Índice · ocupacionais em moçambique, condições para um programa eficaz de saúde, tipos de...

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0 Índice 1. Introdução ...............................................................................................................................1 1.1. Objectivos ............................................................................................................ 1 1.1.1. Geral: .........................................................................................................................1 1.1.2. Específicos ................................................................................................................1 1.2. Metodologia ......................................................................................................... 2 1.3. Justificação ........................................................................................................... 2 2. Quadro Teórico .......................................................................................................................2 3. Contextualização .....................................................................................................................3 6. Classificação de Riscos Ocupacionais .....................................................................................4 6.1. Prevenção de Riscos Ocupacionais a Nível do Indivíduo ...................................... 5 6.2. Prevenção de Riscos Ocupacionais a Nível do Trabalho ....................................... 5 4. Objectivos da Saúde Ocupacional ............................................................................................6 5. Doenças Ocupacionais no Contexto Escolar ............................................................................6 6.3. Níveis de Prevenção de Doenças Ocupacionais ..................................................... 8 7. Acidentes mais Frequentes no Contexto Escolar ......................................................................9 8. Situação actual de doenças ocupacionais em Moçambique ......................................................9 Conclusão ................................................................................................................................. 12 Referências Bibliográficas......................................................................................................... 13 Anexos ...................................................................................................................................... 15

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Page 1: Índice · ocupacionais em Moçambique, condições para um programa eficaz de saúde, tipos de riscos ocupacionais, prevenção dos riscos ocupacionais, conclusão e por último

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Índice

1. Introdução ...............................................................................................................................1

1.1. Objectivos ............................................................................................................ 1

1.1.1. Geral:.........................................................................................................................1

1.1.2. Específicos ................................................................................................................1

1.2. Metodologia ......................................................................................................... 2

1.3. Justificação ........................................................................................................... 2

2. Quadro Teórico .......................................................................................................................2

3. Contextualização .....................................................................................................................3

6. Classificação de Riscos Ocupacionais .....................................................................................4

6.1. Prevenção de Riscos Ocupacionais a Nível do Indivíduo ...................................... 5

6.2. Prevenção de Riscos Ocupacionais a Nível do Trabalho ....................................... 5

4. Objectivos da Saúde Ocupacional ............................................................................................6

5. Doenças Ocupacionais no Contexto Escolar ............................................................................6

6.3. Níveis de Prevenção de Doenças Ocupacionais ..................................................... 8

7. Acidentes mais Frequentes no Contexto Escolar ......................................................................9

8. Situação actual de doenças ocupacionais em Moçambique ......................................................9

Conclusão ................................................................................................................................. 12

Referências Bibliográficas......................................................................................................... 13

Anexos ...................................................................................................................................... 15

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1. Introdução

O presente trabalho insere-se no módulo de Saúde escolar, onde abordar-se-á sobre a saúde

ocupacional, relacionando várias perspectivas que correlacionam-se com a temática. Procurar-se-

á trazer uma abordagem geral no ponto de vista do tema, e em seguida relacionar com a realidade

específica, isto é, no contexto escolar.

Saúde ocupacional é um tema amplo, tendo carácter na promoção de condições de trabalhos,

procurando contudo, garantir o grau de qualidade de vida no trabalho através da protecção dos

trabalhadores com intuito de promover o bem-estar físico, mental e social, prevenindo e

controlando os acidentes e as doenças através da redução das condições de risco. Assim sendo, o

foco seria a questão das doenças ocupacionais no ambiente escolar, prevenção dos riscos

ocupacionais, e por fim desenvolver-se a ideia daquilo que é a situação actual da saúde

ocupacional no contexto moçambicano.

O trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma:

Introdução, objectivos, metodologia, justificação, quadro teórico, contextualização, objectivos da

saúde ocupacional, doenças ocupacionais no contexto escolar, situação actual de doenças

ocupacionais em Moçambique, condições para um programa eficaz de saúde, tipos de riscos

ocupacionais, prevenção dos riscos ocupacionais, conclusão e por último as referências

bibliográficas.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral:

Compreender o cenário da saúde ocupacional no ambiente escolar;

1.1.2. Específicos

Definir conceitos associados a saúde ocupacional (saúde, saúde ocupacional, doenças,

doenças ocupacionais e riscos);

Contextualizar a saúde ocupacional;

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Identificar os tipos de riscos ocupacionais e a sua devida prevenção; e

Apresentar as doenças ocupacionais no ambiente escolar.

