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SNJ Secretaria Nacional de Justiça Texto Base – COMIGRAR 1ª CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE MIGRAÇÕES E REFÚGIO Maio 2014 – Sã o P aul o, BraSi l

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    SNJSecretaria Nacional de Justia

    Texto Base COMIGRAR

    1 CONFERNCIA NACIONAL

    SOBRE MIGRAES E REFGIOMaio 2014 So Paulo, BraSil

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    1 CONFERNCIA NACIONAL SOBRE MIGRAES E REFGIO

    Maio 2014 - So Paulo, Brasil

    TEXTO BASE

    1 COMIGRARDOCUMENTO DE REFERNCIA

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    MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIA

    Jos Eduardo Cardozo

    SECRETRIA EXECUTIVA

    Mrcia Pelegrini

    SECRETRIO NACIONAL DE JUSTIA

    Paulo Abro Pires Jnior

    DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ESTRANGEIROS

    Joo Guilherme Granja

    ELABORAO:Joo Guilherme Granja, Diretor do Departamento de Estrangeiros

    REVISO & DESENHO GRFICO:Jana Petaccia, Coordenadora do Departamento de EstrangeirosOfelia Ferreira da Silva, consultora

    COLABORAO e APOIO:

    Organizao Internacional para as Migraes (IOM-OIM)

    Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

    Braslia, Janeiro [email protected] dos Ministrios, Bloco T, Anexo II, 3 andar, sala 301B CEP 70064-900 Braslia/DF.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    NDICE

    1. CONFERNCIAS NACIONAIS NOBRASIL E MOBILIDADE HUMANAINTERNACIONAL............................................................ 01

    2. EIXOS DE CONVERGNCIA ESISTEMATIZAO........................................................... 06

    3. RENOVAR O CONVITE................................................. 104. REFERNCIAS E SUBSDIOS PARA O

    APROFUNDAMENTO..................................................... 11

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    CONFERNCIASNACIONAIS NO BRASIL EMOBILIDADE HUMANAINTERNACIONAL

    1. Processos estruturados de consulta e de escuta pblicas so praticados h dcadas noBrasil e uma primeira Conferncia Nacional sobre o tema da Sade havia sidoconvocada ainda nos anos 1940. Essa prtica se consolidou com a ConstituioFederal de 1988 e, ao longo dos ltimos 10 anos, dezenas de Conferncias Nacionaisforam realizadas. Em vrias delas, o tema das migraes internacionais chegou a sertangenciado, o que mostra como o fenmeno da mobilidade humana transversal adiversos debates sociais. Por outro lado, identifica-se facilmente um vazio queacompanha a prpria histria recente das polticas migratrias no pas e uma

    criticvel invisibilidade das populaes migrantes, predominante at h pouco tempo.

    2. As Conferncias Nacionais tomam muitas formas e assumem para si uma variedadede compromissos. Em muitas delas se discute e prope a formulao de Planos ePolticas Pblicas para um determinado setor, enquanto em outras so captadas asprincipais demandas feitas por um segmento social afetado em uma matria. Asconferencias so estratgicas para colocar um tema, assunto ou problema emevidncia na agenda poltica nacional, e cada Conferncia Nacional invariavelmenteum ponto de transformao no modo como o Estado se relaciona com a sociedadeem um dado enfoque.

    3. Para a temtica migratria, o perodo recente sinaliza uma dessas transformaes,fundada na necessidade de avaliao e reformulao das prticas do Estado comrelao aos variados aspectos das migraes do pas. Trata-se mesmo dereposicionar a pauta migratria, permitindo que novos temas, novas demandas enovos sujeitos sejam escutados e influenciem os rumos das polticas pblicas.

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    4. Alm disso, preciso valorizar a experincia migrante como pea central para aelaborao de polticas. No centro dessas polticas encontram-se novos objetivos: arpida e sustentvel insero social da pessoa migrante, a incorporao da realidademigratria na rotina dos prestadores de servios pblicos, a escuta dos migrantesbrasileiros no exterior e o desenvolvimento de ferramentas mais efetivas para intervirnos complexos cenrios propiciados pelas novas realidades migratrias. Nessequadro, a proteo dos direitos humanos, o melhor aproveitamento dascompetncias e vocaes de cada sujeito e o desenvolvimento dessas potencialidadessob condies isonmicas passam a ser referncias de ao.

