terror em ellicott city

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TERROR EM ELLICOTT CITY F.R.MARTIN KATSUHIRO

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terror e mistério em uma pacata cidade do norte dos estados unidos.

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KATSUHIRO  

TERROR EM ELLICOTT

CITYF.R.MARTIN

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CAPÍTULO 1

Foi uma das piores tempestade que já presenciei em minha vida.

Talvez uma das maiores que passou pelo estados unidos. Mas, não foi a tempestade em si que marcou minha vida, foi o que ela trouxe junto que marcou-me profundamente. Lembro-me muito bem do ano.1985, não é uma simples reminiscência, são relatos claros de um rapaz de apenas 25 anos. Muitos boatos rolaram no dia seguinte a tempestade, ouvi boatos de muitos moradores a respeito de coisas estranhas caindo do céu, de grandes faíscas, não de raios, mais de faíscas assustadoras. Muitos falaram que essas faíscas eram azuis, outros diziam ser avermelhada como se o juízo final estivesse próximo. Bem,a respeito de faíscas azuis, ou avermelhadas como se deus cuspisse fogo, não tenho muito o que fala. Dormirá como pedra na noite passada, nem se o mundo fosse atacado por extraterrestres eu seria acordado.Uma vida de corretor e marido acaba até com um homem em plena juventude. A obstinação de um homem quando exerce a vida conjugal é tão grande, que o faz enfrentar qualquer coisa.Tais circunstâncias me fizeram procurar outras oportunidades de emprego fora de minha cidade natal e longe de minha família.Mudei-me para Ellicott City no estado de Maryland, uma cidadezinha no interior dos estado unidos. Tavernas pitorescas, colinas, museus, e a mais antiga estação ferroviária da cidade.Tudo tão perfeito, alegrava-me que agora poderia criar minha filha e meu filho em uma cidade pacata.Ellicott city foi uma aquisição muito boa para mim,um corretor em um vilarejo do interior sempre consegui preços altíssimos em venda de casas. O sonho de uma vida mais saudável,exercíos físicos sob as colinas verdes, comida boa ,e gente amigável , são os pretextos que coloco ao vende uma casa. Isso garante minha linda casa e alguns luxos. Jimmy Carten é meu nome a propósito,Carten para os amigos,Sr.Jimmy para ocasiões importantes.Judy é o nome de minha pequena,nos casarmos no verão,foi lindo.Jane é minha filha de 16 anos, o tempo mais difícil para lidar com as filhas.Billy é meu filho mais novo,contudo ele é complacente como a mãe.Amo todos sem exceção,amo com toda a minha vida. Peguei Billy em meus braços quando abriu os olhos.O beijei na fronte e jurei a ele que o protegeria até torna-se um homem. O mesmo valeria para minha querida Jane que nasceria um ano depois.Jane é diferente, ela é muito difícil de lidar,agora com seus 16 anos só vesti roupas extravagantes,pintou o cabelo,e diz que sou muito quadrado.’’Pai,cindy se vesti assim e ganha muito dinheiro”,diz ela sempre que pergunto o que essa tal de cindy Lauper pode trazer de bom para sua educação. A vida normal de um cidadão americano é sempre assim:Trabalho, família,filhos,e no final um local para descansar durante a velhice.

     

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A posição de minha casa é bem favorável aos olhos. Pode-se ver toda a cidade,todas as casas de pedras inglesas, suas colinas verdes, e o horizonte lindo. A posição de minha casa é quase sobre a colina, é um pouco alta, não o bastante, mas é perfeita para ver o sol poente. Devo admitir que se casar em certa parte foi gratificante.Já em outra parte,não foi. Conheci Judy na escola, não tínhamos nem uma intenção de se casar, não passava por nossas cabeças que estaríamos para sempre juntos. Ela era líder de torcida na época, e eu jogador de futebol americano. Nos apaixonamos um pelo outro tão rapidamente, que nem eu mesmo acreditava que tal amor pudesse existir. Mas existiu,e existe até hoje.Foi em 5 de janeiro de 1985,em uma manhã de domingo que os fatos mais macabros começaram a ocorre.Domingo para mim significava compras, e eu odiava fazer compras. O opala estava reluzente, passará três mãos de graxa no dia anterior.- ’Jimmy,você é o cara mais sortudo que já passou por essas bandas’ ’-.Era o que eu sempre falava para mim mesmo enquanto passava a mão pelo opala. A ignição é dada, o motor canta uma linda melodia. Era o que se esperar de um carro que veio da oficina semana passada.Quatrocento e cinquenta dólares é o preço que se paga por um carro quase novo. Leite,ovos,carne,e mais um trilhão de coisas para comprar. Essa lista poderia entrar no guinness book.Judy teria a visita de sua irmã Matilde à mais nova da família. Uma linda mulher devo admitir,realmente linda.Ela era diferente de Judy,mais branca,olhos verdes como esmeraldas,cabelo a Chanel como minha atriz preferida de cinema mudo collen moore.Que terror para um homem casado ter uma cunhada tão bela.Oh, triste mundo,por que não podemos ter mais de uma mulher?O que você está dizendo Jimmy,pegou sol demais?O seu cérebro deve ter fritado.Deve ser,após uma tempestade daquela só poderia vim um sol forte.Há diversos turista nas ruas de Ellicott city visitando tabernas, museus,e comendo a deliciosa torta da região.Os jornais anunciarão que o nível do mar subirá muito noite passada.Cidadões que moram perto do mar foram advertido pelas as autoridades a terem muita cautela. A meteorologia mostrou gráficos bem interessantes a respeito do clima para essa noite:-A temperatura vai cair essa noite no Estado de Maryland, chegando com mínimas de 13 graus celsos. É recomendável a população colocar lenha nova na lareira,e esperar que esfrie muito nessa Noite.Com uma chuva que caiará a partir da madrugada.-Mudo a estação de notícias para a de jazz,Benny Goodman sempre é bom para relaxar. Toda a compra é feita e conferida,tenho que conferir, qualquer coisa esquecida na lista seria pago com uma grande penitência. Amo muito Judy, mas seu temperamento às vezes é muito complicado de lidar. O bar de Henk não estava cheio para um domingo,estava perfeito para descansar.Henk é o típico cidadão americano que conserva as reminiscências dos tempos dourados.Jukebox,lps,e tantas outras bugigangas que se comprava nos anos 50.-Esse Fuzil M1 Garand rapaz,esse fuzil aqui, libertou você de um mundo dominado pelo terceiro reich.-A perna defeituosa de Henk mostrava que lutará bravamente nas trincheiras, que defenderá sua pátria até o final da guerra.

     

