trabalho de administração. administraÇÃo participativa nas empresas e cooperativas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – FACET SISTEMA DE INFORMAÇÃO ALUNOS Fausto Souto Marcus Vinícius Michel Mota de Alencar Renier Robert Diego de Jesus Vitor Matos de Abreu ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA NAS EMPRESAS E COOPERATIVAS DIAMANTINA/MG 2009

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Page 1: Trabalho de Administração. ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA NAS EMPRESAS E COOPERATIVAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURIFACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – FACET

SISTEMA DE INFORMAÇÃO

ALUNOSFausto Souto

Marcus ViníciusMichel Mota de Alencar

RenierRobert Diego de JesusVitor Matos de Abreu

ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA NAS EMPRESAS E COOPERATIVAS

DIAMANTINA/MG2009

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ALUNOSFausto Souto

Marcus ViníciusMichel Mota de Alencar

RenierRobert Diego de JesusVitor Matos de Abreu

ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA NAS EMPRESAS E COOPERATIVAS

O presente trabalho visa apresentar uma empresa capitalista que possui em seu modelo de gestão a administração participativa, bem como uma cooperativa que possui igual modelo de gestão. Ainda são apresentados alguns conceitos de autogestão e economia solidária.

Professor(a): Geruza de Fátima Tomé Sabino

DIAMANTINA/MG2009

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SumárioINTRODUÇÃO..............................................................................................................................5A EMPRESA ALGAR TELECOM ....................................................................................................6

A escolha................................................................................................................................6 A empresa .............................................................................................................................6 Visão, Missão e Valores.........................................................................................................7Algar em Números..................................................................................................................8Algar e a Gestão Participativa.................................................................................................9

A reestruturação................................................................................................................9Análise da Administração Participativa da Algar Telecom ..............................................11

AUTOGESTÃO.............................................................................................................................13Economia solidária....................................................................................................................14

Origem..................................................................................................................................14Definição...............................................................................................................................14Características......................................................................................................................14Tipos de Economia Solidária.................................................................................................15

Produção..........................................................................................................................15 Conceito.....................................................................................................................15 Exemplo.....................................................................................................................15

Consumo..........................................................................................................................15 Conceito.....................................................................................................................15 Exemplo.....................................................................................................................16 Gestão........................................................................................................................16 Finalidade..................................................................................................................16

COACAL – Cooperativa agropecuária de catalão......................................................................17Tipo de economia solidária..................................................................................................17Gestão...................................................................................................................................17Missão..................................................................................................................................17Visão.....................................................................................................................................17

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Índice de ilustraçõesIlustração 1: Perfil da Empresa Algar Telecom............................................................................8

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Novembro/2009 ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA NAS EMPRESAS E COOPERATIVAS

INTRODUÇÃO

Uma revolução silenciosa dentro das organizações está acontecendo neste momento.

Não se trata de uma nova tecnologia, longe disso. A ideia da democracia, ainda que pouco

utilizada pelas empresas, está presente em nosso meio desde a Grécia antiga. Com toda a

sua ideia de participação, de forma direta ou indireta integrando trabalhadores, empresas e

a comunidade, os novos modelos de gestão voltados a participação, baseia-se na troca de

ideias, entre funcionários ou da organização com cliente e fornecedores, para um melhor

fluxo de trabalho, gerando mais eficiência e qualidade na produção ou prestação de serviço.

O presente trabalho está dividido em quatro partes, iniciando-se pela apresentação

da empresa ALGAR Telecom, explicando os motivos da sua escolha, bem como sua história,

evolução, missão, visão e aspectos gerais e ainda o modelo de gestão participativa que a

mesma adotou. Na segunda parte será destinada a falar sobre a autogestão com suas

características e citando alguns exemplos. Na terceira parte será explicando um pouco sobre

a economia solidária e seus aspectos. A seguir será apresenta a cooperativa COACAL, onde

será destacado sua história, missão, visão, análise da sua estrutura bem como seu modelo de

gestão participativa.

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Novembro/2009 ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA NAS EMPRESAS E COOPERATIVAS

A EMPRESA ALGAR TELECOM

A escolhaA empresa Algar Telecom foi selecionada para compor este trabalho principalmente

por figurar em três rankings das melhores empresas para se trabalhar. Fato que nos chamou

a atenção.

