trabalho de história da educado

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TRABALHO FINAL Aluna: Isabela Fernandes Pena UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - FACULDADE DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO - CURSO DE HISTÓRIA DISCIPLINA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO - 2014/2 Profa. Thais Nivia de Lima e Fonseca

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resenhas sobre artigos em revistas de educação em diversos periodos da história

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - FACULDADE DE EDUCAODEPARTAMENTO DE CINCIAS APLICADAS EDUCAO - CURSO DE HISTRIA

DISCIPLINA HISTRIA DA EDUCAO - 2014/2

Profa. Thais Nivia de Lima e Fonseca

TRABALHO FINAL

Aluna: Isabela Fernandes Pena

Belo Horizonte2014

Resenha do Artigo Publicado na Revista Brasileira de Histria da Educao (nmero 4 jul/dez. 2002)

A escola de Pretextato dos Passos Silva:questes a respeito das prticas de escolarizao no mundo escravistaAdriana Maria Paulo da Silva

Adriana Maria Paulo da Silva, neste artigo, discorre sobre um assunto pode ser considerado incomum: escolas para meninos negros, numa poca que ainda existia a escravido. Com certeza, existiram poucas, em funo da mentalidade das pessoas da poca, mas a autora extrapola o tema e passa por assuntos como o preconceito com negros naquela poca e nos tempos de hoje e decretos e leis sobre educao. A escola do professor Pretextato tratou-se de uma escolar para meninos pretos e pardos, cuja maioria dos pas sequer sabia assinar o nome. Ela foi criada em 1853, em Sacramento. Mas em 1854, houve um decreto que sancionou o Regulamento da Instruo primria e Secundria do Municipio da Corte, cujo principal objetivo foi sistematizar o controle do Estado sobre os professors e para o professor continuar com sua escola teria que atestar e comprovar uma srie de coisas. para que Pretextato abrisse formalmente uma escola ou continuasse a exercer o magistrio, deveria: ter a prvia autorizao do inspetor geral; ser maior de 25 anos; declarar atestados de capacidade profissional e moralidade; submeter-se ao exame profissional diante das autoridades da Inspetoria e declarar qual havia sido o seu meio de vida nos ltimos cinco anos anteriores ao pedido de autorizao. Alm dessas exigncias, deveria ainda apresentar um programa de estudos da sua escola; um projeto de regulamento interno do seu estabelecimento; a descrio da situao fsica da casa onde lecionaria; uma listagem contendo os nomes e as habilitaes dos professores j contratados ou a serem contratados pelo requerente. Pretextato pediu dispensa das provas de capacidade (que consitiam no exame oral e no escrito) e para obter o deferimento ele organizou um abaixo-assinado e redigiu uma splica pedindo a dispensa dos exams em funo da sua timidez e argumentou que sua ecola seria de muito proveito pois os meninos de cor ou eram impedidos de frequentar, ou eram coagidos nas outras escolas por serem negros. Pelo falo do prprio professor ser negro, os pais imploraram que desse aula para seus respectivos filhos. Sendo assim, Eusbio de Queirs, inspetor geral da Instruo Primria e Secundria da Corte, deferiu o requerimento e Pretextato pode dar continuidade, agora legalmente para sua escolar. A autora comenta, que O artigo 64 do decreto (n. 1.331-A, de 17 de fevereiro de 1854) determinou que os pais, tutores, curadores ou protetores de meninos maiores de 7 anos eram obrigados a lhes pro- porcionar o aprendizado das primeiras letras, sob pena de multa, fosse em escolas pblicas, privadas ou no ambiente domestico, O decreto pode ter sido usado como mais um argumento, (uma vez que conhecido o fato das autoridades sempre explicitarem o desleixo das famlias mais pobres em no seguirem a lei da obrigatoriedade) dos pais e do professor para a permisso da abertura da escola, mesmo que sem todas as exigncias. A escola de Pretextato funcionou legalmente, no mnimo at 1873, quando foi despejado da casa onde lecionava, e nos mostra que a realidade da situao do negro no Brasil escravocrata foi muito mais ampla, rica e diversa que se possa imaginar, ou reduzir apenas as senzalas e chibatadas, o que se prova uma alegria e um alvio, mas no apaga a dura realidade sofrida pela maioria dos negros daquela poca.