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61 anos de idade tinha Henk,acho que estava mais em forma do que eu.A evidência de sua velhice só poderia ser percebida nos cabelos brancos.Sentei-me no banco à espera da cerveja tão desejada depois de compras tão melancólicas. Sabe Jimmy, estamos mortos, todos nós. Condenados a guerra nuclear. -Truman fala mais do que qualquer um aqui na cidade. Bebi e fuma demasiadamente após a morte de sua mulher; morta em sua própria casa.As autoridades pegaram o assassino, irmão mais velho de Truman.Cento e cinquenta mil dólares era o preço de uma vida tirada violentamente.Truman era um ótimo fazendeiro, pretendia comprar uma casa maior para sua mulher e sua filha.O irmão dele era um foragido da polícia,sabia que Truman tinha dinheiro,e que ajudaria ele na fuga.Mas em vez de encontrar Truman em casa, encontrou sua mulher que odiava ele de coração. Tragédia é o nome para tal ocorrido,pelo bom deus Truman levará sua filha nesse dia para passear no parque.Um único tiro de espingarda tirou a vida de uma bela mulher,uma carinhosa e bela mulher.Vizinhos ouviram os disparos e alarmaram a polícia local.Um tiroteio entre a polícia e o irmão de Truman acabou com sua existência de crimes de uma vez por todas.Sua filha Lucy agora com 15 anos sofre as consequências de um pai beberão e sem nem uma expectativa de vida. É uma dor que não quero sentir,mas a pobre Lucy não merece isso, sempre à vejo com hematomas no corpo.Não gosto disso nem um pouco, nem um pouco mesmo.Já tentei conversa a respeito da educação de Lucy a Truman,e sabe o que ele disse?:-Não se meta com minha vida Jimmy,você não me conheci e nem sabe o que sou capaz com quem se mete comigo.-Tento ajuda,mas é difícil.Bebo a cerveja como se estivesse semanas no deserto. -Salve a rainha, viva a América!!!Vejo um Patriotismo inequívoco no olhar de cada cidadão Americano, mas não sou inequívoco nem um pouco.Um dia pensei que a América fosse um país livre de atrocidades, mas meu inequívoco causou a morte de minha mulher. -Tenha calma velho amigo. -Diz Henk a Truman dando-lhe palmadinhas na costa (palmadinhas que ele não gostou muito).-Não existe calma merda!!Estou morrendo aos poucos.Eu que deveria estar lá,eu.Deveria ter o encontrado ao invés de minha querida esposa.Deveria tê-lo matado com minhas próprias mãos.-Ao proferir tais palavras seu rosto ficou vermelho como um pimentão; tão difícil, mas ele não deveria descontar esse ódio em sua pobre filha.-Ela foi morta com uma espingarda;morta,sem ao.......menos..... Uma chance de se defender. - Seu olhar ficava cada vez mais psicótico. Tome mais uma cerveja Truman. -Compreendo muito bem agora a razão pela qual o homem inventou a cerveja.O tranquilizante mais forte e doce para acalmar qualquer ataque de histeria. -Bem, sabe de uma coisa Jimmy, a cerveja é um santo remédio;sim,lava a alma, mas depois que acaba o efeito uma atroz terrível se apodera de você.

     

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CAPÍTULO 2

Cinco dólares são depositados no balcão do bar. Trumam desaparece

tão rápido como ciclone no Kansas.-Pobre rapaz.-Alega Henk limpando o balcão sujo de amendoins e cinzas de cigarro. Concordo plenamente henk.-Digo isso entre uma golada e outra.- Você viu a tempestade de ontem filho?-Pergunta-me Henk finalmente.-Em certa parte sim;em outra,não.Estava muito afadigado do serviço.Acho que me acordei entre quatro da madruga para toma um copo de água,e vi uma baita de uma tempestade,(ou achei ter visto, creio eu).Henk olhou de um lado para o outro como se alguém estive à espia-lo; em seguida, debruçou-se sobre o balcão olhando para mim como uma criança que fizera alguma travessura. -Ouvi da boca de um fazendeira que mora na redondeza que viu algo,algo muito estranho.-Estranho como Henk?-Pergunto.-Estava eu pondo o lixo para fora hoje cedo quando e de repente aparece o velho Bernand:-Como vai ocê-Ele me perguntou com aquele sotaque caipira. -Tudo indo Bernand.-Ocê viu que queda de água deu ontem Henk?.-Vi um pouco sr.Bernand.-Ocê não precisa me chama de sinhô,só Bernand.-Retrucou ele colocando seu cachimbo na boca que mais se assemelhava a um maracujá velho.-Vi pouco Bernand.-Não pestanejei nem um segundo.Num tumei nem aguardente nessa noite.Vi com meus próprios olhos algo que não acreditei.-O que o senhor viu?-Perguntei já impaciente.Tá lá no celeiro a coisa que caiu do cèu.É algo subrenatura,algo do outro mundo.Ocê quer vê? Num tô mentindo não.- Melhor outra hora Bernand.Estou atrasado para abrir o bar.-Ocê que sabe,vou chama o xerife para resolver esse problema.-Acho melhor.Tenha um bom dia Bernand!.-Ocê também,ocê também.-Você não foi ver o que era?-Perguntei a ele enquanto abria a terceira cerveja.-Não,mas acho que deveria ter olhado.Não sei ao certo, mas acho que isso tem algo a ver com os soviéticos;com a guerra no Afeganistão.Isso me fez dar uma risadinha que não agradou muito Henk.Fiquei pesaroso por causa da risada, mas acho que ás vezes entramos em um paroxismo tão grande de conspirações; que creio eu,acaba nos levando ao fundo do poço. –Desculpe-me Henk não devia ter rido.Mas acho que você está equivocado.O presidente está preste a começa o projeto “guerra nas estrelas”*.Não se preocupe.-Acha que os Estados Unidos é invulnerável a ataques vindos do exterior? Eu Não acredito nessa hipótese Jimmy.Possa ser até que não seja algo militar.Mas,possa ser que seja extraterrestre. Já tinha percebi não faz muito tempo que pessoas que voltam da guerra ficam com sérios distúrbios psicológicos. Agora tinha em minha presença um remanescente da guerra. Pobre Henk,o que a velhice e tanto tempo de batalha não faz ao homem.

*programa militar estadunidense proposto pelo ex-presidente dos estados unidos Ronald Reagan; que no qual seria construído um sistema contra bombas nucleares.

     

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O xerife Walter não era lá essas coisas em seu porte físico,mas o distintivo o fazia ser respeitado pela população de Maryland.Walter era filho de um dos homens mais respeitados de Ellicott city.Isso significava que ele deveria segui um cargo respeitável. Ele se espelhou em Edward A. Talbott ex-prefeito de Ellicott city que atuou como xerife no ano de 1881.Cabelos grisalhos,rosto arredondado, olhos castanhos, e um bigode bem feito concretizava as características de um oficial de polícia.O sol já descia pelas colinas verdes de Ellicott city quando a viatura penetra a cidade.Uma circulação intensa de turistas percorriam a cidade; enquanto outros, saiam ás presas. Um aglomerado de carros cobria toda a rua com resquícios da chuva que cairá à tarde.Thomas moore o ajudante de Walter mais se assemelhava a um CDF de primeira classe,do que um policial durão. Óculos fundo de garrafa contornava seu rosto magro e jovem.Não se via sinal de velhice, apenas espinhas que cresciam sobre as bochechas.-Sabe o que gosto mais nos filmes de George?Não é só a ficção em si, é o enredo, as cenas de ação bem construídas, tudo na verdade. –Não era de hoje que Walter escutava as conversas incessantes de Thomas sobre filmes de ficção científica,terror,comédia, tudo que um nerd adorava.-Me diz uma coisa Thomas,por que você decidiu seguir carreira como policial?-Pergunta Walter enquanto dobrava a esquina para a fazenda de Bernand.-É uma estória engraçada Walter.Meu pai me disse uma vez que sonhou com meu avo, e ele disse ao meu pai essas palavras:Junior,um homem só é homem quando vira alguém respeitável.Foi quase isso se não me engano.O problema é que meu pai interpretou de maneira errado o sonho,achou que essa responsabilidade deveria cair sobre mim.Não era o que eu queria na verdade,o meu sonho sempre foi ser um caçado de androides como em blade ruuner,ou ser um programador.A gota d’água foi no dia em que meu pai achou-me jogando RPG com alguns amigos.- Suspirou Thomas ao fala essas palavras.-E ainda por cima, com a caneca do pac-man.Bons tempos aquele,mas eu estou gostando de ser ajudante de xerife.-Disse abrindo um sorriso.Já passava das cindo quando chegaram na fazenda.Bernand estava sentado sob seu trato velho à espera do xerife. Usava um chapéu de palha e um macacão mais velho do que ele mesmo. Apoiava o antebraço em uma espingarda de caça enquanto observava a chegada da viatura em sua propriedade. -Ocê demorou muito Walter.Balbuceio o fazendeiro. Senhor Bernand,por favor, tenho deveres demais para resolver. A minha secretária disse que o senhor ligou quinze vezes seguida.Quinze vezes,sabe o que é isso?Deixa qualquer um louco.Eu pedi a um policial que se encontrava aqui pelas redondezas que fosse averiguar para mim.E sabe o que ele disse?Ele disse que o senhor meteu bala nele,’’meteu bala’’ ele disse;não foi só um pouquinho,foi muita bala.Eu deveria prender o senhor agora, mas vou deixa passa desta vez. O meu pai tem um grande apreço pelo senhor, e é só por isso que vou relevar desta vez.

