terapia sistÊmica hormonal em cÂncer de prÓstata

16
GUIA PRÁTICO PARA O UROLOGISTA TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA Realização:

Upload: others

Post on 25-Jun-2022

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

GUIA PRÁTICO PARA O UROLOGISTA

TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

Realização:

Page 2: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

CEO: Renato Gregório | Gerente geral: Sâmya Nascimento | Gerente editorial: Thaís Novais (MTB: 35.650/RJ) | Coordenador de conteúdo: Bruno Aires | Coordenador médico: Guilherme Sargentelli (CRM: 541480-RJ) | Coordenadora de Pró-DOC: Alice Selles | Revisora: Paloma Sousa | Designers gráficos: Douglas Almeida e Monica Mendes | Gerentes de relacionamento: Fabiana Costa, Karina Maganhini, Michele Baldin, Philipp Santos, Selma Brandespim e Thiago Garcia | Assistentes comerciais: Heryka Nascimento e Jessica Oliveira | Produção gráfica: Viviane Telles

Copyright© 2020 by DOC Content. Todas as marcas contidas nesta publicação, desenvolvida exclusivamente pela DOC Content para o laboratório Astellas, bem como os direitos autorais incidentes, são reservados e protegidos pelas leis 9.279/96 e 9.610/98. É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, da DOC Content. Publicação destinada à classe médica.

RJ Estrada do Bananal, 56 - Freguesia/Jacarepaguá - CEP: 22745-012 - (21) 2425-8878SP Av. Santa Catarina, 1.521 - Sala 308 - Vila Mascote - CEP: 04378-300 - (11) 2539-8878USA 4929 Corto Drive - Orlando - FL - 32837 - 1 (321) 746-4046www.universodoc.com.br | [email protected]

Page 3: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

Sumário1. Introdução

2. Definições

3. Legislação

4. Indicações clínicas para o uso do bloqueio androgênico

5. Dosagens de medicações

6. Processo para a prescrição de medicamentos oncológicos

Referências bibliográficas

4

5

10

5

6

1214

Page 4: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

4

1. IntroduçãoA primeira evidência dos benefícios da ablação androgênica no tratamento do câncer de próstata data de 19411, sendo Charles Huggins o único urologista a ganhar o prêmio Nobel pelos seus trabalhos na área, em 1966. O bloqueio androgênico evoluiu nesses anos com o aumento de opções e indicações terapêuticas. Atualmente, existem diversas formas de se realizar a terapia de privação androgênica.

Formas de realizar a terapia de privação androgênica

1. Cirúrgica: retirada dos testículos, principal fonte de andrógenos (orquiectomia bilateral cirúrgica);

2. Medicamentosa: inibição da liberação de LHRH/LH por meio dos agonistas e antagonistas de LHRH (acetato de gosserrelina, acetato de leuprorrelina, acetato de degarelix e acetato de triptorrelina);

Outras terapias hormonais:

1. Bloqueio dos receptores androgênicos periféricos por meio dos chamados antiandrogênicos não esteroidais (apalu-tamida, bicalutamida*, darolutamida e enzalutamida);

2. Inibição da síntese de andrógenos intracelular pela via do colesterol (abiraterona).

Essas drogas podem ser usadas individualmente ou combinadas dependendo de seu mecanismo de ação e indicação.*Disponível no sistema público de saúde

Page 5: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

5

2. Definições

3. LegislaçãoO artigo 5º da portaria 467 do Ministério da Saúde, de 20 de agosto de 2007, referenciava o manejo clí-nico do paciente com adenocarcinoma de próstata (doença metastática, recidivada ou locorregional avançada) como atividade profissional exclusiva do oncologista clínico. Com a portaria 1.945, de 27 de agosto de 2009, assinada pelo então ministro José Gomes Temporão, tal decisão foi revogada.

