tÍtulo: aÇÃo de diterpenos e sesquiterpeno...

12
16° TÍTULO: AÇÃO DE DITERPENOS E SESQUITERPENO ISOLADOS DE DIFERENTES ESPÉCIES DE COPAIFERAS SPP. COM POTENCIAL ANTI-HELICOBACTER PYLORI IN VITRO TÍTULO: CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA: ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA: SUBÁREA: BIOMEDICINA SUBÁREA: INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE FRANCA INSTITUIÇÃO: AUTOR(ES): LUCAS KOZOSKI DE LIMA AUTOR(ES): ORIENTADOR(ES): CARLOS HENRIQUE GOMES MARTINS ORIENTADOR(ES): COLABORADOR(ES): DR. JAIRO KENUPP BASTOS, DR. RODRIGO CÁSSIO SOLA VEZIANI, DR. SERGIO RICARDO AMBROSIO, MARIA ANITA LEMOS VASCONCELOS AMBROSIO COLABORADOR(ES):

Upload: trinhdan

Post on 07-Dec-2018

230 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

16°

TÍTULO: AÇÃO DE DITERPENOS E SESQUITERPENO ISOLADOS DE DIFERENTES ESPÉCIES DECOPAIFERAS SPP. COM POTENCIAL ANTI-HELICOBACTER PYLORI IN VITROTÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA:

SUBÁREA: BIOMEDICINASUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE FRANCAINSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): LUCAS KOZOSKI DE LIMAAUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): CARLOS HENRIQUE GOMES MARTINSORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): DR. JAIRO KENUPP BASTOS, DR. RODRIGO CÁSSIO SOLA VEZIANI, DR.SERGIO RICARDO AMBROSIO, MARIA ANITA LEMOS VASCONCELOS AMBROSIOCOLABORADOR(ES):

1. RESUMO

De acordo com a OMS, as mortes causadas por doenças infecciosas ocorrem em

quase nove milhões de pessoas por ano em países menos desenvolvidos de baixa

renda e escolaridade, as mortes por doenças infecciosas incluindo as manifestações

procedentes de infecções respiratória, síndrome da imunodeficiência adquirida,

doenças diarreicas, malária, tuberculose e infecções gástricas, são mais frequentes

e responsáveis por quase um terço dos óbitos. Helicobacter pylori é uma bactéria

microaerófila, Gram-negativa, espiralada que está presente no estômago humano de

forma comensal, entretanto, em situações de desequilíbrio da homeostase do

hospedeiro, este passa a assumir um perfil virulento capaz de desencadear injúrias

no sistema digestório. É uma bactéria de distribuição mundial e possui a estimativa

de já ter infectado 50% ou mais da população mundial, tornando-se uma das

infecções mais comuns do mundo. Atualmente vários estudos com espécies de

Copaifera estão relacionados aos seus compostos bioativos, entre eles, a classe dos

diterpenos e sesqueterpeno, que se mostram promissores no combate aos

microrganismos causadores de doenças que afetam de modo geral os seres

humanos. Os diterpenos são uma ampla e diversificada classe de produtos naturais

originados a partir da condensação de quatro unidades de isopreno - C5H8, são

biossintetizados a partir do ácido mevalônico, através do pirofosfato de 2E, 6E, 10E-

geranilgeranila (GGPP). O objetivo desse estudo foi avaliar efeito anti-Helicobacter

pylori “in vitro” dos diterpenos e sesquiterpeno isolado de diferentes espécies de

Copaifera spp. Para avaliação da atividade antibacteriana foram utilizados os

métodos de diluição em caldo visando à determinação da Concentração Inibitória

Mínima (CIM), Concentrações Bactericidas Mínimas (CBM). Os resultados da

CIM/CBM exibiram valores promissores para os diterpenos e um sesquiterpeno

variaram de 3,12 a 400 μg/mL e 3,12 a 400 μg/mL, respectivamente. Assim, com

base neste estudo, pode-se concluir que os diterpenos e o sesquiterpeno isolado de

diferentes espécies de Copaifera spp. apresentaram atividade antibacteriana

promissora frente a H. pylori.

