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Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Licenciatura em Sociologia
Informação Técnica
Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Fontes de Informação com base no projecto POLIS e cujo tema é o rio Mondego. Título: Alterações no rio Mondego Trabalho realizado por: Adriana Sousa Gomes Silva Nº. 2011164493 1º ano da Licenciatura em Sociologia Imagem da capa: http://www.google.com/imgres?q=mondego+coimbra&um=1&hl=pt-PT&biw=1366&bih=646&tbm=isch&tbnid=r0BnIxlI4JowsM:&imgrefurl=http://olhares.aeiou.pt/rio_mondego_coimbra_foto1798830.html&docid=4Y8zEA2FRRWbDM&imgurl=http://ipt.olhares.com/data/big/179/1798830.jpg&w=750&h=562&ei=W87YTqiCMYnRhAfyiIG5Dg&zoom=1&iact=hc&vpx=419&vpy=151&dur=127&hovh=194&hovw=259&tx=146&ty=113&sig=100906994980214604997&page=1&tbnh=142&tbnw=187&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:2,s:0
Adriana Sousa Gomes Silva
Nº 2011164493
Coimbra, 2011
Índice
1. Introdução ................................................................................ 1
2. Estado das Artes ....................................................................... 2
2.1. As mudanças no rio com a barragem da Aguieira ............. 4
2.2. Projecto Polis ................................................................ 6
3. Ficha de Leitura ........................................................................ 8
4. Avaliação de uma página Web .................................................... 13
5. Descrição Detalhada da Pesquisa ................................................ 15
6. Conclusão ................................................................................. 16
7. Referências Bibliográfica ............................................................ 17
Anexo I – Texto de Apoio da Ficha de Leitura
Anexo II – Cópia da página avaliada da Web
Trabalho final – Fontes de Informação Sociológica – Licenciatura em Sociologia
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Introdução
Os nossos temas de trabalho estão todos relacionados com o rio
Mondego e a cidade de Coimbra. Isto deve-se ao facto de estar a ser
desenvolvido um projecto neste cidade cujo objectivo é aproximar a população
ao rio melhorando a qualidade de vida nas cidades. Assim, o nosso trabalho
consistiu na exploração desse projecto e nas melhorias que este vem trazer à
cidade de Coimbra.
O presente trabalho centrou-se no problema das cheias no rio Mondego.
Para solucionar este problema foram construídas diversas infra-estruturas ao
longo do curso do rio para que os danos provocados pelas inundações fossem
diminutos. Uma das infra-estruturas mais importante no rio é a barragem da
Aguieira e, por isso, foi a seleccionada para estudo neste trabalho. Estas
construções foram realizadas antes de entrar em vigor o Projecto Polis vindo
este a usufruir dos benefícios já existentes. Por outro lado, o Projecto Polis veio
trazer maior visibilidade a estas alterações no rio Mondego. Este aproximou a
população ao rio e facilitou o acesso às áreas de lazer (que foram melhoradas
de maneira a se poder usufruir do caudal constante do Mondego).
Para iniciar a pesquisa sobre o tema comecei por fazer uma pesquisa
rápida no Google Scholar onde encontrei o artigo da minha ficha de leitura e
mais documentos que me ajudaram a perceber o ponto da situação. Depois,
para perceber em que consistia o Projecto Polis, realizei uma pesquisa
superficial no site do mesmo e só mais tarde aprofundei o seu conteúdo. A
pesquisa nas bibliotecas da Universidade de Coimbra mostrou-se um pouco
desapontante pois não encontrei os documentos certos para o meu tipo de
pesquisa. Por isso, resolvi basear a minha pesquisa na internet. Encontrei
diversos sites que me foram úteis para a realização deste trabalho tanto através
do Google e Google Scholar como o catálogo da b-on e RCAAP.
Trabalho final – Fontes de Informação Sociológica – Licenciatura em Sociologia
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Estado das Artes
Este trabalho foca-se no rio Mondego e a sua evolução ao longo dos
tempos, mais especificamente as alterações feitas pelo ser humano. O rio
Mondego é um rio que tem a sua nascente na Serra da Estrela e a sua foz na
Figueira da Foz. É um rio que proporciona paisagens deslumbrantes e pouco
conhecidas pela maioria das pessoas. As terras que são banhadas pelo
Mondego passam de vastos prados de cultivo a enormes encostas de bosques
passando por grandes arrozais e pequenas cidades (como Coimbra).
