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Título: Londrina, da Capital Mundial do Café à Cidade Genial. Autor: Pedro José Granja Sella Co-autor: Jorge Luiz Garbarino de Souza RESUMO: O processo de evolução, para uma nova identidade, sobre o desenvolvimento territorial, a cidade de Londrina - PR por iniciativa de grupos de trabalho de instituições e da prefeitura municipal, no final do ano de 2014 foi apresentada a nova marca da cidade, sendo “Londrina, cidade Genial”, juntamente com a entrega da minuta da Lei de Inovação Municipal. Dentre todos os setores econômicos, destacou-se o setor da tecnologia da informação, visto ser o setor consolidado e em acelerado crescimento. A partir dessa premissa, esse estudo tem por objetivo criar uma metodologia de atuação que leva em consideração a aplicação de conceitos sobre framework e place branding. Os resultados esperados são a composição de uma rede ativos eficaz, através da superação dos desafios dessa empreitada num processo sinérgico. Considera-se que ao final possa ser consolidado o desenvolvimento e evolução do “novo lugar” – Londrina, Cidade Genial. Palavras-chave: Desenvolvimento Territorial, Rede de Ativos, Londrina Cidade Genial, Aceleradora Territorial. ABSTRACT: The development process for a new identity, on territorial development, the city of Londrina - PR on the initiative of institutions of working groups and the municipal government at the end of the year 2014 was presented a brand new city, with "Londrina, Genial City" along with the delivery of the draft of the Municipal Innovation Act. Among all industries, the highlight was the Technology Information sector, as it consolidated and rapidly growing sector. From this premise, this study aims to create a methodology of action that takes into account the implementation of concepts of framework and place branding. The expected results are the composition of effective network assets by overcoming the challenges of this enterprise in a synergistic process. It considered revising that the end may be consolidated development and evolution of the "new place" Londrina, Genial City. Keywords: Territorial Development, Asset Network, Londrina Genial City.

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Page 1: Título: Londrina, da Capital Mundial do Café à Cidade ... · totalidade dos cafezais praticamente foi devastada, o que fez com que a cidade perdesse a sua referência de polo e

Título: Londrina, da Capital Mundial do Café à Cidade Genial.

Autor: Pedro José Granja Sella

Co-autor: Jorge Luiz Garbarino de Souza

RESUMO:

O processo de evolução, para uma nova identidade, sobre o desenvolvimento territorial, a

cidade de Londrina - PR por iniciativa de grupos de trabalho de instituições e da prefeitura

municipal, no final do ano de 2014 foi apresentada a nova marca da cidade, sendo “Londrina,

cidade Genial”, juntamente com a entrega da minuta da Lei de Inovação Municipal. Dentre

todos os setores econômicos, destacou-se o setor da tecnologia da informação, visto ser o

setor consolidado e em acelerado crescimento. A partir dessa premissa, esse estudo tem por

objetivo criar uma metodologia de atuação que leva em consideração a aplicação de conceitos

sobre framework e place branding. Os resultados esperados são a composição de uma rede

ativos eficaz, através da superação dos desafios dessa empreitada num processo sinérgico.

Considera-se que ao final possa ser consolidado o desenvolvimento e evolução do “novo

lugar” – Londrina, Cidade Genial.

Palavras-chave: Desenvolvimento Territorial, Rede de Ativos, Londrina Cidade Genial,

Aceleradora Territorial.

ABSTRACT:

The development process for a new identity, on territorial development, the city of Londrina -

PR on the initiative of institutions of working groups and the municipal government at the end

of the year 2014 was presented a brand new city, with "Londrina, Genial City" along with the

delivery of the draft of the Municipal Innovation Act. Among all industries, the highlight was

the Technology Information sector, as it consolidated and rapidly growing sector. From this

premise, this study aims to create a methodology of action that takes into account the

implementation of concepts of framework and place branding. The expected results are the

composition of effective network assets by overcoming the challenges of this enterprise in a

synergistic process. It considered revising that the end may be consolidated development and

evolution of the "new place" – Londrina, Genial City.

Keywords: Territorial Development, Asset Network, Londrina Genial City.

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INTRODUÇÃO

A colonização da região do Norte do Paraná teve início em 1929, aonde cidadãos do

Brasil e de outros países, vieram buscar oportunidades de trabalho e renda na região para

cultivar terras e criar animais. O sucesso da região, e principalmente do desenvolvimento

territorial da cidade de Londrina foi acelerado, tanto que nos anos 50 era considerada “a

capital mundial do café”. Seu aeroporto foi o segundo mais movimentado do Brasil, perdendo

apenas para o aeroporto de Congonhas em São Paulo, com idas e vindas de políticos,

proprietários de terras e homens de negócio.