1.2. Metodologia

Segundo Gil (2006), metodologia consiste na recolha de obras de diversas autorias que versam

sobre o tema em apreço, com o objectivo de encontrar factos relacionados com o problema em

estudo. Nesse caso, a presente investigação foi baseada numa análise qualitativa onde consistiu

no processo de recolha de matérias, artigos da internet, como também, das recomendações da

docente, foi com esse rol de orientações que iniciou-se o processo de estruturação do trabalho.

1.3. Justificação

Markoni e Lakatos (2010) afirmam que é na justificação onde respondemos a pergunta de para

quê? E é aqui onde a uma exposição suscita, porém, completa de razões de ordem teórica e os

motivos de ordem prática que tornam importante a realização da investigação. Portanto abordar

sobre a saúde ocupacional é um grande desafio, a medida que o mesmo teoricamente é

desenvolvido isso numa perspectiva geral como também, no ambiente escolar, mas o despertar

dessa investigação relaciona-se na visão desse estudo poder trazer interesse por parte dos

empregadores como empregados na visão de dinamizar o quão é importante desenvolver

medidas correctivas como preventivas no âmbito da saúde ocupacional numa visão ampla.

2. Quadro Teórico

Saúde é um estado completo de bem-estar físico, mental e social e não consiste apenas na

ausência de doença ou enfermidade (OMS, 1948).

Segundo Diogo (1972), saúde ocupacional seria o processo que dedica especial atenção àquelas

doenças que o trabalhador pode adquirir no seu ambiente de trabalho.

Doença pode ser considerada como o processo de falta ou perturbação da saúde (OMS, 1948).

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Para Costa (2007), doença ocupacional seria o processo desenvolvido em decorrência de uma

actividade exercida em uma determinada função.

Mendes (1988) define doenças ocupacionais como sendo aquelas criadas pelas condições de

trabalho ou pelos ambientes e/ou pelos processos de produção.

Risco é toda e qualquer possibilidade de que algum elemento ou circunstância existente num

dado processo e ambiente de trabalho possa causar dano à saúde, seja através de acidentes,

doenças ou do sofrimento dos trabalhadores, ou ainda através da poluição ambiental (Moura,

2012).

3. Contextualização

O despertar da saúde ocupacional, de acordo com Farias (2009), surge através dos Papiros e

Egípcios, mas, falando com evidência, o processo inicia nos anos 460 a.C. isto com influência de

Hipócrates no âmbito do Sartunismo1

uma doença que atacava os mineiros devido a inalação do

chumbo.

Nesse processo houve figuras como Plínio, Ellonberf e Benardino Remmazzini (Pai da medicina

ocupacional pública). Sendo assim, com a doença do Saturnismo começa-se a correlacionar a

questão de saúde e trabalho.

Outra época marcante, é o período da revolução industrial na Europa (França, Alemanha e

Inglaterra), esta, acaba necessitando de mão-de-obra para responder a demanda industrial.

Mesmo assim, este período mostrava-se como uma ameaça à saúde dos trabalhadores, pois nesse,

não havia condições de trabalho, isso comprova-se com as condições péssimas e longas horas,

onde se notava segundo o autor acima, agressões físicas, ameaças, castigo, multas e demissões na

perspectiva de preservar-se a produção e tal situação implicava grandes riscos a saúde (Hunter,

1974).

Merlos e Lapis (2005) dizem que nos finais do século XIX e início do século XX, isto nos EUA,

surge um período caracterizado pela produção em Série, considerado como época da difusão ente

1 Saturnismo também denominado como plumbismo é a definição dada à intoxicação causada através do chumbo (Dicionario Informal)

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o taylorismo2 e o fordismo

3, embora em ambos os métodos visavam-se apenas à ampliação da

produção, sem levar em conta os direitos ou as condições de trabalho dos funcionários. Contudo,

foi com essa divisão que regista-se diversas greves, onde os trabalhadores ansiavam e

reclamavam por condições de saúde nos sectores de trabalho. Neste sentido, começam as

mudanças sociais e as descobertas científicas, surgindo assim o termo “Saúde Ocupacional”,

onde o homem deixa de ser simplesmente um agregado de células que forma órgão e sistema e

passa a ser visto como resultado das suas relações com a natureza e o meio ambiente em que vive

e trabalha (Gioda & Aquino, 2003).