-Ocê fala demais rapaz.Ele me chamou de caipira doido quando disse a ele que uma coisa vinda do céu caiu na minha propriedade. Caipira doido, posso ser caipira,mas doido,isso não.

     

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-Melhor me mostra logo esse objeto senhor,a minha paciência tem limites.-A apatia de Walter já o ataca ferozmente;isso significa que, seu humor iria mudar bruscamente. Logo o fazendeiro deixou de lado a espingarda e pediu que os oficias acompanhasse ele. O objeto de que tanto o fazendeiro falava estava acolá no celeiro. Desprendeu de sua cintura uma miríade de chaves. Procurava a do celeiro.

     

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-Cadê ocê danada? -Resmungava o fazendeiro enquanto travava uma luta contra as chaves. Felizmente logo ele encontrou a chave do celeiro abrindo a grande porta de madeira carcomida pelas traças. Thomas liga a lanterna como se estive no modo automático. O sol não penetrava mais no celeiro; nem sequer, os faróis da viatura.Un breu agonizante penetrou as almas dos nossos companheiros oficias.

-Onde está o objeto sr.Bernand? -Pergunta o xerife nem um pouco contente com aquela escuridão.

-O que houve chefe? Está soando frio. Diz Thomas ao ver que Walter estava combalido. -Nada, continue andando. -Venha logo Walter, está logo ali perto do feno.-O velho fazendeiro parecia mais uma criança querendo mostra ao pai seu castelo de areia pela animação que expressava. Foi mais do que o bastante para Walter fica vermelho de raiva quando o velho mostrou-lhe um objeto metálico.Algo que lhe tirou do sério em dois tempos. Estava ali algo metálico, debruado de parafusos retorcidos. Poderia ser alguma parte de um trator velho, ou até mesmo de um trem antigo.-Já chega!!!-Gritou Walter que já estava uma pilha de nervos. Estou trabalhando desde cedo senhor, estou muito cansado.E pensava eu que largaria às três da tarde para descansa na varanda.Mais não,tinha que receber quinze ligações de um caipira que acha que um disco voado caiu na sua fazenda.Para mim chega entendeu!!!Da próxima vez deixo o senhor no xadrez.Vamos embora Thomas,espero ainda pega jogo no começo.-Xerife é melhor o senhor vê isso.- Indagou Thomas que já se encontrava agachado sobre o objeto em questão.

-O que foi Thomas?Encotrou o fabricante do trato?Ou achou a data do trem?

-Nem um dos dois senhor. É algo que o senhor deve ver agora.

Uma centelha de comiseração ainda vivia no xerife, pois ele sabia que teria uma grande decepção ao se aproximar do objeto. Pensava ele que seria algo irrelevante, algo que só um nerd perderia tempo olhando. Todavia, não foi bem isso que aconteceu quando curvou-se perante aquele objeto de metal.

     

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CAPÍTULO 3

A luz trêmula da lanterna revela algo que deixa Walter

boquiaberto. Estava escrito em letras legíveis:URSS era o que estava escrito naquele metal.E completando a arte um desenho de uma foice cruzada com um martelo. - Santo deus Thomas!!-Exclama Walter ao ler tais siglas.

-Será que é radioativo? -Diz Thomas afastando-se. - Não seja tolo Thomas, deve ser fragmentos de algum míssil soviético. Mas acho que não seja radioativo. -Walter retira o cassetete da cintura para apalpar o metal.

-Não mexa ai Walter, não sabemos o que pode acontecer. Pode ser algum novo tipo de bomba altamente potente. Tolice!!-Ele sacodiu três ou quatro vezes o material metálico esperando que ele responde-se. Totalmente inerte era o pedaço de metal retorcido. Era somente uma parte de algo que se fragmentou em mil pedaços pelo espaços. -Viu, apenas metal Thomas.- Virando-se para o fazendeiro Walter retirou do bolso um bloco de anotações:- Diga-me Bernand o que você realmente viu no dia da tempestade?

-Foi uma baita de uma tempestade meu velho. Vi toda a tempestade se forma diante de meus oiôs.O mato parecia que ia se solta do chão,o vento uivava como cachorro louco.Parecia o juízo fina meu camarada.Tava eu lá sentado dentro de casa, quando de repente uma luz azulada despencou do céu para o chão.Não tô mentindo meu velho,foi algo sobrenaturá. –Então o senhor esperou a tempestade passa para ver o que tinha caído? -Isso mesmo. No outro dia fui lá onde cairá o tal objeto.Tinha feito um buraco do tamanho de uma cova de defunto.Ainda tava quente quando me aproximei dele.Depois disso, coloquei ele na minha caminhonete e trouxe para cá. Nada lhe aconteceu quando tocou o objeto?-Apenas uma queimadura na mão direita.Minha velha vez um curativo e está melhorando. –Acho que isso vai pode ajuda na investigação. Peço desculpas pelo meu comportamento sr.Bernand,mas às vezes ser policial acaba com seus nervos.-Sem problema fiho,sem problema.-Agora por favor leve essa coisa do diabo daqui. Mesmo sendo um pedaço de metal,ele pesava uns 5k.Quando saíram do celeiro já era noite. Podia-se ver a lua cheia encoberta por algumas nuvens.O vento vindo do mar urrava melancolicamente. Foi depositado no porta malas o artefato soviético.- O último cigarro. -Arquejou Walter com pena de pôr o cigarro no lábio.-Ocê vai ligar para o presidente?-Não sr.Bernand,vamos chamar primeiro um especialista em bombas para nos dar os pormenores a respeito dessa coisa.

-Alegro-me que tudo vai ser resolvido.Agora ocês me dá licença que eu vou colocar as galinhas no galinheiro.

     

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Já passava das seis da noite quando finalmente sentei-me na varanda para relaxar. Podia-se ver toda cidade da varanda. Amava fica boa parte da noite ali, observando as luzes da cidade. Judy me dissera que iria preparar um bife à chateaubriand. Legumes, ervilha, e feijão-verde completava esse delicioso alimento. Enchi a taça de vinho até a borda enquanto admirava a lua. Um calafrio percorreu todo o meu corpo quando uma mão fria tocou-me o ombro. Virei-me rapidamente para ver quem era. Matilde abrir um lindo sorriso ao me ver. Ela acabara de toma um banho. Usava um short jeans e uma camiseta rosa. O short jeans estava um pouco apertado, pois podia-se ver que suas cochas estavam avermelhadas. Sua beleza é magnífica; seus olhos, sua boca vermelha, Seu rosto. Tudo tão perfeito. Ela puxa uma cadeira para junto de mim. -Sabe Jimmy, a lua é tão hipnotizante que acredito em aparições de lobisomens. -Diz, pondo os cotovelos sobre as coxas e apoiando sua cabeça nas mãos. -Vinho? Pergunto puxando uma taça vazia, (que provavelmente seria para Judy). -Sim por favor. Só não coloque muito, ainda quero janta. -Um simples toque de mão ao passa a taça para ela me sobe um calor intenso. -O que foi Jimmy? Está soando muito. -Nada…realmente...não foi nada. Calo-me e tento atrair a atenção dela ao encher a taça de vinho. -Fale-me sobre você. Já se formou em psicologia? -Puxo uma conversa para fazer ela se esquecer do fato agora a pouco. Entretanto, antes de falar qualquer coisa ergue a taça com suas mãos delicadas e bebe um gole de vinho. -Safra 1994 Califórnia? -Certíssima querida. Vejo que é uma apreciadora de vinho. Digo isso bebendo também para acompanha-la.

-Decerto.Minha mãe era uma ótima apreciadora de vinhos.

-Foi uma pena não ter conhecido minha sogra.

