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Crédito ao Consumo em Portugal
Filipa Jesus Coimbra, Dezembro de 2008
Ficha Técnica
Tema: O crédito ao consumo em Portugal Autora: Filipa Alexandra Santos Jesus Aluna nº: 20080937 Ano/ Curso: 1º ano licenciatura Sociologia
Trabalho de avaliação contínua realizado no âmbito da unidade curricular de Fontes de Informação Sociológica, sob orientação do professor Dr. Paulo Peixoto. Imagens da capa retiradas de: Fonte: http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.creditoaoconsumo.com/images/pic_1.jpg&imgrefurl=http://www.creditoaoconsumo.com/credito-ao-consumo-historia.html&usg=__aMRSMxNA2qOlUzWPJHvo0KXixqE=&h=254&w=618&sz=147&hl=pt-PT&start=6&um=1&tbnid=hOeHeS-QLfwA8M:&tbnh=56&tbnw=136&prev=/images%3Fq%3Dcr%25C3%25A9dito%2Bpara%2Bconsumo%26ndsp%3D18%26um%3D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN
http://www.minerva.uevora.pt/publicar/etiquetas/index.htm
Coimbra, Dezembro de 2008 Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
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Índice
1. Introdução……………………………………………………… 1
2. Desenvolvimento: 2.1 Estado das Artes………………………………………………… 2
2.2Definição de crédito e consumo…………………………... 2
2.2O que influencia o consumo……………………………… 3
2.2 Definição de endividamento e principais causas……. ……. 6
2.5 O crédito ao consumo em Portugal………………………. 8
3 Descrição detalhada da pesquisa………………………………. 11 4 Avaliação de uma página da internet…………………………... 14
5 Ficha de leitura………………………………………………… 16 6 Conclusão……………………………………………………… 21
7 Referências bibliográficas……………………………………... 22
Anexos
A) Página da internet avaliada
B) Texto suporte da ficha de leitura
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Introdução
Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema
“Crédito ao Consumo em Portugal”. A razão da minha escolha prende-se com o facto de
ser um tema bastante actual e com a qual muitas famílias se deparam. Irei
primeiramente definir alguns conceitos básicos, tais como crédito e consumo e as razões
que levam a sociedade a recorrer ao crédito, como é o caso da publicidade, das
tecnologias e das novas necessidades que vão sendo criadas no consumidor.
Actualmente, a nossa sociedade é sobretudo uma sociedade endividada e, por
esse motivo achei por bem definir endividamento e as suas causas.
Para dar a conhecer o perfil de uma pessoa sobreendividada recorri ao CES,
mais precisamente ao Observatório do Endividamento dos Consumidores e achei
pertinente utilizar um relatório muito interessante feito por este observatório em 2002.
Deste relatório dou a conhecer o perfil de uma pessoa sobreendividada, como: o sexo,
idade, estado civil, profissão e o rendimento individual. Também deste Observatório do
Endividamento dos consumidores recolhi informação que considerei importante, sobre
um estudo acerca das principais causas de sobreendividamento
Como último sub-tema do estado das artes faço referência ao crédito ao
consumo em Portugal, onde na década de 90, este regista um forte crescimento.
Por outro lado, dou a conhecer todo o processo detalhado da minha pesquisa e a
avaliação da minha página da internet, tendo a minha escolha recaído sobre a página da
DECO (Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores)
Por último, no que diz respeito à ficha de leitura, optei por uma dissertação de
mestrado que se intitula “Crédito ao consumo e restrições de liquidez: uma aplicação à
economia portuguesa” de Flora Hermengarda de Pinho e Cunha Lobo. Nesta, optei
apenas por fazer referência a partes do texto que, de uma maneira geral, se relacionam
com o meu tema.
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2. Desenvolvimento
2.1 Estado das artes
2.2 Definição de crédito e consumo
A palavra crédito deriva das palavras latinas credere, “confiança” e creditum
“uma coisa confiada de boa fé”. Significa “uma soma em dinheiro disponibilizada por
uma pessoa, uma entidade financeira ou um banco, por um determinado período. O
beneficiário deve pagar uma forma de remuneração, designada por juro, como
contrapartida da disponibilização do dinheiro. Implica, geralmente, a prestação de uma
garantia ao banco, pela quantia emprestada. O crédito ao consumo, geralmente, dispensa
esta garantia e consequentemente implica uma taxa de juro mais elevada” (MoneyBasic,
2005).
Por sua vez, consumo “significa a aquisição de bens que podem ser bens de
consumo, bens de capital ou serviços” (sublinhado da autora). “Por definição, é a
utilização, aplicação, uso ou gasto de um bem ou serviço por um indivíduo ou uma
empresa.” (wikipédia, s.d.)
