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 Introdução Quando Colombo chegou à América, em 1492, encontrou o continente habitado há muito tempo por várias civilizações e povos. Os povos pré-colombianos apresentavam diferentes estágios de desenvolvimento cultural e material, classific ados em: sociedad es de coletores/caçadores e sociedades agrárias. Dentro desse segundo grupo, três culturas merecem maior destaque: os maias e os astecas, no México e América Central, e os in ca s na Cordil he ir a do s An de s, na Améric a do Su l. Alcanç ar am no ve is conhecimentos de astronomia e matemática, além de dominar técnicas complexas de co ns truç ão , me ta lurgia e ce râmica. o conhecia m a roda e o cavalo, ma s desenvolveram técnicas eficientes de agricultura. Enquanto o fim da cultura maia é até hoje um mistério, sabemos que os povos astecas e incas decaíram perante à conquista espanhola.

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Introdução

Quando Colombo chegou à América, em 1492, encontrou o continente habitado hámuito tempo por várias civilizações e povos. Os povos pré-colombianos apresentavamdiferentes estágios de desenvolvimento cultural e material, classificados em: sociedadesde coletores/caçadores e sociedades agrárias. Dentro desse segundo grupo, três culturasmerecem maior destaque: os maias e os astecas, no México e América Central, e osincas na Cordilheira dos Andes, na América do Sul. Alcançaram notáveisconhecimentos de astronomia e matemática, além de dominar técnicas complexas deconstrução, metalurgia e cerâmica. Não conheciam a roda e o cavalo, masdesenvolveram técnicas eficientes de agricultura. Enquanto o fim da cultura maia é atéhoje um mistério, sabemos que os povos astecas e incas decaíram perante à conquistaespanhola.

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Civilização Asteca

Os astecas (1325 até 1521) foram uma civilização mesoamericana,  pré-colombiana, quefloresceu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente aoatual México. Na sucessão de povos mesoamericanos que deram origem a essacivilização destacam-se os toltecas, por suas conquistas civilizatórias, florescendo entreo século X e o século XII seguidos pelos chichimecas imediatamente anteriores e

 praticamente fundadores do Império Asteca com a queda do Império Tolteca.

Os astecas foram derrotados e sua civilização destruída pelos conquistadores espanhóis,comandados por Fernando Cortez.

O idioma asteca era o náhuatl.

O controle político do populoso e fértil vale do México ficou confuso após 1100.Gradualmente, os astecas, uma tribo do norte, assumiram o poder depois de 1200. Osastecas eram um povo indígena da América do Norte, pertencente ao grupo nahua. Osastecas também podem ser chamados de mexicas (daí México). Migraram para o valedo México (ou Anahuác) no princípio do século XIII e assentaram-se, inicialmente, namaior ilha do lago de Texcoco (depois todo drenado pelos espanhóis), seguindoinstruções de seus deuses para se fixarem onde vissem uma águia pousada em um cacto,devorando uma cobra. A partir dessa base formaram uma aliança com duas outrascidades – Texcoco e Tlacopán – contra Atzcapotzalco, derrotaram-no e continuaram aconquistar outras cidades do vale durante o século XV, quando controlavam todo o

centro do México como um Império ou Confederação Asteca, cuja base econômico- política era o modo de produção tributário. No princípio do século XVI, seus domíniosse estendiam de costa a costa, tendo ao norte os desertos e ao sul o território maia.

Escultura mexicana mostrando o momento em que os astecas acham o sinal para afundação de Tenochtitlan

Brasão de armas mexicano mostrando o sinal para a fundação da capital asteca

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Mapa de Tenochtitlán vista do oeste. Pintura mural no Museu Nacional deAntropologia, Cidade do México por Dr. Atl em 1930.

Os astecas, que atingiram alto grau de sofisticação tecnológica e cultural, eramgovernados por uma monarquia eletiva, e organizavam-se em diversas classes sociais,tais como nobres, sacerdotes, guerreiros, comerciantes e escravos, além de possuíremuma escrita pictográfica e dois calendários (astronômico e litúrgico).

Ao estudar a cultura asteca, deve-se prestar especial atenção a três aspectos: a religião,que demandava sacrifícios humanos em larga escala, particularmente ao deus da guerra, Huitzilopochtli; a tecnologia avançada, como a utilização eficiente das chinampas (ilhas artificiais construídas no lago, com canais divisórios) e a vasta rede de comércio esistema de administração tributária.

Apesar de sacrifícios humanos serem uma prática constante e muito antiga naMesoamérica, os astecas se destacaram por fazer deles um pilar de sua sociedade ereligião. Segundo mitos astecas, sangue humano era necessário ao sol, como alimento,

 para que o astro pudesse nascer a cada dia. Sacrifícios humanos eram realizados emgrande escala; algumas centenas em um dia só não era incomum. Os corações eramarrancados de vítimas vivas, e levantados ao céu em honra aos deuses. Os sacrifícioseram conduzidos do alto de pirâmides para estar perto dos deuses e o sangue escorria

 pelos degraus. A economia asteca estava baseada primordialmente no milho, e as pessoas acreditavam que as colheitas dependiam de provisão regular de sangue por meiodos sacrifícios.

Durante os tempos de paz, "guerras" eram realizadas como campeonatos de coragem ede habilidades de guerreiros, e com o intuito de capturar mais vítimas. Eles lutavamcom clavas de madeira para mutilar e atordoar, e não matar. Quando lutavam paramatar, colocava-se nas clavas uma lâmina de obsidiana.