-Todos nós ficamos combalidos com essa notícia tão triste. Judy sempre foi a mais forte da família, sempre nos amparando na hora mais difícil. E não foi diferente no dia da morte de mamãe. Inexorável é o adjetivo certo para dar a Judy.Em nem um instante ela chorou, nem um instante. Foi só a noite que vi ela cair em pranto em seu quarto.Acho que ela propôs a si mesma a responsabilidade de cuida da família.

-Judy é uma mulher excepcional como você.

-Queria que os homens que conheço fosse igual a você Jimmy.Sempre tão gentil.

Sentia-me insuportavelmente compelido a dizer a ela que não sentia apenas uma amizade. E sim algo; algo que não sentia a muito tempo. Você sente como se tivesse engolido um bloco de gelo.Seu estômago fica estranho. Inconscientemente comecei a ter uma tendência ridícula de bebe demasiadamente taças de vinho. Matilde já percebera meu comportamento estranho. Sempre pondo a mão em meu ombro perguntando se eu estava me sentindo bem.De certa forma, isso só piorava a situação. Principiei-me a dizer que tudo estava bem.Mas em um ato de presteza fui tentar pega a garrafa quase vazia de vinho.Isso ocasionou uma drástica cena.O vinho encontrava-se em uma pequena banquinha do lado esquerdo de Matilde.Minha mão tremula ao tentar pega a taça vez com quer ela caísse sobre às pernas de Matilde.Não tinha sido muito vinho, mas assim mesmo molhara suas coxas.

-Perdão!!!-Falei com um aspecto ridículo na face.

     

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-Não foi nada.-Disse ela pegando um guardanapo que estava sobre à mesa.

     

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-Deixe que eu faço isso. - Tentei convencê-la, (já que eu fora a causa do ocorrido).

-Não se preocupe. - Insistiu Matilde que já apresentava indícios de desconforto, (pois as maçãs do seu rosto se encontrava vermelhas). Ao toca-lhe a sua coxa macia e branca, senti uma voluptuosidade enorme. Nossos olhares se fixaram; nossos corpos se aproximaram, e em súbito nossos lábios em alguns instantes se tocariam. Um barulho de arma de fogo corta o ar, fazendo nos separarmos rapidamente. Voltei-me para a cidade e vi que o barulho tinha vindo do bar do Henk.

     

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CAPÍTULO 4Às dez e trinta Henk fecha o bar e começa seu ritual matinal de limpeza. O “Jukebox” tocava “Easy To Love”* freneticamente fazendo Henk ter lembranças alegres de sua juventude. Começa a passa o esfregão no chão enquanto tragava um charuto. O telefone toca o fazendo parar o trabalho.Estica-se sobre o balcão e puxa o telefone:

-Alô!!

-Alô Henk,quem tá falando é o Bernard.Cê sabe se o xerife passou por ai as seis da tarde?

-Oi Bernand.-Ofegou Henk.-Não,ele não passou hoje por aqui.Ele foi ver o objeto que você me disse?

-Sim, ele foi,mas depois de uns quinze minutos apareceu Truman bufando.Ele estava com uma espingarda e sangrava à beça.Me disse que alguma coisa tentou ataca-lo, tentou matá-lo. O telefone ficou duas horas sem funciona.Ai pensei em ligar pra ocê porque achei que ele estava ainda ai.Ocê já fechou?

-Já Bernand.Mais como está Truman?

-Está melhor. Pedir a ele que ficasse na minha casa hoje junto com sua filha.Coitadinha, tá muito assustada.

-Olha Bernard,vou tentar liga agora para o xerife e te ligo em seguida.

-Ocê é um homem bom Henk.Deus lhe abençoe.

Henk recoloca o telefone no gancho e dar a volta no balcão.Estava com uma dor terrível na coluna. Puxou um banco para sentar e depositou o telefone sobre o balcão. Enquanto discava ouviu um barulho atrás do bar.Pensou que fosse gatos na lata de lixo e não deu muita atenção.Mas o barulho continuou excessivamente. Não era mais na lata de lixo,agora o barulho provinha da porta de trás; como se alguma coisa,ou alguém, quisesse entrar. O barulho incessante o faz jogar o telefone de lado. Apesar da aparência fantasmagórica de henk,sua obstinação o faz pegar sua escopeta embaixo do balcão. Abri a gaveta onde guarda a munição da escopeta. A recarrega e prossegui cautelosamente para o fundo do bar.A porta do banheiro para os clientes estava entreaberta. Podia-se observar que a luz fraca do banheiro estava acessa. Indagou Henk:-Deve ser algum bêbado maldito.Mas ao abrir vagarosamente a porta do banheiro teve uma grande decepção.Uma torneira aberta,portas escancaradas,e um fedor insuportável de mijo mostrava que sua hipótese estava errada. Ouvi-o novamente o barulho. Saiu para fora e viu que o barulho tinha existência na porta dos fundos.-Quem tá ai?!!-Gritou tentando amedrontar o ladrão ou qualquer coisa que estivesse do lado de fora. Ninguém respondeu,mas o barulho continuava. Andou até a porta cambaleando. Tudo ficou tão silencioso como em um jazigo de defunto. Sentiu uma vertigem ataca-lhe terrivelmente. Apoiando-se na parede tomou fôlego; em seguida destrancou a porta. Até o rangido da porta fazia o coração de Henk acelerar.Uma névoa intensa dificultava a visão já cansada de Henk.Decerto podia-se ver latas de lixo caídas no chão. Mas não se via

     

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quem causara esse vandalismo.A cidade estava silenciosa demais,demias para um domingo. Apenas o coaxar dos sapos quebrava o silêncio daquela noite horrenda.

*Música cantada por Billy holiday”.

Nuvens se dissipam fazendo com que a lua ilumine o território onde estava Henk.Dei uma boa olhadela pelos arredores à procura do causador de tanto transtorno,mas nada encontrou.Henk já pensando que fora tudo fruto de sua imaginação, se preparava para entrar.Contudo ouve-se um granido fraco atrás dele. Vira-se rapidamente apontando a escopeta.Uma névoa fraca impedia de enxergar nitidamente.A escuridão reinava absoluta naquele extremidade onde podia-se ouvi o barulho.O que Henk conseguiu ver foi a última coisa que viu em vida.No escuro podia-se observar duas bolas pequenas que ardiam ferozmente na penumbra.Bolas que mais se assemelhavam a olhos de algum lobo. Mas esse olhos eram de uma cor avermelhada muito forte e intensa.Henk hesitou em continua caminhando, caminhando possivelmente para a morte:-Ora Henk, você lutou na segunda guerra, matou chucrutes malditos. Pensava Henk. Então como em outrora voltou toda a coragem e continuou andando. Foi esse o fim de nosso querido Henk,o fim mais horrível que um homem que sobreviveu à guerra poderia ter.Não se escutou nem um grito, ou gemido da parte de Henk,apenas os disparos da escopeta deduziu que Henk tentou luta;tentou,mas caiu sem vida no chão com o estômago aberto e as vísceras à mostra. Se Jimmy tivesse chegado minutos atrás poderia ter salvo a vida do amigo, mas o opala chegou minutos depois do fato ilícito ter ocorrido.Estacinou o carro na frente do bar e desceu junto com Matilde que vestia uma jaqueta de coura,mas ainda usava o short jeans.

-Será que aconteceu alguma coisa com o Henk?-Pergunta Matilde um pouco nervosa.

-Não sei, porém é melhor você fica no carro. Advertiu Jimmy à Matilde, (que na verdade não gostou muito da ideia;pois agarrava firmemente o braço de Jimmy.)

-Não Jimmy.....estou..com medo. -Disse ela gaguejando.

-Está bem.Fique atrás de mim e qualquer coisa corra.Ainda bem que eu trouxe meu revólver.- Os dois então foram em direção a porta principal. Ao chegar lá Jimmy girou a maçaneta sem grandes êxito.