É nesse contexto que se inicia o processo de emergência da saúde ocupacional, numa visão

anterior que tratava-se esse homem como uma máquina, sem valorizar o seu estado de bem-estar,

posteriormente com o aparecimento da Revolução Americana inicia-se já o processo do interesse

pela saúde desse trabalhador.

6. Classificação de Riscos Ocupacionais

Segundo Siqueira (1995) et al e Ribeiro et al (2007), os riscos ocupacionais classificam-se em:

Riscos Físicos: Referem-se aos ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes

(temperaturas extremas, pressões anormais e unidades, iluminação inadequada e exposição á

incêndios e choques eléctricos) ainda calor, imunidades, pressões;

Riscos Químicos: Dizem respeito ao manejo de gases e vapores anestésicos, anticépticos e

esterilizastes, poeiras, fumos, névoas, neblina, gases, vapores químicos;

Riscos Biológicos: Estão relacionados com os micros organismos, bactérias, fungos,

protozoários, vírus e material infecto-contagioso, podendo causar doenças como tuberculose,

hepatite, rubéola, herpes, escabiose e AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), fungos,

bactérias;

2 Organização dos trabalhadores de forma hierarquizada e sistematizada. Cada trabalhador desenvolveria uma actividade específica no sistema

produtivo da indústria (Farias, 2009).

3 Divisão do trabalho e parcelizacao das tarefas neste caso, cada funcionário responsável por cada actividade. (Farias, 2009).

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Riscos Ergonómicos: Que compreendem o local inadequado de trabalho, levantamento e

transporte de pesos, postura inadequada, erro de concepção de rotinas e serviços, mobiliário,

esforço físicos intensos, trabalho em turnos;

Riscos de Acidentes: Que estão ligados a factores como falta de iluminação, possibilidade de

incêndios, piso escorregadio, armazenamento, arranjo físico, ferramentas inadequadas e a

máquinas defeituosas.

Riscos Psicossociais: Que advêm da sobrecarga vinda do contacto com os sofrimentos dos

pacientes, com a dor e a morte, o trabalho nocturno, rodízios de turno, jornadas duplas e até

triplas de trabalho, ritmo acelerado, tarefas fragmentadas e repetitivas.

6.1. Prevenção de Riscos Ocupacionais a Nível do Indivíduo

Segundo Sousa (2001), a nível do indivíduo os riscos ocupacionais são os seguintes:

Controle médico permanente;

Hábito de higiene pessoal;

6.2. Prevenção de Riscos Ocupacionais a Nível do Trabalho

Ainda de acordo Sousa (2001), destacam-se as seguintes medidas de prevenção de riscos

ocupacionais a nível do trabalho:

Usos de roupas adequadas;

Higiene nos locais do trabalho.

Sinalizações em locais de produtos químicos

Realizar acções preventivas que preservem a saúde: Visual, auditiva, oral e mental dos

alunos bem como o diagnóstico precoce e referência atempada para os serviços de saúde,

em caso de detecção de alguma anomalia

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Capacitar os professores para a detecção precoce de problemas de visão, audição, orais

(gengivas, dentes), mentais e emocionais e empreender as acções adequadas;

Realização das actividades do programa alargado de vacinação, inerentes a este grupo em

dias previamente acordados com o estabelecimento de ensino.

Realização das actividades de desparasitação conforme calendário e periodicidade

definida pelo Ministério da Saúde.

4. Objectivos da Saúde Ocupacional

Farias (2009) diz-nos que a saúde ocupacional tem o intuito de:

Incentivar e manter o mais elevado nível de bem-estar físico, mental e social dos

trabalhadores em todas as profissões;

Prevenir todo o prejuízo causado à saúde destes e pelas condições de seu trabalho;

Protegê-los em seu serviço contra os riscos resultantes da presença de agentes

prejudiciais à sua saúde; e

Colocar e manter o trabalhador em um emprego que convenha às suas aptidões

fisiológicas e psicológicas.

