torno mecanico

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1. Objetivo. O objetivo desta prática é ter como experiência o primeiro contato com as máquinas de uma linha de produção, no caso especificamente obter conhecimento do funcionamento, ferramental e porque da utilização do Torno mecânico. Adquirindo assim conhecimento especifico desta máquina-ferramenta. O aprendizado é estruturado de modo a conciliar conhecimento prático ao teórico, portanto realizado aula prática da máquina operatriz, observando sua operação e procedimentos tendo como objetivo o desenvolvimento de uma peça protótipo obedecendo suas especificações conforme desenho técnico, sendo realizado posteriormente pesquisa para embasamento teórico e realização do relatório, podendo assim confrontar e conciliar o conhecimento teórico e prático. 2. Introdução – Variadores de Velocidade. As máquinas contêm variadores de velocidades que constituem o sistema de transmissão de potência, permitindo assim, o ajuste do torque e velocidade fornecido pelo motor a área de trabalho. 1

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Relatorio de torno mecanico

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1. Objetivo.O objetivo desta prtica ter como experincia o primeiro contato com as mquinas de uma linha de produo, no caso especificamente obter conhecimento do funcionamento, ferramental e porque da utilizao do Torno mecnico.Adquirindo assim conhecimento especifico desta mquina-ferramenta.O aprendizado estruturado de modo a conciliar conhecimento prtico ao terico, portanto realizado aula prtica da mquina operatriz, observando sua operao e procedimentos tendo como objetivo o desenvolvimento de uma pea prottipo obedecendo suas especificaes conforme desenho tcnico, sendo realizado posteriormente pesquisa para embasamento terico e realizao do relatrio, podendo assim confrontar e conciliar o conhecimento terico e prtico.

2. Introduo Variadores de Velocidade.As mquinas contm variadores de velocidades que constituem o sistema de transmisso de potncia, permitindo assim, o ajuste do torque e velocidade fornecido pelo motor a rea de trabalho.Os variadores podem ser escalonados onde a variao de velocidade discreta ou contnuos onde a velocidade pode variar infinitamente dentro da faixa.Escalonados com de sistema de polias onde a transmisso ocorre atravs de correias planas ou em V e a velocidade alternada alterando-se a polia que acopla a correia. A vantagem da utilizao da correia, que esta serve tambm como fusvel, pois trabalha normalmente at que ao ter algum problema a correia se arrebenta interrompendo o trabalho. J a desvantagem que o atrito entre correia e polia no permite utilizao de torque elevado.Escalonados com de sistema de engrenagens a transmisso ocorre por meio de engrenagens e permite maior e capacidade de torque, a potncia transmitidas por acoplamentos que podem ser fixas, loucas (que giram independente do eixo) ou mveis (podem ser deslocadas axialmente). Continuo com polias variadoras o sistema mais utilizado, constitudo por uma correia e duas polias, onde o deslocamento axial da polia proporciona afastamento de uma polia e aproximao da outra e vice e versa, alterando assim, o raio de contato da correia. Assim entende-se, que a potencia de capacidade de torque e velocidade da mquina definida por sua estrutura mecnica possibilitando assim determinadas utilizaes.