2. INTRODUÇÃO

De acordo com a organização mundial da saúde, as mortes causadas por

doenças infecciosas ocorrem em quase nove milhões de pessoas por ano (WHO,

2013a), em países menos desenvolvidos de baixa renda e escolaridade, as mortes

por doenças infecciosas incluindo as manifestações procedentes de infecções

respiratória, síndrome da imunodeficiência adquirida, doenças diarreicas, malária,

tuberculose e infecções gástricas, são mais frequentes e responsáveis por quase um

terço dos óbitos (WHO, 2013b).

A maioria das doenças infecciosas é decorrente de um simples agente

causador, cuja identificação é de extrema importância, não apenas para medidas de

controle como também para o diagnóstico e tratamento (FAUCI e MORENS, 2012).

São microrganismos patogênicos ou oportunistas como vírus, fungos, bactérias e

parasitas que acometem pacientes diagnosticados com doenças infecciosas, sendo

transmitidas de forma direta ou indireta entre as pessoas (WHO, 2014a), o

surgimento de infecções e doenças crônicas é dependente do habitat do indivíduo,

baseando-se na microbiota do hospedeiro (BEIRÃO et al., 2014).

As infecções gástricas ainda são motivos de preocupação para áreas como a

microbiologia, gastroenterologia e principalmente a oncologia, uma vez que

frequentemente a presença da bactéria Helicobacter pylori está diretamente

relacionada com quadros clínicos severos de infecções, podendo evoluir para o

desenvolvimento do câncer de estômago (HAJIMAHMOODI, 2011; GRACÍA et al,

2014, PROCTOR e DEANS, 2014).

H. pylori é uma bactéria microaerófila, Gram-negativa, espiralada que está

presente no estômago humano de forma comensal, entretanto, em situações de

desequilíbrio da homeostase do hospedeiro, este passa a assumir um perfil virulento

capaz de desencadear injúrias no sistema digestório (HAJIMAHMOODI et al., 2011).

É uma bactéria de distribuição mundial e possui a estimativa de já ter infectado 50%

ou mais da população mundial, tornando-se uma das infecções mais comuns do

mundo (BRUNTON et al, 2006).

Os principais tratamentos consistem na terapia tripla e quádrupla, onde a

terapia tripla, que consiste de um inibidor de bomba de prótons como o omeprazol e

combinações de dois antibióticos (amoxilina e claritromicina ou amoxilina e

metronidazol) e a terapia quádrupla adiciona um fármaco que contém bismuto

(BONIFÁCIO et al., 2014), levando a uma diminuição das doenças relacionadas a

esta bactéria e na prevalência da infecção no mundo. Entretanto, o sucesso destes

tratamentos está agora comprometido pelo aumento da resistência antimicrobiana

do patógeno (MEGRAUD et al., 2014), tornando se um motivo de preocupação

mundial (BIBI et al., 2011).

Adicionalmente, a rápida evolução que torna as bactérias cada vez mais

resistentes tem resultado em uma drástica diminuição do arsenal de drogas

disponíveis, gerando cepas resistentes a quase todos os agentes antimicrobianos,

fato que torna ainda mais necessária a busca por novas fontes antimicrobianas,

principalmente de origem natural (ROCHA et al.; 2011). Os extratos vegetais

mostram uma grande oportunidade de reverter este quadro devido à versatilidade

neles presente (DAS et al, 2010). Assim, a fitoterapia e as plantas medicinais

proporcionam potenciais terapêuticos e econômicos visados (COSTA et al., 2010).

As plantas medicinais possuem grande diversidade química em sua

composição, se destacando no mercado atual e motivando ainda mais pesquisas

nessa área. Possuem princípios ativos, conhecidos como compostos secundários do

metabolismo, desenvolvidos para defesa contra patógenos e são pertencentes a

diferentes classes como terpenos, alcalóides, quinonas, lignanas, flavonoides,

xantonas, lactonas, entre outras. Os extratos vegetais e óleos essenciais são uma

alternativa na diminuição do uso de medicamentos sintéticos, em vista do custo

reduzido, facilidade de acesso e pela capacidade de melhorar a atividade

terapêutica (VENTUROSO et al., 2011).