Neste trabalho irei debruçar-me apenas no consumo privado, ou seja, no
consumo realizado pelas famílias, enquanto agente económico, utilizando o rendimento
que obtêm na actividade produtiva para comprar bens e serviços necessários à satisfação
das suas necessidades, tais como: alimentação, vestuário, habitação, divertimentos e
outros.
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2.3 O que influencia o consumo
O consumo é um fenómeno social complexo condicionado por diversos factores
e com influência sobre os indivíduos.
Para Maslow, “as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia,
ou seja, uma escala de valores a serem transpostos.” (Maslow apud Oliveira, 2005: 28)
Segundo Maslow, as necessidades humanas estão dispostas segundo graus de
importância e de influência, numa pirâmide, onde, na sua base se encontram as
necessidades fisiológicas (mais baixas) e, no topo, as necessidades de auto-realização
(mais altas).
Hoje em dia, somos “bombardeados” com publicidade, quer através da
televisão, quer através da rádio, revistas, internet e até mesmo um simples panfleto
que aceitamos na rua. (sublinhado meu)
A publicidade tem como objectivo estimular o consumo, motivar, encantar e
seduzir aqueles aos quais ela se dirige, através da criação de novas necessidades, com o
fim de assegurar a venda de novos produtos.
Para Everardo Rocha (1985), a função da publicidade é: “vender um produto,
aumentar o consumo e abrir mercados”. Em cada anúncio, vendem-se: “estilos de vida,
sensações, emoções, visões do mundo, relações humanas, sistemas de classificação,
hierarquias em quantidades significativas.” ( Everardo apud Oliveira, 2005: 125)
Muitas vezes, algumas pessoas são incitadas a evidenciar um nível de vida
contrário ao seu orçamento familiar. O poder da publicidade é tão grande que o ser
humano não tem condições de optar pelo que consome e o que não precisa de consumir,
por incrível que pareça, até mesmo o consumidor consciente não está isento aos efeitos
deste fenómeno.
Também a televisão impôs o audiovisual como uma realidade central da cultura
e do quotidiano de larguíssimas camadas da população.
Devido ao facto da televisão ser um meio de informação e um instrumento
lúdico, esta, por sua vez, influencia a vida dos cidadãos, delineia-lhes as crenças e os
valores. Pelas suas características técnicas, condiciona o espectador a ter uma atitude de
observação passiva das mensagens que recebe. Todavia, existem perigos de
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manipulação deste meio de comunicação devido ao visionamento exclusivo deste, e por
se tratar de um meio de comunicação muito vasto.
Grande parte da nossa sociedade para quebrar o vazio que tem dentro de si
“mergulha” no consumo exagerado como remédio para esse mesmo vazio.
Por outro lado, também as novas tecnologias impulsionam a sociedade a
consumir pois, tal como a publicidade, criam novas necessidades, levando muitas das
vezes as pessoas a recorrer ao crédito. O que antes era topo de gama, hoje já não o é,
pois vivemos numa sociedade onde a tecnologia está numa constante renovação. Hoje
em dia, existem telemóveis, computadores, mp3, entre outras coisas que antigamente
eram impossíveis de imaginar. Devido a esta “evolução” tecnológica a sociedade vai
querendo cada vez mais e de melhor qualidade. Por estes motivos, as pessoas querem
estar sempre actualizadas comprando sempre o que “está na moda”, o que é “topo de
gama”, e para tal, recorrem ao crédito com bastante frequência, com o objectivo de
satisfazer as suas necessidades.
Actualmente, assistimos a uma expansão dos centros comerciais que constituem
outro factor com forte influência no consumo. Com a evolução das grandes superfícies
comerciais verifica-se uma grande difusão das redes de franchising e também o
comércio electrónico, onde as compras são geralmente liquidadas através do cartão de
crédito.
Com os grandes centros comerciais, verifica-se o uso de técnicas de marketing
que vão desde as campanhas de preços a outras formas mais sofisticadas de promoção
de vendas, fazendo apelo aos valores privilegiados pelos consumidores (o “saudável”, o
“ecológico”, o “tradicional”, o “moderno”, o “cool”, o “in”, etc.).
O espaço comercial é hoje comparado a um espaço de lazer, de convívio e de
cultura. Existe, portanto, o cuidado das lojas com a sua parte estética, o simbolismo do
próprio centro, as preferências e disponibilidades dos consumidores, que passaram a
aliar a tarefa de comprar ao passeio de fim-de-semana. Também a modernização do
comércio, assim como a flexibilização dos horários, animação e remodelação das lojas,
constitui uma atracção para o aumento do consumo. Muitas destas lojas, têm-lhes
associado um cartão de crédito especial, utilizado como instrumento de fidelização de
clientes, criando, desta forma, uma atracção à compra por impulso, à compra como
distracção.