2.1. Estrutura do torno.Desde os primrdios da sociedade o homem tem necessidade de produzir e beneficiar objetos e ferramentas, a operao do torno se assemelha a um processo antigo de fabricao de vasilhas e cermicas, qual sua operao devido a rotao da pea sobre o seu prprio eixo para trabalho em sua superfcie (interna, externa, cilndrica ou cnica)A operao realizada pelo torno pode ser chamada de torneamento, como o prprio nome sugere consiste em trabalhar no torno da pea ou em torno da pea.Quanto operao do torno, a ferramenta penetra na pea para retirada do cavaco com auxilio da rotao e do avano.Conseguimos variao no resultado (na pea) variando movimento, posio (angulao do ferramental) e formato da ferramenta.Movimentos da operao de torneamento:Movimento de corte movimento que permite cortar a pea, retirar o cavaco, atravs do movimento rotativo da pea.Movimento de avano deslocamento da ferramenta na superfcie longitudinal da pea.Movimento de penetrao movimento que define o quanto ser retirado da superfcie da pea em sentido ao eixo da mesma, ajustando assim a profundidade do passe e espessura do cavaco.Com a combinao correta de movimento, ferramentas e angulao possvel realizar distintas operaes, segue alguns exemplos: Tornear superfcies cilndricas (internamente ou externamente); Tornear superfcies cnicas (internamente ou externamente); Roscar superfcies externas e internas; Perfilar superfcies; Furar, etc interessante saber que o torno a mquina originadora de vrias outras, ou seja, a partir do seu principio foram desenvolvidas outras mquinas, porque certas especificaes eram de difcil ou at mesmo impossvel realizao no torno, tais mquinas so furadeira, fresadora e retificadora.Existem tambm diferentes tipos de tornos, como: Torno horizontal; Torno vertical; Torno revolver; Torno copiador; Torno de plat; Torno automtico.Verificar no anexo 1 as imagens dos tornos.O Torno horizontal e o vertical so os de utilizao mais comum, vamos fazer breve descrio dos outros tipos de torno.Torno revolver possui vrias ferramentas e atacam a pea sucessivamente para trabalho em srie.Torno copiador possui um dispositivo adaptado onde uma ferramenta guia segue o contorno de uma pea modelo e com a ferramenta de corte faz a nova pea.Torno de plat torneia peas curtas de grande dimetro como exemplo aros de rodas de locomotivas.Torno automtico utilizado para grandes quantidades a serem produzidas devido rapidez do processo, tambm funciona com movimento de avano e rotao, porm a alimentao de matria-prima e ajuste das ferramentas automticoA capacidade de pea a ser trabalhada no torno observa-se pela sua estrutura fsica, analisando seu espao para movimentao e para alocao da pea.Segue abaixo imagem para realizao desta analise sobre um Torno horizontal, conforme aula prtica.Figura 1. Torno horizontal

A = Comprimento entre PontasB = Altura da PontaD = Altura da CavaComprimento entre pontas considerada a distncia entre o cabeote fixo e o cabeote mvel (considerando seu estado de recuo mximo).Altura de ponta considera a altura desde o barramento ao centro de ponta.Altura de cava - considera a altura desde a cava ao centro de ponta.Detalhando melhor a estrutura do Torno horizontal segue imagem abaixo:Figura 2. Torno horizontal

O objetivo do torno a transformao de uma pea, atravs da combinao de movimentos (rotao e avano) e aplicao de fora angulao correta para corte e retirada de material da superfcie estes movimentos so:Movimento de corte a pea fixada corretamente mquina pela contraponta que produz o movimento de rotao da pea sobre seu prprio eixo. Movimento de avano enquanto a pea esta em movimento de rotao a mesma atacada pela ferramenta, e esta se desloca para cobrir toda a superfcie longitudinal da pea.Deste modo a combinao dos movimentos possibilita a cobertura de 100% da superfcie da pea se assim desejado.Alm do movimento o Torno possibilita o ajuste de velocidade, e dependendo do material da pea a ser trabalhado definimos o tipo do material da ferramenta que exercer melhor trabalho na pea.Dentre todos os componentes do torno os mais importantes so barramento, cabeote fixo, carro e cabeote mvel, estes so feitos de ferro fundido para que a mquina tenha maior resistncia operao mantendo o mais preciso possvel os movimentos (avano e rotao). A seguir sero descrito caractersticas destes componentes:Barramento serve de apoio ao carro principal, cabeote mvel e fixo. Sua parte superior com estrutura de filetes trapezoidais tem como objetivo suportar a presso e garantir preciso do trabalho.Cabeote fixo componente do lado esquerdo do barramento, onde fixamos a pea para realizar o trabalho, sendo este o responsvel pela rotao da mesma. Dentro do cabeote temos o eixo da arvore (eixo principal) e os mecanismos de movimentos.Eixo da rvore oco e construdo de ao especial (ao-cromo-nquel) que fica em contato com o mancal que sofre presso resultante do corte. O furo no eixo tem como finalidade na sua parte da frente colocar pontas do centro, haste das ferramentas, mandril, alargador, estes fixados por um cone interno, e permite torneamento diretamente no vergalho.Sistema de transmisso compostas por polias escalonadas ou sistemas de engrenagem permite a variao do nmero de rotao.Cabeote mvel fixada no barramento e serve de suporte para o contra-ponta, suporte para mandril e suporte a ferramenta de corte .Carro do torno componente que proporciona os movimentos necessrios a operao.Quanto ao movimento de corte temos o componente espera que o suporte de porta ferramenta, existem diferentes tipos de porta ferramenta:oscilante para cortes de pouco esforo permite rpido ajuste da altura da ferramenta.Grampo placa ajustvel por meio de parafusos para melhor fixao.Torre quadrada o porta ferramenta mais utilizado permite fixao de 4 ferramentas para alterao do trabalho assim que desejado.