Imagem 1 – Esquema do curso do rio Mondego
Fonte: Prof2000 (2002)
As mais importantes modificações feitas pelo homem são as barragens e
os programas de promoção do rio. O trabalho consiste em explicar a influência
da barragem da Aguieira no rio Mondego, não esquecendo as alterações
sofridas com o projecto Polis.
A barragem da Aguieira foi concluída no ano 1979, mas apenas entrou
em funcionamento em 1981, visando a produção de energia eléctrica,
contribuição agrícola, o abastecimento de água à população e o controle do
caudal de cheia. Segundo o site do projecto Polis, este é definido como:
“A revitalização do Centro, centrando a cidade no rio; a promoção
da aproximação efectiva das duas margens, a par do
aproveitamento das condições naturais e paisagísticas de
Trabalho final – Fontes de Informação Sociológica – Licenciatura em Sociologia
3
excepção, oferecidas pelo Rio Mondego, caracterizam, em traços
gerais, a intervenção do Programa Polis em Coimbra que pretende
traduzir-se num modelo de parque verde urbano multifuncional
vocacionado para a animação, recreio e desporto com um
enquadramento paisagístico de excepcional qualidade.”
(Coimbra Polis, 2003)
Com isto, é fulcral responder à pergunta: em que é que o programa Polis
veio influenciar o rio da cidade de Coimbra? Para obter a resposta a esta
pergunta foi importante a breve explicação do arquitecto Paulo Fonseca da
Câmara Municipal de Coimbra que me elucidou sobre esta questão explicando
que quando o programa Polis começou, a barragem já havia sido construída,
trazendo uma estabilidade ao rio, tanto a nível ambiental em que afectou o
clima, a flora e a fauna, como a nível paisagístico em que tornou a cidade num
local mais bonito com um caudal uniforme durante todo o ano. Assim, o
programa Polis veio beneficiar da estabilização já existente, apostando mais nas
zonas envolventes do rio. Foram criados projectos para aproximar as pessoas
às zonas históricas à beira rio, de maneira a tornar aquela zona mais atractiva.
Trabalho final – Fontes de Informação Sociológica – Licenciatura em Sociologia
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• As mudanças no rio com a barragem da Aguieira
O rio Mondego é dos rios mais importantes do país e, o único desses
importantes que tem o seu curso unicamente em solo português. Antes da
construção da barragem da Aguieira, o rio Mondego era um rio que tinha um
caudal bastante inconstante. Durante o Verão era quase nula a água existente
deixando a cidade despida e sem vida. Durante o Inverno o caudal do rio
aumentava substancialmente havendo inundações constantes no Baixo
Mondego.
As cheias começaram a aumentar a frequência com que aconteciam.
Assim, tornava-se claro a necessidade de fazer alguma coisa em relação a esta
situação. Construíram-se barragens ao longo do curso do Mondego sendo as
mais significativas a da Raiva e da Aguieira, sendo esta última a maior barreira
que a água encontra ao longo de todo o seu percurso. Com a construção destas
barragens os caudais de cheia foram amortecidos e o leito de água tornou-se
mais constante deixando de haver alturas em que não se verificava leito e
alturas em que os caudais aumentavam muito com grandes precipitações.
Assim, também o clima se tornou mais constante, sendo um clima muito
húmido durante todo o ano devido à proximidade com o rio. Porém, como
Pedro Cunha (2002) refere no seu artigo, estas construções trazem
desvantagens. Por exemplo, existe uma diminuição do transporte de
sedimentos em suspensão, o que leva a uma escassez sedimentar. Também os
animais aquáticos sofrem consequências negativas, como, por exemplo, os
peixes migratórios que são impedidos de seguirem a sua rota. Todos os animais
que habitam as margens do rio sentem dificuldades em prosseguirem com o
seu ritmo de vida, eles dependem não só da água como também da flora que
se tem vindo a alterar.
