torno caseiro

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MINI-TORNO MECÂNICO Ivan Gouveia Meios eletrônicos, computacionais e mecânicos conjugados para a realização de máquinas de baixo custo que visam facilitar o dia-a-dia no trabalho e no lazer. Ivan Gouveia

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Page 1: Torno Caseiro

MINI-TORNO MECÂNICO

Ivan Gouveia

Meios eletrônicos, computacionais e mecânicos conjugados para a realização de máquinas de baixo custo que visam facilitar o dia-a-dia no trabalho e no lazer.

Ivan Gouveia

Page 2: Torno Caseiro

Mini-torno ainda em construção

Page 3: Torno Caseiro

RESUMO

Facilitar as tarefas do dia-a-dia tem sido uma lida constante, seja daqueles que executam a tarefa, seja daqueles que lucram vendendo ferramentas que tragam mais eficiência e qualidade ao trabalho. O mini-torno é uma dessas

ferramentas. Seu uso é fundamental na oficina dos “hobbyistas” e daqueles que trabalham com peças muito pequenas. O preço de uma máquina dessas pode não ser tão encorajador. Construí-lo em casa, com meios escassos, é um desafio

sério, mas os resultados e o que se aprende podem compensar.

PALAVRAS-CHAVE: Torno mecânico, Mini-torno mecânico, CNC, Automação, Motor de passo.

ABSTRACT

Making easy the daily tasks has been a constant battle, either by those who execute the task, or either by those who make money selling tools that bring efficiency and quality to the work. The mini-lathe is one of these tools. Its use is fundamental

in the workshop of the hobbyists and of those that work with small parts. The price of a machine like this may not be so encouraging. Build it at home, with scarce means, is a serious challenge, but the results and what one learns may

compensate.

KEY WORDS: Lathe, Mini-lathe, CNC, Automation, Stepper motor.

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INTRODUÇÃO

As possibilidades de melhorias, redução de tempo e de esforço em um trabalho, qualquer que seja, estão

diretamente ligadas à quantidade e qualidade das ferramentas que nele serão empregadas. O conhecimento pleno do

projeto e a habilidade de realizá-lo não são bastantes se não se tem meios propícios à execução do trabalho.

Ferramentas de qualidade não são baratas. Quem exerce o trabalho por profissão certamente está equipado com

todo o aparato necessário. Mas aqueles que o fazem por hobby nem sempre tem tudo à mão. Há máquinas que, apesar

de indispensável à realização de determinada tarefa, não justificam sua aquisição quando tal tarefa é raramente

executada.  Há, também, casos de problema com falta de espaço para acomodar tanta ferramenta.

O torno de bancada ou mini-torno é uma peça muito cobiçada por quase todo modelista. No entanto, essa

ferramenta, quase sempre, é substituída por uma furadeira ou retífica presa em uma morsa (também conhecida como

torno). As retíficas têm, geralmente, uma rotação muito alta e baixo torque. A rotação muito alta pode prejudicar o trabalho

com peças de plástico ou alumínio. O baixo torque impossibilita o trabalho com materiais mais duros. Há retíficas que tem

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controle de rotação, o que minimiza o problema. Já as furadeiras, a maioria delas, tem torque excelente e rotação perto do

ideal para a usinagem de pequenas peças. O inconveniente, em quase todas elas, é o fato de haver certa folga no eixo

que conduzirá à imperfeição na confecção da peça. Aliados aos inconvenientes já citados no uso de furadeira ou retífica,

como torno, estão os riscos de acidente. A peça de corte é, quase sempre, improvisada e, muitas vezes não possui um

suporte adequado. Há casos em que ela é segurada pelas próprias mãos do modelista. O risco de algo se atirado contra

os olhos é muito grande, além da exposição das mãos perante a parte rotativa e a ponta aguda da peça de corte. Vale

lembrar que o manuseio de quaisquer dessas ferramentas citadas requer o uso de proteção para o rosto e mãos.

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Furadeira presa na morsa

PROJETO

O projeto completo prevê a construção de uma bancada móvel com compartimento para máquina de solda

elétrica e gaveta para ferramenta e objetos usados no manuseio do mini-torno. Em cima da bancada devem ficar o mini-

torno, um moto-esmeril e uma furadeira de coluna (também chamada de furadeira de bancada).  Lembrando que todos

essas ferramentas serão feitas em casa. Ao término do projeto, o mini-torno deverá estar acoplado a um microcomputador

para a execução de peças mais detalhadas. O acoplamento se dará por meio de interfaces elétricas e eletrônicas aliadas

ao uso de motores de passo. Para o acabamento final é desejável aplicar umas duas demãos de esmalte martelado.

