jornal do quintal 8° edição

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Do Quintal Um jornal a serviço dos moradores da região do Pilarzinho, Mercês, Vista Alegre, Abranches, São Lourenço e Bom Retiro. R$ 1,50 Curitiba, setembro/outubro de 2012 - Ano II - Número 8 Brincando como antigamente Dica de presente para usar toda a vida Antes dos computadores pessoais, iPods, iPads, videogames, para brincar não se precisava muito, bastava ser criança. Pág. 16 Qual o presente que se pode dar para uma criança que seja relativamente barato e do qual ela nunca se esquecerá? Pág. 7 18 meses para a PEDREIRA voltar a receber shows Após quatro anos e meio fechada, a Pedreira Paulo Leminski tem prazo para reabrir. A empresa DC Set Eventos, que venceu a licitação para administrá-la, tem agora que realizar as obras que garantam a segurança para o público e tranqüilidade para a vizinhança. Pág. 2 Pilarzinho pode ganhar sua Regional Pág. 3 Conheça as histórias do Abranches Págs. 8 e 9 Fredolin deve ser entregue ainda este ano Pág. 11 Amigões, os animais exigem cuidados Pág. 5 Hemofílicos têm casa de apoio no Pilarzinho Pág. 6 Rua dos Calçados quer virar shopping A Rua Teffé, tradicional ponto do comércio calçadista, já tem projeto para ser o primeiro “shopping a céu aberto” da cidade. Pág. 10 João de Noronha DSF-Dq DSF-Dq

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Page 1: Jornal do quintal   8° edição

Do QuintalUm jornal a serviço dos moradores da região do Pilarzinho, Mercês, Vista Alegre, Abranches, São Lourenço e Bom Retiro.

R$ 1,50 Curitiba, setembro/outubro de 2012 - Ano II - Número 8

Brincando como antigamente

Dica de presente para usar toda a vida

Antes dos computadores pessoais, iPods, iPads,

videogames, para brincar não se precisava muito,

bastava ser criança. Pág. 16

Qual o presente que se pode dar para uma criança que seja relativamente barato e do qual

ela nunca se esquecerá? Pág. 7

18 meses para a Pedreira voltar a receber shows

Após quatro anos e meio fechada, a Pedreira Paulo Leminski tem prazo para reabrir. A empresa DC Set Eventos, que venceu a licitação

para administrá-la, tem agora que realizar as obras que garantam a segurança para o público e tranqüilidade para a vizinhança. Pág. 2

Pilarzinho pode ganhar sua RegionalPág. 3

Conheça as histórias do AbranchesPágs. 8 e 9

Fredolin deve ser entregue ainda este ano Pág. 11

Amigões, os animais exigem cuidados Pág. 5

Hemofílicos têm casade apoio no Pilarzinho Pág. 6

Rua dos Calçadosquer virar shoppingA Rua Teffé, tradicional ponto do comércio calçadista, já tem projeto para ser o primeiro “shopping a céu aberto” da cidade. Pág. 10Jo

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» 2 Do QuintalCuritiba, setembro/outubro de 2012

Propriedade da Editora - Douglas de Souza Fernandes CNPJ: 12.339.920/0001-18 Diretor de Redação: Douglas de Souza Fernandes Projeto gráfico e diagramação: Eduardo Picanço Aguida Endereço: Rua Professor Ignácio Alves e Souza Filho, 343, Pilarzinho, CEP 82110-450. Telefones: 3527-0501 e 9892-4606. E-mails: [email protected]. Impressão: Editora O Estado do Paraná - Tiragem: 10.000 exemplares

Novela da Pedreira acaba, falta reabri-laApós 4 anos e meio fechada e uma polêmica concessão, público aguarda reabertura

Quatro anos e meio fechada para sho-ws, a Pedreira Paulo Leminski finalmen-

te tem prazo para ser reaberta. A empresa que assumiu a concessão do local pelos próximos 25 anos, a gaucha DCSet Eventos, tem 18 meses para realizar as obras e melhorias na segurança, acesso e acomodação do público. Só então poderá reabrir o espaço para shows.

A Pedreira foi fechada em março de 2008 por determinação do juiz Douglas Marcel Perez, da 4.º Vara de Fazenda Pública de Curitiba, que acatou o pedido feito em Ação Civil Pública do Ministério Público do Meio Ambiente. A ação foi base-ada num pedido de 134 moradores do Abranches e encaminhada pela associação de moradores do bairro, a Amada. Eles reclamavam do baru-lho nas noites de shows e das desor-dens e depredações que ocorriam próximo à pedreira após os eventos, além da falta de fiscalização das pro-duções.

» 4 anosSeguiu-se então uma intermi-

nável série de reuniões entre repre-sentantes do Ministério Público, da Amada, da Prefeitura e dos que pediam a volta dos shows à pedrei-ra, representados pelo movimento A Pedreira é Nossa, coordenado pelo vereador Jonny Stica (PT). Só em fevereiro deste ano, quase qua-tro anos depois, após perícias pelo Corpo de Bombeiros e a apresen-tação de um estudo da Prefeitura sobre o que deve ser feito no local para garantir a segurança do públi-co e a tranquilidade na vizinhança, é que chegou-se a um acordo.

As obras ficariam a cargo do Mu-nicípio, mas em abril a Prefeitura lançou edital para terceirizar não só a administração da Pedreira, como a da Ópera de Arame e do Parque Náutico. O Edital foi contestado na Justiça em ação movida por Jonny Stica, que pedia suspensão do pro-cesso por falta de divulgação ade-quada. O pedido, porém, foi inde-ferido, duas empresas se candida-taram, a curitibana Parnaxx ltda. (antiga Calvin Eventos) e a gaucha DCSet Eventos, esta anunciada como vencedora.

O anúncio da concessão à ini-ciativa privada causou grande po-

lêmica. De um lado, os que vêem nisso uma “privatização de bens públicos”, do outro, quem defen-de que ação desonera a Prefeitura, que poderia aplicar em outros se-tores os recursos que deixaria de aplicar ali. E, no meio, quem apro-va a concessão, mas discorda dos valores e das condições em que ela foi firmada.

» ObrasPelo contrato de concessão, a

vencedora terá que investir R$ 18

milhões para realizar em no máxi-mo 18 meses todas as obras exigi-das pelo Ministério Público, para só então poder explorar comer-cialmente os espaços. Resta ao MP, Corpo de Bombeiros, aos morado-res da região e quem pretende fre-quentar esses espaços fiscalizarem se as obras que garantem segurança ao público e paz à vizinhança serão realmente feitas dentro do que foi exigido. O Do Quintal estará aten-to. Confira nas próximas edições do jornal.

» Parceira da GloboA DC Set eventos, criada em

1979 em Porto Alegre por Dody Se-rena e Cicão Chies, é uma das mais conhecidas produtoras de shows no País. Em 1996, lançou o Festi-val Planeta Atlântida, que acontece anualmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em parceria com a RBS, a representante da Globo nos dois estados. O modelo foi expor-tado para o Paraná em 2008, pas-sando a se chamar Lupaluna, numa parceria com a Globo daqui, a RPC.

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Do Quintal

A Ópera de Arame, que com a Pedreira Paulo Leminski compõe

o Parque das Pedreiras, também entrou na concessão.

SMCS

Pilarzinho oficializa o seu ConsegFinalmente, após vários meses

no trabalho de organização por parte de moradores-voluntários, o Pilarzinho tem o seu Conselho de Segurança (Conseg) oficializado. A vitória foi anunciada na reunião mensal de julho do grupo de mora-dores e de representantes das polí-cias Civil e Militar.

A oficialização do organismo deu-se com a aprovação da Car-ta Constitutiva pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Rei-naldo de Almeida César, e da co-ordenadora estadual dos Consegs, Michelle Lourenço Cabral.

Ou seja, a partir de agora, a po-pulação local tem um canal direto e oficial com as autoridades policiais, no sentido de denunciar situações, sugerir ações e cobrar medidas que possam melhorar a segurança no bairro. As reuniões acontecem

mensalmente, sempre na segunda terça-feira do mês, nas dependên-cias da Associação Parananaense dos Hemofílicos, à Rua Augusto Basso, 28, em frente à RIC-TV.

» CriminalidadeO índice de criminalidade, já

bastante alto nos últimos anos, tem se agravado nos últimos meses na região do Pilarzinho. Quase dia-riamente há notícias de assaltos ao comércio e a residências no bairro. Muitos deles acabam não virando

estatíscas, pois ainda é grande o número de vítimas que não fazem o Boletim de Ocorrências. E esse é um dos pontos em que o Conseg já vem trabalhando, ou seja, alertan-do para a importância do registro para que se possa cobrar ações das autoridades para enfrentar essa si-tuação.

Então, você que se preocupa com o bairro e quer participar des-se movimento para deixar o local onde moramos mais tranquilo e mais seguro, não deixe de compare-cer às reuniões do Conseg. Quan-to mais pessoas participarem, mais teremos força. As reuniões mensais são abertas à comunidade justa-mente para que todos possam con-tribuir, levando suas sugestões, crí-ticas e opiniões, para que tornemos nosso bairro, nosso quintal, um lo-cal cada vez melhor de se viver.

Creche com inscrições abertas

O novo CMEI, no Pilarzinho.

Recém concluído, o Centro Municipal de Edu-cação Infantil (CMEI), na esquina das ruas São Salvador e Odilon Santana, no Pilarzinho, já está realizando o cadastro para preenchimento das 150 vagas disponíveis. Segundo a Prefeitura, a unidade deverá iniciar o atendimento ainda neste ano, mas ainda não há data definida. Pais de crianças com 3 meses a cinco anos de idade devem se dirigir à Rua da Cidadania do Boa Vista (Avenida Paraná, 3600, Sala 47). Informações pelo fone 3313-5714

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» 3Curitiba, setembro/outubro de 2012

Do Quintal

A beleza das embalagens dos alimentos e os resultados estéticos que elas sugerem não devem ser os únicos critérios levados em conta na hora de escolher o que comprar. O bom estado dessas embalagens, o prazo de validade e as informa-ções nutricionais que elas trazem não podem ser ignorados por quem compra. Isto porque, expli-ca a nutricionista da Vigilância de Alimentos da Secretaria Municipal da Saúde Sabrina Mendes, comida e bebida precisam ser consumidas de forma equilibrada para o bem da saúde.

Checar se pacotes, garrafas, po-tes, caixas ou latas expostos na área de venda de supermercados e lojas estão intactos – sem trincas, amas-sados, furos ou rasgaduras – e con-servados na temperatura correta

faz parte dos cuidados iniciais a se-rem tomados. Nessas embalagens devem constar o prazo de validade legível e em dia e, além disso, o ró-tulo discriminando os nutrientes de que cada alimento é composto e suas proporções. “As equipes de fiscalização da Vigilância Sanitária estão atentas a esses detalhes, pro-tegendo a saúde do consumidor, mas é somente a ele que cabe a es-colha dos produtos mais de acordo com as suas necessidades dietéticas e de suas famílias”, observa Sabrina.