Portaria 1.945 (Ministério da Saúde)

Artigo 11 – Fica revogada a portaria 467/SAS/MS, de 20 de agosto de 2007, publicada no Diário

Oficial da União 162, de 22 de agosto de 2007, seção 1, página 121.

Terapia de privação androgênica (TPA)Esse termo é utilizado, por definição, quando o bloqueio medicamentoso ou cirúrgico é realizado.

Sensível à castração Esse termo é usado para definir os pacientes com câncer de próstata que não receberam bloqueio androgênico de nenhuma forma, ou que foram submetidos à TPA neoadjuvante/concomitante/adjuvante e tiveram recuperação da função testicular após a suspensão do bloqueio2.

Resistente à castração Esse termo é usado para definir os pacientes que progrediram (bioquímica ou radiologicamente) enquanto estavam em uso de TPA e com os níveis de castração adequados (testosterona total < 50 ng/dL ou < 1,7 nmoL/L)2.

Page 6: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

6

Terapia neoadjuvante

Terapia adjuvante

Monoterapia

4. Indicações clínicas para o uso do bloqueio androgênico

Doença localizada/localmente avançada

Pré-prostatectomia radical

Não há, até o presente momento, evidência suficiente para recomendar a TPA ou qualquer outra forma de bloqueio androgênico antes da prostatectomia radical (PR), a não ser em protocolos de pesquisa2-4.

Pré-radioterapia

A TPA é recomendada de forma neoadjuvante, concomitante e adjuvante, associada à radioterapia (RT) nos tumores de risco intermediário desfavorável (por quatro a seis meses)5-8, de alto e muito alto risco (por 18 a 36 meses)9-15 e nas recorrências locais16 após a PR (por seis meses).

Pós-prostatectomia radical

Pode ser oferecida TPA adjuvante com ou sem RT em pacientes com doença linfonodal confirmada após a PR com linfadenectomia2.

Pós-radioterapia

A TPA é recomendada de forma adjuvante nos tumores de risco intermediário desfavorável (por quatro a seis meses)5-8, de alto e muito alto risco (por 18 a 36 meses)9-15.

No câncer de próstata clinicamente localizado, a TPA ou outras formas de bloqueio androgênico não devem ser utilizadas em monoterapia, podendo ser discutidas para pacientes sem condições cirúrgicas, sem acesso a serviços de RT, portadores de doença de alto risco, tumores localmente avançados ou pouco diferenciados, com tempo de duplicação do PSA (PSAdt) < 6 meses4.

Page 7: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

7

Recorrência bioquímica após PR ou RT

Estratificação pelo risco e volume de doença (métodos tradicionais de imagem)

Doença recidivada pós-tratamento definitivo do tumor primário sem evidências de metástase e sensível à castração (CPSCM0)

Doença metastática pelos métodos convencionais de imagem sensível à castração (CPSCM1)

Opções terapêuticas 1. TPA como monoterapia (opção médico-paciente; acesso às drogas)19;

2. TPA + RT (no tumor primário, em pacientes com doença de baixo volume, uma perspectiva)20,21;

3. TPA associada a: • Abiraterona (doença de alto risco)18,22;• Apalutamida (doença de baixo e alto volume)23;• Enzalutamida (doença de baixo e alto volume)24,25.

4. TPA associada à quimioterapia (docetaxel).

Os pacientes com recorrência bioquímica após tratamento definitivo do tumor primário devem ser estratificados quanto ao risco da recorrência:

Recorrência de baixo risco: PSAdt > 1 ano; intervalo de falha bioquímica > 18 meses; e ISUP < 4 (peça cirúrgica ou biópsia se submetidas à RT)4.

Recorrência de alto risco: PSAdt < 1 ano; intervalo de falha bioquímica < 18 meses; e ISUP > 4 (peça cirúrgica ou biópsia se submetidas à RT)4.