    A CONFERNCIA

    5. A primeira Conferncia Nacional sobre Migraes e Refgio (1 COMIGRAR) umprocesso de participao cidad proposto conjuntamente pelo Ministrio da Justia,Ministrio das Relaes Exteriores e Ministrio do Trabalho e Emprego, rgos doGoverno Federal diretamente envolvidos com as polticas brasileiras voltadas spessoas migrantes. Essa proposta de participao realizada a partir do

    protagonismo da sociedade, especialmente dos movimentos de migrantes, dasentidades da sociedade civil dedicadas ao tema, das comunidades de imigrantesinstaladas no Brasil e da comunidades de migrantes brasileiros nos diversos pontosdo mundo.

    6. Nosso foco e diretiva para esta primeira Conferncia a construo e oreconhecimento de direitos, a incorporao da realidade migratria rotina dosdiversos servios pblicos em todos os nveis federativos, o refinamento equalificao dos servios migratrios prestados pelo pas, a ampliao dessesservios, o aprofundamento dos diagnsticos relacionados s demandas e anseios dascomunidades migrantes no pas e comunidades brasileiras no exterior, a criao demecanismos para prevenir e abordar graves violaes de direitos da pessoa migrante,

    a obteno de subsdios para viabilizar a prestao de mais e melhores serviospblicos nesse mbito, a eliminao de barreiras de acesso, a propositura deestratgias para atendimento igualitrio nos moldes da Constituio Federal, ofortalecimento dos institutos protetivos do refgio, do asilo, da proteo do aptrida,bem como de outras formas de proteo humanitria, alm do aprimoramento deuma governana institucionalizada para polticas que favoream a rpida insero dapessoa migrante no Brasil, do emigrante brasileiro retornado, do recm-naturalizado,bem como da manuteno dos vnculos de pertinncia e cidadania do brasileiromigrante no mundo.

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    7. Dentro desse panorama esto necessariamente envolvidos os segmentosgovernamentais locais, os estados e municpios, com destaque para aquelas regiescom fluxos migratrios expressivos, seja por sua caracterstica demogrfica de grandemetrpole, como So Paulo e Rio de Janeiro, seja por sua localizao geogrficafronteiria, a exemplo de Foz do Iguau, ou relevncia como ponto de mobilidade naregio sul-americana, como a cidade de Manaus.

    8. Para agregar essas dimenses, a COMIGRAR se desenha a partir de uma srie deeventos preparatrios, em todo o pas e fora dele, que convergiro no eventonacional que se realizar no ms de maio de 2014, na cidade de So Paulo. Ofuncionamento dessas etapas, as regras para eleio de representantes e os processosde sistematizao de propostas esto detalhado no documento Guia Metodolgicoda COMIGRAR.

    A NATUREZA DOSDEBATES DA COMIGRAR

    9. O contedo dos debates em torno do enfoque dado acima no est pr-condicionado nem possui qualquer limitao. O presente documento serve comoapresentao e referncia sobre alguns dos temas recorrentes nas discusses sobre amudana nas polticas para migrantes, bem como dos cinco eixos de sistematizaodos debates a ser feita pela Coordenao da COMIGRAR. Essa sistematizao finalser apenas um dos produtos da Conferncia, um dos vrios olhares possveis sobreo processo desenvolvido e uma das formas de acompanhamento social posterior aoevento principal da Conferncia.

    10. Tudo o que for produzido servir como material consultivo e fonte de refernciapara a formulao, conduo e avaliao das polticas pblicas e dos planos queafetam direta ou indiretamente as pessoas migrantes. Alm disso, esse materialaprofundar a compreenso sobre como novas polticas devem ser desenhadas paraabarcar a diversidade dos cenrios migratrios vividos pelo Brasil no presente e no

    futuro.

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    A PARTICIPAO

    11.A diversidade elemento fundamental do debate. No existem restries participao, nem de nacionalidade, nem de situao migratria. Pessoas, grupos,instituies, todos esto convidados a participar da Conferncia.