» Dieta planejada

Para uma boa aquisição, suge-re a nutricionista, é importante planejar o que levar para casa com antecedência e nunca ir às compras com pressa e sem óculos. Também é importante não se deixar impres-

sionar pelos preços promocionais. O que vale é adquirir produtos com baixos teores de sal (sódio), car-boidratos (nutrientes energéticos entre os quais estão os açúcares) e gorduras saturadas (de origem ani-mal) e trans (de alimentos indus-trializados).

As proporções de cada nutrien-te – usando como referência por-ções caseiras e valores percentuais diários – estão registradas nos ró-tulos. “Ao ler essas informações é importante situá-las no contexto do quanto daquele alimento se vai ingerir e o que essa quantidade re-presenta sobre tudo o que será con-sumido no dia da sua ingestão”, ob-serva Sabrina Mendes. “No come-ço pode dar um pouquinho de tra-balho, exigir mais tempo durante as compras, mas vale a pena”, garante.

O prefeito Luciano Duc-ci, e candidato à ree-leição pela coligação “Curitiba sempre na

Frente”, anunciou que, reeleito, irá criar a Regional do Pilarzinho, que incluirá uma Rua da Cidadania e um Centro de Emergências 24 Ho-ras no bairro.

Ducci incluiu a criação da nova regional em seu Plano de Governo, “registrado em cartório, com a defi-nição dos bairros da nova regional, que vai trazer serviços públicos mu-nicipais para mais perto e facilitar a vida das famílias desta comunidade”.

O prefeito fez o anúncio duran-te encontro com 150 moradores do bairro no final de agosto.

» Oito bairrosSegundo Ducci, a nova regional

abrangerá os bairros Abranches, Barreirinha, Cachoeira, São Lou-renço e Taboão, que, com o Pilar-zinho, fazem parte atualmente da Regional Boa Vista; Vista Alegre, que pertence a da Santa Felicidade; e Bom Retiro, hoje parte da Regio-nal Matriz.

Com isso, além de desafogar o trabalho da Regional Boa Vista, com a diminuição de cinco bairros sob sua jurisdição, facilitaria o aces-so da população da região aos vários serviços públicos oferecidos nas Ruas da Cidadania. Com isso, tam-bém, seria possível dar mais atenção

às necessidades específicas do Pilar-zinho e bairros vizinhos.

Segundo o prefeito, já há algum tempo vem sendo estudado o me-lhor local do bairro para abrigar a nova regional. Um dos prováveis locais, pelo espaço e pela facilida-de de acesso, é o amplo terreno na Amauri Lange, ao lado do posto do Corpo de Bombeiros e em frente à RIC TV, que pertence atualmente à PUC-PR.

Segundo Luciano Ducci, a inten-ção é nomear o novo administrador regional já no dia primeiro de janei-ro. No primeiro semestre seria ins-talada a regional em um local pro-visório, até que a sede definitiva seja construída.

ducci anuncia a regional PilarzinhoEla incluiria o São Lourenço, Abranches, Vista Alegre, Bom Retiro, Cachoeira, Barreirinha e Taboão

Este terreno na Amauri Lange Silvério é o mais cotado para receber a Rua da Cidadania do Pilarzinho.Para uma boa dieta é importante

entender os rótulos dos alimentos

Funcionários municipais explicam o que deve se observado nos rótulos dos alimentos.

PORÇÃO – é a quantidade média que deve ser consumida. Ela também

traz a medida caseira do alimento. Por exemplo, quando você come

biscoitos doces, a porção média estabelecida para ser consumida é de 30

gramas, o que equivale a X biscoitos (depende do tipo do biscoito).

%VD – significa o quanto aquele alimento fornece, em porcentagem, do

total de cada nutriente que deve ser consumido durante um dia alimentar.

Ex.: o alimento possui 4g de fibra alimentar e o %VD (Valor Diário)

deste nutriente é de 17%. Isso significa que consumindo a porção deste

alimento você estará ingerindo 17% do total de fibras necessárias para o

dia.

VALOR ENERGÉTICO – é a quantidade de energia produzida pelo

organismo ao consumir determinado alimento. Em média, um indivíduo

adulto saudável necessita de 2000 kcal.

CARBOIDRATOS – são os nutrientes que fornecem a maior parte da

energia para o organismo. Os açúcares fazem parte deles.

PROTEÍNAS – são as substâncias necessárias para a construção e

manutenção do corpo.

GORDURAS TOTAIS – representam a soma de gorduras de origem

animal e vegetal presente no alimento:

GORDURAS SATURADAS – é um tipo de gordura presente em produtos

de origem animal (carne, queijo, leite, manteiga, requeijão). Quando

consumida em grandes quantidades, pode aumentar o risco de doenças

do coração.

Um %VD alto em gorduras saturadas representa a ingestão de grande

quantidade em relação ao total que deveria ser consumido no dia. A dica é

sempre consumir alimentos com valores de gordura saturada baixos.

GORDURAS TRANS – é um tipo de gordura encontrado em alimentos

industrializados (margarinas, cremes vegetais, biscoitos, sorvetes,

gordura vegetal hidrogenada). O consumo deste tipo de gordura deve ser

muito reduzido, uma vez que o corpo não precisa desse tipo de gordura

e porque o consumo excessivo aumenta o risco de doenças cardíacas. O

consumo desse tipo de gordura não deve ser maior que 2 gramas ao dia.

FIBRA ALIMENTAR – presente em diversos alimentos de origem

vegetal (frutas, verduras, feijões e alimentos integrais). A ingestão das

fibras alimentares auxilia o funcionamento do intestino. Procurar sempre

alimentos com %VD de fibras mais elevado.

SÓDIO – é a substância química presente no sal de cozinha e outros

alimentos industrializados (salgadinhos, molhos prontos, embutidos,

refrigerantes) que provoca o aumento da pressão sanguínea. A solução é

consumir alimentos com %VD de sódio baixos. Ex: um prato pronto para

o consumo (lasanha congelada) que tenha um %VD para sódio de 58%

(1357 mg) equivale a mais da metade da quantidade de sódio que você

deveria consumir durante todo o seu dia alimentar.

Entenda os rótulos

DSF-Dq

SMCS

Page 4: Jornal do quintal   8° edição

Curitiba, setembro/outubro de 2012

Do Quintal » 4

Dica do mês: irrigação

1 - Reduzem a contaminação

As folhas das árvores retêm partículas de pó que

flutuam no ar, melhorando o ar que respiramos.

2 – Oxigenam o ar

As árvores funcionam como enormes pulmões nas

cidades, pois captam o dióxido de carbono (CO2)

da atmosfera, um produto residual do metabolismo

humano e animal e da queima de combustíveis

e liberam o oxigênio necessário para a vida. Este

processo é chamado de fotossíntese. O CO2 é um

dos gases que agravam o efeito estufa, provocando o

aquecimento global.

3 – Refrescam o ambiente

As folhas liberam um vapor de água que refresca o

ar e o umedece. Se você plantar árvores ao redor da

sua casa, você pode refrescá-la de 10% a 50%. Assim,

diminuirá o uso dos sistemas de refrigeração – que

também contamina o meio ambiente;

4 – Reduzem a poluição sonora

As grandes massas de folhas funcionam como

redutores do barulho gerado pelo trânsito, pelas

indústrias e pelo funcionamento das cidades;

5 – São pequenos ecossistemas

Cada árvore funciona como um verdadeiro

ecossistema, pois sobre ela vivem pássaros, insetos e

outros vegetais que interagem entre si. Quando uma

árvore é cortada, outros seres vivos que a habitavam

ou dependiam dela desaparecem;

6 – Participam do ciclo da água

As raízes retêm a água da chuva, permitindo que esta

se filtre lentamente pelo solo até os lençóis freáticos e

que chegue lentamente até os rios, mantendo o nível

estável e evitando secas e inundações;

7 – Protegem o solo

As árvores, com as suas raízes, evitam a erosão e o

desgaste dos solos. Plantar espécies nativas contribui

para manter vivas as espécies típicas de cada região.

Muitas delas já estão ameaçadas de extinção.

É importante verificar as regras para plantio em

espaços públicos antes de fazê-lo.

Priscilla MacanhãoEng. Agrônoma

ARTE VEGETAL JARDINS

Porque plantar árvores?

Antes...

...E hoje

A foto, tirada no final dos anos 70, mostra

um trecho da Amauri Lange, na época em

que era construída a sede da Associação

Paranaense dos Hemofílicos. À esquerda, os

tapumes da obra. Em frente, numa antiga

casa, funcionava o Bar e Mercearia Mira.

Atualmente, no local do antigo comércio do

Pilarzinho, está o estacionamento da RIC TV.

À esquerda, o muro da instituição filantrópica.

A grande maioria dos problemas com doenças, insetos, falta de beleza e morte de plantas é causada pelo ex-cesso ou falta de água.

Principalmente nos momentos de seca, é fundamental a irrigação das plantas e gramados para garantir sua beleza. A chuva coloca grandes quantidades de água no solo e esta umedece a terra deixando as áreas profundas mais úmidas, uma vez que a água se acumula mais no fundo e com o efeito do sol e das altas tem-peraturas a terra vai secando de cima para baixo.

Sendo assim, quando uma planta já tem alguns anos, ela desenvolveu raízes mais profundas e ficará menos suscetível à seca. Com uma seca pro-longada como a que tivemos em se-tembro, mesmo as plantas já bem es-tabelecidas sentem a falta de água. É por esta razão que gramados recém--implantados são um grande desafio em tempos de seca. As raízes são ex-tremamente superficiais e por mais que seja feita a irrigação, é importan-te se certificar que a quantidade e ho-mogeneidade da rega foram adequa-das, levantando uma leiva de grama e verificando se a água passou até a ter-ra abaixo dela. Os vasos secam ainda mais rapidamente, portanto devem ser regados com maior frequência.

O excesso de água é tão prejudi-cial quanto à falta dela. Não se deve deixar a terra do seu vaso ou jardim sempre muito molhado.

Do Quintal

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Curitiba, setembro/outubro de 2012

Do Quintal » 5

Ainda tem gente que acredita que “gato tem amor à casa, e não ao dono”. Para quem pensa as-sim, transcrevemos do Livro das Listas (2006), de David Walle-chinsky e Amy Wallace, algumas histórias que mostram o que um felino de estimação é capaz de fazer para voltar a ficar com seu amigo humano. Façanhas dignas do Gato de Botas...

SUGAR, herói paralímpico - Sugar, um gato meio-persa de dois anos, tinha uma deformi-dade nos quadris que fazia com que se sentisse desconfortável durante as viagens de carro. Por isso, foi deixado para trás com um vizinho quando sua família se mudou da cidade de Ander-son (Califórnia-EUA) para Gage (Oklahoma). Duas semanas de-pois, ele desapareceu, e apareceu 14 meses depois em Gage, no de-grau da porta da casa de seu anti-go dono, numa distância de 2.414 km. Ou seja, viajou 160 km por mês para chegar a um local onde nunca estivera.

