breve histÓria do trabalho

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BREVE HISTRIA DO TRABALHO

O que trabalho?

A palavra trabalho deriva do latim tripalium, objeto de trs paus aguados utilizado na agricultura e tambm como instrumento de tortura. O trabalho est associado transformao da natureza em produtos ou servios.

Trabalho a atividade desenvolvida pelo homem sob determinadas formas para produzir riqueza (p. 5) Processo de trabalho o resultado da combinao do objeto, dos meios, da fora e do produto do trabalho. (p. 6)

Trabalho nas comunidades tribais

As formaes primitivas realizavam o trabalho coletivo em busca da produo necessria para a subsistncia. A sedentarizao promoveu o avano na relao entre o homem e o meio natural. A terra passa a ser o meio bsico propriedade comum da subsistncia agricultura.

Trabalho nas comunidades tribais O trabalho era organizado de forma simples de acordo com as necessidades sociais. O tempo de lazer importante para o desenvolvimento das foras produtivas . (p. 12)

Modo de produo asitico Modo de produo asitico uma hiptese terica destinada a compreender o processo de passagem das sociedade sem classes para as sociedades de classes. (p. 16)

As formaes antigas A caracterstica fundamental das formaes antigas , por um lado, o aparecimento e o desenvolvimento da propriedade privada da terra em carter de privilgio de classe. (p. 23) A produo direta era realizada pelo oikiste e sua famlia e pelo pequeno campons. A escravido constitua o trabalho complementar nas tarefas do campo. Era comum a figura do jornaleiro.

PERODOS SC. V XV y Grandes Invases e queda do Imprio Romano. y Feudalismo, crescimento do poder da igreja e diminuio do poder real. Fuga para o campo, constituio de feudos. y Cruzadas. y Fim da Idade Mdia (florescimento do comrcio e da cultura, xodo rural, surgimento de uma nova classe social burguesia).

RELAES DE TRABALHO y Relaes de trabalho pautadas nas necessidades da clula, feudo, e na apropriao da terra. y y y

ORGANIZAO SOCIAL

Fragmentao das grandes civilizaes em clulas, devido as invases brbaras. Rigidez social. Sociedade estamental. Movimento de expanso da conscincia, procura de explicao da existncia de DEUS. Perda do carter divino do rei.

1453-1789 y Formao do Mundo Moderno (queda do feudalismo, formao dos Estados Modernos, grandes descobertas geogrficas). y Reforma e Contra Reforma religiosa y Colonizao dos continentes africano, americano e asitico. y Revolues (Francesa e Independncia dos E.U.A).

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Relaes de trabalho pautadas no capital, na propriedade privada dos meios de produo. Predominncia do Estado, de regimes totalitrios.

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Ceticismo cientfico. Sociedade dividida em classes, de acordo com a relaes de propriedade que os indivduos mantm com a produo. Dois tipos fundamentais de relaes sociais, advindas da produo: os explorados e os exploradores. Emprego como base de elevao social.

Do escravismo ao servilismo

A passagem do escravismo ao servilismo mercada por profundas transformaes ocorridas na Europa ocidental de domnio romano. (p. 42) ESCRAVISMO X COLONATO

PERODOS 1900 - ........ y Primeira Grande Guerra (1914-1919). y Revoluo Russa. y Segunda Grande Guerra (1939-1945). y Descolonizao africana e asitica. y Guerra Fria. y Queda do Muro de Berlim. y Conflitos generalizados: questo da Palestina, desmembramento URSS, Guerra do Golfo (EUA Iraque), Movimento de Libertao da Irlanda (protestantes cristos), etc..). y Globalizao dos meios de comunicao e informao. y Queda das economias asiticas e sulamericanas. y Interveno armada da OTAN na Ioguslvia.

RELAES DE TRABALHO

ORGANIZAO SOCIAL

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Semelhante ao perodo anterior, os que detm o capital so os indivduos civis, proprietrios dos meios de produo, os demais vendem sua fora de trabalho para poder viver. Existncia na primeira metade do sculo de outra relao econmica, socialismo, em que, quem detm os meios de produo o Estado. Com a globalizao e a propagao muito rpido da informao este sistema aos poucos foi perdendo sua fora. Hoje, mesmo pases como URSS e China se abriram para o capitalismo. O Estado v seu poder diludo, mesmo as fronteiras entre pases perdem a sua fora, devido a globalizao.

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Emprego substitudo por contratos de trabalho mais flexveis. As classes sociais se tornam cada vez mais prximas do antigo modelo estamental, ningum sobe, ningum desce. Tendncia ao desaparecimento da classe mdia e a uma hierarquizao social, verticalizada, cada vez mais rgida. Desmantelamento educacional, principalmente nos continentes africanos e sul-americanos. Aumento generalizado de doenas incapacitantes, de fundo psicofsico: cncer, depresso, pnico, etc...

Do artesanato fbricaAs pequenas oficinas onde se produziam os artefatos vo perdendo espao para o surgimento das manufaturas. As guildas ou as corporaes de ofcio, que reuniam mestres e artesos, comeam a tomar a forma dos primeiros sindicatos.

Do artesanato fbricaManufaturas eram os lugares onde os trabalhadores eram reunidos para executar diferentes tarefas para produzir uma mercadoria. Das manufaturas se chega s fbricas e logo aos sistemas de mquinas e automao.

Trabalho e salrioNas sociedades europias, depois da Idade Mdia, a idia do trabalho regular se impe aos poucos. o incio do Capitalismo. Essa nova concepo vai alm da atividade agrcola marcada pelos ciclos da natureza.

