trabalho com quintal ecológico leva esperança para vida no campo

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 7 • nº1435 Novembro/2013 Nova Santa Rita Trabalho com quintal ecológico leva esperança para vida no campo A história que vou lhes contar é de uma agricultora guerreira chamada Luzinete Leite Damasceno, mãe de cinco filhos, casada com Seu Francisco Damasceno de Sousa que reside na Comunidade Santa Maria a 15 km da cidade de Nova Santa Rita – Piauí. Tudo começou quando Dona Luzinete e Seu Francisco Sousa receberam a primeira cisterna, de 16 mil litros, em 2006. Daí em diante começaram a ver um futuro melhor para toda a família. Os agricultores começaram a ver a possibilidade de voltar com a plantação das hortaliças e das frutas que Dona Luzinete tanto gostava. “Tem muitos anos que a minha mulher trabalha com canteiro. Ela adora ficar lá mexendo com as plantas, se distraindo. Para ela, e pra gente também, foi a melhor coisa do mundo a vinda da primeira cisterna, porque acabamos aumentando o que já tínhamos. Com a chegada dessa segunda cisterna, então, ela já está fazendo vários planos”, comenta Seu Francisco, todo orgulhoso da esposa. O quintal ecológico que já existe há 5 anos foi crescendo e, juntamente com as hortaliças, a vontade de continuar produzindo também aumentou. Atualmente o casal produz banana, abacate, manga, abacaxi, mamão, laranja, goiaba, acerola, limão, coco, melancia, melão, abóbora, cana, mandioca, batata, pepino, cebolinha, pimentão, pimenta de cheiro, alface, coentro, quiabo, além das plantas medicinais, none, erva cidreira, malva do reino, malva santa, capim santo, algaroba e romã. A família ainda cria bode, porco e

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Page 1: Trabalho com quintal ecológico leva esperança para vida no campo

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 7 • nº1435

Novembro/2013

Nova Santa Rita

Trabalho com quintal ecológico leva esperança para vida no campo

A história que vou lhes contar é de uma agr icul tora guerre ira c h a m a d a L u z i n e t e L e i t e Damasceno, mãe de cinco filhos, casada com Seu Francisco Damasceno de Sousa que reside na Comunidade Santa Maria a 15 km da cidade de Nova Santa Rita – Piauí.

Tudo começou quando Dona Luzinete e Seu Francisco Sousa receberam a primeira cisterna, de 16 mil litros, em 2006. Daí em diante começaram a ver um futuro melhor para toda a família. Os agricultores começaram a ver a possibilidade de voltar com a plantação das hortaliças e das frutas que Dona Luzinete tanto gostava. “Tem muitos anos que a minha mulher trabalha com canteiro. Ela adora ficar lá mexendo com as plantas, se distraindo. Para ela, e pra gente também, foi a melhor coisa do mundo a vinda da primeira cisterna, porque acabamos aumentando o que já tínhamos. Com a chegada dessa segunda cisterna, então, ela já está fazendo vários planos”, comenta Seu Francisco, todo orgulhoso

da esposa.

O quintal ecológico que já existe há 5 anos foi crescendo e, juntamente com as hortaliças, a vontade de continuar produzindo também aumentou. Atualmente o casal produz banana, abacate, manga, abacaxi, mamão, laranja, goiaba, acerola, limão, coco, melancia, melão, abóbora, cana, mandioca, batata, pepino, cebolinha, pimentão, pimenta de cheiro, alface, coentro, quiabo, além das plantas medicinais, none, erva cidreira, malva do reino, malva santa, capim santo, algaroba e romã. A família ainda cria bode, porco e

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Piauí

galinha para o consumo da casa.

O que é produzido nos canteiros do quintal ecológico serve tanto para alimentar os de casa como também para ganhar uma renda extra para toda a família. A agricultora explica que montou um mercadinho, que é conhecida pelos moradores da comunidade como “verdurão”. Lá se vende de tudo um pouco, desde as suas verduras, como abóbora, cheiro verde com a cebolinha, pimentinha, pimentão e macaxeira até mesmo lanches para as crianças.

Seu Francisco de Sousa fala sobre sua dificuldade para continuar trabalhando com as hortas juntamente com sua esposa. “Agora eu só trabalho aqui mesmo aguando as plantas, faz cinco anos que estou parado. Tive um problema, uns anos atrás, na cabeça e tive que ser operado. Por conta disso, não consigo ficar no sol por muito tempo e, infelizmente, não consigo ajudar em muita coisa com relação aos canteiros. Pelo fato da Luzinete estar mais tempo fora de casa, eu

ajudo nos afazeres domésticos, lavando as louças, varrendo a casa, tudo que me deixe bem longe do sol”, esclarece o agricultor.

A agricultora lembra os momentos difíceis que passou pela falta da água dentro de casa, e fala da mudança na vida da sua família. “Depois que chegou a primeira cisterna, mudou muita coisa. Antigamente a gente pegava água no jumentinho com as ancas nas costas. Andávamos 8 km para chegar até o açude mais próximo. Melhorou 100% minha vida”, explica Dona Luzinete.

A chegada da cisterna de 52 mil litros, implementada pelo P1+2 (Programa Uma Terra e Duas Águas) da ASA, que conta com patrocínio da Petrobras e realização da Obra Kolping do Piauí, faz com que o casal de agricultores tenha esperança de dias melhores. “Eu pretendo aumentar minha horta. Adoro mexer com as plantas, é bom demais plantar. E com a chegada da segunda água, então, vai ser muito mais fácil produzir”, comenta a agricultora.

Realização Patrocínio