    12.A participao na COMIGRAR pode se dar tanto pelo engajamento em quaisquerdas etapas preparatrias (seja individualmente, em carter presencial ou pela internet,nos fruns disponibilizados na plataforma participa.br, por meio do endereowww.migrantes.gov.br), como tambm pela organizao de uma plenria livre, pelasubmisso de textos e debates, produo de documentos escritos, gravados ouaudiovisuais, comportados pela plataforma. Pessoas, associaes, grupos de pesquisa,instituies pblicas e privadas podem se engajar. A participao aberta e ampla,independente de nacionalidade e de situao documental da pessoa migrante no pas.Os brasileiros no exterior esto igualmente convidados a participar de todas asformas e canais propostos.

    13.rgos pblicos, em todos os nveis federativos, podem procurar a CoordenaoExecutiva da COMIGRAR para preparar propostas de eventos preparatrios eencontrar apoio para a elaborao de etapas preparatrias sob sua coordenao.

    MOBILIZAR E CONHECERREDES

    14.A Conferncia assume para si como meta estratgica o aprofundamento dasensibilidade e da ateno pblica sobre o tema migratrio. Este compromissoimplica naturalizar para o agente de polticas pblicas, em todos os nveis

    governamentais, a presena do pblico migrante e disseminar, na sociedade, o lugardas migraes, para o presente e o futuro do pas.

    15. Implica tambm identificar as novas redes e formas de articulao social das pessoasmigrantes no Brasil e dos migrantes brasileiros, dar voz e empoderar esses coletivos,bem como prover canais e meios para a produo e a escuta pblica de demandas.Dessa forma, estimulamos a propositura de conferncias livres, de modo tambm avisibilizar e ampliar o dilogo entre redes e movimentos compostos por migrantes ededicados sua defesa de direitos e interesses.

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    MIGRAES E POLTICASPBLICAS

    16.A trajetria histrica da regulao dos fluxos migratrios pelo Estado brasileiro longa e complexa, passa pelas razes coloniais e pela migrao forada,consubstanciada pelas prticas escravistas; passa pela gesto da ocupao territorialbrasileira, por violaes de direitos incontveis dos povos originrios indgenas, e,finda a escravido, permeia ainda preocupaes racistas com o branqueamento damo-de-obra nacional. Sucessivamente a gesto desses fluxos submete grupos sociaisde forma instrumental e utilitarista, administrando um estoque humano pelaimposio de maiores dificuldades para ingressar, permanecer ou acessar direitosdentro do territrio nacional.

    17. Em contraste com esse itinerrio, o processo de participao parte da crtica da visode poltica pblica que tem na pessoa migrante apenas o destinatrio de umapreocupao (tipicamente uma preocupao de controle), seja de segurana, seja decontrole documental. Passa-se a entender como artificiais as justificativas paradiversos processos de segregao, de qualquer modo condenados pela ConstituioFederal brasileira. Passa-se a diagnosticar as lacunas de atendimento e prestao

    servios e direitos sociais, culturais e econmicos como falhas de atendimento aserem sanadas. Busca-se romper a invisibilidade do tema, seja ela intencional ouacidental, que gera barreiras espontneas para acessar servios essenciais como aEducao e a Sade, e promover condies igualitrias na participao individual ecoletiva na construo do futuro econmico, produtivo, cultural e social do pas.

    18. Essas inquietaes foram captadas em fruns, seminrios e consultas, e apoiaram aorganizao em cinco eixos propostos como provocadores e catalisadores do debate,que serviro tambm como referenciais para a principal sntese a ser elaborada pelaCoordenao da COMIGRAR. Esses eixos so: (1)Igualdade de tratamento e acessoa servios e direitos; (2) Insero social, econmica e produtiva; (3) Cidadaniacultural e diversidade; (4) Abordagem de violaes de direitos e meios de proteo e

    (5) Participao social e cidad, transparncia e dados.

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    EIXOS DECONVERGNCIA ESISTEMATIZAO

    IIgualdade de tratamento e acesso a servios e direitos

    19.A isonomia princpio constitucional e no prprio texto da Constituio Federalque constam expressamente as nicas excees baseadas em nacionalidade, comoacontece ainda hoje em relao ao acesso a determinados cargos.

