trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · pdf filefontes de informação...

28
Crédito ao Consumo em Portugal Filipa Jesus Coimbra, Dezembro de 2008

Upload: dinhthu

Post on 01-Feb-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

  

 

 

 

 

 

 

 

 

Crédito ao Consumo em Portugal

Filipa Jesus Coimbra, Dezembro de 2008

Page 2: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

  

Ficha Técnica

Tema: O crédito ao consumo em Portugal Autora: Filipa Alexandra Santos Jesus Aluna nº: 20080937 Ano/ Curso: 1º ano licenciatura Sociologia

Trabalho de avaliação contínua realizado no âmbito da unidade curricular de Fontes de Informação Sociológica, sob orientação do professor Dr. Paulo Peixoto. Imagens da capa retiradas de: Fonte: http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.creditoaoconsumo.com/images/pic_1.jpg&imgrefurl=http://www.creditoaoconsumo.com/credito-ao-consumo-historia.html&usg=__aMRSMxNA2qOlUzWPJHvo0KXixqE=&h=254&w=618&sz=147&hl=pt-PT&start=6&um=1&tbnid=hOeHeS-QLfwA8M:&tbnh=56&tbnw=136&prev=/images%3Fq%3Dcr%25C3%25A9dito%2Bpara%2Bconsumo%26ndsp%3D18%26um%3D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN  

http://www.minerva.uevora.pt/publicar/etiquetas/index.htm

Coimbra, Dezembro de 2008 Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

Page 3: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

1  

Índice

1. Introdução……………………………………………………… 1

2. Desenvolvimento: 2.1 Estado das Artes………………………………………………… 2

2.2Definição de crédito e consumo…………………………... 2

2.2O que influencia o consumo……………………………… 3

2.2 Definição de endividamento e principais causas……. ……. 6

2.5 O crédito ao consumo em Portugal………………………. 8

3 Descrição detalhada da pesquisa………………………………. 11 4 Avaliação de uma página da internet…………………………... 14

5 Ficha de leitura………………………………………………… 16 6 Conclusão……………………………………………………… 21

7 Referências bibliográficas……………………………………... 22

Anexos

A) Página da internet avaliada

B) Texto suporte da ficha de leitura

Page 4: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

2  

Introdução

Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

“Crédito ao Consumo em Portugal”. A razão da minha escolha prende-se com o facto de

ser um tema bastante actual e com a qual muitas famílias se deparam. Irei

primeiramente definir alguns conceitos básicos, tais como crédito e consumo e as razões

que levam a sociedade a recorrer ao crédito, como é o caso da publicidade, das

tecnologias e das novas necessidades que vão sendo criadas no consumidor.

Actualmente, a nossa sociedade é sobretudo uma sociedade endividada e, por

esse motivo achei por bem definir endividamento e as suas causas.

Para dar a conhecer o perfil de uma pessoa sobreendividada recorri ao CES,

mais precisamente ao Observatório do Endividamento dos Consumidores e achei

pertinente utilizar um relatório muito interessante feito por este observatório em 2002.

Deste relatório dou a conhecer o perfil de uma pessoa sobreendividada, como: o sexo,

idade, estado civil, profissão e o rendimento individual. Também deste Observatório do

Endividamento dos consumidores recolhi informação que considerei importante, sobre

um estudo acerca das principais causas de sobreendividamento

Como último sub-tema do estado das artes faço referência ao crédito ao

consumo em Portugal, onde na década de 90, este regista um forte crescimento.

Por outro lado, dou a conhecer todo o processo detalhado da minha pesquisa e a

avaliação da minha página da internet, tendo a minha escolha recaído sobre a página da

DECO (Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores)

Por último, no que diz respeito à ficha de leitura, optei por uma dissertação de

mestrado que se intitula “Crédito ao consumo e restrições de liquidez: uma aplicação à

economia portuguesa” de Flora Hermengarda de Pinho e Cunha Lobo. Nesta, optei

apenas por fazer referência a partes do texto que, de uma maneira geral, se relacionam

com o meu tema.

Page 5: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

3  

2. Desenvolvimento

2.1 Estado das artes

2.2 Definição de crédito e consumo

A palavra crédito deriva das palavras latinas credere, “confiança” e creditum

“uma coisa confiada de boa fé”. Significa “uma soma em dinheiro disponibilizada por

uma pessoa, uma entidade financeira ou um banco, por um determinado período. O

beneficiário deve pagar uma forma de remuneração, designada por juro, como

contrapartida da disponibilização do dinheiro. Implica, geralmente, a prestação de uma

garantia ao banco, pela quantia emprestada. O crédito ao consumo, geralmente, dispensa

esta garantia e consequentemente implica uma taxa de juro mais elevada” (MoneyBasic,

2005).