HOWIE, sem perder a ternu-ra... - Em 1978, Howie, um gato australiano de três anos, caiu do caminhão de mudança quan-do sua família deixava a casa em Queensland para morar em Ade-laide, a 1.930 km de distância. O comentário de seu dono, Kirsten Hicks, 15 anos, à imprensa sobre o momento do reencontro: “Em-

bora o seu pelo branco estivesse emaranhado e sujo, e suas patas feridas e sangrando, Howie estava até ronronando...”

RUSTY, o velocista...- Rusty, um gato amarelo-avermelhado, viajou, em 1949, de Boston (Mas-sachusetts) a Chicago (Illinois) durante 83 dias para reencontrar os donos. Ter vencido a distância de 1.528 km nesse tempo, coloca--o, até hoje, como detentor do re-corde americano para retorno de um gato. Especulou-se na época que ele teria no trajeto pegado ca-rona com caminhões de carga ou trens.

GRINGO, amor ao dono, mas não ao frio...- Em dezem-bro de 1982, a família Servoz perdeu seu gato de estimação, Gringo, que simplesmente de-sapareceu de sua casa em La-marche-sur-Seine, na França. Meses depois, eles souberam que o gato se mudara para a Ri-viera Francesa, a 770 quilôme-tros dali. E só aí descobriram o motivo do sumiço: para fugir do inverno gelado, ele fizera a jor-nada para o Sul onde a família tinha sua casa de verão, e onde os vizinhos cuidaram dele até que os donos chegassem.

Pequenos animais, grandes amigos...

Amor de felino desconhece distância

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Locais para adoção em Curitiba

Amigo é quem cuida

Amigo de verdade é aquele que não partilha somente momentos de diversão. Para quem tem animais de estimação esta é uma regra de ouro a ser seguida. Amigos fiéis, ele estão sempre ali, prontos para dar carinho. E, você, retribui toda a atenção que recebe? Listamos aqui alguns cuidados básicos. As dicas são da Rede de Defesa e Proteção Animal de Curitiba:

Família: um amigo deve levar só alegrias. Antes de levar um ani-malzinho para casa, tenha certeza de que ele não será motivo de dis-córdia e brigas. Caso contrário, todo mundo vai sofrer, principalmente ele.

Alimentação: um animal bem alimentado é um amigo feliz. For-neça alimentos apropriados, de acordo com a espécie e a idade do ani-mal. Os adultos devem ser alimentados duas vezes ao dia, e os filhotes de quatro a seis vezes ao dia. Mantenha sempre a água limpa e fresca à disposição. Recolha os restos de alimentos do comedouro do animal, evitando, assim a proliferação de ratos, baratas e formigas.

Higiene: o cão deve ter abrigo confortável, protegido do sol, da chu-va e do vento. Para evitar algumas do-enças, recomenda-se um banho por mês. Já os felinos são animais muito limpos e não precisam tomar banho frequentemente. E lembre-se: todo proprietário deve recolher as fezes de seu animal nas ruas, nas calçadas e nos parques. É uma atitude de cidadania e obrigatória por lei.

Castração: o animal castrado vive melhor e fica mais dócil. Todo proprietário pode levar seu animal para castração, seja ele macho ou fêmea, de raça ou não. Assim, você contribui para diminuir a superpo-pulação de animais na cidade.

Cuidados Médicos: seu amigo também precisa ir ao mé-dico. Ao desmamar, ele deve vi-sitar o médico veterinário para desverminar e receber as vaci-nas. Os filhotes devem ser va-cinados com 2, 3 e 4 meses de idade, e os adultos anualmente, com vacina contra a raiva e doenças próprias da espécie. E não se esqueça de levá-lo para fazer exercícios.

Atividades físicas: durante o passeio, utilize sempre coleira e guia. É segurança para o animal e para as pessoas. Se o animal for bravo, uti-lize também a focinheira e evite agressões. Afinal, nessa relação, você é o responsável.

Identificação Definitiva: a aplicação do microchip é um método seguro de identificação definitiva no seu animal. Do tamanho de um grão de arroz, sua aplicação é simples e não precisa de anestesia. Por ser inviolável, ele garante a identificação do seu amigo caso ele se perca ou seja roubado.

Lembre-se: Maltratar um animal, por qualquer motivo, além de cruel, é um crime que prevê penas de prisão e multa. Trate bem quem só quer

dar carinho e atenção. Faça dessa amizade uma Guarda Responsável.

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Curitiba, setembro/outubro de 2012

Do Quintal » 6

A hemofilia, uma defi-ciência genética que impede a coagulação do sangue e que pode

resultar em incontroláveis hemor-ragias, afeta cerca de 11 mil brasi-leiros, segundo a Federação Brasi-leira de Hemofilia. Ela é incurável, mas pode ser controlada a partir da administração do fator deficiente do sangue e do acompanhamento do paciente por uma equipe mé-dica multidisciplinar. Os hemofí-licos, porém, além dos problemas específicos da doença, sofrem com o preconceito por parte da socie-dade e com a falta de informações mesmo entre setores da medicina.

Foi devido a essa situação que um grupo de curitibanos portado-res da doença começou a se mo-bilizar no início dos anos 1970. A intenção era criar uma estrutura que desse suporte e o atendimen-to necessário aos pacientes e que ajudasse a esclarecer a população sobre a doença . Foi assim que surgiu, em 24 de abriu de 1974, a Associação Paranaense dos Hemo-fílicos (APH). Sua sede própria se-ria inaugurada 17 anos depois, no número 28 da Rua Augusto Basso, no Pilarzinho.

» Esforço conjuntoNos primeiros oito anos de ati-

vidade, a APH centrou sua ação em campanhas de esclarecimen-to sobre o que é a hemofilia e na solicitação de doações e coletas de sangue. Ela funcionava em ca-sas e salas emprestadas. A pedra fundamental da sede própria seria lançada em 23 de agosto de 1983,

na gestão de Max Ferreira, hemo-fílico, sob as bênçãos do cônego João Augusto Sobrinho. Mas, ela só seria concluída, oito anos de-pois, a partir do esforço pessoal dos membros da associação e da ajuda pública e privada.

A Prefeitura, administrada por Jaime Lerner, doou o terreno; par-te dos materiais foram doados pelo extinto Banco Bamerindus e cons-trução básica foi feita de forma gratuita pela Construtora Lavitta. Para completá-la, porém, a APH teve que fazer uma grande mobili-zação em busca de pequenos doa-res na cidade. Na inauguração não havia ainda nem as paredes inter-nas.

Com ajuda de uma organização beneficente alemã, a Lateiname-rika Zentruim, foram instaladas as paredes divisórias, e instalados equipamentos odontológicos, de fisioterapia, iluminação e equipa-mentos administrativos. Além de vários pequenos doadores, o res-tante da estrutura de atendimento, como as camas hospitalares, tive-ram ajuda da Associação Vicking da Volvo e Imobiliária 2000.

» Pacientes de todo o País

Hoje, nos 800 m2 de área cons-truída, a APH atende gratuitamente na área de fisioterapia, psicologia, serviço social e musculação. Além do atendimento aos hemofílicos da cidade e da região, a entidade tam-bém abriga e dá apoio a pessoas de várias partes do País. São pacientes do Hospital de Clínicas, que é uma referência nacional no tratamento ortopédico de hemofílicos.

Na APH, os pacientes e seus acompanhantes que não têm con-dições de arcar com as despesas de hospedagem, pernoitam e fazem suas refeições gratuitamente. Atual-mente, devido à greve dos funcioná-rios do HC, a APH tem apenas dois hóspedes, vindos de Sergipe.

» Depende de doaçõesO psicólogo Willian Edson Pas-

coal, na presidência da APH desde 2009, diz que é uma batalha diária dos membros da associação para que se consiga manter a estrutura funcionando. A ajuda governamen-tal, por meio do SUS, é insuficiente para bancar as despesas. Boa par-

te dos recursos vem de doações de pessoas solidárias e de empresas, como as Faculdades Spei que atual-mente está doando os materiais para que a associação reforme a cozinha que atende aos pacientes.

Outra fonte de recursos são os bingos feitos esporadicamente e o bazar de roupas, que fica aberto toda segunda-feira.

» Desinformação e preconceito

Willian lamenta que ainda haja tanto preconceito e desinformação sobre a hemofilia. Segundo ele, até médicos de várias especialidades desconhecem a doença e por isso muitos hemofílicos passam anos sem saber que são portadores e fi-cam sem o tratamento.

E ainda há muita gente que acha que pode ser contaminada se tiver contato com um hemofílico. Ele conta que recentemente uma mu-lher vinda do interior veio lhe pedir socorro pois a creche em queria ma-tricular sua filha não quis aceitá-la por ser hemofílica.

Por isso, Willian explicou que em breve será iniciado um projeto de esclarecimento voltado para es-colas, creches e outras instituições. Além de palestras, será comercia-lizada uma revista em quadrinhos que tratará do assunto, cuja renda será revertida para ajudar a custear ao atendimento da APH.

SERVIÇO : Para conhecer o trabalho realizado pela APH e contribuir com sua manutenção, entre em contato pelo telefone (041) 3338-3993.

A enfermeira sergipana Solan-ge Conceição Santos passou cin-co anos levando o filho Wagner a vários médicos sem que nenhum deles diagnosticasse a doença. So-mente no ano passado, após o me-nino cair quando brincava na esco-la e machucar o joelho é que des-cobriu que seu filho é hemofílico. Foi o ortopedista que diagnosticou e o encaminhou para a cirurgia no Hospital de Clínicas, em Curitiba.

Moradora de Aracaju e atual-mente desempregada, ela trouxe Wagner no ano passado para a ci-rurgia no HC. No último dia 14 de setembro, ela veio novamente com o filho para a capital paranaense, para a consulta de retorno. Como da outra vez, ficou hospedada na APH, no Pilarzinho.

Enquanto ela conversava com a reportagem, Wagner, agora com seis anos, brincava lépido pelo cor-redor, dava cambalhotas, corria, embora mancando com a perni-nha direita. Solange lamentou que embora a cirurgia tenha obtido um sucesso, o filho nunca mais voltará a andar como antigamente. Se a he-mofilia tivesse sido diagnosticada antes, o problema ortopédico e a própria cirurgia poderiam ter sido evitadas.

Tímido, Wagner não quis sair na foto. Fechou a porta do dormitório, mas percebi que, pelo barulho ale-gre que vinha do outro lado, conti-nuou brincando sozinho.

Hemofílicos têm uma casa no Pilarzinho

Tratamento

O tratamento consiste na reposição do fator anti-hemofílico. Os he-mocentros distribuem gratuitamente essa medicação. Quanto antes se começar o tratamento, menores serão as seqüelas que deixarão os sangra-mentos. Deve-se também fazer aplicações de gelo, até que a hemorragia estanque. Vencida a fase aguda, o portador de hemofilia deve ser encami-nhado para fisioterapia a fim de reforçar a musculatura.

