i v a o u

participativa, não limitada à questão do regime político, mas conectada ao Estado de direito, isto é, ao grau de efetividade dos direitos da cidadania na sociedade.

No interior dessa concepção, o direito aparece indissoluvelmente ligado à democracia, cujo desenvolvimento

depende das condições de comunicação e procedimentos de formação da opinião e da vontade democráticas, únicas fontes de

l eg i t imação das l e i s e po l í t i ca s governamentais. (...)” (Schumacher, A.)

Como analisar conflitos em

bioética clínica

Qualquer deliberação bioética

parte de um princípio fundamental de

re s pe i t o pe lo s e r humano, e o c u m p r i m e n t o d e s t a c o n d i ç ã o é

indispensável para o agir correto. Para

alcançá-la devem participar do debate todos aqueles que detêm interesses envolvidos no caso, trazendo suas contribuições ativas e essenciais, suas

diferentes interpretações do problema, que se enriquecem e se complementam durante a discussão. Momento em que

médicos, enfermeiros, outros profissionais que estejam auxiliando do cuidado do doente, o próprio paciente ou um

familiar/representante podem estar presentes, pessoal ou virtualmente, para

expôr seus argumentos e defendê-los. Todos os participantes devem ter uma

atitude compreensiva e tolerate para com os valors e posicionamentos divergentes, respeitando a pluralidade ético-cultural

imanentes à sociedade contemporânea, e todos devem uti l izar argumentos racionais para defender seus pontos de vista, e, conseqentemente estar apto a

justificá-los moralmente.

Definição da conduta mais adequada

Para chegar a uma conclusão,

duas estratégias são essenciais: primeiro, obter um consenso dentro da própria equipe e, segundo, analisar a vontade

do  paciente. Para obter o consenso na

equ ipe de saúde, vár ia s são a s per spec t ivas que neces s i tam ser consideradas. As mais importantes

poderiam ser assim descritas:

a) avaliar a probabilidade de certeza do

prognóstico e do diagnóstico;b) manutenção da conduta padrão da

comunidade cientifica;

c) legalidade da conduta;

d) autonomia do médico ou da equipe;

e) normas institucionais;

f) expectativa da sociedade.

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Para análise dos desejos do

paciente, três critérios principais podem ser considerados:

1. Critérios objetivos Leva-se em consideração aspectos técnicos, a vontade do paciente.

2. Critérios subjetivos: Trata-se de levar em consideração os valores do paciente - o valor da vida, a qualidade de vida que o paciente

considera adequada para si próprio, suas crenças religiosas, os argumentos morais com os quais o paciente justifica sua

vontade.

3. Os melhores interesses

É um balanceamento entre os critérios objetivos e subjetivos; e analisar, diante dos fatores já citados, qual a melhor alternativa do ponto de vista do próprio

paciente, visando ao seu melhor benefício.

Bioética personalista aplicada à

clínica

As decisões bioéticas no contexto

da prática clínica, aquelas decisões que

são tomadas "junto ao paciente", revestem-se de grande importância, porque estão estreitamente ligadas a um paciente particular e específico, suas

condições clínicas, suas necessidades, suas

aspirações e projetos futuros.

O personalismo ontologicamente fundado descobre na razão, na liberdade

e na consciência radicadas na alma espiritual as bases que dão ao homem seu status particular: "o homem é pessoa porque é o único ser no qual a vida é

capaz de refletir sobre si mesma e de

autodeterminar-se; porque é o único ser

que tem a capacidade de entender e

descobrir o sentido das coisas e de dar sentido as suas expressões e linguagem

conscientes.

Princípios da bioética personalista

1. Principio do respeito, da promoção e da defesa da vida;

2. Princípio da liberdade, responsa-bilidade;

3. Princípio da totalidade ou princípio terapêutico;

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4. P r i n c í p i o d a s o c i a b i l i d a d e e subsidiariedade;

Método da bioética personalista

Método triangular

Propõe-se como procedimento

para a tomada de decisões o chamado

"método triangular", que consiste em uma análise que segue três momentos

chave:

1. Deve-se expôr o eixo biomédico de forma objetiva, com dados científicos, consistentes e exatos.

2. A reflexão filosófico-metafísica, é o aprofundamento do s ignificado antropológico, na visão da pessoa humana em toda a sua plenitude e

riqueza. 3. Juízo ético e das decisões operativas,

que expressa a lei moral natural que

move toda a consciência humana a fazer o bem e evitar o mal, e que levará à solução dos problemas que se

traçam na práttica clínica ou no campo biomédico.

