TIPOS DE CONCLUSÃO

 1. Conclusão Tese: reafirmação da tese diante dos argumentos desenvolvidos acerca do tema como

consequência natural deles.

“A corrupção, portanto, não é uma característica intrínseca do ser humano. Ela é socialmente construída por fatores externos diversos que podem e devem ser evitados para que uma sociedade justa e igualitária se

erga.”

FORMAS DE CONCLUSÃO

Para reforçar a tese é importante não repetir os termos, mas criar uma breve paráfrase. Veja:

TESE (INTRODUÇÃO): “A democracia apresenta falhas no Brasil”.

REFORÇO DA TESE (CONCLUSÃO): “O regime democrático brasileiro ainda está longe de ser ideal”.

2) Conclusão-resumo ou síntese: sintetiza os pontos principais discutidos no texto.

“Diante do exposto, percebe-se como a corrupção não é uma característica

intrínseca ao ser humano, e sim algo socialmente construído. Fatores externos

diversos são os responsáveis por tal conduta, como o capitalismo e o individualismo, os quais podem e devem ser contornados.”

FORMAS DE CONCLUSÃO

 3. Conclusão-proposta: pode ser a solução ou um alerta para o problema enfrentado. Sua proposta deve ser tão persuasiva e embasada como os argumentos desenvolvidos.

“Sendo, portanto, a corrupção um fator socialmente construído, entende-se a necessidade de uma

mudança de postura frente aos acontecimentos da nação: como eleitores, as pessoas devem ser mais

atentas às atitudes dos políticos, fiscalizando gastos públicos e exigindo o cumprimento de promessas;

e, como cidadãos, devem prezar pelo bem de todos, não sonegando impostos nem fazendo uso de uma

posição social para ascensão e privilégio próprios.”

FORMAS DE CONCLUSÃO

 4. Conclusão-propósito: indica argumentos ou descreve o propósito para se discutir ou refletir sobre o tema.

Ex: “Diante disso, um bom cidadão deve se esforçar para respeitar as leis de trânsito e fazer com que sejam respeitadas pelos outros, já que o tráfego é um grande problema nas cidades modernas, o qual exige atenção e boa vontade de todos.”

FORMAS DE CONCLUSÃO

5. Conclusão com efeito: apresenta um fato curioso, uma citação, um paradoxo, uma reflexão

“Sem dúvida criar e conquistar são traços distintivos dos seres humanos, não fosse assim, bilhões de pessoas seriam desconsideradas como ‘humanas ao pé da letra’. Diante disso, propõe-se, então, que os ‘criadores’ edifiquem um mundo no qual haja criação coletiva e conquista interior de cada indivíduo. Enquanto isso não é aposto em prática, a melhor alternativa, com a licença do poeta, é ir-se ‘embora pra Pasárgada’.”

FORMAS DE CONCLUSÃO

 6. Conclusão Pergunta ou Questionamento: Fecha o texto com uma ou mais perguntas retóricas que buscam estimular o leitor a questionar-se dentro do que já foi desenvolvido, sem propor novas ideias que não foram abordadas no texto. Sendo assim, as perguntas não ficam sem respostas, uma vez que já foram respondidas na própria argumentação do corpo do texto.

“Tendo em vista que a corrupção nada mais é que um fator socialmente construído, não restam dúvidas de que ela pode e deve ser evitada.

Assim, o Brasil poderá se orgulhar de ser uma nação justa e que preza pela igualdade. O esforço é grande, mas vale a pena, e deve partir de toda a sociedade o mais rápido possível. Por que não

começar agora?”

FORMAS DE CONCLUSÃO

DICAS

Sugestões de expressões para criar conclusões e evitar o aparecimento de novos argumentos no último parágrafo do texto:

Em virtude dos fatos mencionados Por isso tudo Levando-se em consideração esses aspectos Dessa forma Diante disso/ Dado o exposto/ Diante do exposto Tendo em vista os aspectos observados Levando-se em conta o que foi analisado Portanto/ Então/Logo Acredita-se que/ Entende-se que/ Conclui-se que/ Percebe-se que É imprescindível que/ É importante que/ É necessário que/ É crucial que

Entenda a diferença entre linguagem pessoal e impessoal

Dica: É comum, nesses tipos de conclusão, o uso de expressões como “Diante do explicitado/exposto,...”, “Desse modo,...” etc. Procure, no caso de conectivos de uma palavra só, como “portanto” e “assim”, colocá-los deslocados na frase seguinte, e não no início dela (“A corrupção, assim, não é uma característica intrínseca do ser humano” ao invés de “Assim, a corrupção não é uma característica intrínseca do ser humano”).

Para concluir um texto, você pode:

• retomar a ideia central ou tese, apresentado-a de maneira significativa em outras palavras, de maneira que se confirme a hipótese/situação-problema defendida;

• sintetizar, com outras palavras, o que foi desenvolvido;• expor uma avaliação do que foi discutido, onde já foram

demonstradas as provas; • fechar o texto com uma história, uma citação, uma

reflexão que enfatize seus propósitos;• fazer referência ao título ou tema proposto; • fazer uma advertência sobre o tema ou sugestão.

FORMAS DE CONCLUSÃO

Como a conclusão deve ser coerente com o desenvolvimento, para concluir um texto, você não pode:

• introduzir ideia nova na conclusão.• fazer conclusões apelativas, pautadas em

juízos de valor genéricas;• procure fugir de clichês que deixem claro

que tal parágrafo conterá uma conclusão: “Concluindo” ou “Pode-se concluir”.

FORMAS DE CONCLUSÃO