time de beisebol de bh se motiva após bom resultado da seleção brasileira
DESCRIPTION
Beagá Beisebol comemora desempenho no Mundial e mostra evolução desde o surgimentoTRANSCRIPT
meninassão membros fixos do timede beisebol
6integrantesfazem parte do projetoatualmente
40anode fundação da associaçãoesportiva
2005
Beisebols Arremesso por cima
s As bolas pesam de 141,74 ga 148,82 g
s Jogo com nove períodos
s Os bastões têm no máximoum metro de comprimento
s Distância entre bases é de27,43 metros
s O campo deve ter 68,58 mde raio.
Softbols Arremesso por baixo
s As bolas pesam de 178,0g e 194,8 g
s Jogo com sete períodos
s Os bastões têm, nomáximo, 80 cm
s Distância entre as bases éde 14,2 metros
s O campo deve ter 60,96m de raio
Improviso. Com a falta de locais apropriados para treinar e jogar, equipe da capital usa um campo de futebol para conseguir exercer o amor ao beisebol
¬ DANIEL OTTONI
¬ Se esportes com algumapoio no Brasil já sofrem, oque dizer daqueles que pos-suem pouca tradição e quebuscam por mais pratican-tes? O beisebol chegou aoBrasil por volta de 1910,mas, somente agora, come-ça a ganhar mais espaço,principalmente depois dacampanha feita pela sele-ção brasileira na Copa doMundo que aconteceu re-centemente no Japão.
Apesar das derrotas nostrês jogos para Japão,Cuba e China, o retorno foialém do esperado. “O Bra-sil chegou lá com o statusde saco de pancada. Masos resultados mostraramque a seleção merece res-peito. Endurecemos o jogocontra o Japão, atual cam-peão mundial, que teveque suar muito para sairde campo com uma vitó-ria. Só de estar lá foi umagrande conquista”, comen-ta Carlos Eduardo Aoki,coordenador técnico doBeagá Beisebol, time quefaz parte de da Associaçãode Beisebol e Softbol de Be-lo Horizonte (ABSBH). Aentidade foi criada em2005 por Emi Aoki, sogrode Carlos Eduardo e imi-grante japonês.
As dificuldades paratentar levar o trabalho pa-ra frente são inúmeras. “Ocampo que usamos paraos treinamentos precisamser adaptados, já que nãoexiste um local específicopara o beisebol. Usamosum campo de futebol e fa-zemos as improvisaçõesnecessárias”, comenta Car-
los Eduardo.Em 2010, quando o pro-
jeto chegou ao seu quintoano de existência, as ambi-ções mudaram. O que era al-go essencialmente recreati-vo, em busca de divulgação,ganhou aspirações profissio-nais, com a meta de resulta-dos expressivos para um ti-me recém-criado. “Participá-vamos de algumas competi-ções e ficávamos sempre em
último. Queríamos conquis-tar vitórias, para motivar osjogadores e tentar atrair oempresariado”, comenta Mi-riam Aoki, presidente da as-sociação.
Com a ajuda de profissio-nais do curso de educação fí-sica, incluindo Carlos Eduar-do, o time ganhou pessoascom a capacidade de melho-rar o nível técnico. “O Ma-teus Vasconcelos, técnico
dos iniciantes, participou deuma clínica no centro detreinamento da seleção bra-sileira. Várias atividades fo-ram feitas durante esse pe-ríodo que contou, ainda,com a participação de técni-cos da Major League Base-ball, principal campeonatoda modalidade no mundo.Foi uma experiência muitoenriquecedora”, garante Mi-riam Aoki.
Crescimento conta com maior participação feminina
Diferenças
Beisebol. Boas atuações da seleção brasileira no Mundial motivam equipe de BH, que mostra superação
7Mesmo ainda no come-ço de sua trajetória, o
Beagá Beisebol terá uma be-la oportunidade no mês denovembro, quando irá paraIbiúna (SP) para participarde uma competição no cen-tro de treinamento da sele-ção brasileira.
No ano passado, na pri-meira participação do timede rendimento em campeo-nato de nível nacional, o ti-me ficou com o 15º lugardentre 20 participantes. “Vá-rios times jogam esse tor-neio há quatro anos e nuncaconseguiram uma única vi-tória. Na nossa estreia, ven-cemos por uma boa diferen-
ça de pontos, o que foi umasurpresa para nós”, destacaMiriam Aoki, presidente daAssociação de Beisebol eSoftbol de Belo Horizonte(ABSBH). O treinamento daequipe é puxado, com maisde quatro horas de duração.
Apesar de todos os esfor-ços, a associação ainda con-ta com o apoio de amigos pa-ra ter todos os equipamen-tos para os treinos. “Os pro-dutos são todos importa-dos, e dependemos dequem vai para fora do país.A política alfandegária doBrasil encarece muitos oscustos”, lamenta Miriam.Além disso, uma mensalida-
de de R$ 25 é cobrada dosintegrantes para manuten-ção administrativa.
Apesar de vários convi-tes já recebidos, a ABSBHainda não consegue cus-tear todas as despesas paraviagens. “Quando os tor-neios são em Minas, temosa ajuda de algumas empre-sas que nos apoiam. Masquando é fora, não pode-mos participar, porque oscustos são altos, e nossascondições ainda são limita-das. Tivemos que recusarconvites para participar detorneios em Curitiba, Na-tal, Recife e Buenos Aires”,conclui Miriam. (DO)
Um resultado para motivar
¬ A evolução do time daABSBHjáéumagrandefelici-dade para a presidente Mi-riamAoki.Hátrêsanosnoco-mando, ela já vislumbra umnovosonho.“Obeisebolé ta-chado como esporte para ho-mens. Mas temos represen-tantes que podem ser o iní-cio de uma equipe de meni-nas”, comenta. Dos 40 atle-tas da equipe, seis são do se-xo feminino. É preciso 15 pa-ra formar um time. “As nos-sas garotas mostram muitadisposição para treinar nomesmonível.Elas tomambo-lada e ficam roxas, mas saemfelizes”, disse Aoki. (DO)
FOTOS LEO FONTES
Mesmo com verba limitada
Equipe já buscaobjetivos bastantecompetitivos depoisde um início comambição recreativa
O beisebol e o softbol são semelhantes,mas algumas diferenças são nítidas
Torneios ajudam a evoluir
Equipamentos de segurança são exigidos para a prática do esporte
Time só demeninas éum sonho
O TEMPO Belo Horizonte e. 29DOMINGO, 24 DE MARÇO DE 2013 e. 29Esportes|