-Vamos por trás.- Sugeriu Jimmy.-Matilde segura a mão de Jimmy com medo que ele a esquecesse. Não demora muita para eles chegarem do outro lado e ver a cena que faz Matilde chorar sobre o ombro de Jimmy.Atônito e inexorável era as expressões que Jimmy fazia.Nada, simplesmente Jimmy não fazia nada. Matilde olhou para Jimmy em pranto e disse:-Por favor Jimmy, faça alguma coisa-.Saindo daquele transe Jimmy afastou Matilde um pouco; retirou o casaco que vestia para cobrir o rosto agonizante do seu pobre amigo.-Quer fica no carro ou vim comigo?-pergunta Jimmy que estava predestinado a entrar no bar e ver se o ladrão ainda se encontrava lá.-Vou com você Jimmy.Estou com muito medo para fica sozinha.

-Então vamos.-Disse procedendo junto com Matilde.-Entrando no bar não viu nem um sinal de luta à princípio. Mas quando Matilde sacou a lanterna

     

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que trouxera com ela,viu no chão um rastro de pegadas de lama.-Será que ainda está aqui?-Pergunta Matilde bem baixinho.

-Deve estar. Provavelmente.....o que foi isso?-Balbuciou Jimmy que interrompeu a conversa quando ouvi um barulho vindo do salão principal. Engatilhando o revólver Jimmy pôs a caminha vagarosamente com Matilde a seu encalce.Ouvia-se baixos resmungos de uma voz masculina rouca. Todavia, os resmungos cessaram quando Matilde acidentalmente tropeça em uma garrafa de cerveja vazia.

-E agora? -Pergunta Matilde já apavorada com tudo aquilo.

-Tenha cauma,pode ser que o ladrão esteja desarmado, ou possa ser algum bêbado.

Então eles prosseguem. Penetram o salão que se mostrava silencioso, muito silencioso. Tem alguém ai?-Protesta Jimmy.Nem uma resposta é ouvida,(só de metal entrando em contado com um crânio humano).

     

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CAPÍTULO 5

Jimmy acordara cambaleando e vendo tudo duplicado. Sente um líquido

escorrer sobre sua face; deduzindo que sangrava. Tudo estava confuso para ele, menos os gritos de Matilde pedindo socorro.

-Matilde!!!-Gritou ele, desesperado apoiando-se sobre o balcão. Quando parcialmente conseguiu recobrar o sentido da visão, algo lhe acertou violentamente no rosto o fazendo cuspi sangue. Sentia como se algo muito pesado o tivesse golpeado.Mas ele não caiu, tentou levantar-se e foi levado ao chão por um homem que agora podia ver parcialmente. Estava muito escuro para ver o rosto do sujeito, contudo o cheiro de uísque barato,e a voz acusava que era um homem. Jimmy sentiu perde todo o ar quando duas mãos pesadas fecharam-se sobre seu pescoço. Só ouviu algumas coisas antes de começa a ver tudo escurecendo:-Devo admitir valentão, você é muito forte. Mas não vai ser tão forte quando eu acaba com você agora.E obrigado por trazer essa gracinha com você. Apesar de gosta das mais novas,estou um bom tempo sem mulher e quero praticar. Foram as únicas coisas que Jimmy ouviu e, ouviria, se não fosse por Matilde que quebrou uma garrafa de cerveja no sujeito que quase o matou. Quando o sujeito caiu de lado, Jimmy pôde ver o rosto de Matilde que chorava descontroladamente. Ela levanta cuidadosamente jimmy que fica sentado no chão.Ela o abraça tão forte que o faz ficar sem ar por alguns instantes.Em seguida o beija para ter certeza que ele estava vivo,e que o amava.Súbito ele afasta seu lábio do dela. Ficam a se fitar por alguns segundo sem pronuncia nem uma palavra.

-Desculpe.- Finalmente fala Matilde ficando corada.

-Eu que peço desculpas.Deveria ter conhecido você antes de Jane.-Matilde olhou para Jimmy perplexa com tudo que ele falou.-Jimmy,por favor sabe que não podemos,eu amo Jane e não quero fazê-la sofrer. Foi culpa minha tê-lo beijado. - Levantou-se rapidamente e ajudou Jimmy também.

-Você está ferida?Ele fez alguma coisa a você?.-Perguntou Jimmy voltando ao mundo real.Seu lábio estava ferido e sua camiseta tinha um pequeno rasgão.

-Ele machucou você? -Disse olhando Matilde dos pés à cabeça.

-Não. Estou bem.Precisamos ligar para Walter e amarra este ladrão para podermos entrega-lo a ele. - Prosseguiu Matilde mantendo a visão no vândalo que tinha atacado ela.

-Você está certa querida. Acho que Henk guardava uma algema que Walter lhe presenteou em seu aniversário. - Em seguida Jimmy e Matilde pôs a procura a algema. Entre uma vasculhada e outra Matilde encontrara a algema em uma gaveta.Jimmy procurou alguma estrutura de ferro para contorna as algemas ao pulso do mesmo. Pôs a algema sobre um dos bancos, que tinha uma estrutura de ferro muito resistente, até para um grandalhão como aquele. Acendeu as luzes do bar e voou para o Telefone. Enquanto discava para o gabinete de polícia viu que a máquina registradora estava aberta, (havia dinheiro espalhado sobre o chão). Thomas sentia-se hipnotizado escutando “Radio gaga” no “WALKMEN”. O telefone que tocava incontrolavelmente não o fazia parar de escutar a música.

     

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*” Uma das faixas do Álbum do queen intitulado the Works de 1983”

     

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Thomas só percebe que o telefone está tocando quando a fita cassete prende-se ao cabeçote do Walkmen.Tentou salva a pobre fita que comprará semana passada, mas não houve muito êxito em sua frustrada tentativa. Totalmente amassada e sem possíveis restaurações. Pondo a mão na cabeça Thomas tentou não enlouquecer naquele mesmo instante. Parecia um louco que tem uma excêntrica mania de colecionar coisas, coisas que ao perdê-las o faz fica mais louco do que já está. Sentou-se para meditar quando viu em sua frente o telefone tocando incessantemente. Puxou-o rapidamente para ver do que se tratava.

-Alô gabinete de polícia aqui quem fala é Thomas.

-Thomas sou eu Jimmy.Por que demorou tanto a atender?

-Desculpe Jimmy estava atendendo uma vítima de assalto agora a pouco.Diga-me por qual circunstância está ligando às......-Thomas levantou o pulso para confirma às horas que nem ele mesmo sabia.-Não acredito.-Disse Thomas espantando esbugalhando os olhos.-Doze e quinze.Como isso foi acontecer?

-Não entendi Thomas do que você está falando? -Perguntou Jimmy.

-Deixa para lá, não foi nada.Me diz o que está acontecendo Jimmy.Sua voz está trêmula.-Argumentou Thomas agarrando a caixa de pizza que estava do lado dele.Enquanto devorava a última fatia de pizza Thomas ouviu o que tinha ocorrido no bar do Henk.Compreendeu? Pergunta Jimmy que tentava se manter calmo.Calmo era algo que Jimmy simplesmente não estava.Quem estaria em uma situação tão terrível como aquela. Teria que tomar remédio todo à noite para não ter pesadelos com Henk despedaçado.

-Thomas,preciso urgentemente do xerife aqui. E preciso agora. O ladrão pode acorda a qualquer momento, à qualquer momento. E sabe o que isso significa? Que se não chegarem logo com uma viatura aqui,eu vou.....matar esse desgraçado com minhas próprias mãos.

-Acalme-se Jimmy, olha…eu vou liga agora para Walter, vou explica tudo a ele. Vai tudo fica bem.Tome um copo d’água e não mexa no corpo até chegarmos tudo bem? -Sugeriu Thomas que já começava a ter sua crise de asma com tudo aquilo que estava ocorrendo.

-Certo.Não demore muito, minha mulher já deve estar morta de preocupação. Declarou Jimmy que já se sentia esgotado de tudo aquilo. Tendo recobrado todo o fôlego após usa o nebulímetro Thomas disca os números do telefone residencial de Walter.A mulher de Walter é do tipo nervosa;daquelas que adora ir ao salão de beleza fala da roupa cafona da vizinha ao lado, ou do cachorro da mãe da vizinha. E fica mais nervosa quando é acordada no meio da madrugada com o tilinta do telefone.