Por sua vez, consumo “significa a aquisição de bens que podem ser bens de

consumo, bens de capital ou serviços” (sublinhado da autora). “Por definição, é a

utilização, aplicação, uso ou gasto de um bem ou serviço por um indivíduo ou uma

empresa.” (wikipédia, s.d.)

Neste trabalho irei debruçar-me apenas no consumo privado, ou seja, no

consumo realizado pelas famílias, enquanto agente económico, utilizando o rendimento

que obtêm na actividade produtiva para comprar bens e serviços necessários à satisfação

das suas necessidades, tais como: alimentação, vestuário, habitação, divertimentos e

outros.

Page 6: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

4  

2.3 O que influencia o consumo

O consumo é um fenómeno social complexo condicionado por diversos factores

e com influência sobre os indivíduos.

Para Maslow, “as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia,

ou seja, uma escala de valores a serem transpostos.” (Maslow apud Oliveira, 2005: 28)

Segundo Maslow, as necessidades humanas estão dispostas segundo graus de

importância e de influência, numa pirâmide, onde, na sua base se encontram as

necessidades fisiológicas (mais baixas) e, no topo, as necessidades de auto-realização

(mais altas).

Hoje em dia, somos “bombardeados” com publicidade, quer através da

televisão, quer através da rádio, revistas, internet e até mesmo um simples panfleto

que aceitamos na rua. (sublinhado meu)

A publicidade tem como objectivo estimular o consumo, motivar, encantar e

seduzir aqueles aos quais ela se dirige, através da criação de novas necessidades, com o

fim de assegurar a venda de novos produtos.

Para Everardo Rocha (1985), a função da publicidade é: “vender um produto,

aumentar o consumo e abrir mercados”. Em cada anúncio, vendem-se: “estilos de vida,

sensações, emoções, visões do mundo, relações humanas, sistemas de classificação,

hierarquias em quantidades significativas.” ( Everardo apud Oliveira, 2005: 125)

Muitas vezes, algumas pessoas são incitadas a evidenciar um nível de vida

contrário ao seu orçamento familiar. O poder da publicidade é tão grande que o ser

humano não tem condições de optar pelo que consome e o que não precisa de consumir,

por incrível que pareça, até mesmo o consumidor consciente não está isento aos efeitos

deste fenómeno.

Também a televisão impôs o audiovisual como uma realidade central da cultura

e do quotidiano de larguíssimas camadas da população.

Devido ao facto da televisão ser um meio de informação e um instrumento

lúdico, esta, por sua vez, influencia a vida dos cidadãos, delineia-lhes as crenças e os

valores. Pelas suas características técnicas, condiciona o espectador a ter uma atitude de

observação passiva das mensagens que recebe. Todavia, existem perigos de

Page 7: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

5  

manipulação deste meio de comunicação devido ao visionamento exclusivo deste, e por

se tratar de um meio de comunicação muito vasto.

Grande parte da nossa sociedade para quebrar o vazio que tem dentro de si

“mergulha” no consumo exagerado como remédio para esse mesmo vazio.

Por outro lado, também as novas tecnologias impulsionam a sociedade a

consumir pois, tal como a publicidade, criam novas necessidades, levando muitas das

vezes as pessoas a recorrer ao crédito. O que antes era topo de gama, hoje já não o é,

pois vivemos numa sociedade onde a tecnologia está numa constante renovação. Hoje

em dia, existem telemóveis, computadores, mp3, entre outras coisas que antigamente

eram impossíveis de imaginar. Devido a esta “evolução” tecnológica a sociedade vai

querendo cada vez mais e de melhor qualidade. Por estes motivos, as pessoas querem

estar sempre actualizadas comprando sempre o que “está na moda”, o que é “topo de

gama”, e para tal, recorrem ao crédito com bastante frequência, com o objectivo de

satisfazer as suas necessidades.

Actualmente, assistimos a uma expansão dos centros comerciais que constituem

outro factor com forte influência no consumo. Com a evolução das grandes superfícies

comerciais verifica-se uma grande difusão das redes de franchising e também o

comércio electrónico, onde as compras são geralmente liquidadas através do cartão de

crédito.

Com os grandes centros comerciais, verifica-se o uso de técnicas de marketing

que vão desde as campanhas de preços a outras formas mais sofisticadas de promoção

de vendas, fazendo apelo aos valores privilegiados pelos consumidores (o “saudável”, o

“ecológico”, o “tradicional”, o “moderno”, o “cool”, o “in”, etc.).

O espaço comercial é hoje comparado a um espaço de lazer, de convívio e de

cultura. Existe, portanto, o cuidado das lojas com a sua parte estética, o simbolismo do

próprio centro, as preferências e disponibilidades dos consumidores, que passaram a

aliar a tarefa de comprar ao passeio de fim-de-semana. Também a modernização do

comércio, assim como a flexibilização dos horários, animação e remodelação das lojas,

constitui uma atracção para o aumento do consumo. Muitas destas lojas, têm-lhes

associado um cartão de crédito especial, utilizado como instrumento de fidelização de

clientes, criando, desta forma, uma atracção à compra por impulso, à compra como

distracção.