Portanto, a cidade de Londrina desenvolveu-se nesses 80 anos de história em função

do agronegócio, porém após duas grandes geadas da década de 70, sendo a última em 1975, a

totalidade dos cafezais praticamente foi devastada, o que fez com que a cidade perdesse a sua

referência de polo e ícone de desenvolvimento.

Com 80 anos e ainda sem uma referência explicita,

Londrina é uma cidade que diversificou a suas áreas de competências, onde se

destacam os setores: educacional com cerca de 6% de sua população cursando graduação e

pós-graduação nas mais de 17 universidades e faculdades; conta com os maiores grupos

educacionais e institutos federais e estaduais de pesquisas voltadas ao agronegócio; prestação

de serviços, com destaque ao comercio e a área hospitalar médica; empresas de tecnologia da

informação e comunicação (TIC).

Em 2015, todo o Brasil passa por grandes desafios na questão macroeconômica, com

uma previsão de queda do PIB.

Apesar do encolhimento do mercado de trabalho, Londrina ficou em 11º lugar no

ranking, entre as 5.500 cidades brasileiras, dos maiores saldos de emprego no primeiro

semestre deste ano. O saldo é a diferença entre contratações e demissões calculado pelo

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e

Emprego (MTE). O levantamento foi feito pela Revista Exame 2015.

A cidade de Londrina, por ter sua economia mais baseada no setor de serviços sofre

menos que a média das cidades brasileiras que se baseiam em indústrias como se pode

observar na figura 1. Apesar da difícil situação atual, Londrina possui grandes condições de

desenvolvimento principalmente em setores com grande valor agregado e da economia

criativa como tecnologia da informação, telecomunicações e biotecnologia.

O PIB de Londrina em 2013 foi de R$ 9,9 bilhões (US$ 3 bilhões).

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FIGURA 1: Produto Interno Bruto-PIB de Londrina

Fonte: IBGE

Nessas iniciativas, o setor que protagonizou uma mudança relacionada a “novos

tempos“, frente a uma era de mudanças e transformações econômicas significativas foi o

surgimento das empresas de TIC, que por meio dos seus ativos e da sustentabilidade propiciou

uma articulação e pensamento necessários ao desenvolvimento territorial que surgiu como

fruto do Arranjo Produtivo Local em Tecnologia da Informação - APL-TI, estruturado em

2006.

Ao evoluir para uma nova identidade sobre o desenvolvimento territorial da cidade,

por iniciativa de grupos de trabalho de instituições da cidade e da prefeitura municipal, no

final do ano de 2014 foi apresentada a nova marca da cidade, sendo “Londrina, cidade

Genial”, que motivou o executivo a elaborar a Lei de Inovação Municipal e o Distrito

Tecnológico de Londrina.

Segundo a Presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de

Empreendimentos Inovadores – ANPROTEC Senhora Francilene Procópio Garcia em aula

ministrada em Brasília-DF em setembro de 2014 ao tratar do tema” Ecossistemas de

Inovação” disse que há que se considerar que para “promover a inovação para uma

comunidade (regional ou global), precisamos promover a inovação e a colaboração onde elas

já ocorrem organicamente, empresas podem ser bem sucedidas (apenas) no mercado

doméstico ou (também) no mercado global.

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Surge um imenso potencial para transformar o crescente número de desempregados

em força produtiva.

É necessário propor formação complementar para acompanhar o ritmo do

conhecimento e das novas habilidades necessárias para os jovens participarem da “terceira

onda” da revolução industrial.

O papel dos Governos e agentes dos ecossistemas de inovação definirão o quanto uma

cidade é atrativa, quanto maior o número de conexões com outros empreendedores (intra e

inter região ou país), maior o impacto do ecossistema. Teremos de buscar modelos que evitem

a concentração de talentos em algumas cidades, em detrimento de outras no país.

Quanto maior o conhecimento do (novo) perfil empreendedor maior o suporte do

governo ao seu desenvolvimento. Saber reconhecer quando o empreendimento falha e deve

ser interrompido também é fundamental”.

FIGURA 2: Evolução Histórica da Cidade de Londrina

Ao traçar esse percurso histórico, esse trabalho tem como objetivo propor o

desenvolvimento de uma metodologia de trabalho, para que os ativos da cidade de Londrina

funcionem em rede, para de fato transformar em realidade a visão atual de “Londrina em

cidade Genial”, sendo essa perspectiva naquela ocasião inicial denominada “Londrina Genial

em TIC”.

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Propõe-se integrar a rede de ativos que promovem o empreendedorismo e a inovação

na interação da “Tríplice-Hélice” (empresa, governo e academia), da cidade visando

implementar o projeto para a definição das diretrizes influenciando cada vez mais a ampliação

do território de Londrina à Cidade Genial.