Apesar das barragens terem melhorado muito a relação do rio com a
população existem alguns problemas nestas estruturas. Quando ocorrem
precipitações demasiado elevadas, os diques não aguentam a pressão e alguns
cedem à força da água, levando a inundações nos campos à beira rio. Estas
inundações causam danos graves na população afectada. Muitas pessoas ficam
sem as suas plantações ou até mesmo sem as suas habitações/negócios. O que
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agrava as consequências destas cheias é o factor surpresa, a maioria das
pessoas não está preparada para este tipo de acontecimentos depois da
construção das barragens, pois, supostamente havia um controlo do caudal de
cheia e nada fazia prever estas inundações.
Uma das explicações para o facto das consequências das cheias serem
tão desastrosas é o crescimento populacional nas zonas do leito de cheia. A
sensação de controlo e segurança causada pela construção das barragens e dos
diques e o abandono de terrenos agrícolas levou a um aumento na construção
de habitações/negócios nestas zonas. Consequentemente, quando há
inundações de grandes dimensões, estas mesmas habitações/negócios são
afectados.
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• Projecto Polis
Projecto Polis é um plano feito para melhorar a cidade de Coimbra
aproximando as pessoas ao rio Mondego. Devido a todo o desenvolvimento que
se tem vindo a observar na cidade existe uma maior facilidade em circular pela
mesma, havendo maior fluidez no trânsito. O Plano tem como objectivo a
construção de uma zona pedonal (quase invisível) para beneficiar uma zona
que tem uma vista privilegiada para o rio e que contém monumentos dignos de
serem visitados, tal como os espaços de lazer que pode proporcionar à
população.
Assim, é esperado resolver qualquer problema de trânsito tendo sempre
em primazia a “carga historiográfica e ambiental desta área da cidade” (Plano
de Pormenor do Eixo da Portagem/Av. João das Regras – Coimbra). Todo este
Plano foi feito a pensar no melhoramento do espaço, relacionando sempre este
mesmo espaço com as outras áreas envolventes de lazer e de comércio.
No que toca à questão das cheias, o Programa Polis teve em atenção os
documentos posteriormente existentes. Principalmente um relatório elaborado
pela FCTUC (FCTUC apud Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e
Ambiente, Autarquias Locais (2005)) que delimita as áreas inundadas entre a
ponte de Santa Clara e da Rainha Santa. Está no programa várias construções
que iram minimizar os prejuízos das cheias, muitas destas construções irão
evitar a inundação das zonas em estudo. Por exemplo, o espaço verde
envolvente ao Mosteiro de Santa Clara vai ser um dos espaços com construções
que vão permitir a diminuição de risco de cheias. Também o túnel previsto
entre o Espaço Verde de Enquadramento e o Parque Verde do Mondego vai ser
construído com comportas para evitar a entrada de água nesse local quando
houver cheias.
Como já se pode verificar, o Programa Polis vem trazer à cidade de
Coimbra um novo olhar em relação ao que mais belo a cidade tem: o rio e as
suas zonas envolventes. É de salientar o esforço realizado para que a
população se aproxime mais do rio e desfrute de bons momentos de prazer nas
áreas seleccionadas para este estudo. As propostas feitas por este Programa
Trabalho final – Fontes de Informação Sociológica – Licenciatura em Sociologia
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apenas se resumem ao espaço envolvente ao rio pois as alterações necessárias
no rio já foram feitas aquando da construção das várias barragens e diques.
Assim, com o nível de água controlado pode-se passar para a fase de
investimento nas áreas em que se pode desfrutar desse nível de água.
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Ficha de Leitura
Título da publicação: Territorium - Revista de Geografia Física aplicada no
ordenamento do território e gestão de riscos naturais, nº8, 2002
Proprietário: RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e
Segurança
Director: Fernando Rebelo
Título do artigo: Vulnerabilidade e risco resultante da ocupação de uma
planície aluvial – o exemplo das cheias do rio Mondego (Portugal central), no
Inverno de 2000/2001
Autor do artigo: Pedro Proença Cunha
Páginas: 13-36
Data de publicação: 2002
Editora: Minerva
Local de emissão: Coimbra
Assunto: cheias como consequência da ocupação de uma planície aluvial,
precipitação atmosférica, caudais e gestão hídrica, transporte sedimentar,
águas estuarinas em situação de cheia, risco de inundação e ordenamento do
território.
