trabalho de torno

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  • Trabalho sobre Torno

    Componentes:

    Rosangela Viera da Silva

    Roseli Felix

    Wanderson Valeriano

    Wedreson Marzio Coutinho Gonalves

  • Sumario

    1 - INTRODUO.......................................................................................3

    2 - TORNEAMENTO...................................................................................3

    3 - MAQUINA DE TORNEAR....................................................................5

    4 - TORNO MECNICO HORIZONTAL...................................................7

    4.1 NOMENCLATURA..................................................................7

    4.2 - CARACTERISTICAS................................................................8

    4.3 - PARTES E ACESSRIOS DO TORNO...................................9

    5 - VELOCIDADE DE CORTE PARA TORNO .......................................................35

    6 - TORNO AUTOMTICO.............................................................................37

    7 BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................46

  • 1 - TORNO

    1.1 - INTRODUO

    Ele se baseia em um princpio de fabricao dos mais antigos que existe, usado

    pelo homem desde a idade e da mais remota antiguidade, quando servia para a

    fabricao de vasilhas de cermicas. Esse princpio serve-se da rotao da pea sobre

    seu prprio eixo para a fabricao de superfcie cilndricas ou cnicas.

    Apesar de muito antigo, pode-se dizer que ele s foi efetivamente usado para o

    trabalho de metais no comeo deste sculo. A partir de ento, tornou-se um dos

    processos mais completos de fabricao mecnica uma vez que permiti conseguir a

    maioria dos perfis cilndricos e cnicos necessria aos produtos da indstria mecnica.

    2 TORNEAMENTO O processo que se baseia no movimento da pea em torno do seu prprio eixo

    chama-se torneamento. O torneamento uma operao de usinagem que permite

    trabalhar peas cilndricas movida por um movimento uniforme de rotao em torno de

    um eixo fixo.

    O torneamento, como todos os demais trabalhos executados com mquinas-

    ferramenta, acontece mediante a retirada progressiva do cavaco da pea ser trabalhada.

    O cavaco cortado por uma ferramenta de um s gume cortante, que deve ter uma

    dureza superior do material a ser cortado.

    No torneamento, a ferramenta penetra na pea, cujo movimento rotativo

    uniforme ao redor do eixo A permite o corte continuo e regular do material. A fora

    necessria para retirar o cavaco feita sobre a pea, enquanto a ferramenta, firmemente

    presa ao porta-ferramenta contrabalana a reao desta fora.

    Para executar o torneamento, so necessrios trs movimentos relativos entre a

    pea e a ferramenta. Elas so:

    1 - Movimento de corte: o movimento principal que permite cortar o

    material. O movimento rotativo e realizado pela pea.

    2 - Movimento de avano: o movimento que desloca a ferramenta ao longo

    da superfcie da pea.

    3 - Movimento de penetrao: o movimento que determina profundidade de

    corte ao empurrar a ferramenta em direo ao interior da pea e assim regular a

    profundidade e espessura do cavaco.

    Variando os movimentos, a posio e o formato da ferramenta, possvel

    realizar uma grande variedade de operaes:

  • A ) Tornear superfcies cilndricas externas e internas.

    B ) Tornear superfcies cnicas externas e internas.

    C ) Roscar superfcies externas e internas.

    D ) Perfilar superfcies.

    Alm dessas operaes, tambm possvel furar, alargar, recartilhar, roscar com

    machos ou cossinetes, mediante o uso de acessrios para a mquina-ferramenta.

  • A figura abaixo ilustra o perfil de algumas ferramentas usadas no torneamento e

    suas respectivas aplicaes.

    3 - MQUINA DE TORNEAR

    A mquina que faz o torneamento chamada de torno. uma mquina-

    ferramenta muito verstil porque, alm das operaes de torneamento, pode executar

    operaes que normalmente so feitas por outras mquinas como a furadeira, a

    fresadora e a retificadora, com adaptaes relativamente simples.

    O torno mais simples que existe o torno universal. Estudando seu

    funcionamento possvel entender o funcionamento de todos os outros por mais

    sofisticados que sejam. Esse torno possui eixo e barramentos horizontais e tem a

    capacidade de realizar todas as operaes que j citamos.

    Assim basicamente, todos os tornos respeitando-se suas variaes de

    dispositivos ou dimenses exigidas em cada caso, so compostos das seguintes partes:

    1) Corpo da mquina: Barramento, cabeote fixo e mvel, caixas de mudanas de

    velocidade;

    2) Sistema de transmisso de movimento do eixo: motor, polia, engrenagens, redutores;

    3) Sistema de deslocamento da ferramenta e de movimentao da pea em diferentes

    velocidades: engrenagens, caixa de cmbio, inversores de marcha, fusos, vara, etc;

    4) Sistema de fixao da ferramenta: torre, carro porta-ferramenta, carro transversal,

    carro principal ou longitudinal e da pea: placas, cabeote mvel;

    5) Comandos dos movimentos e das velocidades: manivelas e alavancas.

  • Essas partes componentes so comuns em todos os tornos o que diferencia um

    dos outros a capacidade de produo, se automtico ou no, o tipo de comando:

    manual, hidrulico, eletrnico, por computador etc.

    Nesse grupo se enquadra os torno revlver, copiadores, automticos, por

    comando numrico ou o comando numrico computadorizado.

    Antes de iniciar qualquer trabalho de torneamento, deve-se proceder a

    lubrificao das guias, barramentos e demais partes da mquina conforme as orientaes

    do fabricante. Com isso, a vida til da mquina prolongada, pois necessitar apenas de

    manutenes preventivas e no corretivas.

  • 4 - TORNO MECNICO HORIZONTAL

    4.1 - NOMENCLATURA

    a mquina-ferramenta usada para trabalhos de torneamento, principalmente de

    metais que, atravs da realizao de operaes, permite dar s peas as formas

    desejadas.

    As figuras a seguir apresentam um torno mecnico horizontal do tipo comum

    com motor eltrico e transmissor colocado externamente.

    Torno mecnico horizontal. Vista frontal

    A - Barramento 14 - Volante

    B - Cabeote fixo 15 - Manivela de carro superior

    C - Carro 16 - Trava de carro principal

    D - Cabeote mvel 17 - Contraponta

    1 - Ps 18 - Mangoti

    2 - Caixa de acessrios 19 - Manipulo de fixao

    3 - Caixa de cmbio ou Caixa Norton 20 - Volante do cabeote mvel

    4 - Caixa engrenagens da grade 21 - Cremalheira

    5 - Alavanca de velocidade do fuso e da vara 22 - Fuso

    6 - Alavanca de inverso de macha 23 - Bandeja

    7 - Polia em degraus (em V) 24 - Alavanca de engate do fuso

    8 - Eixo principal 25 - Alavanca de engate da vara

    9 - Placa de castanha independentes 26 - Avental

    10 - Mesa do carro principal 27 - Volante do carro principal

    11 - Porta ferramenta 28 - Fundo da caixa

    12 - Carro superior 29 - Vara

    13 - Carro transversal 30 - Cava e calo da cava

  • Torno mecnico horizontal com transmisso externa. Vista lateral

    4.2 - CARACTERSTICAS

    O torno moderno tende a construir-se cada vez mais blindado, com quase todos

    os mecanismos alojados no interior das estruturas do cabeote fixo e do p

    correspondente.