É importante frisar que o sucesso da erradicação do H. pylori não depende

apenas da susceptibilidade da linhagem bacteriana ao antimicrobiano utilizado na

terapia, mas este é um dos principais fatores, especialmente se considerarmos

pacientes infectados com linhagens sensíveis ao antimicrobiano (SIQUEIRA, 2007).

Portanto, a busca de um novo agente que seja eficaz e livre de efeitos colaterais é

desejável (MAZZOLIN et al. 2010, MANYI-LOH et al., 2012).

O termo produto natural é usualmente associado com os metabólitos

secundários ou micromoléculas produzidos por um organismo que geralmente

apresentam estrutura complexa, baixo peso molecular, marcantes atividades

biológicas e são encontrados em concentrações relativamente baixas, na maioria

das vezes o metabolismo secundário funciona como mecanismo de defesa contra

herbívoros, microrganismos, insetos e competição entre plantas (DEWICK et al.,

2009).

O Brasil possui a maior biodiversidade do planeta com 13% do total de

espécies existentes, mas apenas 1.100 espécies e seus compostos biativos foram

estudados (GOUVEIA et al., 2007). Desta biodiversidade destaca-se a Mata

Atlântica, que Segundo Colombo e Joly (2010) é um bioma muito complexo, maior

do que a maioria das florestas amazônicas, com grande diversidade e riqueza de

espécies em níveis extremamente elevados.

O nome copaíba é de origem tupi “cupa-yba” que significa árvore de deposito,

devido ao óleo-resina que é encontrado em seu interior (LAZARIS, 2009). Copaifera

é um gênero botânico, pertencente à família Leguminoseae, conhecido no cotidiano

popular como “copaíba, copaíbeiras e pau d’óleo” e possui mais de 30 espécies

vinculadas a América Latina (COSTA et al, 2011) e África Ocidental, comumente

encontrada no Brasil nas unidades federativas do Sudeste, Centro-Oeste e região

Amazônica (PIERI et al., 2009). Destaca-se pela sua ampla utilização para diversos

fins, farmacológicos ou não (LEANDRO et al., 2012).

Copaiferas apresentam crescimento lento, alcançando de 25 a 40 metros de

altura, podendo viver até 400 anos (Figura 2). As espécies deste gênero possuem

troncos ásperos, de coloração escura, medindo de 0,4 a 4 metros de diâmetro,

casca aromática, folhagem densa, flores pequenas e frutos secos do tipo vagem

(VEIGA JR E PINTO, 2002; LEANDRO et al., 2012).

Atualmente vários estudos com espécies de Copaifera estão relacionados aos

seus compostos bioativos, entre eles, a classe dos diterpenos, que se mostram

promissores no combate aos microrganismos causadores de doenças que afetam de

modo geral os seres humanos (PORTO et al., 2009; SOUZA et al. 2011a; FONSECA

et al., 2013). Os diterpenos são uma ampla e diversificada classe de produtos

naturais originados a partir da condensação de quatro unidades de isopreno - C5H8

(DEWICK, 2002), são biossintetizados a partir do ácido mevalônico, através do

pirofosfato de 2E, 6E, 10E-geranilgeranila (GGPP). De acordo com o número de

anéis e o padrão de ciclização de suas estruturas químicas, os diterpenos são

divididos em acíclicos, bicíclicos, tricíclicos, tetracíclicos, macrocíclicos e mistos

(HANSON, 2004; GARCIA et al., 2007). Em 2002, Veiga jr e Pinto relatavam que 28

diterpenos, foram descritos nos óleos de copaíba sendo todos estudados, esses

diterpenos pertenciam aos esqueletos caurano, labdano e clerodano. O ácido

copálico foi o único encontrado em todos os óleos analisados, e por esta razão, este

diterpeno pode ser considerado como biomarcador de óleos de copaíba. (ANA)