Nesse sentido, faz-se necessário ressaltar o conceito sobre empreendedorismo. Para

Chiavenato (2007), existem três características básicas para um empreendedor. São elas: 1-

Necessidade de realização: Uma necessidade pessoal, o que o diferencia dos outros. 2-

Disposição para assumir riscos: Riscos financeiros e de demais ordens assumidas ao iniciar o

próprio negócio. 3 -Autoconfiança: Segurança ao sentir que pode enfrentar os desafios e

problemas.

Portanto o empreendedor que deseja alcançar sucesso nos negócios necessita de

características tais como: coragem e paixão para desbravar o novo, e equilíbrio, racionalidade

e facilidade em lidar com as mais variadas situações, já dentro do empreendimento.

“Tríplice-Hélice”, este foi o termo desenvolvido por Henry Etzkovitz na

década de 90. Esse termo foi utilizado para descrever “o modelo de inovação com base na

relação governo-universidade-indústria”. Na era da economia do conhecimento, pode-se

pensar que somente através da interação dessas três personalidades é que pode tornar-se

possível a criação de um sistema de inovação sustentável e durável.

Segundo a premissa do autor, “o modelo surgiu pela observação da atuação do MIT

(Massachussetts Institute of Technology) e da sua relação com o polo de indústrias de alta

tecnologia em seu entorno. ”

Contextualizando, a ideia de inovação é concebida como uma criação ou renovação de

algo já existente, partindo de estudos, observações e persistência, na busca de soluções, que

sejam práticas e simples, ao passo que possam ser facilmente entendidas e aceitas pelos

consumidores. Também demonstra que o empreendedorismo não é uma exclusividade de

pequenos investidores dispostos a abrir um negócio, mas que grandes empresas podem ser

consideradas empreendedoras desde que apresentem inovações, no chamado

‘empreendedorismo corporativo’.

Os termos “transição contínua e fronteira sem fim” são relacionados ao modelo

tríplice-hélice. Tais considerações nesse ambiente de inovação são vistas como o resultado da

complexidade e de um processo contínuo de experiências nas interfaces da ciência e das

relações que ocorrem entre “ciência, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento nas

universidades, indústrias e governo”.

Segundo Etzkovitz e Loet Leydesdorff, as primeiras publicações sobre o tema

aconteceram na Universidade de Amsterdam. Hoje, a hélice tríplice evoluiu de uma teoria

para um modelo, já aplicado em diversos países do mundo, estimulando o surgimento de

núcleos de incubadoras, núcleos de inovação, escritórios de transferência de tecnologia, novas

leis e mecanismos de fomento, inclusive no Brasil.

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A tríplice hélice cresceu de uma teoria para um modelo que exatamente. De uma

metáfora para um modelo, de uma teoria para uma prática. Na verdade, a prática já existia

antes da teoria, onde foi extraído a teoria da prática ao analisar o papel do Massachussets

Institute of Technology (MIT) no estado da Nova Inglaterra, nos EUA, nos anos 1930 e 1940.

Ali, eles já funcionavam de acordo com a hélice tríplice, mas não tinham a terminologia, nem

uma teoria.

Ao discorrer sobre a existência de fatores e ativos de desenvolvimento territorial que

contribuem para o incremento acentuado do empreendedorismo e inovação, o presente

trabalho irá propor como problemática central a identificação de uma rede de ativos que

propicie um ambiente inovador.

Essa rede de ativos no cenário atual é representada por instituições como: SEBRAE,

SENAI, ACIL, CINTEC, SINFOR, SERCOMTEL, CODEL, UEL, UTF PR, IEFPR, APL,

AINTEC/INTUEL, dentre outros. Haja vista que cada uma delas segue um conjunto de

diretrizes que nem sempre coincidem, pois existem premissas distintas entre elas, o que

justifica a criação de uma metodologia que possa integrar e alinhar a atuação dessa rede. Com

base na evolução histórica da cidade de Londrina - PR, frente a uma nova identidade sobre o

desenvolvimento territorial da cidade, que redefine um novo lugar, por iniciativa de grupos de

trabalho de instituições da cidade e da prefeitura municipal, que no final do ano de 2014

define uma nova marca da cidade, como: “Londrina, cidade Genial”.

Nesse sentido definiu-se a área de TI como o setor que protagonizou uma mudança

relacionada a “novos tempos“, frente a uma era de transformações econômicas significativas

por meio do surgimento das empresas de TIC, que através dos seus ativos e da

sustentabilidade propiciou uma articulação e pensamento necessários ao desenvolvimento

territorial que surgiu como fruto do APL-TI, estruturado em 2006.