Recomendações

* Os pais devem procurar assistência médica se o filho apresentar san-gramentos frequentes e desproporcionais ao tamanho do trauma;

* Os pais precisam ser orientados para saber como lidar com o filho hemofílico e devem estimular a criança a crescer normalmente;

* A prática regular de exercícios que fortaleçam a musculatura é funda-mental para os hemofílicos.

Uma demora de cinco anos

O número 28 da Augusto Basso é um ponto de referência para os hemofílicos.

A partir de doações, a construção da sede da APH demorou oito anos.

Solange: Cinco anos de angústia.

Willian: “O preconceito ainda persiste”.

O que é

Hemofilia é uma doença genético-hereditária que se caracteriza por desordem no mecanismo de coagulação do sangue e manifesta--se quase exclusivamente no sexo masculino. Existem dois tipos de hemofilia: A e B. A hemofilia A ocorre por deficiência do fator VIII de coagulação do sangue e a hemofilia B, por deficiência do fator IX.

Causa

O gene que causa a hemofilia é transmitido pelo par de cromos-somos sexuais XX. Em geral, as mulheres não desenvolvem a doença, mas são portadoras do defeito.

Diagnóstico

Além dos sinais clínicos, o diagnóstico é feito por meio de um exa-me de sangue que mede a dosagem do nível dos fatores VIII e IX de coagulação sanguínea.

Sintomas

Nos quadros graves e moderados, os sangramentos repetem-se es-pontaneamente. Em geral, são hemorragias intramusculares e intra--articulares que desgastam primeiro as cartilagens e depois provocam lesões ósseas. Os principais sintomas são dor forte, aumento da tem-peratura e restrição de movimento.

Os episódios de sangramento podem ocorrer logo no primeiro ano de vida do paciente sob a forma de equimoses (manchas roxas).

Nos quadros leves, o sangramento ocorre em situações como ci-rurgias, extração de dentes e traumas.

Page 7: Jornal do quintal   8° edição

» 7Curitiba, setembro/outubro de 2012

Do Quintal

Um presente para toda a vida

Que presente se pode dar para uma criança, que perdure por toda a vida? Que a acompanhe como um amigo, sempre pronto para mostrar novas ideias, que a faça viajar sem sair do lugar e que a ajude em seus estudos e na futura profissão? Quem pensou em um livro, quase acertou. Quem concluiu que é o amor pela leitura, acertou na mosca.

No Brasil, infelizmente, grande parte dos alfabetizados não consegue interpretar o que lê (leia matéria ao lado). Se Monteiro Lobato fosse, hoje, por exemplo, o ministro da Educação e não so-mente nome de bibliotecas, certamente o País não estaria neste es-tado. Desiludido com os adultos, Lobato (1882-1948) descobriu um público bem mais interessante: “De escrever para marmanjos já estou enjoado. Bichos sem graça. Mas para crianças um livro é todo um mundo.”. E assim, de 1920 a 1947, gestou 39 novos mun-dos, ou livros. Criou Emília, Narizinho, Pedrinho, Tia Nastácia, Dona Benta... toda a turma do Sítio do Pica Pau Amarelo.

» O prazer da leituraCom eles, Lobato formou legiões de leitores, que descobriram

que aprender pode ser um grande prazer. E a ótima notícia é que todos esses tesouros lobatianos estão sendo reeditados com roupa-gem nova, moderna e ricamente ilustrada, mas mantendo o texto original. No Emília no País da Gramática, da Editora Globo, por exemplo, as regras da língua portuguesa deixam de ser um bicho de sete cabeças e passam a ser uma aventura maravilhosa. Como muitas delas mudaram desde que foi lançado, em 1934, há sempre uma nota ao lado, explicando como são atualmente.

Uma ótima sugestão de presente para este Dia das Crianças e relativamente barata. Emília no País da Gramática (146 págs.), por exemplo, sai por R$ 28 na Livraria do Chain; e A Pílula Falante (Brasiliense, 24 págs.), por R$ 16,20. E quanto vale um bilhete para uma viagem maravilhosa?

letras & Garranchos“Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo

são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”

Escritor, jornalista, editor, grande polemista, Monteiro Lobato foi um dos maiores pensadores do Brasil do seu tempo. E boa parte de suas ideias está nos cerca de 70 li-vros que deixou, entre adultos e infantis.

Muitos deles ainda são pouco conhecidos, como O Garimpeiro do Rio das Garças, lançado em 1924 e agora re-editado pela Brasiliense. É a história de João Nariz, um cai-pira que deixa sua casinha e vai para o sertão do Mato Grosso tentar a sorte no garimpo. E aí terá que enfrentar os perigos da mata e, principalmente, os aventurei-ros e ladrões que encontra pelo caminho.

Serviço: O Garimpeiro do Rio das Garças, Ed. Brasiliense, 50 págs. Ilustrações : Wise. Preço: R$ 16,20.

Filho de alemães, o publi-citário Norberto Toedter nas-ceu em Curitiba, em 1929. Em 1942, quando o Brasil rompeu relações diplomáticas com a Alemanha, foi obrigado a mudar para lá. Só voltaria em 1947. E, desde então não con-corda com que a mídia mun-dial divulga sobre o que acon-teceu durante a Segunda Guer-ra Mundial, sobre os próprios nazistas e a questão judaica. E foi a partir da versão pessoal que Toedter iniciou uma série de obras, nas quais contesta as versões da “mídia globalizada”. Já publicou ...E A guerra continua, O que é verdade e A Paz que não houve. No próximo dia 27 de outubro, a partir das 10h, na Livraria do Chain, estará lançando Outra Face da Notícia. Serviço: Outra Face da Notícia, Ed. Chain, 253 págs. Preço: R$ 26.

Para quem acha que já leu tudo...

Lançamento

analfabetismo funcional no Brasil é alarmante

O Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, di-vulgado em julho, mostra que a escolaridade média do brasileiro melhorou nos últimos anos. Mas o número de analfabetos funcionais - ou seja, quem até sabe ler e escre-ver, mas é incapaz de interpretar o que lê – é alarmante. Segundo o le-vantamento, 65% dos que conclu-íram o Ensino Médio não podem ser considerados plenamente alfa-betizados. E 38% dos formados em universidades não têm nível su-ficiente em leitura e escrita.

O preocupante é que os índices do analfabetismo funcional vêm aumentando. Entre 2001 e 2011, o domínio pleno da leitura caiu de 22% para 15% entre os que conclu-íram o Ensino Fundamental, e de 49% para 35% entre os que fizeram o Ensino Médio.

E a situação não é por acaso. Os

números mostram o resultado da falta de familiaridade dos brasilei-ros com os livros. Demonstrando que o Brasil não é um país de leito-res, a pesquisa Retratos da Leitu-ra, divulgada em março deste ano, apontou que 75% dos brasileiros nunca frequentaram uma biblio-teca.

» Década para a Alfabetização

O ano de 2012 encerra a Déca-da das Nações Unidas para a Alfa-betização, lançada em 2003 e co-ordenada pela Unesco, que criou o slogan "Alfabetização como Li-berdade". O objetivo da Educação para Todos - parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio lançado pela ONU em 2000 -, é aumentar para 50% os níveis de al-fabetismo até 2015.

Sobram livros, faltam leitores.

Os bons tempos do Golfinho

A foto mostra competição no Clube do Golfinho em dezembro de 1989. Hoje o Clube está fechado e aguarda processo de desapropriação pela Prefeitura – que já o definiu como de interesse público - para se tornar um ponto de atendimento da comunidade do Pilarzinho e região.

Pesquisa recente mostrou que 75%

dos brasileiros nunca freqüentaram

uma biblioteca.

LIVRARIA DO CHAINEndereço: Rua General Carneiro, 441 - Centro, em frente à Reitoria da UFPR. Telefone: (41) 3264-3484

A nova edição traz ilustrações de Osnei e Hector Gomes.

Nas antigas, os desenhos eram de J.U. Campos e Le Blanc.

A roupagem mudou, mas o conteúdo continua o mesmo.

Page 8: Jornal do quintal   8° edição

» 8Curitiba, setembro/outubro de 2012

Do Quintal

O bairro Abranches tem muita história para contar. Fundado oficialmente em 10 de novembro de 1873 por 64 famílias compostas por 258 imigrantes poloneses, seu nome é uma homenagem ao então presidente da Província do Paraná, Frederico José Cardoso de Araujo Abranches. Não foi a primeira colônia de polacos no País, mas, por sua organização inicial, tornou-se referência para os compatriotas que chegavam da Europa. Conheça algumas histórias e curiosidades dessa “nova Polônia” erguida em Curitiba.

O primeiro núcleo de colonos polacos em Curitiba foi instalado na região do Pilarzinho, em 1871. Dois anos depois é que seria criado o da região que seria batizada de “Abranches”. Mas, como ali se concentraram inicialmente quase que só poloneses, diferentemente da região da Cruz, onde imigrantes alemães já haviam se estabelecido, foi no Abranches que melhor se organizaram. Tanto que os núcleos que surgiram a partir de 1885, como os de Lamenha, Órleans, Butiatuva, Cachoeira, Dona Augusta e outros, se reuniram em torno dele. Daí o Abranches passar a ser chamado de “Matka Kolonii Polskich W Brazyll”, ou, em português, “Mãe das Colônias Polonesas no Brasil”.

abranches, a “Mãe das colônias polonesas no Brasil”

Busto em frente à Igreja Santa Ana lembra o “Pai da colonização”.

Membros da primeira diretoria da Sociedade do Abranches: em comum, o bigode...

A segunda que virou mãe

Casa de cascas de madeira

Saporski, o pai

Foi pelo esforço pessoal de um jovem pola-co já radicado no Brasil que seus compatriotas puderam se estabelecer no Paraná. As primei-ras levas de poloneses que chegaram ao Bra-sil haviam se estabelecido em Brusque e em outras cidades catarinenses colonizadas por alemães, seus vizinhos e rivais europeus. Eles passavam por muitas dificuldades. Quando chegou à região, o jovem agrimensor Sebastião Edmundo Wós Saporski, vendo a difícil situa-ção em que se encontravam, convidou-os para viverem em uma região onde o clima era mais ameno, as terras mais férteis e onde já havia um mercado comprador para seus produtos.

Mas a transmigração não foi nada fácil. O primeiro pedido de apoio que fez ao então presidente da Província do Paraná, Venâncio de Oliveira Lisboa, foi negado. Além disso, Sa-porski também tinha a oposição de colonos alemães já instalados na cidade, que não viam com bons olhos a vinda de concorrentes para sua produção hortigranjeira.

Na época, morador de Blumenau, Bastião ficara amigo do padre Zelinski, que tinha bom trânsito à corte de D. Pedro II. Em 1869 fize-ram o pedido de uma concessão de terras no Paraná para colonos poloneses. E foram aten-didos. Depois também receberia o apoio no novo presidente da província paranaense, Fre-derico Abranches.