-Walter!!!-Berra a mulher que mais parece uma baleia cachalote.

-Que foi…mulher? -pergunta Walter que babava mais que um cachorro após corre no campo por várias horas.

-O que foi, você é surdo? O telefone!!!!

Walter liga o abajur e, em um descuido, deixa cair o copo de leite sobre o tapete do quarto.

-Walter!!! Meu tapete novinho.

     

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-Por favor mulher, me deixa em paz só um minuto da minha vida. - Diz levantando-se da cama e puxando o telefone.

-Alô…-Boceja.

-Chefe sou eu Thomas.

-Só me faltava essa. O que você quer Thomas? É doze horas da madruga. Pelo amor de deus o que você quer? -Walter esfrega os olhos.

-Chefe lembra que o senhor me disse que se houvesse algo muito grave liga-se?

-Lembro. O que aconteceu? Você viu um lobisomem no banheiro? Ou tá acontecendo um ataque terrorista?

-É sério chefe, muito sério.

-Então desembucha logo.

- Henk foi morto e Jimmy está com o assassino.

‘’Henk’’ ‘’morto’’ e ‘’assassino’’ foram as únicas palavras que Walter conseguiu compreender antes de deixar escorrega sobre os dedos o telefone. Se ele não estivesse na cama tinha tombado no chão como alguém que tem ataque do coração.Morto? Perguntava para si mesmo sem entender muito bem o que realmente tinha acontecido. Domingo passado tinha ido bebe e conversará várias horas com Henk sobre aborto e religião. Mas agora não estava mais respirando, Henk o veterano de guerra estava morto.

     

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CAPÍTULO 6

Brad nelson sentia-se como se sua cabeça fosse explodir naquele mesmo instante. Se viu algemado a um banco de bar e riu ironicamente. Cuspi e observa Matilde como um animal selvagem em busca de sua pressa. Sentada, abaixou um pouco a camiseta rasgada deixando à mostra parte do sutiã para limpa um pequeno ferimento no ombro. Brad passou a língua sobre os lábios como alguém que ver um bife suculento em sua frente. Era um homem desagradável de se olhar: cabelos pretos e longos, olhos inchados de noites não dormidas, rosto quadrado e terrivelmente grotesco para se olhar por muito tempo. Usava uma enorme barba amarelada do tabaco barato que fumava. Vestia-se como um motoqueiro, só que um motoqueiro em farrapos. A jaqueta que usava estava muito desgastada, (provavelmente roubará de algum motoqueiro após matá-lo). A jaqueta fora rasgada nos braços os deixando à mostra, e revelando cicatrizes de faca ou até mesmo de arma de fogo. Não era muito forte, mas corpulento e bem pesado para matar um ser humano com suas próprias mãos. Tentou força as algemas em uma tentativa de escapatória, (talvez conseguiria se aqueles bancos não fossem tão resistentes). Assustou-se demasiadamente ao ver Brad forçando as algemas; Matilde precedesse a chamar Jimmy.

-O que foi boneca, não gosta mais de mim? –Brad abrir um sorriso maléfico ao fala com Matilde.

-Você é um porco imundo!!-Diz Matilde enojada. Brad Começa a gargalhar incontrolavelmente franzino a testa.

-Tolinha, acha que vou fica algemado aqui por muito tempo? Claro que não. Sua pele é muito bonita e macia, igual a das minhas bonecas. Isso muda algumas coisas, mas não tudo, ainda prefiro minhas bonecas que posso ensiná-las. Isso é indispensável para o prazer de um homem como eu.” Sr.Brad você tem uma doença muito grave na alma e precisa de tratamento”. Disse uma vez um psicólogo que tentou tratar-me. Doente, tenho algo de doente em mim boneca? Não aprovei o que aquele velho falou e arranquei sua língua para compreender que não estou doente.

Tratava aquela foto desbotada como um tesouro indispensável para minha sobrevivência. Ano de 1983 quando estava noivo de Judy. Ela se agarrava em minha cintura com uma paixão quente e feroz que não vejo mais. Nessa época seu cabelo era curto, (como minha querida Matilde) e tinha um aspecto mais feliz. Jorrou lágrimas de meus olhos molhando a foto.Eu, Jimmy chorava como um bebê recém-nascido pondo a foto sobre o peito.Tudo era demais para mim, a morte de meu amigo,minha paixão por Matilde,e aquele louco maldito que matou meu amigo tão brutalmente.Enchugo os olhos e tento me recompor, tento fica firme. Meu coração gela ao ouvi Matilde me chama com um tom de voz alterado. Dou um sobressalto da cadeira onde estava e corro ao alcance de Matilde.

     

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Ao chegar lá fui surpreendido por Matilde abraçando-me fortemente. Tremia demasiadamente e chorava.Aponhei minha mão sobre seu ombro e olhei de relance o calhorda que ria lascivamente.

-Coitada a fiz chorar. -Declarou Brad.

-Cala-se seu verme!!!-Gritei tentando intimidar o desgraçado.

-Acha que vou me calar para um homem que não consegui se defender sozinho. Você é tolo seu lixo. - Gargalhava ainda mais.

Levanto meu punho em uma tentativa de agredi-lo, mas sou impedido por Matilde que se agarra a meu braço. Sua mão macia toca-me o rosto me fazendo esquecer o zombeteiro que ali residia. Tão terna e calma Matilde estava que achei estranho, (já que coisas terríveis fora presenciada por ela).

-Por favor Jimmy, fique aqui comigo.Abrace-me por favor. Ela começava a se acalmava gradativamente. Sua cabeça repousa delicadamente em meu peito. O maior calmante era ter ela em meus braços, calma e tranquila.

-Onde estava? Fiquei com medo que ele se solta-se. –Pergunta-me já calma.

-Fui ao banheiro. Me desculpe por demora. Você quer......

A sirene faz calar-me rapidamente. Estava tudo acabado e esse desgraçado pagaria no corredor da morte. Procuro a chave da porta central para pode dar às boas-vindas aos oficiais. Lembro-me que Henk guardava uma cópia da chave perto da caixa registradora. Começo uma busca naquela parte até encontrar por baixo de uma caneca com dizeres de ‘’ Feliz natal” a bendita chave.

1h30 da madrugada viatura policial indo em direção ao bar

Henk’s & DRINKS

Thomas buzinava a espera de Walter que acendera todas as luzes da casa. Interrompe por alguns segundos para troca a fita cassete de Billy idol,e volta a buzina com medo quer o xerife não aparecesse. Súbito Walter abre a porta de sua casa e sai às pressas em direção a viatura. Trocam de lugar, (Walter odeia fica no banco do carona) e então vão em direção ao bar. Desliga o Walkman e vira-se:

-Walter, sei que Henk era um grande amigo seu, mas prometa-me que tentara mante o controle? - Walter não fala nada por alguns segundo. Seus olhos pareciam estarem longe, muito longe. Tentava organiza tudo em sua mente, sentia-se como se tudo não tivesse mais sentido. Puxa do bolso da camisa uma carteira de cigarros. Mantendo o olho na rua puxa com os lábios um cigarro.

-Tem fogo? -Pergunta sem virar a cabeça.

-O quê?!Você está bem Walter? Ao menos ouviu algo que eu disse? –Ressaltou Thomas perplexo com a atitude de desdém de Walter.

     

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Continuava com um olhar etéreo e sem brilho, observando o horizonte manchado com alguns nuvens que encobriam a lua cheia. Assentiu balançando a cabeça para Thomas e jogando o cigarro pela janela do carro. Pôs a mão sobre a testa quase cobrindo as sobrancelhas franzidas. Tomou fôlego e disse:

-Desculpe-me Thomas, acho que fiquei meio abalado com isso.Henk era um ótimo amigo, amigo meu e de meu pai.