Na literatura podemos encontrar alguns trabalhos relacionados à atividade

antimicrobiana dos diterpenos isolados de espécies de copaifera (TINCUSI et al.,

2002; SOUZA et al., 2011a, SOUZA et al., 2011b; ABRÃO et al., 2015), como

também outras atividades como anti-inflamátoria (PAIVA et al., 2002), relaxante

muscular (CUNHA et al., 2003), tripanocida (VIEIRA et al., 2002), antitumoral

(OHSAKI et al., 1994), larvicida contra o Aedes aegypti (GERIS et al., 2008;

VALLOTO et al., 2011) dentre outras atividades. Frente aos aspectos analisados,

verifica-se a importância de investigar os diterpenos isolados de espécies de

copaiferas como alternativas terapêuticas no combate à bactérias multirresistentes.

Apesar da extensa literatura sobre substancias isoladas das diferentes

espécies de Copaifera spp, não há até o momento estudos de atividade

antimicrobiana sobre os diterpenos e o sesqterpeno, portanto, a pesquisa vem

contribuir deforma significativa para o potencial dos diterpenos e o sesqterpeno

frente à cepa de H. pylori.

3. OBJETIVO

O objetivo desse estudo foi avaliar efeito anti-Helicobacter pylori “in vitro” de

diterpenos e sesquiterpeno isolado de diferentes espécies de Copaifera spp.

4. METODOLOGIA

Os diterpenos e o sesquiterpeno avaliados neste estudo, foram fornecidos

gentilmente pelo Prof. Dr. Sérgio Ricardo Ambrósio, pesquisador e coordenador do

Curso de Pós-Graduação em Ciências da Universidade de Franca e vice-

coordenador do projeto temático intitulado “Validação química e farmacológica de

extratos e princípios ativos de espécies de Copaifera” (processo nº 2011/13630-7).

A CIM é definida como a menor concentração do agente antimicrobiano capaz de

inibir o crescimento bacteriano. Será utilizado o método de determinação da CIM por

microdiluição em microplaca segundo a metodologia preconizada pelo “Clinical and

Laboratory Standards Institute” (CLSI, 2012), com adaptações, empregando a

resazurina como revelador do crescimento bacteriano.

E para a técnica da concentração inibitória mínima permite definir qual a menor

concentração dos deterpenos e o sesquiterpeno que exibiu uma ação bactericida

comprovada pela ausência de colônias no ágar Brucella. A interpretação do efeito

bacteriostático é aplicada quando o valor da CBM obtido for acima da CIM,

indicando que a CIM da substância apresentou uma ação inibitória, porém

reversível, atribuindo assim, um efeito bacteriostático.

5. DESENVOLVIMENTO

A bactéria utilizada no estudo Helicobacter pylori (ATCC 43526) será proveniente

da American Type Culture Collection (ATCC) mantida na coleção de cultura do

LaPeMA/UNIFRAN, sob criopreservação a -80°C. Para cada experimento, a bactéria

será inoculada previamente em meio de cultura ágar Brucella adicionado de sangue

desfibrinado de carneiro (5%), para confirmação da pureza da cepa.

Em uma balança analítica foi pesado um miligrama de cada diterpenos e

sesquiterpeno e dissolvido em 125μL de dimetilsulfóxido (DMSO) e posteriormente

acrescentado 500μL de caldo Brucella. A concentração final de DMSO não será

superior a 5% e a solução nesta porcentagem será utilizada como controle negativo.