Os pacientes com recidiva bioquímica, sem metástase pelos métodos tradicionais de imagem, após terapia curativa para o tumor primário, não devem receber TPA como monoterapia. Entretanto, aqueles que apresentam recorrência de alto risco, contraindicações ou recusa à terapia de resgate local (cirurgia ou RT) e tenham longa expectativa de vida2,3 podem se beneficiar da TPA como monoterapia.

Definição de doença metastática de alto volume: metástase visceral ou quatro ou mais metástases ósseas, incluindo ≥1 lesão extra-axial17.

Definição de doença metastática de alto risco: Gleason ≥ 8 e/ou metástase visceral e/ou três ou mais metástases ósseas (duas ou mais dessas características)18.

Page 8: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

8

1. Pré-docetaxel

2. Pós-docetaxel (primeira linha de tratamento foi docetaxel)

Doença resistente à castração sem evidências de metástases pelos métodos convencio-nais de imagem (CPRCM0)

Doença resistente à castração metastática pelos métodos convencionais de

imagem (CPRCM1)

TPA contínua (desde que testosterona total sérica < 50 ng/dl)2 e adicionar, levando-se em conta o perfil dos pacientes* e o acesso às drogas:

* Condições clínicas; tempo de duplicação do PSA.

Enzalutamida26 Apalutamida27 Darolutamida28

Continuar com TPA para manter castração (testosterona total sérica < 50 ng/dl)2 e adicionar:• Enzalutamida29,30; • Abiraterona31,32.

Pacientes assintomáticos ou minimamente sintomáticos sem metástase visceral:• Radium-223.

Continuar com TPA para manter castração (testosterona total sérica < 50 ng/dl)2 e adicionar:• Abiraterona33,34;• Enzalutamida35,36.

Page 9: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

9

Enzalutamida29,30

Drogas

Abiraterona31,32

Sequenciamento

Saúde óssea

Não aconselhável usar após progressão com abiraterona37,38, sendo que a pesquisa do AR-V7 pode ter um papel na melhor identificação desses pacientes não respondedores39,40.

Não aconselhável usar após progressão com enzalutamida41,42, sendo que a pesquisa do AR-V7 pode ter um papel na melhor identificação desses pacientes não respondedores39,40 .

Não há dados na literatura que indiquem a melhor sequência no tratamento sistêmico. A escolha dos medica-mentos (tratamento hormonal, quimioterápico, radiofármaco ou imunoterápico) está baseada nas condições clínicas do paciente, medicações utilizadas anteriormente, local e volume das metástases, alterações genéticas e acesso a drogas.

Agentes direcionados aos ossos, aprovados para homens com CPSC em uso de TPA, com idade ≥ 50 anos, e com massa óssea diminuída (T-score entre -1,0 e -2,5; osteopenia) na densitometria óssea e uma probabilidade de fratura de quadril em dez anos ≥ 3%, ou uma probabilidade de fratura maior por osteoporose em 10 anos ≥ 20%, calculadas usando o algoritmo FRAX®2; indicado também no CPRC com metástases ósseas2,4.

Denosumabe43 Ácido zoledrônico44,45

Alendronato de sódio46

Page 10: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

10

5. Dosagens de medicações

Monitorizar: ginecomastia, desconforto mamário, fogachos, diminuição de libido, disfunção erétil, encolhimento peniano e testicular, perda de massa muscular, fadiga, anemia, alteração do humor, depressão, queda de cabelo, osteoporose, fraturas, obesidade, resistência insulínica, diabetes, hi-pertensão arterial, dislipidemia, trombose venosa profunda, alteração cognitiva, insuficiência renal aguda e aumento de risco cardiovascular.

Monitorizar: ginecomastia, desconforto mamário, fogachos, diminuição de libido, disfunção erétil, encolhimento peniano e testicular, perda de massa muscular, fadiga, anemia, alteração do humor, depressão, queda de cabelo, osteoporose, fraturas, obesidade, resistência insulínica, diabetes, hi-pertensão arterial, dislipidemia, trombose venosa profunda, alteração cognitiva, insuficiência renal aguda e aumento de risco cardiovascular.