-Não se preocupe, sei como é perde uma pessoa. Perdi minha mãe em um acidente de carro quando tinha uns quinze anos. - Entre uma palavra e outra Thomas ofereceu um copo de café para o xerife que tremia com o frio da madrugada. Espessas nuvens de fumaça exalavam dos bueiros da rua que se encontrava deserta. A escuridão penetrava violentamente entre becos e matas habitadas por animais selvagens. A cerca de alguns quilômetros do bar um poste piscava incessantemente projetando uma fraca luz sobre aquele local encoberto por uma névoa fantasmagórica. Os olhos de Thomas se esbugalharam por cima dos óculos ao ver, (ou imaginar) ter visto na escuridão um brilho avermelhado que se assemelhava a olhos de um lobo.Com a boca entreaberta, agitou a mão como se alguém tivesse tropeçado em seu pé e tivesse perdido o dom da voz com tanta dor.

-O que foi Thomas?

Continuava agitando a mão, tentando achar forças para branda algo. Mas logo parar de tentar quando os olhos vermelhos desaparecem na escuridão.

-Sumiu. –Coça a cabeça sem entender.

-O que sumiu? -Pergunta Walter já a ponto se esbofeteá-lo.

Virando-se para a posição normal encosta-se no banco; retira o óculo embaçado, pega seu lenço azul, e começo a circunda as lentes com sua mão direita enquanto respira em intervalos.

-Acho que vi algo chefe, mas dever ter sido alucinação. Devo ter bebido café demais.

-Ou assistido filmes demais. –Completou Walter ligando a sirene. Mais o que diabos você viu afinal?

Ajeita seu cabelo antes de continua:

-A viatura estava em uma velocidade baixa e pude ver claramente, não tão Claro, mais vir na escuridão duas coisas vermelhas que pareciam com olhos de lobo. Flutuavam assustadoramente na escuridão.

-Acho que foi impressão sua Thomas. Não temos lobos por aqui. Tome. –Passou o copo de café para Thomas. - Ainda estar quente.

     

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CAPÍTULO 7

1h59 da madrugada.

A Walter liga a sirene ao estacionar na frente do Henks’s & Drinks.Walter assumirá uma palidez repentina ao girar a chave da ignição e pega o alto falante atrás do banco.

-Está transpirando chefe. Tudo bem?

-Estou. –Assentiu Walter.

Procurou forças para abrir a porta da viatura, (já que deveria cumprir seus deveres de oficial) e desceu sacando a pistola com a mão trêmula. Ligou o alto-falante e pôs sobre a boca para proferir tais palavras:

-Jimmy aqui é o xerife. Abra a porta para que possamos ver se estar tudo bem com você. - Demorou entre alguns segundos até os dois oficiais ouvirem um range de porta vindo do bar. Quando viram a porta abrir Thomas pôs a arma em punho também, para se preparar imediatamente para agir. Saiu de dentro do bar Jimmy pondo a mão para cima com medo que os oficiais o confundissem com o malfeitor.

-Sou eu Walter. O bandido está algemado aqui dentro venham logo.

Não demorou muito e os Três entraram no estabelecimento onde se encontrava Matilde e o bandido. Matilde voltou a abraçar Jimmy enquanto Walter dava diversas ordens a Thomas a respeito de como deveria prosseguir em uma cena de crime. Pegando do bolso um bloco de notas Thomas chegou perto de Jimmy que agarrava a cintura de Matilde.Lambeu o polegar folheando uma página em branco do bloco de anotações:

-Diga-me tudo Jimmy, não omita nada por favor.

-Certo. Pode pergunta Thomas estou a sua disposição.

-Como você soube que Henk fora assassinado?

-Estava eu na varanda tomando um drink, quando de repente ouvi tiros vindo do bar do Henk.

-E Matilde?

-Matilde, bem ela estava conversando comigo e foi nessa hora que ouve o ocorrido.

-O senhor ligou para sua mulher?

-Sim, após......Nesse momento desceu da face de Jimmy lágrimas que fora enxugada por Matilde com um lenço.

-Perdão Thomas.Após ouvi os tiros Matilde estava tão pesarosa de ficar sozinha que a levei junto comigo.Disse a minha Judy que vira algo de errado no bar do henk e disse a ela que iria verificar.

-Você estava armado Jimmy?

-Sim,um revólver de cano curto.

     

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-Devo pergunta se tem autorização de porte de armas?

     

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-É claro. - Sacou do bolso a carteira onde havia o documento de porte de armas.

Olhou cuidadosamente o documento e entregou de volta a Jimmy.

-São normais Jimmy.

-Não se preocupe. - E onde se encontra o corpo? -Jimmy hesitou em fala, mas seu gesto virando a cabeça fez Thomas entender onde estava o cadáver. Guardando o bloco fez um sinal para Walter.Venho em direção Thomas:

-O que foi Thomas?

-Chefe devemos ir ver o corpo. Se quiser posso ir sozinho.

-Fiz um juramento de defender essa cidade Thomas, sei muito bem meu dever e devo deixa esses sentimentos de lado por enquanto. Apesar de tudo o canalha já está nas mãos da justiça. Isso basta para fica tranquilo de espírito.

-Então tá certo chefe. Posso ir na frente se quiser?

-Será bom para você Thomas começa a ver as terríveis cenas dessa profissão.

Walter deu uma advertência a Jimmy que ficasse ali de olho no bandido, enquanto ele e Thomas iriam averígua o crime. Thomas desprendeu do cinto uma lanterna e acendeu, (já que a luz do corredor estava queimada, e piscava em pequenos intervalos). Thomas tagarelou qualquer coisa, mas Walter não ouvira, estava em um transe de agonia e terror. Muitas vezes parava esfregando os olhos como se tivessem embaçados. Parou subitamente ao ouvir um som que lhe arrepiou a espinha. Principiou a destravar a arma e levantou-a; esperando, o que fosse para atirar. Estremeceu ainda mais quando Thomas pôs sua mão magra e gelado em seu ombro. Não precisou palavras para entender o que Thomas queria lhe explicar. A porta dos fundo batia como se um fantasma zombassem dos polícias que mais pareciam duas crianças com medo do bicho papão. Guarda à pistola ao ver que o vento frio era o causado de tanto medo. Os dois voltaram a caminha em direção a porta. Walter dar o sinal para Thomas abrir a porta, tentava não tombar no chão ao ver a cena terrível que o esperava. Parecia uma eternidade abrir aquela porta, uma maldita e triste eternidade. O choque não foi tanto, pois Jimmy colocará sua jaqueta no corpo do amigo. Respirou fundo,olhou de um lado para o outro como em busca de novas pistas e acenou com a cabeça para Thomas descobrir o corpo. Abaixou-se um pouco para retira a jaqueta; foi só esse movimento que fez, pois paralisou ao presenciar a imagem chocante que fez suas sobrancelhas se contorcerem amargamente. Às pernas cederam ao chão, as mãos tocaram o chão frio enquanto a cabeça rodopiava inexpressiva. Vomitará o janta todo no chão.Sentia-se muito mal, suava frio, não conseguia se mexe, continuava inexpressivo, sem vida nos olhos lacrimejados. Walter agarrou Thomas na gola da camisa lhe esbofeteando no rosto.Também estava em choque, mas precisa manter a calma.

-Fique calmo Thomas,você dever ser controla agora!!!!-Berrava Walter que bufava de cansaço.

     

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Ele continuava chorando, quisera Thomas esta calma naquela hora, mas era a primeira vez em sua vida que via um corpo morto.