Construir um torno mecânico, que deve sempre ser uma ferramenta precisa e potente, não é tarefa das mais

fáceis. Há muito material e informação que são de aquisição crítica. Então, é essencial o levantamento de custos e de

meios para levar a cabo esse projeto.

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Dentre as ferramentas indispensáveis para essa tarefa estão:

Máquina de solda elétrica: pode ser de 200 amperes em média, vai depender do eletrodo a ser usado,

bem como da habilidade do operador. Os eletrodos usados no projeto foram os E6013 x 2mm e E6013 x 2,5mm, com a

máquina regulada para a rede de 110V. Deve-se sempre levar em consideração o perigo de sobrecarga na rede elétrica

residencial, se for o caso, pois a alta amperagem da máquina de solda pode causar o sobre-aquecimento do fio que a

alimenta desde a tomada elétrica, podendo inclusive causar o derretimento da capa plástica do fio e, conseqüentemente

causar curto na rede elétrica;

Furadeira: pode ser uma do tipo hobby, mas deverá ser tomado o cuidado de não esforçá-la muito. Um

mandril de até 10mm é suficiente, apesar de haver, neste projeto, umas poucas peças em que foi usado broca de 12mm.

Há que use broca de 12 com a parte que vai no mandril reduzida para 10mm, mas aí a vida útil da furadeira hobby se

reduz consideravelmente;

Refica: uma micro-retífica já deve bastar, todavia há que se tomar o cuidado de não esforçá-la demais;

Jogo de brocas que vão de 1mm a 12mm;

Jogo de machos manuais de 6mm;

Jogo de machos manuais de 8mm;

Arco de serra: com lâminas para aço;

Imprescindível: óculos ou máscaras de proteção e luvas;

Paquímetro.

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Ver e estudar como os tornos profissionais funcionam é fundamental nesse projeto, mas tentar copiá-los pode

inviabilizá-lo. Deve-se, ainda que forçadamente, fazer alguma abstração de mecanismos cuja complexidade só pode ser

alcançada pela indústria que tem técnicas e ferramentas adequadas. Todas as peças são trabalhosas e não adianta

correr com a execução delas, é necessário primar pela precisão. Precisão é, aqui, mais do que em quaisquer outros

projetos, relativa. Então, há que se ter em mente que não se conseguirá atingir o grau de precisão que uma boa indústria

consegue, mas que o resultado do que se propõe a fazer seja, no mínimo, suficiente à realização razoável do trabalho a

que se destina a ferramenta que se está construindo. O cuidado na escolha dos materiais deve visar à durabilidade e

eficiência da ferramenta, bem como amenizar custos.

PARAFUSOS

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Parafuso Allen de cabeça cilíndrica

Visando economizar ferramentas e facilitar o projeto, os parafusos adotados foram de 6mm e de 8mm todos do

tipo Allen com cabeça cilíndrica. Os de 6mm, salvo algumas exceções, são todos de 12mm de comprimento. Já os de

8mm de diâmetro, dependendo da aplicação, alguns tem comprimento de 20mm e outros de 25mm. Os parafusos Allen

são mais práticos para se trabalhar, além de proporcionarem uma aparência melhor ao projeto.

Fase inicial do projeto

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Fase de implementação de funcionalidades

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Uma das primeiras coisas a se pensar, na execução desse projeto, é para que ele se destinará. Porque a

resposta a essa questão dirá qual o tamanho da placa que esse mini-torno terá. Aqui foi adquirida uma de 100mm de

diâmetro com dois jogos de três castanhas, isto é, um de castanhas internas e outro de castanhas externas. Lembrando

que, dada a precisão requerida para essa peça, é inútil tentar fazê-la, a menos que realmente se tenha recursos para isso.

Utopia, na maioria dos casos.

Placa de três castanhas Jogos de castanhas internas e externas

A próxima questão é sobre o comprimento máximo das peças a serem trabalhadas, isso dará o comprimento útil

do barramento. Neste caso, 450mm é a medida que foi adotada. Um barramento maior dá mais flexibilidade à ferramenta,

porém exige mais cautela na escola do tipo de material a ser empregado, devido a problemas de torção e/ou

empenamento. Quanto mais rígido o barramento, tanto melhor será o desempenho da ferramenta. A conclusão, neste

caso, é a de que um pedaço de viga "I" de 650mm de comprimento x 100mm de altura x 70mm de largura seria suficiente.

