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BH - DEZEMBRO - 2007 ANO 13 - NÚMERO 123 Publicação da Secretaria do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais Marcelo Albert TJ aprimora sua estrutura Construção, reforma e ampliação de fóruns no interior, concursos para magistrados e servidores, implantação do Processo Judicial Eletrônico e a promoção da 1ª e da 2ª Semana da Conciliação são algumas das realizações do Tribunal de Justiça nos últimos doze meses. Confira a matéria sobre as atividades da atual administração. Páginas 6 e 7 ENTREVISTA: NICE FONSECA Página 9 CULTURA: NATAL COM SHOW DO 14 BIS Página 12

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BH - DEZEMBRO - 2007ANO 13 - NÚMERO 123

Publicação dda SSecretaria ddo TTribunalde JJustiça ddo EEstado dde MMinas GGerais

Marcelo Albert

TJ aprimorasua estrutura

Construção, reforma e ampliação de fóruns no interior,concursos para magistrados e servidores, implantação doProcesso Judicial Eletrônico e a promoção da 1ª e da 2ªSemana da Conciliação são algumas das realizações doTribunal de Justiça nos últimos doze meses. Confira a matériasobre as atividades da atual administração.

Páginas 6 e 7

ENTREVISTA:

NICE FONSECAPágina 9

CULTURA:

NATAL COM SHOW

DO 14 BISPágina 12

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02 D E Z E M B R O / 2 0 0 7

E X P E D I E N T E

Participe

Interessados em divulgarnotícias no próximo TJMGInformativo devem encaminhar omaterial à Ascom até o dia11/01/2008.

Ao assumirmos a Presidência do Tribunal,há exatos doze meses, assumimos tambémgrandes desafios. Entre eles, a regularizaçãodos contratos de prestação de serviços tercei-rizados, que impactam a 2ª Instância e todas asComarcas do Estado; a busca de soluções tec-nológicas modernas, que possibilitem a eficá-cia dos processos de trabalho, e a efetivaçãodo concurso público para a 2ª Instância.

Sobre a terceirização, lembramos que oContrato 414/2002, que engloba quase todasas categorias de apoio administrativo e opera-cional, terá seu término em 31 de dezembro de2007. As atribuições que são inerentes aoPlano de Carreiras do Tribunal serão exercidaspelos servidores aprovados no concurso públi-co.

Até o momento, já foram convocados 410servidores, entre oficiais judiciários e técnicosde várias especialidades. Novas convocaçõesserão feitas paulatinamente, de acordo com adisponibilidade orçamentária. Há que se con-siderar ainda que, entre 20 de dezembro e 6 dejaneiro, estaremos em recesso.

Para suprir os serviços de apoio adminis-trativo e suporte operacional, que continuamsendo prestados por empresas terceirizadas –como arquivistas, ascensoristas, serviços dereprografia, etc. – foi homologado, no dia 20 denovembro, o resultado do Edital de LicitaçãoPregão Presencial nº 112, cuja sessão ocorreuem 1º de novembro. Uma das medidas ado-tadas pela Administração foi a realização deprocedimentos licitatórios por lotes, de acordocom as especificidades de cada serviço a sercontratado mediante execução indireta.Também estão sendo observados os pisossalariais previstos em documentos normativosdas diversas categorias profissionais, bemcomo a média salarial praticada pelaAdministração Pública Estadual. Sendo assim,

novos funcionários terceirizados passam aprestar serviços ao TJ.

Todas as áreas do Tribunal estão sendoimpactadas pelas mudanças, sendo essa a si-tuação em que nos encontramos.

A transição pela qual estamos passandoserá tanto mais tranqüila quanto maior forem oempenho e a dedicação de cada um dos ma-gistrados, gestores e servidores do Tribunal, noseu âmbito de atuação, junto às respectivasequipes de trabalho.

Sabemos que dependerá de cada um quea travessia desse momento possa se dar daforma mais tranqüila possível. Esperamos quetodos atentem para o papel de partícipes daadministração, com atitudes e posturas pró-ati-vas.

É preciso encontrar soluções para os pro-blemas, superar dificuldades, priorizar osserviços essenciais e deixar as tarefas demenor importância para um segundo momen-to, remanejar pessoas dentro da área de atu-ação e avaliar as conseqüências de cadadecisão. Exige-se também paciência, porqueos setores estão trabalhando com equipesreduzidas, buscando o atendimento da melhormaneira possível.

As novas pessoas que chegam estãorepletas de esperanças, com vontade de acer-tar. Vamos contribuir para a vida profissionaldesses colaboradores, sobretudo com o exem-plo de profissionalismo e de compromisso coma Instituição.

Está nas mãos de todos nós a conduçãodesse momento. Administrar, na abundância, éfácil. Administrar, nos momentos de dificul-dades e de escassez de recursos, é o grandedesafio colocado para todos nós. Precisamosser criativos, ter discernimento da melhoropção a ser feita, para colhermos ótimos resul-tados num futuro próximo.

Desafios e oportunidades Orlando Adão Carvalho - Presidente

Tribunal dde JJustiça ddo EEstado dde MMinas GGeraisPresidente: Orlando Adão Carvalho; 1º VVice-PPresidente: Isalino Lisbôa; 2º VVice-PPresidente: Antônio Hélio Silva;3º VVice-PPresidente: Carreira Machado;Corregedor-GGeral: José Francisco Bueno;Superintendentes dde CComunicação: AlexandreVictor de Carvalho e Fernando Botelho;Secretário EEspecial dda PPresidência: Luiz CarlosElói; Secretária ddo PPresidente: SidneiaSimões; Assessora dde CComunicaçãoInstitucional: Goretti Paiva; Gerente ddeImprensa: Wilson Menezes; Edição: PatríciaMelillo; JJornalista RResponsável: IoneBernadete Dias - RG n. 1.929/MG; Revisão:Maria Cláudia Barreto; Diagramação ee iilus-tração: Úrsula Baião; Fotolito ee IImpressão:Lastro Editora Ltda. Ascom TTJMG: Rua Goiás, 253 - 1º andar -Centro - Belo Horizonte - MG CEP 30190-030Tel.: 31 3237-6551 Fax: 31 3226-2715E-mail: [email protected] TTJMG/Unidade FFrancisco SSales:31 3289-2520Ascom FFórum BBH: 31 3330-2123TJMG IInformativoE-mail: [email protected]