FIGURA 3: Abrangência do APL-TI de Londrina e Região e Número de empresas de TI por

Cidade

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A Figura 3 demostra a vocação de Londrina no setor de TIC com o número de 852

empresas das 1181 empresas da região. Tal número define sua relevância regional a qual

emprega 19000 pessoas, sendo que 80% graduados ou pós-graduados. Pesquisa Sebrae 2015.

Conforme fonte do IBGE (2013), a cidade de Londrina - PR, é o quarto maior

município do sul do Brasil. A população é estimada em aproximadamente em 543 mil

habitantes. Sua abrangência refere-se principalmente ao setor de serviços, porém também à

Educação, Saúde, Construção Civil, Agronegócio.

Visto que se consolidou como polo regional de bens e serviços, nesse setor de serviços

associou-se à ideia de mudança e inovação a área de TI. Relacionada a isso um promissor

desenvolvimento territorial.

Os principais desafios na construção dessa nova marca de lugar: “Londrina Genial”, na

cultura da cidade são a de alimentar uma reputação que zele pelo desenvolvimento de um

sense of place poderoso.

Dessa forma definiu-se a área de TI como o setor que protagonizou uma mudança

relacionada a “novos tempos”, frente a uma era de transformações econômicas significativas

por meio do surgimento das empresas de TIC, que através dos seus ativos e da

sustentabilidade propiciou uma articulação e pensamento necessários ao desenvolvimento

territorial que surgiu como fruto do APL-TI, estruturado em 2006.

2. Londrina Genial

Os principais desafios na construção dessa nova marca de lugar: ”Londrina Genial “,

na cultura da cidade são a de alimentar uma reputação que zele pelo desenvolvimento de um

sense of place poderoso.

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De acordo com o crítico americano de arquitetura Paul Goldberger (2014) O que

significa isso? O tal do “sentido do lugar” confere a uma cidade características tão próprias

que a identificam em relação às demais, tornando-a memorável em suas interações.

Segundo o mesmo autor, ao falar sobre o tema em sua visita ao Rio de Janeiro diz que:

O sense of place pode ser fortalecido pelo número de citações, poemas, histórias,

músicas, representações artísticas ou designações internacionalmente reconhecidas de um

lugar. Nisso, o Rio de Janeiro pontua bem. Sem contar o inédito título de patrimônio mundial

como Paisagem Cultural Urbana concedido pela Unesco, fora outros que somam o potencial

de atratividade da cidade e promovem a geração de mais políticas públicas de estímulo ao

turismo. ”

Ainda diz:

“O sense of place pode, ainda, ser entendido como algo que parte do ponto de vista de

moradores, visitantes, passantes ou migrantes. Algo que é por eles sentido ou percebido, como

um vínculo particular ou uma noção de pertencimento. ”

Isso é o que nos conta a história de Londrina, a de uma reputação sólida, haja vista a

sua projeção no cenário sul-brasileiro, de acordo inclusive com dados do IBGE e outras

fontes. Portanto, representa um “sentido de tal lugar”.

Pois bem, tal trajetória permite com que ao constatar um “sense of Place”, possamos

optar pela criação de um “Framework”, que integre essa rede de ativos da cidade, ao entender

que já possuímos nos dias atuais o vínculo de pertencimento, com ênfase no setor de serviços

de TI, nova competência essencial em inovação, já identificada nesse estudo como já foi dito:

um “sense of place”.

Na verdade, essa criação do “frame Work” foi estudada por Cunha (2010) ao citar

várias definições:

“Para Fayad et al (1999b) e Johnson & Foote (1988, APUD CUNHA 2010) como a

definição de que um framework é um conjunto de classes que constitui um projeto abstrato

para a solução de uma família de problemas.

Para Mattsson (1996, 2000), um framework é uma arquitetura desenvolvida com o

objetivo de atingir a máxima reutilização, representada como um conjunto de classes abstratas

e concretas, com grande potencial de especialização. “

Funcionalidade e valor agregado são duas das características mais importantes que os

lugares necessitam para desenvolver suas próprias marcas. Enquanto a funcionalidade está

ligada a aspectos tangíveis de uma localidade, o valor está representado pelos aspectos

intangíveis de um lugar como: cultura, história, costumes e pessoas. As experiências definem

se uma marca terá sucesso ou não. O mesmo acontece com os lugares. Se as pessoas têm uma

determinada experiência, seja ela positiva ou negativa, com um lugar, elas comunicam e

divulgam isso.

O Place Branding ocorre quando um público fala para outro, quando uma população

inteira é estimulada a tornar-se porta-voz dos valores e qualidades de sua nação.

Outra questão importante que envolve o assunto é: “Como uma marca é percebida? ”

O modo como a população ou os visitantes percebem uma cidade e a imagem que constroem

e projetam desta, também é um ponto-crítico para o sucesso do lugar. ”.