Page 12: Torno Caseiro

A viga "I" pode se comprada como retalho em lojas de ferro e aço. Porém, um cuidado todo especial deve ser tomado

para não levar uma peça já torta ou imperfeita. Com uma boa régua de aço, normalmente esse pessoal já tem, pode-se

averiguar defeitos mais gritantes. Se possível, mandar usinar a superfície da viga onde ficará o carro.

Viga I

Outra questão crítica, com relação ao desempenho da máquina a ser construída, é o motor que vai tracionar a

placa. Influindo no tipo de material a ser trabalhado e nos problemas de torção e/ou vibração do barramento, do carro e do

porta ferramentas. Deve-se levar em consideração, além da velocidade e torque, a voltagem da rede elétrica do local

onde a ferramenta será usada. Seria apreciável a utilização de um motor bi-volt. Um motor com muito torque permite

trabalhar quase todo tipo de material, mas faz o mini-torno ficar um pouco perigoso para um mero hobbyista. O ideal seria

um motor com um bom torque e uma boa velocidade, pois é desejável uma caixa de mudança de velocidades para se

poder usinar materiais diferentes. Para o caso em questão, foi adotado um motor bi-volt (110V ou 220V) de 1/2 cv x

3600rpm x cerca de 140mm de diâmetro por 220mm de comprimento, o que se mostrou suficiente. Mas vale lembrar que

se está a construir um mini-torno. Portanto, um motor muito grande se revela visualmente desproporcional e representa

um excesso de peso desnecessário.

Page 13: Torno Caseiro

Motor elétrico

De posse dos itens principais, resta a preocupação sobre como juntá-los para se tornar algo funcional. Daí, surge

uma outra peça também muito crítica, que é o cubo ou mancal que sustentará a árvore que liga a polia à placa de

castanhas. Essa peça, no presente caso, foi a única usinada numa torneria. Isso, tanto a parte externa, com encaixe para

os rolamentos, quanto a interna, onde vai a flange para sustentação da placa e a rosca que prende a polia. Para a parte

interna, foi usado um pedaço de tubo de ferro de 160mm de comprimento x 60mm de diâmetro externo x 7mm de parede.

Para a parte externa, foi usado um tubo de ferro de 110mm de comprimento x 95mm de diâmetro externo x 7mm de

parede. Os rolamentos usados foram de cardã de caminhão adquiridos usados em uma oficina mecânica. Os demais

materiais, como os tubos para o cubo/mancal, as chapas para a polia e para a flange foram comprados juntos aos

fornecedores de ferro e aço comuns em qualquer cidade.

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PORTA-FERRAMENTAS (toolholder)

Porta-ferramentas

Esse porta-ferramentas consiste, basicamente, de três pedaços quadrados de chapa de 50mm x 50mm x 8mm e

um cubo de ferro quadrado com arestas de 20mm. A chapa que fica na parte superior contém oito furos com rosca para

parafusos de 8mm de diâmetro. Estes parafuso, cujas medidas são 8mm x 16mm, servirão para prender a peça de corte.

As duas chapas da parte giratória são soldadas ao cubo de ferro. A chapa da base é fixa com solda no carro longitudinal

onde deve haver um furo com rosca para parafuso de 10mm. Este prenderá o porta-ferramentas e será o eixo em torno do

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qual se ajusta o ângulo da peça de corte. No topo desse parafuso, cujo comprimento é de 80mm, é fixada com solda a

alavanca que permite girá-lo para liberar ou travar o porta-ferramentas, sendo que, antes da alavanca vai uma bucha de

20mm de comprimento que serve de anteparo para atarraxar a parte giratória.

Peças básicas que compõem o porta-ferramentas

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Alavanca para atarraxar a parte giratória

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Visão explodida parcial do porta-ferramentas

MANCAL DA PLACA

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O mancal que suporta a placa não é um item muito crítico, mas alguns cuidados devem ser tomados para evitar

trepidação, desalinhamento e desbalanceamento da placa. Quanto mais rígido ficar em relação à placa e ao barramento,

tanto melhor.

A parte externa foi feita com um tubo  de 100mm de diâmetro externo, 85mm de diâmetro interno e 100mm  de

comprimento. A escolha do tubo foi devido à menor dificuldade de se fazer o alinhamento em relação ao barramento que,

neste caso é uma viga "I".

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Tubo externo do mancal

Esta peça foi torneada internamente nos extremos para o encaixe dos rolamentos. O comprimento da porção

rebaixada foi de 22mm, mas depende de qual rolamento vai ser usado. Neste caso foram reaproveitados rolamentos de

cardan de caminhão com diâmetros de 40mm e 90mm, interno e externo respectivamente. Porém nada impede de se usar

outros tipos.