Sua civilização teve um fim abrupto com a chegada dos espanhóis no começo do séculoXVI. Tornaram-se aliados de Cortés em 1519. O governante asteca Moctezuma II considerou o conquistador  espanhol a personificação do deus Quetzalcóatl, e não soubeavaliar o perigo que seu reino corria. Ele recebeu Cortés amigavelmente, mas

 posteriormente o tlatoani foi tomado como refém. Em 1520 houve uma revolta asteca e

Moctezuma II foi assassinado. Seu sucessor, Cuauhtémoc (filho do irmão deMontezuma), o último governante asteca, resistiu aos invasores, mas em 1521 Cortéssitiou Tenochtitlán e subjugou o império. Muitos povos não-astecas, submetidos àConfederação, se uniram aos conquistadores contra os astecas

A Sociedade

A sociedade asteca era rigidamente dividida. O grupo social dos pipiltin (nobreza) eraformada pela família real, sacerdotes, chefes de grupos guerreiros — como os Jaguarese as Águias — e chefes dos calpulli. Podiam participar também alguns plebeus

(macehualtin) que tivessem realizado algum ato extraordinário. Tomar chocolate quente( xocoatl ) era um privilégio da nobreza. O resto da população era constituída delavradores e artesãos. Havia, também, escravos (tlacotin).

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Havia, na ordem, começando do plano mais baixo:

Escravos - maceualli ou calpulli (membro do clã) - artesãos e comerciantes - pochtecas (grandes comerciantes) - sacerdotes, dignitários civis e militares.

A religião

Eram politeístas (acreditavam em varios deuses) e acreditavam que se o sangue humanonão fosse oferecido ao Sol, a engrenagem do mundo deixaria de funcionar.

Sacrifícios feitos:

• Dedicado a Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado em uma pedra por quatro sacerdotes, e um quinto sacerdote extraía, com uma faca, ocoração do guerreiro vivo para alimentar seu deus;

Dedicado a Tlaloc: anualmente eram sacrificados crianças no cume damontanha. Acreditava-se que quanto mais as crianças chorassem, mais chuva odeus proveria.

 No seu panteão havia centenas de deuses. Os principais eram vinculados ao ciclo solar eà atividade agrícola. Observações astronômicas estudo dos calendários fazia parte doconhecimento dos sacerdotes.

O deus mais venerado era Quetzalcóatl, a serpente emplumada. Os sacerdotes eram um poderoso grupo social, encarregado de orientar a educação dos nobres, fazer previsões edirigir as cerimônias rituais. A religiosidade asteca incluía a prática de sacrifícios.

Segundo o divulgado pelos conquistadores o derramamento de sangue e a oferenda docoração de animais e de seres humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer osdeuses, contudo se considerarmos a relação da religião com a medicina encontraremosum sem número de ritos.

Há referências a um deus sem face, invisível e impalpável, desprovido de história mítica para quem o rei de Texoco, Nezaucoyoatl mandou fazer um templo sem ídolos, apenasuma torre. Esse rei o definia como "aquele, graças a quem nós vivemos".

A medicina

As contribuições da antropologia médica situam o conhecimento mítico religioso comoformas de racionalidade médica se se constitui como um sistema lógico e teoricamenteestruturado, que tenha como condição necessária e suficiente para ser considerado comotal, a presença dos seguintes elementos: 1. Uma morfologia (concepção anatômica); 2.Uma dinâmica vital ( "fisiologia") ; 3. Um sistema de diagnósticos; 4. Um sistema deintervenções terapêuticas; 5. Uma doutrina médica (cosmologia).

Pelo menos parcialmente preenche tais requisitos. Apresenta-se como teoricamenteestruturado, com formação específica (o aprendizado das diversas funções da classesacerdotal), o relativo conhecimento de anatomia (comparado com sistemas

etnomédicos de índios dos desertos americanos ou florestas tropicais) em função, talvez,

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da prática de sacrifícios humanos mas não necessariamente dependente dessa condição.Há evidências que soldavam fraturas e punham talas em ossos quebrados.

A dinâmica vital da relação tonal (tonalli) – nagual (naualli) ou explicações do efeito de plantas medicinais são pouco conhecidos contudo o sistema de intervenções terapêuticas

através de plantas medicinais, dietas, ritos são evidentes. A doutrina médica tradicional por sua vez, também não é bem conhecida.

 No sistema diagnóstico encontramos quatro causas básicas: Introdução de corpoestranho por feitiçaria; Agressões sofridas ao duplo (nagual ); Agressões ou perda dotonal; e influências nefastas de espíritos (ares).

Em relação a esse conjunto de patologias, os deuses representavam simultaneamenteuma categoria de análise de causa e possibilidade de intervenção por sua intercessão.Tlaloc estava associado aos ares e doenças do frio e da pele (úlceras, lepra) e hidropsia;Ciuapipiltin às convulsões e paralisia; Tlazolteotl às doenças do amor que inclusive

causavam a morte (tlazolmiquiztli ); Ixtlilton curava as crianças; Lume, ajudava as parturientes; Xipe Totec era o responsável pelas oftalmias.