A empresa que atua no setor de telecomunicações foi cotada entre as 100 melhores

empresas para se trabalhar no ano de 2009 pela Revista Época, Edição 588 de 22/08/2009,

das 150 melhores da Revista Você S/A da editora Abril e ficou na trigésima colocação na lista

das 60 melhores empresas de TI e Telecom para se trabalhar pelo site/Revista

ComputerWorld. Apesar de não termos informações a respeito das colocações da empresa

no primeiros rankings identificamos uma grande quantidade de informações relevantes

sobre a gestão participativa da empresa, o que justifica o seu excelente desempenho.

A grande quantidade de informações disponíveis a seu respeito e sua gestão aliás,

também foi decisivo na escolha da empresa, pela facilidade na pesquisa.

A empresa

A Algar Telecom é uma empresa que pertence ao Grupo Corporativo Algar, fundado

pelo empresário Alexandrino Garcia em 1954, levando o nome do seu fundador. Na época o

mesmo havia adquirido a então Telefônica Teixerinha. A Algar Telecom é uma empresa de

serviços de telecomunicações, principalmente telefonia, que inicialmente chamava-se CTBC

e atende a região central do Brasil, em especial a cidade de Uberlândia, onde nasceu e está

presente sua sede, e ainda outras cidades dos estados de Minas Gerais, Goiás, Distrito

Federal, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo.

Alexandrino permaneceu à frente dos negócios até 1987, quando teve que se afastar

por problemas de saúde, sendo substituído por seu filho, Luiz Alberto Garcia, atual

presidente do Conselho de Administração da Algar.

A Algar Telecom está presente no portfólio do Grupo Algar que é formado por outras

empresas que atuam em diversos setores da economia desde que a empresa passou a

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diversificar-se a partir da década de 70, como no processamento de soja, agropecuária,

manutenção, fretamento e venda de aeronaves, segurança, serviços de TI e consultoria e

turismo. A Algar Telecom atua na telefonia fixa, celular, comunicação de dados, internet

banda larga e TV a cabo.

A Algar Telecom foi a empresa privada pioneira no setor de telecomunicações, já que

até o ano de 1998 toda a rede de telecomunicação do Brasil era de controle do estado

através da Telebrás, que foi privatizada naquele ano.

Visão, Missão e ValoresDesde 2007 a Algar Telecom tem como Visão “Gente Servindo Gente”, ressaltando

que valoriza primeiramente as pessoas, seja ela o cliente, fornecedor ou

associado(denominação que a empresa usa para os seus funcionários).

Apresenta como sua Missão “Servir e integrar pessoas e negócios de forma

sustentável”.

Alguns dos seus valores são:

• Cliente, nossa razão de existir;

• Integridade;

• Sustentabilidade;

• Simplicidade;

• Transparência;

• Espírito empreendedor;

• Respeito aos investidores;

• Valorização dos talentos humanos;

• Crença no Brasil.

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Algar em Números

A Algar Telecom conta atualmente com 1.507 funcionários, com auto grau de

escolaridade e com faturamento estimado em R$ 1,4 bilhão em 2008, conforme dados

apresentados na revista Época de 22/08/2009, edição n.º 588.

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Fonte: Revista Época

Ilustração 1: Perfil da Empresa Algar TelecomA

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Algar e a Gestão Participativa

A Algar Telecom pode ser considerada pioneira na gestão de pessoas(ver REVISTA

VOCÊ S/A). Com a necessidade de crescimento a empresa buscou maneira de inovar superar

as dificuldades.

A reestruturaçãoCom a crise que o Brasil enfrentava no final da década de 80 a Algar foi obrigada e se

reestruturar, reduzindo o número de empresas que o grupo detinha de 54 para 23 naquela

época, mas as mudanças estavam apenas começando.

A empresa CTBC, por mais de 40 anos, atuou como única empresa privada no setor, e

isto de certa forma, parece ter contribuído para o bom desempenho da empresa e

também do Grupo. Porém, o que assistimos atualmente é que o novo contexto de

transformações, ocorrendo a nível mundial, decorrentes do processo de

reestruturação produtiva, implicando em mudanças na estrutura produtiva pela

introdução de inovações tecnológicas e organizacionais, e mais recentemente, o

novo padrão de competição advindo do processo de privatização, tem levado

também as empresas do setor, mais especificamente a CTBC, a definir novas

estratégias de negócios, na tentativa de se adaptarem a este novo cenário. (BORGES,

2000, p. 6).

