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edudata Faculdade de Medicina do ABC Faculdade de Medicina de Jundiaí PUC Goiás Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba PUC-SP Faculdade de Medicina de Presidente Prudente - UNOESTE Universidade Santo Amaro CONSÓRCIO SP 1 TESTE DE PROGRESSO OUTUBRO/2018 INSTRUÇÕES Verifique se este caderno de prova contém um total de 120 questões, numeradas de 1 a 120. Caso contrário solicite ao fiscal da sala um outro caderno completo. Para cada questão existe apenas UMA resposta correta. Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher uma resposta. Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu. VOCÊ DEVE: Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão a que você está respondendo. Verificar no caderno de prova qual a letra (A, B, C, D) da resposta que você escolheu. Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS fazendo um traço bem forte no quadrinho que aparece abaixo dessa letra. ATENÇÃO Marque as respostas com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão. Responda a todas as questões. Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de aparelhos eletrônicos. Você terá 4h (quatro horas) para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas. "Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia". COMENTÁRIOS E REFERÊNCIAS

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Page 1: Teste de Progresso SP1 2018 - fmj.br · - Marzzocco & Torres. Bioquímica Básica. 4 ed. 2015. Capítulos 5, 16 e 20 - Nelson & Cox. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 4 ed

edudata

Faculdade de Medicina do ABC Faculdade de Medicina de Jundiaí PUC Goiás

Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba

PUC-SP

Faculdade de Medicina de Presidente Prudente - UNOESTE

Universidade Santo Amaro

CONSÓRCIO SP 1

TESTE DE PROGRESSO OUTUBRO/2018

INSTRUÇÕES

Verifique se este caderno de prova contém um total de 120 questões, numeradas de 1 a 120.

Caso contrário solicite ao fiscal da sala um outro caderno completo.

Para cada questão existe apenas UMA resposta correta.

Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher uma resposta.

Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu.

VOCÊ DEVE:

Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão a que você está respondendo.

Verificar no caderno de prova qual a letra (A, B, C, D) da resposta que você escolheu.

Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS fazendo um traço bem forte no quadrinho que aparece abaixo dessa letra.

ATENÇÃO

Marque as respostas com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.

Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão.

Responda a todas as questões.

Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de aparelhos eletrônicos.

Você terá 4h (quatro horas) para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas.

"Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia".

COMENTÁRIOS E REFERÊNCIAS

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2 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2018

1. C – A alternativa C está correta, pois os inibidores

competitivos causam redução da afinidade enzimática.

As alternativas A e D estão incorretas, pois a HMG-CoA Redutase não está envolvida nem na oxidação do colesterol nem em sua conversão a éster de colesterol.

A alternativa B está incorreta, pois inibidores competitivos não se ligam de forma covalente à enzima.

- Marzzocco & Torres. Bioquímica Básica. 4 ed. 2015. Capítulos 5, 16 e 20

- Nelson & Cox. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 4 ed. 2011. Capítulos 6 e 21

2. D – Com baixa ingestão de carboidratos, a secreção de

insulina é diminuída e prevalecem os efeitos do glucagon.

A alternativa D está correta, pois o glucagon estimula a neoglicogênese.

A alternativa A está incorreta, pois como o glucagon estimula a neoglicogênese, a conversão aumentada de aminoácidos glicogênicos em glicose causa aumento da formação e excreção de ureia.

As alternativas B e C estão incorretas, pois o glucagon inibe a síntese de glicogênio e estimula a formação de corpos cetônicos.

- Marzzocco & Torres. Bioquímica Básica. 4 ed. 2015. Capítulo 21.

- Nelson & Cox. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 4 ed. 2011. Capítulo 23.

- Genética Médica. 3ª. Edição. Jorde, Carey, Bamshad, White. Ed. Elsevier.

- NIH: https://ghr.nlm.nih.gov/condition/mitochondrial-encephalomyopathy-lactic-acidosis-and-stroke-like-episodes. Acesso em 04/06/2018.

3. C – Por se tratar de uma alteração cromossômica o exame

genético de escolha é o cariótipo. Nenhum dos outros exames avalia variação no número cromossômico.

O sequenciamento gênico aplica-se para a análise de mutações gênicas. Não detecta alterações cromossômicas.

O PCR para sequências de Y apenas observaria que o paciente tem cromossomo Y. Neste caso, suspeita-se que o paciente tenha cariótipo 47, XXY. O objetivo da investigação é saber quantos cromossomos X estão presentes. Desta forma, a análise apenas das sequências do cromossomo Y é insuficiente.

O exame de exoma é utilizado para o diagnóstico de mutações em todos os exons dos genes humanos. Tratando-se de uma alteração cromossômica (não gênica) sua utilização não se aplica.

- Genética médica. Thompson & Thompson. 7ª Edição. Nussbaum RL, McIness RR, Willard HF. Ed. Elsevier

- Genética Médica. 3ª Edição. Jorde, Carey, Bamshad, White. Ed. Elsevier.

- Tincani et al. Síndrome de Klinefelter: diagnóstico raro na faixa etária pediátrica. J Pediatr (Rio J). 2012;88(4):323-7

4. A – O marcador autossômico ZAR1 está presente tanto em

homens quanto mulheres. Já o marcador HSFY está presente no cromossomo Y, exclusivo do sexo masculino.

- THOMPSON. Genética Médica. 8a. ed., Rio de Janeiro, Elsevier, 2016.

5. B – A maioria dos defeitos na medula espinal resulta do

fechamento anormal das pregas neurais na terceira e na quarta semanas do desenvolvimento. As anomalias resultantes, os defeitos no tubo neural (DTNs), podem envolver as meninges, as vértebras, os músculos e a pele. A neurulação é o processo pelo qual a placa neural forma o tubo neural. Um dos eventos principais desse processo é o alongamento da placa neural e do eixo do corpo pelo fenômeno da extensão convergente, por meio do qual há um movimento lateral a medial das células no plano do ectoderma e do mesoderma. Gradualmente, as pregas neurais se aproximam uma da outra na linha média, onde se fundem. Até que a fusão esteja completa, as extremidades cefálica e caudal do tubo neural se comunicam com a cavidade amniótica pelos neuróporos anterior (cranial) e posterior (caudal), respectivamente O fechamento do neuróporo cranial ocorre aproximadamente no vigésimo quinto dia (estágio de 18 a 20 somitos), enquanto o neuróporo posterior se fecha no vigésimo oitavo dia (estágio de 25 somitos).

- SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 2016.

- CARLSON, B.M. Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. 3ª edição. Elsevier. 2014.

6. D – A liberação de arilsulfatase e de histaminase pelos

eosinófilos nos locais de reação alérgica modera os efeitos potencialmente deletérios dos mediadores vasoativos inflamatórios. O eosinófilo também participa em outras respostas imunológicas e fagocita os complexos de antígeno-anticorpo.

- JUNQUEIRA, L.U.; CARNEIRO, J. Histologia básica, 12ª. Edição. Guanabara Koogan, 2013.

- ROSS, M. H., PAWLINA, W. Ross | Histologia - Texto e Atlas - Correlações com Biologia Celular e Molecular, 7ª edição. Guanabara Koogan, 2016

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Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2018 3

7. A – O osteoblasto é uma célula secretora versátil, que retém a

capacidade de divisão. Secreta tanto colágeno do tipo I (que constitui 90% da proteína no osso) quanto proteínas da matriz óssea. Fatores tanto nutricionais quanto hormonais afetam o grau de mineralização óssea. A deficiência de cálcio durante o crescimento provoca raquitismo, uma condição em que a matriz óssea não se calcifica normalmente. O raquitismo pode ser causado por quantidades insuficientes de cálcio na dieta ou por uma quantidade insuficiente de vitamina D (um pró-hormônio esteroide), necessária para a absorção do cálcio pelo intestino. Uma radiografia de criança com raquitismo avançado apresenta sintomas radiológicos clássicos: membros inferiores arqueados (curvatura para fora dos ossos longos da perna e das coxas) e tórax e crânio deformados (o crânio frequentemente exibe uma aparência “quadrada” característica). Se o raquitismo não for tratado enquanto a criança estiver ainda em fase de crescimento, as deformidades ósseas e a baixa estatura podem se tornar permanentes. Nos adultos, a mesma deficiência nutricional ou de vitaminas leva à osteomalacia. Embora o raquitismo e a osteomalacia não sejam mais problemas importantes de saúde em populações com nutrição adequada, estão dentre as doenças infantis mais frequentes em muitos países em desenvolvimento. Além de sua influência sobre a absorção intestinal de cálcio, a vitamina D também é necessária para a calcificação normal. Outras vitaminas que comprovadamente afetam o osso são as vitaminas A e C. A deficiência de vitamina A suprime o crescimento endocondral do osso, enquanto o seu excesso leva a fragilidade e fraturas subsequentes dos ossos longos. A vitamina C é essencial para a síntese de colágeno, e a sua deficiência leva ao escorbuto. A matriz óssea produzida no escorbuto não pode ser calcificada. Outra forma de mineralização óssea insuficiente observada com frequência em mulheres na pós-menopausa é a osteoporose.

- JUNQUEIRA, L.U.; CARNEIRO, J. Histologia básica, 12ª. Edição. Guanabara Koogan, 2013.

- ROSS, M. H., PAWLINA, W. Ross | Histologia - Texto e Atlas - Correlações com Biologia Celular e Molecular, 7ª edição. Guanabara Koogan, 2016

8. C – Uma redução na concentração de potássio no líquido que

banha as células excitáveis (células nervosas e musculares) aumenta o gradiente de concentração deste íon através da membrana. Como as células excitáveis são permeáveis ao potássio, a hipocalemia aumenta o efluxo (saída) de potássio das células, tornando o potencial elétrico cada vez mais negativo e distante do limiar de excitabilidade das células excitáveis. Assim, essas células necessitarão de estímulos mais intensos para gerar potenciais de ação.

- HALL, J. E. Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica. 12 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

- KOEPPEN, B. M.; STANTON, B. A. (Ed.). Berne & Levy Fisiologia. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

9. A – Na insuficiência aórtica o sangue reflui da aorta sob alta

pressão para o ventrículo esquerdo produzindo um sopro agudo, resultado da turbulência do sangue jorrando para o ventrículo esquerdo durante a diástole. No pulso verifica-se um impulso forte e com queda rápida.

- MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

10. D – O nervo glúteo superior, originado pelo plexo

lombossacral, localiza-se superiormente ao músculo piriforme (Região suprapiriforme) e inerva o músculo glúteo médio responsável pela abdução do quadril e estabilidade pélvica.

- MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Moore anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

- AUMULLER, G. Anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

- NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 7. ed. São Paulo: Artmed, 2015.

11. C – Se há uma hemorragia intensa há uma diminuição da

pressão arterial média. Nesta situação é ativado o sistema simpático que leva ao aumento da frequência cardíaca e inotropismo cardíaco, levando ao aumento do débito cardíaco.