• Acetato de gosserrelina – 3,6 mg SC mensalmente ou 10,8 mg SC de 3/3 meses;

• Acetato de leuprorrelina – 3,75 mg IM mensalmente ou 11,25 mg IM de 3/3 meses;

• Acetato de triptorrelina – 3,75 mg SC de 4/4 semanas.

Idealmente, utilizar o antiandrogênio não esteroidal bicalutamida (50 mg VO, diariamente), precedendo ou sendo coadministrado por, pelo menos, sete dias com os agonistas de LHRH para evitar os sintomas do efeito flare nos pacientes com alto volume de metástase47.

• Acetato de degarelix – 240 mg SC (dose inicial em duas injeções de 120 mg) ou 80 mg SC, mensalmente (manutenção: iniciar um mês após a dose inicial).

Agonistasde LHRH

Antagonistas de LHRH

Page 11: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

11

Monitorizar: hipertensão, hipocalemia, hipofosfatemia, edema periférico, fadiga, fogachos, desconforto lombar ou articular, desconforto muscular, diarreia, náusea, constipação, toxicidade hepática, fibrilação atrial e insuficiência cardíaca.

Monitorizar: rash, hipotireoidismo, fraturas e eventos cardíacos.

Monitorizar: fadiga, diarreia, fogachos, cefaleia, convulsão, hipertensão e fraturas não patológicas.

Monitorizar: fadiga, dor em extremidades e rash.

Monitorizar: função renal, hipocalcemia, artralgia e osteonecrose de mandíbula.

Monitorizar: hipocalcemia, artralgia e osteonecrose de mandíbula.

Monitorizar: hipocalcemia, osteonecrose de mandíbula, reações adversas esofagianas e dispepsia.

Monitorizar: toxicidade hepática, ginecomastia, desconforto mamário e fadiga.

• Carbonato de cálcio – 1000 mg/dia, VO• Vitamina D – 800 UI/dia, VO

Drogas orais

Saúde óssea

• Acetato de abiraterona – 1000 mg/dia, VO + prednisona 5 mg 12/12h, VO

• Apalutamida – 240 mg/dia, VO

• Enzalutamida – 160 mg/dia, VO

• Darolutamida – 600 mg 12/12h, VO

• Bicalutamida – associada à TPA – dose de 50 mg/dia

• Ácido zoledrônico – 5 mg IV em 15 minutos, anualmente.Não recomendado em pacientes com ClCr < 30 mL/min.

• Denosumab – 60 mg SC, de 6/6 meses.Não recomendado em pacientes com ClCr < 30 mL/min.

• Alendronato de sódio – 70 mg VO, pela manhã em jejum, semanalmente.Não recomendado em pacientes com ClCr < 35 mL/min.

Page 12: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

12

6. Processo para a prescrição de medicamentos oncológicos

Junto àsoperadoras

de saúde

a) Preencher ficha padrão com as seguintes informações:

• Diagnóstico;

• Estadiamento;

• Medicamento;

• Dosagem;

• Via de administração;

• Ciclo atual;

• Ciclos previstos;

• Intervalo entre os ciclos.

b) Anexar:

• Relatório médico detalhado com o histórico do paciente e terapêutica já realizada;

• Laudo dos exames recentes, preferencialmente com menos de três meses;

• Receita médica.

O prestador de serviço ou o próprio paciente deve entrar em contato com a operadora de saúde por meio da central de atendimento para realizar a solicitação/autorização.

Page 13: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

13

Guia de acesso a medicamentos uro-oncológicosPara saber mais sobre o processo de prescrição de medicamentos oncológicos, acesse um conteúdo exclusivo, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), sobre o tema. Nesse documento, há exemplos práticos e interativos de como fazer a solicitação junto às operadoras de saúde. Leia esse conteúdo exclusivo acessando o link https://bit.ly/3fY8J1b ou no QR Code abaixo:

O convênio informa

• E-mail para o envio dos documentos;

• Comunicação da liberação ou não da medicação;

• Forma de dispensação do medicamento.