E D I T O R I A L

O presidente do TJMG, desembargador Orlando Carvalho, foi agraciado, no dia19 de novembro, com a Medalha da Ordem do Mérito Legislativo – Grau GrandeMérito, em solenidade no Palácio das Artes. O desembargador Nilo SchalcherVentura, presidente do Tribunal Regional Eleitoral, também recebeu a Medalha doGrande Mérito. Os desembargadores Geraldo Domingos Coelho, José Flávio deAlmeida, Maria Beatriz Caires e Paulo Roberto Pereira da Silva foram agraciadoscom a Medalha do Mérito Especial. A comenda foi criada em 1982, pelaAssembléia Legislativa de Minas Gerais, como forma de reconhecer os serviços ouo mérito excepcional de pessoas físicas e jurídicas.

Presidente do TJ é homenageado

Alair Vieira

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As organizações públicas e privadas estão cadavez mais transformando ou produzindo documentosem formato eletrônico. Atenta a essa realidade evisando conscientizar magistrados e servidores doTribunal de Justiça de Minas Gerais sobre a importân-cia de se implantar uma gestão de arquivos modernae eficaz, a Escola Judicial Desembargador EdésioFernades (Ejef), através da Diretoria Executiva deGestão da Informação Documental (Dirged), realizou,nos dias 12 e 13 de novembro, no auditório do AnexoI, em Belo Horizonte, o seminário “Os Arquivos e aGestão Arquivística na Era Digital: Desafios eSoluções”, que foi transmitido em videoconferênciapara as comarcas de Montes Claros, Varginha, Juiz deFora e Governador Valadares.

O evento discutiu a necessidade de se estabele-cerem políticas, procedimentos e práticas arquivísti-cas. No primeiro dia do seminário, participaram a pro-fessora da Universidade do Estado de São Paulo(Unesp), Ana Célia Rodrigues, e o professor daUniversidade de Brasília (UNB), Renato TarcisoBarbosa de Sousa.

No dia 13, a capitã de fragata e chefe doDepartamento de Arquivos da Marinha do Brasil,Rosângela da Cunha, falousobre o sistema de gerencia-mento eletrônico de documen-tos desenvolvido ao longo de12 anos. Segundo ela, dentroda Marinha, há um trâmitemensal de cerca de um milhãode documentos. Desse total,77% são produzidos e tramita-dos eletronicamente. Paradebater o tema, a professorada Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG), KátiaThomaz, expôs pontos de suatese de doutorado sobre apreservação de documentoseletrônicos de caráter arquivís-tico.

Para o superintendente da Ejef, desembargadorAntônio Hélio Silva, as instituições ainda enfrentamum grande desafio para cuidar de seus arquivos eadequá-los à tecnologia digital. “É necessária aadoção de novas práticas para programar asmudanças”, pontuou. No seu entendimento, situ-ações como essa, a princípio, assustam, pois impli-cam alteração de rotina de trabalho. “Não devemostemer as mudanças, porque sem elas não há comose falar em evolução e desenvolvimento das insti-tuições e das pessoas”, disse.

Para a diretora da Dirged, Silvana Lessa, a gestãoarquivística deve ser planejada de maneira integradacom a tecnologia de informação, “pois os desafiosimpostos pela era digital tornaram as atividades da

Superintendente

03D E Z E M B R O / 2 0 0 7

gestão de documentos inadiáveis e imprescindíveis,especialmente em relação a procedimentospadronizados de criação, uso, destinação e preser-vação”.

A diretora adiantou que a divulgação da Tabelade Classificação e Temporalidade de DocumentosAdministrativos da Secretaria do TJMG, ocorrida em30 de agosto de 2007, através da Portaria-Conjunta104, permitirá a eliminação de 2,5 toneladas de do-cumentos administrativos ainda este ano, sendo queo edital de Ciência de Eliminação de Documentos deArquivo foi publicado em 13 de novembro. “Com aeliminação desses documentos, a Coordenação deArquivo poderá voltar a receber os documentos queestão represados nas diversas unidades organiza-cionais da Secretaria do TJMG, desde 2002, por faltade espaço físico”, informou.

Como debatedores noseminário, o desembargadorFernando Botelho e o diretor doForo de Belo Horizonte, juizAndré Leite Praça, membros daComissão de Tecnologia daInformação, elogiaram oesforço no TJMG para implan-tar uma nova política de geren-ciamento de documentos. Aolembrar que o TJMG possuicerca de 3,5 milhões de proces-sos de papel, Fernando Botelhodefendeu a necessidade deinvestimentos nos meioseletrônicos como forma dedesafogar o Poder Judiciário.

Segundo o magistrado, otempo gasto com juntada de documentos, atendi-mento em balcão e de saída e entrada de processosdeixa de ser desperdiçado ao se adotar métodosautomatizados. “Nesse sentido, precisamospadronizar procedimentos com foco na desburocrati-zação”, disse.

André Leite Praça também defendeu o processoeletrônico como solução para a questão do grande

volume de documentosexistentes nos arquivos.“Se implantarmos oprocesso eletrônico, tere-mos um único arquivo cen-tralizado em um servidorde computador na capital”,avaliou.

Seminário discute

Programa de Gestão

Processo Eletrônico

Silvana Lessa, Rosângela da Cunha,Kátia Thomaz e o desembargadorFernando Botelho

Reinaldo M. Gomes

na era

digital

gestão arquivística

T E C N O L O G I A D A I N F O R M A Ç Ã O

Precisamos padronizar procedi-mentos com foco na desburocra-tização”‘

Mar

celo

Alb

ert

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equilibrada sob o aspecto da Justiça”, explicou, durante o encon-tro.