- Douglas, C.R. - Tratado de Fisiologia Aplicada às Ciências Médicas. 6ª edição, Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2006.

- Berne & Levy - Fisiologia. 6ª edição, Elsevier. Rio de janeiro, 2009.

12. C – O quadro clínico inicial apresentado corresponde à

presença de trombo em membro inferior. A tromembolia desta localização à obstrução em vaso pulmonar, causando dispneia e dor torácica

- KUMAR,V., ABBAS,A.e Aster, J.(ed): Robbins & Cotran – Patologia- BASES PATOLÓGICAS DAS DOENÇAS- 9ª Ed.- Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

13. B – Interferon gama (IFN gama) e fagócitos não são

especializados para combater infecções virais. Células dendríticas e Interferon gama não são especializados para combater infecções virais. Fagócitos não são especializados para combater infecções virais.

- ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

14. B – As únicas doenças sexualmente transmissíveis

apresentadas que possuem vacinas disponíveis para sua imunoprofilaxia são o Condiloma acuminado e Hepatite B.

- BRASIL. Ministerio da Saude. Secretaria de Vigilancia em Saude. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atencão Integral as Pessoas com Infeccoes Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministerio da Saude, 2015. 120p.

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4 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2018

15. D – As meningites bacterianas podem ser diferenciadas do

ponto de vista laboratorial por análise citológica, bioquímica de bacteriológica. As principais diferenças destas análises podem ser observadas na tabela abaixo.

Tabela - Parâmetros que auxiliam na interpretação da cultura do líquido cefalorraquidiano (líquor)

Parâmetros que auxiliam na interpretação da cultura do

líquido cefalorraquidiano (líquor)

Meningi-tes

Leucócitos (mm3)

Células predominantes

Glicose Lactato

Virais 0-500 Mononucleares (em 20 a 75%

dos casos)

Normal Normal

Bacteria-nas

>500 Polimorfonuclea-res

Diminuída Aumentado

Fúngicas ou causa-das por micro-bactérias

Até 500 Perfil misto Normal ou diminuída

Aumentado

Os parâmetros normais do Líquido Cefalorraquidiano são: zero a quatro leucócitos/mm3, ausência de celularidade ou raríssimos linfócitos, dosagem de glicose igual a 2/3 da glicemia e até 20mg/dL de lactato. Nem sempre a análise microbiológica do líquido cefalorraquidiano permite caracterizar o micro-organismo envolvido, isto porque algumas bactérias são de difícil isolamento. Assim, em alguns casos é possível determinar por análise citológica e bioquímica que a doença é de origem bacteriana, mas não é possível determinar gênero e espécie da bactéria envolvida. Nestes casos, define-se que a meningite é de origem indeterminada. As meningites são consideradas doenças de elevada morbidade e mortalidade atualmente e as principais bactérias causadoras de meningites em crianças (menores de 10 anos) são: Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae e Haemoplilus influenzae sorotipo b. Entretanto, temos observado relativas alterações na epidemiologia das meningites bacterianas agudas devido à vacinação contra Hib e introdução de vacinas polivalentes contra Streptococcus pneumoniae, as quais estão disponíveis atualmente para população brasileira.

- TRABULSI, L. R. ALTHERTUM, F. Microbiologia. 5.ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2008.

- TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia.12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

16. A – A gestante não teve contato ainda com toxoplasma

gondii, porém está sob risco de contaminação e deve ser orientada sobre medidas de contaminação.

- Neves DP. Parasitologia Humana, 12ª Edição, Ed. Atheneu, 2011

17. D – A inflamação crônica granulomatosa caracteriza-se

morfologicamente pelo acúmulo de macrófagos. Na tuberculose os macrófagos aparecem como células epitelióides e células gigantes. A necrose caseosa é característica da lesão da tuberculose.

- KUMAR,V., ABBAS,A.e Aster, J.(ed): Robbins & Cotran – Patologia- BASES PATOLÓGICAS DAS DOENÇAS- 9ª Ed.- Rio de Janeiro: Elsevier, 2016 .

18. B – O vírus da Herpes, um DNA vírus, descrito no

diagnóstico do enunciado só é sensível ao aciclovir um inibidor da DNA polimerase.

- Farmacologia ( Rang H.P., Dale M.M. 8 ed. 2016.

19. A – O efeito antidopaminérgicos dos neurolépticos deve ser

conhecido, pois a grande maioria dos efeitos colaterais causada por este grupo de fármacos advém da sua farmacodinâmica.

- Farmacologia Rang H

20. C – Hemofilia é o termo comumente atribuído a diversas

afecções genéticas que incapacitam o corpo de controlar sangramentos, uma incapacidade conhecida tecnicamente como diátese hemorrágica.

Deficiências genéticas e um distúrbio autoimune raro podem causar a diminuição da atividade dos fatores de coagulação do plasma sanguíneo, de modo que comprometem a coagulação sanguínea; logo, quando um vaso sanguíneo é danificado, um coágulo não se forma e o vaso continua a sangrar por um período excessivo de tempo. O sangramento pode ser externo, se a pele é danificada por um corte ou abrasão, ou pode ser interno, em músculos, articulações ou órgãos.

O diagnóstico correto é fundamental para a definição das estratégias de tratamento sendo a correspondência etiológica a que se segue: na hemofilia A há a deficiência do fator de coagulação VIII, enquanto na hemofilia B há a deficiência do fator de coagulação IX e na hemofilia C, do fator de coagulação XI.

Na doença de von Willebrand pode ocorrer também uma diminuição do fator VIII, em função da deficiência do fator de von Willebrand que se agrega ao fator VIII. Esta coagulopatia pode ser adquirida, quando relacionada a outras patologias como doenças linfóides, mieloma múltiplo, macroglobulinemia, doenças mieloproliferativas, alguns tumores e algumas doenças autoimunes.

As hemofilias A e B seguem padrão de herança recessiva ligada ao sexo, enquanto a doença de von Willebrand segue padrão autossômico recessivo.

A eritroblastose é doença hemolítica que afeta indivíduos com fenótipo eritrocitário positivo para o fator Rh, e está relacionada à presença de anticorpos anti Rh recebidos por via placentária, produzido por gestantes previamente imunizadas numa gestação anterior de feto com fenótipo eritrocitário positivo para o fator Rh

A anemia falciforme refere-se a uma alteração na estrutura primária e terciária da cadeia beta da hemoglobina, que se agrega deformando os eritrócitos quando expostos a baixas concentrações de oxigênio.

- PINTÃO, M.C.T. & GARCIA, A.A. - Tratamento de distúrbios hemostáticos em urgência médica. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 439-445, abr./dez. 2003.

- REZENDE, S.M. - Distúrbios da hemostasia: doenças hemorrágicas. Rev Med Minas Gerais. 20(4): 534-553, 2010.

- RIZZATTI, E.G. & FRANCO, R.F. - Investigação diagnóstica dos distúrbios hemorrágicos. Medicina, Ribeirão Preto, 34: 238-247, jul/dez. 2001.

21. D – Pacientes da raça negra não apresentam boa resposta

terapêutica com uso de IECA e Antagonistas da Angiotensina II e o Beta bloqueador não é considerado como primeira opção no tratamento de HAS. Já o Bloqueador do canal de cálcio seria (juntamente com diurético tiazídico) a primeira opção para tratamento de HAS em negros.

- Ministério da Saúde, Cadernos de Atenção Básica, Hipertensão Arterial Sistêmica, 2013.

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Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2018 5

22. B – Comentários: Na forma Tuberculóide o teste de Mitsuda

é positivo por apresentar melhor resposta da imunidade celular. Na forma Virchoviana, a baciloscopia é sempre positiva e não há cura espontânea. Na forma Dimorfa, observa-se instabilidade imunológica com apresentações clínicas variáveis e na forma Indeterminada há raros bacilos e melhor prognóstico quando a Hanseníase é diagnosticada nesta fase, impedindo a evolução para as demais formas.

- Guia de controle da Hanseníase do Ministério da Saúde, 2015 ; livro texto Dermatologia (Sampaio e colaboradores)

23. D – Previsão do Art. 21, inciso II, alínea b, da Lei nº 8.213/91:

Equipara-se a acidente de trabalho, para efeitos dessa lei:

[...]

- o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário de trabalho, em consequência de:

[...]

- ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho.

- Casa Civil - Lei nº 8.213/91 – 24/07/1991 – Planos e Benefícios da Previdência Social

24. D – A incapacidade temporária para o exercício das

atividades habituais, em regra, enseja direito ao pagamento do auxílio doença, conforme dispõe o Art.59, da Lei nº 8.213/91:

O auxílio doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.

- Casa Civil - Lei nº 8.213/91 – 24/07/1991 – Planos e Benefícios da Previdência Social

25. B – A terapia de reposição de nicotina (TRN), a bupropiona e

a vareniclina são consideradas de 1ª linha, enquanto que a nortriptilina e a clonidina são os fármacos de 2ª linha no tratamento.

- SBPT, Diretrizes para cessação do tabagismo, 2008.

- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: o cuidado da pessoa tabagista / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 154 p. : il. (Cadernos da Atenção Básica, n. 40)

26. C – O tripé constituinte de uma RAS é o seu (1) modelo de

atenção, visando a integralidade do cuidado em saúde; (2) ter estrutura administrativa e gerencial, transporte sanitário, comunicação informatizada entre os serviços da rede, insumos médico-hospitalares etc; (3) diagnósticos sócio-demográfico, epidemiológico e condições de vida da população-alvo.

- Mendes, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde. Ciência & Saúde Coletiva. 15(5):2297-2305,2010.

27. A – Universalização: a saúde é um direito de cidadania de

todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais.

- POLÍTICAS E SISTEMAS DE SAÚDE NO BRASIL. Giovanella L, Escorel S, Lobato, LVC, Noronha JC, Carvalho AI, organizadores. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz/Centro Brasileiro de Estudos de Saúde; 2012. 1100p.

- BRASIL. Constituição (1988). Constituição Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292p.

28. B – Os estudos de Coorte caracterizam-se por seguimento

dos sujeitos de pesquisa alocados em grupos de expostos e não expostos a determinado fator de estudo com o objetivo de verificar a incidência de um desfecho. Dessa forma, são os estudos mais indicados para se avaliar riscos.

- Rouquayrol, MZ. Epidemiologia e Saúde. Editora: Artes Médicas; 7 ed. 2013.

- Bonita, R. R. Beaglehole, T. Kjellström. Epidemiologia básica - 2.ed. - São Paulo, Santos. 2010.

29. A – O Ministério da Saúde recomenda 2 doses da Tríplice

viral (20 a 29 anos), 1 dose Tríplice viral (30 a 49 anos).

- Rouquayrol MZ, Gurgel M. Epidemiologia & Saúde.Rio de Janeiro. Medbook: 2017.

- MS - Ministério da Saúde: Calendário de Vacinação 2018. Brasília, 1990.