    1 - Torno mecnico horizontal. Vista frontal

    Caractersticas do torno horizontal

    Distancia mxima entre pontas (D, na fig. 1);

    Altura das pontas em relao ao barramento (A, na fig. 1);

    Altura da ponta em relao ao fundo da cava;

    Altura da ponta em relao mesa do carro principal;

    Dimetro do furo do eixo principal;

    Passo do fuso;

    Nmero de avanos automtico do carro;

    Nmero de roscas de passos em milmetros (caixa Norton);

    Nmero de roscas de passos em polegadas (caixa Norton);

    Nmero de roscas mdulo e diametral pitch (caixa Norton);

    Nmero de velocidades do eixo principal;

    Potncia do motor.

  • 4.3 PARTES E ACESSRIOS DO TORNO

    Ponta e cone redutor

    Arrastadores

    Ponta giratria

    Placa arrastadora

    Placa lisa

    Placa de castanhas independentes

    Placa universal

    Luneta fixa e mvel

    Mandril

    Porta ferramentas

    Copiador para peas cnicas

    Indicador de entradas

  • CABEOTE FIXO: a parte do torno, cujo eixo principal recebe a rotao do motor

    eltrico, atravs de um jogo de polias ou engrenagens. No eixo principal esta adaptada

    um jogo de engrenagens ABCD (figura abaixo) a fim de obter as velocidades reduzidas

    para tornear o material.

    Na outra extremidade do eixo principal est disposto o mecanismo de inverso

    (F) (figura abaixo) do movimento de rotao ao jogo de engrenagem da grade, para

    realizar, simultaneamente com a rotao do eixo principal, os diversos avanos do carro

    para a ferramenta cortar o material.

    1 - Engrenagem da grade 9 - Anis

    2 - Mecanismo de inverso da marcha 10 - Mancal

    3 - Porca 11 - Eixo principal

    4 - Bucha de bronze 12 - Rosca de fixao da placa

    5 - Bucha de bronze 13 - Encosto da placa

    6 - Rolamento de encosto

    7 - Polias em degraus

    14 - Mecanismo de reduo de velocidade

    do eixo principal.

    8 - Luva de acoplamento

    Estrutura de ferro fundido, fixado firmemente na extremidade esquerda do

    barramento, com a linha de centro do eixo principal do torno rigorosamente paralela s

    guias do barramento e na mesma altura com o centro do cabeote mvel.

    Nele esto alojados os mecanismos de rotao para tornear o material, o

    mecanismo de inverso dos avanos da grade para movimentar o carro e as tabelas das

    velocidades e avanos apropriados para tornear os materias.

  • EIXO PRINCIPAL DO TORNO: Alm de movimentar o material na rotao adequada

    de encontro a ferramenta, recebe a rotao do motor eltrico pela polia ou engrenagem e

    transmite os movimentos a todos os demais mecanismos do torno. constitudo de ao

    liga, endurecido e retificado, com um furo que permite a passagem de material

    comprido a ser usinado. Na extremidade direita possui rosca com encosto para fixar as

    placas e, no furo, um encaixe cnico padronizado para fixar bucha de reduo, pontas,

    mandris, brocas, alargadores e pinas. Na extremidade esquerda possui rosca para

    permitir a regulagem da folga longitudinal do eixo entre os mancais.

    O eixo principal do torno apoiado em mancais de bronze fosforoso ou

    rolamentos com ajuste de rotao suave, o bastante para que no vibre ao tornear o

    material.

    PRECAUES:

    1. Manter todo mecanismo do cabeote fixo constantemente lubrificado. 2. Os mancais do eixo principal devem ser periodicamente ajustados, permitindo

    um movimento de rotao suave, devendo ser, tambm, permanentemente

    lubrificados.

    3. Quando o cabeote fixo tiver caixa de cambio de engrenagem, as mudanas devem ser feitas com o torno desligado.

    MECANISMO DE REDUO DO EIXO PRINCIPAL: um conjunto de engrenagens e

    polias que permite variar a rotao do eixo principal com objetivo de ajustar a velocidade

    de corte ao material a ser torneado quando esta muito lenta. Existem vrios sistemas de

    mecanismo de reduo no cabeote; o mais empregado o redutor de velocidade por meio

    de luva de acoplamento.

  • 1) Caixa da grade

    2) Mecanismo de inverso de marcha

    3) Porca e contra porca

    4) Bucha de bronze fosforoso

    5) Anis

    6) Rolamento de incosto

    7) Polia em degraus

    8) Luva de acoplamento

    9) Anis

    10) Mancal

    11) Rosca para a fixao da placa

    12) Encostos da placa

    13) Mecanismo de reduo de velocidade da rvore

    A polia P gira livremente no eixo principal do torno e est fixada na roda A e a

    parte esquerda da luva L de acoplamento. A parte direita desta luva se desloca

    longitudinalmente, no eixo principal, o suficiente para que, ao acionar-se uma alavanca

    exterior, ela se una parte esquerda ou dela se afaste.

    As rodas B e C (ligada por uma bucha e deslizantes no seu eixo E) se

    desengrenam das rodas A e D (deslocamento para a esquerda) quando a luva de

    acoplamento se fecha. Neste caso, produz-se marcha direta.

    Na marcha reduzida, o acionamento da alavanca exterior engrena as rodas B e C

    com as rodas A e B.

    Observao: Quando a polia tem quatro degraus, com o mecanismo de reduo obtemos

    quatro marchas diretas no eixo principal e quatro reduzidas (torno dobrado).

    CAIXA NORTON: o mecanismo que permite fazer vrias mudanas rpidas, entre a

    grade e o fuso ou vara, de avanos adequados do carro do torno.

    constituda de uma caixa de ferro fundido cinzenta com um eixo no qual esto

    fixadas diversas rodas dentadas. Pelo manejo da alavanca exterior, estas rodas se

    combinam com uma roda de outro eixo, produzindo mudanas diferentes ao avano do

    carro.

    A figura apresenta uma caixa norton que permite seis rotaes diferentes

    transmitidas individualmente pela alavanca de mudanas ao fuso e vara do carro.

    No eixo A de avanos esto montadas seis rodas dentadas diferentes. No eixo D,

    paralelo ao eixo A e com rasgo de chaveta, est a roda R1 que, devido a chaveta

    deslizante, desloca-se entre as posies de 1 a 6. A cada uma dessas posies

    corresponde um pequeno encaixe no rasgo externo da caixa, por onde passa o punho da

    alavanca de mudana.

  • CUIDADOS

    a) Ao desmontar ou montar as engrenagens da grade ou deslocar as alavancas da caixa

    norton, faz-lo com o torno parado. b) Manter limpas e lubrificadas as rodas dentadas da grade e o mecanismo da caixa

    norton.

    CARRO PRINCIPAL: a parte do torno que desloca sobre o barramento, manual

    (atravs do volante) ou automaticamente.