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FIGURA 4: Logo Londrina Genial

A palavra genial vem da raiz indo-europeia gen-, que significa gerar, engendrar, fazer

nascer. Da mesma origem vem Gênesis, primeiro livro da Bíblia, que mostra o começo de

todas as coisas. Genética, aquilo que carregamos em nosso DNA. Inteligência, a capacidade

de dar soluções originais para novos problemas. Ou soluções melhores para velhos problemas.

Generoso, aquele que não se importa em oferecer o que tem de melhor.

Germinar, o verbo que Londrina conjugou por muitas décadas. Regenerar, a

capacidade de se reinventar. Engenhosidade, o poder de construir.

“Vários fatos e processos simultâneos justificam a escolha da marca Londrina

Cidade Genial. Veja alguns: É genial ter uma indústria de TI com 1,2 mil

empresas na região, companhias multinacionais ao lado de startups e

aproximadamente 14 mil empregos no setor.

É genial ter 17 universidades, 40 mil alunos matriculados no ensino superior,

19 escolas técnicas e formação contínua mão-de-obra altamente qualificada.

É genial ter o nosso APL de TI entre os mais ativos do País em todos os

segmentos.

É genial ter sido escolhida, entre mais de 5 mil municípios brasileiros, como a

cidade que vai sediar o Instituto Senai de Tecnologia voltado exclusivamente

para a área de TI. É genial ter uma companhia local de telefonia e

telecomunicações situada entre as melhores do País, por onde passam todas as

operações de internet do Sul do País. É genial dispor de conexão por fibra

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óptica com todo o planeta. É genial investir em segmentos empresariais

sustentáveis, não-poluidores e com grandes perspectivas de crescimento.

É genial colocar todo esse desenvolvimento tecnológico a serviço das cadeias

produtivas locais e das políticas públicas da área social. Afinal de contas, uma

cidade como Londrina não tem uma única vocação, mas uma multiplicidade

de talentos que refletem no caráter multicultural de nossa terra

É genial ter você como personagem importante desta história. Que cada

um de nós seja protagonista da identidade que lado a lado estamos

construindo. ” Fonte (Briget P.,2014) http://www.acil.com.br/noticias-

detalhe/20/10/2014/londrinacidade-genial

3. Proposição do Framework e Place Branding para Londrina Genial

Para Johnson (1991) e Gamma et al (1999) apud Cunha 2010), framework é um

conjunto de objetos que colaboram com o objetivo de atender a um conjunto de

responsabilidades para uma aplicação específica ou um domínio de aplicação.

Já segundo Buschmann et al. (1996), Pree (1995) e Pinto (2000) um framework é

definido como um software parcialmente completo projetado para ser instanciado.

O framework define uma arquitetura para uma família de subsistemas e oferece os

construtores básicos para criá-los. Também são explicitados os lugares ou pontos de extensão

(hot-spots) nos quais adaptações do código para um funcionamento específico de certos

módulos devem ser feitas”.

Podemos ampliar essas características com a definição de Henning (2010), sobre o

conceito e aplicabilidade do Place Branding, que é: “uma recente área do marketing que tem

por objetivo a construção e a divulgação das localidades como marcas, sejam estas cidades,

regiões ou países. As ferramentas de branding constituem-se como um elemento fundamental

a serviço da competitividade entre essas localidades. ”

Segundo o mesmo autor: “Numa definição mais palpável do Place Branding, os

lugares são tratados como empresas. O trabalho do branding nesse caso é construir a marca e

gerenciar a imagem dos lugares a fim de se atrair investimento externo, turistas, fama e até

mesmo atrair eventos internacionais como a Copa do Mundo, as Olimpíadas, e até mesmo a

Fórmula 1 com é o caso da entrada de novas cidades no circuito mundial como as cidades de

Singapura e Valência.

Comenta sobre uma deficiente compreensão que pode surgir ao associar o Place

Branding, visto que alguns confundem com promoção de turismo. Quando na realidade o

turismo somente é um significante de uma cidade, nação ou região.

Diz que: “Para se fazer a gestão de uma marca de uma determinada localidade, é

fundamental conhecer os atributos que determinam o sucesso de uma marca e o que a faz

alcançar reputação. De acordo com as premissas apresentadas acima, serão apresentados os

atributos que subsidiarão a criação da metodologia do Framework da rede de ativos da

Londrina Genial em TIC, a seguir:

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TABELA 1: Rede de Ativos de Londrina para criar o Framework.