- MS - Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014

30. B – Para cálculo da mortalidade perinatal considera-se os

óbitos no período gestacional de 20 semanas até o período neonatal precoce (7dias após o nascimento)

- Rouquayrol MZ, Gurgel M. Epidemiologia & Saúde, Rio de Janeiro. Medbook: 2013.

31. D – As características de exantema maculopapular e erupção

cutânea pápulo-vesicular identificam as doenças sarampo e varicela.

- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. Volume único. 2ª ed. Brasília, 2017.

32. B – Para compararmos o risco de ocorrência de doenças

entre populações usamos, dessa forma, o coeficiente de incidência, pois este estima o risco de novos casos da doença em uma população.

- Rouquayrol MZ, Gurgel M. Epidemiologia & Saúde..Rio de Janeiro. Medbook: 2013.

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6 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2018

33. D – Antes da criação do SUS, a assistência médica

especializada e hospitalar (CAPS, IAPS, INPS e INAMPS) era restrita aos trabalhadores que exerciam atividade remunerada, sendo estendida no final do período da Ditadura Militar aos trabalhadores rurais. Esse modelo de atenção à saúde era centrado na doença e em procedimentos, sendo de baixa qualidade e alto custo, culminando com a falência do INAMPS.

Nesse período negro da história da saúde brasileira, existia um verdadeiro “apartheid”: grupo de pessoas com acesso a saude especializada e hospitalar, cobertos pelo sistema previdenciário; e grupos de pessoas sem cobertura da Previdência (maior parte da população), com acesso apenas a serviços de baixa qualidade de postos de saúde, campanhas e serviços de caridade.

34. A – Segundo a Lei 8142/90 os Conselhos de Saúde terão

que ter 50% de representatividade da gestão e 50% dos usuários do SUS. Dos 50% da gestão incluem-se, trabalhadores da saúde, gestores de saúde e estabelecimentos de saúde.

35. C – TI = 200 casos de dengue / 500 habitantes X 100 = 40%

- ROUQUAYROL, Zélia; GURGEL, Marcelo. Epidemiologia e Saúde. 8ª ed. Rio de Janeiro: Medbook Editora Científica LTDA, 2018. 752 p.

- JEKEL, James; KATZ, David; ELMORE, Joann. Epidemiologia, Bioestatística e medicina Preventiva. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 432 p.

- MEDRONHO, Roberto A... [et al]. Epidemiologia. 2ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2009. 685 p.

36. D – O Código de Ética Médica estabelece no Capítulo X –

Documentos Medicos, Artigo 88, que e vedado ao medico “Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros.”

- Código de Ética Médica: Código de Processo Ético Profissional, Conselhos de Medicina, Direitos dos Pacientes. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, 2013. 96 p.

37. B – Taxa de ataque: casos da doença dividido pela

população exposta ao risco, neste caso: 20/500= 0,04X100= 4%.

Taxa de mortalidade: número de óbitos dividido pela população, neste caso 5/500=0,01X100= 1%.

Taxa de letalidade: número de mortes pela doença dividido pelo número de doentes, neste caso: 5/20=0,25X100=25%.

- LIMA, J.R.C; PORDEUS A.M.J; ROUQUAYROL, M.Z. Medida de Saúde Coletiva. In: ROUQUAYROL, M. Z.; GURGEL, M. Epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2013. Cap.3, p.617-721.

38. A – Trata-se de um estudo de coorte onde a situação dos

participantes quanto a exposição de interesse (consumo regular de álcool) determina a seleção para o estudo, ou seja, os indivíduos são classificados com base na exposição ao fator de interesse. Estes indivíduos são acompanhados ao longo do tempo (estudo longitudinal) para avaliar a incidência de doença ou desfecho de interesse (no caso pancreatite).

Risco relativo é uma medida de associação para estudos de coorte. RR: Incidência em expostos (60/1000) dividido pela Incidência em não expostos (10/400)= 2,4.

Risco atribuível sinaliza a parcela de risco a que está exposto um grupo da população, que pode ser atribuído somente ao fator estudado. O RA é a diferença entre a proporção de incidência do grupo de expostos em relação ao grupo não exposto. Neste caso: 60/1000 – 10/40= 0,035 X100= 3,5%.

- LOPES, M.V.O. Desenhos de Pesquisa em Epidemiologia. In: ROUQUAYROL, M. Z.GURGEL, M. Epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2013. Cap. 6, p.121-132.

- LOPES, M.V.O; LIMA, J.R.C. Análise de Dados Epidemiológicos. In: ROUQUAYROL, M. Z.GURGEL, M. Epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2013. Cap. 7, p.133-147.

39. C – NNT= 1/RRA (número necessário para tratar)

RRA= R expostos - R não expostos = 375/1500 – 435/1500=0.04

NNT= 1/0.04= 25

- FLETCHER, R. H.; FLETCHER, S. W. EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA: ELEMENTOS ESSENCIAIS. 5. ED. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2014.

40. B – A forma de J invertido ou tipo L caracteriza a curva do

Tipo II, que equivale a um nível de saúde baixo, onde a proporção de óbito de mais de 50 anos está abaixo de 20% e é altíssima a proporção (quase 50%) de óbitos de menores de 1 ano.

- Medronho, RA. et al. Epidemiologia. São Paulo: Editora Ateneu, 2009

- Rouquairol, M.Z. et al.; Epidemiologia e Saúde; 7ª ed. Rio de Janeiro, MEDSI. 2013.

QUESTÕES DE 41 A 43:

41. A – A sífilis é a única resposta possível, visto que não há

relato de manisfestações clínicas compatíveis com meningite. Endometriose e papilomavírus não estão relacionadas clinicamente ao caso.

42. D – Em casos suspeitos de doença meningocócica ou

meningite, é imperativo iniciar precocemente a terapia antimicrobiana pelo risco à vida, neste caso conforme relatado existe a possibilidade.

43. C – Neste caso a única possibilidade é o herpes, visto que as

outras alternativas são doenças não existentes e até por que não há imunocompromentimento, neste caso.

- Tratado de Hepatites Virais – Roberto Focaccia – Editora Atheneu

- Doenças Sexualmente Transmissíveis – Walter Belda Junior - Editora Atheneu

- Tratado de Infectologia - Roberto Focaccia – Editora Atheneu

- Boletim Epidemiológico de DST AIDS – Ministério da Saúde

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Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2018 7

44. C – Quadro compatível com pneumonia adquirida na

comunidade pelo quadro agudo de tosse, expectoração, dor torácica e alteração radiográfica, sem historia de internação. Aplicado indicador prognóstico CURB-65 obtém-se valor igual a zero o que corrobora a intenção de tratamento ambulatorial uma vez que não há condições socioeconômicas, comorbidades, hipoxemia ou outras indicações de internação. Varias opções de tratamento são possíveis nesse caso, mas dentre as alternativas apenas a letra A traz a opção de tratamento ambulatorial. Macrolídeo pode ser usado como droga única em pneumonias menos graves.

- Kasper, D. et al. Medicina Interna de Harrison. 19 edicao. 2016. Artmed

- Correa, R. A et al. Diretrizes Brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes. J Bras Pneumol. 2009; 35 (6): 574-601.

- Porto, C. C. e Porto, A. L. Clínica Médica na Pratica Diária. 2015. guanabara Koogan.

- Diretrizes brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes – 2009 – J Bras Pneumol. 2009;35(6):574-601;

45. D – A exacerbação da asma pode ser causada por: infecções

virais, exposição a alérgenos ou ocupacional, poluição ambiental ou falta de manutenção do controle da asma.

No caso descrito podemos considerar uma exacerbação para asma grave, sendo indicado o tratamento:

- Beta 2 agonista inalatório

- Ipratrópio

- Corticosteróide

- Oxigênio se houver hipoxemia

O uso de metilxantinas pode ser efetuado, mas como a dose terapêutica é próxima a dose tóxica, opta-se por não utiliza-la de rotina.

- Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo de Asma- 2012

- Griffits B, Ducharme FM. Combined inhaled anticholnergics and short-acting beta2-agonists for initial treatment of acute asthma in children. Cochrane Database Syst Ver 2013;8:CD000060.

- Fernandes, A. L. G, Santos, M.A. C. da S. S, Salibe Filho, W. Atualização e Reciclagem em Pneumologia SPPT, Asma, Vol. 15, 2018, Atheneu.

www.comperve.ufrn.br › Concursos › Residência Medica 2007

46. C – Nos pacientes com DPOC exacerbado a oxigenioterapia

deve ser titulada para manter uma SatO2 de 88-92%. Deve-se observar presença de acidose e hipercapnia, principalmente nos pacientes com alterações no nível de consciência e arritmias.

A antibioticoterapia esta indicada para pacientes com exacerbação pulmonar associada a presença de sintomas de piora da purulência da secreção, piora da dispneia e aumento da quantidade da secreção.

A ventilação não invasiva VNI é indicada nos casos de DPOC exacerbado. A ventilação invasiva só estará indicada nas seguintes situações:

- intolerância a VNI

- não resposta a VNI

- rebaixamento do nível de consciência ou agitação psicomotora

- Instabilidade hemodinâmica

- Hipoxemia refratária a VNI

A espirometria é exame utilizado para avaliação diagnóstica DPOC, determinar a limitação do fluxo aéreo, na avaliação da resposta ao tratamento. Não está indicada nos pacientes com exacerbação da doença.

- Fernandes, F. L. A., Castellano, M.V. C. de O., Romaldini, J.G.B. Atualização e Reciclagem em Pneumologia SPPT, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e tabagismo, Vol. 8, 2015, Atheneu.

- Wedzicha J.A, Singh R, Mackay A. J. Acute COPD exarcebations. Clin Chest Med (Internet) . Elsevier. Inc; 2014 Mar (cited 2014 dec 6); 35 (1): 157-63. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gow/pubmed/24507843

GOLD 2017 Global Strategy for the Diagnosis, Management and Prevention of COPD

47. A – As caracteristicas descritas da lesão definem um CBC

como os bordos perolados e as telangiectasias. Não há indicação de eletrocoagulação, o tratamento inclui excisão cirurgica, não sendo indicado eletrocoagulação. Há bom prognostico porque raramente causa metástase.

- Sampaio e Rivitti. Dermatologia. 4 edição. 2018. Artes Medicas.

- Bolognia, J. et al. Dermatologia. 2 edição. 2010. Elsevier

- Belda Junior, W. Dermatologia. 3 edição. 2018. Atheneu

48. A – Trata-se de um quadro de erisipela, uma infecção aguda

da derme, com importante comprometimento linfático. Natureza predominantemente estreptocócica, mas pode ser estafilocócica. Início após perda da barreira cutânea como pós traumática, tinea e insuficiência venosa. O período de incubação é de poucos dias. O diagnóstico é clínico e deve ser diferenciado de trombose venosa profunda e tromboflebite. Por ser uma infecção profunda da pele, causa sintomas sistêmicos, sendo necessário o uso de antibioticoterapia sistêmica. Antibioticoterapia tópica não basta.