Com o auxílio de uma alça de inoculação esterilizada, serão transferidas

culturas do microrganismo desenvolvidos em ágar Brucella adicionado de sangue

desfibrinado de carneiro (5%) para tubos contendo solução PBS (estéril) pH 7,0 até

obter turvação igual ao tubo 0,5 da escala McFarland, que corresponde a

aproximadamente 1,5 x 108 UFC/mL. Tal concentração, ainda será confirmada por

leitura espectrofotométrica, no comprimento de onda de 625 nm, equivalente a uma

transmitância de 96. Em uma microplaca esterilizada de 96 orifícios foi depositado

um total de 50μL do caldo Brucella com 50% soro fetal bovino, 50μL substância

teste, posteriormente mais 30 μL do caldo e 20μL suspensão microbiana, de forma a

obter-se uma concentração de substâncias puras de 0,195 a 400μg/mL, permitindo

determinar a concentração necessária para inibir o crescimento do microrganismo a

ser avaliado. Em um dos orifícios será feito o controle da cultura, o qual deve

apresentar crescimento bacteriano devido à ausência do agente antimicrobiano. Em

outros orifícios o controle de esterilidade do caldo e da amostra, e em outro o

controle do solvente (DMSO) utilizado para a solubilização da amostra. A tetraciclina

foi o controle positivo.

As placas foram incubadas a 37°C em estufa bacteriológica com 10% de CO2

por 72 horas. Após o tempo de incubação será adicionado em cada poço 30μL de

resazurina na concentração padronizada de 0,1mg/mL preparado em solução

aquosa. Para a realização da leitura será observada a mudança de coloração da

mesma através de uma reação de oxi-redução. A placa foi re-incubada durante 2

horas, sendo então observada a alteração da cor azul (sem crescimento bacteriano)

e a cor rosa (crescimento bacteriano).

A determinação da atividade bactericida ou bacteriostática será realizada

com todos os diterpenos e o sesquiterpeno. A solução de menor concentração da

amostra (CIM) capaz de impedir o crescimento bacteriano será utilizada para avaliar

se esses metabólitos apenas inibem o crescimento (bacteriostático) ou se eles

causam a morte (bactericida) desses microrganismos. O conteúdo do orifício

contendo essa solução foi inoculado em um novo ágar Brucella adicionado de

sangue desfibrinado de carneiro (5%). O meio foi incubado a 37°C com 10% de CO2

por 72 horas. O crescimento do microrganismo indicará que os metabólitos na CIM

são bacteriostáticos, enquanto que a ausência de crescimento indicará que os

derivados na CIM são bactericidas.

6. RESULTADOS

No presente trabalho foi determinada a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e a

Concentração Bactericida Mínima (CBM) dos diterpenos e do sesquiterpeno de

diferentes espécies de Copaifera spp.

Segundo Ríos & Recio (2005) e Gibbons (2008), as substâncias isoladas que

apresentarem CIM inferior ou igual 10 μg/mL são considerados promissores nas

pesquisas de novos agentes antimicrobianos, sendo assim estes foram os

parâmetros utilizados no presente estudo para determinar se o diterpenos e o

sesquiterpeno Copaiferas foram promissores ou não.

Tabela 1: Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM)

dos deterpenos e do sesquiterpeno de diferentes Copaifera spp. e seus efeitos frente a H.

pylori

Amostra

Helicobacter pylori

Espécie

vegetal CIM CBM Efeito

2.11* C. pubiflora 25 μg/mL 25 μg/mL Bactericida

3.5* C. pubiflora 100 μg/mL 100 μg/mL Bactericida

4.11* C. pubiflora 100 μg/mL 100 μg/mL Bactericida

3.8* C. pubiflora 25 μg/mL 25 μg/mL Bactericida

Ácido copálico** C. multijuga 6,25 μg/mL 6,25 μg/mL Bactericida

Isômero do ácido copálico** C. duckei 12,5 μg/mL 12,5 μg/mL Bactericida

Ácido ent- agático reduzido** C. duckei 100 μg/mL 100 μg/mL Bactericida

* Diterpenos em fase final de elucidação estrutural **Diterpenos ***Sesquiterpeno

Os resultados da Tabela 1 demonstram que todos os diterpenos e do

sesquiterpeno foram efetivo contra H. pylori apresentando valores de CIM entre 3,12

a 400 μg/mL. O ácido caurenóico, ácido copálico, ácido hardwiickico foram os mais

promissores com efeito contra H. pylori com uma concentração de 3,12μg/mL,

6,25μg/mL e 6,25μg/mL, respectivamente.

