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  • TIPOLOGIA TEXTUAL

    A Tipologia textual estuda os vrios gneros de textos. Podem ser eles os principais: DESCRIO, NARRAO E DISSERTAO.

    O texto uma unidade lingustica concreta (perceptvel pela viso ou adio), que tomada pelos usurios da lngua (falante, escritor/ouvinte, leitor), em uma situao de interao comunicativa especfica, como uma unidade de sentido e como uma funo comunicativa reconhecvel e reconhecida independente de sua extenso. Enfim, o texto uma sequncia de palavras, que forma um todo que tem sentido para um determinado grupo de pessoas em uma determinada situao. Ele pode ter uma extenso varivel: uma palavra, uma frase ou um conjunto maior de enunciados.

    Descrio (base em caracterizao)

    Descrever representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicao de aspectos caractersticos, de pormenores individualizantes. Requer observao cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundvel. No se trata de enumerar uma srie de elementos, mas de captar os traos capazes de transmitir uma impresso autntica. Descrever mais que apontar, muito mais que fotografar. pintar, criar. Por isso, impe-se o uso de palavras especficas, exatas.

    Exemplo:

    A sua estatura era alta e seu corpo, esbelto. A pele morena refletia o sol dos trpicos. Os olhos negros e amendoados espalhavam a luz interior de sua alegria de viver e jovialidade. Os traos bem desenhados compunham uma fisionomia calma, que mais parecia uma pintura.

    Narrao (base em fatos)

    um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginrios. So seus elementos constitutivos: personagens, circunstncias, ao; o seu ncleo o incidente, o episdio, e o que a distingue da descrio a presena de personagens atuantes, que esto quase sempre em conflito.

    A Narrao envolve:

    I. Quem? Personagem; II. Qu? Fatos, enredo; III. Quando? A poca em que ocorreram os acontecimentos

  • Exemplo:

    Numa noite chuvosa do ms de Agosto, Paulo e o irmo caminhavam pela rua mal-iluminada que conduzia sua residncia. Subitamente foram abordados por um homem estranho. Pararam, atemorizados, e tentaram saber o que o homem queria, receosos de que se tratasse de um assalto. Era, entretanto, somente um bbado que tentava encontrar, com dificuldade, o caminho de sua casa.

    Tipos de Narrador

    Quando vai redigir uma histria, a primeira deciso que deve tomar se voc vai ou no fazer parte da narrativa. Tanto possvel contar uma histria que ocorreu com outras pessoas como narrar fatos acontecidos consigo. Essa deciso determinar o tipo de narrador a ser utilizado na sua composio. Este pode ser, basicamente, de dois tipos:

    1. Narrador de 1 pessoa: aquele que participa da ao, ou seja, que se inclui na narrativa. Trata-se do narrador-personagem.

    Exemplo:

    Andava pela rua quando de repente tropecei num pacote embrulhado em jornais. Agarrei-o vagarosamente, abri-o e vi surpreso, que l havia uma grande quantia em dinheiro.

    2. Narrador de 3 pessoa: aquele que no participa da ao, ou seja, no se inclui na narrativa. Temos ento o narrador-observador.

    Exemplo:

    Joo andava pela rua quando de repente tropeou num pacote embrulhado em jornais. Agarrou-o vagarosamente, abriu-o e viu surpreso, que l havia uma grande quantia em dinheiro.

    Observao:

    Em textos que apresentam o narrador de 1. pessoa, ele no precisa ser necessariamente a personagem principal; pode ser somente algum que, estando no local dos acontecimentos, os presenciou.

    Exemplo:

  • Estava parado na paragem do autocarro, quando vi, a meu lado, um rapaz que caminhava lentamente pela rua. Ele tropeou num pacote embrulhado em jornais. Observei que ele o agarrou com todo o cuidado, abriu-o e viu, surpreso, que l havia uma grande quantia em dinheiro.

    Elementos da Narrativa

    Todo o texto narrativo conta um FATO que se passa em determinado TEMPO e LUGAR. A narrao s existe na medida em que h ao; esta ao praticada pelos PERSONAGENS. Um fato, em geral, acontece por uma determinada CAUSA e desenrola-se envolvendo certas circunstncias que o caracterizam. necessrio, portanto, mencionar o MODO como tudo aconteceu detalhadamente, isto , de que maneira o fato ocorreu. Um acontecimento pode provocar CONSEQUNCIAS, as quais devem ser observadas.