Page 8: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

6  

Todavia, também a facilidade de acesso ao crédito cria um forte aumento da

procura do crédito ao consumo, devido à diminuição das taxas de juro e à grande

influência das campanhas publicitárias para a cedência de crédito.

Vejamos alguns exemplos onde a publicidade exerce uma forte atracção sobre os

consumidores:

- “Alguns bancos oferecem prémios a quem lhes pedir crédito” ;

- “Outros, propõe-nos o empréstimo de 4000 € para o que quisermos, mediante "juros

baixíssimos"”;

- “Outros, ainda, aliciam-nos com a frase mágica: "Compre agora e pague depois". Há

também quem prometa crédito em cinco minutos ou ridicularize, em "spots"

publicitários, as exigências da concorrência antes de conceder um crédito. E há ainda

quem prometa vender a prestações com 0% de juros!”

Concluindo, a publicidade transmite a ideia de que o crédito não é caro e que é de fácil

acesso, podendo contribuir para o sobreendividamento rápido dos portugueses.

Page 9: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

7  

2.4 Definição de endividamento e principais causas

Entende-se por endividamento o saldo devedor de um agregado familiar. “Pode

resultar apenas de uma dívida ou de mais do que uma em simultâneo, utilizando-se,

neste caso, a expressão multiendividamento” (Marques et al., 2000: 1)

“O conceito de endividamento dos particulares está normalmente associado aos

compromissos de crédito, nomeadamente crédito ao consumo (para aquisição de bens e

serviços) e crédito à habitação, este último constitui a principal fonte de endividamento

das famílias portuguesas. Entende-se por sobreendividamento a incapacidade de

responder a compromissos financeiros por insuficiência de rendimentos.” (OEC, 2002:

20a)

“O sobreendividamento põe em causa o equilíbrio orçamental do indivíduo ou do seu agregado familiar, com implicações importantes ao nível social e psicológico, como a marginalização e a exclusão social, os problemas psíquicos, o alcoolismo, a dissolução das famílias, as perturbações da saúde física e mental dos filhos das famílias sobreendividadas, etc.” (OEC, 2002: 5a).

Segundo um estudo realizado pelo Observatório do Endividamento dos

Consumidores no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, é

possível verificar que as principais causas de endividamento são: o desemprego, a

insuficiência de rendimento, a má gestão do orçamento familiar, problemas de

saúde, alteração do agregado familiar (divórcio ou morte) e agravamento do custo

de crédito (sublinhado meu). Geralmente, as famílias recorrem ao crédito com o

objectivo de comprar uma habitação, um automóvel, melhorar/renovar o lar, entre

outros…

Também considero importante, segundo dados deste estudo, apresentar o perfil

dos sobreendividados que se dirigiram à DECO, vejamos:

- a maioria são do sexo masculino, com idade compreendida entre os 36 e os 55 anos e

cujo estado civil é casado;

Page 10: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

8  

- nível de instrução: secundário;

- ocupação e profissão: empregados administrativos, operários, comerciantes e

vendedores;

- o rendimento individual situa-se entre os 498,80€ e os 997,60€;

- a maioria dos sobreendividados tem mais de três dívidas, estando por isso,

multiendividados. (OEC, 2002: 33d)

Page 11: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

9  

2.5 O crédito ao consumo em Portugal

É essencialmente a partir da década de 90 que o crédito ao consumo, regista em

Portugal, um grande crescimento. Este crescimento deve-se a diversos factores, tais

como: a liberalização do sistema financeiro português, a descida das taxas de juro, o

baixo nível de endividamento das famílias portuguesas e a manipulação das campanhas

publicitárias para a cedência de crédito ao consumo.

A agressividade das campanhas publicitárias feitas pelos bancos, estão

relacionadas com o facto de existir grande concorrência no mercado do crédito

bancário, levando os bancos a apostarem no crédito ao consumo. “O negócio do crédito

ao consumo é altamente vantajoso para os bancos, pela grande dispersão do risco, pela

cobrança de taxas mais elevadas e pela fidelização dos clientes, as perdas causadas por

quem deixa de pagar as dívidas são altamente compensadas, e os bancos facilitam a

concessão deste tipo de crédito.” (Lobo, 1998: 104)

Por outro lado, com as descidas das taxas de juro e com a facilidade de acesso ao

crédito, as famílias são impulsionadas a aderir ao crédito, que outrora era visto como um

sinal de pobreza e agora tornou-se algo banal na nossa sociedade.