Palavras-chave: Rio Mondego, Portugal, cheias, riscos de inundações, gestão
hídrica, ordenamento do território.
Data de leitura: 24 de Outubro de 2011
Área Científica: Sociologia
Local onde se encontra: http://hdl.handle.net/10316/15185 ou FCTUC
Resumo/argumento: Existem projectos dedicados à boa ocupação das
planícies aluviais. Esses projectos visam ao melhor aproveitamento dos terrenos
aluviais e ao melhor controlo do leito do rio. Porém, nem sempre são bem
aplicados. É exemplo disso as cheias do rio Mondego no Inverno de 2000/2001
onde toda a planície aluvial ficou submersa, inundando também algumas infra-
estruturas. Assim, são apresentadas as medidas tomadas em caso de
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inundações e o que se poderia ter feito para reduzir os danos. Como também o
comportamento da água quando fica sem espaço.
Estrutura
Introdução/apresentação: Este artigo é retirado da revista “Territorium”,
criada em 1994 pelo Doutor Fernando Rebelo (geógrafo) juntamente com
outros quatro doutores em Geografia Física. Em 2004 passou a pertencer à
associação RISCOS. Desde que foi formada que esta revista se destaca pela
qualidade e diversidade dos artigos publicados. Estes já abordaram diversos
assuntos mas sempre à volta da temática dos riscos, da prevenção e da
segurança.
Pedro Proença Cunha, autor deste artigo, é Professor Doutor no
Departamento de Ciências da Terra na Universidade de Coimbra. Para além de
leccionar diversas cadeiras e de estar envolvida em alguns projectos também
publica imensos artigos em revistas e livros científicos.
Neste artigo é desenvolvido o tema dos riscos de inundação quando se
ocupa uma planície aluvial. Começa por referenciar os objectivos do trabalho e
a metodologia utilizada. É analisada a precipitação atmosférica, bem como os
caudais e a gestão hídrica. A dinâmica fluvial e estuarina do Mondego é descrita
e explicada tal como a mesma numa situação de cheia.
Mais na parte final do artigo, o autor desenvolve o risco de inundação e
ordenamento do território.
Desenvolvimento
Síntese: Há cerca de trinta anos iniciou-se o projecto “Regularização e
Aproveitamento Hidroagrícola da Bacia do rio Mondego”. Consistia na
construção de barragens a montante de Coimbra e canalização a jusante da
mesma. Este controle das águas do Mondego serve para uma melhor
capacidade de aproveitamento das mesmas e dos próprios terrenos aluviais e
Trabalho final – Fontes de Informação Sociológica – Licenciatura em Sociologia
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para controlar/diminuir as consequências das cheias. Porém, no Inverno de
2000/2001 houve um descontrole da situação.
A contínua precipitação desde Novembro de 2000 levou à saturação dos
solos e à subida do nível freático da bacia hidrográfica o que levou a pequenas
cheias a jusante. Contudo não se excedeu os valores máximos de precipitação.
No que toca às barragens de Aguieira e de Fronhas nenhuma delas estava com
a folga de segurança contra cheias encontrando-se ambas com um nível
superior ao recomendado de água. Isto agravou-se com o temporal de
Dezembro em que a albufeira de Aguieira ficou demasiado cheia. O caudal do
rio chegou mesmo a transbordar devido ao excesso de água. No mês de
Janeiro a situação repetiu-se por mais duas vezes o que levou a uma quase
cota máxima da barragem. A quantidade de água que se encontrava na
barragem poderia provocar uma ruptura da parede o que iria causar danos
desastrosos na baixa de Coimbra e no Baixo Mondego.
A construção destas barragens teve como objectivo um maior controlo
dos caudais de cheia mas, por outro lado, veio impedir o transporte tractivo dos
sedimentos do rio Mondego o que contribui para uma progressiva escassez
sedimentar que foi acentuada com a extracção de areias nos troços fluviais.