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Todavia, também a facilidade de acesso ao crédito cria um forte aumento da
procura do crédito ao consumo, devido à diminuição das taxas de juro e à grande
influência das campanhas publicitárias para a cedência de crédito.
Vejamos alguns exemplos onde a publicidade exerce uma forte atracção sobre os
consumidores:
- “Alguns bancos oferecem prémios a quem lhes pedir crédito” ;
- “Outros, propõe-nos o empréstimo de 4000 € para o que quisermos, mediante "juros
baixíssimos"”;
- “Outros, ainda, aliciam-nos com a frase mágica: "Compre agora e pague depois". Há
também quem prometa crédito em cinco minutos ou ridicularize, em "spots"
publicitários, as exigências da concorrência antes de conceder um crédito. E há ainda
quem prometa vender a prestações com 0% de juros!”
Concluindo, a publicidade transmite a ideia de que o crédito não é caro e que é de fácil
acesso, podendo contribuir para o sobreendividamento rápido dos portugueses.
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2.4 Definição de endividamento e principais causas
Entende-se por endividamento o saldo devedor de um agregado familiar. “Pode
resultar apenas de uma dívida ou de mais do que uma em simultâneo, utilizando-se,
neste caso, a expressão multiendividamento” (Marques et al., 2000: 1)
“O conceito de endividamento dos particulares está normalmente associado aos
compromissos de crédito, nomeadamente crédito ao consumo (para aquisição de bens e
serviços) e crédito à habitação, este último constitui a principal fonte de endividamento
das famílias portuguesas. Entende-se por sobreendividamento a incapacidade de
responder a compromissos financeiros por insuficiência de rendimentos.” (OEC, 2002:
20a)
“O sobreendividamento põe em causa o equilíbrio orçamental do indivíduo ou do seu agregado familiar, com implicações importantes ao nível social e psicológico, como a marginalização e a exclusão social, os problemas psíquicos, o alcoolismo, a dissolução das famílias, as perturbações da saúde física e mental dos filhos das famílias sobreendividadas, etc.” (OEC, 2002: 5a).
Segundo um estudo realizado pelo Observatório do Endividamento dos
Consumidores no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, é
possível verificar que as principais causas de endividamento são: o desemprego, a
insuficiência de rendimento, a má gestão do orçamento familiar, problemas de
saúde, alteração do agregado familiar (divórcio ou morte) e agravamento do custo
de crédito (sublinhado meu). Geralmente, as famílias recorrem ao crédito com o
objectivo de comprar uma habitação, um automóvel, melhorar/renovar o lar, entre
outros…
Também considero importante, segundo dados deste estudo, apresentar o perfil
dos sobreendividados que se dirigiram à DECO, vejamos:
- a maioria são do sexo masculino, com idade compreendida entre os 36 e os 55 anos e
cujo estado civil é casado;
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- nível de instrução: secundário;
- ocupação e profissão: empregados administrativos, operários, comerciantes e
vendedores;
- o rendimento individual situa-se entre os 498,80€ e os 997,60€;
- a maioria dos sobreendividados tem mais de três dívidas, estando por isso,
multiendividados. (OEC, 2002: 33d)
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2.5 O crédito ao consumo em Portugal
É essencialmente a partir da década de 90 que o crédito ao consumo, regista em
Portugal, um grande crescimento. Este crescimento deve-se a diversos factores, tais
como: a liberalização do sistema financeiro português, a descida das taxas de juro, o
baixo nível de endividamento das famílias portuguesas e a manipulação das campanhas
publicitárias para a cedência de crédito ao consumo.
A agressividade das campanhas publicitárias feitas pelos bancos, estão
relacionadas com o facto de existir grande concorrência no mercado do crédito
bancário, levando os bancos a apostarem no crédito ao consumo. “O negócio do crédito
ao consumo é altamente vantajoso para os bancos, pela grande dispersão do risco, pela
cobrança de taxas mais elevadas e pela fidelização dos clientes, as perdas causadas por
quem deixa de pagar as dívidas são altamente compensadas, e os bancos facilitam a
concessão deste tipo de crédito.” (Lobo, 1998: 104)
Por outro lado, com as descidas das taxas de juro e com a facilidade de acesso ao
crédito, as famílias são impulsionadas a aderir ao crédito, que outrora era visto como um
sinal de pobreza e agora tornou-se algo banal na nossa sociedade.