De fato as mudanças no setor de telecomunicação com a introdução de novas

tecnologias obrigou a Algar a se reestruturar para conseguir sobrevier a concorrência das

então recentes gigantes do mercado.

É notável como a Algar (CTBC) tenha sobrevivido mesmo com a concorrência com

grandes empresas internacionais que surgiram no mercado após a privatização no setor de

telecomunicação. Mas percebe-se que a rápida adaptação da empresa ao novo cenário com

a mudança estratégica e estruturais foi crucial para este sucesso.

Segundo BORGES (2000, p 7):

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Várias foram as estratégias adotadas pelo Grupo, e particularmente pela

empresa CTBC, para enfrentar o novo cenário de mudanças, como por

exemplo: a busca da qualidade total, a implantação de inovações tecnológicas e

a adoção de um modelo de administração participativo1, como forma de se

adequar às mudanças globais e poder atender à emergente sociedade da

informação.

Percebe-se que a adoção de um modelo de gestão participativa na empresa foi de

suma importância para obter manter a empresa viva e consegui enfrentar as mudanças

oriundas da concorrência e as novas tecnologias. Esse modelo será melhor retratado nos

itens a seguir.

Todo o processo de reestruturação da empresa teve início no final de 1988 e no ano

de 1989, com a substituição do modelo familiar que existia na empresa para uma modelo

mais profissional e a adoção de diversas estratégias para enfrentar o cenário de mudanças:

• Terceirização do setor de serviços gerais e consequentemente reduzindo a influência

do sindicato;

• Aumento da profissionalização da administração em todos os níveis;

• Adoção de uma estrutura denominada empresa-rede, em substituição a uma

estrutura piramidal existente;

A partir desta nova estrutura as decisões, tanto no Grupo ALGAR como na empresa

CTBC Telecom, foram descentralizadas e cada área passou a funcionar como uma

micro empresa auto gerenciada, chamadas Centro de Resultados (CR s). Estes CR

s passaram a ter orçamentos próprios, objetivos a cumprir, autonomia integrada

e administração participativa. Com esta estrutura do tipo rede a cultura exigida dos

trabalhadores foi de comprometimento, onde a missão e objetivos estratégicos da

empresa passaram a ser definidos pela alta direção, constituindo a base de trabalho

para os CR s. Com a filosofia de empresa rede, os níveis hierárquicos foram reduzidos

e o termo chefe foi abolido na empresa e substituído pelo coordenador de

equipe (ver EMPRESA REDE,1996). (BORGES, 2000, p. 8).

• Busca da qualidade no atendimento e na satisfação total do cliente através da

implantação do Sistema da Qualidade Total em 1991.

1 Busca-se o envolvimento dos trabalhadores com a lógica do capital. Sobre o participacionismo sindical (ver SOARES, 1998, DIAS, 1996 e GRACIOLLI, 1999). Nota de responsabilidade da autora.

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• Formação de parcerias e alianças com empresas com capacitação técnica ou domínio

de mercado em áreas complementares.

• Investimentos na capacitação dos profissionais através de treinamentos no exterior.

Todas essas mudanças foram suma importância para a manutenção da empresa no

mercado, e suas estratégias levaram para dentro dela um novo conceito de gestão, antes de

perfil familiar para uma gestão mais profissionalizada e alinhada com modelo exigido, ou

recomendado para empresas que atuam no setor de telecomunicações.

Análise da Administração Participativa da Algar Telecom

São destaques da reportagem da revista Época a adoção de horários flexíveis para os

funcionários que não lidam diretamente com o público, podendo sair antes do fim da

jornada ou se sentir a vontade em trabalhar em um sábado. Percebe-se que há um cultura

de responsabilidade entre os funcionários a respeito da sua função na empresa. Outro

destaque, segundo a revista Você S/A é o pioneirismo da empresa nas práticas de gestão de

pessoas e na aplicação de participação de lucro. A Algar ainda adotou as nomenclaturas

“Talentos Humanos” para designar o departamento de RH e “associados” para designar os

trabalhadores da empresa. Buscou ainda investir na formação dos seus associados, através

de treinamentos externos e internos. O site COMPUTERWORLD destaca principalmente a

adoção da política de carreia em Y, que consiste em garantir oportunidade aqueles

excelentes técnicos, além do elaborar planos de desenvolvimento individual para os gestores

se reciclarem e desenvolverem suas habilidades gerenciais.

