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Boletim 893/2015 – Ano VII – 14/12/2015
Trabalhador que está fora do País pode manter benef ícios da Previdência FABIOGALLO
Estou negociando um emprego na Argentina. Tenho 60 anos e vivo como consultor,
mas está muito difícil e esta pode ser a minha apos entadoria. Como ficaria o
pagamento do Imposto de Renda? Tenho que pagar no B rasil e na Argentina? E a
Previdência? Como posso mandar dinheiro para minha família?
Caso você não comunique a sua saída do Brasil, será tributado aqui e no país onde estará
trabalhando. Enquanto estiver vivendo no Brasil, com renda local, irá pagar imposto por
aqui. A renda recebida no país estrangeiro será tributada pela Receita local. A primeira
coisa a fazer nesses casos é apresentar a Comunicação de Saída Definitiva do País. Este
é um documento obrigatório para todos que se retiram do Brasil em caráter definitivo ou
passa à condição de não residente quando saído do território nacional em caráter
temporário. Este documento deverá ser apresentado a partir da data de saída até o final
do mês de fevereiro do ano subsequente. Além disso: 1) deve ser apresentada a
Declaração de Saída Definitiva do País relativa ao período em que ainda esteja como
residente no Brasil no ano-calendário da saída; 2) deve ser recolhido, em quota única até a
data prevista, o valor devido à Receita e 3) é necessário comunicar tal condição, por
escrito, à fonte pagadora. O aplicativo da “Comunicação de Saída Definitiva do País” pode
ser encontrado no site da Receita. No caso da Previdência, o INSS mantém diversos
acordos internacionais que estabelecem uma relação de benefícios previdenciários que
são mantidos pelo trabalhador que está fora do país de origem, inclusive contado esses
períodos para o tempo de aposentadoria. Um dos acordos firmados é no âmbito do
Mercosul. Acesse a página Acordos Internacionais da Previdência
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(www.previdencia.gov.br). A remessa de dinheiro do exterior para o Brasil é
regulamentada pelo Banco Central, acesse o site da instituição e baixe o manual. As
remessas podem ser feitas de forma prática e segura de três maneiras: por ordem de
pagamento (até US$ 3 mil), por cartão internacional (até US$ 10 mil) ou pelos Correios,
mas, neste caso, depende de convênio. Para conhecer países conveniados, limites,
tarifas, prazos e outras condições visite o endereço www.correios.com.br
Tenho 21 anos e R$ 65 mil aplicados a curto prazo, oriundos de economias. Moro de
aluguel há 3 anos em São Paulo e pago R$ 450 ao mês . Considero comprar um
apartamento no centro da cidade. Minha dúvida é se devo aproveitar o momento de
queda nos preços para dar o valor como entrada ou s e vale a pena aguardar, juntar
mais dinheiro e comprar à vista, no futuro. Tenho e xpectativas de melhorar o salário.
Aguarde um pouco mais para você ter uma estrutura financeira mais sólida. Explicando
melhor: você é novo e tem muitas oportunidades ainda pela vida. O valor que você paga
de aluguel é baixo. Para dar um exemplo, um apartamento no centro de São Paulo (50
metros quadrados) é alugado na faixa de R$ 2 mil mensais. Na compra, pela média de
mercado, um apartamento desse tamanho está perto de R$ 400 mil. Este imóvel pode ser
financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que tem fundos da Caderneta de
Poupança e do FGTS, portanto, um financiamento mais barato do que outras linhas, mas
mesmo assim exige uma entrada de 20% do valor, algo como R$ 80 mil, e não pode haver
comprometimento acima de 30% da sua renda com as parcelas, tendo prazo máximo de
35 anos para quitar a dívida. Avalio que você poderia manter o aluguel por mais algum
tempo enquanto também poupa – ao menos para conseguir dar uma entrada maior e,
assim, ter uma dívida menor. O mercado imobiliário está muito bom para o comprador e há
oportunidades muito boas para quem tem dinheiro, mas infelizmente, isto ainda não é para
todos os bolsos. Obviamente, guardar dinheiro para comprar um imóvel a vista será a
melhor solução. Sempre é melhor poupar primeiro e gastar depois.
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Estou vendendo dois imóveis antigos com a intenção de aplicar o dinheiro. O valor
ofertado não é muito atrativo, mas será à vista. O problema está no cálculo do lucro
imobiliário: se for muito alto, o negócio torna-se desinteressante. Os valores venais
são: R$ 30.732 e R$ 43.975. Se as escrituras forem passada pelo valor de R$ 100.000
para cada imóvel, quanto eu pagaria?
O vendedor deve pagar o imposto de 15% sobre o ganho de capital até o último dia do
mês subsequente àquele em que houve o ganho. O ganho de capital é a diferença entre o
preço da venda e o de compra, considerando-se os gastos de aquisição e outros como
reforma e melhoria do imóvel, ITBI, taxas cartoriais – desde que devidamente
comprovados e declarados anteriormente. Para apurar o valor do tributo, deve ser utilizado
o programa de Apuração de Ganho de Capital (PAGC) encontrado no site da Receita
Federal. Ele faz os cálculos e, para isso, devem ser informados os dados completos,
sendo muito importante as datas de aquisição dos imóveis. No cálculo do tributo é
considerado o fator de redução. Imóveis adquiridos até 1969 têm 100% de desconto no
tributo, a partir desse ano o desconto é reduzido em 5 pontos porcentuais até atingir 5%
em 1988. Imóveis adquiridos após essa data também tem aplicação de Fator de Redução
(FR) do ganho de capital apurado e que depende, basicamente, da data de aquisição do
imóvel. O programa da Receita é fácil de instalar, amigável e traz diversas informações
para a correta declaração e apuração do imposto, considerando automaticamente o FR
correto para cada caso. Esteja atento para possíveis isenções. Além de imóveis adquiridos
antes de 1969, há o caso da venda imóvel único por valor inferior a R$ 440 mil, desde que
não tenha sido efetuada operação similar, nos cinco anos anteriores. Outro caso é quando
ocorre permuta de unidades imobiliárias em que não é feito pagamento de diferença em
dinheiro. Há também isenção quando os recursos oriundos da venda são utilizados na
compra de imóvel residencial em até 180 dias.
(Fonte: Estado de SP dia 14-12-2015).
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