Em alguns casos, a distribuição da medicação é realizada por meio da entrega domiciliar. Em outros, é requerida a captação por meio de centros de dispensação indicados.

Page 14: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

14

Referências1. Huggins C, Stevens RE. Studies on prostatic cancer: II. The effects of castration on advanced carcinoma of the prostate gland. Arch Surg. 1941;43(2):209-23.2. National Comprehensive Cancer Network (NCCN). Prostate Cancer NCCN Guideline 2020 [Internet]. Acessado em: 22 jun 2020. Disponível em: <www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/prostate.pdf>.3. Kumar S, Shelley M, Harrison C et al. Neo-adjuvant and adjuvant hormone therapy for localised and locally advanced prostate cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2006;(4):CD006019.4. European Association of Urology (EAU). Prostate Cancer [Internet]. Acessado em: 22 jun 2020. Disponível em: <https://uroweb.org/guideline/prostate-cancer>.5. D’Amico AV, Chen MH, Renshaw AA, Loffredo M, Kantoff PW. Androgen suppression and radiation vs radiation alone for prostate cancer: a randomized trial. JAMA. 2008;299(3):289-295.6. Jones CU, Hunt D, McGowan DG et al. Radiotherapy and short-term androgen deprivation for localized prostate cancer. N Engl J Med. 2011;365(2):107-18.7. Bolla M, Maingon P, Carrie C et al. Short androgen suppression and radiation dose escalation for intermediate - and high-risk localized prostate cancer: Results of EORTC trial 22991. J Clin Oncol. 2016;34(15):1748-56.8. Pisansky TM, Hunt D, Gomella LG et al. Duration of androgen suppression before radiotherapy for localized prostate cancer: radiation therapy oncology group randomized clinical trial 9910. J Clin Oncol. 2015;33(4):332-9.9. Bolla M, Van Tienhoven G, Warde P et al. External irradiation with or without long-term androgen suppression for prostate cancer with high metastatic risk: 10-year results of an EORTC randomised study. Lancet Oncol. 2010;11(11):1066-73.10. Mason MD, Parulekar WR, Sydes MR et al. Final report of the intergroup randomized study of combined androgen-deprivation therapy plus radiotherapy versus androgen-deprivation therapy alone in locally advanced prostate cancer. J Clin Oncol. 2015;33(19):2143-50.11. Fosså SD, Wiklund F, Klepp O et al. Ten - and 15 - yr prostate cancer-specific mortality in patients with nonmetastatic locally advan-ced or aggressive intermediate prostate cancer, randomized to lifelong endocrine treatment alone or combined with radiotherapy: final results of The Scandinavian Prostate Cancer Group-7. Eur Urol. 2016;70(4):684-91.12. Lawton CAF, Lin X, Hanks GE et al. Duration of androgen deprivation in locally advanced prostate cancer: long-term update of NRG Oncology RTOG 9202. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2017;98(2):296-303.13. Zapatero A, Guerrero A, Maldonado X et al. High-dose radiotherapy with short-term or long-term androgen deprivation in localised prostate cancer (DART01/05 GICOR): a randomised, controlled, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2015;16(3):320-7.14. Kishan AU, Wang X, Seiferheld W et al. Association of Gleason grade with androgen deprivation therapy duration and survival outcomes: a systematic review and patient-level meta-analysis. JAMA Oncol. 2019;5(1):91-96.15. Nabid A, Carrier N, Martin AG et al. Duration of androgen deprivation therapy in high-risk prostate cancer: a randomized phase III trial. Eur Urol. 2018;74(4):432-41.16. Carrie C, Magné N, Burban-Provost P et al. Short-term androgen deprivation therapy combined with radiotherapy as salvage treatment after radical prostatectomy for prostate cancer (GETUG-AFU 16): a 112-month follow-up of a phase 3, randomised trial. Lancet Oncol. 2019;20(12):1740-9.17. Sweeney CJ, Chen YH, Carducci M et al. Chemohormonal therapy in metastatic hormone-sensitive prostate cancer. N Engl J Med. 2015;373(8):737-46. 18. Fizazi K, Tran NP, Fein L et al. Abiraterone plus prednisone in metastatic, castration-sensitive prostate cancer. N Engl J Med. 2017;377(4):352-60.19. Loblaw DA, Virgo KS, Nam R et al. Initial hormonal management of androgen-sensitive metastatic, recurrent, or progressive prostate cancer: 2006 update of an American Society of Clinical Oncology practice guideline. J Clin Oncol. 2007;25(12):1596-605.20. Parker CC, James ND, Brawley CD et al. Radiotherapy to the primary tumour for newly diagnosed, metastatic prostate cancer (STAMPEDE): a randomised controlled phase 3 trial. Lancet. 2018;392(10162):2353-66.21. Boevé LMS, Hulshof MCCM, Vis AN et al. Effect on survival of androgen deprivation therapy alone compared to androgen deprivation therapy combined with concurrent radiation therapy to the prostate in patients with primary bone metastatic prostate cancer in a prospective randomised clinical trial: data from the HORRAD trial. Eur Urol. 2019;75(3):410-418.22. James ND, de Bono JS, Spears MR et al. Abiraterone for prostate cancer not previously treated with hormone therapy. N Engl J Med. 2017;377(4):338-51.23. Chi KN, Agarwal N, Bjartell A et al. Apalutamide for metastatic, castration-sensitive prostate cancer. N Engl J Med. 2019;381(1):13-24.24. Davis ID, Martin AJ, Stockler MR et al. Enzalutamide with standard first-line therapy in metastatic prostate cancer. N Engl J Med. 2019;381(2):121-31.