  • SELA: Sua estrutura de ferro fundido cinzento, ajustado nas guias prismticas

    externas do barramento do torno; realiza o avano longitudinal, aproximando ou

    afastando a ferramenta para tornear o material e suporta o avental, o carro transversal e

    o carro superior.

    AVENTAL: uma caixa de ferro fundido cinzento, fixa na parte dianteira do carro

    principal.

    CARRO TRANSVERSAL: Na parte superior do carro principal, desliza, por guias

    transversais, o carro. Na parte inferior do carro transversal esta o parafuso de

    movimento que se conjuga a uma porca, determinando o deslocamento transversal do

    mesmo. Este deslocamento se faz manualmente, pelo volante, ou automaticamente,

    atravs do mecanismo do avental, conforme ser explicado adiante. Um anel graduado

    no eixo do volante permite deslocamento micromtrico do carro transversal.

    CARRO SUPERIOR: O carro superior a parte que serve de base porta-ferramentas.

    O deslocamento se faz girando o volante, que move um parafuso conjugado a uma

    porca existente na mesma. Um anel graduado no eixo do volante facilita a execuo

    manual de avano micromtrico da ferramenta de corte. A base do carro superior de

    forma cilndrica, com uma graduao angular, para indicar qualquer inclinao da

    direo de avano da ferramenta em relao ao eixo da pea que esta sendo torneada.

    PORTA-FERRAMENTA: O porta-ferramentas o rgo superior que suporta e prende

    a ferramenta de corte, mediante parafusos de aperto.

    FUNCIONAMENTO GERAL

    O fuso e a vara recebem o movimento de rotao da caixa Norton ou grade do

    torno e transmite esse movimento ao mecanismo do avental para realizar:

    O avano longitudinal para ambos os sentidos ao longo do barramento do carro

    principal;

    O avano transversal automtico para ambos os sentidos;

    O avano manual radial (qualquer ngulo) do carro superior controlado pelo anel

    graduado para tornear cnico; na sua face superior est fixado o porta-ferramenta para

    fixar a ferramenta necessria, de acordo com trabalho a realizar-se.

  • MECANISMO DO AVENTAL:

    As figuras ilustram bem os mecanismos de todo o avental do torno.

    1) Movimento manual do carro: Estando o pinho P1 desligado (alavanca A2), gira-se

    o volante V. A rotao do pinho P2 faz girar R1 e o pinho P3, que, engrenado na

    cremalheira, produz o deslocamento longitudinal do carro.

    2) Avano automtico do carro atravs do fuso (para abertura de roscas): Move-se

    a alavanca A1. Os pinos das metades da porca aberta movem-se nos rasgos no disco D e

    fecham a porca, engrenando-a com o fuso. A rotao do fuso determina o avano

    longitudinal do carro.

    3) Avano automtico do carro atravs da vara: Estando a porca aberta, move-se a

    alavanca A2, para a posio que produz o acoplamento das luvas L1. A rotao da vara

    determina as rotaes de R2, R3, P (parafuso sem-fim), R4 (roda helicoidal), P1, R1 e

    P3. Estando P3 engrenado na cremalheira, o carro se move ao longo do barramento.

    4) Avano automtico do carro transversal: Estando a porca aberta, move-se a

    alavanca A2 para a posio que, desligando as luvas L1, acopla ao mesmo tempo as

    luvas L2. A rotao do fuso no se transmite ao pinho P1, por estar desligado e, assim,

    o carro do torno no se move. Atravs, porem, de R2, R3, P e R4, a rotao se transmite

    a R5 que engrena com o pinho P4, montado no topo do parafuso de deslocamento do

    carro transversal.

  • CUIDADO:

    a) As guias dos avanos e seus parafusos de comando dos carros devem ser

    periodicamente limpos e constantemente lubrificados.

    b) Ao tornear ferro fundido cinzento, proteja adequadamente os mecanismos dos carros

    e do barramento do torno.

    Cabeote mvel: a parte do torno deslocvel sobre o barramento e oposta ao cabeote

    fixo. A contra-ponta esta situada na mesma altura da ponta do eixo principal e ambas

    determinam o eixo de rotao da superfcie torneada.

    Cumprem as seguintes funes:

    - Servir de suporte contraponta, destinada a apoiar um dos extremos da pea a ser

    torneada;

    - Servir para fixar o mandril de haste cnica, para furar com broca no torno;

    - Servir de suporte direto de ferramenta de corte, de haste cnica, como sejam brocas,

    alargadores e machos;

    - Deslocar lateralmente a contraponta para tornear peas de pequena conicidade.

    CONSTITUIO

  • 1 Base;

    2 Corpo;

    3 Contraponta;

    4 - Trava do mangote;

    5 Mangote;

    6 - Parafuso e deslocamento mangote;

    7 Volante;

    8 Manipulo;

    9 Porca;

    10 - Parafuso de fixao;

    11 - Guia do barramento do torno;

    12 - Guia de deslocamento lateral do cabeote;

    13 - Parafuso de deslocamento lateral do cabeote;

    14 - Barramento do torno;

    15 - Buchas de aperto do mangote;

    16 - Placas de fixao.

    O cabeote mvel pode ser fixado ao longo do barramento, seja por meio dos

    parafusos, porcas e placas ou por meio de uma alavanca com excntrico.

    A base feita de ferro fundido cinzento, apoia-se no barramento e serve de

    apoio ao corpo.

    O corpo tambm de ferro fundido cinzento, onde se encontra todo o mecanismo

    do cabeote mvel, pode ser deslocado lateralmente a fim de permitir o alinhamento ou

    desalinhamemto da contra-ponta.

    O mangote constitudo de ao, desloca se longitudinalmente por meio do parafuso e do volante (figura 40), o elemento nele adaptado: ferramentas e pontas de

    centro.

    A trava do mangote serve para fixar o mangote, para que esta no se

    movimente durante o trabalho.

  • CUIDADO:

    a) Conservar as guias da base e do mecanismo do cabeote mvel limpos e lubrificados.

    b) Ao alojar o mangote aproxim-lo de modo que no se choque com o parafuso,

    evitando assim danificar as roscas.

    LUNETAS: As lunetas so acessrios que tm a finalidade de apoiar peas compridas a

    fim de evitar curvatura ou flexo, sob a ao do esforo da ferramenta de corte.

    Existem dois tipos de lunetas: Fixa e Mvel.

    A luneta fixa montada no barramento do torno e na mesa da retificadora, de

    acordo com o comprimento da pea; a luneta mvel usada somente no torno e fixada

    no carro e desloca-se ao longo da pea at medida que a ferramenta avana.

    LUNETA FIXA

    Na usinagem de peas muito flexveis, sobre tudo quando a flexo se da at pelo

    prprio peso da pea, aconselhvel o uso de luneta fixa.

    Por meio de um parafuso com porca de uma sapata, a luneta fixada

    transversalmente na mesa ou barramento. Pelo exame da figura acima se compreende

    como a luneta serve de apoio e de guia pea a usinar. Deve haver centragem rigorosa;

    os trs contactos (ou castanhas), de bronze ou de ferro fundido, podem deslizar em

    ranhuras e ter suas posies regulares por meio de parafuso.