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“De acordo com os dados do estudo Basef Banca 2006 da Marktest, mais de 1,8 milhões
de portugueses recorrem a crédito bancário para aquisição de bens e serviços”.
Neste estudo feito pelo Grupo Marktest (2006) é possível verificar que de 2000 a 2005,
assiste-se a um aumento generalizado do crédito bancário. De notar que de 2004 a 2005
o aumento é mais acentuado (15,9% e 24,5%, respectivamente).
Segundo a mesma fonte, “a maior parte dos possuidores de conta bancária diz
não destinar nenhuma percentagem do seu rendimento à poupança e os que o fazem
dizem que poupam menos que antes”. (Grupo Marktest, 2008)
Através deste gráfico, constata-se que os níveis de rendimento destinados à poupança
têm vindo a decrescer de 2003 a 2004 (29,8%; 28,4%, respectivamente). De 2004 a
2006 é possível verificar um ligeiro crescimento (28,4%; 30,5% e 33,2%,
respectivamente). De 2006 a 2008 assiste-se a um decréscimo, tendo-se obtido os
seguintes valores (33,2%; 30,4% e 29,1%, respectivamente).
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Desta forma, conclui-se que de ano para ano o crédito em Portugal tem vindo a
aumentar significativamente, e que as famílias cada vez têm menos hábitos de
poupança, conduzindo, desta forma, as famílias ao endividamento.
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2. Descrição detalhada da pesquisa
Escolhi o tema “Crédito ao Consumo em Portugal”, visto que na minha opinião é
um tema bastante actual com o qual a maioria da sociedade se depara. Outro motivo que
me levou a escolher este tema foi o facto de já ter algumas ideias formalizadas acerca
deste assunto que dia após dia me preocupa mais.
Para iniciar o meu trabalho, dirigi-me ao professor Paulo Peixoto com o fim de lhe
dar a conhecer o meu tema e a estrutura que já tinha elaborado para desenvolver o
trabalho.
Mais tarde, comecei por iniciar a minha pesquisa on-line, visto que é um meio onde
recorro com bastante frequência, com o motor de busca “Google” onde inseri a palavra-
chave «crédito e consumo», no qual obtive 14.300.000 resultados. Logo na primeira
página seleccionei um dos milhares de resultados que obtive e seleccionei uma empresa
de crédito a “GE Money”, onde nos fornece conceitos importantes como: o que é o
crédito? ; Porquê recorrer ao crédito?, entre outros…
Como não podia deixar de ser, e visto que é um conceito importantíssimo para o
desenrolar do meu trabalho, inseri o conceito “consumo” e obtive 72.000.000
resultados. Após abrir várias páginas dos resultados obtidos, decidi escolher a primeira
página, onde, no meu entender, a definição de consumo se encontra mais simples e
esclarecedora. De seguida, iniciei a pesquisa do conceito “crédito” onde obtive
136.000.000 resultados. Devido à imensidão de resultados encontrados, decidi restringir
a minha pesquisa a “crédito em Portugal”, tendo obtido 9.610.000 resultados.
Como ainda não estava satisfeita com a informação recolhida, decidi ir ao site do
Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (www.ces.uc.pt) procurar junto
do Observatório do Endividamento dos Consumidores mais alguma informação que
achasse relevante para o meu trabalho. Logo de início, encontrei vários estudos feitos
relacionados com o meu tema que considerei muito pertinentes, tais como: “O
sobreendividamento em Portugal”; “Endividamento e sobreendividamento das famílias:
conceitos e estatísticas para a sua avaliação”; “Endividamento e incumprimento no
crédito bancário ao consumo: um estudo de caso”; “Crédito à habitação: endividamento
e incumprimento em Portugal”; “O sobreendividamento em Portugal”;
“Sobreendividamento: um estudo de caso”; entre outros… Mais tarde, e como não podia
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deixar de o fazer, dirigi-me à Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de
Coimbra, pois achei este um recurso muito importante para completar o meu trabalho.
Desta forma, a minha pesquisa toma início com uma pesquisa no catálogo da mesma,
fazendo uma pesquisa simples introduzindo em assuntos o conceito «endividamento» e
obtive 9 resultados e, de entre estes escolhi uma tese de mestrado, cujo título é
“Factores explicativos das atitudes e intenções para com o endividamento” de Patrícia
Milene Azinheira Cardoso (2003). Visto que não encontrava mais nada que achasse
relevante, decidi inserir em títulos «endividamento dos consumidores» e encontrei
apenas um livro cujo título é “O endividamento dos Consumidores” de Maria Manuel
Leitão Marques, Vítor Neves, Catarina Frade, Flora Lobo, Paula Pinto e Cristina Cruz
(2000). Depois, alarguei a minha pesquisa e dirigi-me ao CES, onde encontrei uma
revista que considerei bastante importante para desenvolver o meu trabalho que se
intitula “Uma sociedade aberta ao crédito” de Maria Marques e Catarina Frade (2003).