Tratamento com antibioticoterapia sistêmica, podendo ser utilizado: penicilina, cefalosporina, ampicilina, eritromicina, entre outros. Se possível, devemos colher cultura para identificação do agente infeccioso. Não se trata de eczema de contato, pois há sinais flogísticos e não lesões eczematosas. Daí não haver indicação de corticoterapia.

- Dermatologia/Azulay, 6° ed., 2015.

- S.A.P.; RIVITTI, E.A. Dermatologia. 3. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2008. 1600p

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8 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2018

49. B – A alternativa correta é a A pois a deficiência de B12

leva a anemia macrocitica (Hb = 6,0 e VCM = 132 fl), leucopenia e

plaquetopenia. Provoca emagrecimento, parestesias em mmii e glossite (ardor na língua). A deficiência de folato não leva a parestesias. O tratamento é feito com injeções intramusculares.

- Zago MA, Falcão RP, Pasquini R. Hematologia: fundamentos e prática. 1st ed. São Paulo: Atheneu;2004; 198-208

- Hoffbrand. Fundamentos em Hematologia. Artmed. 2017

50. D – A paciente tem histórico de abortamentos e tromboses

com TEP no momento atual. Deverá ser anticoagulada com enoxiparina na dose de 1 mg/kg 2 x ao dia e depois warfarina até atingir INR entre 2 e 3 para substituir o medicamento injetável.

- Zago MA, Falcão RP, Pasquini R. Hematologia: fundamentos e prática. 1st ed. São Paulo: Atheneu;2004; 894

- Hoffbrand. Fundamentos em Hematologia. Artmed. 2017

51. A – A Diretriz Brasileira de 2005 (Arquivos Brasileiros de

Cardiologia - Volume 84, Suplemento I, Abril 2005) diz que para o diagnóstico de síndrome metabólica são necessários contemplar 3 dos 5 critérios a seguir:

1) obesidade central (circunferência abdominal maior que 88 cm para mulheres; maior que 102 cm para homens);

2) hipertensão arterial (maior que 130 mmHg - sistólica ou maior que 85mmHg -diastólica);

3) glicemia jejum maior que 110 OU diabetes mellitus;

4) triglicérides maior que 150;

5) HDL colesterol: menor que 50 em mulheres; menor que 40 em homens.

52. B – O tratamento do hipotireoidismo em paciente idoso, com

mais de 60 anos, hipertenso, a reposição deve ser iniciada com doses baixas de levotiroxina 12,5 a 25 mcg/dia e o ajuste deve ser lento, a cada 15 a 30 dias, buscando alcançar níveis de TSH no limite superior da normalidade, isso, porque fisiologicamente os níveis de TSH se elevam com a idade.

- Vilar, Lucio, Endocrinologia Clínica. 4 Edição, Capítulo 23, pag 291 – 301;

- Kasperet al. Medicina interna de Harrisson, 19ª. Ed, vol 2, 2017. AMGH Editora.

53. C – A hipoglicemia grave deve ser suspeitada na presença

de alteração do nível de consciência aguda, confusão mental ou crise convulsiva. A glibenclamida é um secretagogo e por isso pode levar a hipoglicemia no paciente idoso.

- Kasperet al. Medicina interna de Harrisson, 19ª. Ed, vol 2, 2017. AMGH Editora, cap 420, p2430-2435.

54. C – A gota se caracteriza por artrite aguda episódica ou

crônica pela deposição de cristais de urato molnossodico principalmente. O tratamento na fase aguda deve ser feito com anti-inflamatórios, tais como AINE, colchicina ou glicocorticóide. O alopurinol não deve ser iniciado durante a crise.

- Kasperet al. Medicina interna de Harrisson, 19ª. Ed, vol 2, 2017. AMGH Editora, cap 395, p2233-2235.

55. A – A OMS define osteoporose como queda em 2,5 desvios-

padrão abaixo da média para adultos jovens sadios do mesmo sexo, também denominado como escore T de -2,5. O bifosfonado é utilizado como terapia.

- Kasperet al. Medicina interna de Harrisson, 19ª. Ed, vol 2, 2017. AMGH Editora, cap 425, p2488-2499.

56. B – A idade é fator de risco proponderante, sendo 90% dos

casos diagnnosticados após os 50 anos, e tende a aumentar conforme o avanção da faixa etária. O risco relativo de pessoas entre 80 e 84 anos terem câncer colorretal é sete vezes maior da população de 50 a 54 aons.

Os sintoma do câncer colorretal (CCR) dependem do tamanho e localização. Lesões do colon proximal crescem bem mais daqueles do distal e principalmente do reto, antes de manifestarem-se.

O CCR cresce lentamente e pode estar presente tanto quanto 05 anos antes dos sintomas aparecerem. Pessoas “assintomáticas” com câncer frequentemente tem sangramento oculto de seus tumores, e a taxa de sangramento aumenta com o tamanho do tumaor e grau de ulceração. Daí anemia a esclarecer é obrigatória para investigação de diagnostico diferencial na dependência da idade mesmo em pacientes assintomáticos do trato gastrointestinal.

Além da anemia e idade, sintoma de alteração do hábito intestinal, seja obstipação e/ou diarréia e mesmo alternados. Esta última manifestação, embora não seja comum, ocorre quando pela obstipação alternar com uma maior frequência de defecação, à medida que pequenas quantidades de fezes retidas se movem para além da lesão obstrutiva.

Outra queixa comum é a perda ponderal tanto pela inapetencia induzida pelo cancer como pelo estado catobólico que o acompanha.

A colonoscopia é exame recomendada para detectar a presença de lesões sincrônicas benignas e malignas. Evidências recentes sugerem que a colonoscopia tem papel fundamental na avaliação, já que carinomas sincrônicos chegam à 7% dos casos, e a colonoscopia pode alterar o procedimento cirúrgico em até um terço dos pacientes.

A retocolite ulcerativa é incomum iniciar nesta idade, embora haja casos, mas o sangramento é visível e persistente ao longo do tempo das queixas, caracterizando a hematoquezia, além da falta de queixas tipicamente das afecções anorretais como puxo e tenesmo. O toque retal, parte obrigatória do exame físico, também auxiliaria com alterações da mucosa.

O câncer retal – explicado anteriormente como originario da parte distal do colon – daria sintomas mais precoce predominando queixas como dificuldade de evacuação, puxo e tenesmo que faltam nesta história além da ausência ao toque retal - cujo procedimento como parte do exame físico – constata a maioria das lesões nesta área e faz diagnóstico desta doença. O exame a ser realizado nesta situação de suspeita de câncer retal é a retossigmoidoscopia pela praticidade e assertividade, todavia a realização da colonoscopia é peremptória pelas razões alencadas acima.

A angiodisplasia é causa de hematoquezia, todavia é por surtos e não de comportamento persistente, sendo a perda ponderal incomum e não altera hábito intestinal.

- Tratado de Gastroenterologia: da graduação à pós-graduação. Zaterka e Eisig. Capítulo 77. Páginas 899-908. 2ª Edição. Atheneu.

- Doença Gastrointestinal e Hepática. Sleisenger e Fordtran. Capítulo 123. Câncer Colorretal. Páginas 2191-2238. 9º Edição. Saunders Elsevier.

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Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2018 9

57. D – Quando há múltiplos fatores de risco para doença

coronariana (sedentário, dislipidêmico, diabético, tabagista), dor torácica sugestiva de angina com início recente e sinais de gravidade no exame físico, considera-se o diagnóstico de angina instável de alto risco, com necessidade de conduta imediata, com internação, medidas para síndrome coronariana aguda e cateterismo cardíaco o mais breve possível (24 a 48 horas). Esse diagnóstico, bem como a conduta inicial não depende de alterações eletrocardiográficas e de marcadores bioquímicos de lesão miocárdica. Deve-se iniciar o tratamento com antitrombóticos e estatinas, e dependendo dos marcadores de injúria miocárdica, realizar um cateterismo precoce.

- Braunwald – Tratado de Doenças Cardiovasculares – 2 volumes – 10ª. Edição 2017 – Eugene Braunwald, Douglas P Zipes, Roberto Bonow;

- Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST (II edição 2007) – Atualização 2013/2014. Arq Bras cardiol 2014: 102 (Supl. 1):1 -61;

- Tratado de Cardiologia SOCESP - 3ª edição. Fernando Nobre, Carlos C Magalhães, Carlos V Serrano Jr, Fernanda C Colombo, Francisco F H Fonseca, João Fernando M Ferreira, Ed Manole, São Paulo, 2015.

- Diretrizes de IAM com supradesnivelamento de Segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

58. B – A tríade clássica de sintomas da estenose valvar aórtica

grave é intolerância gradual aos esforços, dor torácica e síncope devido ao baixo débito sistêmico imposto pela obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo. Ao exame físico os pulsos estão finos e simétricos também corroboram o baixo débito sistêmico, com baixas pressões e reduzidos volumes em territórios arteriais. Além disso o sopro sistólico rude em foco aórtico precisa ser correlacionado com a estenose valvar aórtica. Devemos solicitar um ecocardiograma para avaliar a gravidade e a área valvar.

- Braunwald – Tratado de Doenças Cardiovasculares – 2 volumes – 10ª. Edição 2017 – Eugene Braunwald, Douglas P Zipes, Roberto Bonow;

- Diretriz Brasileira de Valvopatias – SBC 2011 / I Diretriz Interamericana de Valvopatias – SIAC 2011 (Arq Bras Cardiol 2011; 97 (5) supl 1 : 1 – 67;

- Tratado de Cardiologia SOCESP - 3ª edição. Fernando Nobre, Carlos C Magalhães, Carlos V Serrano Jr, Fernanda C Colombo, Francisco F H Fonseca, João Fernando M Ferreira, Ed Manole, São Paulo, 2015.

- Diretrizes de IAM com supradesnivelamento de Segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

59. C – Crise ansiosa com aceleração da frequência cardíaca,

sudorese, sensação de morte, com exames normais, configura transtorno de pânico. A resposta com o uso de clonazepan corrobora tal diagnóstico. A diferença para transtorno de ansiedade generalizada é a sensação de morte iminente presente na hora da crise. Os exames estão normais descartando hipótese de alterações cardiovasculares. O transtorno dissociativo tem o componente emocional diferenciado, mais teatral e com a sensação de morte não tão catastrófica quanto a que apresentam os pacientes em pânico.

- Sadock Bj, Sadock, VA. Kaplan e Sadock: compêndio de Psiquiatria. 9 ed. Porto Alegre: Artemed; 2007.