    Para centrar com correo as castanhas, necessrio tornear antes uma parte da

    pea, onde tero elas seus pontos de contato. As extremidades das castanhas devem

    tocar levemente a pea e no apert-la, a pea tem que girar suavemente, mas sem folga,

    entre as castanhas.

    LUNETA MVEL

    Para possibilitar o movimento desta luneta ao longo da pea, sua fixao se da

    ao longo do torno, como mostra a figura. Em geral essa luneta possui apenas duas

    castanhas, a superior e a lateral, que fica sempre do lado oposto da ferramenta. O gume

    da ferramenta passa a constituir, por assim dizer, a terceira castanha de contato.

    A ponta da ferramenta ataca sempre a pea bem como da zona de contato das

    castanhas, estando adiante delas no mximo 5 mm. medida que progride o corte ao

    longo da pea, as castanhas, em contato suave com a parte j cilindrada, vo oferecendo

    a resistncia necessria ferramenta, para que a pea no se flexione.

  • Obs: Os contatos devem ser mantidos lubrificados com graxa constantemente.

    PLACA UNIVERSAL DE TRS CASTANHAS: o acessrio do torno, Fresadora e

    Retificadora, no qual se fixa o material, por aperto simultneo das castanhas, que

    permite uma centragem imediata de materiais, cuja seco seja circular ou poligonal

    regular comum com nmero de lados mltiplos do nmero de castanhas.

    No interior da placa esta encaixada um disco, em cuja parte anterior existe uma

    ranhura de seco quadrada, formando uma rosca espiral. Nesta se adaptam os dentes

    das bases das castanhas. Na parte posterior do disco h uma coroa cnica, na qual se

    engrenam trs pinhes, cujo giro dado por uma chave.

    O giro da chave determina a rotao do pinho que, engrenado na coroa, produz

    giro do prato.

    Como a ranhura da parte anterior do prato em espiral e os dentes das castanhas

    esto encaixados nela, esta faz com que as castanhas sejam conduzidas para o centro da

    placa, simultnea e gradualmente quando se gira no sentido dos ponteiros do relgio.

    Para desapertar, gira-se em sentido contrario. As castanhas so numeradas

    segundo a ordem, 1, 2 e 3; cada castanha deve ser encaixada unicamente na sua ranhura

    respectiva.

  • Para isso, necessrio girar o pinho at aparecer o inicio da rosca espiral no

    alojamento 1.

    Introduza a castanha no alojamento n 1, procede-se de igual modo para alojar as

    castanhas n 2 e 3.

    CUIDADO:

    a) Ao montar a placa, limpar e lubrificar as roscas do eixo principal e do flange.

    b) Usar unicamente a chave para prender o material; os braos Ada chave j

    esto calculados para o aperto suficiente.

    c) Peas fundidas em bruto, barras irregulares ou cnicas no devem ser

    ajustadas na placa universal; nesta somente devem ser presas peas bem uniformes, a

    fim de que a placa no se danifique.

    d) As peas de grandes dimetros devem ser presas com castanha invertidas, de

    modo que estas fiquem o mais dentro possvel da placa, para permitir um maior contato

    dos dentes com a rosca espiral.

    e) A parte saliente da pea dever ser igual ou menor o triplo do dimetro (A 3d).

    f) O barramento ou mesa deve ser protegido com calo de madeira, ao montar e

    desmontar a placa.

    g) Ao trocar as castanhas, deve-se limpar o alojamento, a rosca espiral da placa,

    as guias e os dentes de cada castanha.

    h) Quando houver alguma anormalidade no funcionamento da placa, deve-se

    desmont-la e limpar as peas de seu mecanismo.

    i) Os pinhes e a coroa da placa devem ser lubrificados com graxa, aps

    qualquer desmontagem.

    PLACA DE CASTANHAS INDEPENDENTES: Serve para possibilitar a fixao de

    peas com formato circular, prismtico ou irregular, por meio de aperto individual de

    suas castanhas.

    Constituio e Funcionamento

    a) Corpo: de ferro fundido cinzento, em forma circular, com rosca para fixar na

    extremidade do eixo principal e na outra face tem canaletas que se cruzam a 90 para

    orientar o deslocamento das quatro castanhas. Possui, tambm, rasgos radiais para a

    fixao de peas com parafusos. Algumas placas possuem, na face, circunferncias

    concntricas para facilitar a centragem aproximada das peas cilndricas.

  • b) Castanhas: feitas de ao temperado ou cementado e sua base tem dentes com o perfil

    igual ao da rosca do parafuso, possibilitando assim o seu deslocamento. Na outra face,

    possui degraus para a fixao de peas. Pode-se inverter a posio das castanhas para

    possibilitar a fixao de peas de dimenses maiores; em ambos os casos a ao de fixar

    as castanhas pode ser em direo ao centro ou em direo periferia da placa.

    c) Quatro parafusos: de ao cementado e com um orifcio (ou haste) quadrado na sua

    extremidade, para embutir a chave de aperto.

    d) Chave de aperto constituda de ao, com a ponta (ou encaixe) quadrada, endurecida, e que serve para movimentar individualmente os parafusos que movem as

    castanhas.

    CUIDADO:

    a) Ao montar a placa, limpe e lubrifique as roscas do eixo principal do torno e do corpo

    da placa.

    b) Proteja o barramento com calo de madeira, ao montar ou desmontar a placa no eixo

    principal do torno.

    PLACA ARRASTADORA E ARRASTADOR: So acessrios do torno que servem

    para transmitir o movimento de rotao do eixo principal em peas a serem usinadas

    entre pontas.

  • Sua construo tem forma de disco, de ferro fundido cinzento, com uma rosca

    interior para sua fixao no eixo principal do torno. O arrastador feito de ao fixado

    na placa a ser usinada.

    Tipos:

    Placa com ranhuras, para ser usado arrastador com haste curva.

    Placa de pino, para ser usado arrastador de haste reta.

    Placa de segurana, que permite alojar o arrastador para proteger o operador.

    Arrastador de dois parafusos, indicados para realizar passes profundos.

    Arrastador conjugado, utilizado para fixao de peas de grandes dimetros.

  • CUIDADO:

    a) Proteger o barramento na montagem e desmontagem da placa arrastadora.

    b) Escolher um arrastador em cujo orifcio da pea tenha pequena folga; evitar o

    emprego de um arrastador que tenha dimetro interno muito maior que o da pea a

    tornear.

    c) Fixar firmemente o parafuso do arrastador na superfcie da pea; o aperto deve ser tal

    que impea o deslizamento do arrastador, quando se d a presso do corte da

    ferramenta.

    d) Ao colocar a pea entre pontas com o arrastador nela adaptado, deve-se por o pino da

    placa em contato com a haste do arrastador.

    e) Para colocar entre pontas uma pea que j tenha superfcie usinada no local de

    adaptao do arrastador, deve-se proteger essa parte usinada, com uma chapa de cobre

    ou de outro material macio.