Para finalizar o processo da minha pesquisa, através da internet, entrei no catálogo
da Biblioteca Geral e, no assunto, inseri a palavra-chave “crédito” onde obtive 38
resultados. Desses resultados seleccionei o livro “História do crédito ao consumo:
doutrinas e práticas” de Rosa-Maria Gelpi e François Julien-Labruyère; tradução de
Carlos Peres Sebastião e Silva (2000). Seleccionei este livro pois considerei o título
atractivo e relacionado com o meu trabalho. Por fim, no assunto inseri a palavra-chave
“consumo” onde obtive 80 resultados. Nesta lista de 80 resultados, deparei-me que o
consumo de droga era uma constante, mas após entrar em várias páginas encontrei o que
realmente me pareceu interessante referir no trabalho e, para tal, seleccionei o livro
“Consumidores de palmo e meio: a criança e a família perante o consumo” de Maria das
Dores Oliveira Rafael de Oliveira (2005).
No que respeita à ficha de leitura, em casa tinha uma revista crítica do centro de
estudos sociais (CES) de 1995, com um artigo do Dr. Paulo Peixoto que se intitulava
“Sedução ao consumo. As novas superfícies comerciais urbanas”. Apesar de achar
interessante este artigo, decidi não o utilizar para a realização da ficha de leitura, visto
que este artigo já foi utilizado para o mesmo tema noutros anos lectivos. Desta forma,
dirigi-me à Biblioteca da Faculdade de Economia e decidi ir procurar outras revistas
críticas de ciências sociais, mas, para minha infelicidade, não encontrei nenhuma revista
crítica que tivesse um artigo sobre o meu tema. Assim, e como não encontrava outra
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solução, entrei no site do CES e fui em busca de revistas críticas relacionadas com o
meu tema, mas não obtive o que pretendia.
Desta forma, voltei a dirigir-me à Biblioteca da Faculdade de Economia e inseri em
assunto o conceito “crédito ao consumo em Portugal” onde obtive 25 resultados. Destes,
seleccionei uma dissertação de mestrado em economia na especialidade de economia
financeira, que se intitula: “Crédito ao consumo e restrições de liquidez: uma aplicação
à economia portuguesa” de Flora Hermengarda de Pinho e Cunha Lobo (1998).
Em relação à página de avaliação do site decidi escolher a página principal da
DECO (www.deco.proteste.pt) pois considero ser muito pertinente referenciá-la devido
ao facto de estar relacionada com o meu tema e por se tratar de uma fonte fiável.
No que diz respeito às imagens da capa estas foram difíceis de encontrar, pois não
queria nada vulgar queria uma imagem que traduzisse realmente o meu tema central. E,
após muito procurar, finalmente encontrei duas imagens que, na minha opinião, são
apelativas, não só pela cor mas também pelo seu conteúdo.
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3. Avaliação de uma página da internet
Para o presente trabalho, foi-nos proposto avaliar uma página da internet que de
alguma forma estivesse relacionada com o nosso tema. Desta forma, optei por avaliar a
página da DECO < http://www.deco.proteste.pt> visto tratar-se de uma fonte fiável.
Na minha opinião, o público-alvo desta página é o grande público, visto tratar de
assuntos que interessam a toda a sociedade de uma maneira geral.
No que diz respeito à amplitude, esta aborda várias dimensões, tais como:
direitos do consumidor, serviços utilizados pelo consumidor (seguro automóvel, crédito
habitação, crédito pessoal…); multimédia, como por exemplo animações onde podemos
responder a testes; também temos um menu designado de “ferramentas” onde podemos
executar várias simulações, tais como: qual o seguro mais barato? (automóvel), qual o
melhor banco? (crédito à habitação) …; por último temos o designado “arquivo” onde
podemos encontrar todas as edições da “decoproteste”, assim como todas as edições de
“Dinheiro e Direitos”, entre outros. Por todas estas razões, posso afirmar que o site se
adequa ao meu trabalho, visto responder a todas as dimensões do meu problema.
Na verdade, em termos de leitura, consulta ou impressão, é uma página
acessível, de fácil navegação e não exige um software específico, podendo ser
consultado em qualquer computador com ligação à Internet. O texto está bem redigido e
estruturado e utiliza uma linguagem simples, o que facilita a compreensão.
Quanto à profundidade da página, os vários temas abordados não são debatidos
com exaustão, pois apenas referem o essencial.