Page 15: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

15

25. Armstrong AJ, Szmulewitz RZ, Petrylak DP et al. Arches: a randomized, phase III study of androgen deprivation therapy with enzalutamide or placebo in men with metastatic hormone-sensitive prostate cancer. J Clin Oncol. 2019;37(32):2974-86.26. Hussain M, Fizazi K, Saad F et al. Enzalutamide in men with nonmetastatic, castration-resistant prostate cancer. N Engl J Med. 2018;378(26):2465-74.27. Smith MR, Saad F, Chowdhury S et al. Apalutamide treatment and metastasis-free survival in prostate cancer. N Engl J Med. 2018;378(15):1408-18.28. Fizazi K, Shore N, Tammela TL et al. Darolutamide in nonmetastatic, castration-resistant prostate cancer. N Engl J Med. 2019;380(13):1235-46.29. Beer TM, Armstrong AJ, Rathkopf DE et al. Enzalutamide in metastatic prostate cancer before chemotherapy. N Engl J Med. 2014;371(5):424-33.30. Beer TM, Armstrong AJ, Rathkopf D et al. Enzalutamide in men with chemotherapy-naïve metastatic castration-resistant prostate cancer: extended analysis of the phase 3 PREVAIL Study. Eur Urol. 2017;71(2):151-4.31. Ryan CJ, Smith MR, de Bono JS et al. Abiraterone in metastatic prostate cancer without previous chemotherapy. N Engl J Med. 2013;368(2):138-48.32. Ryan CJ, Smith MR, Fizazi K et al. Abiraterone acetate plus prednisone versus placebo plus prednisone in chemotherapy-naive men with metastatic castration-resistant prostate cancer (COU-AA-302): final overall survival analysis of a randomised, double--blind, placebo-controlled phase 3 study. Lancet Oncol. 2015;16(2):152-60.33. de Bono JS, Logothetis CJ, Molina A et al. Abiraterone and increased survival in metastatic prostate cancer. N Engl J Med. 2011;364(21):1995-2005.34. Fizazi K, Scher HI, Molina A et al. Abiraterone acetate for treatment of metastatic castration-resistant prostate cancer: final overall survival analysis of the COU-AA-301 randomised, double-blind, placebo-controlled phase 3 study. Lancet Oncol. 2012;13(10):983-92.35. Scher HI, Fizazi K, Saad F et al. Increased survival with enzalutamide in prostate cancer after chemotherapy. N Engl J Med. 2012;367(13):1187-97. 36. Fizazi K, Scher HI, Miller K et al. Effect of enzalutamide on time to first skeletal-related event, pain, and quality of life in men with castration-resistant prostate cancer: results from the randomised, phase 3 AFFIRM trial. Lancet Oncol. 