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Tubo externo do mancal e rolamentos

No caso do eixo interno que suporta propriamente a placa, foi adotado o tipo vazado como nos tornos profissionais

onde se pode passar uma peça que seja muito comprida através do centro do mancal da placa. Foi utilizado um tubo de

ferro de 42mm de diâmetro externo, 28mm de diâmetro interno e 165mm de comprimento.

Numa extremidade foi feito rebaixamento para encaixe da flange e na outra foram feitos 35mm de rosca para

prender o rolamento e a polia.

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Eixo/tubo interno do mancal

Como batente do rolamento foi colocado atrás da flange um anel de ferro de 42mm de diâmetro interno, 52mm de

diâmetro externo e largura de 20mm. É bom lembrar que este item pode ser dispensado, pois se for adotado um tubo de

maior diâmetro externo, ele pode ser rebaixado para a medida do diâmetro interno do rolamento, deixando os 8mm de

batente entre o rolamento e a flange. Outra observação diz respeito à distância que vai ficar a placa do mancal, que neste

caso ficou muito próxima uma peça da outra, tornando difícil o aparafusamento da placa. O ideal seria cerca de 30mm,

embora o que se tem de considerar é o comprimento do parafuso que vai ser usado. Em geral é um parafuso de 8mm x

20mm, lembrando que, neste caso, foi usada uma placa de 100mm de diâmetro externo.

A flange foi feita com chapa de 14mm de grossura, ficando, depois de torneada, com 12mm de grossura na parte

central e bordas rebaixada para 8mm a fim de proporcionar guia para centralizar a placa.

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Flange de perfil e de lado

Flange já soldada no eixo central

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As porcas usadas para prender o rolamento e a polia foram as do cubo da antiga pickup Toyota.

Porca do cubo da Toyota

A polia foi feita a partir de uma chapa 30mm de grossura, ficando com 25mm de largura depois de pronta. Uma

típica polia dupla para correias em "v". O diâmetro externo da polia ficou com 120mm, mas não precisa necessariamente

ser essa medida, cada caso deve ser analisado à parte (velocidade e torque são influenciados pelo diâmetro adotado).

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Polia dupla

Visão explodida do conjunto

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Ao tubo externo do conjunto mancal devem ser fixadas sapatas para aparafusamento no barramento.

É bom lembrar que esse conjunto foi desenhado e mandado fazer numa tornearia. Quem possui acesso a um torno pode fazer essas peças sozinho, pois o mais complicado é a escolha correta da rosca.

Para conferir mais precisão no assentamento da placa, o lado da flange onde ela é fixada foi ajustado no próprio mini-torno, com o porta-ferramentas e carros ainda improvisados. A peça de corte deve estar bem firme.

SUPORTE PORTA-PONTA (tailstock) Próximo item a ser descrito

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Page 27: Torno Caseiro

NOTAS

Este artigo ainda esta sendo editado e compreende apenas a primeira parte do projeto. Mais detalhes serão acrescidos ao

texto já publicado. Em breve estará disponível a continuação com detalhamento da construção. A última parte tratará da

automação do mini-torno.

lConstruir o mini-torno foi a realização de um sonho antigo. Hoje ele se tornou uma ferramenta indispensável, que

uso na maioria dos meus projetos. Tenho notado a grande quantidade de pessoas que visitam esta página em busca

de informação sobre o mini-torno. Gostaria de já ter podido pôr todo o conteúdo dele na página. Mas o fato é que o fiz

para atender a uma necessidade emergencial minha. Jamais pensara em pôr o projeto na internet, assim sendo, nem

me preocupei em documentar ou guardar as anotações que tinha em papel, geralmente rascunhos. Quando resolvi

trazê-lo para a internet, pensei em disponibilizar todo o conteúdo gratuitamente para quem quisesse. Porém, com o

corre-corre de todo dia, não me tem sobrado tempo para documentá-lo. Há partes que requerem ser desmontadas para

documentar melhor. Teria de tirar um tempo só para isso. Às vezes me sinto constrangido de saber que o conteúdo até

aqui exposto não  basta para a construção desse torno. Esse projeto poderia estar sendo útil a muita gente. Se

depender de eu arranjar tempo, pode demorar muito para ficar completo. Atualmente o mini torno é automatizado.