Considero importante referir o facto da página se encontrar escrita em português,
o que no meu caso me facilita muito. Também podemos aceder ao site gratuitamente, o
que é uma grande vantagem.
No que diz respeito à cobertura do tempo, esta página está sempre actualizada
com as informações e estudos que se vão realizando diariamente.
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O objectivo da página é, por uma lado, informar e, por outro, persuadir, pois
tenta ajudar as pessoas a tomar as decisões mais correctas e a informar-se sobre
determinado assunto.
Todavia, para acedermos a informação mais detalhada e precisa, é necessário
fazer um login, o que só é possível para quem for sócio da DECO.
Concluindo, faço uma avaliação positiva do site devido ao seu conteúdo ser
muito pertinente e o facto de o seu grafismo ser muito atractivo, o que considero
importante para captar a atenção do leitor. Outro factor positivo a apontar é o grau de
singularidade da página, pois trata-se de uma página com informação inédita e o facto
de ser uma fonte fiável, visto que existem sites na internet com ligações para a DECO,
como é o caso do Observatório do Endividamento dos Consumidores.
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4. Ficha de Leitura
Título da publicação: Dissertação de Mestrado em Economia na especialidade de
economia financeira
Autor: Flora Hermengarda de Pinho e Cunha Lobo
Local onde se encontra: Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de
Coimbra
Data de publicação: 1998
Local de edição: Coimbra
Título do artigo: “Crédito ao consumo e restrições de liquidez: uma aplicação à
economia portuguesa”
Cota: 330.101.542. LOB
Número de páginas: 69-117
Assunto: evolução do crédito ao consumo em Portugal; condições gerais dos
empréstimos para consumo; finalidade do crédito pessoal e sociedades financeiras para
aquisição de crédito
Palavras-chave: crédito, consumo, endividamento,
Data de leitura: Dezembro de 2008
Observações: nenhuma a registar
Notas sobre a autora:
• Licenciatura em Economia na Faculdade de Economia da Universidade de
Coimbra, tendo concluído em 1995;
• Mestrado em economia, área de especialização em economia financeira, pela
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, concluído em Abril de
1999, após ter defendido a tese intitulada “Crédito ao Consumo e Restrições de
Liquidez: uma aplicação à economia portuguesa”.
• Pós-graduação em Economia, área de especialização em economia financeira,
pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, no ano lectivo de
1996/1997.
• Participou num estudo do Observatório do Endividamentos dos
Consumidores
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• No presente ano, encontra-se no Instituto Superior de Contabilidade e
Administração da Universidade de Aveiro exercendo o cargo de Equip.
Professora Adjunta, onde também pertence ao Conselho Científico.
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Resumo: Nesta dissertação de mestrado, a autora divide-a em subtemas, sendo eles:
crédito ao consumo em Portugal; O crédito pessoal na Caixa Geral de Depósitos e as
sociedades financeiras para aquisições de crédito. No primeiro subtema faz referência à
evolução do crédito dos anos 70 aos anos 90, tendo sido nestes últimos que o crédito ao
consumo em Portugal registou um forte crescimento. No segundo, apresenta um estudo
de caso realizado na Caixa Geral de Depósitos com o fim de saber mais informações
acerca do tipo de produtos disponibilizados ao consumidor, as condições de concessão
de crédito, os tipos de produtos financiados, entre outros… Por último, no terceiro
subtema dá a conhecer as SFAC, ou seja, instituições financeiras para aquisições a
crédito.
Estrutura: É a partir de 1989 que o crédito ao consumo em Portugal apresenta um forte
crescimento, tendo sido as décadas de 70 e 80 caracterizadas por um fraco crescimento
do mesmo. Isto deve-se ao facto de ter sido instaurado um regime de limite de crédito.
O “crédito ao consumo é um meio privilegiado de divulgação da imagem dos bancos, de
vinculação de clientes (novos e antigos) e de lançamento e implantação de produtos
colaterais.” (Lobo, 1998: 78).
Existe uma grande procura do crédito ao consumo devido à mudança cultural existente
na sociedade portuguesa, que põe em primeiro plano o consumo presente e para último
plano a acumulação de poupanças. Isto mostra-nos a sociedade consumista em que
vivemos, onde a posse de bens e serviços é fundamental para a qualidade de vida,
estando relacionada com a valorização pessoal e uma maior despreocupação em relação
ao futuro.
Todavia, para cativarem novos clientes, as instituições financeiras exercem uma forte
influência sobre os consumidores através da publicidade, como: folhetos, anúncios na
comunicação social, linhas telefónicas de atendimento e, mais recentemente, nas
páginas da internet. Tudo isto, “encoraja a banalização do recurso ao crédito, no sentido
dos consumidores utilizarem mais crédito e com mas frequência para a satisfação dos
impulsos consumistas” (Lobo, 1998: 85).