Apesar disso, o magistrado acredita que modelos como osda Justiça Restaurativa representam uma forma de esvaziar ademanda que hoje afoga os tribunais. “Essa é uma solução quepode começar a mudar o cenário e trazer alguma esperança maisefetiva e rápida para as questões de ordem criminal. Tudo aquiloque se fizer para atrair as pessoas interessadas no desdobramen-to do crime, para a discussão de soluções, será muito impor-tante”, disse Hélcio Valentin.

São Caetano do Sul (SP), Porto Alegre e Brasília registramexperiências isoladas de Justiça Restaurativa no Brasil. Os trabalhosdesenvolvidos nessas cidades foram apresentados durante o semi-nário internacional realizado no último mês.

Em Brasília, o programa restaurativo funciona junto aosJuizados Especiais e apresenta um índice de 49% de acordos.“Representa um acordo desde um simples pedido de desculpa atéconciliações de natureza econômica”, explicou o juiz de direito AsielHenrique de Souza. Segundo o juiz, perturbação do sossego,ameaça, crimes contra a honra, constrangimento ilegal e lesão cor-poral leve são alguns dos casos mais encaminhados para procedi-mento restaurativo.

Já as experiências de Porto Alegre e São Caetano do Sul sevoltam, principalmente, para casos envolvendo a infância e a juven-tude. O primeiro, inclusive, registra a prática restaurativa em situ-ações de roubo qualificado e homicídio (o trabalho realizado no Sulpode ser conhecido pelo site www.justica21.org.br). Segundo PedroScuro Neto, coordenador e pesquisador do Centro Talcott de Direitoe Justiça do Rio Grande do Sul, há evidências de que a práticarestaurativa é mais eficiente quanto mais grave for a infração.

Distante de uma efetiva difusão e aplicação no Brasil, aperspectiva, contudo, é deque, sem uma legislaçãoprópria (tramita noCongresso Nacional oProjeto de Lei nº 7006/06,que inclui a faculdade daprática restaurativa najustiça criminal brasileira) epouco experimentada noPaís, a Justiça Restaurativaainda deverá ser tema demuitas discussões eencontros, como o realiza-do em Belo Horizonte. ParaRenato Sócrates, “o impacto da Justiça Restaurativa no contexto dacomunidade jurídica brasileira e em nosso sistema de justiça crimi-nal é ainda difícil de se avaliar ou mesmo de se prever”.

Um conceito alternativo de soluções de conflitos começa a ga-nhar corpo no Brasil. A chamada Justiça Restaurativa constitui um pa-radigma que trata o crime de forma ampla, com foco nas relaçõesentre as partes e na restauração dos relacionamentos. Nela, infrator,vítima, familiares e, se necessário, a comunidade estão frente a frentepara a reparação dos laços e da confiabilidade social rompidos pelainfração. “O crime é, fundamentalmente, uma violação de pessoas erelações interpessoais”, prega o advogado e professor norte-ameri-cano Howard Zehr, defensor da prática restaurativa.

O presidente do Instituto Brasileiro de Justiça Restaurativa,Renato Sócrates Pinto, a define como um procedimento de consenso.“A Justiça Restaurativa representa, sobretudo, um espaço para diálo-go”, salientou, durante o seminário internacional “A Justiça

Restaurativa e sua Aplicabilidade no Brasil”, realizado em BeloHorizonte. Em novembro, a capital mineira recebeu palestrantes doBrasil e do exterior para apresentar e discutir as perspectivas e a pro-posta restaurativa no sistema de Justiça brasileiro.

A prática restaurativa já funciona em alguns países, como a NovaZelândia, Canadá, Argentina e Colômbia. No Brasil, apenas algumassementes começaram a ser plantadas, principalmente a partir de2005, com o apoio do Ministério da Justiça. O desenvolvimento e aimplementação de programas de Justiça Restaurativa em matériacriminal é, inclusive, uma recomendação da Organização das NaçõesUnidas (ONU).

Porém, o desembargador Hélcio Valentin, que representou opresidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargadorOrlando Carvalho, na abertura do seminário internacional, acredita quenão será tão fácil importar a idéia da Justiça Restaurativa, pela pecu-liaridade do Brasil. “O terreno não é tão fértil. A sociedade não é tão

P R ÁTICA JURÍDICA

D E Z E M B R O / 2 0 0 7 04

O desembargador Hélcio Valentin e o procurador-geral de Justiça, Jarbas SoaresJúnior, participaram da abertura do seminário internacional sobre JustiçaRestaurativa, realizado em Belo Horizonte

André Lana

Experiências

Justiça Restaurativa o diálogo

Mar

celo

Alb

ert

valoriza

O crime é, funda-mentalmente, umaviolação de pes-

soas” (Howard Zehr)‘

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Os procedimentos informais e sim-plificados, adotados pelos JuizadosEspeciais, foram a primeira saída dos tri-bunais de Justiça do Brasil para reduzir onúmero de processos quevinham se avolumando. Essamedida foi ampliada háalgum tempo com o incenti-vo à conciliação. Na prática,está comprovado que o acor-do é a melhor solução para oconflito, pois pode reduzir,substancialmente, o tempode duração da disputa.

Diante disso, oConselho Nacional deJustiça (CNJ) criou, no anopassado, o MovimentoNacional pela Conciliação,que tem na primeira se-mana de dezembro o seuponto alto. Todos os tri-bunais do País realizarameventos de conscientizaçãoda sociedade para aimportância dos acordos emutirões para elevar o índicede conciliação.

A iniciativa do CNJ é fator de pacifi-cação social e é incentivada em todo oJudiciário brasileiro. Na conciliação, oresultado vai estar mais próximo da von-tade das partes em conflito. Ninguémvai sair da audiência com a sensação deque saiu perdendo. É mais vantajosotanto para as partes quanto para oEstado. É economia de tempo e di-nheiro.

O Movimento pela Conciliação temo apoio da Associação dos MagistradosBrasileiros (AMB), da Associação dosJuízes Federais do Brasil (Ajufe) e daAssociação Nacional dos Magistradosda Justiça do Trabaho (Anamatra).