Plantas & Técnicas

O tabaco e o incenso vegetal (copalli) estava presente em suas práticas. Seus ticitl 

(médicos feiticeiros) em nome dos Deuses realizavam ritos de cura com plantas quecontiém substâncias psicodélicas ( Lophophora willamsii ou peiote; Psylocybemexicana, Stropharia cubensis - cogumelos com psilocibina; Ipomoea violacea e Rivea

coribosa - oololiuhqui) que ensinam a causa das doenças, mostram a presença de tonal

(tonalli), e sofrimentos infligidos ao duplo animal ou nagual (naualli) os casos deenfeitiçamento ou castigo dos deuses.

Entre os remédios mais conhecidos estava a alimentação dos doentes com dietas a basede milho,  passiflora (quanenepilli), o bálsamo do peru, a raiz de jalapa, a salsaparrilha(iztacpatli / psoralea) a valeriana entre centenas de outras registradas em códicesescritos dos quais nos sobraram fragmentos.

Imperadores

• Itzcoatl (1427-1439)• Montezuma I (1440-1468)• Axayacatl (1469-1485)• Ahuizotl (1486-1502)• Montezuma II (1503-1520)• Cuauhtémoc (1520-1521)

Cidades históricas

• Tenochtitlán • Coatepec • Chapultepec • Itzapalapa

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Civilização Maia

A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, com uma ricahistória de 3000 anos. Contrariando a crença popular, o povo maia nunca"desapareceu", pois milhões ainda vivem na mesma região e muitos deles ainda falamalguns dialetos da língua original. Este artigo discorre principalmente sobre acivilização maia antes da conquista espanhola.

Origem

Estela de Copán segundo gravura de Frederick Catherwood, 1839.

As evidências arqueológicas mostram que os maias começaram a edificar suaarquitetura cerimonial há 3000 anos. Entre os estudiosos, há um certo desacordo sobreos limites e diferenças entre a civilização maia e a cultura mesoamericana pré-clássica vizinha dos olmecas. Os olmecas e os maias antigos parecem ter-se influenciadomutuamente.

Os monumentos mais antigos consistem em simples montículos remanescentes detumbas, precursoras das pirâmides erguidas mais tarde.

Eventualmente, a cultura olmeca ter-se-ia desvanecido depois de dispersar a suainfluência na península de Iucatã, na Guatemala e em outras regiões.

Os maias construíram as famosas cidades de Tikal, Palenque, Copán e Calakmul, etambém Dos Pilas, Uaxactún, Altún Ha, e muitos outros centros habitacionais na área.

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Jamais chegaram a desenvolver um império embora algumas cidades-estado independentes tenham formado ligas temporárias, associações e mesmo rápidos

 períodos de suserania. Os monumentos mais notáveis são as pirâmides que construíramem seus centros religiosos, junto aos palácios de seus governantes. Outros restosarqueológicos muito importantes são as chamadas estelas (os maias as chamam de tetún,

ou "três pedras"), monolitos de proporções consideráveis que descrevem os governantesda época, sua genealogia, seus feitos de guerra e outros grandes eventos, gravados emcaracteres hieroglíficos.

Os maias tinham economia preponderantemente agrícola embora praticassemativamente o comércio em toda a Mesoamérica e possivelmente para além desta. Entreos principais produtos do comércio estavam o jade, o cacau, o sal e a obsidiana.

Arte

Relevo em estuque no museu de Palenque

Muitos consideram a arte maia da Era Clássica (200 a 900 d.C.) como a mais sofisticadae bela do Novo Mundo antigo. Os entalhes e relevos em estuque de Palenque e aestatuária de Copán são especialmente refinados, mostrando uma graça e observação

 precisa da forma humana, que recordaram aos primeiros arqueólogos da civilização doVelho Mundo, daí o nome dado à era.

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Mural com afresco em Bonampak 

Somente existem fragmentos da pintura avançada dos maias clássicos, a maioriasobrevivente em artefatos funerários e outras cerâmicas. Também existe uma construçãoem Bonampak que tem murais antigos e que, afortunadamente, sobreviveram a umacidente.

Com as decifrações da escrita maia se descobriu que essa civilização foi uma das poucas nas quais os artistas escreviam seu nome em seus trabalhos.

Arquitetura

A arquitetura maia abarca vários milênios; ainda assim, mais dramática e facilmentereconhecíveis como maias são as fantásticas pirâmides escalonadas do final do período

 pré-clássico em diante. Durante este período da cultura maia, os centros de poder religioso, comercial e burocrático cresceram para se tornarem incríveis cidades como

Chichén Itzá, Tikal e Uxmal. Devido às suas muitas semelhanças assim comodiferenças estilísticas, os restos da arquitetura maia são uma chave importante para oentendimento da evolução de sua antiga civilização.

Desenho urbano

Ainda que as cidades maias estivessem dispersas na diversidade da geografia daMesoamérica, o efeito do planejamento parecia ser mínimo; suas cidades foramconstruídas de uma maneira um pouco descuidada, como ditava a topografia e declive

 particular. A arquitetura maia tendia a integrar um alto grau de características naturais.Por exemplo, algumas cidades existentes nas planícies de pedra calcária no norte doIucatã se converteram em municipalidades muito extensas enquanto que outras,construídas nas colinas das margens do rio Usumacinta, utilizaram os declives e montesnaturais de sua topografia para elevar suas torres e templos a alturas impressionantes.Ainda assim prevalece algum sentido de ordem, como é requerido por qualquer grandecidade.