Hoje em dia, com crédito ao consumo, as pessoas são impulsionadas a mostrar um nível
de vida que não corresponde verdadeiramente ao seu, mas sim, a um nível superior.
Muitas pessoas que estavam excluídas de adquirir crédito, devido ao facto de não terem
rendimentos suficientes ou que, com a concessão de crédito, tivessem de realizar um
maior esforço que não era suportável pelo cliente, agora, tornou-se mais fácil adquirir
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crédito devido à descida das taxas de juro, à supressão de restrições no acesso ao crédito
e ao baixo nível de endividamento dos consumidores.
No desenrolar desta dissertação a autora fez um estudo de caso na Caixa Geral de
Depósitos, cujo objectivo prendia-se com o facto de tentar conhecer mais
aprofundadamente a realidade do crédito ao consumo em Portugal, sobretudo: tipo de
produtos disponibilizados ao consumidor, condições de concessão de crédito, tipo de
produtos financiados, o incumprimento do crédito, entre outros… Deste estudo conclui-
se que existe uma flexibilização na atribuição do crédito, nomeadamente, a jovens e
reformados. Os créditos atribuídos são proporcionais ao perfil do credor e às suas
necessidades. No que diz respeito ao crédito pessoal, este é particularmente procurado
para satisfazer necessidades como: comprar uma casa, adquirir um veículo, comprar um
computador e electrodomésticos ou, até mesmo, pagar as despesas com a saúde e
educação. Outro factor importante a apontar é o facto de neste ano (1998) as famílias
portuguesas ainda estarem num nível baixo de endividamento. Como refere a autora
(1998), “esta situação pode, no entanto, tornar-se num problema sério se o crédito ao
consumo mantiver o forte ritmo de crescimento dos últimos anos”. Hoje em dia, o que a
autora referiu pode comprovar-se, visto que a nossa sociedade a cada dia que passa,
encontra-se mais endividada e, quando já não encontram outras soluções, recorrem à
DECO com o objectivo de, juntamente com a instituição de crédito, negociar da melhor
forma possível o caso dessa pessoa.
Para além dos bancos, as sociedades financeiras para aquisições a crédito (SFAC),
também são procuradas. O seu principal objectivo “é o financiamento da aquisição a
crédito de bens ou serviços, podendo o financiamento ser concedido directamente ao
comprador, seja particular (bens de consumo) ou empresa (bens de equipamento), quer
ao fornecedor. Estas sociedades actuam, assim, como intermediários financeiros, na
medida em que realizam uma intermediação entre compradores e vendedores, com o
objectivo de facilitar o acesso à aquisição de bens e serviços”. (Lobo, 1998: 107)
Cada vez mais se assiste ao aparecimento de mais SFAC que são bastante procuradas
pelos consumidores. Os créditos mais concedidos pelas SFAC são para a aquisição de
electrodomésticos, mobiliário e artigos para o lar. As SFAC actuam através de
protocolos com stands de automóveis e grandes superfícies de distribuição, que,
encaminham as suas operações financeiras para aquelas instituições de crédito.
No meu entender, esta dissertação apresenta-se bem construída, fornecendo ao
leitor uma esclarecedora visão sobre o crédito ao consumo em Portugal. Considero que
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é um texto muito explícito e claro o que é importantíssimo para que não se perca o
interesse do leitor.
As principais fontes utilizadas pela autora foram a Caixa Geral de Depósitos e as SFAC.
A meu ver, a autora preocupa-se com o futuro da taxa de endividamento dos
portugueses, apesar de, naquela altura, ainda não existir uma taxa significativa como
acontece hoje em dia.
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5. Conclusão
O crédito ao consumo atingiu proporções dramáticas em Portugal. Hoje em dia,
pedir crédito a uma instituição já é algo bastante vulgar. Fazem-se créditos para
habitações, automóveis, mobiliário e, hoje em dia e, cada vez com mais frequência, para
despesas como a saúde e educação.
Com os meios de comunicação, a publicidade assumiu proporções gigantescas,
chegando a criar necessidades nos consumidores. Cada vez mais, os consumidores
querem mais e de melhor qualidade. Devido à evolução tecnológica, as necessidades
vão-se alterando e, desta forma, o que hoje é topo de gama, amanhã já não o é.