Page 12: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

10  

“De acordo com os dados do estudo Basef Banca 2006 da Marktest, mais de 1,8 milhões

de portugueses recorrem a crédito bancário para aquisição de bens e serviços”.

Neste estudo feito pelo Grupo Marktest (2006) é possível verificar que de 2000 a 2005,

assiste-se a um aumento generalizado do crédito bancário. De notar que de 2004 a 2005

o aumento é mais acentuado (15,9% e 24,5%, respectivamente).

Segundo a mesma fonte, “a maior parte dos possuidores de conta bancária diz

não destinar nenhuma percentagem do seu rendimento à poupança e os que o fazem

dizem que poupam menos que antes”. (Grupo Marktest, 2008)

Através deste gráfico, constata-se que os níveis de rendimento destinados à poupança

têm vindo a decrescer de 2003 a 2004 (29,8%; 28,4%, respectivamente). De 2004 a

2006 é possível verificar um ligeiro crescimento (28,4%; 30,5% e 33,2%,

respectivamente). De 2006 a 2008 assiste-se a um decréscimo, tendo-se obtido os

seguintes valores (33,2%; 30,4% e 29,1%, respectivamente).

Page 13: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

11  

Desta forma, conclui-se que de ano para ano o crédito em Portugal tem vindo a

aumentar significativamente, e que as famílias cada vez têm menos hábitos de

poupança, conduzindo, desta forma, as famílias ao endividamento.

Page 14: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

12  

2. Descrição detalhada da pesquisa

Escolhi o tema “Crédito ao Consumo em Portugal”, visto que na minha opinião é

um tema bastante actual com o qual a maioria da sociedade se depara. Outro motivo que

me levou a escolher este tema foi o facto de já ter algumas ideias formalizadas acerca

deste assunto que dia após dia me preocupa mais.

Para iniciar o meu trabalho, dirigi-me ao professor Paulo Peixoto com o fim de lhe

dar a conhecer o meu tema e a estrutura que já tinha elaborado para desenvolver o

trabalho.

Mais tarde, comecei por iniciar a minha pesquisa on-line, visto que é um meio onde

recorro com bastante frequência, com o motor de busca “Google” onde inseri a palavra-

chave «crédito e consumo», no qual obtive 14.300.000 resultados. Logo na primeira

página seleccionei um dos milhares de resultados que obtive e seleccionei uma empresa

de crédito a “GE Money”, onde nos fornece conceitos importantes como: o que é o

crédito? ; Porquê recorrer ao crédito?, entre outros…

Como não podia deixar de ser, e visto que é um conceito importantíssimo para o

desenrolar do meu trabalho, inseri o conceito “consumo” e obtive 72.000.000

resultados. Após abrir várias páginas dos resultados obtidos, decidi escolher a primeira

página, onde, no meu entender, a definição de consumo se encontra mais simples e

esclarecedora. De seguida, iniciei a pesquisa do conceito “crédito” onde obtive

136.000.000 resultados. Devido à imensidão de resultados encontrados, decidi restringir

a minha pesquisa a “crédito em Portugal”, tendo obtido 9.610.000 resultados.

Como ainda não estava satisfeita com a informação recolhida, decidi ir ao site do

Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (www.ces.uc.pt) procurar junto

do Observatório do Endividamento dos Consumidores mais alguma informação que

achasse relevante para o meu trabalho. Logo de início, encontrei vários estudos feitos

relacionados com o meu tema que considerei muito pertinentes, tais como: “O

sobreendividamento em Portugal”; “Endividamento e sobreendividamento das famílias:

conceitos e estatísticas para a sua avaliação”; “Endividamento e incumprimento no

crédito bancário ao consumo: um estudo de caso”; “Crédito à habitação: endividamento

e incumprimento em Portugal”; “O sobreendividamento em Portugal”;

“Sobreendividamento: um estudo de caso”; entre outros… Mais tarde, e como não podia

Page 15: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

13  

deixar de o fazer, dirigi-me à Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de

Coimbra, pois achei este um recurso muito importante para completar o meu trabalho.

Desta forma, a minha pesquisa toma início com uma pesquisa no catálogo da mesma,

fazendo uma pesquisa simples introduzindo em assuntos o conceito «endividamento» e

obtive 9 resultados e, de entre estes escolhi uma tese de mestrado, cujo título é

“Factores explicativos das atitudes e intenções para com o endividamento” de Patrícia

Milene Azinheira Cardoso (2003). Visto que não encontrava mais nada que achasse

relevante, decidi inserir em títulos «endividamento dos consumidores» e encontrei

apenas um livro cujo título é “O endividamento dos Consumidores” de Maria Manuel

Leitão Marques, Vítor Neves, Catarina Frade, Flora Lobo, Paula Pinto e Cristina Cruz

(2000). Depois, alarguei a minha pesquisa e dirigi-me ao CES, onde encontrei uma

revista que considerei bastante importante para desenvolver o meu trabalho que se

intitula “Uma sociedade aberta ao crédito” de Maria Marques e Catarina Frade (2003).