Em diálogo triangular, "biologia,

antropologia e decisões éticas", a antropologia põe os critérios e valores que não podem ser transpassados nem

alterados nas análises das situações.

Relações da bioética com o direito

Administração dos riscos 

A bioética e o direito, respeitando

a dignidade humana, passam a ter um sentido mais humanista, vinculando-se a justiça. Portanto, em função da crise do

"erro médico" e da obrigatoriedade de programas de administração de riscos para a adesão a planos de seguro, a

administração dos riscos passa a existir, com o objetivo de prevenir, detectar, controlar, exterminar e transferir riscos

na saúde.

Riscos

O risco pode ser:

* A possibilidade de dano ou injúria;

* Um elemento que oferece perigo;

* Um grau ou probabilidade de dano.

Há basicamente dois tipos de

r i s cos que são encontrados nas

instituições de saúde:

1. Os teoricamente considerados;

2. Os genuinamente considerados.

O s r i s c o s t e o r i c a m e n t e

considerados são provenientes de atos que têm a probabilidade de trazer tanto

benefícios, quanto danos, pois são inerentes à indústria da saúde, mas tem a intenção de reverter apenas em ganhos

para os pacientes.

O s r i s c o s g e n u i n a m e n t e

cons iderados são os que têm a probabilidade apenas de causar danos,

podendo resultar na depreciação dos recursos financieros da instituição de

saúde;

Direitos do paciente

Direitos fundamentais do paciente

1. Saúde é um direito do cidadão e um

dever do Estado;2. Decidir livremente sobre a sua pessoa

ou seu bem estar;

3. Ter respeitada a sua privacidade e integridade física, psicológica e moral;

4. Escolher livremente, em qualquer e t a p a d e s e u t r a t a m e n t o , o estabelecimento de saúde e a equipe médica que deseja para efetivarem seu

tratamento - Princípio da livre escolha;5. Consentir, após informação detalhada

com cada uma das etapas de seu

tratamento;

6. Ter o seu prontuár io médico   corretamente preenchido e de livre a c e s s o à s u a p e s s o a o u s e u

representante legal;7. Receber laudos médicos quando

solicitar.

Questionamentos éticos no início e no final da vida em pediatria.

E m b o r a e x i s t a m p o u c a s estatísticas no Brasil, Léo Pessini, no seu artigo "Distanásia: até onde investir sem

agredir" afirma:

"Centenas ou talvez milhares de doentes

estão hoje jogados a um sofrimento sem

perspectivas em hospitais, sobretudo nas

UTIs e emergências. Não raramente

acham-se submetidos a uma parafernália

tecnológica, que não só não consegue

minorar-lhes a dor e o sofrimento, como

ainda os prolonga e os acrescenta

inutilmente."

São seres humanos submetidos à

obstinação terapêutica ou à prática

médica fútil. Publicações recentes, nos EUA, mostram uma mudanca nesse panorama nos países desenvolvidos do

hemisfério norte. Percebe-se, então, três comportamentos que resultam em mortes com conotação moral diferente. Ao considerarmos a vida como bem

supremo, podemos incorrer na distanásia

Page 10: Trabalho Eutanasia

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(para manter a vida, são utilizados todos os recursos disponíveis, mesmo com grande sofrimento, promovendo-se tratamentos fúteis ou desproporcionais).

Ao considerarmos apenas a qualidade de vida, podemos, eventualmente, praticar a eutanásia (abreviação da vida, sem dor

ousofrimento). O ponto de vista que defendemos é o de colocar, em primeiro lugar, a dignidade da pessoa humana,

resultando nossos atos na ortotanásia, que constitui a morte no momento certo, com

conforto e alívio do sofrimento.