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Cenote Sagrado de Chichén Itzá

 No começo da construção em grande escala, geralmente se estabelecia um alinhamentocom as direções cardinais e, dependendo do declive e das disponibilidades de recursosnaturais como água fresca (poços ou cenotes), a cidade crescia conectando grandes

 praças com as numerosas plataformas que formavam os fundamentos de quase todos osedifícios maias, por meio de calçadas chamadas sacbeob (singular  sacbe).

Maquete da acrópole de San Andrés.

 No coração das cidades maias existiam grandes praças rodeadas por edifíciosgovernamentais e religiosos, como a acrópole real, grandes templos de pirâmides eocasionalmente campos de jogo de bola. Imediatamente para fora destes centros rituaisestavam as estruturas das pessoas menos nobres, templos menores e santuáriosindividuais. Entretanto, quanto menos sagrada e importante era a estrutura, maior era ograu de privacidade. Uma vez estabelecidas, as estruturas não eram desviadas de suasfunções nem outras eram construídas, mas as existentes eram freqüentemente

reconstruídas ou remodeladas.

As grandes cidades maias pareciam tomar uma identidade quase aleatória, que contrasta profundamente com outras cidades da Mesoamérica como Teotihuacán em suaconstrução rígida e quadriculada.

Ainda que a cidade se dispusesse no terreno na forma em que a natureza ditara, se punha cuidadosa atenção à orientação dos templos e observatórios para que fossemconstruídos de acordo com a interpretação maia das órbitas das estrelas. Afora oscentros urbanos constantemente em evolução, existiam os lugares menos permanentes emais modestos do povo comum.

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O desenho urbano maia pode descrever-se singelamente como a divisão do espaço emgrandes monumentos e calçadas. Neste caso, as praças públicas ao ar livre eram oslugares de reunião para as pessoas. Por esta razão, o enfoque no desenho urbano tornavao espaço interior das construções completamente secundário. Somente no período pós-clássico tardio, as grandes cidades maias se converteram em fortalezas que já não

 possuíam, a maioria das vezes, as grandes e numerosas praças do período clássico.

Materiais de construção

Pirâmides de Comalcalco

Tijolo de Comalcalco

Um aspecto surpreendente das grandes estruturas maias é a carência de muitas dastecnologias avançadas que poderiam parecer necessárias a tais construções. Não hánotícia do uso de ferramentas de metal, polias ou veículos com rodas. A construçãomaia requeria um elemento com abundância, muita força humana, embora contasse comabundância dos materiais restantes, facilmente disponíveis.

Toda a pedra usada nas construções maias parece ter sido extraída de pedreiras locais;com maior freqüência era usada pedra calcária, que, ainda que extraída e exposta,

 permanecia adequada para ser trabalhada e polida com ferramentas de pedra, sóendurecendo muito tempo depois.

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Além do uso estrutural de pedra calcária, esta era usada em argamassas feitas docalcário queimado e moído, com propriedades muito semelhantes às do atual cimento,geralmente usada para revestimentos, tetos e acabamentos e para unir as pedras apesar de, com o passar do tempo e da melhoria do acabamento das pedras, reduzirem estaúltima técnica, já que as pedras passaram a se encaixar quase perfeitamente. Ainda

assim o uso da argamassa permaneceu crucial em alguns tetos de postes e vergas sobre portas e janelas (dintel).

Quando se tratava das casas comuns, os materiais mais usados eram as estruturas demadeira, adobe nas paredes e cobertura de palha, embora tenham sido descobertas casascomuns feitas de pedra calcária, senão total mas parcialmente. Embora não muitocomum, na cidade de Comalcalco, foram encontrados ladrilhos de barro cozido,

 possivelmente solução encontrada para o acabamento em virtude da falta de depósitossubstanciais de boa pedra.

Processo de construção

Ruínas de Palenque.

Todas as evidências parecem sugerir que a maioria dos edifícios foi construída sobre plataformas aterradas cuja altura variava de menos de um metro, no caso de terraços eestruturas menores, a até quarenta e cinco metros, no caso de grandes templos e

 pirâmides. Uma trama inclinada de pedras partia das plataformas em pelo menos umdos lados, contribuindo para a aparência bi-simétrica comum à arquitetura maia.Dependendo das tendências estilísticas que prevaleciam na área e época, estas

 plataformas eram construídas de um corte e um aterro de entulhos densamente

compactado. Como no caso de muitas outras estruturas, os relevos maias que osadornavam, quase sempre se relacionavam com o propósito da estrutura a que sedestinavam. Depois de terminadas, as grandes residências e os templos eramconstruídos sobre as plataformas. Em tais construções, sempre erguidas sobre tais

 plataformas, é evidente o privilégio dado ao aspecto estético exterior em contra-ponto à pouca atenção à utilidade e funcionalidade do interior.

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Imagem 3D do grupo de templos de Palenque ao qual se integra o Templo da Cruz.