Belo Horizonte foi a cidade escolhi-da para o lançamento nacional daSemana da Conciliação pela presidentedo Supremo Tribunal Federal e doConselho Nacional de Justiça, ministraEllen Gracie, no dia 3 de dezembro. Comtransmissão ao vivo para todo o Brasil, aabertura oficial foi realizada no Salão do

Tribunal do Júri do Fórum Lafayette.A programação geral da Semana,

em Belo Horizonte, de 3 a 8 de dezem-bro, incluiu apresentações de repentis-

tas e intervenções tea-trais com o tema“Conciliação”, paraconscientização dacomunidade da im-portância de se cele-brarem acordos.

Essas apresen-tações se iniciaramum dia antes, no dia 2de dezembro, emlocais de grande circu-lação de público,como a feira de arte-sanato, praças públicas e rodoviária.

Durante toda a Semana, um mutirãode conciliação, envolvendo os JuizadosEspeciais, os Juizados de Conciliação,as Centrais de Conciliação da JustiçaComum e de Precatórios realizouaudiências em vários pontos da cidade.

No interior, as outras 185 comarcasque aderiram ao movimento desen-volveram programas específicos locais.

O encerramento, em BeloHorizonte, foi dia 8 de dezembro, no Par-

que Municipal,com distribuiçãode folders e rosasbrancas.

Em MinasGerais, foramagendadas 26mil audiênciasde conciliaçãoem 186 comar-cas. Os dadosapontam umaresposta positivaao chamamentodo CNJ que,neste ano, esti-ma terem sidorealizadas 200mil audiênciasde conciliaçãono país, com asolução imediata

dos conflitos. No ano passado, em umúnico dia de mutirão, foram realizadas mais

de 80 mil audiências.Para fazer as estatís-

ticas da SemanaNacional da Conciliação,o CNJ desenvolveu umsistema que funciona viaweb, para que os tri-bunais pudessem ali-mentar os dados diaria-mente. Com essas infor-mações, o Conselhodivulgou boletins diáriossobre o andamento das

conciliações em todo o País. No dia 8 de dezembro, a ministra

Ellen Gracie fez o encerramento oficial,em Brasília, e divulgou o resultado par-cial das conciliações no Brasil. Osdados vão ser consolidados até o dia14 de dezembro. No dia seguinte,encerra-se a apuração, com a divul-gação final do número de audiências eacordos promovidos.

05D E Z E M B R O / 2 0 0 7

C O N C I L I A Ç Ã O

Mutirão de conciliação: acordos são mais vantajosospara as partes e para o Estado

Ione Bernadete

A Semana em Minas

Encerramento

erca de 26 milaudiênciasforam agen-dadas nas186 comarcas

mineiras que aderiramà Semana

C

Em clima

Marcelo Albert

de conciliação

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cargos do quadro de pessoal da 2ªInstância, concurso para Juiz Substituto,e já publicou o edital do concurso públi-co para os Serviços de Tabelionato e deRegistro de Minas Gerais, cujas provasestão marcadas para janeiro. No últimodia 26, 399 novos servidores da 2ªInstância tomaram posse.

Cursos, palestras, treinamentos,entre muitas atividades, foram realizadospela Ejef, reforçando uma das propostasde gestão do presidente OrlandoCarvalho de capacitar magistrados eservidores. Entre os cursos e treinamen-tos realizados, destacam-se o Curso deFormação Inicial para juízes, o Agir(Programa de Atualização Gerencial),o Programa Servidor Integrado (Serin)e o Programa de DesenvolvimentoGerencial.

A atual presidência tem investido naconsolidação do modelo de gestãoimplantado no TJ, com base noGerenciamento pelas Diretrizes (GPD),que tem por finalidade alinhar as ativi-dades da instituição em busca de umfoco comum, a partir da definição deestratégias, do estabelecimento deações, da identificação das áreasresponsáveis e do acompanhamento dodesempenho. Seguindo essas orien-tações, já foi possível diminuir o tempode tramitação processual no TJ.

Para o próximo ano, já foram esta-belecidas diretrizes, por meio do Plano

Vanderleia Rosa

D E Z E M B R O / 2 0 0 7 06

I N S T I T U C I O N A L

Ao tomar posse no cargo de presi-dente do TJMG, o desembargadorOrlando Carvalho estava ciente dosdesafios e demandas que se apresenta-riam. No entanto, em 12 meses de umagestão compartilhada, já foram imple-mentadas diversas ações voltadas para acapacitação de magistrados e servi-dores, melhor estruturação dos fórunsdas comarcas por meio da construção,ampliação e reforma de prédios, busca

de uma nova concepção tecnológicapara o TJ, com novos recursos, ampli-ação dos Juizados de Conciliação eCentrais de Conciliação, entre outras ini-ciativas.

Implantação do Processo JudicialEletrônico (Projudi), consolidação doRedesenho da 2ª Instância e conclusãodo relatório do Redesenho da 1ªInstância, realização de concursos, ela-boração de estudos para o novo edital dasede, regularização dos contratos deprestação de serviços terceirizados, rea-lização da 1ª e da 2ª Semana daConciliação exemplificam algumasdessas ações.

Assim que tomou posse, o desem-bargador Orlando Carvalho enfatizou queMinas já estava construindo sua própriacultura da paz e definiu como uma dasmetas de sua gestão o incentivo à conci-liação. O resultado desse empenho ficoudemonstrado pela realização da 1ª e da

2ª Semana da Conciliação, instalação de72 Centrais de Conciliação e 17 Juizadosde Conciliação, sendo cinco em BeloHorizonte. Destacam-se também o altoíndice de acordos nas audiências de con-ciliação de precatórios no TJ e no interi-or e a grande credibilidade dos JuizadosEspeciais junto à população. Esses resul-tados respaldam um dos ideais defendi-dos pelo presidente, que acredita noacordo como alternativa para a simpli-

ficação e agiliza-ção dos serviços:“Quem simplifica dizsim”.