Os pacientes internados nas UTIs

podem ser classificados em cinco

categorias:

1. Pacientes criticamente doentes;

2. Pacientes em morte encefálica;

3. Pacientes em estado vegetativo

continuado; 4. Pacientes em estado vegetativo

permanente;

5. Pacientes terminais.

Nesses dois últimos grupos de pacientes é que os dilemas éticos se fazem mais

presentes.

Como se pode definir

qualidade de vida?

Segundo o estudo sintético do Dr.

Tamburini, o conceito de qualidade de vida se apresenta bastante difícil de definir. Sem dúvida, é importante a

análise de alguns aspectos integrados

entre si, cuja avaliação exprime a

percepção dos pacientes sobre:

1. A situação das funções;

2. Os efeitos físicos concomitantes; 3. As verdadeiras condições psicológicas

concomitantes;

4. A interação social.

Classificação das situações clínicas limites

a. Prognóstico;

b. Deter ioração ps íqu ica : com a finalidade de solucionar esta nova complicação foram propostas algumas

providências, tais como o testamento vital e a delegação do consentimento.

Page 11: Trabalho Eutanasia

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Qualidade de vida no discurso ético

Através de uma pesquisa realizada

com 100 médicos que trabalham em unidades de cuidados paliativos, foi

possível perceber e afirmar que esses profissionais entendem que a qualidade deve se caracterizar principalmente por

dois parâmetros:

1. Um estado subjetivo de bem estar suficiente em todos os aspectos, que

somente pode ser valorizado por cada indivíduo;

2. Necessidade de valorizar alguns

parâmetros objetivos para determinar a qualidade de vida. Destacam-se: autonomia pessoal suficiente e a ausência de sintomas.

Definição de futilidade

Este tema tem sido abordado de

maneiras muito diversas entre os diversos

autores na bioética.

Podemos reuni-los em 5 grupos:

1. autores que associam o problema da fu t i l i dade p r inc ipa lmen te ao s parâmetros estritamente médicos, com

ponto de vista objetivo e técnico, tendo a participação do paciente um papel secundário;

2. Autores que defendem que a decisão sobre a futilidade de um tratamento e principalmente competência do

paciente, ainda que também interfiram os fatores médicos;

3. Autores que afirmam que interferem nas decisões sobre futilidade tanto os

parâmetros médicos objetivos quanto a autonomia do paciente;

4. Autores que consideram que a futilidade está condicionada por três fatores: critérios objetivos do médico, a participação do paciente, e os critérios

sócio econômicos relacionados com uma justa distribuição dos recursos sanitários;

5. Autores que descartam o conceito de futilidade por considerarem que não e é possível defini-lo.

Fatores que fazem referência a participação do paciente na tomada

de decisões

1. A u t o n o m i a d o p a c i e n t e e o consentimento informado;

2. A análise do risco-benefício pelo

paciente;3. Interação da equipe assistencial -

paciente e família;

4. Limites da autonomia do paciente (quando a decisão do paciente vai de frente à prática comum da medicina, quando a decisão do paciente for

contrária aos critérios objetivos do princípio da beneficiência e quando a decisão do paciente for contrária aos

princípios éticos e deontológicos).

Em relação ao Estado, existem

situações que também limitam a

autonomia do paciente:

* O Estado tem o direito de limitar a capacidade do paciente recusar um ato

médico, se essa recusa conduz a um desrespeito à vida humana. O Estado tem o dever de tutelar a vida humana;

* Também o Estado tem a obrigação de tutelar a integridade dos profissionais de saúde, porque as decisões dos pacientes

não podem condicionar a atuação

cont rár ia à consc iênc ia des te s

profissionais.

5. Capacidade do paciente para recusar

um procedimento médico.

Critérios que não podem ser

considerados aceitáveis:

* Falar de vidas que não merecem ser

vividas; * O argumento de que em determinadas

situações o homem perde sua dignidade

em razão de sua doença;* A existência de convicções morais ou

psicológicas que sejam contrárias ao princípio da beneficiência.