    20.Aqui perguntamos como se pode internalizar nas instituies a necessidade de aplicartratamento isonmico, igualitrio e justo independente de nacionalidade; como sepode aprofundar o acesso a servios pblicos universais brasileiros, levando-se emconsiderao as peculiaridades de cada populao migrante e refugiada? Como sepode aprofundar junto aos migrantes brasileiros no exterior, aes, direitos e serviosque fortaleam o sentido de pertinncia sua comunidade nacional de origem?Como propiciar ao solicitante de refgio e a todo migrante que demande atenoespecial humanitria um atendimento adequado pela rede de servio brasileira?Como identificar instituies, regulamentos e servios pblicos que mantm barreirasinconstitucionais de acesso, excluindo a populao migrante? Como san-las? Comodesenhar instituies mais preparadas para receber e atender a populao migrante?Como garantir igualdade de tratamento pelos sistemas de justia no cumprimento depenas independente de nacionalidade? Que outros questionamentos e propostaspodem ser feitos para possibilitar tratamento no-discriminatrio?

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    IIInsero social, econmica e produtiva

    21. De forma articulada ao eixo (1), que enfoca a dimenso de acesso e adequao deservios universais tendo por fio condutor o vnculo entre isonomia e dignidade dapessoa humana, o eixo (2) se prope a aglutinar discusses sobre os mecanismosoperativos para concretizar processos de incluso social em seus vrios matizes.

    22. Este eixo opera o reconhecimento da insero social sustentvel e da autonomizaoda pessoa migrante como objetivo central para a Poltica Nacional sobre migraes,objetivo que mobiliza aspectos educacionais, profissionalizantes, lingusticos, ereorienta as prticas migratrias exclusivamente centradas no controle documentaldo passado para uma trajetria de incluso em todas as esferas da vida cidad. Essa

    insero multidimensional e abrange, mas no se circunscreve, dimenso laboral.Perpassa tanto o acesso lngua e cultura como as possibilidades de intercmbiorecproco entre fontes culturais, e articula elementos materiais e simblicos.

    23.Abrange tambm as discusses mais centrais sobre o aprofundamento de estratgiasde apoio ao retorno da pessoa migrante brasileira ao pas, incluindo temasprevidencirios, aproveitamento de competncias e mecanismos de incentivo ao usode remessas.

    24. Como caracterstica principal, o presente eixo nos provoca sobre polticas, aes,programas e mecanismos que visam atender especificamente as pessoas migrantes,refugiadas, em mobilidade humana, ou afetadas pela mobilidade humana (comovtimas de trfico de pessoas). O enfoque se concentra nas especificidades dessesgrupos e nas respostas tambm especficas, mesmo que no exclusivas, que podemser direcionadas, tendo a insero cidad plena como objetivo.

    IIICidadania cultural e reconhecimento da diversidade

    25.A partir da definio de insero cidad plena e da orientao de uma polticamigratria para esse conceito de cidadania, as dimenses identitria e cultural ganham

    evidncia. Pelas caractersticas prprias e pela centralidade da cultura e da identidadena vida migrante, tanto no pas quanto dos migrantes brasileiros no exterior,propostas, debates e tematizaes referentes ao reconhecimento da diversidade e asestratgias de valorizao cultural ganham um eixo prprio. Neste eixo, nospropomos a pensar a visibilidade, a valorizao e os dilogos possveis entremanifestaes e projetos culturais, as interaes e vnculos entre educao, cultura ereconhecimento da diversidade, e a debater formas concretas de estmulo a umaeconomia da cultura baseada na pluralidade, com respeito e enriquecimento mtuosdas histrias culturais das pessoas e grupos sociais.

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    IVAbordagem de violaes de direitos e meios depreveno e proteo

    26.A experincia da migrao e de toda mobilidade humana coloca em questo asreferncias individuais de familiaridade cultural, lingustica, institucional e social,possibilitando exposies a situaes de vulnerabilidade palpveis: exploraolaboral, sexual, entre outros tipos de violncia, processos que devido aos mesmosfatores citados, terminam por demandar mecanismos protetivos especiais depreveno, tratamento de vtimas, persecuo de violadores, capacitao de agentespblicos e conscientizao de toda a sociedade para favorecer atitudes inclusivas,

    no-revitimizadoras e coibidoras de violncias. Neste eixo, colocamos em discussoaes de preveno da xenofobia, do racismo, da violncia de gnero e a ateno atransversalidades entre migraes (compreendendo o refgio e institutoshumanitrios) e temas como polticas para a populao em situao de rua e aspectosprotetivos especficos como a preveno de violncias e a proteo relativas infncia e adolescncia migrantes. De forma articulada ao eixo (1), que enfoca adimenso de acesso e adequao de servios universais tendo por fio condutor ovnculo entre isonomia e dignidade da pessoa humana, o eixo (2) se prope aaglutinar discusses sobre os mecanismos operativos para concretizar processos deincluso social em seus vrios matizes.