Quanto utilizao da ferramenta se faz necessrio anlise do material para definio da mesma, assim dependendo da dureza do material ser definido ferramenta de dureza maior.A posio e angulao da ferramenta interferem totalmente no corte da pea, sendo necessrio antes de iniciar qualquer operao, alinhar a ferramenta ao eixo da pea para iniciar o corte. A altura da ferramenta regulada atravs da insero de calo na porta ferramenta.3. Descrio da pratica.Foram descritos as ferramentas e componentes da pea assim como os acessrios (conforme anexo).Descrio dos movimentos de rotao e avano e suas finalidades.Descrio do processo de fixao da pea na mquina para realizao do trabalho, sendo necessrio centragem da pea, por meio da castanha e do contra ponto.Fixao da ferramenta no castelo, e ajuste se necessrio atravs de calo para regular a altura da ferramenta ao eixo da pea.Para acabamento da pea:Primeiramente foi nos apresentado o desenho com as especificaes tcnicas a serem seguidas.A matria prima era um cilindro macio de ao 1020 com comprimento de 101mm e 39mm de dimetro.A pea foi fixada a placa concntrica, j que a pea era de forma regular redonda, aps fixao na placa Regulamos a altura da ferramenta, qual deve ir de encontro ao centro da pea, realizado o faceamento da pea, para garantir a supercifie uniforme, a ferramenta no ultrapassa o eixo para no danificar pea e ou ferramenta.Aps o faceamento fixado o contra ponta marca o centro da pea, na qual feito um furo para garantir fixao da mesma, por segurana e para garantir a qualidade do trabalho, j que a pea no pode trepidar na operao, o que danificaria a pea e a ferramenta.Para iniciar o corte ajustamos o passe para 1,5mm, e percorre-se a pea longitudinalmente com rpm de 710mm/rotao, nessa etapa damos o acabamento a 15mm da pea com 38mm dimetro (cabea) do pino.Seguidamente mantendo o passe e a rotao iremos ajustar a mquina para o corte do resto do corpo, mantendo o restante da pea 85mm (exceto cabea) com 20mm de dimetro.Ser feito a ponta pea ajustando para corte para que o 15mm possuam somente 15mm de dimetro.A prxima etapa ser o sangramento da pea, qual se faz necessrio a troca de ferramenta para o bedame de 3mm, e baixar a rotao para 450mm/rotao, fazendo um sangramento na pea de 10mm como 20mm de dimetro.Para corte do ngreme na pea necessrio utilizao da ferramenta com o auxilio de inclinao do carro em 10, novamente com rotao de 710mm/rotao.

4. Apresentao dos resultados.Obtivemos a pea final conforme especificaes do desenho, respeitando as dimenses solicitadas. A fabricao da pea teve durao de 32min 25seg.

4.1. Questes:1 Para que serve o contraponto?Fixam a pea para apoi-la para que possa ser realizada a operao.2 Por que um torno precisa ter vrias rotaes e avanos?Serve para poder ser trabalhado com materiais e ferramentas diferentes, realizando cortes e acabamentos diferentes.

3 Detalhar processo de fabricao da pea?Segue abaixo imagem de alguns tipos de operaes que podem ser feitas no torno e suas ferramentas especificas.Para nossa pea utilizamos as ferramentas: 3 para sangrar, 5 para faceamento, 2 para cilindrar a direita.Figura 3. Cortes e ferramentas

4 Quando usada a placa de quatro castanhas independentes?A placa de quatro castanhas independentes utilizada para torneamento de peas irregulares, no cilndricas, onde cada castanha pode ser regulada individualmente, proporcionando assim fixao da pea na mquina, mesmo que esta no seja cilndrica.

5. Anlise de Resultados.A obteno foi satisfatria no que se diz respeito apresentao da 7. mquina e resultado da pea, assim como seu tempo de produo.6. Concluso.Podemos concluir que o torno uma mquina de grande importncia ao processo produtivo em geral, que uma mquina de utilizao para resultados variados.Observamos tambm que devido falta de familiaridade com a mquina no tivemos capacidade de explor-la completamente na aula prtica, assim houve falta de questionamento sobre a operao, que teve sua abordagem sucinta deixando de comentar sobre aspectos fundamentais da sua funcionalidade. No entanto a pesquisa terica a respeito foi e grande valia, possibilitando assim maior compreenso sobre a funcionalidade da mquina e suas possibilidades de utilizaes.O relatrio foi satisfatrio para adquirir conhecimento bsico da mquina considerando que a aula prtica poderia ter sido melhor aproveitada se possussemos j esta base.

7. Anexos

Anexo 1. Tipos de torno.

Anexo 2. Acessrios do torno.

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