60. A

(A) - O caso clínico apresentado é compatível a uma síndrome nefrítica a qual é caracterizado por oligúria, hipertensão arterial, hematúria de origem glomerular (presença de dismorfismo eritrocitário e/ou cilindros hemáticos) e edema. Dentro deste contexto, a provável etiologia é a glomerulonefrite pós-infecciosa, em que normalmente a síndrome nefrítica se manifesta após um período de incubação que varia de 1-4 semanas após um quadro infeccioso cujo principal germe nas crianças e adolescentes é o streptococo beta-hemolítico do grupo A. Ocorre ativação do sistema complemento com consumo preferencial pela via alternativa (diminuição de C3) podendo cursar com níveis variáveis de proteinúria (normalmente níveis subnefróticos < 3,5 g/24hs) e alteração de função renal (elevação de creatinina sérica, ureia sérica). Evolução costuma ser auto-limitada com bom prognóstico e o tratamento é direcionado a infecção.

(B) - A síndrome nefrótica é caracterizada por proteinúria > 3,5 g/24 horas e hipoalbuminemia (albumina sérica < 3,5 mg/dL), podendo ser acompanhada de dislipidemia e edema. Fato não observado no caso clínico.

(C) - Apesar da nefropatia da IgA poder cursar com síndrome nefrítica, a apresentação clássica desta entidade é a presença de hematúria microscópica persistente ou hematúria macroscópica intermitente que acompanha por anos a criança. Apesar da síndrome nefrítica surgir após um quadro infeccioso o qual normalmente é uma faringite, a mesma não ativa a via alternativa do complemento (C3 normal).

(D) SÍNDROME NEFRÓTICA POR NEFROPATIA MEMBRANOSA. ERRADA. A síndrome nefrótica é caracterizada por proteinúria > 3,5 g/24 horas e hipoalbuminemia (albumina sérica < 3,5 mg/dL), podendo ser acompanhada de dislipidemia e edema. Fato não observado no caso clínico.

- Sethi S, Vriese AD, Fervenza FC. GLOMERULAR DISEASES. In: Benjamin IJ, Griggs RC, Wing EJ, Fitz G. CECIL ESSENTIALS OF MEDICINE. 9 ed. Philadelphia: Elsevier Saunders; 2016. P. 314-328.

61. C – (A) disparidade no pulso e PA entre os braços e pernas,

fraqueza e ou dor nas pernas após exercícios

(B) é excluída pela ausência de ganho ponderal e de fácies cushingóide

(C) pacientes com feocromocitoma apresentam hipertensão persistente, cefaleia,palpitações, tontura e dor abdominal. Nos casos graves pode haver edema pulmonar, cardiomegalia e hepatomegalia.

(D) elevação acentuada da PA e piora dos sintomas durante exercicio falam contra

- Tratado de Pediatria - SBP 3ª edição

62. A – O diagnóstico correto é dermatite atópica, pelos critérios

diagnósticos maiores de dermatite crônica recidivante, prurido cutâneo e lesões em superfícies extensoras em crianças.

Impetigo: lesão papulo eritematosa com crosta melicerica

Urticaria crônica espontânea: Placas urticariformes edematosas, eritematosas que duram mais de 6 semanas

Dermatite de contato: lesões papulo vesiculares localizadas

Desidrose palmoplantar: lesões vesiculares predominantemente em palmas das mãos e planta dos pés.

- TRATADO DE PEDIATRIA-SBP. 3ª ED. 2014 SECÇAO 10- ALERGIA E IMUNOLOGIA

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10 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2018

63. A – A ventilação com pressão positiva é a manobra mais

efetiva durante a reanimação neonatal para o reestabelecimento da ventilação. Os neonatos reanimados com FiO2 a 40% ou mais levam maior tempo para reiniciar a respiração espontânea que os reanimados em ar ambiente. O excesso de oxigênio contribui com a formação de radicais livres de oxigênio potencializando a lesão hipóxico-isquemica.

- 2015 american Heart association guideline Update for cardiopulmonary Ressuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Download from http://circ.ahajournals.org/ by guest on October 17,2015 Reanmação do recém nascido>34semanas em sala de parto: diretrizes 2016 da sociedade brasileira de pediatria. Jan 2016

64. D – é um caso típico de icterícia fisiológica ou própria do RN.

Não há incompatibilidade ABO nem Rh (coombs negativo). Icterícia tardia, leve e às custas de bilirrubina indireta.

- Hiperbilirrubinemia Neonatal. Cloherty, 2015. Manual de Neonatologia.

65. B – Faz parte dos critérios para Artrite reumatoide 4 desses 7

critérios: rigidez matinal, artrite de 3 ou mais articulações, artrite das articulações das mãos ou punho, artrite simétrica, nódulos reumatóides subcutâneos, fator reumatoide positivo e alterações radiográficas.

- WHITE P.H. Juvenil Chronic Arthritis-Clinical features. In: Reumathology. 2th ed. JH Klippel, PA Dieppe (eds). Mosby, 1998; sec 5 18.1-5.

66. C – Trata-se de provável meningite meningocócica (quadro

clínico e bacterioscopia com diplococo Gram negativo. A quimioprofilaxia está indicada para os contatos íntimos de casos suspeitos de doença meningocócica. O antibiótico de escolha para a quimioprofilaxia é a rifampicina, que deve ser administrada a cada 12 horas por dois dias, preferencialmente até 48 horas da exposição à fonte de infecção (doente), considerando o prazo de transmissibilidade e o período de incubação da doença.

- Guia de Vigilância em Saúde, MINISTÉRIO DA SAÚDE

- Secretaria de Vigilância em Saúde Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços - 2a edição- Brasília, 2017

- FARHAT, CK., MARQUES, SR. Doença Meningocócica In: Infectologia pediátrica.3 ed.São Paulo : Ed Atheneu, 2007, v.34, p. 413-430.

67. A – O atendimento inicial da criança politraumatizada

obedece a sequência ABCDE, segundo rotina do Suporte Avançado de Vida em Pediatria (PALS) e Suporte de Vida em Traumatismo (ATLS), a saber:

A (airway) via aérea.

B (breathing) respiração.

C (circulation) circulação.

D (disability) avaliação neurológica.

E (exposure and environmental control) exposição e prevenção da hipotermia; portanto, o primeiro objetivo é estabelecer uma via aérea pérvia para oferecer oxigenação adequada. A causa mais comum de parada cardáica em criança é a incapacidade de se estabelecer e/ou manter uma via aérea pérvia, o que leva à hipóxia

- Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica (do Curso de Atualização em Medicina Intensiva Pediátrica - CAMIP) Biênio 2016/2017.

68. D – O traumatismo craniano é motivo de frequente busca ao

serviço de emergência na infância. O mecanismo de trauma e a sintomatologia neurológica devem nortear a conduta terapêutica e o uso do RX de crânio tem pouca sensibilidade e o exame de eleição quando indicado é a tomografia computadorizada

- 1. Jornal de pediatria. 2002. 78 (Supl.1): S40-S47. Conduta frente à criança com traumatismo craneano . Lohr, Alfredo Junior

- 2.Lancet. 2009 Oct 3;374(9696):1160-70. Identification of children at very low risk of clinically-important brain injuries after head trauma: a prospective cohort study. Kuppermann N, et. Col. Pediatric Emergency Care Applied Research Network

(PECARN).

69. C – A diarreia persistente caracteriza-se por uma diarreia

com duração superior a 14 dias e se origina a partir de uma diarreia infecciosa, geralmente por Rotavirus, que pode levar a quadro respiratório (como no enunciado). A partir da invasão do enterócito do intestino delgado pelo vírus, com destruição da borda em escova da mucosa intestinal, ocorre a diminuição da produção de lactase e consequente intolerância à lactose.

- Diarreia persistente. Jacy A.B. Andrade, Célia Moreira, Ulysses Fagundes-Neto. Jornal de Pediatria - Vol. 76, Supl.2, 2000 S119-26

70. B – A Síndrome de West é caracterizada pela tríade de

atraso/regressão no desenvolvimento neuropsicomotor, espasmos epilépticos e hipsarritmia no traçado eletroencefalográfico. Os espasmos epilépticos, também chamados de espasmos infantis, é caracterizado por serem semelhantes a um susto, com flexão dos membros superiores e da cabeça.

- DIAMENT, A & CYPEL S. Neurologia Infantil. 5a. Ed. – São Paulo, Atheneu, 2009.

71. B – No RN, a resistência pulmonar cai após a terceira

semana de vida, o que permite o desenvolvimento de um gradiente de pressão entre os ventrículos, permitindo assim o “shunt” esquerda-direita, gerando o sopro.

- MARCONDES, Eduardo et al. Pediatria Básica. 9º edi. São Paulo: Ed. Sarvier. 2002.

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72. A – Apesar da pouquíssima frequência do aparecimento de

paralisia flácida relacionada à vacina vop, pode haver essa ocorrência. Devido a isso, foi retardada a sua utilização somente no 2º ano de vida

- Brasil - Brasília. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância da Saúde. Programa Nacional de Imunização. 2018.

73. D – A avaliação da mamada inclui verificar a pega que deve

ser com o lábio inferior evertido, abocanhamento de parte da aureola, não se deve ouvir barulho durante a mamada, posição de ambos mãe e bebe devem estar confortáveis e a mama dever ser apoiada na sua parte inferior.

- MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde - Departamento de Atenção Básica SAÚDE DA CRIANÇA - Aleitamento Materno e Alimentação Complementar, 2ª edição Cadernos de Atenção Básica, n 23, Brasília – DF 2015.

74. B – No sexo feminino, o estirão de crescimento inicia-se

geralmente quando a adolescente está no estágio 2 de desenvolvimento mamário (M2) e atinge a velocidade de crescimento máxima em M3. A menarca ocorre geralmente em M4, coincidindo com a fase de desaceleração de crescimento estatural.

Silva LEV, Leal MM. Crescimento e desenvolvimento puberal. In: Saito MI, Silva LEV, Leal MM. Adolescência: prevenção e risco. 3a edição. São Paulo: Atheneu, 2014. p.47-62.

75. C – Esse caso aponta uma forte suspeita de violência física e

psicológica, onde a mãe pode ter batido na criança e, ainda dito a ela para não contar a ninguém, ameaçado a, caso contasse o ocorrido. O fato da criança estar com vômitos pode ser somatização devido ao ocorrido, que provavelmente, não aconteceu pela primeira vez. A apresentação de suposta “superprotecão” da genitora, nesse caso, (de acordo com vasta bibliografia) é típico de quem quer esconder algo, exigindo do profissional olhar atento e escuta qualificada. De acordo com a legislação vigente, Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA em seu artigo 13, “Os casos de suspeita ou confirmacão de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais (redação dada pela Lei nº 13.010, de 2014)”. Nesse sentido, não se pode liberar a crianca, sem antes denunciar o caso para o Conselho Tutelar. Se acontecer em hospitais, geralmente tem setor responsável para esses encaminhamentos, pois são de notificação compulsória. Ainda, o artigo 245 do ECA aponta que “Deixar o medico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente”, será aplicada a pena prevista.