    PLACA LISA: Possibilita a fixao de peas de formatos especiais que no possam ser

    torneadas com o emprego das placas com castanhos, mas sim por meio de cantoneiras,

    chapas ranhuras, grampos, calos e parafuso.

    O corpo da placa lisa feita de ferro fundido cinzento, com forma de disco, cujo

    o raio mximo menor que a distncia entre o eixo principal e o barramento. fixada

    no eixo principal do trono que possui, na face oposta, uma superfcie plana com

    diversas ranhuras radiais que permitem deslocar os parafusos de fixao.

    PONTA E CONTRAPONTA DO TORNO: A ponta e contraponta so utilizados para

    apoiar as extremidades do material a ser torneado externamente e manter a linha de

    referencia dos centros das peas a ser usinadas em cadeia com outra maquina.

    A ponta tem a forma de cones duplos de ao temperado e retificado, ajustado na

    bucha de reduo e no cone do eixo principal. A contraponta mantm-se no mangote do

    cabeote mvel, para o torneamento entre pontas ou entre placa e ponta.

    A haste tem cone Morse padronizado e, a ponta, um ngulo de 60, que corresponde ao ngulo de escarear da broca de centrar.

  • Tipos:

    Contraponta rebaixado

    Este tipo de contraponta serve para facilitar o completo faceamento do toco das

    peas montadas entre pontas. Somente nos casos de faceamento, aconselha-se o uso da

    contraponta rebaixada.

    um acessrio cuja a ponta, por suas medidas reduzidas quebra facilmente em

    trabalhos mais pesados.

    Ponta rotativa

    Neste tipo de ponta, adaptado no mangote do cabeote mvel, ele gira com a

    pea.

    montada dentro de uma bainha, cuja a parte superior um cone Morse, para se adaptar no furo do mangote. Entre a bainha e a haste da ponta rotativa se estala trs

    rolamentos, um dos quais de imposto. Assim, a ponta gira suavemente suportando

    esforos radiais e axiais ou longitudinais utilizada para desbastes profundos em peas

    seriadas.

    Influncia do calor de atrito-dilatao da pea

    A pea bem montada entre a ponta e contraponta deve girar sem folga, mas

    tambm sem estar pressionada ao ser desbastada, porm, a pea se aquece, quer pelo

    atrito da ponta da ferramenta, quer, no centro, pelo atrito com a contraponta. O calor

    produz a dilatao da pea.

    Estando ela sem folga, resulta presso sobre as pontas, capaz de provocar

    deformao da pea e danificar a contraponta do torno.

  • FERRAMENTAS DE CORTE DO TORNO: So ferramentas de ao rpido ou de

    carboneto metlico empregados nas operaes de torneamento, para cortar o

    desprendimento do cavaco.

    Estas ferramentas se constituem de um corpo de ao rpido com uma das

    extremidades afiadas convenientemente ou de um corpo de ao ao carbono preparado

    para receber o elemento a ser afiado.

    Perfis e aplicaes:

    As ferramentas para o torno so preparadas de acordo com o tipo de material e a

    operao a realizar; as mais usadas so as seguintes:

    Desbastar,

    Facear,

    Tornear interna,

    Roscar,

    de forma,

    Sagrar e cortar.

    Ferramenta de desbastar: utilizada para remover cavaco mais grosso possvel (cavaco

    de maior seco), tendose em conta a resistncia da ferramenta e a potencia da mquina.

    Ferramenta reta de desbastar direita.

  • Ferramenta reta de desbastar esquerda.

    Ferramenta curva de desbastar direita.

    Ferramenta curva de desbastar esquerda.

    Ferramenta de carboneto metlico para desbastar.

  • Ferramentas de facear: Podem ser usadas tanto para desbaste como para acabamento.

    Ferramenta reta de facear direita.

    Ferramenta reta de facear esquerda.

    Ferramenta curva de facear direita.

    Ferramenta curva de facear esquerda.

    Ferramenta de carboneto para facear do centro para a periferia.

  • Ferramentas para torneamento interno: Com essas ferramentas se torneiam,

    interiormente, tanto superfcies cilndricas como cnicas, faceadas ou perfiladas.

    Ferramenta para cilindrar

    Ferramenta para facear

    Ferramenta para roscar.

    Ferramenta para perfilar.

    Ferramenta para broquear

  • Ferramentas para sangrar e cortar: Com essas ferramentas se torneiam ranhuras, rasgos

    ou se cortam materiais.

    Ferramenta de sangrar (para canais)

    Ferramenta de cortar (sangrar)

    Ferramenta para sangrar.

    Ferramentas para roscar: As ferramentas para roscar so preparadas de acordo com o

    tipo de rosca que se deseja executar a pea. As figuras mostram algumas ferramentas

    mais usadas em roscas triangular, quadrada e trapezoidal.

    Ferramenta para roscar triangular externa.

  • Ferramenta para roscar triangular interna.

    Ferramenta para rosca quadrada.

    Ferramenta para rosca trapezoidal.

  • Ferramenta de forma: No torneamento de peas de perfil variado, conveniente usar

    ferramentas cujas arestas de corte tenham a mesma forma do perfil que se deseja dar a

    pea, como se v na figura.

    Ferramentas de formas.

    Noes Gerais de Fixao do Torno

    As ferramentas de corte podem ser presas diretamente no porta-ferramentas do

    carro superior ou atravs de porta-ferramentas diversos.

    As figuras apresentam os tipos mais comuns de porta-ferramentas de carro superior.

    Para se obter altura desejada da ferramenta usual o emprego de um ou mais

    calos de ao, conforme indicado na figura.

    A ponta da ferramenta deve ficar altura do centro da contraponta. Os ngulos a

    e c devem ser conservados quando se fixam as ferramentas nos diferentes tipos de porta-

    ferramentas.

  • O valor do ngulo formado pela aresta de corte da ferramenta com a superfcie

    de corte da pea varivel, conforme a operao. Na operao de desbastar, por

    exemplo, este ngulo varia de 30 at 90, conforme a rigidez do material; quanto mais

    rgido o material, menor ser o ngulo. Para facear o ngulo varia de 0 a 5.

    Para que uma ferramenta seja fixada rigidamente necessrio que sobressaia o

    menos possvel do porta-ferramentas.

    necessrio ainda observar se a placa de aperto esta nivelada para que haja

    completo contato na sua base inferior e face superior da ferramenta.

    Tipos de Ferramentas de Corte para o Torno:

    Ferramentas de ao carbono;

    Ferramenta de ao rpido;

    Ferramentas de ao especial (no Brasil Bits Steltan);

    Ferramentas de ponta de metal duro;

    Ferramentas de ponta de cermica;

    Ferramenta de ponta de diamante.

    Importncia: Um dos fatores capitais no rendimento e trabalho das maquinas operatrizes

    esta no formato da ponta da ferramenta que deve variar conforme a natureza do trabalho

    e do prprio material a ser usinado.

    Se a ponta da ferramenta no esta de acordo com a tcnica, alem de por em risco

    a ferramenta, no se obtm o rendimento mximo.

    Observando o desenho abaixo, vemos que a parte cortante da ferramenta a

    ponta A, a que vamos dar o nome de ngulo de cunha.