ATIVOS

DESCRIÇÃO

ISS Tecnológico

Governo Benefícios fiscais para as empresas que realizarem

investimentos em pesquisa e desenvolvimento

tecnológico no Município de Londrina a fim de

incentivar a inovação

Lei da Inovação

Londrinense

Governo Em consonância com as versões federal e estadual,

mas com aplicação em âmbito municipal com a

proposição do programa de incentivo de e apoio a

inovação nas empresas.

Distrito Tecnológico

Governo Localizado ao redor do Instituto de SENAI de

Tecnologia da Informação, refere-se ao território de

incentivo às empresas de TIC.

Parque Tecnológico

Francisco Sciarra

Governo O Tecnocentro: projeto para ser o centro do setor

saúde onde abrigará laboratórios, auditórios e

incubadora de empresas

Comitê Gestor da Micro e

Pequena Empresa

Governo

Empresa

Comitê que delibera o desenvolvimento da micro e

pequena empresa, com objetivo de facilitar a

abertura e formalização de novas empresas.

Conselho Municipal de

Ciência e Tecnologia

Governo

Empresa

Academia

Conselho deliberativo municipal com objetivo de

estimular e propor políticas municipais de ciência,

tecnologia e inovação.

Sercomtel

Telecomunicação,

Iluminação

Empresa

Companhia municipal de Telecomunicação, de

capital misto, com ampliação de sua atuação à

iluminação pública e driver para Smart City.

APL-TI de Londrina e

Região e sua Governança

Governo

Empresa

Academia

Composta por empresários e entidades que

deliberam o desenvolvimento do setor de TI. Sua

abrange os municípios de Apucarana a Cornélio

Procópio

Fórum Desenvolve

Londrina

Governo

Empresa

Academia

É um movimento criado decreto-lei, mobilizar a

comunidade para o desenvolvimento sustentável de

Londrina e região, por meio de atividade

permanente de prospecção de futuro e planejamento

estratégico. Londrina 2032

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CINTEC Empresa

Academia

Central de Inovação, Desenvolvimento e Negócios

Tecnológicos em Tecnologia da Inovação.

Sinfor

Empresa Sindicato da Indústria de Software do Paraná

SENAI

Empresa

Academia

Bureau de Teste de Software, Instituto SENAI de

Tecnologia em TI, cursos Técnicos, Graduação,

Pós-Graduação e Certificação.

INTUEL - Incubadora de

Empresas de Base

Tecnológica da UEL

Empresa

Academia

Incubadora de empresas de base tecnológica

fundada em 2000 que graduou 24 empresas sendo a

maioria em TIC

Co-working

Empresa

Possui 5 ambientes de trabalho coletivo e local

inicial de empresas (startup’s).

Universidades e

faculdades

Academia A região de Londrina conta com 28 universidades e

faculdades, sendo que 17 tem curso de graduação e

pós-graduação em TIC.

Agência de Inovação

Tecnológica da UEL

Empresa

Academia

Núcleo de Inovação Tecnológica da Universidade

Estadual de Londrina.

SEBRAE

Empresa

O SEBRAE Londrina atua com uma frente

estratégica no setor de TIC e Startup

ACIL - Associação

Comercial e Industrial de

Londrina

Empresa Tem estratégia de apoiar o empreendedor digital.

Hotel e Incubadora de

tecnologia e Inovação da

UTF-PR campus Londrina

e Cornélio Procópio

Empresa

Academia

Pré-incubadora e incubadora de empresas de base

tecnológica da Universidade Tecnológica Federal

do Paraná

4. Novos Desafios

O Ecossistema de inovação de Londrina possui um nível de articulação, mais maduro que

a média nacional, com instituições empresarias, instituições de pesquisa, ensino e inovação,

governo e grandes empresas, apesar de ser um Ecossistema subdesenvolvido, por não conter

todos os elementos e recursos necessários, principalmente o recurso financeiro necessário

para financiar a inovação em empresas nascentes e startup ´s, além de serviços especializados,

como jurídico, contábil e valoração em empresas de tecnologia.

Para suportar o próximo passo, gerando a partir da articulação resultados econômicos de

impacto e de alta atratividade para novos negócios fixarem-se no território e negócios

tradicionais observarem oportunidades de desenvolverem inovação, propomos a governança

do ecossistema atrelada a um modelo de rede de aceleração.

Em rumo aos desafios, foi desenvolvido o protótipo do Framework que define o

método a ser aplicado em Londrina Genial com a finalidade de tecer a rede de ativos.

O reconhecimento de que as organizações não contemplam em si mesmas todos os

recursos e competências necessárias a uma oferta compatível com a demanda é um dos fatores

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que remete as organizações afirmarem suas ações articuladas de complementaridade em

redes.

Segundo Rodrigues (2006), a palavra rede vem do latim retis, que significa teia,

tratando-se de um entrelaçamento de fios que formam uma espécie de tecido de malha aberto.