- BRASIL. Lei 8.069 de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 JUL. 1990a.Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Agenda de compromissos para a saúdeintegral da criança e redução da mortalidade infantil / Ministério da Saúde, – Brasília: 2004. (p.13)

76. D – Os Departamentos de Bioética e Adolescência da

Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam que o adolescente, uma vez identificado como capaz de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, tem o direito de ser atendido sem a presença dos pais ou responsáveis no ambiente da consulta, garantindo-se a confidencialidade e a execução dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos necessários. Dessa forma, a privacidade durante a consulta médica não está vinculada ao sexo do médico ou do paciente, nem à idade do paciente, nem à presença de distúrbios da dinâmica familiar, nem ao consentimento dos pais. A ausência dos pais ou responsáveis não deve impedir o atendimento médico do jovem, seja em consulta.

- Oselka G, Troster EJ. Aspectos Éticos Do Atendimento Médico Ao Adolescente. Rev. Assoc. Med. Bras. [periódico online] 2000; [citado 28 maio 2013]; 46(4). São Paulo Oct./Dec. 2000 ISSN 0104-4230

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302000000400024

Ou em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302000000400024

77. C – Essa criança apresenta sintomas clássicos de

hipotireoidismo adquirido. A idade óssea deve estar atrasada, mas as provas de função tireoideana são necessárias para o diagnóstico uma terapia de reposição com hormônios tireoidianos deverá resolver esses sintomas e o crescimento retornará com catch-up.

- Casos clínicos em pediatria 3ªEd Toy; Yetman; Girardet; Hormann; Lahoti; McNeese; Sanders. McGraw Hill. (Artmed) 2011.

78. C – A baixa estatura é definida como uma condição na qual a

estatura se encontra, em comparação ao referencial adequado, abaixo do percentil 3 ou está 2 desvios-padrão (escore Z menor que -2) abaixo da média da altura dos indivíduos do mesmo sexo e idade. O paciente em questão não apresenta antecedentes mórbidos, entretanto, a estatura encontra-se abaixo do canal familiar e velocidade de crescimento abaixo da normalidade (3,5 cm/ano). A idade óssea encontra-se com atraso de 5 anos em relação à idade cronológica, IGF-1 (fator de crescimento insulina símile tipo 1) 2 desvios-padrão menor da média dos indivíduos do mesmo sexo e idade e TSH normal; tratando-se de uma baixa estatura por deficiência do hormônio de crescimento.

- Steinmetz L. Baixa estatura. In: Lourenço B, Queiroz LB, Silva LEV, Leal MM. Medicina de adolescentes. Coleção pediatria do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP. 1a edição. São Paulo: Manole, 2015. p.354-364.

- Kuperman H. Crescimento deficiente. In: Kochi C, Siviero-Miachon AA. Do pediatra ao endocrinologista pediátrico: quando encaminhar. Série atualizações pediátricas. 1a edição. São Paulo: Atheneu, 2016. p.11-24.

79. B – O cálculo de estatura alvo pode ser realizado

independente da idade da criança uma vez que depende da estatura dos pais e do sexo da criança. O cálculo da estatura alvo pode ser realizado pela formula: meninas= estatura do pai (cm) menos13 mais estatura da mãe dividido por 2, mais ou menos 5.

Estatura Alvo Meninas = (Est do pai -13) + Est da mãe ± 5

2

Avaliação nutricional da criança e do adolescente - Manual de orientação SBP – 2009.

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80. C – A avaliação antropométrica da criança mostra que a

mesma tem baixa estatura e IMC adequados para a idade, o que afasta fator nutricional como causa atual. A velocidade de crescimento é a primeira ação a ser realizada, além da avaliação da estatura dos pais, pois, pode se tratar de baixa estatura familiar.

Avaliação nutricional da criança e do adolescente - Manual de orientação SBP – 2009.

81. B – A idade gestacional, como não temos referência e,

tratando-se de gestante normal, a AU equivale ao tempo gestacional –Jimenez e cols., Queenan 1987, 86% sensibilidade e 90% especificidade; Barini e cols, 1989 83,6% sensibilidade e 82% especificidade. Como a escava está ocupada, a apresentação só pode ser cefálica e situação longitudinal. Como foco de ausculta esta á esquerda, portando o dorso está á esquerda.

(A) Não é apresentação pélvica, pois a escava está ocupada. Sabemos que na apresentação pélvica, a escava está INCOMPLETAMENTE OCUPADA e não há nada na história que faça pensar em crescimento fetal restrito.

(C) Na situação transversa, a escava encontra-se VAZIA;

(D) Os dados clínicos podem sim, reunir elementos que nos permitam uma hipótese diagnóstica.

- Obstetrícia, Jorge de Rezende

- Obstetrícia Normal, Briquet e Deláscio

- Pré-Natal Sérgio Peixoto

82. D – A análise do partograma deve-se iniciar pela observação

da evolução da dilatação, sendo que a descida terá importância apenas na normalidade daquela. Obviamente, alterações na dilatação dizem respeito ao primeiro período do parto, podendo ser de três tipos: parada secundária da dilatação, fase ativa prolongada e parto taquitócito, cada um com causas e tratamentos específicos. A parada secundária da dilatação, distocia apresentada neste caso, é diagnosticada quando, após dois toques sucessivos, com duas ou mais horas de intervalo, não ha progressão da dilatação, ou seja, se mantém igual por mais de três horas. Ela ocorre, na maioria das vezes, por desproporção céfalo-pélvica (tamanho do polo cefálico maior que a bacia materna), que impede a insinuação e a descida fetal de tal maneira que a apresentação não alcança o colo para, sobre ele, exercer pressão a fim de auxiliar no término da dilatação. Secundariamente, pode ser decorrente de contração uterina deficiente. Para diferenciar entre as duas causas, basta avaliar a evolução das contrações na parte inferior do partograma. Se estiverem adequadas à fase do trabalho de parto e em progressão, como no caso em questão, trata-se de desproporção céfalo-pélvica. Caso contrario, distocia funcional. Neste caso, a única conduta possível seria a realização de parto cesárea, se fosse evidenciado distocia funcional, a correção seria com aumento de ocitocino, amniotomia ou deambulação.

Obstetrícia de Wiliams, F. Gary Cunningham, 24ª Ed. Editora Mc Graw Hill, 2015

Protocolos Assistenciais. Clinica obstétrica, Zugaib, Marcelo, 5ª Ed. Editora Atheneu, 2015.

83. A – O sucesso e resultado favorável na assistência às

pacientes com pré-eclâmpsia grave são dependente da sequencia correta do tratamento, sendo que o primeiro tratamento deve ser prevenir convulsões, a seguir ver a necessidade de anti-hipertensivo e colher exames para avaliar outros critérios de gravidade,inclusive a presença ou não de plaquetopenia, o que norteará o tipo de anestesia.

- Dolnikoff M, Lições de Clinica Obstétrica, 1997, pagina 158-168, editora: arte&ofício.

84. A – A curva glicêmica ou o Teste de Tolerância Oral à

Glicose (TOTG) consiste na medida da glicemia em jejum, e 1 hora e 2 horas após a ingestão de Dextrose. Pelas diretrizes da American Diabetes Association (ADA) de 2016, a presença de um único valor alterado é suficiente para considerar se há diabetes gestacional. São normais os níveis de glicemia de jejum < 92 mg/dl, 1 hora após o estímulo de < 180 mg/dl e de 2 horas < 152 mg/dl. Pelo consenso brasileiro de 2017, através do TOTG é possível fazer o diagnostico de diabetes gestacional e a partir dele promover a terapêutica, como a do caso em questão, orientação nutricional, com dieta hiperproteica, com restrição relativa de carboidratos e exercícios físicos diários, com controle glicérico através da glicemia capilar diária. Não é recomenda a repetição da curva glicêmica. A introdução ou não da insulina dependerá do resultado obtido da glicemia capilar em 7 medidas diárias após o período de controle dietético e de exercícios físicos.

- Rastreamento e diagnóstico de diabetes mellitus gestacional no Brasil. Brasília, DF: OPAS, 2016. www.diabetes.org.br

85. D – O diagnóstico clínico de incompetência cervical durante a

gestação geralmente é retrospectivo e depende fundamentalmente de rigorosa anamnese obstétrica. Geralmente ocorre dilatação cervical indolor, ausência de sangramento, protrusão nas membranas ovulares na vagina e posterior rotura de membranas seguida de expulsão fetal, na maioria das vezes com produto conceptual ainda vivo. Responde por 10 a 20% dos abortamentos de repetição. Baseia-se fundamentalmente na história obstétrica de perdas fetais recorrentes no segundo trimestre da gravidez entre 12 e 20 semanas, ou partos prematuros extremos entre 20 e 22 semanas de gestação.

- Zugaib, Obstetrícia, seção V, Intercorrências Obstétricas, pag. 568.

86. C – O achado de hemorragia indolor, imotivada e com tônus

uterino normal sem impacto na vitalidade fetal é sugestivo de placenta prévia.

- Wagner SA. In: Current Diagnosis and Treatment: Obstetrics & Gynecology. Capítulo 18. Third-Trimester Vaginal Bleeding. p310-316.

87. A – Trata-se de uma gestante em trabalho de parto

prematuro uma vez que apresenta atividade uterina com alterção morfológica do colo uterino. Nessa situação deve-se iniciar a tocólise já que a dilatação do colo ainda é inferior à 4 cm. Como uma das principais causas de trabalho de parto prematuro são os quadros infecciosos seu rastreio é necessário. A gestante tem menos de 34 semanas, por isso o uso de corticoide é mandatório, principalmente para maturação pulmonar.

De Souza E, De Souza GN, Oliveira TA, Cardoso R, Camano L. Aspectos obstétricos da prematuridade. In: Moron AF, Camano L, Junior LK. Obstetrícia. Barueri: Manole; 2011. P.994-1012.

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88. D – Paciente apresentando infecção por Treponema

Pallydum, gestante de 24 semanas. Para o tratamento de sífilis, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Centro Americano de Controle de Doenças (CDC), recomendam o uso de penicilina benzatina 7.200.000UI, divididos em 3 aplicações, em três semanas. O tratamento da sífilis na gestação, o mesmo que o de uma sífilis terciária, busca diminuir a chance de sífilis congênita. Após o tratamento, recomenda-se controle mensal com teste não treponêmico, VDRL, até que o exame torne-se negativo. O teste treponêmico (FTA-ABS) seria solicitado se houvesse dúvida diagnóstica, ou seja, se o exame não treponêmico sugerisse possibilidade de doença aguda ou cicatriz sorológica.

- Zugaib, Obstetrícia básica, Marcelo Zugaib1ªEd. Editora Manoel, 2015

- OMS (Organización Mundial de la Salud). Orientaciones mundiales sobre los criterios y procesos para la validación de la eliminación de la transmisión maternoinfantil del VIH y la sí lis. Ginebra: OMS, 2015.

- AHO (Pan American Health Organization). Elimination of mother- to-child transmission of HIV and syphilis in the Americas. Update 2016. Washington, D.C.: PAHO, 2017.