Outra meta defendi-da pelo desembargador OrlandoCarvalho ficou demonstrada na Semanada Tecnologia, Ciência e Cidadania, rea-lizada em agosto. Naquele momento, oTribunal de Minas dava um importantepasso rumo à era digital com a implan-tação do Projudi, Processo JudicialEletrônico, lançado como projeto-pilotono Juizado Especial Cível (UFMG), e atransmissão via internet de sessões dejulgamento. “Investir em recursos tec-nológicos significa dizer ‘sim’ aosanseios de uma Justiça mais ágil, eficaze próxima do cidadão”, ressalta o presi-dente.

Também foi inaugurado o novoPortal do TJ, que trouxe, entre as novi-dades, a criação de ícones na área cen-tral que destacam as ações do TJ, e apri-morado o acesso eletrônico ao GuiaJudiciário.

O TJMG, por meio da Ejef, realizou,em 2007, concurso para provimento de

Concursos/Treinamentos

Gerenciamento pelas diretrizes

Conciliação

Presidente completa

Era Digital

um ano de

Concurso para ingresso nacarreira de juiz: investimentona melhoria da prestaçãojurisdicional

Fotos: Marcelo Albert

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Estratégico de Gestão Institucional(PEGI). Entre elas, direcionar os recursose meios disponíveis em função dademanda de prestação jurisdicional eaparelhar as comarcas e prédios do TJcom as condições de trabalhonecessárias.

O relatório do Redesenho da 1ªInstância já foi concluído e aprovadopelo Comitê Estratégico do TJ. O objeti-vo do trabalho foi estabelecer a estruturaorganizacional das comarcas, propondouma estrutura básica para cada uma edefinindo cargos. As premissas quenortearam o Redesenho da 1ª Instânciasão as mesmas consideradas para oRedesenho da 2ª Instância, entre outras,a gestão compartilhada, o foco naprestação jurisdicional e a redução decustos (ver página 11).

Estão sendo elaborados a Minuta deResolução, com as atribuições de cadaUnidade Organizacional, e o Anteprojetode Lei para criação de cargosnecessários para a implantação da estru-tura. Após isso, o anteprojeto segue paravotação na Corte Superior e depois paraa Assembléia Legislativa de MinasGerais.

Com a proposta de criar canais decomunicação com o público interno, odesembargador Orlando Carvalholançou, em maio de 2007, o Fale com o

Presidente, voltado para magistrados eservidores. Também foi inaugurado oBoletim Gerencial, pelo qual magistradose gerentes recebem, semanalmente,informações sobre portarias, resoluções,mudanças administrativas, assuntosgerenciais, entre outras.

Visando divulgar as ações doJudiciário, o programa de TV Justiça emQuestão recebeu novo formato, com osentrevistados interagindo em todos osblocos com o apresentador.

O Tribunal de Justiça, por meio daDiretoria-Executiva de Engenharia eGestão Predial (Dengep), concluiu, noperíodo, seis obras, beneficiando quatrocomarcas. Outras 25 obras estão emprocesso de licitação, 22 em andamentoe 24 em fase de projeto, o que beneficia-rá mais 60 comarcas.

O desembargador Orlando Carvalhoparticipou de diversos eventos no TJMGe no Estado, como seminários, palestrase congressos. Esteve presente tambémem 18 solenidades no interior (inaugu-ração de prédios de Fóruns, instalaçãode varas, entre outras).

Foi modificada a estrutura do orça-mento do TJ para 2008, com o objetivode simplificar e melhorar a execuçãoorçamentária, com redução do número

de programas, readequação de nomes emelhor distribuição dos elementos dedespesas.

O desembargador Orlando Carvalhodeterminou a realização de estudosvisando à elaboração de novo edital paraa construção do edifício-sede do TJ, umavez que todas as empresas licitantes queparticiparam do Primeiro Processo deLicitação foram consideradas inabili-tadas.

A atual administração tem apoiado aimplantação das Associações deProteção e Atenção aos Condenados(Apacs), dentro do Projeto Novos Rumosna Execução Penal. Existem atualmente16 Apacs, com previsão para inaugu-ração de mais duas até o início de 2008.

O TJMG homologou, em novembro,o pregão presencial que definiu asempresas que irão fornecer serviços deapoio administrativo e suporte opera-cional para a instituição, nos próximos12 meses.

Foi firmado, ainda, convênio decooperação técnica entre o TJ e a PolíciaMilitar de Minas, visando tornar mais efi-ciente, em Belo Horizonte, a fiscalizaçãodo cumprimento das penas substituti-vas.

A atual presidência apoiou, ainda,duas importantes realizações daCorregedoria-Geral de Justiça: o 3ºENCOR – Encontro da Corregedoria-Geral de Justiça, voltado para os juízesdiretores de Foro, e a implantação do sis-tema de transmissão eletrônica de cartasprecatórias.

A implementação dessas e de ou-tras ações contou com a imprescindívelparticipação de magistrados e servi-dores.

Comunicação

Outras iniciativas

Obras

Lançamento do Processo DigitalEletrônico (Projudi), durante a Semana da Tecnologia

gestão

A construção ereforma de

unidades no interiortem sido uma das

prioridades da atualadministração do

TJMG

RelatórioCompleto do 1º ano de Gestão estará disponívelno Portal do TJ

O

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Quem conversou com o recém-empossado oficialjudiciário do Tribunal Justiça de Minas Gerais,Paulo Eduardo Parreira, percebeu o grande entusi-asmo dele em retornar ao Poder Judiciário comoservidor concursado. Depois de mais de 13 anostrabalhando como funcionário na 1ª Instância,Paulo diz que aprendeu a gostar da instituição, e adedicação ao concurso lhe rendeu a primeira colo-cação no cargo.

Na cerimônia de posse coletiva, no dia 26 denovembro, lá estava Paulo Parreira, representandoos novos colegas para assinar o termo de posseperante o presidente do TJ, desembargadorOrlando Carvalho, juntamente com outros 398aprovados. Também prestigiaram a posse dosnovos servidores os desembargadores JarbasLadeira e Dárcio Lopardi Mendes.