Parece haver um certo aspecto repetitivo quanto aos vãos das construções nos quais osarcos (como curvas) são raros, mas freqüentemente retos, angulados ou imbricados,tentando mais reproduzir a aparência de uma cabana maia, do que efetivamenteincrementar o espaço interior. Como eram necessárias grossas paredes para sustentar oteto, alguns edifícios das épocas mais posteriores utilizaram arcos repetidos ou uma

abóbada arqueada para construir o que os maias denominavam pinbal , ou saunas, comoa do Templo da Cruz em Palenque. Ainda que completadas as estruturas, a elas iam-seanexando extensos trabalhos de relevo ou pelo menos reboco para aplainar quaisquer imperfeições. Muitas vezes sob tais rebocos foram encontrados outros trabalhos deentalhes e dintéis e até mesmo pedras de fachadas. Comumente a decoração com faixasde relevos era feita em redor de toda a estrutura, provendo uma grande variedade deobras de arte relativas aos habitantes ou ao propósito do edifício. Nos interiores, enotadamente em certo período, foi comum o uso de revestimentos em reboco

 primorosamente pintados com cenas do uso cotidiano ou cerimonial.

Há sugestão de que as reconstruções e remodelações ocorriam em virtude do

encerramento de um ciclo completo do calendário maia de conta larga, de 52 anos.Atualmente, pensa-se que as reconstruções eram mais instigadas por razões políticas doque pelo encerramento do ciclo do calendário, já que teria havido coincidência com adata da assunção de novos governantes. Não obstante, o processo de reconstrução emcima de estruturas velhas é uma prática comum. Notavelmente, a acrópole de Tikal, 

 parece ser a síntese de um total de 1500 anos de modificações arquitetônicas.

Construções notáveis

Ruínas de construções maias no México

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Plataformas cerimoniais

Estas eram comumente plataformas de pedra calcária com muros de menos de quatrometros de altura onde se realizavam cerimônias públicas e ritos religiosos. Construídasnas grandes plataformas, eram ao menos realçadas com figuras talhadas em pedra e às

vezes tzompantli ou uma estaca usada para exibir as cabeças das vítimas geralmente osderrotados nos jogos de bola mesoamericanos.

Palácios

Palácio de Palenque

Grandes e geralmente muito decorados, os palácios geralmente ficavam próximos docentro das cidades e hospedavam a elite da população. Qualquer palácio real grande ouao menos que tivesse várias câmaras ou erguido em vários níveis, tem sido chamado deacrópole. Tais construções consistiam de várias pequenas câmaras ou pelo menos um

 pátio interno, parecendo propositadas a servirem de residência a uma pessoa ou pequeno

grupo familiar decorada como tal.Os arqueólogos parecem estar de acordo em que muitos palácios são também o lugar demuitas tumbas mortuárias. Em Copán, debaixo de 400 anos de remodelações

 posteriores, se descobriu a tumba de um de seus antigos governantes e a acrópole deTikal parece ter sido o lugar de vários sepultamentos do final do período pré-clássico einício do clássico.

Existe, no entanto, alguns arqueólogos que afirmam serem os palácios locais não muito prováveis para a morada da elite governante, uma vez que tais moradas mostram-sedemasiadamente infestadas de morcegos e um tanto quanto desconfortáveis; sugerindo -

assim - ser um espécie de mosteiro ou quartéis para as comunidades sacerdotais. Nessalinha de pensamento, contudo, caímos em uma outra rua sem saída: não existemcomprovações da existência de ordens eclesiásticas ou monásticas nos tempos clássicos.Concluir, portanto, que fossem moradas das classes governamentais - neste contexto - éa solução mais viável; o que não impede a existência de diversas teorias sobre a origeme a função de tais palácios.

Grupos E

Os estudiosos têm denominado de "Grupo E" à freqüentemente encontrada formação detrês pequenas construções, sempre situadas a oeste das cidades, tratando-se de umintrigante mistério a sua recorrência.

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Estas construções sempre incluem pelo menos uma pequena pirâmide-templo a oeste da praça principal que tem sido aceita como observatório devido ao seu preciso posicionamento em relação ao Sol, quando observado da pirâmide principal nossolstícios e equinócios. Outras teses sugerem que sua localização reproduz ou pelomenos se relaciona com a história da criação do universo segundo a mitologia maia,

 posto que vários de seus adornos a ela, freqüentemente, se referem.

Pirâmides e templos

Palenque - Templo das Inscrições

Com freqüência os templos religiosos mais importantes se encontravam em cima das pirâmides maias, supostamente por ser o lugar mais perto do céu. Embora recentesdescobertas apontem para o uso extensivo de pirâmides como tumbas, os templosraramente parecem ter contido sepulturas. A falta de câmaras funerárias indica que o

 propósito de tais pirâmides não é servir como tumbas e se as encerram isto é incidental.

Pelas íngremes escadarias, se permitia aos sacerdotes e oficiantes o acesso ao cume da pirâmide onde havia três pequenas câmaras com propósitos rituais. Os templos sobre as pirâmides, a mais de 70 metros de altura, como em El Mirador, de onde se descortinavao horizonte ao longe, constituíram estruturas impressionantes e espetaculares, ricamentedecoradas. Comumente possuíam uma crista sobre o teto, ou um grande muro que,teorizam, poderia ter servido para a escrita de sinais rituais para serem vistos por todos.

Como eram ocasionalmente as únicas estruturas que excediam a altura da selva, ascristas sobre os templos eram minuciosamente talhadas com representações dosgovernantes que se podiam ver de grandes distâncias. Debaixo dos orgulhosos templosestavam as pirâmides que eram, em última instância, uma série de plataformas divididas

 por escadarias empinadas que davam acesso ao templo.

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Observatórios astronômicos

Kukulkán é o nome maia de Quetzalcóatl, aqui desenhado a partir de um baixo-relevo de Yaxchilan.