  • Quando o material macio, o ngulo de cunha pode ser menor. A ferramenta

    resiste porque o material mole. O ngulo de sada deve ser grande para dar vazo

    sada do cavaco.

    Quando se trabalha material duro, o ngulo de cunha deve ser grande para que a

    ferramenta possa resistir. Saindo o cavaco, tambm a necessidade de ngulo de sada

    grande.

    Mas o ngulo de cunha cortando o material precisa deixar espao ou sada para o

    desprendimento do material cortado, isto , do cavaco.

    Essa sada do cavaco se faz ento pelo ngulo de sada que o espao deixado

    para esse fim.

    J na parte inferior a pea e a ferramenta, vem uma folga ou um espao

    justamente para evitar que a ferramenta freie ou atrite com a pea em rotao. o

    ngulo de folga.

    Os trs ngulos acima: ngulo de sada, ngulo de cunha, ngulo de folga, juntos

    e somados formam o ngulo reto ou de 90. J a soma do ngulo de ataque e do ngulo

    de folga forma juntos o ngulo de corte.

    Nas figuras seguintes, podemos observar que conforme vamos trabalhando com

    material cada vez mais duro, o corpo da ferramenta, isto , a ponta a que damos o nome

    de ngulo de cunha vai aumentando.

    Orientao para ngulos corretos da ferramenta:

    Alumnio Cobre macio

    Ao muito macio Bronze macio Ligas de Alumnio

  • Ao macio Bronze macio e tenaz

    Metais macios, ngulos de cunha menor.

    Metais duros, ngulo de cunha maior para resistir.

    Aumentando o angulo de cunha, lgico que a ferramenta resiste melhor ao

    material duro, e por isso o mesmo desprende menos cavaco. Desprendendo menos

    cavaco, vemos que o ngulo de sada pode ser menor. Assim, o que o ngulo de cunha

    ganha em grandeza com o material duro, o ngulo de sada do cavaco perde em

    dimenso.

    Ao mdio - Lato macio

    Ao fundido Ao duro Lato e Bronze mdios

    Ferro fundido extraduro Ao-mangans, lato e bronze duro

    Material duro ngulo de cunha grande ngulo de sada pequeno Material macio ngulo de cunha pequeno ngulo de sada grande

    Em linguagem prtica e popular:

    Material duro ferramenta com ponta grossa Material macio ferramenta com ponta fina

    Mas esta orientao geral no basta. Para cada material e cada tipo de trabalho,

    esses ngulos devem variar, para trabalhos dentro desta tcnica precisamos saber

    consultar a tabela.

    Alm dos ngulos mostrados e explicados acima, a ferramenta ainda tem os

    ngulos laterais, que dependem da funo ou operao que se vai fazer. No caso de

    abertura de rosca, so os ngulos laterais que determinam o formato dos filetes das

    mesmas.

  • pc = Profundidade de corte

    a = Avano

    R = ngulo de rendimento

    C = Parte cortante

    Diminuindo o ngulo de rendimento, aumenta a parte cortante da ferramenta

    sobre a pea.

    Aumentando a parte cortante, melhora o esforo de corte e a distribuio do

    calor, obtendo maior durao na ferramenta.

    No caso de peas finas e compridas aconselha-se limitar o ngulo de rendimento

    ao mnimo de 60 para no forar a pea flexo (arqueamento)

    5 - VELOCIDADE DE CORTE PARA TORNO

    Da velocidade adequada depende o rendimento, a produtividade e a durao da

    ferramenta.

    Observe as seguintes regras:

    1 - Material a ser torneado

    Material duro velocidade menor

    Material macio velocidade maior 2 - Material de ferramenta

    Ferramenta de pastilha de carboneto velocidade maior

    Ferramenta de ao rpido velocidade menor 3 - Tipo de operao

    Desbastar velocidade menor

    Acabar velocidade maior 4 - Dimetro da pea

    Pea de dimetro grande menor rotao

    Pea de dimetro pequeno maior rotao

    A informao acima serve como regra geral, mas para um trabalho de acordo com a

    tcnica, preciso consultar uma tabela que indique a velocidade adequada.

    ANIS GRADUADOS DAS MQUINAS-FERRAMENTAS: So elementos de forma

    circular, com divises eqidistantes, que as mquinas-ferramentas possuem. Esto

    alojados nos parafusos que comandam o movimento dos carros, ou das mesas das

    mquinas, e so construdos com graduaes de acordo com os passos destes parafusos.

    Permitem relacionar um determinado nmero de divises do anel, com a penetrao

    (Pn), referida para efetuar o corte ou o deslocamneto (d) da pea em relao

    ferramenta.

  • Calculo do n de divises a avanar no anel graduado

    a) Determina-se, em primeiro lugar, a penetrao (Pn) que a ferramenta deve fazer no

    material, como segue:

    Penetrao radial da ferramenta

    Pn = D d 2

    b) Determina-se, a seguir, o avano por diviso do anel graduado, do seguinte modo:

    Avano por diviso do anel (A) = passo do parafuso (P)

    N de divises do anel (N)

    c) Por ltimo, determina-se o n de divises a avanar (X) no anel graduado, como

    segue:

    N de divises a avanar (X) = Penetrao (Pn)

    Avano por diviso (A)

    OBS: em todos os casos supe-se que o parafuso de comando o de uma s entrada.

    COLAR MICROMTRICO: Controla movimentos do suporte transversal e da esfera

    no torno.

    Para de achar a aproximao que o colar micromtrico da em cada diviso,

    dividimos o passo do fuso do torno pelo numero de divises que o colar micromtrico

    tem.

    Assim: Aproximao do colar micromtrico = Passo do fuso do torno N de divises do colar micromtrico

  • 6 - TORNO AUTOMTICO

    Torno automtico uma mquina-ferramenta que possibilita a fabricao de

    peas cilndricas, automaticamente, de maneira seriada e contnua, ou seja, desde a

    entrada da matria prima em bruto at a elaborao do produto final sem interferncia

    humana no processo produtivo.

    Desde a construo dos primeiros tornos automticos acionados atravs de cames no

    fim do sculo 19 at os modernos centros de torneamento a comando numrico,

    diversos conceitos e tamanhos deste tipo de mquina-ferramenta so utilizados pelas

    indstrias no mundo inteiro. Os tornos automticos so desenvolvidos em funo das

    caractersticas das peas a serem produzidas, como tamanho, geometria, tolerncias,

    acabamento superficial, material, alem dos tamanhos dos lotes a serem fabricados. Os

    principais tipos de tornos automticos se classificam de acordo com as seguintes

    caractersticas:

    Nmero de fusos: monofuso, bifuso e multifuso (existem at 8 fusos)

    Tipo de cabeote do fuso: fixo e mvel

    Posio do fuso principal: horizontal e vertical

    Tipo de acionamento: cames, pneumtico, hidrulico e comando numrico

    computadorizado (CNC)

    Forma de alimentao do material em bruto: a partir de barras, arames e

    peas pr-formadas como forjadas, fundidas e outras

    Tipo de fixao: pina, placa, arrastador frontal e outros dispositivos especiais

    HISTRIA DOS TORNOS AUTOMTICOS

    1890 - Os primeiros tornos automticos

    As primeiras peas produzidas de forma seriada eram feitas em tornos

    mecnicos paralelos, manuais com a necessidade de se realizar operaes posteriores,

    como furaes, rosqueamentos e outras em outras mquinas operatrizes. O primeiro

    torno automtico foi inventado no final do sculo 19. Ele era horizontal e o acionamento

    das ferramentas de formar, furar e cortar feito atravs de cames fixados num eixo de

    comando.