Em seu discurso, o presidente OrlandoCarvalho enfatizou o momento de renovação,sobretudo na área de informática do TJMG e, porisso, incentivou os recém-empossados a conti-nuarem estudando, principalmente para se atu-

alizarem sobre as inovações tecnológicas quepodem ser aplicadas no Tribunal. Michele TábataFerreira Santos Gomes, que tomou posse comooficial judiciário, afirma que não terá dificuldadesem assimilar os sistemas de informática do TJMG.Formada em pedagogia e também técnica eminformática, ela lecionava em um Centro deInclusão Digital de Contagem. Ela considera impor-tante para qualquer instituição investir na área deinformática na atualidade.

No evento, foram apresentados aos novosservidores os secretários e diretores executivos doTJMG das áreas de Planejamento e Qualidade naGestão Institucional, Informática, RecursosHumanos, Padronização e Acompanhamento daGestão Judiciária, Assessoria de Comunicação eDesenvolvimento de Pessoas. A Escola JudicialDesembargador Edésio Fernandes (Ejef) que é aresponsável pelo desenvolvimento de servidores,realizou, nos dias 27 e 28 de novembro, o treina-mento introdutório obrigatório, Programa ServidorIntegrado (Serin).

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I N S T I T U C I O N A L

Trezentos e noventa e nove servidorestomaram posse em solenidade realizadano dia 26/11

Solenidade do Prêmio Mineiro deQualidade, realizada dia 30/10, noPalácio das Artes.

Letícia Lima

Novos

servidores

tomam

posse

TJMG participa do

Prêmio Mineiro da Qualidade

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargadorOrlando Carvalho, recebeu, no dia 5 de novembro, oRelatório de Avaliação do TJMG pela participação no PrêmioMineiro da Qualidade (PMQ). Pela primeira vez, o TJ par-ticipou de uma edição do PMQ e, apesar de não ter rece-bido prêmio, foi citado pelo presidente do Programa Mineirode Qualidade e Produtividade, Petrônio Machado Zica, comoexemplo na execução de práticas de gestão pela qualidadeem uma instituição de grande complexidade na prestaçãode serviços à sociedade.

Marcelo Albert

Marcelo Albert

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TJMG Informativo – O que significa para o Tribunal ter parti-cipado do Prêmio Mineiro da Qualidade?

NF: A ênfase não está no prêmio, mas na avaliação da gestão. Aparticipação, uma das diretrizes estabelecidas pelo presidenteOrlando Carvalho, possibilitou submeter nossas práticas de gestão auma avaliação externa, isenta, a uma equipe de avaliadores e juízesque nos deram um bom retorno. O relatório de avaliação pode sub-sidiar melhorias, permitindo conhecer nossas deficiências e corrigir oque não está bom.

TJMG Informativo – Como você vê,hoje, a trajetória de implantação do modelode gestão pela qualidade?

NF: O modelo de gestão “PrimeirosPassos para a Excelência”, adotado peloTribunal desde 99, é composto por oitocritérios que reproduzem as melhores técnicasde gestão conhecidas no mundo. É um mode-lo de gestão que serve para organizações de qualquer porte e de qual-quer segmento, público ou privado. São referenciais mundiais, que

E N T R E V I S T A N i c e F o n s e c a

Em 2007, o TJMG participou pela primeira vezdo Prêmio Mineiro da Qualidade. Não foi premia-do, mas recebeu importante retorno dos ava-liadores. A iniciativa do TJ de buscar aprimorarseus parâmetros de gestão e eficiência foi consi-derada inovadora e arrojada, tendo em vista seupapel de ente público. Desde 1995, o Tribunal estáimplantando a Gestão pela Qualidade, que, a par-tir de 1999, passou a seguir o modelo “PrimeirosPassos para a Excelência”, da Fundação Nacionalda Qualidade. Para falar sobre a experiência acu-mulada nesses anos e a participação no Prêmio, oTJMG Informativo conversou com a SecretáriaExecutiva de Planejamento e Qualidade na GestãoInstitucional, Nice Fonseca.

Raphael Lucca

estão em constante aprimoramento e evolução. Outra coisa interes-sante é que o modelo não é prescritivo, não obriga a determinadaspráticas, mas apenas orienta. A organização é que estabelece as práti-cas, o “como fazer”. Foi a adoção desse modelo que possibilitou aoTribunal ter seqüência para além da gestão de cada Presidente, que émuito curta. Mesmo com as trocas de mandato, já são 12 anos degestão pela qualidade, sendo nove com a adoção do mesmo modelo.É claro que cada presidente dá a sua ênfase, estabelece prioridades

para sua gestão dentro das ações previstasno plano.

TJMG Informativo – Em que o TJjá avançou e no que ainda pode se apri-morar?

NF: O que o Instituto QualidadeMinas (IQM) aponta é que precisamos dealguns ajustes em relação à utilização domodelo. As áreas precisam se esmerar no

acompanhamento de suas metas, na medição dos indicadores, parapodermos atingir os resultados esperados. É necessário tambémampliar os referenciais comparativos das práticas e resultados de cada

área. Comparar nossas práticas com as deoutras organizações públicas, de outros tri-bunais e, inclusive, da iniciativa privada.

TJMG Informativo – Quais metasvocê destaca para o próximo ano?

NF: O Tribunal está no caminhocerto, agora tem que continuar o processo.Em 2008, planejamos continuar oGerenciamento pelas Diretrizes, forma deplanejamento adotado pelo TJMG. Emseminário, que será realizado em breve,com os gestores das diferentes áreas,vamos avaliar o processo ao longo de2007, ratificar os objetivos institucionais,estabelecer metas setoriais e as priori-dades de cada área.