Os maias foram excepcionais astrônomos e mapearam as fases e cursos de diversoscorpos celestes, especialmente da Lua e de Vênus.

Muitos de seus templos tinham janelas e miras demarcatórias (e provavelmente outrosaparatos) para acompanhar e medir o progresso das rotas dos objetos observados.Templos arredondados, quase sempre relacionados com Kukulcán, são talvez os maisdescritos como observatórios pelos mais modernos guias turísticos de ruínas, mas não

há evidências que o seu uso tinha exclusivamente esta finalidade.

Em vários templos sobre pirâmides foram encontradas marcações de miras que indicamque observações astronômicas também foram feitas dali.

Grande estádio em Chichen Itza

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Campos de jogo de bola

Um aspecto interessante do estilo de vida mesoamericano é o seu jogo de bola ritual eseus campos ou estádios, que foram construídos por todo o império maia em grandeescala.

Estes estádios normalmente situavam-se nos centros das cidades. Tratavam-se deespaços amplos entre duas laterais de plataformas ou rampas escalonadas paralelas, emforma de "I" maiúsculo direcionado para uma plataforma cerimonial ou templo menor.Tais campos foram encontrados na maioria das cidades maias, exceto nas menores.

Sistema de escrita

Logograma OC, dia 10 do ciclo Tzolkin.

O sistema de escrita maia (geralmente chamada hieroglífica por uma vaga semelhançacom a escrita do antigo Egito, com o qual não se relaciona) era uma combinação desímbolos fonéticos e ideogramas. É o único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de

eficiência que o idioma escrito no velho mundo.

As decifrações da escrita maia têm sido um longo e trabalhoso processo. Algumas partes foram decifradas no final do século XIX e início do século XX (em sua maioria, partes relacionadas com números, calendário e astronomia), mas os maiores avanços sefizeram nas décadas de 1960 e 1970 e se aceleraram daí em diante de maneira queatualmente a maioria dos textos maias podem ser lidos quase completamente em seusidiomas originais. Lamentavelmente, os sacerdotes espanhóis, em sua luta pelaconversão religiosa, ordenaram a queima de todos os códices maias logo após aconquista.

Assim, a maioria das inscrições que sobreviveram são as que foram gravadas em pedrae isto porque a grande maioria estava situada em cidades já abandonadas quando osespanhóis chegaram.

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Página do chamado códice de Madrid.

Os livros maias, normalmente tinham páginas semelhantes a um cartão, feitas de umtecido sobre o qual aplicavam uma película de cal branca sobre a qual eram pintados oscaracteres e desenhadas ilustrações. Os cartões ou páginas eram atadas entre si pelaslaterais de maneira a formar uma longa fita que era dobrada em zigue-zague paraguardar e desdobrada para a leitura.

Atualmente restam apenas três destes livros e algumas outras páginas de um quarto, detodas as grandes bibliotecas então existentes. Freqüentemente são encontrados, nasescavações arqueológicas, torrões retangulares de gesso que parecem ser restos do quefora um livro depois da decomposição do material orgânico.

Relativamente aos poucos escritos maias existentes, Michael D. Coe, um proeminentearqueólogo da Universidade de Yale disse:

“Nosso conhecimento do pensamento maia antigo representa só uma minúscula fração do panorama completo, pois dos milhares de livros nos quais toda aextensão dos seus rituais e conhecimentos foram registrados, só quatro

 sobreviveram até os tempos modernos (como se toda a posteridade soubesse de

nós, baseados apenas em três livros de orações e "El Progreso del Peregrino).” 

Livros maias

• Chilam Balam

• Popol Vuh, (que significa livro da reunião ou comunidade, considerado a Bibliamaia)

• Rabinal Achí • Anais dos Caqchiqueles• Códices maias

Matemática

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Grafia dos números maias

Os maias (ou seus predecessores olmecas) desenvolveram independentemente oconceito de zero (de fato, parece que estiveram usando o conceito muitos séculos antesdo velho mundo), e usavam um sistema de numeração de base 20.

As inscrições nos mostram, em certas ocasiões, que trabalhavam com somas de atécentena de milhões. Produziram observações astronômicas extremamente precisas; seusdiagramas dos movimentos da Lua e dos planetas se não são iguais, são superiores aosde qualquer outra civilização que tenha trabalhado sem instrumentos óticos. Aoencontro desta civilização com os conquistadores espanhóis, o sistema de calendáriosdos maias já era estável e preciso, notavelmente superior ao calendário gregoriano,muitas vezes reformado depois disto.

Decadência da civilização maia

 Nos séculos VIII e IX a cultura maia clássica entrou em decadência, abandonando amaioria das grandes cidades e as terras baixas centrais. A guerra, o esgotamento dasterras agrícolas e a seca, ou ainda a combinação destes fatores são freqüentementesugeridos como os motivos da decadência.

Existem evidências de uma era final em que a violência se expandia: cidades amplas eabertas foram então fortemente guarnecidas por muradas, às vezes visivelmenteconstruídas às pressas. Teoriza-se também com revoltas sociais em que classescampesinas acabaram se revoltando contra a elite urbana nas terras baixas centrais.

Os estados maias pós-clássicos também continuaram prosperando nos altiplanos do sul.Um dos reinos maias desta área, Quiché, é o responsável pelo mais amplo e famosotrabalho de historiografia e mitologia maias, o "Popol Vuh".