5. Doenças Ocupacionais no Contexto Escolar

OMS (1948) caracteriza doenças ocupacionais como sendo multifactoriais para indicar que um

certo número de factores de risco como físico, de organização do trabalho, psicossociais,

individuais e sociocultural, contribuem para causar estas doenças. Deste modo as doenças

ocupacionais estão correlacionadas com vários tipos de factores que no final criam doenças nos

profissionais. Dartora (2009) avança com as doenças ocupacionais no ambiente escolar, a saber:

Síndrome de Esgotamento Profissional: Trata-se de uma doença que vem afectando os docentes

de forma alarmante, causando grande preocupação, verdadeira epidemia na educação, pois

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traduz-se na total desmotivação de continuar a docência (expectativas elevadas e não realizadas,

caso de esperar o reconhecimento pelo seu Comprometimento)

Michel (2001) conceitua síndrome como um conceito multidimensional que envolve (3) três

componentes:

1. Exaustão Emocional: Situações em que os trabalhadores (professores) sentem que não

podem dar mais de si mesmos a nível afectivo (esgotamento e impaciência).

2. Despersonalização: Desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativas e de

atrevimento às pessoas receptoras do trabalho (sentimento de indiferença).

3. Falta de envolvimento pessoal no trabalho: Tendência de uma evolução negativa no

trabalho, afectando a habilidade para a realização do trabalho e atendimento, ou contacto

com as pessoas usuárias do trabalho, bem como com a organização.

Para além da doença acima citada, Dartora (2009) avança com mais doenças ocupacionais,

dentre elas se destacam:

Stress: Esgotamento pessoal que interfere na vida do indivíduo e não na sua relação com o

trabalho. Esta, causa sensação de medo, tensão, derrota, raiva, cansaço, e falta de iniciativa,

ansiedade, geralmente é fruto da pressão por resultados sem o suporte necessário da jornada das

salas superlotadas;

Ainda de acordo com a mesma autora, a má remuneração resulta em desgaste e leva ao stress.

Portanto, o stress tem carácter geralmente agudo, transitório e não necessariamente negativo ou

relacionado com a situação do trabalho;

Depressão: É uma doença onde o professor perde o interesse pela sua pessoa e até da higiene e

cuidados pessoais, apresentando sentimentos de culpa com ideias suicidas, dificuldades de

concentração, alteração do sono e no apetite, além da perda do interesse sexual;

Insónia: Desenvolve-se em períodos de stress da vida, geralmente em mulheres, idosos,

indivíduos perturbados e em desvantagem socioeconómica. Pode levar a outras doenças como o

alcoolismo;

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Ansiedade: É um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo

(professor) a tomar medidas para enfrentar ameaças; e

Pânico: É uma defesa mal sucedida contra a ansiedade. Os ataques duram cerca de 10 minutos e

o professor apresenta despénia, confuso mental, sufocamento ou sensação de asfixia, vertigem,

sensação de instabilidade, desmaios, palpitações, tremores, sudoreses, náuseas, desconforto

abdominal, despersonalização, desrealização, parestesias, ondas de calor, frio, desconforto no

peito, medo de morrer e de enlouquecer.

Vê-se acima, algumas doenças ocupacionais que afectam o ambiente escolar, outras que são

extra mas com fonte escolar. Contudo, olhando para o contexto moçambicano, de acordo com o

PEE (2012), olha prioridades com vista a evitar doenças como malária, cólera, prevalência de

doenças como HIV/Sida, questões de higiene no seio escolar como saneamento do meio.

Dum modo prático, no contexto escolar, na opinião do grupo, tem-se notado no ensino primário,

um ambiente a desejar, isso na visão de se atingir o traçado nos diversos convénios. Por

exemplo, há casos em que a escola não dispõe de água, sanitários em estado devastado e sem

condições mínimas, falta saneamento do meio, má gestão dos resíduos sólidos, quadro pretos e

consequentemente uso do Giz que é um atentando à saúde (principalmente dos professores),

salas sem secretária do professor, o que relaciona-se aos riscos físicos. Assim sendo, com esse

cenário, todos os envolventes estão mediante riscos ocupacionais, tanto físicos, químicos,

biológicos, de acidentes, psicossociais, assim como ergonómicos.