Nice Fonseca conversa com a jornalista RachelBarreto sobre a Gestão pela Qualidade no TJ

Em busca

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da excelência

O relatório de avaliaçãopode subsidiar melhorias,permitindo conhecer nossasdeficiências e corrigir o que

não está bom‘Patrícia Melillo

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padrinhos se comprometem a pegar os afilhadospelo menos duas vezes por mês e proporcionar-lhescarinho, lazer e educação. Em suas atividades comos padrinhos, José Rodrigues Povoas e Marilene,Wellington da Silva Dias costuma ir ao cinema,shopping e participa de churrascos. O garoto de 13anos diz que é “bom poder contar com outras pes-soas, ser ajudado e conhecer a vida delas”. Para opadrinho, é importante não pensar somente em sipróprio. “Todo dia, a gente tem que ajudar alguém,fazer alguma coisa boa pelo outro”, acredita.

Nádia Queiroz Sales, coordenadora da Sessãode Orientação e Fiscalização de Entidades Sociaisda Vara da Infância e Juventude (Sofes), lembra que,a princípio, o setor técnico da Infância não achavaque o custo-benefício seria positivo, pois a criançairia vivenciar, por um período, uma realidade total-mente adversa à dela. Nádia conta que o então juizenfatizava que o fato de a pessoa ter uma “experiên-cia boa, melhor do que a que já tem, não prejudicaninguém”. E é o que se tem visto, de acordo comela.

Ananias Neves Ferreira, presidente do Cevam,comenta que a maior preocupação das pessoas é seos menores não ficarão frustrados “ao tomaremcontato com coisas materiais que não possuem esequer têm horizontes de possuir”. Mas ele explicaque, “toda vez que um padrinho constrói umarelação de afetividade e há transmissão do conheci-mento das oportunidades, o adolescente com-preende, perfeitamente, que aquele tempo é deoportunidade. Assim, ele a aceita e convive”.Segundo ele, é preciso que haja uma interaçãoesclarecedora. “Se você tiver uma convivência comele capaz de mostrar que as coisas da vida aconte-cem dentro das possibilidades de cada um, que sãoas pessoas que constróem suas vidas e que aquilonão veio gratuitamente, aí ele aceita plenamente.Mas, se comprar um carrinho caríssimo, você o vio-lenta, porque está tirando isso da compreensão darealidade dele”, esclarece.

Em 1999, centenas de crianças e adolescentesdeixaram o abrigo em que se encontravam para pas-sar um Natal diferente, uma noite acolhedora compessoas que poderiam dar o que um verdadeiroNatal carrega em sua essência: a afetividade. Foidessa forma que surgiu o Com Viver, programa deapadrinhamento de crianças e adolescentes, umaparceria entre a Vara da Infância e Juventude deBelo Horizonte e o Centro de Voluntariado de Apoioao Menor (Cevam). Mas, com o pensamento de que“todos os dias são dias de Natal: de amor, de afetivi-dade, de acolhimento”, a noite feliz foi estendidapara o ano todo, todos os anos, àqueles que pas-sam pela instituição, maiores de quatro anos.

Ainda que crianças e adolescentes estejamafastados de sua família biológica por medida deproteção, é garantido a todos, pela Constituição, odireito de convivência familiar e comunitária. O pro-grama ajuda a efetivar esse direito, ao possibilitarque pessoas da comunidade possam ser padrinhos

desses menores, integrando-os asua família, e suprir a carência tem-porária até que eles voltem ao con-vívio familiar original.

O objetivo sempre foi garantiruma temporada mais alegre paraos abrigados, propiciando o me-lhor para eles. Além disso, o entãojuiz da Vara da Infância eJuventude, Tarcísio José MartinsCosta, pai da idéia e padrinho demuitos, ficou incomodado com o

fato de as crianças viverem “restritas ao pequenomundo da instituição”. Após conceder a adoção deuma criança, ficou sabendo que esta, enquantoestava indo para a nova casa, ao passar debaixo deum viaduto, gritou: “Cuidado, os carros vão cair”.Isso o marcou profundamente. Para TarcísioMartins, hoje desembargador da 9ª CâmaraCriminal, “é inconcebível que uma criança fique tãoalienada, a ponto de não saber nem o que é umviaduto”, inconforma-se.

O programa foi oficializado em 2003. Hoje, exis-tem 23 abrigos cadastrados no programa. Os

Letícia Lima

Com Viver: Natal o ano todo

Interessados eem aapadrinhar ppodem lligarpara 33224-11022 oou 44554.

objetivo semprefoi garantir umatemporada maisalegre para osabrigados, propi-

ciando o melhor para eles

O

O programa possibilita quepessoas da comunidade

sejam padrinhos de menores

S O L I D A R I E D A D E

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Inaugurado em dezembro de 2004, o EspaçoCultural Fórum Lafayette é um projeto fiel à propostade sua criação, mantendo-se dentro da linha de inte-gração e humanização do ambiente de trabalho.Talentos registrados, artistas plásticos renomados,corais, comediantes, filmes – cada qual com o seuolhar – fizeram a história do Espaço Cultural.

A artista plástica Sara Ávila, cuja exposiçãoNoturnos para Belo Horizonte inaugurou o Espaço,ressalta a contribuição do projeto para a cena cultu-ral belo-horizontina: “É importante que os órgãospúblicos abram espaços como o do Fórum para osartistas. É uma forma de educar o ‘olhar’ das pes-soas”.

Para celebrar o terceiro aniversário, o EspaçoCultural promove o 3º Encontro de Corais. A apresen-tação integra o projeto Encantando a Justiça e terá aparticipação do Coral do Fórum e corais convidados.O evento será no dia 19 de dezembro, às 18h30, no ITribunal do Júri, no Fórum Lafayette (Av. Augusto deLima, 1.549, Barro Preto), com entrada franca.

O Coral do Fórum Lafayette iniciou suas ativi-dades em setembro de 2000, sendo o maestroÁlvaro Antônio Rodrigues o seu regente e preparadorvocal desde a fundação. O grupo conta com 30 can-tores e é acompanhado pela pianista Cláudia MarizaCarvalho Salgado.

O Espaço Cultural do Fórum Lafayette é coorde-nado pela Assessoria de Comunicação Institucionaldo Fórum Lafayette, com o patrocínio do Banco doBrasil e apoio da Direção do Foro da Comarca deBelo Horizonte.