    A. Fato O que se vai narrar; B. Tempo Quando o fato ocorreu; C. Lugar Onde o fato se deu; D. Personagem ou Personagens Quem participou ou observou o ocorrido, alm do narrador;

    E. Causa Motivo que determinou a ocorrncia (DESENVOLVIMENTO) F. Modo Como se deu o fato (DETALHADAMENTE); G. Consequncias A concluso dos fatos

    Uma vez conhecidos esses elementos, resta saber como organiz-los para elaborar uma narrao. Dependendo do fato a ser narrado, h inmeras formas de disp-los. Todavia, apresentaremos um esquema de narrao que pode ser utilizado para contar qualquer fato. Ele prope-se situar os elementos da narrao

  • em diferentes pargrafos, de modo a orient-lo sobre como organizar adequadamente a sua composio.

    Observao:

    Na narrativa sempre h um CLMAX (parte alta, emotiva do texto, onde o leitor dever entender e aplicar a complicao dos fatos narrados).

    Tipos de Narrao

    Narrao Objetiva, o narrador no se envolve emocionalmente com as personagens, contando de forma impessoal e direta os fatos. Voc pode ver isso em textos jornalsticos, em que os redatores procuram ser objetivos na divulgao de notcias.

    Exemplo: Ocorreu um pequeno incndio na noite de ontem, em Um apartamento de propriedade do Sr. Floriano Pacheco.

    Narrao Subjetiva, o texto escrito em 1 pessoa, e o narrador participa dos acontecimentos como personagem (narrador-personagem). H envolvimento emocional do narrador, ou seja, ele conta os fatos de forma pessoal e subjetiva, mostrando-se sensvel ao que acontece.

    Exemplo:

    Em uma certa manh acordei entediada. Estava em minhas frias escolares do ms de julho. No pudera viajar. Fui ao porto e avisei trs quarteires ao longe, a movimentao de uma feira livre.

    A Narrao e os Tipos de Discursos

    Discurso Direto, o narrador "deixa" a personagem falar diretamente com o leitor, reproduzindo integralmente o que ela diz. Geralmente, usa-se o travesso para iniciar tal discurso.

  • Exemplo:

    O rapaz, depois de estacionar o seu automvel num pequeno posto de gasolina daquela estrada, perguntou: Onde fica a cidade mais prxima? H um vilarejo a dez quilmetros daqui - respondeu o funcionrio. Discurso Indireto, o prprio nome esclarece o narrador "fala" indiretamente por sua personagem. Para tanto, ter que usar, necessariamente, as conjunes integrantes que e se ao introduzir tal discurso.

    Exemplo:

    O rapaz, depois de estacionar o seu automvel num pequeno posto de gasolina daquela estrada, perguntou a um funcionrio onde ficava a cidade mais prxima. Ele respondeu que havia um vilarejo a dez quilmetros dali.

    Discurso Indireto Livre, o mais difcil de todos: resultado da mistura entre os dois outros discursos. H dois pressupostos bsicos para que acontea nas narrativas:

    a) narrador em terceira pessoa; b) narrador onisciente.

    Muito usado nas narrativas contemporneas, este tipo de discurso quase no se registra, por exemplo, no Romantismo. O Realismo de linha de anlise psicolgica experimentou-o, mas coube narrativa moderna desenvolv-lo e us-lo como recurso dos mais expressivos. Podemos defini-lo como sendo a captao do pensamento das personagens que vm tona num texto de terceira pessoa, sem nenhuma marca indicadora de Discurso Direto (travesso, aspas) ou Indireto (as conjunes integrantes)

    Exemplo:

    Sinh Vitria desejava possuir uma cama igual de seu Toms da bolandeira. Doidice. No dizia nada para no contrari-la, mas sabia que era doidice. Cambembes podiam ter luxo? E estavam ali de passagem. Qualquer dia o patro os botaria fora, e eles ganhariam o mundo, sem rumo, nem teriam meio de conduzir os cacarecos. (Graciliano Ramos. Vidas Secas.)

  • A Transformao do Discurso Direto em Indireto e vice-versa

    A transformao de discurso, portanto, requer ateno especial no emprego dos tempos verbais, pontuao e algumas palavras como pronomes, advrbios e conectivos.