89. A – Quadro clínico e laboratorial de SAF, devemos iniciar o

AAS e enoxaparina em doses profiláticas assim que houver beta-HCG positivo.

- Zugaib Obstetrícia Básica - 3ª edição 2016 – Marcelo Zugaib, Roberto Eduardo Bittar e Rossana Pulcineli Vieira Francisco.

90. B – O traçado cardiotocográfico mostra uma DIP II,

desaceleração após a contração que está associada a sofrimento fetal e necessita de intervenção obstétrica imediata (cesariana).

- Zugaib, segunda edição, Editora Manole Ltda.

91. A – No ciclo menstrual o FSH estimula as células da

granulosa, que inicia a produção de estradiol e o LH estimula as células da teca que produz androgênios.

Leon Speroff e Marc Fritz In Clinical Gynecologic Endocrinology And Infertility. Chapter 6: Regulation Of The Menstrual Cycle. 7 th Ed. Lippincott Williams & Wilkins.

92. D – O diagnóstico de endometriose deve ser suspeitado na

presença de um dos sintomas clássicos: dismenorréia, dispareunia profunda, dor ao evacuar cíclica, sintomas urinários cíclicos, infertilidade. A suspeita já permite a indicação de terapêutica clínica com indução de amenorreia, por até 6 meses.

Pacientes com sinais maiores de gravidade, tais como sintomas limitantes, com piora, dor que tenha EVA>7, sintomas urinários ou de trato intestinal devem além de tratadas, serem investigadas quanto a endometriose profunda.

A laparoscopia não deve ser indicada com finalidade diagnóstica. O procedimento continua sendo o padrão-ouro para o tratamento da doença

DUNSELMAN, G.A.J. et al. ESHRE guideline: management of women with endometriosis, Human Reproduction, V. 29, I. 3, P. 400–412, 2014. https://doi.org/10.1093/humrep/det457.

93. C – Questão atual, sobre planejamento familiar, trazendo a

prática da Organização Mundial da Saúde (OMS), com chancela da Sociedade Americana de Pediatria e do Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia, retificada pela Febrasgo, sobre a anticoncepção em adolescentes. A alternativa B traz uma contraindicação ao uso de ACO, OMS4, em pacientes com TVP previa, mas erroneamente mostra o risco aumentado após 90 dias de uso, quando na verdade o risco de TVP é maior no primeiro mês e cai a partir dos 30 primeiros dias. Já a alternativa C traz o uso de progestágeno injetável de depósito como a melhor indicação e por uso prolongado. Sabemos que o uso prolongado interfere no metabolismo ósseo, assim, não seria recomendado o uso por tempo indeterminado. Na alternativa D, diferentemente do que foi apresentado, o preservativo tem um alto índice de Pearl, sendo um método pobre para ser aplicado em adolescentes para prevenção da gestação indesejada.

- Endocrinologia feminina, Cesar Eduardo Fernandes, Luciano de Melo Pompei. Manole, 2016.

94. B – O ASCUS é uma alteração citológica com baixo potencial

de malignidade (baixo grau) que está menos associado á infecção pelo HPV após os 40 anos. Assim sendo, só haverá indicação de colposcopia na sua persistência. Na pós-menopausa o achado ASCUS pode estar associado ao hipoestrogenismo e por este motivo recomenda-se a estrogenioterapia tópica previamente a repetição do exame

- Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. – Rio de Janeiro: INCA, 2011. ISBN 978-85-7318-184-5; revisado em 2016

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95. A – Se por um lado alguns estudos demonstram a ocorrência

de hipertensão arterial com o uso de estrogênios pela elevação da atividade da renina e consequente maior retenção de sódio, outros observam manutenção ou até diminuição dos níveis pressóricos em mulheres realizando TH, fato este que pode ser explicado pelo predomínio de uma das ações antagônicas que os estrogênios exercem. Os estrogênios promovem ação vasodilatadora pela produção de prostaglândina E e protaciclinas. Por outro lado, exerce também ação vasoconstritora estimulando a produção hepática de proteínas, como o substrato da renina, enzima esta que por hidroxilação produz angiotensina 1, que por sua vez leva a produção de angiotensina 2, que é potente vasoconstritor. A ocorrência da hipertensão arterial secundária dá-se em 1% a 3% das mulheres na menopausa, independentemente da utilização TH de baixa dose ou doses convencionais.

É de consenso atual que o uso de TH não está contraindicado em mulheres hipertensas tratadas que estejam mantendo os níveis pressóricos normais e estáveis. Deve-se ter o cuidado de optar pela via de administração não oral, para evitar a primeira passagem hepática de metabolização, evitando com isso, portanto, a maior formação de proteínas hepáticas que podem interferir de forma mais importante nos níveis pressóricos. Entretanto, caso a via oral seja utilizada, pode-se dar preferência para compostos utilizando a drospirenona como componente progestagênico, com comprovação de diminuição dos níveis pressóricos.

- Fernandes CE, Pinho-Neto JSL, Gebara OCE,et al. I Diretriz Brasileira sobre Prevenção de Doenças Cardiovasculares em Mulheres Climatéricas e a Influência da Terapia de Reposição Hormonal (TRH) da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da Associação Brasileira do Climatério (SOBRAC). Arq Bras Cardiol. 2008;91(supl.1):1-23.

- Langer RD. Efficacy, safety, and tolerability of low-dose hormone therapy in managing menopausal symptoms. J Am Board Fam Med. 2009;22(5):563-73.

- Vitale C, Mendelsohn ME, Rosano GMC. Gender differences in the cardiovascular effect of sex hormones. Nat Rev Cardiol. 2009;6:532-42.

- Cignarella A, Kratz M, Bolego C. Emerging role of estrogen in the control of cardiometabolic disease. Trends Pharmacol Sci. 2010;31(4):183-9.

96. C – Os sintomas de urgência miccional e nictúria que a

paciente em questão refere são típicos de bexiga hiperativa. Na incontinência urinária de esforço e na mista ela teria sintomas de perda urinária durante atividade física. A incontinência urinária associada à fístula vésico-vaginal apresenta quadro clínico onde a paciente não tem o sintoma de urgência e perde urina sem perceber o desejo miccional, além disso a perda é constante e a paciente deverá manter-se com forro para não molhar o restante da roupa; é uma perda urinária contínua.

- Ginecologia de Williams/John O. Schorge et al. Incontinência Urinária.Capítulo 23, Seção 3. 2011. ISBN 978-85-363-2574-3.

97. A – O provável diagnóstico é de fibroadenoma, pela idade da

paciente, característica clínica de consistência fibroelastica e tumor regular. O método de eleição de imagem em jovens é a ultrassonografia. A conduta na maior parte das vezes é de controle clínico, podendo ser optado por cirurgia a depender da vontade da paciente.

- TRATADO DE MASTOLOGIA DA Sociedade Brasileira de Mastologia.

98. D – Caso evidenciando câncer de endométrio com múltiplos

fatores de risco para a doença. Aqui, evidenciamos a partir de exames prognósticos o diagnóstico com o anatomopatológico, sendo evidenciado através da biopsia pela histeroscopia e pelo rastreio ultrassonográfico. Através da recomendação da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), mesmo sendo um tumor de bom prognóstico, sendo bem diferenciado, já possui extensão para estroma cervical, sendo estádio II, devendo, além da histerectomia e da salpingo-oforectomia, ser realizada a linfadenectomia pélvica, excluindo a alternativa B. Tanto a alternativa A como a C apresentam terapêuticas avançadas a tumores extrauterinos, sendo excluídas frente ao caso apresentado.

- Lasmar RB et al, Tratado de Ginecologia 3ªed., Guanabara Koogan, 2017.

99. D – A infeção por HPV é diagnosticada pela identificação na

colpocitologia oncótica de células coloicitoticas (células grandes, relação ao núcleo-citoplasma aumentada, halo perinuclear e multinucleação) A exposição da junção escamo-colunar (JEC), observada na colposcopia, facilita o diagnóstico.

- Patologia do trato genital interior - diagnóstico e tratamento, Martins, Campaner, Par, 2ª ed editora Roca, 2015.

Manual SOGEMIG patologia trato genital inferior e colposcopia, Silva 1ª ed, 2018.

100. C – O fato do marido já ter um filho não afasta a

possibilidade de ter adquirido alguma doença que comprometa a sua fertilidade. Indicar fertilização, sem fazer uma avaliação primária do casal, não e procedimento adequado. Vídeolaparoscopia, teste de clomifeno não são exames de propedêutica inicial.

- Practice Committee of American Society for Reproductive Medicine in collaboration with Society for Reproductive Endocrinology and Infertility. Optimizing natural fertility: a committee opinion. Fertil Steril 2013; 100:631.

- Committee on Gynecologic Practice. Committee opinion no. 618: Ovarian reserve testing. Obstet Gynecol 2015; 125:268.

101. B – O aumento da pressão intra-abdominal força o sangue

para fora dos órgãos abdominais e veia cava inferior e para o interior do reservatório venoso central. Ao mesmo tempo, aumenta o acúmulo do sangue periférico e diminui o volume sanguíneo central. Estas alterações associadas à liberação de catecolaminas, de hormônio antidiurético e de cortisol resultam em: aumento da pressão arterial, da resistência vascular sistêmica, da resistência vascular pulmonar, da área sistólica final e das pressões de enchimento ventricular durante todo o tempo de insuflação. Ocasiona também redução do débito cardíaco e da fração de ejeção do ventrículo esquerdo.

- Quick CRG, MB, FDS, FRCS, MS, MA, Reed JB BMedSci, BM, BS, FRCS, Harper SJF MB, ChB, BSc, FRCS, MDKourosh Saeb-Parsy MA, MB, BChir, FRCS, PhDEssential Surgery, Problems, Diagnosis and Management, 5 ed, 2014 Complications of surgery 159 – 174

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102. D – O primeiro mecanismo a ser ativado quando existe

lesão vascular traumática é a vasoconstrição, que é um esforço para parar o sangramento. Ela é seguida pela ativação e agregação plaquetária com formação do coágulo.

Jarrell BE, Carabasi RA, Kennedy E, eds. NMS Surgery. 5th ed. Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins. 2008:409

103. A – A TC de abdome sem contraste é considerada padrão

ouro na avaliação da cólica renal na urgência. A não utilização do contraste iodado dispensa o jejum e não implica nos riscos da utilização com contraste como alergias e nefrotoxicidade.

A sensibilidade e especificidade do exame é bastante elevada mesmo sem o uso do contraste iodado.

- Urologia Moderna /Rodolfo Borges dos Reis, Stenio de Cassio Zequi, Miguel Zeratti Filho, São Paulo, Lemar, 2013

104. C – A fimose é a incapacidade de retração prepucial para a

adequada exposição glandar e higienização local.