O endividamento começa a ser uma realidade bem presente com que muitas pessoas
têm de se confrontar. Para além do endividamento, muitas famílias chegam mesmo ao
multiendividamento, isto é, ter mais do que um crédito. Como explicação para este
fenómeno está o divórcio, a morte de um dos elementos do agregado, o desemprego,
insuficiência do rendimento, entre outros. Para casos como estes de endividamento, a
DECO presta apoio a estas pessoas, entrando em negociação com as instituições de
crédito onde estas famílias o têm, tentando, de algum modo, baixar o valor da prestação.
Em suma, gostei bastante de ter realizado este trabalho, visto ser um tema actual e
apelativo, com o qual eu me identifico. Como não encontrava muita informação acerca
da autora da minha ficha de leitura (Flora Hermengarda de Pinho e Cunha Lobo), decidi
enviar-lhe um e-mail ao qual ela me respondeu, dando, desta forma, um grande
contributo ao meu trabalho. Assim, posso afirmar que me empenhei neste trabalho e dei
o meu melhor.
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6. Referências Bibliográficas
Livros
Cardoso, Patrícia Milene Azinheira (2003), “Factores Explicativos das Atitudes e Intenções para com o Endividamento. Um Estudo Exploratório entre Estudantes do Ensino Superior”, Tese de mestrado em Economia Financeira. Coimbra: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
Gelpi, Rosa-Maria e Labruyère, François Julien (2000), História do Crédito ao Consumo: doutrinas e práticas. Cascais: Principia.
Lobo, Flora Hermengarda de Pinho e Cunha (1998), “Crédito ao consumo e restrições de liquidez: uma aplicação à economia portuguesa”, Dissertação de Mestrado em Economia. Coimbra: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, 69-117.
Marques, Maria Manuel Leitão; Neves, Vítor; Frade, Catarina; Lobo, Flora; Pinto, Paula e Cruz, Cristina (orgs), (2000), O endividamento dos Consumidores. Coimbra: Livraria Almedina.
Oliveira, Maria das Dores Oliveira Rafael de (2005), Consumidores de Palmo e Meio: A criança e a família perante o consumo. Vila Nova de Famalicão: Editorial Magnólia.
Revistas:
Marques, Maria; Frade, Catarina (2003), “Uma sociedade aberta ao crédito”. Sub Judice – Justiça e Sociedade, 24, 27-29.
Webgrafias:
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Grupo Marktest (2008), “Portugueses com menos poupança”. Página consultada a 3 de Dezembro de 2008, <http://www.marktest.com/wap/a/n/id~11d1.aspx>
MoneyBasic (2005), “MoneyBasics Portugal - Controlar melhor as suas finanças”. Página consultada a 2 de Novembro de 2008, <http://www.moneybasics.pt>.
Observatório do endividamento dos consumidores (2002a), “Endividamento e sobreendividamento das famílias: conceitos e estatísticas para a sua avaliação”. Página consultada a 12 de Novembro de 2008,
Fontes de Informação Sociológica
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<http://www.oec.fe.uc.pt/biblioteca/pdf/pdf_estudos_realizados/estudo_parte2%20cap_1.pdf>. Observatório do Endividamento dos Consumidores (2002b), “O sobreendividamento em Portugal”. Página consultada a 12 de Novembro de 2008, <http://www.oec.fe.uc.pt/biblioteca/pdf/pdf_estudos_realizados/sobreendividamento_2002.pdf>.
Observatório do Endividamento dos Consumidores (2002c), “Endividamento e incumprimento no crédito ao consumo”. Página consultada a 12 de Novembro de 2008, <http://www.oec.fe.uc.pt/biblioteca/pdf/pdf_estudos_realizados/credito_consumo_2002.pdf>
Observatório do Endividamento dos Consumidores (2002d), “Sobreendividamento: um estudo de caso”. Página consultada a 12 de Novembro de 2008, <http://www.oec.fe.uc.pt/biblioteca/pdf/pdf_estudos_realizados/sobreendividamento_2002.pdf>
Observatório do Endividamento dos Consumidores (2003), “Desemprego e sobreendividamento dos Consumidores: contornos de uma ligação perigosa”. Página consultada a 12 de Novembro de 2008, <http://www.oec.fe.uc.pt/biblioteca/pdf/relatorio_desemprego_sobreendividamento.pdf>
Sociedade de Consumo (s.d), “O Crédito”. Página consultada a 15 de Novembro de 2008, <http://www.sociedadedeconsumo.com/tipos-de-credito.html>
Wikipedia (s.d.), “ ” Página consultada a 2 de Novembro de 2008, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo>.
ANEXO A
WWW.DECO.PROTESTE.PT
ANEXO B
Lobo, Flora Hermengarda de Pinho e Cunha (1998), “Crédito ao consumo e restrições de liquidez: uma aplicação à economia portuguesa”, Dissertação de Mestrado em Economia. Coimbra: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, 69-117.