    Tempos Verbais

    Ao transformar o discurso direto em indireto, transcrevemos algo que algum j disse. Logo, no discurso indireto, o tempo verbal ser sempre passado em relao ao discurso direto. Observe alguns casos no quadro abaixo:

    Discurso direto Discurso indireto

    Presente do indicativo (fica, h) Pretrito imperfeito do indicativo(ficava, havia) Pretrito perfeito do indicativo(fique, houve)

    Pretrito mais-que-perfeito (ficara, houvera)

    Imperativo (haja, fique) Pretrito imperfeito do subjuntivo(houvesses, ficasses) Futuro do presente do indicativo(havers, ficars)

    Futuro do pretrito do indicativo(haveria, ficaria)

    Portanto, o primeiro passo para se transformar um tipo de discurso em outro consiste em efetuar as modificaes mencionadas, ou seja, alterar o tempo dos verbos e utilizar a pontuao adequada.

    Exemplo:

    Discurso Direto (Pontuao caracterstica travesso, dois pontos)

    Presente do indicativo: Tenho pressa disse o rapaz. Pretrito perfeito do indicativo: Presenciei toda a cena declarou o jovem.

    Imperativo: Cala-te ordenou o senhor ao seu vassalo. Futuro do presente do indicativo: Farei o possvel disse o rapaz.

  • Discurso Indireto (Ausncia de pontuao caracterstica)

    Pretrito imperfeito do indicativo: O rapaz disse que tinha pressa. Pretrito mais-que-perfeito simples ou composto: O jovem declarou que presenciara (tinha presenciado) toda a cena. Pretrito imperfeito do subjuntivo: O senhor ordenou ao seu vassalo que ele se calasse. Futuro do pretrito do indicativo: O rapaz disse que faria o possvel.

    Pronomes e Advrbios

    Pronomes e advrbios tambm so classes gramaticais que requerem alteraes. Veja o exemplo a seguir:

    Discurso direto Discurso indireto Justina olhou para Elza e disse:

    Hoje no saio de casa. No compreendo essa sua

    atitude.

    Justina disse a Elza que aquele diano sairia de casa e Elza respondeu que no compreendia aquelaatitude dela.

    Hoje (advrbio de tempo) aquele dia essa (pronome demonstrativo) aquela sua (pronome possessivo) dela

    Observe, ainda, que, alm dos tempos verbais, pronomes e advrbios, preciso estar atento coeso textual, empregando corretamente os conectivos que uniro as falas que compem o dilogo.

    Outros exemplos:

    DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO

    VERBOS

  • Presente do Indicativo

    Todos os presentes disseram:

    - No votamos nele.

    Imperfeito do Indicativo

    Todos os presentes disseram que no votavam nele.

    Perfeito do Indicativo

    O moo perguntou:

    - Ele no assinou o requerimento?

    Mais-que-perfeito do Indicativo

    O moo perguntou se ele no assinara (tinha assinado) o requerimento.

    Futuro do Presente

    O mecnico garantiu:

    - Eu consertarei a moto.

    Futuro do Pretrito

    O mecnico garantiu que consertaria a moto.

    Presente do Subjuntivo

    - Duvido que a assemblia aprove a proposta disse-lhe o sindicalista.

    Imperfeito do Subjuntivo

    O sindicalista disse-lhe que duvidava que a assemblia aprovasse a proposta do governo.

    Futuro do Subjuntivo

    A garota disse:

    - S sairei quando ele chegar.

    Imperfeito do Subjuntivo

    A garota disse que s sairia quando ele chegasse.

    Imperativo

    - Passe-me o sal pediu-me ela.

    Imperfeito do Subjuntivo

    Ela pediu-me que lhe passasse o sal.

    PRONOMES

    eu, ns, voc(s), senhor(a)(s)

    A garota afirmou:

    - Eu amo ler.

    ele(s), ela(s)

    A garota afirmou que ela amava ler.

    meu(s), minha(s), nosso(a)(s)

    - Meus pais participaro da campanha disse o menino.

    seu(s), sua(s) dele (a)(s)

    O menino disse que seus pais participariam da campanha.

    este(a)(s), isto, isso

    - Isso lhe pertence? perguntou

    aquele(a)(s), aquilo

    Ele(a) perguntou se aquilo lhe pertencia.

  • ADVRBIOS

    ontem, hoje, amanh

    - Hoje no posso atend-lo disse o dentista.

    no dia anterior, naquele dia, no dia seguinte

    O dentista disse que naquele dia no podia atend-lo.

    aqui, c, a

    - No entro mais aqui! afirmou Ivo.

    ali, l

    Ivo afirmou que no entrava mais ali.