Resenha publicada na revista brasileira de histria da educao n 10 jul./dez. 2005

A politicagem na instruo pblica da Amaznia imperialcombates poltica daldeiaIrma Rizzin Este artigo trata dos conflitos gerados pela interferncia da poltica na Instuio escolar. Ao longo do Segundo Reinado, o movimento de regulamentao escolar, profissionalizao docente, aumentou consideravelmente nas provncias do Par e do Amazonas, mas foi marcado pela turbulncia gerada pelos interesses polticos, eleitorais e clientelismo. Seja um bom capanga eleitoral, ser tambm um bom professor! Gazeta Paraense, A constituio, 8 ago. 1882. Como a frase acima ilustra, a educao ficou a merc dos interesses eleitorais e polticos, tendo inmeras denncias contra o ex-diretor sob a situao conservadora, o Vigrio Geral da Provncia, cnego Raymundo Amancio de Miranda. O Diretor foi destitudo em funo de sua notvel corrupo, uma vez que nomeava pessoas inptas para os cargos, removendo professores sem motivo aparente, fraudando concursos. Um dos problemas notveis a falta de responsabilidade dos partidos, Os libeirais responsabilizavam os conservadores pelos problemas e os conservadores culpavam os liberais, dessa forma ningum tomava para si os problemas para buscar uma soluo. Joaquim Maria Nascentes de Azambuja foi nomeado inspetor, e ressaltou a precariedade das escolas, que no possuam materiais e utenslios bsicos para o ensino. Foi notado tambm que os pais e tutores tiravam as crianas da escola e davam a responsabilidade de educar pessoas que no so da profisso, mas prestam tais servios por favor ou vocao. Isso era notado inclusive em povoados perto da capital, mostrando-se um problema generalizado na regio amaznica. Por pior que fosse o quadro da escola pblica na provncia, nos ltimos decnios do sculo XIX, os governos comearam a investir na formao e profissionalizao do professor primrio, criando as escolas normais e estabelecendo regras para a seleo de professores. Porm quando analizamos o crescimento dessas, nos perguntamos se no estariam ligadas prticas clientelistas.

Resenha publicada na Revista Brasileira de hitria da Educao (Maring-PR, v. 14, n. 1 (34), p. 99-126, jan./abr. 2014)

A educao da mulher em Pernambuco no sculo XIX: recortes sobre a Escola Normal da Sociedade PropagadoraIvanilde Alves MonteiroHajnalka Halsz Gati

A situao da instruo pblica no Brasil e, especificamente em Recife Pernambuco, no final do sculo XIX, era precria, e os debates foram se intensificando, exigindo iniciativas consideradas inovadoras que afetassem as estruturas tradicionais existentes. A relao entre o pblico e o privado, naquele momento, era permeada por instituies como a Igreja, a Famlia, o Estado e a Iniciativa Privada e afetava questes referentes instruo (CURY, 2005). Em 1821 D. Joo assinou um decreto que permitia a qualquer cidado o ensino e a abertura de escolas de primeiras letras. Neste decreto fica explcito que caber ao Estado e Iniciativa Privada cuidar da educao escolar. conhecida a importncia da Igreja Catlica na educao, pois ela estava presente em praticamente todo o territrio nacional, e com suas misses, peregrinaes, festas, evangelizaes e trabalhos de assistncia social (em orfanatos, asilos e santas casas de misericrdia). A caracterstica assistencialista combinou-se com a educao das elites em colgios e instituies. As famlias influentes ajudavam no estabelecimento de obras sociais e seus filhos e filhas formavam-se nos colgios e internatos (CURY, 2005, p. 7). A Sociedade Propagadora tinha um regulamento que compreendia em dois cursos: um preparatrio e outro geral. Alm das matrias consideradas bsicas como Histria, Aritimtica, Linguas, Geografia e etc, tinham ensino prtico de desenho, pintura, musica, trabalhos de agulha, ornatos, cortes de roupa e exerccios pedaggicos. O plano de materia e os documentos nos mostram que havia uma grande preocupao em preparer da maneira mais adequada possvel as professoras.

Resenha do artigo publicado no Cad. Cedes, Campinas, vol. 28, n. 76, p. 333-355, set./dez. 2008EDUCACAO E IDEOLOGIA TECNOCRATICA NA DITADURA MILITARAMARILIO FERREIRA MARISA BITTA O artigo trata das mudanas ocorridas na educao aps o incio da Ditadura Militar. Houve a reforma universitria em 1968 e a reforma da educao do primeiro e segundo graus em 1971, analisando essas reformas logo aps o incio da Ditadura, podemos perceber que elas trouxeram uma nuance autoritria e produtivista, e buscava formar trabalhadores, no alunos. Ao analisar o quadro mundial daquele momento (Guerra Fria, Unio Sovitica, Socialismo) os golpistas tinham medo da presso das classes operrias, subalternas. A preocupao deles era interromper o processo histrico e livrar o Estado desse "perigo ". Neste momento da histria a mentalidade estatal em relao educao a "teoria do capital humano ", que prega que o nico papel a ser desempenhado pela educao era o de maximizar a produtividade do PIB (independente da distribuio da renda). A ideiologia tecnista pregava que havia uma unidade entre educao e economia. Grande parte da populace era excluda do mnimo de cultura, esse motivo se deve a intencionalidade de alienao da populace feita pelos militares, que nao queriam oposio e frente. Tinha-se a ideia de "ensinar pouco, mas ensinar bem, inclusive, foi pensado em reduzir a quantidade de matrias consideravelmente, mas acabou que se ensinou pouco, e mal.