Para finalizar o processo da minha pesquisa, através da internet, entrei no catálogo

da Biblioteca Geral e, no assunto, inseri a palavra-chave “crédito” onde obtive 38

resultados. Desses resultados seleccionei o livro “História do crédito ao consumo:

doutrinas e práticas” de Rosa-Maria Gelpi e François Julien-Labruyère; tradução de

Carlos Peres Sebastião e Silva (2000). Seleccionei este livro pois considerei o título

atractivo e relacionado com o meu trabalho. Por fim, no assunto inseri a palavra-chave

“consumo” onde obtive 80 resultados. Nesta lista de 80 resultados, deparei-me que o

consumo de droga era uma constante, mas após entrar em várias páginas encontrei o que

realmente me pareceu interessante referir no trabalho e, para tal, seleccionei o livro

“Consumidores de palmo e meio: a criança e a família perante o consumo” de Maria das

Dores Oliveira Rafael de Oliveira (2005).

No que respeita à ficha de leitura, em casa tinha uma revista crítica do centro de

estudos sociais (CES) de 1995, com um artigo do Dr. Paulo Peixoto que se intitulava

“Sedução ao consumo. As novas superfícies comerciais urbanas”. Apesar de achar

interessante este artigo, decidi não o utilizar para a realização da ficha de leitura, visto

que este artigo já foi utilizado para o mesmo tema noutros anos lectivos. Desta forma,

dirigi-me à Biblioteca da Faculdade de Economia e decidi ir procurar outras revistas

críticas de ciências sociais, mas, para minha infelicidade, não encontrei nenhuma revista

crítica que tivesse um artigo sobre o meu tema. Assim, e como não encontrava outra

Page 16: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

14  

solução, entrei no site do CES e fui em busca de revistas críticas relacionadas com o

meu tema, mas não obtive o que pretendia.

Desta forma, voltei a dirigir-me à Biblioteca da Faculdade de Economia e inseri em

assunto o conceito “crédito ao consumo em Portugal” onde obtive 25 resultados. Destes,

seleccionei uma dissertação de mestrado em economia na especialidade de economia

financeira, que se intitula: “Crédito ao consumo e restrições de liquidez: uma aplicação

à economia portuguesa” de Flora Hermengarda de Pinho e Cunha Lobo (1998).

Em relação à página de avaliação do site decidi escolher a página principal da

DECO (www.deco.proteste.pt) pois considero ser muito pertinente referenciá-la devido

ao facto de estar relacionada com o meu tema e por se tratar de uma fonte fiável.

No que diz respeito às imagens da capa estas foram difíceis de encontrar, pois não

queria nada vulgar queria uma imagem que traduzisse realmente o meu tema central. E,

após muito procurar, finalmente encontrei duas imagens que, na minha opinião, são

apelativas, não só pela cor mas também pelo seu conteúdo.

Page 17: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

15  

3. Avaliação de uma página da internet

Para o presente trabalho, foi-nos proposto avaliar uma página da internet que de

alguma forma estivesse relacionada com o nosso tema. Desta forma, optei por avaliar a

página da DECO < http://www.deco.proteste.pt> visto tratar-se de uma fonte fiável.

Na minha opinião, o público-alvo desta página é o grande público, visto tratar de

assuntos que interessam a toda a sociedade de uma maneira geral.

No que diz respeito à amplitude, esta aborda várias dimensões, tais como:

direitos do consumidor, serviços utilizados pelo consumidor (seguro automóvel, crédito

habitação, crédito pessoal…); multimédia, como por exemplo animações onde podemos

responder a testes; também temos um menu designado de “ferramentas” onde podemos

executar várias simulações, tais como: qual o seguro mais barato? (automóvel), qual o

melhor banco? (crédito à habitação) …; por último temos o designado “arquivo” onde

podemos encontrar todas as edições da “decoproteste”, assim como todas as edições de

“Dinheiro e Direitos”, entre outros. Por todas estas razões, posso afirmar que o site se

adequa ao meu trabalho, visto responder a todas as dimensões do meu problema.

Na verdade, em termos de leitura, consulta ou impressão, é uma página

acessível, de fácil navegação e não exige um software específico, podendo ser

consultado em qualquer computador com ligação à Internet. O texto está bem redigido e

estruturado e utiliza uma linguagem simples, o que facilita a compreensão.

Quanto à profundidade da página, os vários temas abordados não são debatidos

com exaustão, pois apenas referem o essencial.

Considero importante referir o facto da página se encontrar escrita em português,

o que no meu caso me facilita muito. Também podemos aceder ao site gratuitamente, o

que é uma grande vantagem.