A conquista pelo império espanhol

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Mapa da colonização das américas pela Espanha

Os territórios maias foram absorvidos durante o processo de expansão do império asteca  por volta do século XV. Por fim, no ano de 1519, Hernán Cortez inicia a conquista doterritório asteca, incluindo as regiões anteriormente pertencentes aos maias.

Algumas cidades ofereceram uma grande e feroz resistência; a última cidade estado nãofoi subjugada pelos espanhóis senão em 1697.

Panorama das descobertas

As tropas de Fernando Cortez derrotaram o exército asteca na Batalha de Otumba (1520).

Cristóvão Colombo, que tomou posse da ilhota (San Salvador ) em nome da Coroa de

Castela em 12 de outubro de 1492 e vagou pelas ilhas do Haiti, Cuba e Jamaica, julgavatratar-se das costas ocidentais de Cipango (Japão) e Catai (China).

De retorno, a mercadoria mais interessante que trouxe foram habitantes das terrasocidentais, os índios Caraíbas (vendeu 509 deles em Sevilha em 1495 e seu irmãovendeu 300 no ano seguinte em Cádiz) que pela sua nudez e modos logo denunciaramnão pertencerem aos reinos das índias, havendo até quem dissesse que nem mesmodescendentes de Adão eram.

Assim, logo se alastrou o preceito de que se chegara apenas nas antilhas ou seja, terrainculta e inóspita a caminho das Índias, razão por que, em 1506, Juan Dias de Solis eVicente Yáñez Pinzón, quando chegaram ao México, no extremo norte do Iucatã,

 julgaram tratar-se apenas de mais outra ilha.

 Nem no sôfrego desembarque emergencial de um punhado de sobreviventes de umaexpedição de Vasco Nuñes de Balboa, em 1511, nas costas do México, nem a chegada

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de Ponce de León em 1513, mais ao norte, na Flórida, deram notícia dos Maias, quecontinuaram ignorados mesmo de Fernando Cortez quando se apoderava do ImpérioAsteca no México Central a partir de 1519.

Primeiro contato

Foi somente em 4 de março de 1517 que a flotilha comandada por Francisco Hernandesde Córdoba – que estava à cata de índios para os escravizar nas fazendas de Cuba) –,fugindo a uma tempestade que já durava dois dias, aportou no norte do Iucatã e logo foiassediada por algumas canoas repletas de maias vestidos em túnicas de algodão e (emrazão de suas aparências) os espanhóis logo lhes atribuíram mais razão que oshabitantes de Cuba.

As sólidas e grandiosas construções ("casas de cal y canto" ), visíveis do mar,inspiraram o nome que os espanhóis deram ao lugar: "Gran Cairo" que evocava acultura islamita da qual os ibéricos eram tradicionais adversários (recorrentementechamavam as pirâmides de mesquitas). Tratava-se do primeiro contacto entre as duascivilizações.

Entendendo-se por sinais, os espanhóis aceitaram o convite e desembarcaram no diaseguinte e, após duas horas de marcha continente adentro, foram surpreendidos peloataque dos maias no qual, já de início, sucumbiram 15 espanhóis. E sucumbiriam todos,se não fora o uso dos mosquetes que, mais pelo barulho que pelo efeito fatal, pôs osatacantes em fuga.

Selo retratando Francisco Hernandez de Cordoba, editado na Nicarágua.

 Nos conta Bernal Diaz de Castilho em sua obra História da Conquista da Nova

Espanha, que ficaram horrorizados pelo grande número de ídolos de argila, uns comcabeças monstruosas, mulheres de grande estatura, todos em cenas e gestos diabólicos eque ...Gonzales, o padre da expedição, passou os cinco dedos em diversos deles econfiscou todo o ouro que encontrou.

Apresando dois maias, a expedição se fez ao mar novamente e navegou a oeste e sul atéchegar na atual Campeche cujas duas grandes torres visíveis ao longe do mar inspiraramo nome Punta de las Mujeres dado ao local.

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Aí os espanhóis horrorizaram-se, pois o sacerdote local acabara de praticar umsacrifício, e as paredes, assim como os cabelos do sacerdote, estavam ensopados desangue (e era preceito rigoroso que não se os podia limpar). O mal estar deve ter ficadoexplícito e o sacerdote, convocando um grande número de guerreiros, fez os espanhóisentenderem que não eram benvindos: acenderam uma pequena fogueira deram a

entender que se eles não se fossem até o fogo se extinguir, iria haver violência.

Cautelosa a tripulação retirou-se e rumou mais para o sul até Champoton ondedesembarcaram pois a provisão de água dos navios tinha se acabado e era necessáriorenová-la. Tentando encher suas pipas e vasilhas num poço do maias, estes oshostilizaram e atacaram por dias a fio, flexando-os a distância do fio das espadas e dostiros de mosquetes, que já não os assustavam.

Sem outra alternativa, os espanhóis romperam o cerco e fugiram em direção aos navios,abandonando as vasilhas de água. Na fuga, os batéis emborcaram e os espanhóisseguiram meio a nado, meio agarrados aos escombros, e depois foram resgatados.

Da centena de homens do início da expedição, neste embate cinqüenta foram mortos eos que não tiveram suas gargantas cortadas com espadas de madeira encravadas de sílex foram capturados para servirem a futuros sacrifícios, e todos os demais ficaram feridosa exceção de um único soldado que surpreendentemente saiu ileso.