Desmontei um notebook para fazer a CPU e interfaces do tormo. Como o projeto ainda continua inacabado e eu não

consigo parar o meu trabalho por algum tempo a fim de refazer o projeto do mini-torno. Assim sendo, l

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Ferramentas/mini-torno

TORNO CASEIRO

RODILDO TORNEIRO - 08/05/2012certo, vamos lá...

aldir, se o lance é fazer algo gastando o minimo do minimo... do minimo...

o barramento pode ser feito da seguinte forma

pegue e faça uma caixa de chapa de aço, chapa de aprox .. 1/4 ou 3/16      e solde nervuras por dentro...  formando uma colmeia . encha com areia + resina poliester + pó de ferro ( de policorte) ... ou graute.

solda uma chapa por cima e feche tudo... soldando.         objetivo.. fazer uma base que ofereça o minimo de peso.  amedida, calculo tipo  40 cm x 1 metro.

o barramento, pode ser feito com barra trefilada chata..      

o cabeçote...  outra "caixa"   soldada a base do barramento.  ai vc usa o próprio carro para  abrir o furo , do eixo árvore. este, eu me encarrego de usinar para vc e te mandar. 

ou vc faz a caixa com sistema de "ajuste" de alinhamento

o barramento pode ser feito tb com barras trefiladas e buchas de bronze .        também posso lhe fazer o favor, desde que custeie o material

Page 29: Torno Caseiro

Machine - Tour

Réalisation d'un tour à la méthode d'un mécano

pratiquement sans soudure.

Longueur total de 1000 mm hauteur de pointe

130 mm .

Vue générale de la machine.

La poupée mobile seule a été assemblée par

soudure.

Câblage électrique protégé par une porte,

le disjoncteur principale et deux

contacteurs permettent

Schéma de principe et le relevé des couleurs de câbles pour faciliter le dépannage en cas de

problèmes.

Tourelle porte-outils, avec repère de hauteur.

Page 30: Torno Caseiro

les deux sens de rotations

Blocage rapide par la poignée, facile d'accès

par excentrique.

Profil de la poupée mobile. La possibilité d'excentré la poupée

mobile pour un tournage conique.

Vue du dessous du trainard, couplé par un

écrou en bronze à la vis mère en inox.

Entrée de l'axe de commande de la vis

mère.

Poignée du chariot transversal avec son vernier, un trou de 2 mm pour lubrifier le

palier en bronze de la vis.

Poignée et son vernier du chariot porte outils

et son trou de lubrification du palier en bronze de la vis.

Vue du profil du chariot porte-outils.

Palier de la vis mère côté poupée fixe.

Page 31: Torno Caseiro

Profil du banc du tour, l'assemblage est

effectué uniquement par vis.

Vue du sabot de blocage de la poupée

mobile, la tête du boulon M12 immobilisé par deux blocs d'étiré 20 x 10 vissés sous le

sabot.

Les deux rond dia 120 mm sont vissés par 4 vis alen la tête noyée dans le plat 100 x 10

mm.

Manivelle de la poupée mobile, identique aux

autres.

Pour les vis alen têtes fraisées d'assemblage

du banc ou des chariot, il faut bien veiller à

noyer bien en profondeur les têtes de

vis.

Vue du dessus de l'ensemble du trainard.

Lors du montage de l'ensemble il est très

important de contrôler le passage de la

courroie d'entrainement

Le tour est équipé d'un mandrin 4 mords. La

poupée mobile possède un cône n°2

Vue du dessus de la poupée mobile.

L'écrou de blocage de la poupée mobile. Le

canon est pourvu d'un écrou en bronze

Plusieurs porte-outils permettent le

changements d'outils très rapidement..

Collection de pointes tournante, une fixe

équipée d'une pointe en carbure, une normale et

Page 32: Torno Caseiro

également.une pointe pour le

canon de la poupée fixe.

Clef de mandrin

Vis de rattrapage de jeu du chariot transversal

et du chariot porte outils.

Rattrapage de jeu du trainard.

Profil du chariot porte- outils.

Vue pratiquement identique.

Vue du profil du trainard côté avant.

Vue du profil du trainard côté arrière.

Vue arrière poupée mobile

Fixation de la poupée fixe, pas tout à fait

idéale pour l'ajustage

Vue de l'assemblage du chariot porte outils, rotation 360°et très

Méthode d'assemblage du chariot transversale,

effectué par vis

Palier de la vis mère côté poupée mobile.

Page 33: Torno Caseiro

de l'axe principale. simple à réaliser.décolletées, je n'avais

plus de vis alen de cette longueur et dia.

Boîte d'embrayage de la vis mère.

Embrayage enclenché.Embrayage déclenché par la

poignée extérieure.