Porém, quando existem cheias o transporte de sedimentos aumenta, nas cheias
do Inverno de 2000/2001 este número atingiu valores elevadíssimos. Houve
uma grande quantidade de areias e de materiais arrancados das margens que
foram depositados no litoral e também nas praias junto da foz do Mondego
devido à grande facilidade de transporte.
Quando houve a grande cheia no final de Janeiro foi quando a situação
ficou mais grave. Uma grande parte das margens do Mondego estava
submersa; houve uma ruptura do dique esquerdo do Canal Principal e a A1
estava a ser degradada pelo fluxo torrencial. Continuou a haver rupturas no
dique esquerdo o que levou ao alagamento dessa parte esquerda apanhando
desprevenidas as pessoas da margem esquerda do rio, pois a inundação
chegou aos três metros de altura. Houve ainda a submersão duma das faixas
da estrada EN-111; o galgamento e ruptura do dique no Leito Periférico Direito;
queda da ponte das Lavadeiras e importantes estruturas foram inundadas.
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A planície aluvial estava inundada e houve interrupção dos transportes
ferroviários. Foi necessária a ruptura artificial de vários diques para que a água
circulasse para os campos e não para as localidades. Porém, houve diversas
zonas em que os diques se romperam com a força da água e a falta de
manutenção, o que ainda veio provocar mais danos.
Apesar do clima inconstante sentido e da pouca precisão com que se
pode prever as cheias é de salientar que a falta de rigor com o plano
estabelecido para tentar minimizar os danos causados é um factor importante
para que os efeitos negativos sejam ainda maiores.
A regularização do caudal veio ajudar a controlar as cheias no Baixo
Mondego mas veio provocar a construção de estruturas na zona aluvial o que
leva a um perigo eminente quando há cheias que ultrapassam o habitual.
Existem uns dispositivos de emergência que servem para levar a água até aos
campos para que as cheias não tenham consequências tão drásticas, porém na
altura destas cheias de 2000/2001 esses dispositivos não estavam a funcionar
devido à má manutenção dos mesmos.
Depois destas cheias, o programa foi alterado passando para o âmbito
do Programa Polis, houve várias obras no Baixo Mondego de maneira a garantir
um melhor funcionamento das estruturas.
Apesar da má utilização das estruturas, se não houvesse aquele controlo
das águas, as cheias teriam sido muito mais graves. Este controlo levou a uma
diminuição das inundações e as construções nas planícies aluviais aumentaram,
o que leva a danos muito grandes quando o nível de água aumenta mais do
que o normal.
Pontos fracos e fortes do documento: Este é um artigo que mostra, com
linguagem acessível, as vantagens e desvantagens dos projectos de
planeamentos das planícies aluviais. Está bem estruturado e é de fácil acesso.
Também penso que as imagens estão muito bem escolhidas de acordo com o
trabalho.
Trabalho final – Fontes de Informação Sociológica – Licenciatura em Sociologia
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Conclusão: Podemos concluir através deste artigo que apesar de as infra-
estruturas não estarem com as condições necessárias devido à falta de
manutenção as consequências de não haver infra-estruturas seriam muito mais
negativas do que foram. Contudo o facto de haver controlo leva a que se
construa numa zona de perigo, nas planícies aluviais, onde pode haver
inundações graves.
Referências Histórico – Culturais (tempo, espaço, factos históricos
contextualização): Este artigo situa-se no rio Mondego e nos espaços que o
rodeiam: Coimbra, Baixo Mondego, Montemor-o-Velho, Figueira da Foz,
Aguieira, Fronhas, entre outros… E refere-se ao inverno de 2000/2001, mais
especificamente aos meses de Novembro e Janeiro.
Recursos de Estilo e Linguagem (forma, conteúdo, nível de
rebuscamento e de profundidade científica): Este artigo tem uma
linguagem cuidada, com rigor científico e procura ilustrar com referências de
outros autores.