No que diz respeito à cobertura do tempo, esta página está sempre actualizada

com as informações e estudos que se vão realizando diariamente.

Page 18: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

16  

O objectivo da página é, por uma lado, informar e, por outro, persuadir, pois

tenta ajudar as pessoas a tomar as decisões mais correctas e a informar-se sobre

determinado assunto.

Todavia, para acedermos a informação mais detalhada e precisa, é necessário

fazer um login, o que só é possível para quem for sócio da DECO.

Concluindo, faço uma avaliação positiva do site devido ao seu conteúdo ser

muito pertinente e o facto de o seu grafismo ser muito atractivo, o que considero

importante para captar a atenção do leitor. Outro factor positivo a apontar é o grau de

singularidade da página, pois trata-se de uma página com informação inédita e o facto

de ser uma fonte fiável, visto que existem sites na internet com ligações para a DECO,

como é o caso do Observatório do Endividamento dos Consumidores.

Page 19: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

17  

4. Ficha de Leitura

Título da publicação: Dissertação de Mestrado em Economia na especialidade de

economia financeira

Autor: Flora Hermengarda de Pinho e Cunha Lobo

Local onde se encontra: Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de

Coimbra

Data de publicação: 1998

Local de edição: Coimbra

Título do artigo: “Crédito ao consumo e restrições de liquidez: uma aplicação à

economia portuguesa”

Cota: 330.101.542. LOB

Número de páginas: 69-117

Assunto: evolução do crédito ao consumo em Portugal; condições gerais dos

empréstimos para consumo; finalidade do crédito pessoal e sociedades financeiras para

aquisição de crédito

Palavras-chave: crédito, consumo, endividamento,

Data de leitura: Dezembro de 2008

Observações: nenhuma a registar

Notas sobre a autora:

• Licenciatura em Economia na Faculdade de Economia da Universidade de

Coimbra, tendo concluído em 1995;

• Mestrado em economia, área de especialização em economia financeira, pela

Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, concluído em Abril de

1999, após ter defendido a tese intitulada “Crédito ao Consumo e Restrições de

Liquidez: uma aplicação à economia portuguesa”.

• Pós-graduação em Economia, área de especialização em economia financeira,

pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, no ano lectivo de

1996/1997.

• Participou num estudo do Observatório do Endividamentos dos

Consumidores

Page 20: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

18  

• No presente ano, encontra-se no Instituto Superior de Contabilidade e

Administração da Universidade de Aveiro exercendo o cargo de Equip.

Professora Adjunta, onde também pertence ao Conselho Científico.

Page 21: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

19  

Resumo: Nesta dissertação de mestrado, a autora divide-a em subtemas, sendo eles:

crédito ao consumo em Portugal; O crédito pessoal na Caixa Geral de Depósitos e as

sociedades financeiras para aquisições de crédito. No primeiro subtema faz referência à

evolução do crédito dos anos 70 aos anos 90, tendo sido nestes últimos que o crédito ao

consumo em Portugal registou um forte crescimento. No segundo, apresenta um estudo

de caso realizado na Caixa Geral de Depósitos com o fim de saber mais informações

acerca do tipo de produtos disponibilizados ao consumidor, as condições de concessão

de crédito, os tipos de produtos financiados, entre outros… Por último, no terceiro

subtema dá a conhecer as SFAC, ou seja, instituições financeiras para aquisições a

crédito.

Estrutura: É a partir de 1989 que o crédito ao consumo em Portugal apresenta um forte

crescimento, tendo sido as décadas de 70 e 80 caracterizadas por um fraco crescimento

do mesmo. Isto deve-se ao facto de ter sido instaurado um regime de limite de crédito.

O “crédito ao consumo é um meio privilegiado de divulgação da imagem dos bancos, de

vinculação de clientes (novos e antigos) e de lançamento e implantação de produtos

colaterais.” (Lobo, 1998: 78).

Existe uma grande procura do crédito ao consumo devido à mudança cultural existente

na sociedade portuguesa, que põe em primeiro plano o consumo presente e para último

plano a acumulação de poupanças. Isto mostra-nos a sociedade consumista em que

vivemos, onde a posse de bens e serviços é fundamental para a qualidade de vida,

estando relacionada com a valorização pessoal e uma maior despreocupação em relação

ao futuro.

Todavia, para cativarem novos clientes, as instituições financeiras exercem uma forte

influência sobre os consumidores através da publicidade, como: folhetos, anúncios na

comunicação social, linhas telefónicas de atendimento e, mais recentemente, nas

páginas da internet. Tudo isto, “encoraja a banalização do recurso ao crédito, no sentido

dos consumidores utilizarem mais crédito e com mas frequência para a satisfação dos

impulsos consumistas” (Lobo, 1998: 85).

Hoje em dia, com crédito ao consumo, as pessoas são impulsionadas a mostrar um nível

de vida que não corresponde verdadeiramente ao seu, mas sim, a um nível superior.