6.3. Níveis de Prevenção de Doenças Ocupacionais

De acordo com Miguel (1995), existem (3) níveis de prevenção de doenças ocupacionais, dentre

os quais se destacam:

1º Nível (Prevenção Primária): Consiste na eliminação ou redução dos factores de riscos;

2º Nível (Prevenção Secundária): Consiste na contenção da evolução da doença ou acidente;

3º Nível (Prevenção Terciária): Consiste na redução das suas consequências quando estabelecida

a doença ou após a ocorrência do acidente.

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7. Acidentes mais Frequentes no Contexto Escolar

Para Issão (1999), os acidentes mais frequentes no contexto escolar são os seguintes:

Traumatismos dentários;

Agressões físicas provocadas pelos alunos;

Acidentes desportivos;

Desmaios;

Escorregadios;

Acidentes decorrentes da situação de risco como: consumo de álcool e drogas, bullying, e

uso de armas; e

Atropelamento.

8. Situação actual de doenças ocupacionais em Moçambique

Olhando especificamente a situação da saúde ocupacional na educação moçambicana, segundo o

PEE (2012), exalta o papel da melhoria da saúde numa perspectiva que parte de casa, da

comunidade escolar como também da comunidade circunvizinha, cabendo aos alunos e

professores como pessoal de partilha de mensagens sobre saúde.

E ainda, exalta a amplitude do ambiente escolar saudável e seguro, onde envolve questões de

acesso a água potável e saneamento, acesso a uma alimentação equilibrada, espaço para o

exercício físico, os conhecimentos sobre como evitar DTS, HIV e SIDA e outras doenças como a

diarreia, a malária, como evitar os perigos do álcool e das drogas, como lidar com o abuso sexual

e a violência, como prevenir acidentes e desastres naturais, entre outros.

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Ainda de acordo com o PEE (2012), no âmbito do ambiente saudável e seguro, este não só

depende da educação, mas também, de instituições governamentais e não-governamentais, bem

como das próprias famílias e comunidades onde o foco consiste no seguinte:

Desenvolver uma Educação para a saúde, baseada em habilidades, o que implica a

inclusão destes assuntos nos currículos escolares, na formação de professores, nos

programas de (pós) alfabetização;

Continuar a fortalecer parcerias com os Ministérios da Saúde para a priorização das

escolas nas campanhas de vacinação, desparasitação, provisão de ferro;

Das Obras Públicas para a criação de condições de acesso a água potável e ao

saneamento eficaz;

Promover, no contexto da descentralização e governação local, uma dimensão holística

da escola, como pólo de desenvolvimento da criança, da sua família e da comunidade.

Isto implica, entre outros, um melhor envolvimento dos conselhos das escolas na sua

gestão.

Um outro programa que evidencia a saúde escolar em Moçambique, é o da MISAU e MINED

(2009), onde destacam o papel de cada membro escolar na visão de disseminar a informação

acerca da saúde escolar.

Neste caso, o Director da Escola olharia questões de conceber políticas da saúde escolar

mediante o traçado ao nível macro e, com esta medida, começar a actuar duma forma de

monitoria desse processo dentre os diferentes órgãos escolares, com o intuito central de

consciencialização da saúde de todos intervenientes escolares;

O responsável de Higiene e Saúde Escolar irá actuar duma forma operacional na visão de pôr em

prática o traçado através de palestras, coordenação de actividades como também, demais

actividades incumbidas; Ainda assim, verifica-se outros autores como os de conselho da escola,

pessoal administrativo, professor, alunos e técnicos de saúde no âmbito da prorrogação da

mensagem de uma saúde sã.

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Sumarizando, entende-se aqui uma preocupação ou mesmo um avanço por parte do contexto

moçambicano na relação de conceber políticas para se garantir uma saúde sadia, ao nível das

escolas, com impacto para as comunidades circunvizinhas.

