trabalho do vini resto

Upload: felipe-lapienis

Post on 11-Jul-2015

161 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Sumrio

A Polmica do Parnasianismo..............................................................................................2 Objetivo................................................................................................................................3 O Parnasianismo e a Arte.....................................................................................................4 Concluso.............................................................................................................................6 Bibliografia...........................................................................................................................7

2

A Polmica do Parnasianismo

Esse trabalho se apresenta a partir da Polmica do Parnasianismo, isto , a discusso se este pode ser ou no considerado Arte. O Parnasianismo se deu em uma sociedade cercada pelas novas tecnologias de produo e descobertas da cincia, na segunda metade do sculo XIX, assim os sentimentos humanos so substitudos pela razo. A poesia ento baseada na perfeio da forma e no mais nas emoes (ABAURRE e PONTARA, pg. 428). A problemtica da Arte no Parnasianismo se d por essa falta na busca de emoes e racionalizao do dia a dia, influindo no somente na esttica e tambm no contedo da poesia. Definindo-se como antirromntico, o Parnasianismo pode ser considerado apenas uma disciplina do bom gosto ao invs de manifestao artstica.

ABAURRE e PONTARA, Literatura Brasileira, Captulo 21: Parnasianismo, pg. 430. O texto no se refere a disciplina do bom gosto como um juzo de valor de acordo com a Polmica do Parnasianismo apresentada nesse trabalho, defendendo-o como arte ou no.

3

Objetivo do Trabalho

Esse trabalho tem como objetivo defender o Parnasianismo como Movimento Artstico do final do sculo XIX. Mesmo sem o ideal romntico presente a ruptura esttica do Parnasianismo mostra a preocupao com a arte. Assim, a esttica, designa um conjunto de caracteres formais que a arte assume em determinado perodo, que poderia, tambm, ser chamado de estilo. (ARANHA e MARTINS, p.369). Logo, o estilo parnasiano, mesmo no lidando com a temtica do sentimento pode levar ao prprio, j que a viso de belo e agradvel aos olhos tambm foi preocupao de outros movimentos artsticos ao longo do tempo, o que ser abordado nas pginas futuras deste trabalho.

4

O Parnasianismo e a Arte

Significado de Arte s.f. Maneira de fazer uma coisa segundo as regras: arte militar, oratria, dramtica. Modo pelo qual se obtm xito; habilidade: a arte de agradar, de comover. Expresso de um ideal de beleza nas obras humanas: obra de arte. Conjunto das obras artsticas de um pas, de uma poca: A Arte Italiana. Bras. Travessura, traquinada. Arte pop, ver POP ART. (Dicionrio Online da Lngua Portuguesa dicio.com.br)

Arte, derivando do Latim Ars, significa tcnica ou habilidade, geralmente entendida como a atividade humana ligada a manifestaes de ordem esttica, feita por artistas a partir de percepo, emoes e ideias (WIKIPDIA, 2011). Assim, resumidamente, arte ideal de beleza ou feira, arte expresso de algo interno tambm. Partamos para o Projeto Literrio do Parnasianismo: Arte pela arte, perfeio formal e olhar impessoal para o objeto do poema. A arte se explicaria por si mesma, a perfeio e harmonia seriam pontos principais e a opo seria dada por uma poesia descritiva. Mas o que acontecia com a Europa nesse momento para serem dadas as condies para esse tipo de poesia? Havia a necessidade de interpretao da Revoluo Industrial e o que acontecia naquele perodo em que no haviam semelhanas no passado histrico europeu para se basearem os filsofos e literrios, era visto, em um mundo de um novo cientificismo, a necessidade de buscar a luz da razo para a compreenso da realidade inserida. Assim, pode se dizer que os romances realistas e naturalistas so contemporneos da poesia parnasiana, ocorrendo a transformao mais radical nessa ltima. Entretanto, no foi somente nessa poca em que a arte se resumia a beleza, o que interfere na Funo Formalista da Arte. A Funo Formalista se baseia com a forma de A Funo Formalista da Arte uma abordagem de ARANHA e MARTINS em Filosofando Introduo a Filosofia e se junta com as funes Pragmticas e Naturalista da Arte, que dizem respeito a funo e significado das obras, que em conjunto do sentido Arte.

5

apresentao da obra, assim buscamos os princpios que regem a sua organizao interna: Os elementos que entram em sua composio e a relao entre eles (ARANHA e MARTINS, pg. 379), assim a forma tambm parte importante do processo artstico. Como tambm no perodo clssico, os gregos se preocupavam em, ao pintar, fazer o mundo assim como ele , objetivamente buscando o belo, o que em linhas gerais o que busca o Parnasianismo. O cuidado com o detalhe aparecer nas poesias como A Arte, de Thophile Gautier:

A Arte

Sim, a obra sai mais bela Numa forma ao trabalho Rebelde, Verso, nix, pedra, esmalte. [...] At os deuses morrem E os versos soberanos Perduram Mais fortes que o bronze.

Lima, esculpe, cinzela; Que teu sonho ligeiro Se estranhe No bloco resistente.( GAUTER, Thophile. )

Nesse trecho, a poesia se mostra irredutvel e que perdura mais que os deuses. isso que o poeta quer passar, que uma poesia bem feita resistente. Assim h uma justificativa ao trabalho do artista.

Concluso

6

Enfim, aps todos estes levantamentos apontados no Desenvolvimento deste trabalho, necessrio apontar que a Arte, para ser considerada Arte, deve-se constar a inteno do artista em fazer Arte. Logo, se algum tem inteno de fazer Arte, este o est fazendo. No Perodo Grego Clssico a preocupao esttica dava lugar muitas vezes ao sentimento, e a Vnus grega, por exemplo, considerada uma das maiores esculturas de todos os tempos. O Perodo Parnasiano detinha essa preocupao esttica acima de todas as outras, o que contribuiu para a percepo de o que era considerado bonito na poca. Trazendo para os dias de hoje, a mesma teoria pode ser aplicada nos Grafites, arte porque h inteno de o ser, e h preocupao esttica aliada com crtica social. O perodo histrico tambm influencia muito nas obras artsticas, no sculo passado no aparecem movimentos parnasianos j que o perodo histrico outro, mas tambm se mostram muitas poesias preocupadas com mtrica, mesmo depois da Semana de Arte Moderna de 1922 que revolucionou os padres da poesia. A Arte muitas vezes difere j que as pessoas so diferentes e produzem diferentes trabalhos, o que no pode ser julgado como se o que aquele grupo de pessoas fazem arte ou no, apenas apreciado.

Bibliografia

7

DICIO: http://www.dicio.com.br/arte/ (Acessado s 17h do dia 14/10/2011) WIKIPDIA: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte (Acessado s 18h40 do dia 14/10/2011) ABAURRE, Maria Luiza M. e PONTARA, Marcela. Literatura Brasileira Tempos, Leitores e Leituras. Volume nico. So Paulo: Editora Moderna, 2005. ARANHA, Maria Lcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando Introduo a Filosofia. 3ed. So Paulo: Editora Moderna, 2003.