O termo vem ganhando novos significados, entre eles a relação de pessoas e

organizações que mantêm contato entre si com um objetivo comum.

O conceito de redes aparece como chave cognitiva privilegiada na compreensão das

mudanças de grande magnitude que ocorrem nas esferas políticas, econômicas e sociais.

Segundo MINHOTO; MARTINS, (2001, p. 92).

Alguns pré-requisitos para a formação de redes são apresentados a

seguir: 1-No plano social, a preexistência de um conjunto de

organizações e/ou associações criadas para a consecução de propósitos

específicos estatal,2- a preexistência de um conjunto de órgãos

instituídos para a consecução de propósitos específicos, distribuídos

por esferas e setores de governo relativamente estanques; 3)

Situações-problema complexas identificadas; cujo enfrentamento

requer intervenção por agente interorganizacional; 4) Formação de

uma articulação visando formas de atuação conjunta e à cooperação de

diversos esforços voltados ao enfrentamento da situação-problema,

sem prejuízo da autonomia de cada uma das unidades integrantes da

rede; 5) Manutenção da identidade e prosseguimento das atividades

específicas de cada unidade integrante da rede (MINHOTO;

MARTINS, 2001, p. 92).

Nesse contexto o sistema de redes apresenta-se como uma alternativa de

desenvolvimento. [...] da perspectiva dos movimentos sociais, a rede tende a aparecer como

ferramenta capaz de construir novas formas de agregação de interesses e reivindicação de

demandas – que surgem a partir de uma ideia-força e expressam parcerias voluntárias para a

realização de um propósito comum – destinada prioritariamente a auxiliar na construção de

uma sociabilidade solidária (INOJOSA, 1998, p. 7).

Dyer e Singh (1998) afirmam que o preceito básico do estudo de redes organizacionais

diz que organizações que combinam seus recursos em uma única forma podem realizar uma

superior vantagem sobre seus competidores. Powell et al. (1996) salientam a necessidade de

as empresas colaborarem entre si, para adquirirem recursos e competências que elas não

teriam internamente.

Marshall (1982) afirma que as aglomerações das organizações em estruturas de redes

demonstram maior competitividade em relação a outras organizações dispersas no sistema

econômico, tendendo a desenvolver formas de ações conjuntas, que possibilitem ganhos de

eficiência e de competitividade.

Van Aken e Weggeman (2000) observam que toda e qualquer organização está

envolvida em alguma forma de rede, porém alguns aspectos estruturais e gerenciais

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determinam a formação de rede presente no ambiente.

Um dos focos que vem chamando a atenção no estudo da estrutura de redes está

relacionado à questão da competitividade que este tipo de estrutura apresenta em relação a

outras organizações que se encontram dispersas no mercado.

Vários autores observam a capacidade de gerar vantagens competitivas como uma das

principais características dessa forma de cooperação, dentre eles: Garcia (2001), Porter

(1998), Schmitz (1992), Scott (1994), entre outros. E nesse contexto o principal

questionamento que se faz é: por que empresas alocadas em uma estrutura de redes

conseguem gerar vantagens competitivas que não estariam disponíveis caso elas estivessem

isoladas?

Para Fensterseifer, et al (1997), a formação de redes e alianças baseia-se na parceria,

na cooperação, na associação e na complementaridade entre as organizações, partindo do

princípio de que no atual ambiente de negócios nenhuma empresa, seja ela pequena ou

grande, é independente e autossuficiente.

Schmitz (1997) reforça destacando que a formação de clusters torna possível ganhos

de eficiência que organizações individuais raramente conseguiriam alcançar.

Segundo Casarotto e Pires (2001), a sistemática de redes apresenta-se de duas formas.

A primeira é a rede do tipo topdown, na qual uma organização pequena pode tornar-se

fornecedora ou subfornecedora de uma grande empresa, sendo uma rede na qual as pequenas

organizações dependem diretamente das estratégias da grande empresa, tendo pouca ou

nenhuma flexibilidade e influência nos destinos do grupo.

A retomada conceitual de diversos autores sobre o tema de rede, ilustra a importância

da construção da rede de ativos e manutenção para consolidar a Londrina Genial em TI.

Assim pode-se definir um framework conceitual onde cada ator apropria-se do seu papel.

Articular, conseguir convergir para um mesmo objetivo de stakeholders diferentes

com a relação de confiança necessária para que possa gerar o desenvolvimento do ecossistema

de inovação de Londrina, faz-se necessário iniciar pela constituição de uma governança e

responsáveis pelas diferentes ações.

A partir do conceito por trás do Londrina Cidade Genial, estruturamos uma rede de

aceleração para compor um mínimo sistema viável de inovação para o território, sendo

protagonizado por seus players locais e capacidade local de geração de smart money de forma

sistêmica e contínua.