  • 1920 - Carros mltiplos e torre revlver

    Os primeiros tornos automticos dotados de dois at quatro carros transversais

    para as operaes de formar e cortar e uma torre revlver porta-ferramentas para as

    operaes de furar foram desenvolvidos por volta de 1920 nos Estados Unidos da

    Amrica e, logo em seguida, na Alemanha dentro do mesmo conceito. Estas mquinas

    eram produzidas em srie em configurao nica, porm a preos extremamente

    elevados quando aplicados na produo seriada de peas simples. A construo da

    mquina era cara, onde a torre revlver porta-ferramentas de seis estaes se

    movimentava sobre guias planas, como se v na figura abaixo. O objetivo j era o de

    realizar operaes simultneas e de conseguir curtos ciclos de trabalho.

    1935 - O lendrio torno automtico A 25

    Inventado em 1935 pelo cidado alemo Hermann Traub, hoje so mais de

    70.000 mquinas operando no mundo. o modelo de torno automtico mais fabricado

    no mundo. E continuam sendo produzidos pela firma Ergomat em So Paulo. Como os

    primeiros tornos automticos de carros mltiplos eram muito caros para a usinagem de

    peas relativamente simples, o Sr. Traub desenvolveu dois novos conceitos: as guias

    cilindricas e o sistema modular, que a partir de ento revolucionou a construo dos

    tornos automticos. As guias cilndricas servem para suportar o conjunto de carros

    transversais horizontais, alem de receber a contra-ponta de furar outros dispositivos

    adicionais para operaes axiais com a torre revlver estrela. O sistema modular

    permite aplicar-se dispositivos adicionais, opcionalmente, dependendo da pea a ser

    produzida, partindo de uma configurao bsica. As figuras abaixo mostram um dos

    primeiro tornos produzidos no incio do sculo passado e a verso atual.

  • 1975 - Tornos universais CNC

    A partir de meados dos anos 70 do sculo passado, os tornos universais CNC

    comearam a ser aplicados como tornos automticos. Inicialmente, como torno para

    usinagens de peas a partir de barras e anos mais tarde para produo de peas pr-

    formadas pela utilizao de manipuladores de prtico e robs articulados. O torno

    universal CNC clssico de dois eixos composto por um fuso principal, uma torre

    porta-ferramentas com diversas estaes e uma contra-ponta. Este tipo de torno

    automtico tem a sua aplicao recomendada para a produo de pequenas e mdias

    sries de peas em geral e no muito complexas.

    1985 - Tornos automticos CNC de cabeote mvel

    Os tornos CNC de cabeote mvel comearam a ser desenvolvidos em meados

    da dcada de 80 do sculo passado. Estas mquinas so, hoje, verdadeiros centros de

    torneamento que possibilitam a usinagem de peas precisas de alta complexidade por

    completo. Diversos eixos lineares e circulares controlados pelo CNC, contra-fuso e

    ferramentas acionadas garantem elevada versatilidade da mquina. Elas so tambm

    conhecidas como tornos tipo suio, podendo chegar at 11 eixos controlados pelo CNC.

    Os tornos CNC de cabeote mvel esto desenvolvidos para usinar peas a partir

    de barras at 32 mm de dimetro. Estas mquinas so aplicadas na produo de peas

    seriadas de preciso para as indstrias automotiva, aparelhos de medio de alta

    preciso, segmento mdico como, componentes para equipamentos hospitalares,

    parafusos ortopdicos e implantes dentrios, ou seja, a microusinagem em geral. A

    figura apresenta a rea de trabalho e a mquina completa de um torno automtico CNC de cabeote mvel Star.

  • 1995 - Tornos automticos CNC de carros mltiplos

    Os tornos automticos CNC de carros mltiplos foram desenvolvidos a partir de

    meados da dcada de 90 do sculo passado com o objetivo de dar maior flexibilidade

    aos trabalhos das tornearias automticas, alm proporcionar todas as vantagens

    oferecidas pela tecnologia do comando numrico. O conceito de funcionamento deste

    tipo de mquina o mesmo dos tornos automticos acionados atravs de cames, porm

    o tempo de preparao significativamente mais rpido. Em vez de cames, cada carro

    porta-ferramenta e a torre revlver-estrela so acionados atravs de um conjunto de

    servo-motores e eixos de esferas recirculantes controlados pelo comando numrico.

    Nestas condies, possvel programar cada eixo linear de forma independente,

    podendo trabalhar diversos deles de forma simultnea, objetivando rpidos ciclos de

    trabalho. Alm da rpida preparao da mquina, outras vantagens como rpida

    alterao de programas para alterar dimenses e parmetros de corte, correes de

    medidas por desgaste da ferramenta de corte, indicao de alarmes de falhas e outras

    mais so possveis. Estas mquinas so indicadas para a produo seriada de peas

    tpicas de tornearia automtica, onde h possibilidade de simultaneidade de operaes e

    necessidade de flexibilidade no trabalho, ou seja a fabricao de mdias sries em geral.

    A figura apresenta a rea de trabalho e a mquina completa de um torno

    automtico CNC de carros mltiplos Ergomat.

  • 2000 - Centros de torneamento de carros mltiplos

    Estas mquinas foram desenvolvidas para a usinagem flexvel na produo

    seriada de peas de grande complexidade e elevada preciso, Elas se caracterizam por

    contar com mais de uma torre porta-ferramentas, controle de posicionamento,

    velocidades de avano e paradas do fuso principal, o chamado Eixo C, ferramentas

    acionadas e estao para usinagens posteriores. As peas so usinadas por completo,

    eliminando-se operaes posteriores. A figura apresenta a rea de trabalho e a mquina

    completa de um centro de torneamento de duas torres Ergomat.

  • Torno vertical CNC

    Os tornos automticos verticais CNC esto sendo muito utilizados na fabricao

    de grandes sries de peas do tipo flange com carga e descarga automtica das peas

    pr- formadas integrada na mquina, atravs de sistema tipo carrossel. Eles so muito

    aplicados hoje em dia pelas indstrias automotivas e de autopeas. Este conceito de

    mquina veio substituir de forma elegante e econmica o uso dos tornos horizontais

    CNC clssicos dotados de manipuladores de prtico ou robs articulados.

    Outra aplicao dos tornos verticais CNC a da usinagem de peas de grande

    porte cujas dimenses e pesos ultrapassam a capacidade de fixao em um torno

    horizontal. Em geral, so peas tipo flange acima de 400 mm de dimetro. Neste caso, o

    sistema ideal para carga e descarga das peas o rob articulado.