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Conclusão

Com o presente estudo conclui-se que a saúde ocupacional é possível se haver envolvimento de

todas as partes interessadas na promoção da saúde e bem-estar dos funcionários, ainda que o

estado tenha um papel preponderante na promoção e campanhas de sensibilização dos

profissionais sobre como lidar com as doenças ocupacionais. A Saúde ocupacional é uma

construção histórica, pois falar da saúde pressupõe a sua compreensão desde os tempos clássicos

ate a actualidade, pois cada momento apresentava a sua perspectiva de análise.

Deste modo, no que concerne ao ambiente escolar sendo este, um local onde se transmitem

saberes tem um papel preponderante na preparação do corpo docente em matéria de lidar com

doenças ocupacionais e os seus respectivos riscos que podem ser de ordem físico, de organização

do trabalho, psicossociais, individuais e sociocultural, contribuem para causar estas doenças.

Dum modo sumário, percebe-se continuamente que várias campanhas tem sido levado acabo

pelo MISAU, como forma de poder minimizar os riscos ocupacionais no local de trabalho

através da transmissão ao trabalhador de matéria relacionada a higiene e segurança no trabalho.

E por fim no processo de materialização do nosso objectivo, em relação ao cenário actual

percebe-se que vem desenvolvendo políticas cabíveis, mas o que se evidencia como o «calcanhar

de Aquiles» é a operacionalização das mesmas políticas que verifica-se pela imagem que as

escolas em Moçambique têm.

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Referências Bibliográficas

Costa,H. J. (2007). Manual de acidente do trabalho. (2ª ed.). Curitiba: juruá

Carlotto, M (2002). A Síndrome de Burnout e o Trabalho Docente. 7ª Edição. Paraná: Psicologia

em Estudo;

Diogo, P. (1972). Odontologia e Saúde Ocupacional. São Paulo, Brasil.

Dartora, C (2009). Aposentaria dos Professores. Curitiba: Juruá

Farias (2009). M. P. Condições do trabalho do professor: Avaliação em uma escola municipal de

Bahia. Salvador

Gil, (2006). A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. (5ª ed). São Paulo: atlas

Gioda, A. Aquino Neto, F. R. (2003). Considerações sobre estudos de ambientes industriais e

não industriais no Brasil: uma abordagem comparativa. cad. Saúde pública, rio de Janeiro,

Marconi, A. M. & Lakatos, M. E. (2010).Fundamentos de metodologia científica. (7ªedição).

São Paulo: Atlas

Moura, D. (2012). Riscos ocupacionais. Universidade Federal de Campina, Brasil

Mendes. R. (1988). O Impacto dos Efeitos da ocupação sobre a Saúde de trabalhadores. Revista

de Saúde Pública. São Paulo.

Merlos, A. R. C. & Lapis (2005). A saúde e os processos de trabalho no Capitalismo: Algumas

Considerações. Boletim da Saúde. Porto Alegre

Michel, O (2001). Os Acidentes do Trabalho e Doenças Ocupacionais. (2ª Edição). São Paulo:

Ltr.

MISAU & MINED (2010-2016). Estratégia de promoção da saúde e prevenção de doença na

comunidade escolar. República de Moçambique

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MISAU & MINED (2009). Documento de orientação sobre saúde escolar. República de

Moçambique

OMS (1948). Constituição da organização Mundial de Genebra

Hunter, D. (1974). The deseases of ocupation. (5 th Edition). London: The English Universities

Ribeiro, E. Shimizu H. (2007). Acidentes de trabalho com trabalhadores de enfermagem. Revista

brasileira de enfermagem, Rio de Janeiro.

PEE (2012-2016). Construindo competências para um Moçambique em constante

Desenvolvimento. República de Moçambique

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IDICI

Siqueira, M. Ventola, A. Watanabe, f. (1995). Desgaste físico e mental de auxiliares de

enfermagem: uma análise sob o enfoque gerêncial. Revista latino americana de enfermagem,

Ribeirão preto.14

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Anexos

Imagens de alguma escola do contexto moçambicano

Imagem de resíduos sólidos

Murro de vedacção

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Sanitários

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Meninos fazendo necessidade menor dentro do recinto escolar.

Piso da sala de aula.

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Imagem da parte lateral sala de aula

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Imagem da sala de aula onde procede o processo de ensino e aprendizagem