O próprio cronista Bernal Diaz de Castilhos, então com 25 anos, havia levado trêsflechadas, e o chefe da expedição, Hernandes de Córdoba, veio a falecer dascomplicações dos ferimentos daqueles combates.

Feitos ao mar sem água potável, com pesadas baixas mas com um punhado de ouro,estes primeiros conquistadores foram o estopim para futuras expedições de outros tantosaventureiros. Assim se iniciava a conquista dos estados maias.

Redescoberta dos maias

Prefeitos maias em cidade da Guatemala - 1891.

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As colônias espanholas americanas estavam muito afastadas do mundo exterior, e asruínas das grandes cidades antigas eram pouco conhecidas exceto pelos locais.

Entretanto, em 1839, o explorador americano John Lloyd Stephens, escutando notíciasde ruínas perdidas nas selvas, visitou Copán, Palenque, e outras localidades

acompanhado do arquiteto e desenhista Frederick Catherwood.

Seu diário de viagem ilustrado sobre as ruínas incendiaram um forte interesse pelaregião e sua gente promovendo a assimilação do vínculo com a cultura maia entre osdirigentes locais.

A maioria da população rural contemporânea da Guatemala e Belize é maia por descendência e idioma primário; em áreas rurais do México ainda existe uma culturamaia.

Lista de sítios maiasSítios mais importantes

• Chichén Itzá • Cobá • Copán • Calakmul • Comalcalco • Palenque • Tikal • Uxmal 

Outros sítios importantes

• Altún Ha• Becán• Bonampak  • Caracol • Dos Pilas • Dzibilchaltún• El Mirador  • Etzna• Izamal• Kabaah• Kaminal Juyú• Labna• Lubaantún• Mayapán•  Nim Li Punit• Piedras Negras• Quiriguá •

Río Bec• Sayil 

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Civ ilização Inca

Império Inca (Tawantinsuyu em quíchua) foi um Estado-nação que existiu na Américado Sul de cerca de 1200 até à invasão dos conquistadores espanhóis e a execução doimperador Atahualpa em 1533.

O império incluía regiões desde o extremo norte como o Equador e o sul da Colômbia,todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do Chile. A capital doimpério era a atual cidade de Cusco (em quíchua, "Umbigo do Mundo"). O impérioabrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado oquíchua.

As fortalezas incas

Os edifícios incas se caracterizam pela monumentalidade e sobriedade. Suas cidadeseram verdadeiras fortalezas, construídas com grandes muralhas de pedra. Os incas erammestres em cortar e unir grandes blocos de pedra; a cidade-fortaleza de Machu Picchu éo exemplo mais espetacular dessa arte. Machu- Picchu foi descoberta em 1911, no topode uma montanha de 2.400 m de altura, numa região inacessível da cordilheira dosAndes. Outras construções incas importantes ficam em Cuzco e Pisac. Cuzco, a capital

do Império, tem uma rígida planificação urbana em forma quadriculada.

Formas de vida

A organização social inca era muito hierarquizada. No topo estava o Inca (filho do Sol),que era o imperador; depois a alta aristocracia, à qual pertenciam os sacerdotes,

 burocratas e os curacas (cobradores de impostos, chefes locais, juízes e comandantesmilitares); camadas médias, artesãos e demais militares; e finalmente camponeses eescravos. Os camponeses eram recrutados para lutar no exército, realizar as tarefas da

colheita ou trabalhar na construção das cidades, segundo a vontade do Inca. A família patriarcal era a base da sociedade, mas até os casamentos dependiam da autoridademáxima. O sistema penal era rígido e o sistema político extremamente despótico.

O trabalho agrícola

A terra era propriedade do Inca (imperador) e repartida entre seus súditos. As terrasreservadas ao Inca e aos sacerdotes eram cultivadas pelos camponeses, que recebiamtambém terras suficientes para subsistir. A agricultura era a base da economia inca; a ela

se dedicavam os habitantes plebeus das aldeias. Baseava-se no cultivo de um cereal, omilho, e um tubérculo, a batata. As técnicas agrícolas eram rudimentares, já que

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desconheciam o arado. Para semear utilizava um bastão pontiagudo. Os campos eramirrigados por meio de um sistema formado por diques, canais e aquedutos. Utilizava-secomo adubo o guano, esterco produzido pelas aves marinhas. Possuíam rebanhosimensos de lhamas e vicunhas, que lhes forneciam lã.

Cultura e religião

O idioma quéchua serviu de instrumento unificador do império inca. Como não tinhamescrita, a cultura era transmitida oralmente. Com um conjunto de nós e barbantescoloridos, chamados quipos, os incas desenvolveram um engenhoso sistema decontabilidade. Na matemática, utilizavam o sistema numérico decimal. Os artesãos eram

 peritos no trabalho com o ouro. Mesmo sem conhecer o torno, alcançaram um bomdomínio da cerâmica. Seus vasos tinham complicadas formas geométricas e de animais,ou uma combinação de ambas. A religião inca era uma mistura de culto à natureza (sol,

terra, lua, mar e montanhas) e crenças mágicas. Os maiores templos eram dedicados aoSol. Realizavam sacrifícios tanto de animais como de humanos.

 pintura: arte inca

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Bibliografia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-colombiano#Am.C3.A9rica_do_Sul

http://www.suapesquisa.com/astecas/

http://paginas.terra.com.br/arte/mundoantigo/astecas/index.htm