Muitas pessoas que estavam excluídas de adquirir crédito, devido ao facto de não terem

rendimentos suficientes ou que, com a concessão de crédito, tivessem de realizar um

maior esforço que não era suportável pelo cliente, agora, tornou-se mais fácil adquirir

Page 22: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

20  

crédito devido à descida das taxas de juro, à supressão de restrições no acesso ao crédito

e ao baixo nível de endividamento dos consumidores.

No desenrolar desta dissertação a autora fez um estudo de caso na Caixa Geral de

Depósitos, cujo objectivo prendia-se com o facto de tentar conhecer mais

aprofundadamente a realidade do crédito ao consumo em Portugal, sobretudo: tipo de

produtos disponibilizados ao consumidor, condições de concessão de crédito, tipo de

produtos financiados, o incumprimento do crédito, entre outros… Deste estudo conclui-

se que existe uma flexibilização na atribuição do crédito, nomeadamente, a jovens e

reformados. Os créditos atribuídos são proporcionais ao perfil do credor e às suas

necessidades. No que diz respeito ao crédito pessoal, este é particularmente procurado

para satisfazer necessidades como: comprar uma casa, adquirir um veículo, comprar um

computador e electrodomésticos ou, até mesmo, pagar as despesas com a saúde e

educação. Outro factor importante a apontar é o facto de neste ano (1998) as famílias

portuguesas ainda estarem num nível baixo de endividamento. Como refere a autora

(1998), “esta situação pode, no entanto, tornar-se num problema sério se o crédito ao

consumo mantiver o forte ritmo de crescimento dos últimos anos”. Hoje em dia, o que a

autora referiu pode comprovar-se, visto que a nossa sociedade a cada dia que passa,

encontra-se mais endividada e, quando já não encontram outras soluções, recorrem à

DECO com o objectivo de, juntamente com a instituição de crédito, negociar da melhor

forma possível o caso dessa pessoa.

Para além dos bancos, as sociedades financeiras para aquisições a crédito (SFAC),

também são procuradas. O seu principal objectivo “é o financiamento da aquisição a

crédito de bens ou serviços, podendo o financiamento ser concedido directamente ao

comprador, seja particular (bens de consumo) ou empresa (bens de equipamento), quer

ao fornecedor. Estas sociedades actuam, assim, como intermediários financeiros, na

medida em que realizam uma intermediação entre compradores e vendedores, com o

objectivo de facilitar o acesso à aquisição de bens e serviços”. (Lobo, 1998: 107)

Cada vez mais se assiste ao aparecimento de mais SFAC que são bastante procuradas

pelos consumidores. Os créditos mais concedidos pelas SFAC são para a aquisição de

electrodomésticos, mobiliário e artigos para o lar. As SFAC actuam através de

protocolos com stands de automóveis e grandes superfícies de distribuição, que,

encaminham as suas operações financeiras para aquelas instituições de crédito.

No meu entender, esta dissertação apresenta-se bem construída, fornecendo ao

leitor uma esclarecedora visão sobre o crédito ao consumo em Portugal. Considero que

Page 23: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

21  

é um texto muito explícito e claro o que é importantíssimo para que não se perca o

interesse do leitor.

As principais fontes utilizadas pela autora foram a Caixa Geral de Depósitos e as SFAC.

A meu ver, a autora preocupa-se com o futuro da taxa de endividamento dos

portugueses, apesar de, naquela altura, ainda não existir uma taxa significativa como

acontece hoje em dia.

Page 24: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

22  

5. Conclusão

O crédito ao consumo atingiu proporções dramáticas em Portugal. Hoje em dia,

pedir crédito a uma instituição já é algo bastante vulgar. Fazem-se créditos para

habitações, automóveis, mobiliário e, hoje em dia e, cada vez com mais frequência, para

despesas como a saúde e educação.

Com os meios de comunicação, a publicidade assumiu proporções gigantescas,

chegando a criar necessidades nos consumidores. Cada vez mais, os consumidores

querem mais e de melhor qualidade. Devido à evolução tecnológica, as necessidades

vão-se alterando e, desta forma, o que hoje é topo de gama, amanhã já não o é.

O endividamento começa a ser uma realidade bem presente com que muitas pessoas

têm de se confrontar. Para além do endividamento, muitas famílias chegam mesmo ao

multiendividamento, isto é, ter mais do que um crédito. Como explicação para este

fenómeno está o divórcio, a morte de um dos elementos do agregado, o desemprego,

insuficiência do rendimento, entre outros. Para casos como estes de endividamento, a

DECO presta apoio a estas pessoas, entrando em negociação com as instituições de

crédito onde estas famílias o têm, tentando, de algum modo, baixar o valor da prestação.