Conceitos (temas e problemáticas): O tema abordado neste artigo é o
risco resultante da ocupação de uma planície aluvial, com exemplo das cheias
do rio Mondego.
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Avaliação de uma página Web
Escolhi para a minha avaliação da página Web o site do Programa Polis
devido à ligação directa que tem com o trabalho que estou a realizar e pelo
facto de ser um site bastante informativo. É um site cujo objectivo é informar o
público em geral sobre o projecto que está a ser feito na cidade de Coimbra.
Tem como única língua o português e está disponível no endereço:
http://polis.sitebysite.pt/coimbra/index.php.
Este site é produzido e desenvolvido por Sitebysite mas o programa está
a cargo da Sociedade CoimbraPolis. Para entrar em contacto com os
responsáveis podemos mandar um e-mail para [email protected], ou
telefonar para o 239854620, mandar um fax para o 239854629 ou ainda
mandar uma carta para Rua de Olivença, Edifício Topázio, nº.15, R/C, loja 3.
Porém, não nos será fornecida uma resposta.
No que toca ao endereço URL pode-se dizer que é simples e adequado.
O site tem um mapa do site e um motor de pesquisa interna facilitando assim a
pesquisa directa do que precisamos. Todos os links estão funcionais e são
pertinentes apesar de achar que existem demasiadas ligações que nos podem
baralhar quando ao sítio onde se situa a informação. Mais um ponto positivo
neste site é o facto de não ter publicidade, como é habitual noutro tipo de sites.
Assim, a leitura da página é simples e a procura da informação mais rápida pois
não existem distracções.
Quanto ao conteúdo do próprio site este mostra-se simples e conciso. A
escrita é objectiva e respeita as regras e formas da língua em que está escrito.
Contudo a data da última utilização não está visível o que não permite saber se
a informação está totalmente actualizada. O aspecto gráfico está adequado ao
site em questão, sendo de cores simples e relacionadas com o tema (verde ->
ambiente). Por outro lado a impressão não está disponível numa forma
facilitada. É necessário ir às ferramentas do computador.
Concluindo, este é um site que tem tudo a ver com o tema proposto
para o trabalho visto ser um sítio que explica a funcionalidade e a objectividade
do Projecto Polis em Coimbra. Assim, ajuda-nos a responder a algumas
Trabalho final – Fontes de Informação Sociológica – Licenciatura em Sociologia
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questões colocadas durante o desenvolvimento do trabalho e a ter uma noção
geral do conteúdo do Projecto.
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Descrição Detalhada da Pesquisa Comecei por fazer uma pesquisa simples no Google com as palavras-chave “Rio Mondego” e depois “Projecto Polis”. Para a primeira pesquisa apresentaram-se 330 000 resultados sendo a infopédia um dos sites que me interessou mais. Relativamente à segunda pesquisa escolhi, entre 182 000 resultados, o site do Programa Polis em Coimbra. Assim, informei-me muito superficialmente sobre o rio em estudo e o projecto para a cidade de Coimbra. Para a ficha de leitura utilizei diversas fontes. Inicialmente pesquisei no catálogo on-line das bibliotecas da Universidade de Coimbra. Para tal acedi ao site do catálogo da FEUC e fiz uma pesquisa apenas nessa biblioteca utilizando as palavras-chave “rio Mondego” (em que se apresentaram 2 resultados sem relevância para o meu trabalho). Continuei à procura, agora com as palavras “Coimbra”, “Projecto Polis”, “rio” e “CoimbraPolis”. Mas também sem grandes resultados que pudessem ser relevantes. Desempenhei a mesma pesquisa mas alterando a Faculdade de Economia para Ver Colecção Inteira. Como não encontrava nada que me cativasse fui ao Google Scholar. Tentei usar as mesmas palavras-chave, porém continuei sem resultados do meu agrado. Finalmente encontrei um artigo que me despertou o interesse quando pesquisei com as palavras “cheias” e “rio Mondego”. Esse artigo apareceu logo como primeiro resultado e abriu uma página da Universidade de Coimbra da Faculdade de Ciências