2014;15(10):1147-56.37. Bianchini D, Lorente D, Rodriguez-Vida A et al. Antitumour activity of enzalutamide (MDV3100) in patients with metastatic castration-resistant prostate cancer (CRPC) pre-treated with docetaxel and abiraterone. Eur J Cancer. 2014;50(1):78-84.38. Smith MR, Saad F, Rathkopf DE et al. Clinical outcomes from androgen signaling-directed therapy after treatment with abiraterone acetate and prednisone in patients with metastatic castration-resistant prostate cancer: post hoc analysis of COU-AA-302. Eur Urol. 2017;72(1):10-13.39. Antonarakis ES, Armstrong AJ, Dehm SM, Luo J. Androgen receptor variant-driven prostate cancer: clinical implications and therapeutic targeting. Prostate Cancer Prostatic Dis. 2016;19(3):231-41.40. Antonarakis ES, Lu C, Wang H et al. AR-V7 and resistance to enzalutamide and abiraterone in prostate cancer. N Engl J Med. 2014;371(11):1028-38.41. Noonan KL, North S, Bitting RL, Armstrong AJ et al. Clinical activity of abiraterone acetate in patients with metastatic castration--resistant prostate cancer progressing after enzalutamide. Ann Oncol. 2013;24(7):1802-7.42. Loriot Y, Bianchini D, Ileana E et al. Antitumour activity of abiraterone acetate against metastatic castration-resistant prostate cancer progressing after docetaxel and enzalutamide (MDV3100). Ann Oncol. 2013;24(7):1807-12.43. Smith MR, Egerdie B, Toriz NH, Feldman R et al. Denosumab in men receiving androgen-deprivation therapy for prostate cancer. N Engl J Med. 2009;361(8):745-55. 44. Smith MR, Eastham J, Gleason DM et al. Randomized controlled trial of zoledronic acid to prevent bone loss in men receiving androgen deprivation therapy for nonmetastatic prostate cancer. J Urol. 2003;169(6):2008-12. 45. Michaelson MD, Kaufman DS, Lee H et al. Randomized controlled trial of annual zoledronic acid to prevent gonadotropin-releasing hormone agonist-induced bone loss in men with prostate cancer. J Clin Oncol. 2007;25(9):1038-42.46. Greenspan SL, Nelson JB, Trump DL, Resnick NM. Effect of once-weekly oral alendronate on bone loss in men receiving androgen deprivation therapy for prostate cancer: a randomized trial. Ann Intern Med. 2007;146(6):416-24.47. Schulze H, Senge T. Influence of different types of antiandrogens on luteinizing hormone-releasing hormone analogue-induced testosterone surge in patients with metastatic carcinoma of the prostate. J Urol. 1990;144(4):934-41.

Page 16: TERAPIA SISTÊMICA HORMONAL EM CÂNCER DE PRÓSTATA

www.portaldaurologia.org.br / FaceboSociedadeBrasileiraUrologia

ONCO-PROM-020-20 - Julho/2020