Os resultados de CBM demonstram todos diterpenos e o sesquiterpeno

apresentaram valores entre 3,12 a 400 μg/mL. Todos diterpenos e do sesquiterpeno

apresentou efeito bactericida para o H. pylori.

A CIM e CBM da Tetraciclina usada como controle positivo foi de resultado

0,312 μg/mL, respectivamente; sendo assim um efeito bactericida.

Os controles de esterilidade realizados para validação da técnica (caldo

Brucella, solvente, soluções da substância e do controle positivo), inclusive os

controles de crescimento da cultura apresentaram-se conforme os padrões

estabelecidos. O controle do solvente (DMSO) a concentração de 5% em solução

aquosa não interferiu na atividade antibacteriana.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando os resultados obtidos neste trabalho com base nas condições

experimentas, pode-se concluir que:

Os ácidos caurenóico, copálico e hardwiickico apresentaram CIM inferior a 10

μg/mL, sendo considerados promissores nas pesquisas de novos agentes anti-

Helicobacter pylori.

Ácido poliático ** C. duckei 6,25 μg/mL 6,25 μg/mL Bactericida

Ácido caurenóico** C. oblongifolia 3,12 μg/mL 3,12 μg/mL Bactericida

Caurenol Sintética 400 μg/mL 400 μg/mL Bactericida

Ácido hardwiickico** C. pubiflora 6,25 μg/mL 6,25 μg/mL Bactericida

Ácido poliático** C. pubiflora 12,5 μg/mL 12,5 μg/mL Bactericida

(-)- trans-caryophylline*** C. multijuga 50 μg/mL 50 μg/mL Bactericida

Ácido ent-agático** C. duckei 100 μg/mL 100 μg/mL Bactericida

Tetraciclina *** 0,312 μg/mL 0,312 μg/mL Bactericida

Em relação a Concentração Inibitória Mínima, todos diterpenos e o sesquiterpeno

apresentaram atividade bactericida.

8. FONTES CONSULTADAS

ABRÃO, F. ; COSTA, L. D. A. ; ALVES, J. M. ; DIAS, J. M. S. ; CASTRO, P. T. ;

AMBROSIO, S. R. ; VENEZIANI, Rodrigo C.S. ; BASTOS, J. K. ; MARTINS CH .

Copaifera langsdorffii oleoresin and its isolated compounds: antibacterial effect and

antiproliferative activity in cancer cell lines. BMC Complementary and Alternative

Medicine. 2015; 15: 43.

BEIRÃO, E. M.; PADOVAN, A. C. B.; FURTADO, J. J. D.; COLOMBO, A. L.;

MEDEIROS, E. A. S. Does the change on gastrointestinal tract microbiome affects

host? Braz. J. Infect. Dis., pii: S1413-8670(14)00099-3.

doi:10.1016/j.bjid.2014.04.002, 2014.

BONIFÁCIO, B. V. Atividade antimicrobiana in vitro de extratos hidroetanólicos de

Astronium sp incorporados ou não em sistemas nanoestruturados. 2014. 99 f.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual Paulista ‘‘Júlio de Mesquita Filho’’,

Araraquara, 2014.

BRUNTON, L.L; LAZO, J.S; PARKER, K.L. GOODMANG & GILMAN: As Bases

Farmacologicas da Terapêutica. Rio de Janeiro: McGaw-Hill, 2006;11: 9950-9980.

COSTA-LOTUFO L. V., CUNHA G. M. A., FARIAS P. A. M., VIANA G. S. B., CUNHA

K. M. A., PESSOA C., MOARES M. O., SILVEIRA E.R., GRAMOSA N.V. , RAO V. S.

N.. The cytotoxic and embryotoxic effects of kaurenoic acid, a diterpene isolated from

Copaifera langsdorffii oleo-resin. Toxicon 2011;40: 1231-1234.