Percebe-se um grande investimento da Algar nos seus funcionários, especialmente

após sua reestruturação. Com uma estrutura mais enxuta e o investimento na constante

capacitação de seus profissionais, tornou-se possível mudar a cultura da empresa, mais

dinâmica e participativa. Bom para a empresa e os seus funcionários ou associados, como

são chamados. Com uma quantidade menor de funcionários a gestão de pessoas se torna

mais fácil, e a motivação no trabalho deixa de ser através da coerção e passa a ser através da

participação nos lucros, nas discussões com a empresa sobre os assuntos relacionados a ela

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ou na definição do horário de trabalho pelo funcionário.

Foi destacado ainda pela revista Você S/A, a empresa ainda enfrenta problemas com

o seu modelo de gestão quanto a insegurança que ainda exite dentro da empresa com

relação as antigas reestruturações e contantes trocas de chefia e ainda o aumento do nível

de estresse de alguns de seus funcionários pela polivalência dos mesmos. A empresa

percebendo isso, vem investindo na melhora dos serviços de saúde de seus funcionários.

O diferencial competitivo das empresas do setor de telecomunicações passa então a

se focar na inovação de seus produtos aliada a uma prestação de serviço ágil e de qualidade.

As mudanças de postura e a implantação de um processo de reestruturação, e novos

modelos de gestão voltados a participação, possibilita a empresa a acompanhar tanto as

tendências do mercado nacional quanto internacional, dessa forma gerando ganhos

expressivos para a empresa, seja com o lucro, seja na qualidade do seu serviço ou na

qualidade, felicidade e eficiência de seu funcionário.

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AUTOGESTÃO

Autogestão é quando um organismo é administrado pelos seus participantes em

regime de democracia direta. Em autogestão, não há a figura do patrão, pois todos os

empregados participam das decisões administrativas em igualdade de condições. Em geral,

os trabalhadores são os proprietários da empresa autogestionada.

Unidade de autogestão é aquela unidade para qual seus membros formam um grupo que se

governa a si mesmo. No tipo autogestão de autogoverno, todos os trabalhadores numa

determinada firma se tornam seus administradores diretos.

Na Zanon (fábrica de cerâmica na Argentina), tudo se decide em assembleias, não

existe hierarquia entre os que estão na produção ou na administração.

Isso mostra que quando os trabalhadores tomam em suas mãos o controle da

produção e podem dar uma saída diferente do desemprego, fome e miséria.

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Economia solidária

OrigemA Economia Solidária surgiu na primeira Revolução Industrial como reação

dos artesãos expulsos do mercado por causa do advento da máquina a vapor.

DefiniçãoEconomia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar

o que é preciso para viver, Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem

destruir o ambiente.

CaracterísticasCooperação: existência de interesses e objetivos comuns, a união dos

esforços e capacidades, a propriedade coletiva de bens, a partilha dos resultados e

a responsabilidade solidária. Envolve diversos tipos de organização coletiva:

empresas autogestionárias ou recuperadas (assumida por trabalhadores);

associações comunitárias de produção; redes de produção, comercialização e

consumo; grupos informais produtivos de segmentos específicos (mulheres, jovens

etc.); clubes de trocas etc. Na maioria dos casos, essas organizações coletivas

agregam um conjunto grande de atividades individuais e familiares.

Autogestão: os participantes das organizações exercitam as práticas

participativas de autogestão dos processos de trabalho, das definições estratégicas

e cotidianas dos empreendimentos, da direção e coordenação das ações nos seus

diversos graus e interesses, etc. Os apoios externos, de assistência técnica e

gerencial, de capacitação e assessoria, não devem substituir nem impedir o

protagonismo dos verdadeiros sujeitos da ação.

Dimensão econômica: é uma das bases de motivação da agregação de

esforços e recursos pessoais e de outras organizações para produção,

beneficiamento, crédito, comercialização e consumo. Envolve o conjunto de

elementos de viabilidade econômica, permeados por critérios de eficácia e

efetividade, ao lado dos aspectos culturais, ambientais e sociais.