Em suma, gostei bastante de ter realizado este trabalho, visto ser um tema actual e

apelativo, com o qual eu me identifico. Como não encontrava muita informação acerca

da autora da minha ficha de leitura (Flora Hermengarda de Pinho e Cunha Lobo), decidi

enviar-lhe um e-mail ao qual ela me respondeu, dando, desta forma, um grande

contributo ao meu trabalho. Assim, posso afirmar que me empenhei neste trabalho e dei

o meu melhor.

Page 25: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

23  

6. Referências Bibliográficas

Livros

Cardoso, Patrícia Milene Azinheira (2003), “Factores Explicativos das Atitudes e Intenções para com o Endividamento. Um Estudo Exploratório entre Estudantes do Ensino Superior”, Tese de mestrado em Economia Financeira. Coimbra: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Gelpi, Rosa-Maria e Labruyère, François Julien (2000), História do Crédito ao Consumo: doutrinas e práticas. Cascais: Principia.

Lobo, Flora Hermengarda de Pinho e Cunha (1998), “Crédito ao consumo e restrições de liquidez: uma aplicação à economia portuguesa”, Dissertação de Mestrado em Economia. Coimbra: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, 69-117.

Marques, Maria Manuel Leitão; Neves, Vítor; Frade, Catarina; Lobo, Flora; Pinto, Paula e Cruz, Cristina (orgs), (2000), O endividamento dos Consumidores. Coimbra: Livraria Almedina.

Oliveira, Maria das Dores Oliveira Rafael de (2005), Consumidores de Palmo e Meio: A criança e a família perante o consumo. Vila Nova de Famalicão: Editorial Magnólia.

Revistas:

Marques, Maria; Frade, Catarina (2003), “Uma sociedade aberta ao crédito”. Sub Judice – Justiça e Sociedade, 24, 27-29.  

Webgrafias:

Grupo Marktest (2006), “Aumento recurso ao crédito ao consumo”. Página consultada a 3 de Dezembro de 2008, <http://www.marktest.com/wap/a/n/id~a9d.aspx>

Grupo Marktest (2008), “Portugueses com menos poupança”. Página consultada a 3 de Dezembro de 2008, <http://www.marktest.com/wap/a/n/id~11d1.aspx>

MoneyBasic (2005), “MoneyBasics Portugal - Controlar melhor as suas finanças”. Página consultada a 2 de Novembro de 2008, <http://www.moneybasics.pt>.

Observatório do endividamento dos consumidores (2002a), “Endividamento e sobreendividamento das famílias: conceitos e estatísticas para a sua avaliação”. Página consultada a 12 de Novembro de 2008,

Page 26: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

Fontes de Informação Sociológica  

24  

<http://www.oec.fe.uc.pt/biblioteca/pdf/pdf_estudos_realizados/estudo_parte2%20cap_1.pdf>. Observatório do Endividamento dos Consumidores (2002b), “O sobreendividamento em Portugal”. Página consultada a 12 de Novembro de 2008, <http://www.oec.fe.uc.pt/biblioteca/pdf/pdf_estudos_realizados/sobreendividamento_2002.pdf>.

Observatório do Endividamento dos Consumidores (2002c), “Endividamento e incumprimento no crédito ao consumo”. Página consultada a 12 de Novembro de 2008, <http://www.oec.fe.uc.pt/biblioteca/pdf/pdf_estudos_realizados/credito_consumo_2002.pdf>

Observatório do Endividamento dos Consumidores (2002d), “Sobreendividamento: um estudo de caso”. Página consultada a 12 de Novembro de 2008, <http://www.oec.fe.uc.pt/biblioteca/pdf/pdf_estudos_realizados/sobreendividamento_2002.pdf>

Observatório do Endividamento dos Consumidores (2003), “Desemprego e sobreendividamento dos Consumidores: contornos de uma ligação perigosa”. Página consultada a 12 de Novembro de 2008, <http://www.oec.fe.uc.pt/biblioteca/pdf/relatorio_desemprego_sobreendividamento.pdf>

Sociedade de Consumo (s.d), “O Crédito”. Página consultada a 15 de Novembro de 2008, <http://www.sociedadedeconsumo.com/tipos-de-credito.html>

Wikipedia (s.d.), “ ” Página consultada a 2 de Novembro de 2008, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Consumo>.

Page 27: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

  

 

ANEXO A

WWW.DECO.PROTESTE.PT

Page 28: trabalho crédito ao consumo - fe.uc. · PDF fileFontes de Informação Sociológica 2 Introdução Para a realização do trabalho de avaliação contínua, decidi abordar o tema

  

ANEXO B

 

Lobo, Flora Hermengarda de Pinho e Cunha (1998), “Crédito ao consumo e restrições de liquidez: uma aplicação à economia portuguesa”, Dissertação de Mestrado em Economia. Coimbra: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, 69-117.