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Condies de trabalho na Revoluo Industrial

A EXPLORAO DO TRABALHO INFANTIL NA REVOLUO INDUSTRIAL Durante a Revoluo Industrial houve uma grande oferta de emprego nas fbricas a ponto de vrias famlias mudarem-se das reas rurais bastante afastadas para a cidade. Muitas famlias eram to miserveis, que eram obrigadas a incorporar a criana ao trabalho na fbrica sob condies rgidas e desumanas.

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Crianas inglesas mutiladas no trabalho industrial

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Condies de trabalho na Revoluo Industrial

Os avanos tecnolgicos permitiram a substituio da mo-de-obra adulta pela infantil, principalmente por causa da automao, que no exigia muito conhecimento dos empregados. Essas foram as principais razes para a insero do trabalho infantil nas indstrias. A massificao dessa explorao aconteceu com o xodo rural. O trabalho infantil era mais vantajoso que o adulto. As fiaes no necessitavam de muita fora muscular e fazia da criana seu melhor operrio pelo pequeno porte e a finura de seus dedos.

Operrio, de Cndido Portinari

Do artesanato produo industrial

ARTESANATO

MANUFATURA

PRODUO INDUSTRIAL

TRABALHO INDIVIDUAL

FERRAMENTAS MANUAIS

DIVISO DO TRABALHO

FERRAMENTAS MECNICAS

Tendncias do mundo do trabalho

Com o fim do binmio taylorismo/fordismo, ocorre uma reduo do proletariado industrial, fabril, tradicional, manual, estvel e especializado, dando lugar a formas mais desregulamentadas de trabalho, reduzindo fortemente o conjunto de trabalhadores estveis que se estruturavam por meio de empregos formais.

Aumento do novo proletariado fabril e de servios, em escala mundial, na forma do trabalho precarizado. So os terceirizados, subcontratados, part-time... Desestruturao do Welfare State nos pases do Norte e ampliao do desemprego estrutural.

Aumento significativo do trabalho feminino, que atinge mais de 40% da fora de trabalho em diversos pases avanados, e que tem sido absorvido pelo capital, preferencialmente no universo do trabalho part-time, precarizado e desregulamentado. No Reino Unido, por exemplo, desde 1998 o contingente feminino tornou-se superior ao masculino, na composio da fora de trabalho britnica.

Aumento do nmero de assalariados mdios no setor de servios, que incorporou parcelas significativas de trabalhadores expulsos do mundo produtivo industrial.

Excluso dos jovens, que atingiram a idade de ingresso no mercado de trabalho e que, sem perspectiva de emprego, engrossam as fileiras dos trabalhos precrios. Excluso dos trabalhadores considerados idosos pelo capital, com idade prxima de 40 anos e que, uma vez excludos do trabalho, dificilmente conseguem reingressar.

Expanso do trabalho no chamado Terceiro Setor, por intermdio de empresas de perfil mais comunitrio,motivadas predominantemente por formas de trabalho voluntrio, abarcando um amplo leque de atividades, predominando aquelas de carter assistencial, sem fins mercantis ou lucrativos e que se desenvolvem margem do mercado.

Expanso do trabalho em domiclio, permitida pela desconcentrao do processo produtivo, pela expanso de pequenas e mdias unidades produtivas.

Novas exigncias do mundo do trabalho

As tecnologias da informao, tm ajudado a construir uma nova ordem econmica, na qual o conhecimento assume papel primordial.

Exigncia de trabalhadores mais velhos e mais qualificados. Tendncia reduo da oferta de emprego nos setores primrio e secundrio da produo. O setor tercirio, mais especificamente o setor de servios, analisado separadamente do comrcio, tem sido o responsvel pela absoro de mo-deobra concentrada nos segmentos de limpeza, hospedagem e alimentao.

Laboralidade X Empregabilidade nfase na laborabilidade, em detrimento da empregabilidade na formao dos indivduos. Valoriza-se mais o desenvolvimento e o aprimoramento de competncias e habilidades para o desempenho e a atuao profissional no mundo do trabalho do que a formao para ocupao de postos especficos no mercado de trabalho.

Desaparecimento de alguns postos de trabalho enquanto outros so criados: Enxugamento de pessoal, utilizao de trabalhadores eventuais e terceirizao de algumas etapas do trabalho; Flexibilizao das relaes de trabalho; Individualizao dos contratos de trabalho; Modelo da competncia baseado em atributos pessoais do trabalhador.

As novas competncias

Esprito de equipe a necessidade do trabalho em equipe e a identificao com os objetivos da empresa; Responsabilidade esforo de fazer cumprir o compromisso assumido com a empresa; Autonomia capacidade do trabalhador de se antecipar aos comandos das chefias e agregar voluntariamente vrias tarefas e intensificar seu prprio ritmo de trabalho;

Iniciativa disposio para assumir e desenvolver o trabalho de forma espontnea e rpida; Capacidade de comunicao requerida por exigncia da responsabilizao grupal pela produo, de maneira a facilitar a troca de idias e opinies sobre um assunto em busca do consenso; Flexibilidade constitui-se em uma reatualizao de valores, sob a tica empresarial;

Cooperao disposio de trabalhar eficazmente com outras pessoas em um grupo; prontido de oferecer espontaneamente ajuda aos outros, sem tirar proveito da situao. Interesse e ateno definidos como a vontade de dirigir os sentidos para situaes de aprendizagem ou trabalho durante certo perodo.