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Solidariedade: caráter de solidariedade nos empreendimentos é expresso

em diferentes dimensões: na justa distribuição dos resultados alcançados; nas

oportunidades que levam ao desenvolvimento de capacidades e da melhoria das

condições de vida dos participantes; no compromisso com um meio ambiente

saudável; nas relações que se estabelecem com a comunidade local; na

participação ativa nos processos de desenvolvimento sustentável de base territorial,

regional e nacional; nas relações com os outros movimentos sociais e populares de

caráter emancipatório; na preocupação com o bem estar dos trabalhadores e

consumidores; e no respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Tipos de Economia Solidária

Produção

ConceitoO seu capital será constituído por cotas, distribuídas por igual entre todos os

membros, que desta forma, são sócios do empreendimento. O princípio geral da

autogestão nesse tipo de economia solidária é que "todos os que trabalham são

donos do empreendimento e todos os que são donos trabalham no

empreendimento."

ExemploAssociações ou cooperativas agropecuárias, industriais, de transporte, de

educação escolar, de hotelaria, ecovilas.

Consumo

ConceitoO seu capital será também constituído por cotas, distribuídas por igual entre

todos membros, que assim se tornam sócios do empreendimento. Neste caso, o

princípio geral da autogestão é que "todos os que consomem são donos do

empreendimento e todos os que são donos consomem no empreendimento".

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Novembro/2009 ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA NAS EMPRESAS E COOPERATIVAS

ExemploCoperativas de consumo, habitacionais, de crédito e mútuas de seguros

gerais, de seguro de saúde, clubes de troca, etc.

GestãoA administração de um empreendimento é coletiva e democrática. Todas as

decisões mais importantes são tomadas em assembléias de sócios, em que vigora o

princípio "cada cabeça um voto". Se dirigentes são necessários eles são eleitos

pelos sócios e podem ter seu mandato revogado por eles, no caso do desempenho

do dirigente for considerado não-aceitável por uma maioria dos membros.

FinalidadeNão maximizar lucro, mas a quantidade e a qualidade do trabalho.

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COACAL – Cooperativa agropecuária de catalão

A COACAL foi criada por um grupo de produtores da região de catalão no

estado de Góias.A sua criação foi para promover desenvolvimento sócio-econômico

para o seus associados e contribuir na melhoria dos meios de produção rural.

Tipo de economia solidária

Produção

Gestão

A Administração Participativa está presente na administração da COACAL através

do envolvimento dos cooperados no processo decisório , onde as decisões são

compartilhadas e votadas em assembléia, e através da participação nos resultados,

onde o que é produzido e conquistado é dividido de forma uniforme entre seus

cooperados.

Missão

Trabalhar em prol da elevação da qualidade de vida de seus cooperados, clientes e

colaboradores, difundindo valores de cooperativismo e solidariedade a todos

integrantes da comunidade em que se situa, bem como proporcionar aos

cooperados uma relação de trabalho justo e digno.

Visão

Somos uma empresa de destaque que tem em suas raízes a busca

permanente da renovação, do desenvolvimento e da qualidade. Buscar o que há de

melhor para garantir a qualidade dos produtos. Ser bom no que se faz. Essa é a

cultura que marca a história da empresa. Foi com essa base que a COACAL se

expandiu e conquistou a confiança no mercado.

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agro

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de

cata

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Disponível em <http://computerworld.uol.com.br/gptw/2009/ranking_geral> Acesso em 30

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CHOEN , David. As 100 melhores empresas para se trabalhar. Revista Época Edição n.º588 ,

22 ago. 2009. Disponível em <http://revistaepoca.globo.com> Acesso em 30 out. 2009.

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<http://vocesa.abril.com.br/melhoresempresas> Acesso em 30 out. 2009.

Economia Solidária. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_solidária>

Acesso em 30 out. 2009.

Autogestão. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Autogestão> Acesso em 30 out.

2009.

Algar Telecom. Disponível em <http://www.algar.com.br> Acesso em 30 out. 2009.

Coacal. Disponível em <http://www.coacal.com.br/> Acesso em 30 out. 2009.

BORGES, Marlene M de Camargos. O Processo de Reestruturação Produtiva no Setor de

Telecomunicações e os Impactos sobre o Mercado de Trabalho: O Caso da Empresa CTBC

Telecom. Uberlândia, MG: UFU, 2000.

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