Teorias do Comércio Internacional

Antony P. Mueller (UFS)

www.continentaleconomics.com

27 de maio de 2019

Teorias clássicas e neoclássicas do comércio

Teorias do comercio internacionalMercanti-

lismo

Vantagens

absolutas

Vantagens

relativas em

produtividade

Vantagens

relativas

em

fatores

Ciclo de

produto

Nova teoria

de comércio

Zero-sum Especialização Produtividade Doação de

fatores

Estágios do

desen-

volvimento

Economias de

escala

Pioneiro

Concorrência

monopolística

Mercanti-

listas

Adam Smith David Ricardo Heckscher

-Ohlin

Raymond

Vernon

Paul Krugman

Mercantilismo

• Século XV-XVIII

• “Neo-mercantilismo”

• EX > IM

• Fomentar exportações, atrapalhar importações para gerar um superávit no balanço de pagamentos em forma de ouro e prata

• Crítica

• Contraditória e conflituoso porque EX > IM de um país requer logicamente EX<IM de um outro país.

• Protecionismo de um país provoca protecionismo do outro país

Ganhos de comércio –vantagens absolutas

X M ∑

A 10 5 15

B 5 10 15

A+B 30

X M ∑

A 10 + 10 5 -5 20

B 5 - 5 10 + 10 20

A + B 40

Produção sob autarquiaA tabela no topo mostra a produção da empresa A e da empresa B para bom X e bom M. Com a mesma quantidade de entrada, A produz 10 unidades de X e 5 unidades de M, enquanto B produz com a mesma quantidade de entrada 5 unidades de X e 10 unidades de M. Desta forma, A tem uma vantagem absoluta de produção na produção de boas X, enquanto B tem uma vantagem absoluta de produção na produção de boas M. Cada empresa produz um total de 15 unidades e, juntos, essas duas empresas uma saída de 30 unidades.

Produção com livre comércioSe as duas firmas adquirem especialização mútua, com A concentrando-se na produção de boa X, na qual ela tem uma vantagem absoluta, e B se especializando na produção de boa M, cada empresa aumenta sua produção total de 15 para 20, e juntas elas tem uma saída de 40 unidades, em comparação com 30 unidades antes do comércio

Ganhos do comércio –Vantagens relativas

X M ∑

A 16 12 28

B 14 4 18

A + B 36

X M

A 16 - 4 12 + 3 27

B 14 + 7 4 - 2 33

A + B 50

Produção sob autarquiaSob autarquia, A produz 16 unidades de bem X e 12 unidades de bem M com uma produção total de 28 unidades, enquanto B produz 14 unidades de bem X e 4 unidades de bem M com uma produção total de 18. A é mais produtiva do que B na produção de cada um dos bens, ainda a vantagem de A é relativamente alta na produção de M bom (12 versus 4, ou seja, três vezes melhor) do que na produção de bem M (16 versus 14 ou apenas 1,15 vezes melhor).

Produção com livre comércio Com livre comércio, o produto aumenta de 36 por 50 unidades mesmo sem mudança do insumos se A, por exemplo, transfere um terço de seus recursos da produção de X para a produção de M, enquanto B transfere metade de seus recursos da produção de M para a produção de X. Consequentemente, para A, a produção do bem X cai em quatro unidades, enquanto sua a produção de M aumenta em três unidades. Com B, a produção de M cai de metade para duas, enquanto a produção de M aumenta cinquenta por cento para 21 unidades.

Modelo Heckscher-Ohlin

• Teoria da Dotação Relativa dos Fatores de Produção

• 2x2x2: dois países, dois bens, dois fatores de produção

• Resultado: Cada país se especializa e exporta o bem em cuja produção emprega intensivamente o seu fator relativamente abundante

• Caso o país é relativamente abundante em capital vai exportar produtos que são intensivo em capital na sua produção

• Suposição: • tecnologia idêntica nos dois países

• Um produto intensivo em trabalho, outro produto intensivo em capital

• Os consumidores têm as mesmas preferências nos dois páises

Modificações do Modelo Heckscher-Ohlin

• Teorema Heckscher-Ohlin-Samuelson: • equalização dos preços dos fatores de produção

• O comércio equaliza os preços dos fatores de produção entre os países

• Teorema de Stolper-Samuelson:• O comércio beneficia o fator de produção relativamente abundante de cada

país, em detrimento do fator de produção relativamente escasso.