Saporski dedicou toda a sua vida adulta a assentar os seus compatriotas em terras pa-ranaenses, ficando conhecido como o “pai da colonização polonesa no Paraná”. Hoje é lembrado no Abranches por meio do nome da escola estadual que fica no limite com o Taboão, e no busto erigido em frente à Igreja Santa Anna.

Profundamente religiosos e em sua grande maioria católicos, os imigrantes poloneses logo que fincaram pé no Abranches já começaram a construir uma capela em homenagem à Santa Ana, mãe de Maria, a mãe de Jesus. Lembravam da igreja de Varsóvia, até hoje considerada uma das mais belas da capital polonesa. E logo os colonos poloneses já tinham um local para se reunir aos domingos e recitar o terço.

Cinco anos depois, em 1878, chegaria à colônia o pri-meiro sacerdote polonês, o padre Ladislau Grabowski. Em 1881, seria substituído por Francisco Xavier Guro-wski, que iniciou o Livro Tombo e terminou a construção da casa paroquial. Mas foi com o padre Miguel Slupek, de 1882 a 1885, que os colonos construíram a atual igreja.

Em 15 de julho de 1936, o arcebispo dom Ático Eu-zébio da Rocha oficializaria a Paróquia de Santa Ana do Abranches, à qual ficaram anexadas a Igreja São Marcos, do Pilarzinho e a capela de Santa Gabriela. Pilarzinho se-ria desmembrado em 25 de abril de 1973, com a criação pelo arcebispo dom Pedro Fedalto da Paróquia de São Marcos.

A Igreja de Santa Ana é, junto com a Ópera de Arame, um dos cartões-postais do bairro.

Inauguração da primeira sede da Sociedade Abranches, em 1910.

Uma das construções mais antigas do bairro, no número 5981 da Mateus Leme, abriga desde 1927 o bar e petiscaria Casa Velha.

Homenagem à mãe de Maria

Há 102 anos, exatamente no dia 15 de agosto de 1910, numa se-gunda-feira de feriado, era criada a Sociedade Cultural Abranches.

A ideia havia sido moldada um dia antes, quan-do ao sair da missa na Igreja de Santa Ana, um grupo de moradores começou a estudar a pos-sibilidade de se criar uma associação que ser-visse como um fundo de previdência para toda a comunidade do bairro. Foi no dia seguinte, Dia da Assunção de Maria – até então feriado na cidade – que, também após a missa, o grupo voltou a se reunir para formalizar a entidade.

Inicialmente se chamou “Towarzystwo Pol-skie Dobroczynne Robotnecze Krola Wladysla-va Jaglielo”, que em português significa “Socie-dade Polonesa Operária Beneficente Rei Ladis-lau Jaglielo”. A Sociedade foi criada justamente para que os membros da comunidade se ajudas-sem mutuamente. Com contribuições mensais, criava-se um pecúlio, a ser usado para ajudar moradores em momentos de dificuldades.

A primeira sede foi construída em madeira. A sede atual foi inaugurada em 1935. Segundo levantamento realizado no final dos anos 60 pelo estudioso Luis Chervinski, o grupo fun-

dador era formado por 67 membros; entre eles, os padres Ludovico Bronny e João Wrobel e representantes de praticamente todas as famí-lias do bairro, como os Krainski, Kalinowski, Piekarski, Kowalski, Mikosz, Bajerski, Kuk, Skrocki, Polak, Rulanski, Szwonka, Henkes, Grabowski, Zgoda, Dubiela, Henkes e vários outros cujos descendentes ainda moram no bairro e adjacências. Décadas depois, a Socie-dade contava com mais de 1.500 associados.

Já na primeira etapa da sociedade, cujo di-retor era Hipólito Kowalski, começaram a ser realizados os bailes, que reuniam todos os co-

lonos para dançar suas valsas e mazurkas. Em 1921, o então diretor Martin Kalinowski criou o grêmio para as mulheres. De lá para cá, a So-ciedade passou por muitas mudanças, inclusive no nome e nos objetivos.

Hoje, possui piscinas, quadras de tênis e de futebol, sauna, dois salões de festa, etc. A atual Sociedade Cultural do Abranches, no entanto, continua realizando os bailes, que atraem não só moradores da região como de outras par-tes da cidade para o número 5.932 da Mateus Lemes, nas proximidades do Parque São Lou-renço.

As primeiras famílias que chegaram ao Abranches recebiam áreas entre dois e três alqueires. No início, com a carência de materiais à disposição, muitas de-las usaram cascas de pinheiros para construir suas casas. As construções eram precárias, mas garantia abrigo até que pudessem construir moradias com os troncos das araucárias. Foi assim, até que surgisem as primeiras olarias na re-gião. E havia muito trabalho a ser feito. Além de cultivarem a terra, tinham que abrir estradas que os conectassem ao centro da cidade. Pouco tempo depois já era comum ver as carrocinhas carregadas de legumes e hortaliças indo para o centro de “Curityba”, de onde voltavam vazias ou com querosene, fumo, ferra-mentas e outros “produtos da cidade”.

SMCS

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» 9Curitiba, setembro/outubro de 2012

Do Quintal

O bairro Abranches tem muita história para contar. Fundado oficialmente em 10 de novembro de 1873 por 64 famílias compostas por 258 imigrantes poloneses, seu nome é uma homenagem ao então presidente da Província do Paraná, Frederico José Cardoso de Araujo Abranches. Não foi a primeira colônia de polacos no País, mas, por sua organização inicial, tornou-se referência para os compatriotas que chegavam da Europa. Conheça algumas histórias e curiosidades dessa “nova Polônia” erguida em Curitiba.

abranches, a “Mãe das colônias polonesas no Brasil”

Atualmente a Sociedade oferece quadras de tênis, de futebol, piscinas...

O bairro hoje

Hoje, 139 anos depois da chegada dos primeiros colonos, o bairro ainda guarda muito de suas raízes pioneiras, seja nas antigas residên-cias, que ainda seguem em pé diante do avanço imobiliário dos últimos anos, seja nas muitas famílias de descendentes que continuam residin-do por ali entre os cerca de 13 mil moradores atuais.

Outro orgulho do bairro é abrigar dois dos principais pontos turísti-cos da cidade, a Ópera de Arame e a Pedreira Paulo Leminski.

Apesar disso, o Abranches ainda sofre com a falta de infraestrutura

em boa parte de seus 4,32 km². Por ali ainda não chegou a rede de esgo-to, há muitas ruas sem asfalto e áreas ainda não urbanizadas. Os amplos terrenos remanescentes das antigas chácaras, porém, nos últimos anos tem atraído cada vez mais o interesse das construtoras. Vários empre-endimentos de alto padrão estão sendo erguidos. Afinal, é um bairro relativamente próximo do centro da cidade (6.869 metros da Praça Ti-radentes) e um dos que oferecem a maior área verde da cidade – 141m² por habitante.

O Abranches já recebeu a visita de um im-perador. Em maio de 1880, Dom Pedro II, com sua comitiva imperial, visitou a Província do Paraná. Além de oficializar o início da cons-trução da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, ele também passou alguns dias na capital, onde teve contato com as colônias de europeus que ajudou a vir para o Brasil.

Segundo o jornal 19 de Dezembro , D. Pe-dro II chegou a Curitiba às 14h30 do dia 21 de maio. O redator conta que praticamente toda a população da cidade, cerca de 6 mil pessoas, esperava o imperador no coreto da Rua Serrito, no Alto da Glória. Ali estavam os membros das 21 colônias da cidade. À frente, em duas alas, moças vestidas de branco seguravam bandeiras de várias nações.

Já segundo o depoimento do colono Fran-cisco Wós, coletado por Rafael Karman e pu-blicado no “Kalendarz Ludu” de 1964, três dias depois, o imperador visitou os poloneses do Abranches: “Com sua comitiva dirigiu-se à região onde hoje está o Parque São Lourenço. Ali o esperava uma procissão organizada com os colonos pelo vigário local. Então o Impera-dor se dirigiu a pé até a Capela do Abranches, sendo continuamente saudado por moças ves-tidas de branco. Por ali ficou um tempo, almo-çou na Casa Paroquial, e em seguida voltou para o centro de Curitiba.”

D. Pedro II, a visita mais ilustre

O imperador visitou a colônia em 1880.

associada:

RESIDÊNCIA ALVENARIA –BOM RETIROR. Albino Born esq. Adolfo Stedile (fundos Opet e a 1 qd da Nilo Peçanha). Casa com 180 m2, contém sala, 3 dormit. (sendo 1 suite com closed), bwc social, cozinha (armário), churrasc. Com WC, lavanderia, área coberta p/ 4 carros.

Inf. – Norvalpa -3352-3055

RESIDÊNCIA ALVENARIA BOM RETIROR. Ebenezer esq. R Silvio Barros, 252 m2, com sala c/ sacada, 4 dormitór. (sendo uma suíte) c/ armarios, bwc social, sala em 2 ambientes, copa, cozinha, lavabo, garagem para 4 carros.

Inf. – Norvalpa 3352-3055.

RESIDENCIA ALVENARIA BOM RETIROR. Cel. João Meister Sobrinho. 133m2. Desocupada. Sala, 3 dormitórios ++(sendo 1 suite), bwc social, copa, cozinha, lavanderia e garagem. R$ 320 mil.

Inf. –Norvalpa 3352-3055.

TERRENO BOM RETIRO – COMERCIALR. Nilo Peçanha após Opet. Mede 551 m2 (17x70x31x41). nf. – Norvalpa 3352-3055.

TERRENO BOM RETIRO – COMERCIALR. Prof. Macedo Filo prox. Ao Condor entre a Nilo Peçanha e Mateus Leme. Mede 460m2 (12x37x39). Com construção antiga de 196m2. Inf. –Norvalpa 3352-3055.

TERRENO PILARZINHOR. Sílvio Nery Carcereri prox. Universidade Livre do Meio Ambiente. Mede 1.549 m2 (24x63) com casa para terminar com 180m2. Inf.-Norvalpa 3352-3055.

TERRENO PILARZINHO ESQ. PARA SOBRADOSR. Capitão Henrique Castor esq. R. João Batista Carcereri. Mede 787 m2 (19.80x45x43x22) R$ 450 mil. Inf.- Norvalpa 3352-3055.

TERRENO VISTA ALEGRE DAS MERCÊSR. Otto Ernesto Blume junto ao J. Schaffer. ZR 1. Mede 14x30. Inf. - Norvalpa 3352-3055.

TERRENO ABRANCHES ZR.2 –COMERCIALR. Mateus Leme antes da Igreja. Mede 452 m2 (17.50X21x25x22). R$ 300 mil. Inf.-Norvalpa 3352-3055.

TERRENO PILARZINHO 277 m2R. Capitão Henrique Castor prox. à Nilo Peçanha. Mede 277m2 (12x29x8) R$ 160 mil. Inf.-Norvalpa 3352-3055.