Segundo J. PUGAS, este sistema será composto por três níveis de governança:

1. Aceleradora. Territorial – estrutura central do sistema de governança de

aceleração, concentrará os recursos compartilhados pelas aceleradoras setoriais,

assim como o pool de smart money do território. Será a única com existência

permanente.

2. Aceleradores Setoriais – estruturas especializadas da Aceleradora Territorial,

responsáveis pela aplicação dos recursos da Aceleradora Territorial em ciclos

setoriais temáticos junto à indústria local, conectando suas necessidades aos

recursos prospectados no ecossistema.

3. Rede de Incubadoras e Parques Tecnológicos – entidades associadas que

acolherão as metodologias da Aceleradora Territorial, podendo a partir disso

usufruir de frações pré-estabelecidas do pool de smart money e hospedando

iniciativas do ecossistema que estejam de acordo com seus perfis.

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A governança da rede deve ser baseada em gestão por resultados, atribuindo-se

diferentes composições dos conselhos gestores de acordo com os perfis das Aceleradoras

Setoriais e autonomia ao corpo executivo da Aceleradora Territorial para alcance de metas

estabelecidas com o Conselho de Administração da Aceleradora Territorial, o qual deverá ser

desenvolvido.

A continuidade da gestão executiva das Aceleradoras deve ser pautada por metas e

indicadores estabelecidos e monitorados pelo Conselho de Administração, conciliando assim

a celeridade e flexibilidade necessárias para o processo de aceleração e o ciclo – por vezes

longo – necessário para o amadurecimento de iniciativas.

Da mesma forma, a estrutura deve procurar sua autossustentabilidade financeira,

através de taxas de administração sobre os projetos por ela captados, renumerando seus

parceiros e fornecedores e mantendo uma estrutura enxuta de operação.

Os objetivos do framework são:

- Adquirir, desenvolver e reter talentos empreendedores e intraempreendedores para a

sustentabilidade do ciclo de inovação do ecossistema de Londrina;

- Diversificar o portfólio de produtos inovadores das empresas maduras e startups residentes

no ecossistema de Londrina, conciliando redução de riscos corporativos e investimento com

aumento na velocidade de desenvolvimento e no aprendizado de inovações;

- Reforçar a marca do ecossistema de Londrina como liderança em empreendedorismo de

base inovadora, gerando maior atratividade para oportunidades de negócios de elevado

impacto de inovação e para capital de risco;

- Elevar o valor agregado dos ativos de aceleração do ecossistema de Londrina,

transformando-os em Smart Money com competitividade na aquisição de iniciativas de

inovação diferenciadas;

- Gerar uma estrutura de aceleração financeiramente autossustentável, orientado pelas

melhores práticas e capaz de produzir resultados reais em seus diferentes players ao integrar

as necessidades de experimentação inovadora na geração de produtos das empresas maduras e

startups.

Para isso, deverá estruturar do modelo de governança a ser aplicado na Aceleradora

Territorial, definição de formato jurídico da iniciativa e Aprovação da Matriz de Atribuições e

Responsabilidades.

Considerações Finais

O mote Londrina Genial não somente busca estabelecer uma marca, mas uma mudança de

paradigma, onde busca fortalecer o Ecossistema de Inovação de Londrina.

A proposição do framework representado pelas aceleradoras territoriais e setoriais tem

foco principal nas pessoas e sua importância para o funcionamento do modelo de

desenvolvimento do ecossistema de empreendedorismo e inovação.

Todo o conceito da proposição da marca Londrina Genial foi baseado no senso de

pertencimento e representatividade das pessoas, atrás dos ativos quem compõem a rede já

mencionada estão pessoas e seus relacionamentos, relações de confiança.

Poderão surgir novas contribuições com a realização desse estudo, associadas à

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elaboração de uma metodologia que privilegia a assunção da redefinição do “senso de lugar”

(sense of place) nomeado como “Londrina Genial em TIC”, perpassada por tecnologias de

criação do framework para rede de ativos e imbricado ao place brading proposto a cidade de

Londrina-PR.

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Referências:

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GARCIA, Francilene Procópio. Módulo 2: A incubadora de Empresas e o ecossistema de

inovação, 08.09.2014, Brasília-DF.

GOLDBERGER, Paul. Inteligentes, sustentáveis, felizes: as cidades estão com tudo. Site

Mundo do marketing, 27.01.2014

GOVINDARAJAN, Vijay e TRIMBLE, Chis. Inovação reversa: Descubra as Oportunidades

Ocultas nos Mercados Emergentes. Editora Campus, 2012.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 24.08.2015 disponível em

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