    Vantagens da tecnologia CNC

    Apesar do investimento inicial de uma mquina-ferramenta CNC ser maior que

    o de uma mquina convencional mecnica, aquela tem uma srie de vantagens que,

    dependendo das peas a serem usinadas, ter uma relao "custoxbenefcio" melhor que

    a do equipamento mecnico. E isto acontece na aplicao dos tornos automticos.

    As principais vantagens da tecnologia CNC so as seguintes:

    Rpida preparao da mquina, principalmente quando o programa CNC j

    estiver otimizado e o ferramental de corte disponvel e os meios de fixao

    disponveis.

    Alta flexibilidade no trabalho. Em funo da rpida preparao da mquina, torna-

    se econmica a produo, tambm, de pequenas e mdias sries. Mquinas CNC so

    fundamentais quando se opera em trabalhos just in time.

    Fcil e rpida alterao do programa CNC. Alteraes de dimenses da pea de

    trabalho e parmetros de corte, como avanos e velocidades de corte, so realizadas

    rapidamente mesmo durante a produo.

    Correo de medidas durante o processo. As correes de medidas, devido ao

    desgaste das ferramentas de corte, so feitas rapidamente pela introduo dos

    incrementos, deixando as peas dentro das suas tolerncias.

    Trabalho com parmetros de corte otimizados. Como os avanos dos carros

    porta-ferramentas e a rotaes do fuso principal e das ferramentas acionadas so

    programveis de forma contnua e sem escalonamentos, possvel de se trabalhar nas

    suas condies ideais em funo do material que est sendo usinado, das tolerncias

    e do grau de acabamento superficial.

    Altas rotaes do fuso principal. Esta condio faz com que se atinja tempos de

    ciclo mais rpidos e acabamentos superficiais ideais, alem de permitir a usinagem de

    aos endurecidos.

    Altas velocidades de avano rpido. Esta caracterstica fundamental para se

    diminuir os tempos mortos nas aproximaes e retrocessos das ferramentas de corte.

    Aplicao de ferramentas de corte de alto rendimento, como metal duro,

    cermica, CBN e outras de ltima gerao.

    Conforto operacional, tanto na preparao da mquina, como na sua manuteno.

    Menor necessidade de manuteno mecnica. Como os acionamentos so feitos

    atravs de spindle-motors e servo-motores de alto rendimento, fica dispensado o uso

    de caixas de cmbio, trens de engrenagens, embreagens e outros elementos

    mecnicos de mquinas.

  • Modernos tornos automticos universais CNC

    A rpida evoluo das mquinas-ferramenta CNC, que provocou uma relevante

    revoluo na manufatura de peas em geral, se deveu em funo do desenvolvimento de

    novos componentes mecnicos, da eletrnica e das ferramentas de corte de alto

    rendimento. Assim, hoje, os modernos tornos automticos CNC clssicos de dois eixos

    so desenvolvidos, tendo-se em vista os seguintes objetivos:

    Rigidez

    Preciso

    Altas velocidades de avano e das rotaes do fuso principal, visando

    diminuio dos tempos principais de usinagem

    Altas velocidades de avano rpido dos carros porta-ferramentas e rpidas trocas

    das estaes de ferramentas com o objetivo de se reduzir, ao mximo, os tempos

    secundrios, ou seja, aqueles onde no ocorre arranque de cavacos

    Fcil programao, tanto diretamente na mquina, como assistida por

    computador

    Rpidas alteraes de programas

    Projeto voltado para o conforto operacional e para facilitar os trabalhos de

    manuteno

    Projeto voltado para atender s exigncias de proteo do meio ambiente

    Preo que proporcione uma relao "custo x benefcio" tima para a aplicao

    proposta.

    Na parte mecnica dos tornos universais CNC foram desenvolvidos novos

    conceitos construtivos em relao aos puramente mecnicos e criados novos

    componentes, tornando-os mais robustos, mais produtivos e mais precisos. As principais

    caractersticas construtivas dos modernos tornos universais CNC so as seguintes:

    Barramento inclinado para uma melhor distribuio das foras de corte e uma

    tima evacuao dos cavacos.

    Carro cruzado que desliza sobre guias lineares de alta preciso, permitindo

    atingir elevadas velocidades de avano rpido

    rvore principal de trabalho que gira assentada sobre rolamentos de alta preciso

    com lubrificao permanente, possibilitando atingir altas rotaes

    Torre porta-ferramentas com lgica direcional e curtos tempos de indexao

    Aplicao de ferramentas acionadas

    Contra-ponta deslocavel, que permite usinagens externas guiadas e,

    posteriormente, as usinagens internas no mesmo ciclo

    Uso de lunetas para a usinagem de eixos delgados

    Interfaces para a aplicao de alimentadores e magazines automticos de barras,

    manipuladores de prtico e robs articulados, tornando o torno universal CNC

    uma mquina automtico.

    Possibilidade de aplicao de alta presso para o lquido refrigerante

    Aplicao de transportador de cavacos para eliminar estes para fora da mquina

    Carenagem que encapsula a mquina por completo, garantindo proteo de

    trabalho, uma vez que o torno opera com altas rotaes da rvore principal e

    elevados esforos de corte

  • A figura apresenta o conjunto construtivo de um Torno Automtico Universal CNC

    Ergomat TND 250

    As figuras abaixo mostram o Torno TND 250 completo com sua carenagem e detalhe

    do tambor porta-ferramentas fixas e acionadas

    Na parte eletroeletrnica, houve, da mesma forma que na mecnica, relevantes

    progressos, sendo citados alguns como segue:

    Comandos numricos de 32 bits com tecnologia digital.

    Utilizao de spindle motors para o acionamento do fuso principal, que

    possibilitam a livre programao das rotaes com variao contnua

    Uso de servo-motores de corrente alternada para o acionamento dos eixos

    lineares e circulares

    Sistemas de medio automtica das coordenadas das ferramentas de corte,

    dispensando os mtodos de medio destas fora da mquina

    Sistemas de medio de peas em processo com correo automtica de medidas

    Sistemas de simulao grfica da pea em processo

    Interfaceamento para o uso de alimentadores hidrulicos de barras, magazines

    automticos de barras, manipuladores automticos de prtico para peas pr-

    formadas e robs articulados

  • Sistemas de programao desenvolvidos, tanto para a programao ao lado da

    mquina, como com o auxlio de computadores, sendo os dados enviados atravs

    de cabos (DNC).

    Conexo do comando numrico em rede.

    As figuras abaixo apresentam diversos exemplos aplicativos de tornos

    automticos universais CNC

    Furaes axial e tranversal utilizando ferramentas acionadas e eixo C

    Usinagem de eixos com contra-ponta e luneta

    Usinagens de materiais endurecidos

  • 7 BIBLIOGRAFIA Apostila do Curso Tcnico em Mecnica - CEDEC

    http://avferrari.blog.uol.com.br/

    http://www.smwautoblok.com/

    http://www.exportpages.pt/companyproducts/10153483192133710440/0.htm

    http://www.citrinus.com/produtos

    http://www.tornoautomatico.com.br