DOIS TERRENOS JUNTOS –ALM. TAMANDARÉR. Cinfronio de Andrade à 1 qd da R. Wadislau Bugalski, ao lado da Escola Ecológica Santa Maria. Mede cada um 12x40x36. Inf.- Norvalpa 3352-3055.

TERRENO PILARZINHOR. Nilo Peçanha prox. Ópera de Arame. Mede 496 m2. Espaço para construir 4 sobrados. Inf.- Norvalpa 3352-3055.

O Abranches abriga a Pedreira Paulo Leminski e Ópera de Arame, orgulhos do bairro.

RESIDÊNCIA

TERRRENOS

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Curitiba, setembro/outubro de 2012

Do Quintal » 10

Teffé que virar “shopping a céu aberto”Tradicional Rua dos Calçados quer se firmar como ponto turístico da capital

Desde o início dos anos 90, a Teffé virou sinônimo de sapatos.

Já existe um projeto para se criar um “shopping a céu aberto”.

Conhecida desde o final dos anos 80 como a Rua dos Calçados, a Te-ffé pode virar um “sho-

pping a céu aberto”. Pelo menos é o que espera a Associação dos Lojis-tas daquela região que há anos vem gestionando nesse sentido junto à Prefeitura de Curitiba. A questão começou a ser estudada ainda em 2002 e hoje já existe um projeto feito pelo IPPUC. Só falta colocá-lo em prática.

Segundo a presidente da Asso-ciação dos Lojistas da Rua Teffé, Mária de Fátima Borges, as mudan-ças projetadas têm como objetivo facilitar e tornar mais segura a cir-

culação dos pedestres pelo trecho. São medidas como a implantação de redutores de velocidade, nova si-nalização, melhorias na iluminação, demarcação do trecho com banners nos postes e instalação de floreiras.

Com as mudanças, a intenção é tornar oficialmente a rua em um ponto turístico da cidade. No iní-cio dos anos 90, ela ficou conheci-da como a primeira rua temática de calçados do País. No início eram pe-quenas lojas cujo atrativo eram tra-balhar com as chamadas pontas de estoque, ou seja, produtos de gran-des marcas, mas que por defeitos às vezes imperceptíveis são vendidos abaixo do preço normal. Com o

tempo, porém, as lojas começaram a apostar em outros segmentos, diver-sificando a oferta. Hoje, um dos es-logans da rua é: “Se você procura al-gum modelo de sapato, na Teffé você encontra. Se não encontrar aqui não encontrará em nenhum lugar...”

» Mais que calçadosAtualmente são cerca de 30 lojas

concentradas na Rua Teffé, princi-palmente na altura do cruzamento com a Emílio de Menezes. E já há alguns anos, a Rua dos Calçados não é mais só de calçados. Hoje são vá-rias lojas também de confecções e acessórios, aumentando o leque de produtos ligados à moda.

Loja pioneira mantém “ponta de estoque”

Glória Simões: “Mais conhecida lá fora...”

A pioneira Gloriana Calçados foi lembrada nos 300 anos de Curitiba.

Se a Teffé como Rua dos Calçados começou a se firmar a partir das lojas de ponta de estoque, hoje somente uma delas mantém esse tipo de co-mércio. E é justamente a pioneira da Rua. Foi ao redor da Gloriana Cal-çados, no número 426 da Rua Teffé que no final dos anos 80 começaram a surgir outras lojas especializadas em calçados.

A primeira loja começou a funcio-nar informalmente na casa de Glória Leitão Simões, em 1985. Foi traba-lhando como funcionária de uma boutique de roupas e calçados da ci-dade que ela teve a ideia. O sucesso foi tão grande, que em pouco tempo tinha transformado toda a casa numa loja, que funciona até hoje no mesmo local. Hoje, ela continua com a sua loja de ponta de estoque com várias marcas aclamadas do mercado na-cional e internacional a preços bem abaixo dos de mercado. Glória diz que só conseguiu continuar devido ao respeito que adquiriu junto aos principais fabricantes nesses mais de 25 anos no setor: “Todos me conhe-cem, e reservam o melhor para mim”, garante.

Hoje a Gloriana, com sua fachada mais antiga, não se destaca entre seus vizinhos com visuais modernos. A dona diz não se importar, pois man-tém uma clientela fiel, e acredita que a fama de produto de qualidade com baixo preço ainda atrai até gente de fora. “Sou bem conhecida no Rio e em São Paulo, acho que mais até do que aqui”, comenta. Dentre os fregue-ses, cantores famosos e astros globais, que ela não cita os nomes porque, diz, não pediu autorização para usá-los em propaganda. Informalmente, porém, não se nega a mostrar fotos com os famosos que, quando vêm a Curitiba, visitam a sua loja. Outras lembranças que ela faz questão de mostrar ficam na parede ao lado do caixa da loja, são os prêmios e as homenagens que re-cebeu da Câmara Municipal e de en-tidades comerciais, pelo pioneirismo e por sua atuação empresarial no seg-mento calçadista. (DSF)

Nova Galeria de Luz do Natal será acesa em 4 de dezembro

O prefeito Luciano Ducci convi-da os moradores de todos os bairros da cidade a participar de um Natal mágico. A Galeria de Luz, atração da Prefeitura de Curitiba para o Natal, voltará a iluminar a rua XV de No-vembro, no Centro, a partir de 4 de dezembro.

Ela será acesa em uma grande festa popular, acompanhada do es-petáculo Sobre Anjos e Luz, com bailarinos que fazem acrobacias aé-reas e "voam" sobre o público.

"É um espetáculo gratuito e ao ar livre, um momento inesquecível para que todos possam celebrar o espírito do Natal", diz o prefeito Lu-ciano Ducci.

Formada por arcos repletos de lâmpadas coloridas, a Galeria terá um desenho ainda mais impactante que em 2011, quando foi vista por cerca de 700 mil pessoas.

Criada pelo artista italiano Vale-

rio Festi, com patrocínio da Copel, a Galeria de Luz é formada por uma sucessão de arcos, em perspectiva, feitos com 50 mil lâmpadas colori-das. Este ano, o portal de entrada da instalação será mais largo, mais alto e projetado ao céu.

A entrada ficará no calçadão da XV de Novembro com Marechal Floriano Peixoto e a galeria se esten-derá por duas quadras, até a Barão do Rio Branco.

» Balé aéreo A Galeria de Luz será acesa após

a apresentação do espetáculo Sobre Anjos e Luz. O espetáculo acontece-rá no calçadão da pracinha do chafa-riz (em frente à loja C&A). Haverá um palco elevado no centro da pra-ça e tudo acontecerá ao redor e so-bre o público: os bailarinos voarão sobre a plateia com ajuda de guin-dastes e cabos de aço.

Ela voltará a iluminar a rua XV, com um portal mais largo, mais alto e projetado ao céu.

João de Noronha

João de Noronha

DSF-Dq

SMCS

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» 11Curitiba, setembro/outubro de 2012

Do Quintal

Fredolin deve estar pronta até dezembroPrefeitura rompeu o contrato com a primeira empresa porque ela não cumpriu o prazo estipulado

Com seis frentes de tra-balho, as obras de refor-ma que a prefeitura faz na Rua Fredolin Wolf,

um investimento de R$ 15 milhões – com financiamento do BID – es-tão em ritmo acelerado. Interrompi-das no final do ano passado, quando a prefeitura rompeu o contrato com a empreiteira por não cumprimento de prazo, as obras foram retomadas neste mês e a previsão é que fiquem prontas até o fim deste ano.

Iniciada em julho de 2010, a re-forma da Fredolin Wolf, importante via que liga Santa Felicidade ao Pi-larzinho, ficou paralisada por mais de seis meses. A empresa contrata-da (consórcio das empresas Gaisl-ler Moreira, do Paraná, e Arroyos, da Argentina) foi suspensa no final de fevereiro, justamente porque não cumpriu o prazo de entrega das obras.

» RetomadaApós o rompimento do contrato,

a Prefeitura, com aval do BID, fez uma nova licitação entre as empre-sas concorrentes na primeira etapa, garantindo a continuação da obra.

A vencedora foi a Empo – Em-presa Paranaense de Saneamento e Construção Civil – com o valor de R$ 8,5 milhões. No total, a revitali-zação da Fredolin Wolf representará um investimento de cerca de R$ 15 milhões, feito com recursos munici-pais e do BID.

“Conseguimos manter as carac-terísticas do projeto, que tem gran-de importância para reorganizar o trânsito numa região de intenso movimento de veículos”, afirma o prefeito Luciano Ducci. A rua tem vários pontos de confluência entre vias importantes como a Raposo Tavares, que termina na Fredolin, e a ligação de acesso a Almirante Ta-mandaré.

» RenovaçãoA rua está sendo renovada em

toda a sua extensão, num trecho de 7,5 quilômetros entre a Rua Nilo Peçanha, no Pilarzinho, e a Avenida Manoel Ribas, em Santa Felicidade. Serão em torno de seis quilômetros de ciclovia, iluminação especial para pedestre com postes menores e lâm-padas que direcionam o fluxo de

luz para a calçada e para a ciclovia; paisagismo em todo o trecho; além da drenagem, nova pavimentação e nova sinalização.

» TrânsitoNesta nova etapa da obra, está

sendo feita a implantação de uma ilha de retorno e direcionamento do fluxo de trânsito na confluência com a Rua Raposo Tavares. Quem vem de Almirante Tamandaré terá que fazer retorno um pouco mais acima, o que vai reduzir a concen-tração de tráfego de ida e volta nas proximidades do Parque Tingui. Um canteiro no meio da pista tam-bém vai ajudar no direcionamento dos veículos de ida e volta. Em ou-tros pontos da obra, as equipes es-tão trabalhando na implantação de calçadas e ciclovia.

Ao todo serão cerca de seis quilômetros de ciclovia.

Agora, as obras estão sendo realizadas pela Empresa Paranaense de Saneamento e Construção Civil.

Entorno da Capela será alteradoQuando anunciadas as obras de

revitalização da Rua Fredolin Wolf, os moradores e comerciantes ao re-dor da Capela Nossa Senhora do Pi-lar já tinham uma pergunta na ponta da língua: como ficará a confluência das ruas Domingos Moro, São Sal-vador e Bruno João da Silva?

É que este local é considerado um dos mais perigosos da região. Como não há sinalização ou redutor de velocidade, e como os motoris-tas não têm visão da pista contrária, devido à curva fechada e ao prédio da Capela, é um perigo constante. Principalmente para as centenas de crianças que estudam no Bento Mu-nhoz e em outras escolas da região, que têm que passar pelo local diaria-mente.

O Do Quintal apurou junto ao Ippuc o que está projetado para o local. O chefe do setor de projetos viários do órgão, Márcio Teixeira, adiantou que, além da sinalização, será construída uma meia lua, ou uma “meia rotatória”, no cruzamen-

to. Com ela, os motoristas que vêm pelos dois sentidos da Domingos Moro ou da São Salvador em dire-ção à Nilo Peçanha terão um local de parada para fazer a confluência.