Algumas indicações de tratamento cirúrgico são infecção urinária de repetição, impedimento da exposição glandar, devido ao anel estenótico pela queratinização xerótica cicatricial.

A indicação de urgência cirúrgica se dá nos casos de parafimose, quando a glande fica comprimida pelo anel estenótico prepucial e impedindo a adequada circulação sanguínea.

- Ashcraft : Cirurgia pediátrica

George W. Holcomb III, J. Patrick Murphy, Daniel J. Ostlie

6ed – Rio de Janeiro: Elsevier, 614-18, 2017

105. D – A hérnia na linha semilunar de Spiegel é uma hérnia de

situação imediatamente abaixo da aponeurose do grande oblíquo. Ocupa uma posição intermuscular entre este músculo e o oblíquo interno. Geralmente aparecem em pacientes acima dos 60 anos e o seu diagnóstico é presumido pela história clínica e exame físico e comprovado pela ultrassonografia e de maneira mais sensível e elegante pela Tomografia Computadorizada do abdome.

- Townsend CM (Ed) et al. Sabiston Textbook of Surgery: the biological basis of modern surgical practice. 17th ed. Elsevier, Philadelphia, PA. 2004:1214.

106. B – A figura mostra uma imagem clássica de volvo de

sigmoide.

- Tratado de Cirurgia Sabiston

- Tratado de Cirurgia Schuartz

107. B – A gastrectomia vertical é uma técnica considerada

restritiva e hormonal, uma vez que a exerese do estômago com redução de seu reservatório passa a ter um volume de 130 ml e a retirada do fundo gástrico reduz a produção do hormônio chamado grelina, que tem sua produção realizada em grande parte nesta porção do estomago. A redução da produção eecreção da grelina leva à saciedde precoce e redução da fome. além disso, ocorre esvaziamento gástrico precoce e chegada do conteúdo no intestino distal, levando à liberação de PYY e GLP1, entero hormonios com papel também na sensação de saciedade.

- Petroianu,A; Clínica cirúrgica do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Atheneu Editora, 2010

108. C – O Sinal de Courvoisier-Terrier foi descrito há mais de

120 anos como vesícula indolor e palpável em pacientes ictéricos com neoplasias periampulares.

- Tratado de Cirurgia Sabiston

- Tratado de Cirurgia Schuartz

109. A – A sequência correta de atendimento em um paciente

hepatopata com hemorragia digestiva alta deve ser: avaliação e estabilização hemodinâmica, inicio precoce de drogas vasoativas e realização de endoscopia digestiva com caráter diagnóstico e terapêutico. O uso do balão deve ser restrito aos pacientes com instabilidade hemodinâmica de difícil controle, como ponte para a realização da endoscopia.

- Tratado de Cirurgia Sabiston

- Tratado de Cirurgia Schuartz

110. C – O caso é típico de uma diverticulite complicada com

uma coleção maior de 5 cm. O paciente encontra-se estável e sem sinais de sepse grave. Assim a melhor estratégia é antibioticoterapia e resolução da coleção através de punção.

- Andeweg CS, Mulder IM, Felt-Bersma RJF, Verbon A, Van der Wilt GJ, Goor HV,et al. Guidelines of diagnostics and treatment of acute left-sided colonic diverticulitis. Dig Surg. 2013; 30(4-6): 278–292.

111. D – Aumento do glucagon – manter estado hiperglicêmico.

Restante ocorre o inverso.

- GOFFI, Fábio Schmidt; Gonçalves Júnior, José; Benassi, Edgard Lopes; Buenno, Ester L. R., Técnica cirúrgica : bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia.

112. B – Paciente com trauma de alta energia configurado pela

ejeção e óbito de passageiro no local, podem apresentar lesões mesmo com exame físico normal em 10% dos casos, portanto a tomografia de corpo inteiro é a melhor conduta.

- Michetti CP et al. Physical examination is a poor screening test for abdominal-pelvic injury in adult blunt trauma patients. J Surg Research 2010.159, 456-61

Page 16: Teste de Progresso SP1 2018 - fmj.br · - Marzzocco & Torres. Bioquímica Básica. 4 ed. 2015. Capítulos 5, 16 e 20 - Nelson & Cox. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 4 ed

16 Consórcio SP 1 – Teste de Progresso – outubro/2018

113. B – Os métodos diagnósticos tem se aprimorado com o

tempo , sem deixa de ter seu valor na elucidação diagnóstica. Neste contexto, a tomografia computadorizada tem papel relevante na configuração diagnóstica, devendo ser realizada antes de qualquer procedimento invasivo. Tal método permite ampla abordagem da imagem em questão, possibilitando analisar detalhadamente sua densidade radiológica, áreas de necrose, contornos, limites, relação com outras estruturas torácicas, calcificação, aerobroncograma e presença de outros nódulos. A TC helicoidal pode acrescentar outros subsídios em relação TC convencional, ao permitir a reconstrução espacial do tórax e o estudo das relações do nódulo/massa com vasos, brônquios, mediastino e parede torácica. Uma das suas mais importantes aplicações é o estudo de densidade do nódulo. A ressonância magnética é mais um método útil na avaliação das lesões torácicas. São muitas as suas vantagens, incluindo a capacidade multiplanar e a não utilização de radiação ionizante. Mais recentemente, com a angiorressonância maiores informações podem ser obtidas, especialmente nas massas vasculares ou que se situam próximo aos grandes vasos. O PET-CT comparado a outros métodos de imagens convencionais não invasivos, tem se mostrado o mais determinante no manejo dos pacientes com câncer de pulmão. Esta modalidade diagnóstica integra a tomografia por emissão de pósitrons com 18 F-fluordesoxiglicose (FDG-PET) com a tomografia computadorizada (TC). A combinação permite caracterizar o nódulo pulmonar solitário (NPS) indeterminado tanto através de uma análise morfológica (tamanho, densidade, contorno, etc.) como funcional (presença ou não de metabolismo glicolítico), além de contribuir no estadiamento oncológico de pacientes com diagnóstico de câncer de pulmão, especialmente no que tange a detecção de envolvimento nodal mediastinal e extratorácico da doença.

- Moreira M, Hespanhol R, Leite J PET/TC em câncer de pulmão: indicações, achados e perspectivas futuras. Pulmão RJ 2016;25(2):35-46

- Lopes AJ Falsos tumores do pulmão RJI Volume 14 ï Nº 1 ï Jan-Fev-Mar, 2005

114. D – A dor testicular de início súbito em crianças ou

adolescentes, sem antecendentes de trauma local, sintomas de infecção urinária ou febre, deve ser suspeitado fortemente de tratar-se de torção de testículo. O exame de escolha para o diagnóstico é a ultrassonografia testicular com doppler.

Urologia Moderna /Rodolfo Borges dos Reis, Stenio de Cassio Zequi, Miguel Zeratti Filho, São Paulo, Lemar, 2013

115. A – Fatores de risco Dentre os fatores de risco mais

importantes temos: Idade avançada 2-5 (B) 6,7(D); Gênero masculino 2-5 (B) 6,7(D); Tabagismo 2-5,8 (B) 6,7(D); Histórico familiar positivo para AAA, principalmente diagnóstico em familiares de primeiro grau. 9 (A) 2-5,10,11(B) 6,7(D). Também existem alguns outros fatores associados: Histórico de outro aneurisma vascular 12-15(B); Altura elevada2 (B); Doença arterial coronariana2 (B); Doença cerebrovascular14(B); Arteriosclerose2 (B); Hipercolesterolemia 2,4(B); Hipertensão 2,5,15(B) 7 (D); Variantes no cromossomo 9p21 (presença de rs7025486[A] no gene DAB21P aumenta 20% o risco de ter AAA) 16(B); Homocisteinemia, altos níveis de lipoproteína A e do inibidor do fator ativador de plasminogênio 17(B). Raça negra ou asiática, além de diabetes mellitus, são negativamente associadas com o desenvolvimento do AAA 2,18(B);

- Maffei, F.H., doenças vasculares periféricas. Projetos diretrizes SBACV

116. C – O Enunciado sugere uma fissura anal aguda, e o

exame Proctológico é fundamental nos Paciente que apresentam qualquer sintoma ano retal. Porem na fissura anal aguda a dor é muito intensa e o exame Proctológico, com toque retal e anuscopia seria por demais traumático para o Paciente, não sendo apropriada. A simples inspeção estática e dinâmica será suficiente em um primeiro instante para se iniciar o tratamento clinico. Posteriormente seira realizado o exame Proctológico completo.

- Benign Anorectal: Anal Fissure Sharon L. Dykes and Robert D. Madoff, in The ASCRS Textbook of Colon and Rectal Surgery

117. B – A via aérea, apesar de pérvia, não está segura, já que o

paciente está com Glasgow igual a 8 e, portanto, é mandatória a intubação orotraqueal. Todas as outras medidas podem ser necessárias ao longo do atendimento do paciente, mas a segurança da via aérea com proteção por rebaixamento do nível neurológico se faz mandatória.

- Advanced Trauma Life Suport Student Course Manual 9th edition.

118. D – A antibioticoterapia está indicada nos casos de otite

média aguda com otorreia em crianças, associada a outros fatores de risco que são idade inferior a 2 anos e sinais de toxemia.

RESPOSTAS INCORRETAS:

(A) A indicação cirúrgica ocorre apenas em casos complicados em que não há resposta com o tratamento clínico com antibiótico

(B) Deve-se iniciar antibiótico imediatamente pelos riscos de complicações decorrentes da idade da criança e sinais de toxemia.

(C) Quando há otorreia está indicado o uso de antibiótico em crianças com otite média aguda.

- Miura MS, Saffer M, Sih Tania. Otite média aguda, recorrente e com efusão. Capítulo 14. In: Tratado de Otorrinolaringologia e Cirurgia cérvico facial da ABORLCCF- 3° edição, 2018

119. B – "Ao atender um paciente vítima de lesões causadas por

corrente elétrica, deve-se tratá-lo com todos os cuidados exigidos por qualquer outra vítima de trauma, oferecendo suporte respiratório adequado com desobstrução de vias aéreas e ventilação, verificando o estado circulatório e iniciando medidas de ressuscitação cardiorrespiratória. É essencial a monitorização eletrocardiográfica desses pacientes, pois, devido à passagem da corrente elétrica pelo coração, este pode entrar em fibrilação ventricular, potencialmente fatal, a qual deverá ser prontamente revertida com eletrochoque."

- Mélega JM. Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte - Mélega - Volume: Princípios Gerais. Bastos JAV, Figueroa GEG, Pereira WJB. Queimaduras Especiais - Capítulo 45 - Página 451. 2002. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro - RJ.

120. A – Sonolento = 1 ponto, Abertura ocular ao chamado = 1

ponto, Pressão normal = 2 pontos, StO2 95% = 2pontos, Movimentando dois membros = 1ponto, Total = 7 pontos

- BARASH, P.G. - Anestesia Clínica, 7ª Ed, Lippincot Williams & Wilkins, 2015