Rosana Maria

Espaço Cultural Fórum Lafayettecomemora três anos

A exposição Noturnos para Belo Horizonte inaugurou o Espaço Cultural

G P D

C U L T U R A

Redesenho da Justiça de Primeira Instância

O redesenho do modelo organizacional da Justiça de 1ªInstância foi concluído pela comissão instituída pela Portaria1843/2005. O estudo vai orientar o dimensionamento do quadro depessoal e apresenta ações para a melhoria da prestação jurisdi-cional. Segundo o relatório, a comissão concluiu que a melhoria dofuncionamento da Justiça de 1ª Instância não depende apenas demudanças estruturais e de pessoal, pois envolve questões maisestratégicas, como o equacionamento da desigualdade de deman-da processual.

Dois grupos de trabalho já foram constituídos para encami-nhamento das sugestões apresentadas. Um grupo é formado pormagistrados (Portaria-Conjunta 108/2007) e outro por servidoresdirigentes das áreas de suporte técnico e administrativo do Tribunal(Portaria 2.113/2007).

O grupo dos magistrados André Leite Praça, Áurea Brasil Perez,Herbert Carneiro, Jair Eduardo Santana, Luiz Carlos Azevedo Júnior eVicente de Oliveira Silva realizou sua primeira reunião em novembro.

Foi enviada correspondência a todos os magistrados a fim de quepossam contribuir com sugestões no sentido de se estabelecerparâmetros de produtividade e estratégias para equacionar a desigual-

dade na distribuição processual. O presidente do grupo, André LeitePraça, então juiz diretor do Foro de Belo Horizonte, ressaltou que essacontribuição “abre, para os magistrados de primeiro grau, a inéditaoportunidade de formularem propostas para o aprimoramento denossa instituição, equalizando a carga de trabalho e, ao mesmotempo, aumentando a produtividade e a eficiência do Poder JudiciárioMineiro”. O magistrado também considera que “esse momento émuito importante e histórico, pois democratiza o debate sobre osproblemas do Tribunal de Justiça de Minas Gerais”.

Para a elaboração do relatório do redesenho foram realizadasdiversas etapas, como o levantamento de informações, entrevistascom gestores de Belo Horizonte e visitas às comarcas de Contagem,Juiz de Fora, Uberlândia, Uberaba e Montes Claros. A comissão tam-bém analisou as sugestões de magistrados e servidores. As comar-cas do Estado foram agrupadas em sete grupos, sendo proposta umaestrutura organizacional para cada grupo. Um dos critérios sugeridosno relatório é que a distribuição de processos seja utilizada comoparâmetro para a definição da estrutura física e de pessoal dascomarcas. A íntegra do relatório está disponível para consulta naIntranet.

Nanci Leite e Juliana Matos

Rodrigo Albert

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Critérios de produtividade

Relatório

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IMPR

ESSO

Remetente: Assessoria de Comunicação Institucional - TJMG | Rua Goiás, 253 - Térreo - Centro - Belo Horizonte - MG - CEP 30190-030

Patrícia Melillo

C U L T U R A

O Rio Li Jiang, mais conhecido com o Rio Li,localizado na província de Guangxi, sudoeste daChina, é a única atração natural estampada emuma cédula do dinheiro chinês, e é, sem dúvida,um dos cenários mais deslumbrantes da China.O cruzeiro por esse rio, entre as cidades de Guiline Yangshuo, revela uma paisagem fascinante:um vale de montanhas cujas margens são de umverde exuberante, formadas por extensosarrozais interrompidos por imponentes picos decalcário de diferentes formatos e tamanhos,esculpidos pela natureza ao longo do tempo. Norio, pescadores que usam aves no lugar deanzóis e redes preparam a pesca. Os pássarostêm a garganta atada com um fio que os impedede engolir os peixes que capturam. É uma técni-ca usada há inúmeras gerações pelas comu-nidades da região.

Ary Macedo Júnior - Gersat

Linda Juventude (trecho acima), Caçador de Mim, Naturale Planeta Sonho são alguns dos grandes sucessos do 14Bis, que serão apresentados no show que o grupo faráespecialmente para os magistrados e servidores doTJMG, no dia 15 de dezembro, em comemoração aoNatal. Este ano, a data da festa, que aconteceránum sábado, foi escolhida visando facilitar a parti-cipação dos juízes e servidores das comarcas dointerior.

A comemoração, que será aberta pelo pre-sidente do TJMG, desembargador OrlandoCarvalho, será às 20h30, no Minascentro (Av.Augusto de Lima, 785). Os convites serão dis-tribuídos a partir de 5 de dezembro, nas trêsunidades da Ascom. Para retirar o seu convite, oservidor deverá apresentar a carteira funcional,que também será requisitada na entrada doshow. Cada servidor terá direito a um convitepara duas pessoas (ele e mais um convidado).

Mais informações pelos telefones 3237-6551, 3289-2520e 3330-2123.

Fundado pelos músicos Flávio Venturini,Vermelho, Sérgio Magrão, Cláudio Venturini e HelyRodrigues, o 14 Bis surgiu como a primeira bandade rock mineira. Desde a saída de Flávio Venturini,em 1987, o quarteto remanescente mantém amesma formação. Atualmente, conta com os tecla-dos e composições de Sérgio Vasconcelos, quetem participado de shows e gravações com abanda.

Ano passado, o grupo lançou seu primeiro DVD,gravado ao vivo no Grande Teatro do Palácio das Artes.Com participações especiais de Beto Guedes, RogérioFlausino, Marcus Viana e Flávio Venturini, esse trabalho

inclui os maiores sucessos da banda.

C L I C K D O L E I T O R

“Zabelê, zzumbi, bbesouro, vvespa ffabricando mmel/ GGuardo tteu ttesouro, jjóia mmarrom, rraça ccomo nnossa ccor

Nossa llinda jjuventude, ppágina dde uum llivro bbom/ CCanta qque tte qquero ccais ee ccalor, cclaro ccomo oo ssol rraiou”

Ary Macedo Júnior

Divulgação

TJ comemora Natal comshow do 14 Bis

O grupo