DAS, K.; TIWARI, R.K.S.; SHRIVASTAVA, D.K. Techniques for evaluation of

medicinal plant products as antimicrobial agent: Current methods and future trends.

J. Med. Plants Res.,201; 4: 104-111.

GARCIA, F. Estudo fitoquímico da fração AcOEt do extrato etanólico das folhas de

Arrabidaea brachypoda (DC) Bureau – Bignoniaceae e atividades antioxidante e

inibitória da enzima mieloperoxidase das substâncias isoladas. 2008. 101f.

Dissertação (Mestrado em Química na Área de Química Orgânica) - Instituto de

Química, Universidade Estadual Paulista, Araraqura, 2008.

HAJIMAHMOODIU, M., In vitro antibacterial activity of some Iranian medical plant

extracts against Helicobacter pylori. Nat Prod Res, 2011;25: 1059-1066.

LAZARIS A.P. Avaliação antibacteriana do óleo essencial de Copaifera trapezifolia

Hayne. [Trabalho de conclusão de Curso]. Universidade Regional de Blumenal –

FURB, 2009.

LEANDRO, L.M.; VARAS,F.S.; BARBOSA, P.S.C.; NEVES, J.K.O.; SILVA, J.A.;

VEIGA-Jr, V.F. Review: Chemistry and Biological Activities of Terpenoids from

Copaiba (Copaifera spp.)Oleo-resins. Molecules 2012; 17: 3866–3889.

MALFERTHEINER P, MEGRAUD F, O'MÓRÁIN CA, ATHERTON J, AXON AT,

BAZZOLI F, GENSINI GF, GISBERT JP, GRAHAM DY, ROKKAS T. Gestão da

infecção pelo Helicobacter pylori - a Maastricht IV / Florence Consensus Report. Gut

. 2012; 61 : 646-664.

MANYI- LOH, C. E.; CLARKE, A. M., NDIP, R. N. Detection of phytoconstituentes in

column fractions of n-hexane extract of gold cresthoneyex hibiting anti-Helicobacte

rpylori activity.Arch. Med. Res. 2012; 43: 197-204.

MAZZOLIN, L. P.; NASSER, A. L.; MORAIS, T. M.; SANTOS, R. C. NISHIJIMA, C.

M. SANTOS, F. V. VARANDA, E. A.; BAUAB, T. M.; DA ROCHA, L. R.; DI SATSI, L.

C.; VILEGAS, W.; HIRUMA-LIMA, C. A. Qual e a parviflora Mart.: na integrative study

to validate the gastroprotective, antidiarrheal, antihemorragic and mutagenicaction. J.

Ethenopharmacol. 2010;127: 508-514.

ROCHA, D. P.; PINTO, G. F.; RUGGIERO, R.; OLIVEIRA, C. A.; GUERRA, W.;

FONTES, A. P. S.; TAVARES, T. T.; MARZANO, I. M.; PEREIRA-MAIA, E. C.

Coordenação de metais a antibióticos como uma estratégia de combate à resistência

bacteriana. Quím. Nova,2011; 34: 111-118.

SIQUEIRA, J.S. Aspectos Gerais nas Infecções por Helicobacter pylori – Revisão.

RBAC. 2007;39: 9-13.

VENTUROSO, L. R.; BACCHI, L. M. A.; GAVASSONI, W. L. Atividade antifúngica de

extratos vegetais sobre o desenvolvimento de fitopatógenos. Summa Phytopathol.,

2011; 37: 18-23.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. New ways to fight infectious diseases in poor

countries. Disponivel em:

<http://www.who.int/mediacentre/facrsheets/fs310/en/index.html>. Acesso 23 jul.

2015a.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. The top 10 causes of death: the 10 leading

causes of death in the world, 2000 and 2011. Disponivel em:

<http://www.who.int/mediacentre/facrsheets/fs310/en/index.html>. Acesso 23 jul.

2015b.