    VParticipao social e cidad, transparncia e dados

    27. O presente eixo se presta a debater e enfocar reposicionamentos possveis edesejveis na relao entre Estado e os sujeitos sociais, pela participao,aprofundamento dos canais de escuta, aumento da transparncia e discusso daaplicao e sentido das informaes de que dispe o Estado sobre os indivduos.

    28. Existem canais de participao social permanentemente abertos, alm demecanismos de atuao coletiva que ultrapassam a vida partidria e a representaoeleitoral. O presente eixo busca levantar quais fruns, canais, conselhos, instncias

    consultivas e deliberativas, alm de outas experincias participativas nos diversosnveis federativos, contam ou podem contar com o engajamento de comunidades egrupos migrantes, estimulando sua difuso e o aprendizado institucional que sirvapara a elaborao de Planos Nacionais e para a multiplicao de fruns e demecanismos de participao. Trata-se de um eixo transversal da COMIGRAR,voltado a captar propostas que aprofundem os processos de articulao social e osespaos de escuta, acompanhamento e superviso pela sociedade civil das pautasrelativas a polticas pblicas para migraes e refgio.

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    29.A rea das migraes, e especialmente do refgio no pas, tem sua trajetria e seusavanos mais importantes devidos ao protagonismo dos diversos movimentos,grupos e organizaes da sociedade civil. Foram estes que encamparam bandeiras,chegando mesmo a serem precursores de temas protetivos no pas, internalizandoregimes internacionais como a Conveno Internacional sobre Refgio, eintroduzindo melhores prticas. Neste eixo, propomos tambm pensar como novosarranjos de apoio e cooperao com estas organizaes podem ser desenhados eimplementados.

    30.Ao mesmo tempo, existem estratgias de auto-organizao da prpria sociedade nabusca de seus interesses, associaes de brasileiros no exterior e de migrantes noBrasil: coletivos, movimentos, grupos, cooperativas e outras formas associativas comos mais distintos objetivos. Oferecemos o espao da 1 COMIGRAR como espaode visibilizao e aprendizagem coletiva, para entender mais profundamente osaspectos de organizao e discutir abertamente estratgias de cooperao para oatingimento dos objetivos mais amplos de insero cidad plena expostos acima.

    31. Por fim, definir quais dados, que informaes e como estes devem ser geridos a fimde alcanar objetivos de polticas pblicas, um dos desafios do Estadocontemporneo, de interesse de toda sociedade, equalizando demandas detransparncia, utilidade das informaes para polticas pblicas mais efetivas eproteo das liberdades pessoais.

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    RENOVAR O CONVITE

    32.A COMIGRARConferncia Nacional sobre Migraes e Refgio, a primeira destetipo, e esperamos que a primeira de muitas no Brasil, sobretudo uma srie deencontros. Encontros que no se restringem a um debate entre instituies, mas quetm o foco nos migrantes, sejam brasileiros fora do pas ou migrantes de todo omundo, aqui fixados. No horizonte das discusses est nossa realidade como um pasque, at aqui, se formou pelas contribuies, conflitos, choques e encontros deculturas, e que continua a ser construdo e formado diariamente por essa diversidadede fatores e de atores, que no s esto no Brasil, mas tambm so o Brasil.

    33. Pensar nos direitos alm e independentemente das fronteiras no nada alm depensar em nossos prprios direitos, como pessoas e como coletividade. Olhar para ooutro e pensar sua incluso tambm o modo de nos incluirmos, de pensar asuperao de nossas prprias dificuldades e fragilidades. Mais do que nunca, para nosaproximarmos de um projeto de pas mais justo, sustentvel e inclusivo, teremos quefalar e nos encontrar com o Brasil que est espalhado em cada parte do mundo ondeh uma brasileira, um brasileiro, e com o mundo que todos os dias cruza nossasfronteiras.