O comércio aumenta a produção do fator abundante e assim seu preços enquanto globalmente acontece uma equalização do preços dos fatores de produção

MODELO HECKSCHER-OHLINDois países (A e B) têm a mesma preferência dos consumidores mas dotações de fatores de produção diferentes. Equilíbrio na autarquia é 𝐴𝐵 e 𝐴𝐴. Com comércio, ambos os países consomem a mesma combinação na curva de indiferença 𝐶𝐴 = 𝐶𝐵 um ponto que está além das próprias fronteiras de possibilidade de produção.Os pontos de produção e de consumo são divergentes com ganhos do comércio na curva de indiferença mais elevado em comparação da situação de autarquia.

A Nova Teoria do Comércio (New Trade Theory)

Estrutura do comérciorefuta a teoria de Heckscher-Ohlin

O comércio é mais intensivo entre os países avançados que deles com os países em desenvolvimento e muito mais intensivo que o comércio entre os países em desenvolvimento.

“Paradoxo de Leontief”

Nova teoria de comércio internacional

Velha teoria Nova teoria

Mercado perfeita Competição

monopolística

Custos Custos marginais

crescentes

Economias de escala

positivas

Preferência Idênticas Diferenciadas

Comércio Interindustrial Intraindustrial

Efeitos Melhores produtos

Mais baratos

Melhores produtos

Mais baratos

Mais variedade

Economias de escala

Os custos marginais (MC) ficam constantes e abaixo dos custos médias (AC) que estão caindo com o aumento da produção.

Resumo da Nova Teoria do ComércioVamos supor que sob o protecionismo existem três empresas em uma indústria específica em cada um dos dois países em consideração. Quando os países abrem para a competição, o concorrente mais fraco de cada país desaparece.

Sob o livre comércio, o consumidor em cada país pode agora escolher entre quatro fornecedores, sendo que cada um deles pode entregar os produtos mais barato devido a maiores economias de escala, porque em cada país a produção por empresa aumenta pela quantidade de produção menos competitiva. empresa que existe no mercado.

Economias de escala são particularmente relevantes quando a produção de um bem exige altos investimentos iniciais. Quando os custos marginais são constantes, o custo médio cai e os altos custos fixos são mais facilmente suportados quando existe um elevado número de unidades de produção.

Nova Teoria do Comércio - Modelagem

A tabela abaixo dá um exemplo numérico dos efeitos do livre comércio na perspectiva da nova teoria do comércio.

Existem dois países A e B. Em uma indústria específica (digamos automóveis), na ausência de comércio internacional, cada um dos dois países tem três empresas em operação (X, Y, Z em A, e K, L, M em B).

Cada uma das empresas tem a mesma produção de 30 unidades (um total de 90 em cada país e 180 unidades nos dois países juntos).

Sob o livre comércio, o número de empresas em cada país diminui à medida que o comércio internacional intensifica a concorrência e elimina o fornecedor mais fraco em cada país.

Esta seria, respectivamente, a empresa Z no país A e a empresa M no país B. As empresas remanescentes em cada país aumentarão sua produção em 15 unidades, cada uma em partes iguais do fornecedor falido.

Enquanto o número de empresas em cada país cai, o número total de fornecedores para as economias agora abertas aumenta com cada uma das empresas restantes tendo uma produção maior.

Nova Teoria do Comércio (New Trade Theory)

Resultado

• Em uma indústria que é caracterizada por economias de escala, os preços vão cair devido à maior produção por empresa. Além disso, a variedade de bens disponíveis em cada país aumenta por causa do livre comércio.

• Não há efeito sobre o volume de emprego porque o capital e os trabalhadores se deslocam dentro da mesma indústria para os fornecedores restantes.

• Porém, os salários tendem a aumentar devido ao aumento da produtividade nas empresas restantes.

• Fonte: Mueller, Antony: Capitalism Beyond the State and Politics. Amazon KDP 2018

Mais Referências

• www.continentaleconomics.com

• www.economianova.blogspot.com

• www.socec.blogspot.com

• https://www.youtube.com/user/antonymueller/videos?view=0&sort=p&flow=grid

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