Já para aumentar a segurança dos pedestres, estão previstas a constru-ção de duas “ilhas” do lado da São Salvador, que serão bases para a tra-vessia.

Para abrir espaço para as mudan-ças, será necessária a desapropriação de uma faixa do terreno que fica na esquina da São Salvador com a Bru-no João da Silva. Segundo Marco Teixeira, será desapropriada uma faixa de três metros. A faixa do ter-reno, que pertence à família Gava, contém vários velhos cedros, árvo-res que, ao contrário do Pinheiro do Paraná, não têm o corte proibido.

O entorno da Capela Nossa Senhora do Pilar é um dos pontos mais perigosos da região. No destaque, as mudanças planejadas pelo IPPUC.

Primavera, época das flores e também da varicela, alergias...

A Primavera, que começou oficialmente no último dia 22, é a estação em que tende a aumentar o número de casos de doenças como varicela ou catapora, caxum-ba e também alergias de pele. Todas podem ser tratadas com sucesso mas, de preferência, prevenidas com medi-das simples para evitar complicações.

É o que orienta a pediatra Marion Burger, do Cen-tro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde. “Tome as vacinas disponíveis e observe sempre a venti-lação dos ambientes e a higiene de mãos e unhas. Isso impede respectivamente a concentração dos agentes in-fecciosos específicos e a ação de outros germes, ao co-çar a região com as pequenas bolhas da catapora”, diz a médica.

A dose contra a varicela ou catapora – que se caracte-riza pela formação de vesículas que causam coceira pelo corpo - ainda não foi disponibilizada pelo Ministério da Saúde para a rede pública de atendimento. Quando a ventilação dos ambientes é insuficiente para manter longe do vírus causador da doença, que se disseminam pelo ar, existe acompanhamento médicos e remédios. Deve-se procurar o serviço de saúde mais próximo para o tratamento adequado.

» 3.200 casos em 2011No ano passado, de janeiro a agosto, 3.223 casos de

varicela foram atendidos na rede pública de saúde. E de setembro a dezembro, época da primavera, a soma foi

maior: 3.676 casos. A ocorrência da varicela deve ser comunicada na escola ou no trabalho, do mesmo modo que a caxumba, para alertar sobre possíveis surtos. A di-ferença é que para essa doença, que se caracteriza pelo inchaço na região do pescoço, há vacina disponível em qualquer unidade básica de saúde. Crianças tomam duas doses (ao completar 1 ano e entre 4 e 6 anos), enquanto adolescentes, adultos jovens e idosos apenas uma. Quando o contágio acontece, o acompanhamento médico e o seguimento do tratamento é necessário para impedir que a inflamação evolua para outras glândulas, como pâncreas e testículos.

No caso das alergias, é importante evitar o contato com o agente desencadeador do quadro – como pólen e poeira. Se isso não for possível e elas se manifestarem, também é indicado procurar o serviço de saúde, manter a mucosa hidratada e ter sempre a mão lenços descartá-veis para o caso de lacrimejamento, espirros ou coriza.

Na estação que começou no dia 22, aumentam os casos de varicela e alergias.

SMCS

SMCS

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Viva o seu bairro. Antes de deixar o seu bairro para fazer compras em outro local, confira se o que você quer não está perto de você.

aQUi TeMGuia de Serviços e Comércio dos bairros Mercês, Pilarzinho, Bom Retiro, Abranches, Vista Alegre, São Lourenço e Centro Cívico.

ACADEMIAS

Máster Corpore Fitness

R. Raposo Tavares, 281, Pilarzinho ..................022-8004

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R. Mateus Lemes, 3.544 – S. Lourenço ......... 3252-2044

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R. Amauri L. Silvério – Cruz do Pilarzinho ......3338-1988

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Distribuidora Schaffer

R. Giácomo Mulla, 535, B. Retiro ....................3077-9780

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A Pequenina Armarinhos – Lãs, fios, pedrarias

R. Mateus Leme, ........................................... 3252-7673

Verde- Presentes, Brinquedos, Utensílios

R. Amauri Lange, 28, loja 1-Pilarzinho ........... 3024-1040

AUTOMÓVEIS

Auto-elétrica

Mininão

R. Raposo Tavares, 1519, Pilarzinho ............... 3027-4607

Auto-Peças e Acessórios

Alex Auto Peças

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Av. Hugo Simas, 1834, Bom Retiro ................9934-8964

Cobra Pneus

R. Mateus Leme, 5358 – São Lourenço .........3044-2994

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R. Raposo Tavares, 1452, Pilarzinho .............. 3235-2069

Borracharia

Borracharia Estrela

R. Pioli, 681, entre Tapajós e Nilo Peçanha..... 8802-2457

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Wash My Car – Lava Car e estacionamento

R. Mateus Leme, 2763................................... 3044-1420

Oficina e pintura

Check Up- Auto Center

R. Carlos Pioli, 811, Bom Retiro ......................3014-5525

BANCAS DE JORNAIS E REVISTAS

Banca Divina Pastora

Praça Divina Pastora – Mercês ..................... 9122-8044

Banca do Lori

Av. Manoel Ribas em frente ao 1217 ............... 3335-7315

BARES

Bar e Petiscaria Casa Velha

R. Mateus Lemes, 5981 - Abranches..............3354-4050

BICICLETAS

Speed Bike

R. Raposo Tavares, 910, Pilarzinho ................ 3338-2055

BRINQUEDOS

Terrae Lúdice – Brinquedos Educativos

R. Giacomo Mylla, 460, Bom Retiro ..............3338-8505

CABELEIREIROS

Charlotte Hair

Av. Hugo Simas, 830, Bom Retiro .................3338-9540

Vitalitá – Cabelos e Estética

CAFÉ E CONFEITARIA

Pastéis de Belém

Av.Manoel Ribas, 999, Mercês ...................... 3016-3901

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Ragazza Calçados

R. Dr Roberto Barrozo, Mercês ...................... 3018-0660

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Delícia Natural – Água de coco, sorvetes

R. Ângelo Zeni, 494 ....................................... 3077-5208

CHAVEIRO

J.R. Chaveiro

Av. Manoel Ribas,308, Mercês ......................3233-4660

CHOCOLATE

Cacau Show

Av. Manoel Ribas, 1405, Lj 01, Mercês ........... 3044-7106

CONTABILIDADE

Feltes – Assessoria Contábil

R. Victório Viezzer, 148, Mercês .................... 3026-6867

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Pyrich – Comércio de Tecidos

Av. Manoel Ribas, 1625,

Mercês ........................................................ 3335-9705

COSTURA E REPAROS

Aledane – Cons. e reformas masc. e fem.

Av. Manoel Ribas, 391, Mercês ....................... 3016-3541

CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA E ESTÉTICA

Fisio Form

R. Carlos Augusto Cornelsen, 321,

Bom Retiro ................................................. 3252-0282

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Mariana Miyaji – Espec.em Endodontia

R. Mateus Leme, 2987, Bom Retiro ................3029-0555

FARMÁCIAS

FERRAGENS

Fermatti

R. São Salvador, 450 – Pilarzinho ................. 3527-4139

FESTAS E EVENTOS

Tático Banda Show ....................................... 3022-3326

FLORICULTURA

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R. São Salvador, 43, Pilaraziho ........................ 353-6222

GÁS – DISTRIBUIDORAS

Brusch – Gás e Água

R. João Tschannerl, Mercês ...........................3015-6163

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Norvalpa

R. Mateus Leme, 1000 .................................. 3352-3055

INFORMÁTICA

Av. Hugo Simas, 1789, Jardim Schaffer 3015-1500

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Autêntica Lavanderias –seco e úmido

Av. Hugo Simas, 936, Bom Retiro ................. 3353-3784

MÁQUINAS DE LAVAR – CONSERTOS

MASSAGEM TERAPÊUTICA

Espaço do Bem-Estar

Av. Hugo Simas, 1510 .....................................3528-2312

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Depósito Roberto

R. Raposo Tavares, 794 – Pilarzinho ...............3338-2125

MODAS E CONFECÇÕES

Ana Murara Fashion Designer

R. Albano Reis, 951 ....................................... 3253-2191

MOTOCICLETAS

A Casa do Motoqueiro

R. Raposo Tavares, 654, Pilarzinho ................3336-8033

MÓVEIS

Móveis Pilarzinho

R. Jorge Khury Brahin, 57 .............................. 3027-1278

MÚSICA

Etta-Aulas de violão e Guitarra

R. Milena Costa, 146, Pilarzinho .....................9163-3032

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Óticas Casagrande

R. Mateus Leme, 1631, Centro Cívico ............. 3642-4786

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Pronto-Socorro das Panelas

R. Raposo Tavares, 09, Pilarzinho .................. 3338-8333

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Cravo e Canela

R. Jacarezinho, 1456, Mercês ........................ 3015-0032

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R.Mateus Leme, 3238 ................................... 3252-9494

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R. André Zanetti, 031, Vista Alegre ................ 3336-0272

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Pet Center Jacarezinho

R. Jacarezinho, 1503 –

Disk Ração: .............................. 3339-8105 e 3077-0213

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R Carlos Pioli 163 lj 4 - Bom Retiro .................3253-0157

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R. São Salvador, 360, Pilarzinho ....................3026-1652

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Jacarezinho

R. Amauri Lange, 141, Pilarzinho..................... 3235-1136

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R.Raposo Tavares, 1180, Pilarzinho .................9112-1920

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Vidraçaria Nori Ltda

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Contatos : Tel: 3527-0501 - 9892-4606 E-mail: [email protected] Site: www.jornaldoquintal.blogspot.com.br

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Curitiba, setembro/outubro de 2012

Do Quintal

O Dia mundial dos animais foi escolhido para ser celebrado em 4 de outubro devido ao Dia de São Francisco de Assis (Assis, Itália, 5 de julho de 1182 — 3 de outubro de 1226), festejado na mesma data. São Francisco é mundialmente co-nhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente.

Os animais têm proteção legal no mundo des-de 1978, quando o projeto da Declaração Uni-versal dos Direitos dos Animais, proposto pelo cientista e Secretário Geral do Centro Interna-cional de Experimentação de Biologia Humana, Georges Heuse, foi aprovado pela Unesco.

E para protegê-los, basta cada um fazer a sua parte. Quanto aos animais domésticos, devemos propiciar a eles uma vida digna, com alimentação adequada, abrigo, cuidados veterinários e afeto, controlando a natalidade, além de nunca aban-doná-los nas ruas, atitude que, além de desuma-na, contribui para a superpopulação das espé-

cies e disseminação de doenças.Com relação aos animais silvestres, primei-

ro não se deve tirá-los de seu habitat natural. E depois, não despejar lixo nos rios ou destruir as florestas, pois esses são fatores que contribuem diretamente para a extinção de muitas espécies.