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    REFERNCIAS ESUBSDIOS PARA O

    APROFUNDAMENTO

    1. Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

    2. Declarao Universal dos Direitos Humanos das Naes Unidashttp://www.un.org/spanish/Depts/dpi/portugues/Universal.html

    3. Conveno Internacional para a Proteo dos Direitos de Todosos Trabalhadores Migrantes e Suas Famlias

    http://www.oas.org/dil/port/1990%20Conven%C3%A7%C3%A3o%20Internacional%20sobre%20a%20Protec%C3%A7%C3%A3o%20dos%20Direitos%20de%20Todos%20os%20Trabalhadores%20Migrantes%20e%20suas%20Fam%C3%ADlias,%20a%20resolu%C3%A7%C3%A3o%2045-158%20de%2018%20de%20dezembro%20de%201990.pdf

    4. Conveno n 97 da Organizao Internacional do Trabalho (OIT)Trabalhadores Migrantes

    http://www.oitbrasil.org.br/node/523

    5. Estatuto da Igualdade Racialhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm

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    6. Programa nacional de Direitos Humanos (PnDH-3)http://portal.mj.gov.br/sedh/pndh3/pndh3.pdf

    7. Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Polticoshttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0592.htm

    8. Pacto Internacional sobre Econmicos, Sociais e Culturaishttp://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/pacto_dir_economicos.htm

    9. Conveno Americana sobre Direitos Humanoshttp://www.cidh.oas.org/Basicos/Portugues/c.Convencao_Americana.htm

    10. II Plano Nacional para a Erradicao do Trabalho Escravohttp://www.sdh.gov.br/assuntos/conatrae/direitos-

    assegurados/pdfs/pnete-2

    11. II Plano Nacional de Enfrentamento ao Trfico de Pessoashttp://portal.mj.gov.br/main.asp?View={E8833249-5827-4772-BDC6-D7F1D880AD41}&BrowserType=NN&LangID=pt-

    br&params=itemID%3D%7BB5014675-B763-4282-891A-

    784E0688387A%7D%3B&UIPartUID=%7B2868BA3C-1C72-4347-BE11-

    A26F70F4CB26%7D

    12. Plano Nacional de Polticas para as Mulheres - PNPMhttp://spm.gov.br/pnpm/publicacoes/pnpm-2013-2015-em-22ago13.pdf

    13. Plano Nacional de Promoo da Igualdade Racial (PLANAPIR)http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-

    2010/2009/Decreto/D6872.htm

    14. Plano Juventude Viva/ Secretaria Nacional da Juventudehttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-

    2014/2013/Lei/L12852.htm

    http://portal.mj.gov.br/sedh/pndh3/pndh3.pdfhttp://portal.mj.gov.br/sedh/pndh3/pndh3.pdfhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htmhttp://portal.mj.gov.br/sedh/pndh3/pndh3.pdf
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    http://www.juventude.gov.br/juventudeviva/o-plano

    15. Censo Demogrfico 2010IBGEhttp://censo2010.ibge.gov.br/

    16. Brasil, 15 anos aps a Conferncia de CairoABEP/UNFPAhttp://www.abep.nepo.unicamp.br/docs/outraspub/cairo15/Cairo15_compl

    eto.pdf

    17.Tratado de Assuno (Constituio do MERCOSUL) - Decreto n350/1991

    https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0350.htm

    18.Acordo de Residncia para Nacionais dos Estados Partes doMERCOSUL, Bolvia e ChileDecreto n 6.975/ 2009

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-

    2010/2009/Decreto/D6975.htm

    19. Protocolo Adicional Conveno das Naes Unidas contra oCrime Organizado Transnacional, relativo Preveno, Repressoe Punio do Trfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianas

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-

    2006/2004/decreto/d5017.htm

    20. Protocolo Adicional Conveno das Naes Unidas contra oCrime Organizado Transnacional, relativo ao Combate ao Trficode Migrantes por Via Terrestre, Martima e Area Protocolos dePalermo sobre Trfico de Pessoas e de Migrantes - Decreto n

    5.016, de 12 de maro de 2004http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-

    2006/2004/decreto/d5016.htm

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