Por outro lado, são critérios aceitáveis para recusar um determinado

procedimewnto médico:

* Dor física ou psíquica intratável produzida pelo tratamento;

* Autos índices de mortalidade do procedimento em questão;

* Custo excessivo do procedimento;

* Imposição de encargos excessivos sobre terceiros (familiares, instituições, etc.)

Mecanismos para salvaguardar a

autonomia de pacientes incapazes Testamento vital e o consentimento sub-

rogado.

A suscetibilidade contemporânea

exorbitante ao sofrimento e à morte

Artigo 6º do código de ética médica:

“O médico deve guardar absoluto respeito pela vida

humana, atuando sempre em benefîcio do paciente. Jamais utilizará seus conhecimentos para gerar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra

sua dignidade e integridade.”

Page 12: Trabalho Eutanasia

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De que maneira lidamos com a morte?

• L. Tolstoi - A morte de Ivan Ilitch,

•Paulo Coelho - Verônica decide morrer;

•Filme: A borboleta e o escafandro;

As religiões

Porque a igreja católica?

• Maior número de adeptos e

exerce maior influência na formação de

opiniões;

• É a que apresenta maior

manancial de textos orientativos acerca

de questões bioéticas;

Equipara a eutanásia ao homicídio:

“Se quisermos sustentar um

fundmento sólido e inviolávelpara os direitos humanos, é indispensável

reconhecer que a vida humana

deve ser defendida sempre, desde o

momento da fecundação. De outra

maneira, as circunstâncias e

conveniências dos poderosos sempre

encontrarão desculpas para maltratar

as pessoas.”

A defesa fundamental da

dignidade e destes valores começa na

família.

A palavra do Papa João Paulo II:

“Um dos sintomas mais

alarmantes da ‘cultura da morte’ que avança, sobretudo nas sociedades do bem

estar, caracterizadas por uma mentalidade eficientista que faz parecer demasiadamente gravoso e insuportável o

número crescente das pessoas idosas e debilitadas. Com muita frequência, estas acabam por ser isoladas da família e da

sociedade, organizada quase exclusivamente sobre a base de critérios de eficiência produtiva, segundo as quais uma vida irremediavelmente incapaz não

tem mais nenhum valor.”

Além de serem as que mais se

aproximam da visão cristã, há tolerância

quanto à ortotanásia (não confundir com a eutanásia passiva ) e também a eutanásia

indireta.

Diferença entre matar e

deixar morrer:

Matar: Ação ou omissão que visa

causar a morte;

Deixar morrer: Considerar que a

natureza seguirá seu curso, não empregando tratamento desnecessário

em paciente terminal, no

momento em que nada mais pode ser

feito. A resolução 1.805/06 do Conselho

Federal de Medicina Foi amplamente divulgada na mídia a aprovação, por unanimidade, que passa a

permitir aos médicos, nos seus termos, a interrupção de tratamentos que prolongam a vida de pacientes terminais

sem chances de cura.

Sobre moral, direito e democracia Estudo do direito - Ciência Jurídica•

Estudo da democracia - Ciência Política Moral e direito: instituições sociais que desempenham a mesma função

normativa básica.

São elas: •realizar a coordenação entre as ações de

diferentes atore sociais;

•viabilizar a cooperação social; •explicitar a relação entre direitos

humanos e soberania popular. Direito e democracia: os indivíduos são dotados de um grau básico de autonomia

e responsabilidade.

Referencial Teórico Reconstrução do direito e da democracia proposta por Habermas - a interpretação e a validação dos direitos à anuência

democrática. A ética da comunicação de Habermas adota o seguinte princípio nuclear: “são

válidas as normas de ação às quais todos os possíveis atingidos poderiam dar seu assentimento, na qualidade de participantes de discursos (comunicações)

racionais” (Habermas, 1996).

Page 13: Trabalho Eutanasia

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Moral e direito: função similar e

meios diferentes Dualidade e função do direito

moderno Direitos humanos e soberania

popular

Poder comunicativo e deliberação

Bibliografia Biodireito, ciência da vida e novos

desafios. Leite Santos, M.

C. C. - Editora Revista dos

Tribunais Eutanásia e Ortotanásia. Santos

Cabette, E. L. - Editora Juriá