» Alerta

O Dia Mundial dos Animais foi criado para alertar a todos sobre os direitos dos animais que compartilham o Planeta conosco e lembrar da sua importância para o equilíbrio ambiental.

Visionário como sempre, Leonardo da Vin-ci já afirmava no século XV: “Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais, e, neste dia, todo o crime contra um animal será considerado um crime contra a hu-manidade”.

Um dia para os animais

Um olho no peixe, outro na luaPescador que é pescador sabe que a lua influencia no resultado final da pescaria. Então, para que o

dito-cujo não tenha que inventar muita história na volta pra casa, o Do Quintal contribui divulgando as próximas fases lunares. E boa pescaria!

De 22 a 29 de setembro - CRESCENTE - Ótima para o mar e boa para os rios.De 30 de setembro a 7 de outubro - CHEIA -Regular para o mar e ótima para os rios.De 8 a 14 de outubro - MINGUANTE - Ótima para o mar e boa para os rios.De 15 a 21 de outubro - NOVA - Regular tanto para o mar quanto para os rios.De 22 a 28 de outubro - CRESCENTE - Ótima para o mar e boa para os rios.

O deputado e o céuUm deputado sofre um infarto fulminante

quando fazia promessas a um grupo de elei-tores para tentar a reeleição. Na porta do céu, ouve de São Pedro que ele pode escolher en-tre ir para o inferno ou para o céu e que por-tanto precisa ficar um dia em cada um para poder escolher onde passará a eternidade.

Rapidamente o parlamentar diz que não precisa, pois quer o paraíso. Mas quando tenta entrar, é barrado pelo santo: - Eu até deixaria, mas são ordens superiores. São Pe-dro então o acompanha até o elevador e ele desce para o inferno. Entra ressabiado, mas logo vê um lindo campo de golfe e muita gente feliz. Logo reconhece vários colegas políticos. E passa uma ótima tarde, jogando, bebendo whiski de primeira, comendo caviar e lembrando da vida boa que levava a custa do povo. O diabo sempre ao lado, atencioso, contando piadas, perguntando se não faltava nada.

Na despedida todos se abraçam, o levam até o elevador e acenam quando ele sobe. No

céu, ele logo se sente entedia-do, tudo muito certinho, nada de bebida, de piadas sacanas, e pede para avisarem São Pedro que ele já de-cidiu. Diante do guardião das chaves do céu, diz que o Paraíso é muito bom, mas que irá para o inferno, “pois assim haverá uma vaga a mais para algum pobre que chegue por aqui”.

Se despede rapidamente e entra todo con-tente no elevador. A porta se abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo. Apavorado, vê todos os amigos com roupas sujas e rasgadas, uns recolhendo os fétidos detritos e outros carregando-os em pesados sacos.

Desesperado, corre para pedir explica-ções ao diabo: - Não estou entendendo, ga-gueja o deputado – ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, caviar, era só alegria. Agora só vejo esse lixão fedorento e meus amigos trabalhando e so-frendo... O diabo olha pra ele, sorri e explica: - Ontem estávamos em campanha. Agora já conseguimos seu voto!’

“Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal. Para se conquistarem essas sete linhas benditas, os homens praticam todas as ações - mesmo as boas.”

“Os sentimentos mais genuinamente humanos logo se desumanizam na cidade.”

“O jornal exerce todas as funções do defunto Satanás, de quem herdou a ubiquidade; e é não só o pai da mentira, mas o pai da discórdia.”

“O apreço exterior pela arte é a sobrecasaca da inteligência. Quem se quererá apresentar diante dos seus amigos com uma inteligência nua?”

“Este governo não cairá porque não é um edifício, sairá com benzina porque é uma nódoa...”

“Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo”.

Eças frases não envelhecem...

Eça de Queiroz (1845-1900), um dos maiores escri-tores da língua portuguesa, foi um arguto observador e um contundente crítico da sociedade e das instituições de Portugal do século XIX.

Muitas das observações do autor de O Primo Basí-lio e Os Maias continuam atualíssimas. Confira algu-mas de suas célebres frases:

Do QuintalContatos : Tel: 3527-0501 - 9892-4606

E-mail: [email protected] Site: www.jornaldoquintal.blogspot.com.br

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Curitiba, setembro/outubro de 2012

Do Quintal » 16

Em tempos em que as crianças já nascem “conectadas”, e que antes de aprender a ler e a escrever já sa-bem manejar o mouse e jogar no

computador, falar de esconde-esconde, ama-relinha, bibioquê, pião, pula corda...pode pa-recer coisa do tempo das cavernas. Mas era assim que a maioria das crianças brasileiras se divertia num tempo não tão distante, até a década de 1980.

Antes da era digital, a falta de tecnologia era compensada pela criatividade. Na falta

de brinquedos industrializados, bastava ca-tar no quintal alguns abacates ou mamões e juntar uns palitos para se fazer um boizinho. Com um pouco mais do mesmo, tinha-se uma fazenda. Um pedaço de madeira virava um bibioquê ou, um taco de bétis. Com uma pedrinha e um giz, surgia a amarelinha e co-meçava a disputa para ver quem chegaria pri-meiro ao céu. Já para o esconde-esconde ou ciranda bastava juntar os amigos.

Com o avanço tecnológico e a massifica-ção dos brinquedos industriais, a tendência

era que essas antigas brincadeiras desapare-cessem. Mas é só fazer uma pesquisa rápida no Google sobre o assunto, para ver que já são centenas de escolas infantis pelo País que estão resgatando essas tradições.

E não é por saudosismo ou pelo lado fol-clórico das brincadeiras, mas como instru-mento de alfabetização e de formação pes-soal da piazada. Estão constatando que, além da criatividade, esses antigos brinquedos são poderosas ferramentas para o exercício da coordenação motora e da interação entre as

crianças, reforçando a socialização e o respei-to ao próximo.

Então, porque não aproveitar o próximo Dia das Crianças para apresentar aos peque-nos as antigas brincadeiras que fizeram tan-to bem para os atuais adultos? E relembrar aqueles tempos em que para brincar não se precisava muito, bastava ser criança.

Para ajudá-los, o Do Quintal relembra algumas das mais tradicionais. Conforme a região do País, elas têm nomes e algumas re-gras diferentes.

Para brincar, bastava ser criança...

Cinco Marias ou Pedrinha: Usa-se cinco pedrinhas que

tenham tamanho aproximado.

Primeira rodada: jogue todas as

pedrinhas no chão e tire uma delas.

Depois, com a mesma mão, jogue-a

para o alto e pegue uma das que

ficaram no chão. Faça a mesma

coisa até pegar todas as pedrinhas.

Segunda rodada: jogue as cinco

pedrinhas no chão, depois tire uma

e jogue-a para o alto, porém, desta

vez, pegue duas pedrinhas de uma

vez, mais a que foi jogada para o

alto. Repita. Terceira rodada: cinco

pedrinhas no chão, tira-se uma e

joga-se para o alto pegando desta

vez três pedrinhas e depois a que

foi jogada. Última rodada: joga-se

a pedrinha para o alto e pega-se

todas as que ficaram no chão.

Roda ou Ciranda: É só darem as mãos,

formarem a roda e cantarem. Algumas das

cantigas mais tradicionais: Atirei o pau no

gato, Ciranda-cirandinha, A linda rosa juvenil, A

galinha do vizinho, A canoa virou, O meu chapéu

tem três pontas, Pirulito que bate bate, Samba

lelê, Se esta rua fosse minha, Serra serra

serrador...

Amarelinha: Ela surgiu em Portugal, onde

é chamada de Macaca. Risca-se os quadrinhos

no chão, de 1 a 10 ou 1 ao 8, fazendo no último

número um arco para representar o céu. Tira-se

na sorte quem vai começar. Cada jogador joga

uma pedrinha, inicialmente na casa de número

1, devendo acertá-la em seus limites. Em

seguida pula, em um pé só nas casas isoladas

e com os dois nas casas duplas, evitando a que

contém a pedrinha. Chegando ao céu, pisa com

os dois pés e retorna pulando da mesma forma

até as casas 2-3, de onde o jogador precisa

apanhar a pedrinha do chão, sem perder o

equilíbrio, e pular de volta ao ponto de partida.

Depois joga a pedrinha na casa 2 e sucessivas,

repetindo o processo. Se perder o equilíbrio ou

pisar fora dos limites das casas, o jogador passa

a vez, retornando a jogar do ponto em que errou

ao chegar a sua vez novamente. Ganha o jogo

quem primeiro alcançar o céu.

Pião: O brinquedo

surgiu há milhares de

anos, provavelmente na

região hoje conhecida

como Iraque e no início

era coisa de adulto. Hoje

ainda é fácil de encontrá-

lo em lojas que oferecem

brinquedos de madeira.

É só enrolar o barbante

e puxá-lo com rapidez.

A disputa é para fazê-lo

rodar por mais tempo ou

em superfícies inusitadas,

como na mão, cabeça...

Bibioquê ou Bilboquê: Uma esfera de madeira com

um furo no meio ligada a um

pino por um cordão. Através

do movimento da mão e

braço, tenta-se encaixar

o pino. Ótimo para a

coordenação motora. Várias

lojas ainda o comercializam,

mas é possível fazê-lo em

casa usando pequenas

garrafas pets ou latinhas de

massa de tomate.

Passa anel: os participantes

ficam com as

mãos juntas e um

deles com um

anel escondido.

Este vai passando

suas mãos

dentro das

mãos dos outros

participantes até

escolher um deles e deixar o anel cair em suas

mãos, sem que os outros percebam. Depois

escolhe uma pessoa e pergunta: “Com quem

está o anel?” Se ela acertar, vence e é a próxima

a passar o anel.

Pula corda: duas pessoas

batem a corda e outra pula.

Durante a execução da

brincadeira os batedores vão

cantando “um dia um homem

bateu na minha porta e disse

assim: senhora, senhora, põe a

mão no chão; senhora, senhora,

pule de um pé só; senhora,

senhora, dê uma rodadinha e

vá pro meio da rua”. Ao final, o

pulador deve sair da corda sem

errar.

Bolinha de gude: Há várias formas

de se jogar, como o

mata-mata, onde o

primeiro joga a bolinha

a uma certa distância. O próximo jogador tentará acertá-la em seguida. Se acertar,

ganha a bolinha. Se errar, o primeiro tentará,

de onde está, acertar a bolinha do adversário.

E assim sucessivamente. Na burca, ou burco, cava-se quatro pequenas caçapas na terra. Cada participante terá que acertar cada uma na sequência. Chegando-se na quarta, joga-se direto para a primeira. Acertando-a, passa a “caçar” os demais, vencendo-os ao acertar na bolinha adversária.

Esconde-Esconde ou Pique: Uma pessoa

é escolhida para contar enquanto os outros

têm que se esconder. Depois da contagem,

essa pessoa tem que encontrar quem estiver

escondido e ir até o ponto de origem (aonde

ela contou) e “entregar” a pessoa. O jogo acaba

quando todas as pessoas forem encontradas.