    Tipos de linguagem utilizada na narrao

    Como j deve ter ouvido dizer, existem basicamente dois nveis de linguagem: a linguagem formal e a linguagem coloquial. Entendemos por linguagem formal a lngua culta, que se caracteriza pela correo gramatical, ausncia de grias ou termos regionais, riqueza de vocabulrio e frases bem elaboradas. A linguagem coloquial, por sua vez, aquela que as pessoas utilizam no dia-a-dia, conversando informalmente com amigos, parentes e colegas. a linguagem descontrada, que dispensa formalidades e aceita grias, diminutivos afetivos e palavras de cunho regional. A narrao pode comportar os dois nveis de linguagem. Recomendamos que utilize a linguagem formal nas frases do narrador e a linguagem coloquial no registro da fala de algumas personagens. Expliquemos melhor: se registrar, no discurso direto, a fala de um alentejano, poder utilizar palavras ou expresses tpicas do linguajar da sua regio, para dar um cunho de veracidade composio; se a conversa estiver a ser travada entre dois adolescentes, cabe a introduo de algumas grias. Dessa forma, a redao torna-se mais convincente, na medida em que cada personagem apresentada com o registro de fala que normalmente o caracteriza. Isso no significa, porm, que o discurso direto deva sempre estar relacionado com a linguagem coloquial. Pelo contrrio, tratando-se de personagens cultos (ou mesmo razoavelmente instrudos), deve utilizar a linguagem formal no registro das suas falas.

  • Observao:

    Esteja atento s solicitaes que possam ser feitas nas redaes que vier a realizar. Caso se pea para elaborar uma narrao utilizando a linguagem formal, este tipo de linguagem dever aparecer em toda a composio, independentemente de quem sejam as personagens envolvidas nos trechos do discurso direto.

    Veja, nestes pequenos trechos a seguir, como os dois tipos de linguagem podem aparecer no discurso direto. Lembre-se de que o narrador vale-se sempre da linguagem formal.

    Linguagem coloquial

    Os dois amigos encontraram-se no ptio do colgio, na hora do intervalo, e Marcos perguntou: Como que , Z? Tas a fim de dar uns giros por a depois da aula ? Normal! A gente pode chamar o Nandinho e ir pra uma esplanada - respondeu Jos bastante animado. isso. Deixa-me ir, que j tocou disse Marcos apertando o passo.

    Linguagem formal

    No corredor de uma universidade, um eminente professor de Direito Penal encontra um ex-aluno, agora seu colega. O professor diz-lhe: Que prazer encontr-lo depois de tanto tempo! Como est, professor? bom rev-lo sorriu o ex-aluno emocionado. O senhor nem pode imaginar o quanto me foram teis os conhecimentos que adquiri nas suas aulas. Voc sempre foi um bom aluno. Tinha a certeza de que se tornaria um advogado notvel.

    Dissertao (base em argumentao)

    Dissertar apresentar idias, analis-las, estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lgicos; estabelecer relaes de causa e efeito. Aqui no basta expor, narrar ou descrever, necessrio explanar e explicar. O raciocnio que deve imperar neste tipo de composio, e quanto maior a fundamentao argumentativa, mais brilhante ser o desempenho. A adequada expresso do contedo da dissertao exige o encadeamento das idias. Assim, para se redigir um texto dissertativo so indispensveis:

  • - Criticidade: exame e discusso crtica do assunto, por meio de argumentos convincentes, gerados pelo acervo de conhecimentos pessoais adquiridos atravs de pesquisas bibliogrficas, leituras e experincias. um processo de anlise e sntese. - Clareza das idias: vocabulrio preciso, objetivo e coerente s idias expostas. O aprimoramento da linguagem e a diversidade vocabular so fundamentais para adequar idias e palavras. Essa capacidade se adquire atravs do hbito de leitura, de escrita e de pesquisas em dicionrios e gramticas. - Unidade: o texto deve desenvolver-se em torno de um assunto. As idias que lhe so pertinentes devem suceder-se em ordem lgica. No deve haver redundncia nem pormenores desnecessrios. Como no possvel esgotar um tema, a redao impe certos limites e preciso saber escolher os aspectos a serem desenvolvidos. Em vista disso, muito importante que, antes de comear sua dissertao, voc saiba delimitar o tema a ser explorado, selecionando os aspectos que achar mais relevantes ou aqueles que conhea melhor. A delimitao ajuda a pr em ordem nossas idias. - Coerncia: deve haver associao e correlao das idias na construo dos perodos e na passagem de um pargrafo a outro. Os elementos de ligao, tais como conjunes, pronomes relativos, pontuao etc, so indispensveis para entrosar oraes, perodos e pargrafos. - Organizao dos pargrafos: no deve haver fragmentao da mesma idia em vrios pargrafos, nem apresentao de muitas idias num s pargrafo. A sequncia dos pargrafos deve ser coerente e articulada. A transio entre os pargrafos deve ser adequada, quer pelas relaes em nvel das idias, quer pelo uso de palavras e expresses de ligao. Embora a capacidade de pensar, portanto a capacidade dissertativa seja prpria de nossa condio de homens, ela limitada, em geral, por nossas condies de vida. Temos nos distanciado da paixo de pensar, de compreender, de questionar - de modo livre e lcido, organizado e produtivo - nossa realidade. Como encaminhar o pensamento para conquistar o conhecimento de forma organizada e coerente? Suponhamos que devemos redigir um texto dissertativo sobre um determinado assunto, j realizamos uma pesquisa bibliogrfica, porm nos quatro encontramos em dificuldade para comear a escrever de forma organizada. Para que nosso trabalho seja encaminhado, vamos utilizar a tcnica da dvida:

    Tipos de Dissertao

    Dissertao Argumentativa

  • O texto argumentativo sustenta-se com exemplos elucidativos, interpretao analtica, evidncias e juzos, sempre com viso crtica. Assim, enquanto a dissertao expositiva apresenta um assunto, a argumentativa o discute. Nela, o autor assume, explicitamente, a defesa de uma posio. O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional, formada por trs partes essenciais: Introduo, Desenvolvimento e Concluso.

    Estrutura vlida para um texto dissertativo-argumentativo de, no mnimo, 25 linhas, sem contar o ttulo.

    Dissertao Expositiva

    Um texto expositivo quando aborda uma verdade inquestionvel, d a conhecer uma informao ou explica pedagogicamente um assunto, sem apresentar discusso ou sem que o autor d a conhecer, explicitamente, sua posio sobre o tema tratado. Exemplos de textos expositivos: livros didticos de cincias, de histria, matrias jornalsticas informativas etc. Mas importante ressaltar que mesmo nas dissertaes expositivas possvel reconhecer uma posio, a partir da seleo de dados e da maneira de apresentar esses dados pelo autor.

    Exemplo:

    O sistema presidencial de governo nasceu nos Estados Unidos com a constituio de 1787, na Conveno de Filadlfia. Sua formao terica foi precedida de fato histrico; no sendo, pois, obra de nenhum arranjo ou conveno terica.

    A ESTRUTURA DISSERTATIVA

    ARGUMENTAOTESE CONCLUSO

    1 pargrafo 5 a 6 linhas

    2, 3 e 4 pargrafos - 5 a 6 linhas cada um

    5 pargrafo - 5 a 6 linhas

  • Sustenta-se que o presidencialismos o poder monrquico na verso republicana. O presidencialismo, ao contrrio do parlamentarismo, demarcado por uma rgida separao de Poderes, assentada na independncia orgnica e na especializao funcional.

    Observao Final:

    Normalmente, narrao e descrio mesclam-se nos textos; sendo difcil, muitas vezes, encontrar textos exclusivamente descritivos. A descrio aponta os elementos que caracterizam os seres, objetos, ambientes e paisagens, a narrao implica uma idia de ao, movimento empreendido pelos personagens da histria. Por isso, se diz para que um texto narrativo exista h de se ter a descrio e vice-versa.

    Exemplo de narrao e descrio:

    Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto ns ramos achatadas... Mas que talento tinha para a crueldade. Ela era pura vingana, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, ns que ramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo.

    (Clarice Lispector).

    Repare que ao mesmo tempo em que so descritos personagens, uma histria est sendo narrada. J a dissertao assume um carter totalmente diferenciado, na medida em que no fala de pessoas ou fato especficos, mas analisa certos assuntos que so abordados de modo impessoal.

  • Sites Visitados:

    http://www.mundovestibular.com.br/articles/1262/1/Tecnicas-de-Redacao---Narracao-Descricao-e-Dissertacao/Paacutegina1.html

    http://www.colegioinovacao.com.br/cms/documentos/mirian_portugues_6a_7a_8a_series_oficina_de_textos_narracao.pdf

    http://www.robertoavila.com.br/arquivos/redacao_aula10.htm

    http://www.ricardonascimento.net/principal/noticia.php?np=59

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Tipologia_textual

    http://www.meionorte.com/pauloroberto, texto-injuntivo-x-texto-prescritivo- tipologiatextual, 86273. HTML

    http://www.infoescola.com/redacao/dissertacao/

    http://www.portalsafrancisco.com.br/redacao/tipologia-textual-2.php

    http://www.clubjus.com.br/?colunas&colunista=779_&ver=137

    http://lportuguesa.malha.net/content/view/27/1/