e Tecnologia. Para completar este documento realizei uma pesquisa rápida no Google sobre a “Barragem da Aguieira”. Para o Estado das Artes realizei uma pesquisa mais aprofundada indo rever e explorar os sites já encontrados sobre o tema, tais como a infopédia e o site do Projecto Polis, reli o artigo das cheias no rio Mondego. Para saber mais sobre este assunto utilizei várias bibliotecas on-line, tais como a RCAAP, b-on, DOAJ e SciELO, onde utilizei as mesmas palavras-chave para todas: “rio Mondego”, “cheias”, “Mondego”, “Coimbra”, “Programa Polis”, “Barragem Aguieira”. Para este tipo de pesquisa é necessário realizar uma pesquisa avançada com diversos campos e opções para limitar a minha pesquisa e ser mais objectiva ou, no caso de alguns sites como o SciELO, escolher o periódico, artigos ou citações que interessem mais ao trabalho. Depois, no Google Scholar, utilizei na pesquisa avançada várias expressões como: a “história do rio Mondego”, “Rio Mondego”, entre outras. Para a primeira expressão apareceram cerca de 2 870 resultados, sendo a maioria deles em formato PDF. Isto verificou-se na maioria das pesquisas. Por último e para completar o meu trabalho fui na visita à Câmara Municipal de Coimbra para recolher informações do relatório do Projecto Polis. Também a conversa com o arquitecto Paulo Fonseca ajudou muito para a compreensão da relação entre o rio Mondego e o Programa Polis.
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Conclusão
Este trabalho serviu para adquirir novos conhecimentos sobre o rio
Mondego e os desenvolvimentos e projectos que têm ocorrido ao longo dos
tempos neste mesmo rio e nas suas margens. Como a maioria de nós não é de
Coimbra este trabalho trouxe-nos a possibilidade de conhecer melhor o rio e o
aproveitamento dele tirado da cidade por onde vamos ficar durante algum
tempo. Porém, achei um pouco complicado encontrar a informação
indispensável para a realização deste trabalho, visto o meu tema centrar-se nas
cheias ocorridas no rio Mondego. Como apenas tinha a informação básica sobre
este rio tive de procurar todo o tipo de material para poder desenvolver o meu
tema, desde a história do rio ao seu percurso geográfico. Foi um trabalho
bastante útil onde não só aprendi sobre o rio Mondego como aprendi a
estrutura e formatação de um trabalho académico.
Trabalho final – Fontes de Informação Sociológica – Licenciatura em Sociologia
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Referências Bibliográficas Cunha, Pedro Fonseca (2002), “Vulnerabilidade e risco resultante da ocupação de uma planície aluvial – o exemplo das cheias do rio Mondego (Portugal central) no Inverno de 2000/2001)”. Territorium – Revista de Geografia Física aplicada no ordenamento do território e gestão de riscos naturais, 8, 13-36. Acedido em 24 de Outubro de 2011, disponível em <https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/handle/10316/15185>. Infopedia (2003), “Rio Mondego”. Acedido a 29 de Novembro de 2011, disponível em <http://www.infopedia.pt/$rio-mondego>. Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, Autarquias Locais (2005), Plano de Pormenor do Eixo Portagem/Av. João das Regras: Relatório do Plano. Coimbra. Polis, Programa (2003), “O Projecto”, acedido em 2 de Dezembro de 2011, disponível em <http://polis.sitebysite.pt/coimbra/artigo.php?id=18101211&m=2>. Prof2000 (2002), “Síntese sobre o Mondego”, acedido a 3 de Dezembro de 2011, disponível em <http://www.prof2000.pt/users/secjeste/mondego/Pg001200.htm>. Wikipedia (2011), “Barragem da Agueira”. Acedido a 2 de Dezembro de 2011, disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Barragem_da_Aguieira>. Wikipedia (2011), “Rio Mondego”. Acedido a 3 de Dezembro de 2011, disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Mondego#Aspectos_f.C3.ADsicos_e_naturais>.
Anexo I – Texto de Apoio da ficha de leitura
• https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/bitstream/10316/15185/1/2002Cunha_Territorium.pdf
Anexo II – Cópia da página avaliada da Web
• http://polis.sitebysite.pt/coimbra/index.php