     

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Seu raciocínio fora rápido ao encobrir o corpo novamente com a jaqueta. Pegou a lanterna que deixará cair e começou a procurar a arma do crime. Thomas, coitado, estava ajoelhado no chão tentando pôr em ordens as faculdades mentais. Walter Olhava atentamente a cena do crime. A luz do posto estava quebrada, era uma breu imenso. Walter andou vagarosamente apontando a luz amarelada da lanterna para o chão de terra. Viu um rastro de sangue que não tinha origem ao corpo de seu amigo; resolveu segui-la para ver onde dava. Andou até uma grande lata de lixo que tinha marcas de sangue. Respirou profundamente e abriu uma das portinholas da lata. Já imaginava uma cena horrenda que o faria vomitar até o celebro, mas só um odor de comida estragada o fez fechar a portinhola novamente. Virou-se para volta ao local do crime quando viu na sua frente um corpo despedaçado. Provavelmente era um mendigo a julgar pelas roupas em farrapos; tinha ao seu lado uma garrafa de bebida pela metade, e a expressão de dor transparecia em toda sua face. Como Henk, seu estômago fora aberto violentamente deixando as vísceras à mostra. Uma das mãos fora arrancada, e o celebro estava à mostra. Botou a mão na boca tentando não vomitar.’’Pobre diabo” Falava para si mesmo abaixo um pouco a cabeça. Não quis chamar Thomas, o coitado já estava a flor da Pele, e sua asma poderia o atacar violentamente o levando a óbito. Tentar pensa, mas era quase impossível. Walter nunca falara a ninguém, mas seu sonho nunca foi ser policial, e sim um pinto abstrato.

     

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CAPÍTULO 8

5 HORAS ANTES.

O livro de análise quantitativa escorrega como sabão pelos dedos de Charles. A cabeça estava pesada e os olhos cansados. Pensou em se deitar um pouco, mas antes iria preparar um café bem forte. Mudara-se para Ellicott city fazia um mês e nada conhecia na cidade. Dizia não se importa com amizades novas, ou casamentos. Resolveu mora ali por motivos que deixou bem claro ao corretor Jimmy que venderá a casa a ele. Ar puro e tranquilo para descansa era as únicas palavras que dissera a Jimmy, que o achará muito ante social. Ia uma vez na semana ao centro para fazer compras, achava as pessoas da cidade muito soberbas e tagarelas. Sua casa era uma típica construção americana: um cercado de madeira circundava a belíssima casa à moda antiga. Toda de madeira branca e janelas negras, escadas de tijolos amarelados, e uma bandeira americana concretizava que ali morava um típico cidadão americano que sai às seis da manhã com seu terno amarrotado para trabalhar. Comprará tudo novo para a casa, (apenas os móveis que já vinha incluso) mas os eletrodomésticos eram todos novos. A cafeteira novinha preparava uma ótima xícara de café; tentava preparar um sanduíche, (ou pensava ele ser um sanduíche). Puxou uma cadeira e sentou pondo os cotovelos sobre a mesa.Retirou o enorme óculos de cor marrom colocando sobre à mesa. Esfrega os olhos cansados de madrugadas acordadas. Charles não era mais tão jovem como em outrora: O cabelo preto agora começava a ficar grisalho, olhos castanhos, sobrancelhas finas e bem desenhas formava um rosto acadêmico. Sua boca tinha vida própria muitas vezes. Tinha entre trinta a trinta e cinco anos. Nunca se casará, dizia que mulheres era uma simples distração. Bem, dizia ele, pois sente falta de alguém para conversa às vezes. Uma espessa fumaça saia da cafeteira mostrando que o café estava quase no ponto. Olhava pela janela o breu que o inundava sua alma calmamente. Seus hobbys era ler livros por cima de livros. O que mais fazia nos fins de semana era assistir reprises de filmes cult. Planeta proibido era o seu preferido, (e claro depois do monstro da lagoa negra). Tantas indagações sobre Charles era feita pelos moradores locais: De onde veio? Qual era a profissão dele? Quem era ele? Odiava perguntas, desde à adolescência faziam perguntas demais. Apenas paz era o que procurava, como alguém que vai a templos budistas para meditar e se afasta de tanta violência e ignorância. Fazia um pouco de frio e Charles usava um suéter branco e uma calça social listrada. Estava começando a se acostumar com as férias prolongadas, pantufas, livros, e um lugar para sentar-se no entardece era como um sonho para Charles. Pensava isso até ver que seu saldo bancário estava quase esgotado, iria definha de fome pensava ele, precisaria regressar a raça humana para poder reabastecer sua conta. Mas ele não sabia vender casas, ou etiqueta embalagens de comida em um supermercado. Físico quântico e químico foram por cerca de 20 anos seu trabalho. Atuava na Universidade de Duken por 10 anos lecionando. Amava misturar reagentes e ver no que dava.Tentou por dez anos reconstruir a máquina que o doutor Frankestein inventara para dar vida ao corpo morto. Sim, Charles tinha um excêntrico hobby de querer reanimar corpos mortos. Por dez anos nunca teve êxito em seu trabalho doentio.

     

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Pega sua xícara verde preferida e despeja uma boa quantidade de café. Mexe vagarosamente o café com a colher enquanto fixo, olhar para o nada lá fora. Devorava o sanduíche delicadamente bebendo em intervalos o café.

-Será que devo dar uma olhada? – Perguntava para si mesmo mastigando o sanduíche. –Acho que sim Charles. O que há de mau em dar uma olhadinha? Após terminar a refeição lavou a louça e guardou tudo em seu determinado lugar. Pôs os óculos e se dirigiu à garagem. Charles presenciara a tempestade, e como o fazendeiro Bernand virá a luz azulada. Foi o dia mais excitante de sua vida. Como um Físico amava os fenômenos da natureza. Só que neste dia o fenômeno trouxe junto algo que deixou Charles mais animado para volta às pesquisas. Havia caído mais um fragmento do mesmo objeto metálico que cairá na fazenda de Bernand.Porém, esse não era um pedaço de metal retorcido, e sim a calda desse objeto. Sentia-se atônito com tudo aquilo, queria pesquisar a fundo isso. Teve um grande trabalho para carrega aquele objeto, pois era muito pesado. Agora estava pronto para trabalhar, dedicaria a manhã e à noite nessa empreitada. Tinha em mente a possibilidade de conseguir algo de grandioso com aquilo. Seu laboratório estava localizado na garagem.Não era como na Universidade, mas dava para o gasto.A garagem era um cubículo onde se concentrava seu Ford ldt e a mesa de pesquisas.Abriu a pequena janela da garagem para circular um pouco de ar lá dentro. Tentou analisar tudo antes de começa a cirurgia no objeto.A mesa era uma bagunça total: tubos de ensaios rodeavam a mesa de metal polido; livros se acotovelavam-se com frascos e grandes jarras transparentes contendo líquidos de cores variadas.No final da mesa havia uma vitrola muito elegante toda construída em madeira. Trouxera junto com ele mais uma xícara de café e embaixo do braço um LP de ‘’Mozart Barchet Quartet’’.Puxou o quadro negro que estava encostado na parede e apagou vários cálculos não terminados. Coçava a cabeça pensativo com o giz na mão.Anotou uma coisa aqui e ali.Jogou o giz sobre a mesa e pegou o LP como um viciado em ópio que já passará muito tempo sem uma picada.O estalar do LP gasto começava a entoar Mozart maravilhosamente naquele recinto abafado e quente. Fechará os olhos como um bobo enquanto fazia movimentos inexpressíveis para um dançarino da Broadway. Viu que parecia um bobo tentando se igualar a Fred Astaire e ginger rogers em seus passos irregulares, e parou subitamente.Meteu a mão no bolso da calça e pegou um molho de chaves onde se encontrava a do Ford.Abriu o porta-malas onde residia o objeto de sua obsessão.Subiu as calças listradas e arregaçou as mangas da camisa.Puxou com toda força o objeto para fora do carro. Transpirou muito até conseguir deposita-lo no chão. Retirou o pano gasto de cima do objeto. Olhou fixamente até fala:

-Finalmente meu primeiro prémio Nobel. – Sussurrou como se alguém o estivesse escutando.No fundo do porta-malas havia a caixa de ferramentas, de onde Charles tirou uma chave Inglesa, e outra de fenda. Enxugou o suor da testa franzida com um lenço e pôs luvas de carpinteiro.

     

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